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“Briga” de chef grande na nova temporada The Taste Brasil, no Globoplay

Começa amanhã a sexta temporada do The Taste Brasil, programa de culinária que segue o formato do original americano”The Taste”, um dos realities de gastronomia de maior sucesso no mundo, encabeçado aqui por dois dos chefs mais famosos do Brasil: Claude Troigros e Felipe Bronze. Trata-se de uma disputa entre cozinheiros profissionais e amadores que competem entre si para impressionar os mentores com suas habilidades culinárias e criar os pratos mais saborosos. A dinâmica do programa envolve provas às cegas, onde o júri prova a comida em uma colher – em vez de um prato –  sem saber quem a preparou. Eles baseiam suas decisões unicamente no sabor e na apresentação do prato. Sendo assim, os mentores orientam seus times ao longo da competição, ajudando-os a aprimorar suas técnicas e criatividade na cozinha. E desta vez o programa ganha mais duas novas profissionais tarimbadas: Manu Ferraz, mineira e dona do premiado A Baianeira, no subsolo do Masp e na Barra Funda, e sua xará Manu Buffara, proprietária do restaurante Manu em Curitiba, eleita a melhor chef mulher da América Latina em 2022 pelo 50 BEST Latin America.

The Taste Brasil Globoplay
Estúdio The Taste BrasilAdalberto de Melo “Pygmeu”/Divulgação

Ou seja, um time de primeiraça vai agitar os episódios do The Taste Brasil. Aliás, nos últimos 15 anos, a gastronomia no Brasil cresceu na velocidade da luz. O consumidor percebeu que o Brasil é um país muito rico em produtos de grande qualidade, que a nossa gastronomia é diferenciada em cada região do país. O crescimento e o interesse de cozinhar em casa, preparar bons pratos e pesquisar novas ideias é impulsionado pela televisão brasileira. Palavras sábias do chef Claude com que temos que concordar.

Os chefs do The Taste Brasil

Conversei com os dois talentosos e queridos chefs para saber o que podemos esperar desta nova temporada. Enquanto Bronze confessa que  tenta entrar no estúdio bem relaxado, sem fazer planos, e escolhe seu time baseado no feeling, Claude conta que não tem preparação: “Eu sou o que sou de verdade e entro no The Taste Brasil com a energia pra ganhar, competir e dar o meu melhor”. Além disso, o chef francês mais célebre do Brasil conta que prioriza a energia transportada pelas colheres e leva em conta “a história, a emoção, a técnica do cozinheiro. Já o carioca Felipe Bronze confessa que um dos seus segredos é nunca escolher a colher pelo gosto, por mais estranho que isso possa soar. Ele sai em busca de técnica, ideias, algo que o surpreenda. “Acerto de gosto é mais fácil de fazer do que ensinar técnica e criatividade em tão pouco tempo.” Vamos saber mais?

Adalberto de Melo “Pygmeu”
Felipe BronzeAdalberto de Melo “Pygmeu”/Divulgação
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FELIPE BRONZE

Qual é a sensação de encarar mais uma temporada de The Taste Brasil?  

A sensação é de uma estreia, como se fosse a primeira vez. O The Taste é vibrante, nunca uma edição é igual a outra. Amo entrar naquela cozinha e vou curtir cada momento como se fosse minha primeira vez.

Você compõe o quadro de júri desde o início do programa. O que a nova temporada tem de diferente e marcante em comparação com as anteriores?

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Cada temporada do The Taste é única, completamente diferente das outras, simplesmente porque os competidores e chefs convidados mudam drasticamente a dinâmica. É um programa sempre imprevisível.

Tem alguma curiosidade sobre as gravações do programa que você gostaria de nos contar?

Todos os chefs são absurdamente competitivos e reagem de formas diferentes aos resultados. Mas sempre fazemos questão de comer juntos, saímos para um drinque ou algo assim após os programas mais tensos, para podermos nos lembrar que a competição é entre os times, e não entre nós.

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Você já teve experiência à frente de outros programas gastronômicos. Na sua avaliação, qual é o principal diferencial do The Taste e por que vale a pena assistir à sexta temporada?

O The Taste é único, pois põe os mentores, chefs consagrados, no mesmíssimo barco dos seus times. É um programa muito humanizado, emotivo… é único. E cada temporada segue essa mesma lógica.

Adalberto de Melo “Pygmeu”
Claude TroigrosAdalberto de Melo “Pygmeu”/Divulgação
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CLAUDE TROIGROS

Qual é a sensação de encarar mais uma temporada de The Taste Brasil?
Amo fazer o The Taste Brasil! É uma alegria poder gravar mais uma temporada do melhor reality show de culinária do Brasil e poder dividir esses momentos para ajudar a fazer evoluir a nossa gastronomia, sempre me enche de felicidade e orgulho.

