Em sua primeira edição, o evento terá estandes de vinhos nacionais e estrangeiros e de queijos premiados, além de palestras (virtuais e presenciais) com especialistas. A feira de vinhos, que é paga, conta com a curadoria do chef Christiano Ramalho, do Bistrô daCasa, e de Haroldo Nunes, sommelier do grupo Troisgros. Cada visitante recebe uma taça que dá direito a degustações. A feira de queijos acontece nos jardins, com entrada gratuita. Os produtores participantes foram selecionados por Daniel Martins, do Queijo com Prosa, que também falará no festival. O evento terá ainda embutidos, pães de fermentação natural, drinques e cafés, além de vinhos e queijos veganos. A enóloga Betina de Bem, da Quinta da Neve, de São Joaquim (SC), e Diego Calderón, embaixador das marcas Bouchon e Odfjell, de vinhos chilenos, são outros nomes entre os vários palestrantes. A programação completa está neste link.
CasadaGlória. Ladeira da Gloria, 98. Feira de Queijos: Sáb. (1) e dom. (2), 11h/19h. Grátis. Feira de Vinhos: Sáb. (1) e dom. (2), 14h/18h. R$ 50,00. Palestras: R$ 60,00 a R$ 150,00. Ingressos pelo Sympla.
Fermenta!
A sede da Junta Local recebe um evento dedicado aos vinhos naturais, com mais de 50 rótulos, além de queijos, charcutaria, cerveja, café e outras bebidas, tudo de pequenos produtores. O ingresso dá direito a um copo para degustar os vinhos. Além disso, será possível comprar diretamente os produtos para levar para casa. No terraço do espaço, estarão à venda pratos do Marchezinho, sanduíches com pães de fermentação natural e doces da Slow Bakery, e cafés especiais da Tocaya.
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Junta Local. Rua do Mercado, 35, Centro. Sáb. (1), 14h/19h. R$ 175,00. Ingressos pelo site da Junta Local.
Festival de Vinhos
Com curadoria do colunista de VEJA RIO Juarez Becoza, o evento conta com vinhos do mundo inteiro, à venda em taça ou garrafa. O festival oferece ainda as palestras do especialista Alain Ingles, da distribuidora Gavinho, sobre vinhos naturais, no sábado (1), às 16h, e da sommelière Tita Morais, no domingo (2), às 16h30, sobre vinhos portugueses, ambas com degustação gratuita. Na gastronomia, haverá estandes de casas como Bar do Momo, Pavão Azul, Costelas e Brasa Gourmet, entre outros. A programação conta ainda com os shows de Bloody Mary, Elton John, Banda Cyrus, e Quartetinho Jazz e Theo Bial.
Ilha Plaza. Avenida Maestro Paulo e Silva, 400, Jardim Carioca, Ilha do Governador. Sex. (30), 17h/22h. Sáb. (1) e dom. (2), 14h/22h. Grátis
A Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) aprovou uma conquista revolucionária no campo da medicina: a primeira terapia celular para o tratamento de pacientes com diabetes tipo 1. Essa aprovação marca um marco significativo para a comunidade médica e traz esperança renovada para milhões de pessoas que sofrem dessa condição crônica. O Lantidra, é a primeira terapia celular alógena (doadora) de células pancreáticas ilhotas, feita a partir de células pancreáticas de doadores falecidos, para o tratamento do diabetes tipo 1. O Lantidra foi aprovado para o tratamento de adultos com diabetes tipo 1 que não conseguem atingir a hemoglobina glicada alvo (níveis médios de glicose no sangue) devido a episódios recorrentes de hipoglicemia grave (baixo nível de açúcar no sangue) apesar do manejo e educação intensiva sobre o diabetes tipo 1.
Entendendo o diabetes tipo 1
O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune crônica , na qual o sistema imunológico do paciente ataca e destrói as suas próprias células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. Como resultado, os pacientes com diabetes tipo 1 dependem da administração diária de insulina para regular seus níveis de glicose no sangue.
A terapia celular revolucionária
A terapia celular que acaba de ser aprovada pelo FDA oferece uma nova abordagem no tratamento do diabetes tipo 1. Ela envolve a utilização de células-tronco pluripotentes, capazes de se diferenciar em células beta produtoras de insulina. Essas células-tronco são obtidas de doadores e, após um processo de manipulação em laboratório, são transplantadas para o paciente. O objetivo dessa terapia é restaurar a função das células beta do pâncreas, permitindo que o próprio organismo do paciente volte a produzir insulina de maneira natural. Ao reduzir ou eliminar a dependência de injeções diárias de insulina, a terapia celular representa uma esperança real para uma vida mais saudável e menos restritiva para os pacientes com diabetes tipo 1.
Acredita-se que o mecanismo primário de ação do Lantidra seja a secreção de insulina pelas células beta de ilhotas alógenas infundidas. Em alguns pacientes com diabetes tipo 1, essas células infundidas podem produzir insulina suficiente, de modo que o paciente reduza a necessidade da utilização de insulina (por meio de injeções ou bomba) para controlar seus níveis de açúcar no sangue. O Lantidra é administrado como uma única infusão na veia porta hepática (fígado). Uma infusão adicional de Lantidra pode ser realizada dependendo da resposta inicial do paciente à Lantrida.
Resultados promissores dos estudos clínicos
Os resultados dos estudos clínicos desta terapia celular são altamente encorajadores. Pacientes que receberam o transplante de células-tronco mostraram uma melhora significativa no controle dos níveis de glicose no sangue, reduzindo a necessidade de insulina exógena. Além disso, os efeitos colaterais observados foram mínimos, o que reforça a segurança e a viabilidade dessa abordagem inovadora.
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Segurança e eficácia
A segurança e eficácia do Lantidra foram avaliadas em dois estudos não randomizados e de braço único, nos quais um total de 30 participantes com diabetes tipo 1 e inconsciência hipoglicêmica receberam pelo menos uma infusão e um máximo de três infusões. No geral, 21 participantes não precisaram tomar insulina por um ano ou mais, sendo que 11 participantes não precisaram de insulina por um período de um a cinco anos e 10 participantes não precisaram de insulina por mais de cinco anos. Cinco participantes não conseguiram alcançar nenhum dia de independência de insulina.
Reações adversas
As reações adversas associadas ao Lantidra variaram em cada paciente, dependendo do número de infusões recebidas e do tempo de acompanhamento, e podem não refletir as taxas que serão observadas na prática. As reações adversas mais comuns incluíram náuseas, fadiga, anemia, diarreia e dor abdominal. A maioria dos participantes apresentou pelo menos uma reação adversa grave relacionada ao procedimento de infusão do Lantidra na veia porta hepática e ao uso de medicamentos imunossupressores necessários para manter a viabilidade das células das ilhotas. Algumas reações adversas graves exigiram a interrupção dos medicamentos imunossupressores, resultando na perda da função das células das ilhotas e da independência de insulina. Esses eventos adversos devem ser considerados ao avaliar os benefícios e riscos do Lantidra para cada paciente.
Esperança e avanços no tratamento e na qualidade de vida
A aprovação da primeira terapia celular para o tratamento do diabetes tipo 1 representa uma mudança de paradigma na maneira como essa condição é gerenciada. Alguns pacientes com diabetes tipo 1 têm dificuldade em administrar a quantidade de insulina necessária todos os dias para prevenir a hiperglicemia (alto nível de açúcar no sangue) sem causar hipoglicemia. Eles também podem desenvolver algumas vezes episódios de hipoglicemia, nos quais estes não são incapazes de detectar que a glicose no sangue está caindo e podem não ter a chance de se tratar para evitar que a glicose no sangue caia ainda mais. Isso dificulta a dosagem de insulina. Lantidra oferece uma opção potencial de tratamento para esses pacientes. Além disso, a terapia celular pode ajudar a prevenir ou retardar as complicações associadas ao diabetes tipo 1, como doenças cardiovasculares, neuropatia e retinopatia.
A Churrascaria Palace, em Copacabana, é o estabelecimento brasileiro mais bem colocado no ranking, em 74º lugar. Sua receita mais representativa, como não poderia deixar de ser, é o churrasco.
Outros representantes brasileiros são o Yemanjá (101º), em Salvador, com a moqueca baiana, e os paulistanos Mocotó (111º), com o prato que dá nome à casa, e Bolinha (126º), com a feijoada.