Você já teve experiência à frente de outros programas e realities gastronômicos. Na sua avaliação, qual é o principal diferencial do The Taste e por que vale a pena assistir a sexta temporada?
O The Taste Brasil se diferencia como um reality de gastronomia onde o cozinheiro tem um contato direito com seu mentor, em provas que valorizam sempre o produto e o sabor. A evolução de cada concorrente é nítida durante o curso do programa, os mentores competem entre si numa competição saudável e emocionante.

Renata Araújo e Claude Troigros
Renata Araújo e Claude TroigrosReggie Oliveira/Divulgação
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Dessa vez, duas novas chefs embarcaram na competição. Como foi trabalhar e conviver com Manu Ferraz e Manu Buffara?
As duas Manus são minhas amigas há muito tempo. Elas têm estilos diferentes, com grande capacidade técnica e um humor fora do comum. Trabalhar com elas foi de um grande aprendizado, e elas vão dar um show de sabedoria e sabores nessa temporada.

A nova temporada do The Taste Brasil estreia dia 26 de setembro. São dez episódios no total, sendo dois por semana, sempre às terças e quintas, às 18h no Globoplay e às 22h30 no GNT.

Renata Araújo é jornalista, autora do site de turismo e gastronomia You Must Go! e dá pagina de instagram @youmustgoblog

 

 

 

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Comer & Beber – VEJA RIO
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O Vinho na Jordânia

Na jornada de conhecimentos sobre a cultura vínica a região do Levante onde se encontra a Jordânia, tem uma grande importância na história da Vitis e do Vinho, sendo um dos locais onde a Vitis sylvestris sofreu domesticação há milhares de anos atrás e teve uma importância histórico-cultural para várias civilizações que nestas terras habitaram desde o período Paleolítico. O país faz fronteira com a Palestina, com Israel, com a Síria, com a Arábia Saudita e com o Iraque, passou por diversas transformações ao longo do tempo. Quando o Império Otomano dominou a região dizimou com a cultura vínica que havia, devido a sua religião muçulmana ser aversa ao consumo de bebidas alcoólicas.

1. Dados Atualizados Sobre a Produção de Vinhos na Jordânia

Segundo a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV,2021) existem na atualidade 3.253 ha de vinhedos plantados na Jordânia, seus dados de produção nem são mencionados estando zerados, o seu consumo de vinho representa 0,0% ficando na posição 153° a nível mundial, a importação de vinho representa 0,1% ficando na 66° posição do mundo e apresenta a exportação de vinhos que fica na 82° posição do globo.

Dados explicados de forma prática devido hoje cerca de até 98% da população seja muçulmana, lembrando que uma porcentagem destes, não são praticantes a semelhança do que acontece na religião católica onde diversas pessoas se denominam católicos, mas não seguem os ritos da religião ao pé da letra, o que nos leva a pensar que além de produzirem uma pequenina quantidade de vinho para a exportação e para o turismo local, algum início de introdução a tentativa de consumo de vinho pela população está acontecendo de forma ainda muito inexpressiva.

2. Petra a Capital dos Nabateus

A cidade de Petra localizada no Sul é o destino turístico mais visitado do país, o local foi a capital dos Nabateus, povos que habitavam a região desde 1200 a.C.. A linda cidade foi esculpida toda em rochas de pedras arenito e era um trajeto obrigatório para comerciantes que atravessavam o deserto para chegarem ao porto de Gaza onde a partir dali enviavam suas mercadorias para outros locais como a Europa, a cidade estava estrategicamente localizada numa intercessão de várias rotas comerciais como a do incensos, a dos perfumes, das especiarias e a da seda.

Os Nabateus eram especialistas em recolher e transportar água de incríveis distâncias usando aquedutos esculpidos nas rochas e também armazenar-la, criando assim um verdadeiro oásis e um local seguro para as caravanas descansarem. Mas não se enganem com as pretenções, pois todos que usavam das mordomias da cidade tinham que pagar uma espécie de pedágio, inclusive os animais que bebiam a água armazenada. E foi assim eles dominaram a disputada das rotas comerciais e acumularam uma riqueza extraordinária, tornando o território onde localiza-se a Jordânia um dos maiores centros comerciais do Oriente Médio. Hoje a sua moeda é a quarta moeda mais forte do mundo, o Dinar Jordaniano que vale 1,45 dólares e cerca de 1,33 euros.

3. Cultura Vínica e os Nabateus

Os Nabateus decoravam suas estruturas arquitetônicas ao modo clássico, mas usavam de criatividade para colocar elementos distintos ao seu próprio estilo. A cidade de Bayda nas proximidades de Raqmu-Petra, era a área de maior produção de vinho para esse povo e nesta cidade adornavam molduras das portas como o exemplo da peça exposta no Museu em Petra que pertencia a um grande salão de uma residência nabateia com imagens de Vitis e com a cabeça de Dionísio, o deus do vinho para os gregos e para os nabateus associavam ao seu deus chefe Dhu Shara. Outras peças vínicas como ânforas também foram encontradas no sítio arqueológico de Petra e podem ser visualizadas no Museu de Petra.