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“Estes não são apenas lugares para fazer uma refeição, mas destinos por si só, comparáveis aos museus, galerias e monumentos mais famosos do mundo. Cada um resistiu ao teste do tempo, evitando truques da moda em favor da cozinha tradicional e de alta qualidade”, diz o texto da lista do TasteAtlas. De origem croata, o site é todo em inglês.
Fundada em 1951 no Leme, a Palace se mudou em 1962 para Copacabana, onde está até hoje. Em 2022, o restaurante ganhou o título de Patrimônio Cultural Carioca.
A churrascaria comemorou o feito em seu perfil no Instagram. “Ontem fomos pegos de surpresa, a partir do início da tarde, quando amigos começaram a nos marcar e a mandar mensagens diretas. Muito agradável e honrosa surpresa”, diz a publicação.
Há trinta anos à frente do bufê que leva seu sobrenome, a chef Monique Benoliel inaugura no no Museu do Amanhã o Café Ateliê Benoliel (Praça Mauá, 1, Centro, tel.: 99333-5878), que já tinha unidades no Museu de Arte do Rio (MAR) e na Firjan. Entre as pedidas, estão a salada de salmão com mel, mix de folhas, queijo de cabra, tartar de tomate-cereja, abacate e castanha-do-pará (R$ 60,00); a moqueca de peixe com farofinha de dendê (R$ 66), a feijoadinha completa (R$ 58,00) e a lasanha vegetariana (R$ 35,00), que leva berinjela, abobrinha em lâminas, ricota e molho de tomates rústicos com manjericão, e é servida numa lata.
Já o Juarez Cocina Mexicana (Edifício Menezes Côrtes, Rua São José, 35, Centro) é um projeto que une o português Gonçalo Carvalho (da Hamburgueria da Alfândega, Kebab Shop, Oggi Pizza Napoletana e Low Fire Smokehouse) e o libanês Moux Ariss (do Low Fire Smokehouse e Kebab Shop), chef-executivo da casa. A proposta é trazer a comida de rua do México para a asa. Entre as opções, estão nachos, tacos, burritos e quesadillas — essas últimas nos sabores queijo (R$ 19,90 um ou R$ 32,90 o combo com dois), chilli (R$ 21,90 um ou R$ 33,90 o combo), suíno (R$ 22,90 um ou R$ 34,90 o combo), frango (R$ 23,90 um ou R$ 35,90 o combo) e bovino (R$ 24,90 um ou R$ 36,90 o combo).
Juarez Cocina Mexicana: a casa aposta na comida de rua, com pedidas com o burritoTomas Velez/Divulgação
Às vésperas de completar 40 anos de existência, o Gula Gula, clássico carioca, inaugura mais um endereço no Rio: a casa está de volta ao Centro, agora no edifício da Firjan (Av. Graça Aranha, 1, Centro, tel.: 99638-5607). O restaurante conta com novas sugestões de almoço executivo (R$ 62,00, com principal + sobremesa ou café), criadas especialmente para essa unidade, como mignon suíno à milanesa com salada de batata; paillard de frango com espaguete ao limone; grão de bico ao curry; estrogonofe de frango com arroz de salsa e batata-palha; e iscas de tilápia crocante com molho tártaro, arroz de brócolis e legumes salteados.
Milho, amendoim e coco ganham protagonismo em novas receitas nas docerias cariocas para a temporada de arraiás. Na Louzieh Doces (Rua Visconde de Pirajá, 444, Loja 119, Ipanema, tel: 99494-8667), os docinhos ganharam nova roupagem, como o docinho de coco queimado decorado com retalhos e o vulcão de amendoim pintado com bandeirinhas. Seis variedades de docinhos típicos são vendidas em caixa de acrílico com 15 unidades (R$ 170,00) e 35 unidades (R$ 345,00). Não pode faltar também o clássico bolo de milho (R$ 35,00 o pequeno, R$ 120,00 o grande) e a pamonha de colher (R$ 25,00 a unidade)
Nanica: banoffee ganha versão junina com amendoim./Divulgação
Com uma massa de biscoito, recheada com um cremoso doce de leite, banana e chantilly, a banoffee da doceria Nanica (Rua Dias Ferreira, 679, Leblon, tel.:11 975920997) ganhou um plus nesta época junina: amendoim salgado incorporado no recheio, além de amendoim triturado para finalizar. A novidade fica em cartaz nas lojas da rede até 31 de julho.