Outro detalhe interessante que associa os Nabateus ao Vinho era o fato que eles tinham o hábito de higienizar seus mortos com vinho antes de coloca-los em suas tumbas, buracos cravados nas rochas da região. Eles acreditavam que ao limpar os defuntos, eles o purificavam de todo o pecado antes de adentrarem ao paraíso.

4. A Árvore de Madaba

A cidade de Madaba na Jordânia é conhecida pelos seus magníficos mosaicos e um dos mais tradicionais e populares é o da Árvore de Madaba, que diz a lenda que foi batizado por esse nome devido na história antiga a árvore produzia cachos de uva tão grandes que eram necessários dois homens para carregar um de cada vez. É uma excelente lembrança da história e do local, inclusive por essas terras está no caminho para a Terra Santa mencionada diversas vezes na bíblia.

5. Monte Nebo

O Monte Nebo encontra-se bem próximo a Madaba e este local foi onde Moisés avistou a Terra Santa prometida por Deus, lá existem mosaicos da era bizantina que também contém a Vitis presente, evidenciando o quão importante essa planta e seus frutos eram para a região. No local se encontra um museu com peças de diversas épocas inclusive ânforas que armazenavam e transportavam vinho. Do topo do monte pude avistar em meio ao deserto um pequeno produtor de vinho que utiliza tecnologia de transporte de água para produzir a Vitis na atualidade.

6. Considerações Finais

Sem dúvida foi um grande prazer visitar in loco todos esses locais e poder constatar esses detalhes da cultura vínica presente nas evidências históricas da região, e também como as culturas mudam mediante as normas impostas pelos que dirigem as leis de um país, de uma região e até no mundo como estamos tendo a oportunidade de vermos na atualidade com a globalização, muitas vezes utilizando como plano de fundo vários argumentos, como por exemplo deste país o fundamentalismo religioso para justificar as suas atrocidades realizadas contra culturas milenares dos locais, como a cultura vínica.

Desejo boas provas a quem conseguir ter o privilégio de provar os vinhos jordanianos que na atualidade são produzidos em pequena escala com castas francesas em maioria. Uma sugestão é o produtor J.R. River que já está enviando seus vinhos para República Tcheca e que dispõem ao consumo de turistas nos restaurantes e hotéis em Amã, capital da Jordânia.

Saudações Báquicas!!!

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Mundo dos Vinhos por Dayane Casal
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Feira na Lagoa oferece degustação de vinhos da França, Espanha e Grécia

Vinhos franceses selecionados e de bons produtores estarão abertos para a degustação no Espaço Lagoa, no Clube Monte Líbano (Av. Borges de Medeiros, 701), na feira Foire aux Vins, que ocorre nesta terça (26), das 17h às 21h.

+ Chef da Ferro e Farinha abre japonês com alta coquetelaria no Leblon

O evento oferece uma seleção criteriosa de bons rótulos, com descontos para as vendas, e abrange também outros países do velho mundo como Portugal, Espanha e Grécia. Na feira, todos os vinhos presentes poderão ser degutados pelo público. A gastronomia também marca presença com foco na França, incluindo parcerias com chefs e produtos variados.

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Os ingressos estão à venda a R$ 190,00 (mais taxa de R$ 14,25), no link do Sympla. Todos eles dão direito a um voucher de R$ 30, que será entregue na entrada, para ser usado na compra de vinhos.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Chef da Ferro e Farinha abre japonês com alta coquetelaria no Leblon

Um novaiorquino de ascendência oriental fazendo pizzas de fermentação natural, servidas sem talheres num balcão escondido do Catete com filas na porta. Sei Shiroma chegou ao Rio mostrando desde o início que aqui não estava a passeio, e ganhou as páginas como um ex-publicitário americano disposto a sobreviver na cidade. Nesse roteiro, um pulo de alguns anos no tempo vai encontrá-la à frente das quatro unidades do Ferro e Farinha, definido pelo próprio como um “pizza bar”, detentor de três título do VEJA RIO COMER & BEBER na catagoria que aponta as melhores pizzas.

+ Feiras do fim de semana vão da cerveja artesanal aos alimentos orgânicos

Pois a história da vida do chef, que teve parte importante passada dentro de um restaurante em Nova York, vem à tona com a inauguração (ou reabertura) do Suibi, casa com o mesmo nome do autêntico salão com balcão de sushis que o pai inaugurou em 1983, e permaneceu aberto até 2008, em Manhattan.