Aipim com coco: bolo clássico para comer acompanhado de um cafezinho./Divulgação
No Verso Café Cultural (Av. Ataulfo de Paiva, 1120, Loja B, Leblon, tel.: 99612-0345), cafeteria e espaço cultural recém inaugurado no Leblon, a boa pedida é o bolo de aipim com coco (R$15,00 a fatia). Para acompanhar, café gelado com expresso, abóbora, leite de coco, noz moscada, açúcar e canela (R$ 30,00) ou cappuccino de paçoca, expresso, leite, paçoca, canela e chocolate (R$ 16,00) para aquecer nesse inverno.
Doces temáticos: bolos, docinhos e bebidas da Gabi Fontes./Divulgação
A Gabi Fontes Cafeteria e Doceria(Av. das Américas, 4.666, Nível Lagoa, Praça XV, LJ 125, 1º piso, Barra da Tijuca, tel.: 980907781) entra também no clima junino com uma série de docinhos temáticos. O cardápio traz delícias como canjica na versão de doce de leite (R$ 18,00 – 200ml), docinho de nozes – brigadeiro (R$ 7,00 – 30gr) e arroz doce de ninho (R$16,00 – 150ml). São destaques também o bolo de milho verde com coco e com cobertura de brigadeiro de milho verde (R$18,00 – fatia) e o bolinho de fubá com baba de moça e casquinha de açúcar queimado (R$16,00 – fatia).
Pé de moleque e paçoca: sabores juninos da LEVe Brigaderia./Divulgação
Para quem quer uma opção mais saudável, sem açúcar, sem lácteos e glúten, a LEVe Brigaderia (R. Marquês de São Vicente, 52, Gávea, 1º piso, tel.: 97291-6144) lançou brigadeiros de tâmara com sabor pé de moleque e paçoca. Aptos para veganos, diabéticos e pessoas com intolerância alimentar, os kits têm valores entre R$ 29,00 (6 unidades do sabor tradicional) e R$ 69,00 (12 unidades do kit degustação com mais sabores). Ainda tem o mini mix, com 6 unidades, que custa R$37. O valor unitário varia entre R$ 6,00 e R$ 7,00.
Lugano: bolo de vó vem com calda de paçoca./Divulgação
No São João da Lugano Corcovado (Rua Cosme Velho, 513, Cosme Velho, tel.: 97510-9384), o tradicional bolo de vó vem com a queridinha paçoca (R$ 12,90). O doce tradicional também é a grande estrela na taça mousse de paçoca (R$ 12,90).
Começa neste sábado (1) a sexta edição do Prêmio Sabores da Orla, o maior festival de gastronomia praiana do Brasil. O evento vai até 31 de julho e conta com 160 quiosques participantes, que concorrem nas categorias prato principal e aperitivo. Este ano, também haverá um concurso de caipivodcas, realizado à parte.
Um júri técnico, formado por professores e especialistas do Senac, irá escolher os cinco finalistas de cada categoria na fase classificatória. Na última etapa, a decisão caberá ao chef João Diamante, embaixador do prêmio. O público também poderá votar nos seus preferidos, pelo site da Orla Rio.
Entre os critérios para a escolha dos vencedores, estão sabor, criatividade e apresentação. Serão 50 mil reais em prêmios, 25 mil para cada categoria. O resultado será divulgado em um evento para convidados, com transmissão ao vivo pelas plataformas digitais da Orla Rio, em 16 de agosto. A lista completa dos participantes será disponibilizada no site da concessionária.
No ano passado, o quiosque Arrastapé, em Copacabana, foi o vencedor da categoria prato principal, com o arroz de cuxá e camarão VG empanado com panko e coco. Já na categoria aperitivo, o Praiô, do Recreio, foi o ganhador, com o ninho de lula com sardinha.
O concurso foi criado em 2018 pela Orla Rio, concessionária responsável por administrar 309 quiosques das praias cariocas. Na edição passada, em 2022, foram consumidos mais de cinco mil pratos durante o festival.
O centenário Copacabana Palace(Avenida Atlântica, 1.702, Copacabana) faz um convite nesta sexta (30) aos amantes de vinhos e da alta gastronomia. O evento Wine Dinner, realizado pelo restaurante Pérgula, receberá o chef convidado Felipe Schaedler, do restaurante paulistano Banzeiro.
O jantar harmonizado acontece todo último sábado do mês, oferecendo a oportunidade de desfrutar de um menu a quatro mãos. Desta vez, ele será comandado pelos chefs Schaedler e João Melo, do Pérgula, a partir das 19h. O valor é de R$450,00 + taxas por pessoa.
A experiência começará com uma seleção de snacks exclusivos, como tapioca suflada com queijo de cabra, broto de coentro e pó de açaí, tapioca recheada com queijo e castanha, além de tempura de língua com cúrcuma e gel de cajá. De entrada, serão servidos camarões VG na brasa, tucupi e jambu, criação de Schaedler.
O primeiro prato trará uma costela de tambaqui defumada, acompanhada de ponzu de cogumelo yanomami e beldroega, também preparada por Schaedler. O prato principal, do chef João Melo, será um leitão prensado, com pururuca, compota de tomate com especiarias e mil folhas de macaxeira. Para finalizar, um mil folhas de sablé de chocolate, com cremoso de maracujá e caramelo de rapadura, preparado pelo cozinheiro da casa.
Entre os vinhos nacionais e internacionais selecionados, estão o Chandon Excellence Rosé Brut do Brasil, Miolo Cuvée Giuseppe Chardonnay do Brasil, C’est la Vie Albert Bichot Rosé da França, Escudo Rojo Gran Reserva Blend do Chile e Porto Fonseca Ruby de Portugal.
Mesas no Pool Bar também estarão disponíveis para os hóspedes e visitantes durante o jantar. As reservas são limitadas e devem ser feitas antecipadamente por meio do telefone (21) 25487070 ou por e-mail para reservations@copacabanapalace.com.br.
Frederico Viana: bartender do Vian é o convidado do Sebastian ConvidaTomás Rangel/Veja Rio
No descolado gastrobar Sebastian (Rua dos Oitis, 6A, Gávea), será possível experimentar criações elaboradas por Frederico Vian, do Vian Cocktail Bar, eleito o bartender do ano na última edição de Veja Rio Comer & Beber.
Serão três opções de drinques servidos nesta quinta (29), todas por R$ 38,00: Réu de janeiro (campari, bourbon infuso Lapsang souchong, xarope de mel, mix de cítricos), Easy Bitter (campari, aperol, vermuth dry, suco de limão siciliano, xarope de gengibre, pepino japonês) e Full hand (gim, soda de aipo com menta, xarope simples, mix de cítricos).
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Sobremesa: texturas de melancia e farinha torrada é um dos pratos do jantar de seis etapas./Divulgação
À frente do restaurante francês L’Etoile, o chef Matias Cifuentes se une aos novos talentos da gastronomia Julia Lotus, do Sult, e Philip Fonseca, do Lilia, em um jantar a seis mãos no Sheraton Grand Rio (Av Niemeyer, 121, São Conrado). Também serão seis etapas do menu preparado pelos chefs, servido na próxima sexta (30) e no sábado (1º/7), das 19h30 às 23h.
Julia e Philip são os responsáveis pelas entradas: crudo de peixe branco com infusão de Dry Martini, alcaparrões e cítricos e carne cortada em sashimi com milho na conserva de pimenta de cheiro, respectivamente. Assinado por Matias, um dos pratos principais apresentará pitangola semi crua com ragu de trigo mote, abóbora e chouriço, espuma de mexilhão, açafrão e vinagrete de quiabos assados.
O segundo, que trará uma massa recheada de berinjela alla parmigiana, espuma de queijo scamorza, creme de tomate assado e tempura de berinjela, também é elaborado por Júlia Lotus. As sobremesas ficarão a cargo da chef pâtissier Elena Yepes – texturas de melancia e farinha torrada – e de Philip Fonseca – mousse de chocolate com chantily de missô, caramelo de mel, bolo e crocante de cacau.
O valor de R$390,00 + 10% inclui duas taças de espumante, água, suco, refrigerante e café. A reserva e o pré-pagamento podem ser feitos pelo e-mail riosiletoile@marriott.com ou pelo Whatsapp (21) 991293828.