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Reprodução
Infância: Sei Shiroma e o pai no Suibi, um pioneiro de Nova YorkReprodução/Arquivo pessoal
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O restaurante inaugura na próxima semana na Rua Dias Ferreira, epicentro da badalação no Leblon, com cozinhas frias e quentes baseadas no Japão, e os esperados voos asiáticos dos menus contemporâneos. Os clientes podem esperar pratos como usuzukuri hollandaise, feito com lâminas de salmão, molho hollandaise e ponzu de yuzu; o surf and turf tartare, preparado com arroz shari crocante, tartare de atum, wagyu grelhado, grana padano e algo nori; e o unagi temaki, aberto com enguia grelhada, shiso e missô.

Assim como ocorre na pizzaria do chef, a coquetelaria recebe atenção especial, com a carta de drinques a cargo da mixologista paraense Vitória Kurihara, de apenas 24 anos, eleita a melhor do Brasil no World Class 2023, uma das principais competições de coquetelarias do mundo. A partir deste sábado (23), aliás, ela vai representar o Brasil na final global do concurso, em São Paulo.

Fusões: usuzukuri feito com lâminas de salmão e molho hollandaise
Fusões: usuzukuri feito com lâminas de salmão e molho hollandaise//Divulgação
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A carta terá coquetéis como o Eminem Highball, feito com gim Gordons, xarope de matcha, basílico, limão e soda de melão cantaloupe; e o 50 Shades of Grey, que leva Gim Gordons, licor Saint Germain, suco de toranja e xarope de Earl Grey.

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Feiras do fim de semana vão da cerveja artesanal aos alimentos orgânicos

No fim de semana, das 12h às 20h, a feira Prosa no Mercado reúne 10 expositores de bons produtos e comidinhas no Mercado de Produtores no Uptown Barra. No sábado (23) haverá show de pop rock, e no domingo (24) um telão vai transmitir a final da Copa do Brasil entre Flamengo e São Paulo. O evento tem curadoria de Manu Zappa e terá convidados como Tasca Carvalho, de comida portuguesa; Beatriz Caldas, com pipocas gourmet; Compartir e Grazi Boulangerie, com pães artesanais e delícias para o café da manhã; as Geleias da Carol; e a chef Malu Melo com bolinhos de costela, pastel de camarão e quitutes vegetarianos. O Uptown fica na Av. Ayrton Senna, 5500, bloco 12, Barra da Tijuca.

+ Lambuze e abuse: opções deliciosas para comemorar o Dia do Sorvete no Rio

Nos mesmos dias 23 e 24, o Rock 80 Festival retorna à Quinta da Boa Vista com o BBQ Festival e a Cerveja Rio de Janeiro. O evento começa às 10h, com música ao vivo, parrilla de carnes e hambúrgueres, além de diversos rótulos de cervejas artesanais. Na programação musica estão confirmadas atrações como as bandas Alternativa 80, Noato Oficial, Lavender Rock Experience, Cyrus, The Mister, Taxa Zero, Motorock, Annapolis, Zona Rock e A Conexão 80. Os pais com filhos pequenos contarão com a Cidade das Crianças, um espaço com infláveis, vídeos gratuitos e outras atividades. O evento convida o público a doar 2 quilos de alimentos não perecíveis destinados a instituições de trabalho social.

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No domingo (24), a feira Junta Local aterrissa novamente na Praça Xavier de Brito, a “Praça dos Cavalinhos”, na Tijuca, das 10h às 17h. A famosa feira que coloca bons produtores artesanais em contato com os consumidores, ao som de DJs com muita música boa, se destaca na área de gastronomia com pães, café, queijo, chocolates, kombuchas, cervejas artesanais e outros itens.

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Primavera bate à porta: restaurantes cariocas lançam menus para a estação

O novo menu da Babbo Osteria (Rua Barão da Torre, 632, Ipanema) chama-se Tomates de Origem, fruto de uma parceria da casa com o agrônomo Antônio Abboud, da Universidade Federal Rural do Rio, que cultiva diversas espécies na faculdade. Os chefs Elia Schramm e Lucas Lemos criaram diversas receitas como a caprese de Origem (R$ 62,00), com tomates, azeite extravirgem, balsâmico envelhecido, burrata Vitalatte e basílico; o Milanese di Filetto (R$ 109,00), com filé mignon crocante, risoto de grana padano e salada de tomates de origem com rúcula selvagem; e a Meringata di Origine (R$ 38) sobremesa com tomates de origem marinados em açúcar demerara, com morangos frescos, coulis de frutas vermelhas com balsâmico, suspiro e sorvete de burrata.

+ Lambuze e abuse: opções deliciosas para comemorar o Dia do Sorvete no Rio

No Dim Sum Rio (Largo do Machado, 48, tel.: 9943-44264), que está prestes a abrir uma filial em Botafogo, o chef Vladimir Reis acaba de lançar um menu degustação dos famosos bolinhos chineses (R$ 180,00, em nove etapas servidas em dupla), e tem outra novidade de respeito: o pato laqueado inteiro, feito em forno chinês que é novidade na casa (R$ 250, para até quatro pessoas). Ele é preparado na brasa e tem cobertura caramelada de melado, canela e anis. Para acompanhar, molho de pimenta doce e hoisin de amendoim, além de crepes. As encomendas devem ser feitas, mesmo para comer no restaurante, com cinco dias de antecedência.