Lomo saltado: um dos pratos preparado por chef de Lima, no Peru./Divulgação
O chef de um dos melhores restaurantes da América Latina, o Isolina Taberna Peruana, em Lima, será recebido pelo chef peruano Marco Espinoza no próximo domingo (2) no Lima Cozinha Peruana (Rua Visconde de Caravelas, 113, Botafogo). O restaurante terá um menu com pratos especiais elaborados por José del Castillo, que chega ao Rio pela primeira vez. As criações serão servidas das 11h30 às 14h30 e das 15h às 18h.
Para começar, serão oferecidas três opções para compartilhar: Ceviche Isolina, com peixe do dia, leite de tigre, batata laranja e milho cancha com milho fresco (R$140,00); Anticucho de pulpo con camaron, com espeto de camarão e polvo com batatas douradas e milho chimichurri peruano (R$220,00); e a Papa rellena, um croquete de batata recheada de carne com pimenta peruana e salada de cebola (R$69,00).
São destaques também o Seco de costilla, costela de boi cozida com pimentas peruanas e cerveja, acompanhada de arroz branco e purê de mandioca (R$260); o Tacu Tacu con picante de Mariscos, uma mistura de feijão peruano com arroz e molho cremosos de camarão, lula, polvo, peixe e parmesão (R$290); e o tradicional Lomo saltado, filé mignon salteado com cebola, tomate, molho de soja e pimenta amarela com batata frita e arroz (R$220). Todas as opções podem ser compartilhadas.
Para adoçar, a sobremesa escolhida é o Merengado de Lucuma, um suspiro crocante com mousse de lucuma, fruta típica do Peru (R$65,00). No Isolina Taberna Peruana, o chef José del Castillo lidera uma cozinha afetiva, onde transporta os sabores enraizados do Peru, baseado nas receitas de cozinha de sua família. As reservas para as refeições podem ser feitas pelo telefone (21) 3596-2069.
No mundo do vinho, a Europa, e especialmente a França, é constante fonte de inspiração. Suas tradições centenárias serviram (e ainda servem) de referência para que países como Chile e Argentina consolidassem sua produção e desenvolvessem vinhos considerados ícones. Foi assim que a Concha Y Toro, maior grupo do Chile, criou seu principal rótulo, Don Melchor. Em 1987, decidiu fazer um vinho inspirado nos clássicos de Bordeaux, mas com características únicas do terroir chileno. Desde então, o vinho construiu uma sólida reputação como um dos melhores exemplares dos vinhos de alta gama que podem ser produzidos no país após sucessivas pontuações bastante altas.
Agora, chega ao mercado brasileiro a safra 2020, a mais recente de Don Melchor. No guia Descorchados, recebeu 96 pontos. No site de Robert Parker, influente crítico americano, recebeu 94 pontos. Não se trata de um reconhecimento específico para uma safra acima da média. O rótulo vem consistentemente sendo reconhecido pelos especialistas, o que mostra sua qualidade duradoura. Em 2018, por exemplo, recebeu a pontuação perfeita de 100 pontos de James Suckling.
Parte de seu sucesso vem da qualidade das uvas. O vinhedo El Tocornal, plantado na década de 1970 na região de Puente Alto, no subúrbio de Santiago, é conhecido por dar origem a uma cabernet sauvignon de perfil frutado e herbáceo, com toques mentolados que caracterizam os vinhos feitos com essa variedade na região andina. Uma diferença importante é que as plantas que compõem não são clones, prática comum em grandes vinhedos. “São todas cabernet sauvignon, mas diferentes, o que garante a biodiversidade do vinhedo”, afirma o enólogo Enrique Tirado, que esteve no Brasil para divulgar a nova safra. Tirado faz parte da equipe de Don Melchor desde 1995, e desde 1997 é o responsável pelo ícone chileno.
Safra 2020 de Don Melchor acaba de chegar ao mercado brasileiro –Divulgação/Divulgação
Há, claro, bastante trabalho humano envolvido. O vinhedo foi mapeado e dividido em 150 parcelas distintas, que produzem frutos com qualidades específicas. “Com os dados que temos em mão, fica mais fácil manejar até os vinhedos mais antigos”, diz Tirado. Há um esforço constante para provar as parcelas e acompanhar aquelas que historicamente produzem bons vinhos.
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O blend final é elaborado em Bordeaux, na França, por Tirado e pelo consultor Eric Boissenot, filho de Jacques Boissenot, que esteve presente em todas as versões do rótulo, de 1987 a 2013. São enviadas duas amostras de cada uma das 150 parcelas, em uma operação logística complexa, para garantir que se alguma delas sofrer durante a viagem há uma outra disponível para o processo de degustação final. O processo leva cerca de uma semana, e é feito no mesmo laboratório no Medóc que atende quatro dos cinco principais chateaux da região.
No caso da safra 2020, Tirado conta que o ano foi mais quente que a média. Como resultado, a colheita foi feita de forma antecipada. “Lembro perfeitamente que fui ao vinhedo e provei as uvas em meados de fevereiro e achei que elas estariam prontas em cerca de três semanas. No dia seguinte, provei de novo e percebi que não ia demorar tanto. Tivemos que ficar atentos”, lembra o enólogo. Por ter sido a primeira safra pandêmica, o processo de amadurecimento antecipado foi benéfico e ajudou a preservar a equipe que lá trabalha. Foi, também, uma safra de menor rendimento, que deu origem a 12 mil caixas. O máximo que o vinhedo produz é 18 mil caixas.
Enrique Tirado, enólogo e CEO da Viña Don Melchor –Divulgação/Divulgação
As uvas que não são usadas para Don Melchor podem ser usadas em outros rótulos de alta gama da Concha Y Toro, como Gravás Del Maipo e Marquês de Casa Concha Heritage (os dois vendidos por preços na faixa dos R$ 500). Ambas têm vinhedos próprios, mas podem receber a produção excedente. Tirado, que acumula a função de CEO da Viña Don Melchor, conta que há a vontade de elaborar um segundo rótulo, como fazem vários chateaux franceses, mas que a prioridade agora é consolidar a marca ainda mais a marca Don Melchor no mundo, inclusive no Brasil.
Don Melhor 2020 pode ser encontrado no Descorcha, e-commerce oficial da vinícola, ou em outros pontos de venda, por preços em torno de R$ 1.300.
Até meados dos anos 1980, a Alemanha era conhecida principalmente como produtora de rótulos baratos de vinho branco doce. O “Liebfraumilch”, cuja tradução – errada, diga-se – “leite da mulher amada” pegou e se espalhou pelo mundo. Feitos com castas locais, como a Müller-Thurgau e a Sylvaner, tinham teor alcoólico baixo e dulçor bastante perceptível. Faz tempo, no entanto, que a situação mudou. Há anos uma verdadeira revolução fez com que a nobre Riesling, casta de origem alemã que também é bastante plantada na região da Alsácia, na França, assumiu o protagonismo, dando origem a vinhos finos muito cobiçados e capazes de atingir valores extremamente altos no mercado. “A Alemanha nunca produziu vinhos tão bons como agora”, afirma Leonhard Meese, enólogo da vinícola Wittman, em visita ao Brasil.
Hoje, há cerca de 103 mil hectares de vinhas na Alemanha, a oitava maior área do mundo, divididos em 13 regiões distintas, como Mosel, Pfalz e Rheinhessen, a maior delas. A Riesling domina 23% dos vinhedos, seguida por outras variedades, como a Müller-Thurgau, a Spatburgunder (como é conhecida a Pinot Noir por lá), a Dornfelder e a Grauburgunder (ou Pinot Gris). Há também uma indicação de qualidade, a VDP (sigla para Verband Deutscher Prädikatsweingüter, ou associação de propriedades vinícolas alemãs de qualidade), que determina quatro categorias de qualidade dos vinhos, de Gutsweine, para vinhos de entrada, até Grosse Lage, para os mais vinhos de maior qualidade. Hoje, a associação tem 200 membros, que precisam respeitar regras rígidas de qualidade e de boas práticas agrícolas. “Houve uma mudança de perspectiva do vinho doce de baixa qualidade para rótulos de alta qualidade, focados em terroir”, diz Meese.