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Emiliano: rooftop do hotel ganhou menu primaveril
Emiliano: rooftop do hotel ganhou menu primaveril//Divulgação

O Restaurante Rooftop, do luxuoso hotel Emiliano Rio, sob o comando do chef Camilo Vanazzi, tem menu novo para o jantar. Com vista para o mar e a orla de Copacabana, há novidades como a entrada de aspargos marinados, coalhada seca com kimchi, picles de nabo, croquete de abobrinha e azeite de ervas. E pratos principais como o flat Iron bovino grelhado com acelga chinesa, musseline de cenoura tostada e molho perolado.

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Katz-Su: kung fu sando de frango crocante
Katz-Su: kung fu sando de frango crocanteWalber Soares/Divulgação

No Katz-sū (Rua Von Martius, 325-F, Jardim Botânico), bar asiático do chef Bruno Katz, a boa nova é servida às quartas-feiras, a partir das 17h, e atende pelo nome de Kung Fu-Sando (R$ 54,00), um sanduíche com milanesa de galinha, maionese de katsuobushi, picles, kimchi e molho secreto.

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Lambuze e abuse: opções deliciosas para comemorar o Dia do Sorvete no Rio

No Brasil, a primavera chega com delícias geladas porque o Dia do Sorvete é comemorado em 23 de setembro. Cai no sábado, e na anunciada onda de calor que está deixando o pessoal com uma vontade grande de abaixar a temperatura das sobremesas.

+ Dona Marta ganha padaria artesanal e Rocinha inaugura confeitaria francesa

Malz: sorvete coroa um brownie coberto de Ovomaltine
Malz: sorvete coroa um brownie coberto de OvomaltineLipe Borges/Divulgação

A Malz Craft Burgers & Beers, no Méier (Rua Oliveira, 19, tel.: 98370-5152), se destaca pelas sobremesas generosas como os hambúrgueres da casa, algumas delas com sorvete a exemplo do brownie Ovomaltine (R$ 22,00), servido com sorvete de baunilha, flocos e creme de Ovomaltine, e ganache de chocolate meio amargo.

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Talho: a cereja amarena inspira um dos sabores da casa
Talho: a cereja amarena inspira um dos sabores da casa//Divulgação

No Talho Capixaba (loja de Ipanema na Rua Barão da Torre, 354, tel.: 3037-8638), os gelatos são desenvolvidos em parceria com a Kunthy Gelato em sabores como doce de leite, pistache sicília, frutas vermelhas, capuccino crocante, e cereja amarena, entre outros (R,80 e R$ 19,80, dois sabores). Os gelatos podem ser servidos na casquinha, copinho, ou acompanhar o waffle e o macaron da casa.

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Da Thábata: sorvete de torta basca pode levar caldas
Da Thábata: sorvete de torta basca pode levar caldasLipe Borges/Divulgação

A mais famosa torta basca da cidade virou sorvete, e o gelato feito em parceria com a Vero Gelateria está disponível na Da Thábata (Shopping da Gávea, Rua Marquês de São Vicente, 52, 3º piso, tel.: 97497-1991). O sabor tarta basca é cremoso e tem pedaços da torta dentro (R$ 27,00, o copo de 120ml).

Lugano: banana split na taça com três sabores de sorvete
Lugano: banana split na taça com três sabores de sorvete//Divulgação

O famoso e “vintage” banana split ganha apresentação diferente na taça (R$ 45,00), servido na Chocolate Lugano (BarraShopping, Av. das Américas, 4666, 1º piso, loja 172, tel.: 97729-3034) em camadas de ganache ao leite, três bolas de sorvete nos sabores morango, chocolate, e creme, e bananas cortadas em rodelas. Tudo é finalizado com chantilly e castanhas caramelizadas, e pode levar calda de chocolate ao leite derretido.

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Bar e restaurante que produz os próprios sorvetes, o Nosso (Rua Maria Quitéria, 91, Ipanema), utiliza as maravilhas geladas em sobremesas do capricho da nova Mont-Blanc (R$ 39,00), onde o sorbet de morango se cobre com musse de chocolate branco e iogurte grego, angostura, coulis de amora, azeite de capim limão, suspiro de tangerina e pimenta espelette.

Rudä: bolo de aipim com sorvete de pudim
Rudä: bolo de aipim com sorvete de pudimTomás Rangel/Divulgação

Entre as sobremesas do restaurante Rudä (Rua Garcia D’Ávila, 118, Ipanema, WhatsApp: (21) 98385-7051), o bolo de aipim com coco (R$ 38,00) leva sorvete de pudim, creme de café, farelo de leite queimado, caramelo e flor de sal.