A Weingut Wittmann é uma dessas vinícolas que hoje produz vinhos finos. De longa tradição, há menções à viticultura dos Wittman em documentos de 1663. A produção de rótulos próprios, no entanto, é mais recente, de 1921. Produzem todas as uvas de forma orgânica desde 1990, e adotaram a agricultura biodinâmica, ainda mais sustentável, em 2004. “Percebemos um melhor rendimento das vinhas, além da boa saúde das plantas e da riqueza de microrganismos disponíveis no solo”, afirma Meese. Sua produção está concentrada na região de Rheinhessen, em cerca de 30 hectares, ao redor de Westhofen, com 75% de Riesling, 20% de variedades da família Pinot e 5% de outras variedades. Segundo Meese, a região produz vinhos mais elegantes, com notas de especiarias.
Leonhard Meese, enólogo da vinícola Wittman –Divulgação/Divulgação
Especialistas costumam dizer que a Riesling está entre as castas que mais refletem o terroir onde foram plantadas. Por isso, no caso da Wittman, o processo de vinificação para todos os vinhos é o mesmo. As uvas são colhidas manualmente e a sedimentação dos vinhos é feita por meio da gravidade, o que permite que os vinhos sejam mais delicados. Cada parcela é fermentada individualmente, e a fermentação acontece em barris de carvalho bastante antigos, técnica que favorece a microxigenação sem o aporte de sabores provenientes da madeira. Por fim, eles são envelhecidos em contato com as lias (ou borras) por alguns meses, o que garante complexidade e estrutura. Na hora de engarrafar, os enólogos fazem blends, no caso de vinhos de entrada, ou focam em denominações específicas.
A diferença no sabor é perceptível. Os vinhos secos de entrada, por exemplo, são mais frutados e acessíveis. Os rótulos de designações específicas são mais elegantes, com uma evolução na taça. Segundo Meese, são feitos para serem tomados entre seis e oito anos após a colheita, quando então terão ganhado ainda mais complexidade.
O momento é interessante para a Alemanha. As mudanças climáticas fizeram com que o país ainda fosse considerado frio para a produção de vinhos, mas a temperatura aumentou o suficiente para que as uvas atinjam a maturidade ideal. Antes, isso nem sempre era possível, de acordo com Meese. Por isso, há um interesse crescente em promover os bons rótulos fora da Europa. A visita de Meese, que incluiu jantares harmonizados, degustações dos vinhos e participação na Feira Naturebas, focada em vinhos naturais, faz parte dessa estratégia de ampliar a percepção dos brasileiros pelo vinho alemão. “Estamos vendo como os consumidores estão buscando vinhos únicos. A Europa sempre foi um mercado importante, mas estamos importando para a América Latina cada vez mais. Para o Brasil, claro, mas também para México e Colômbia, dois novos mercados que nos deixam muito animados”, conta Meese.
Por aqui, no Brasil, os rótulos da Wittman são importados pela Weinkeller.
Emmanuel Gouvernet, 28, nasceu em Nîmes, no sul da França e hoje é um dos novos e festejados rostos da enologia mundial. O francês faz parte da equipe de enólogos da Veuve Clicquot – e o mais jovem de doze profissionais da empresa, fundada em 1772. Em sua origem, a marca desempenhou papel importante no estabelecimento do champanhe como bebida favorita da alta burguesia e nobreza da Europa. Atualmente, antenados com as questões contemporâneas, enólogos como Emmanuel se preocupam com as mudanças ambientais e a fabricação da bebida com menor impacto ecológico.
Emmanuel conta que prova uvas e vinhos todos os dias, das 10h às 12h, enquanto passeia pelos campos na região de Champagne, na França. No Rio de Janeiro pela primeira vez para negócios com clientes, Emmanuel diz que uma das suas funções é determinar o dia exato da colheita anual. “Um grande desafio, não só para mim, mas para o planeta, é o aquecimento global. Tenho muitos projetos em desenvolvimento para reduzir nossa pegada de carbono. Quero ir para o futuro, mas manter a tradição e a qualidade. O aquecimento global afeta a colheita. Por exemplo, ano passado a colheita foi em agosto e normalmente é em setembro”. O enólogo também dá dicas preciosas para ajudar a não ter ressaca. “Beber uma taça de água a cada taça de champanhe e beber um litro de água antes de dormir. Além de escolher sempre um bom champanhe”. Anotado!