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Dona Marta ganha padaria artesanal e Rocinha inaugura confeitaria francesa

Tem pão e tem doce, experiência na cozinha e bom astral em padaria e confeitaria, dois negócios recentemente abertos em comunidades do Rio que estão vencendo o preconceito e conquistando clientes pela qualidade.

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Na Rocinha, logo na entrada, a Le Docê chegou tendo à frente da produção a confeiteira Raquel Couto, com formação na prestigiada Le Cordon Bleu, e doces qe poderiam estar numa vitrine de Ipanema vendidos a R$ 18,00.

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São especialidades franceses como entremetes, operas, macarons e tortas variadas, entre outras gostosuras de recheios, cremes e coberturas bonita e se ver e comer.

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Raquel foi recebida de braços abertos e com emoção na Rocinha, cujos moradores nunca tinham visto um estabelecimento como esse na área, possível de se frequentar. A intenção da confeiteira foi justamente democratizar o acesso a seu trabalho.

“Os moradores dizem que é a primeira vez que alguém olha para eles com apreço, levam a família, dizem que não tinha um lugar assim lá. Estou me realizando bem mais do que se tivesse aberto essa confeitaria em qualquer outro lugar”, diz.

No Morro Dona Marta, em Botafogo, fazem sucesso as encomendas da La Baguete, padaria de produção caprichada e baguete “au levain”, estilo francesa, capitaneada pelos sóios Cleyton e Flávio, com 20 anos no mercado.

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A produção artesanal tem entregas em todo o bairro de Botafogo,e as fornadas do dia trazem produtos como babka de chocolate, pão de queijo gruyère, croissants de amêndoas e chocolate, pães Petrópolis, multigrãos e de calabresa, entre outros. Os pedidos diários são feitos pelo WhatsApp: 96860-4142.

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Evento de vinhos Brancos e Rosados acontece na Barra da Tijuca

Maior empreendimento de decoração da América Latina, o CasaShopping completa 39 anos este mês. E para comemorar o aniversário em grande estilo, abre as portas para um evento que celebra a conexão entre a arquitetura, os espaços dedicados à produção do vinho e as novidades entre brancos, espumantes e rosés, nicho que ganha cada vez mais consumidores no Brasil. De 29 de setembro a 1 de outubro, a feira “Brancos e Rosados”, com produção do Grupo BACO, reunirá grandes vinhos, atrações musicais, com destaque para o cantor Tibí, revelação do programa The Voice Brasil, estandes de gastronomia e palestras com nomes de referência no mundo do vinho, como Marcelo Copello, curador do evento, e Vanja Hertcert, maior arquiteta de vinícolas do Brasil, que dará palestra exclusiva para profissionais de arquitetura e decoração um dia antes da abertura oficial do evento.

 

“Vanja está vindo ao Rio especialmente para a feira. E, em sua apresentação, falará sobre a relação entre os vinhos e o principal nicho de atuação do CasaShopping, a arquitetura”, adianta Copello, que é sócio do Grupo BACO.

 

O especialista, que falará sobre o mercado de vinhos rosados no país, ressalta que, embora o portfólio dê destaque à produção de brancos, rosés e espumantes, grandes estrelas da temporada de primavera-verão e das festas de fim de ano, os tintos também marcarão presença:

 

“Um evento dando destaque aos brancos, rosados e espumantes é uma demanda do público e do trade, mas não deixaremos de oferecer os tintos”, acrescenta Copello.

 

Em formato de feira, “Brancos e Rosados” terá estandes de produtos brasileiros e importados. No total, são 24 expositores, que exibirão mais de 300 rótulos. O time de vinho inclui a Grand Cru, a GRK, a Castas, a Psiu Wines, a Casa Flora, a Cava Wines, a Patagonia Wines, a Aurora, a Casa Valduga, a Salton, a Garibaldi, a Oceà, o Divino Empório, a La Pastina e a Word Wine. Brittes Bakery, Bendita Compota, Trem das Gerais, Pestare Gourmet, Casa del Mar e Nuage Azeites estão entre os expositores de comida confirmados. Durante os três dias de eventos, alguns restaurantes do shopping oferecerão promoções, como a rolha zero,  e o estacionamento será gratuito.

 

“Brancos e Rosados” tem entrada franca, com acesso aos estandes, às palestras e às atrações musicais. Aos interessados em participar das degustações, o evento disponibiliza uma taça, à venda pelo ingresse.com ou disponível no local. A taça dá direito à primeira dose de um vinho à escolha do visitante, que poderá, em seguida, passear pelas barracas degustando e adquirindo doses, garrafas e até caixas com preços promocionais. Palestras, comidinhas e música completam as atrações, no ambiente agradável do shopping.

“O evento é uma ótima oportunidade para abastecer as adegas com vinhos para as festas de fim de ano e para o verão. A partir de outubro os preços começam a subir e haverá, sem dúvida, promoções e ações especiais nesses três dias de evento”, completa Sérgio Queiroz, sócio do Grupo BACO.

 

Na programação musical da feira há atrações diárias no CasaShopping. Entre os confirmados, Gabe Pontes, que apresentará seu show de jazz, MPB e pop; a banda Staccato, que apresenta clássicos do jazz, blues e rock. Tibí fechará a programação no último dia de feira, com seu repertório de pop e rock nacional e internacional, a partir das 17h.

 

Os sócios chamam atenção para a importância de “Brancos e Rosados” priorizar um nicho do segmento em franca expansão no país. Pela primeira vez em cerca de 30 anos, a proporção de consumo de vinhos brancos e rosados ultrapassa a barreira dos 40% de fatia de nosso mercado, deixando os tintos abaixo dos 60%. Os números são da Product Audit, maior empresa de consultoria de números do mercado do vinho na América Latina. A pedido do Grupo BACO, a Product Audit levantou dados que mostram que no primeiro semestre de 2023 a importação de vinhos ficou em 59% de tintos, 24% de brancos e 16% de rosados.

 

“Esta proporção vem crescendo significativamente desde a pandemia e atinge neste momento  seu patamar mais alto desde os anos 1990, quando era moda consumir os vinhos brancos de garrafa azul e o mercado de importados era 80% de vinhos brancos alemães”, finaliza Marcelo Copello.

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Sobre o CasaShopping

O CASASHOPPING foi o pioneiro a se especializar em home&decor, tornando-se o maior e mais completo empreendimento do segmento da América Latina. Recebe uma média de 300 mil visitantes por mês. É um shopping que já nasceu na vanguarda – totalmente a céu aberto e integrado à natureza. Chama atenção em sua arquitetura a Onda Carioca, uma icônica cobertura de vidro, de 1.500m2, criada pelo premiado

arquiteto israelense, Nir Sivan. Em seu portfólio estão cerca de 200 marcas de decoração que representam o melhor do design nacional e internacional.

 

Sobre o Grupo Baco

O Grupo BACO Multimídia é uma empresa de comunicação, consultoria e inteligência de mercado, atuando há mais de 20 anos no mercado, que tem na geração de conteúdo e nos eventos sua plataforma de atuação. É responsável pela edição da revista BACO, do Wine Report, do Anuário Vinhos do Brasil, entre outros produtos editoriais. Seu portfólio inclui ainda mídia digital e uma série de eventos no Brasil e exterior, seja para o trade, mundo corporativo ou mais amplos, com destaque para a Grande Prova Vinhos do Brasil e festivais como o Rio Wine and Food Festival, DegustaSP, São Paulo Wine Fest, entre outros.

 

Sobre o evento

Após o sucesso da 10ª edição do Rio Wine and Food Festival, em maio, e com o São Paulo Wine Fest, realizado em agosto, o Grupo BACO volta ao Rio de Janeiro com “Brancos e Rosados”, evento temático com foco no nicho que mais cresce no Brasil: o dos vinhos brancos, espumantes e, principalmente, rosés. Segundo levantamento da Product Audit, empresa de inteligência de mercado especializada em auditoria de importação de produtos, o mercado nacional, há dez anos, era formado por 90% de tintos. Hoje essa fatia caiu para 60%. Os rosés aumentaram suas vendas em mais de 80% durante a pandemia e seguem crescendo.

 

AGENDA:

Quinta-feira, dia 28/09

15h – Evento fechado para convidados – “Arquitetura & Vinho – o luxo nos conecta”, com a palestrante Vanja Hertcert, arquiteta especializada em vinícolas.

Sexta-feira, dia 29/09, das 16h às 21h30

A partir das 16h a feira de vinhos estará aberta com expositores de alimentos e bebidas, além de música ao vivo. Às 17h, palestra “Vinhos orgânicos, biodinâmicos e naturais – mitos e verdades”, com Miriam Aguiar, professora da Le Cordon Bleu.

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Sábado, dia 30/09, das 16h às 21h30

A partir das 16h a feira de vinhos estará aberta com expositores de alimentos e bebidas e música ao vivo. Às 17h, palestra “Grécia paraíso dos brancos e rosés”, ministrada por Marlene Souza, sommelière da GRK, importadora de vinhos Gregos. E às 18h30,“Por que os espumantes brasileiros são os melhores da América do Sul?”, evento com Marcelo Copello, curador do “Brancos e Rosados”, que mediará conversa entre representantes das vinícolas brasileiras Salton, Valduga, Garibaldi e Aurora.

 

Domingo, dia 01/10, das 16h às 20h

A partir das 16h a feira de vinhos estará aberta com expositores de alimentos e bebidas e música ao vivo. Às 17h, palestra “Vinhos rosés do mundo”, com Homero Sodré, embaixador certificado dos vinhos de Bordeaux.

SERVIÇO:

Brancos & Rosados

Local: CasaShopping

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Endereço:  Av. Ayrton Senna, 2.150 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

Datas: 29 e 30 de setembro e 01 de outubro de 2023.

Horários:

Sexta, das 16h às 21h30

Sábado, das 16h às 21h30

Domingo, das 16h às 20h

INGRESSOS AQUI

 

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Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
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Especial Israel

Israel tem uma longa história no cultivo da Vitis e na produção de vinhos que remonta muitos anos antes de Cristo. Está localizado na histórica região do Levante, conhecida como o crescente fértil, sendo uma das áreas do berço da Vitis conhecido pela ciência na atualidade. Por essas terras sempre houveram guerras, conflitos e longas disputas, onde passaram diversos povos e várias culturas diferentes. Durante 400 anos o Império Otomano dominou as terras onde está o estado de Israel e a região, dizimaram a cultura vínica milenar que existia, devido a sua religião e cultura ser avessa ao consumo de bebidas alcoólicas. No sítio arqueológico de Masada, que é um símbolo da resistência de Israel frente ao Império Romano existe uma exposição de peças utilizadas no dia a dia pelos judeus e há presença de ânforas onde se armazenavam e transportavam o vinho.

1. O Vinho e os Judeus

O vinho para os judeus tem uma grande importância como uma bebida sagrada, o utilizam no ritual religioso chamado Kiddush que significa santificação, onde exclamam a frase ” Bendito seja Deus, Deus do mundo, que produz fruta da Vitis“, também fazem a benção do pão neste mesmo momento de santificação. O vinho é consumido em celebrações de nascimento, de casamento, em todo o Sabbath, no Pesach (festa que celebra a libertação do povo de Israel da escravidão no Egito) e também no Purim (festa que celebra a salvação do povo judeu dos persas pela rainha Ester), nesta ultima festa é liberado consumir um pouco mais de vinho. Abaixo imagens de Kiddush Cups onde se consumiam vinho, peças expostAs no Museu do Povo Judeu em Tel-Aviv.

2. Breve Histórico e Dados Atualizados da Produção

No século XIX tem-se o primeiro documento registrado com a data 1848, de uma Adega que foi estabelecida por Rabbi Shore em Jerusalém. Em 1870 foi criado o primeiro Colégio de Agricultura Judeu que logo virou um exemplo e modelo para outros países. Em 1882 o Baron Edmond de Rothschild um grande banqueiro e dono do Château Lafite em Bordeaux na França começou a investir em áreas de produção de Vitis em Israel, criando a vinícola Carmel, no inicio começaram a produzir vinho kosher para enviar para os judeus espalhados pelo mundo, era um vinho de baixa qualidade e só a partir de 1960 começaram a produzir vinhos secos, dando assim os primeiros passos para levar o vinho de Israel ao mercado internacional de vinhos aos moldes dos vinhos franceses. A Golan Heights Winery também teve um papel fundamental no salto de qualidade dos vinhos produzidos em Israel, foi fundada em 1983.

Os dados atuais da produção de Vitis e de vinho em Israel pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho(OIV) de 2021 são de 12.011 ha de vinhedos plantados, com uma produção vínica que representa 0,1% da produção mundial, ficando na 37° posição, como exportador representa 0,1% ficando na 40° posição do mundo, como importador representa 0,1% localizando-se na 63° posição mundial e como consumidor os dados estão zerados 0,0% ficando na 97° posição dos países que produzem vinho. Apesar desses dados baixíssimos de produção em Israel a nível mundial, o país já conta com aproximadamente 300 vinícolas e que produzem cerca de 40 milhões de garrafas de vinhos que vem recebendo fortes elogios da crítica especializada como o Robert Parker e Hugh Johnson.

3. Terroirs Vitivinícolas

Apesar da área territorial do estado de Israel ser pequena, há uma enorme e rica variedade de tipos de terroirs ao qual a Vitis tem se desenvolvido expressando as suas essências de micro-climas, tipos de solos, dentre tantos outros fatores que possibilitam produzir uvas para produção vínica com qualidade e elevando a variedade de estilos de vinhos produzidos no país.

As Montanhas de Golã na Galiléia, bem ao norte do país fazendo fronteira com a Síria e o Líbano, o terroir apresenta-se com um clima de altitude, boas horas de sol, com a presença de ventos que refrescam e com ótima amplitude térmica, detalhe que as videiras adoram. No inverno pode nevar nessas áreas de produção. O solo é caracterizado por basalto vulcânico e tufo, com boa drenagem, os vinhedos estão implantados entre 400 e os 1200m em relação ao nível do mar.

Na região da Alta Galiléia apresenta um clima mediterrâneo, seco e fresco devido a altitude, há vinhedos implantados a 800 metros acima do nível do mar. Já mais próximo a costa a região de Samaria, apresenta o clima mediterrâneo típico, com verões bem quentes e muitas horas de sol. Nesta área concentram-se vinícolas bem importantes como a Margalit, a Tishbi, a Binyamina e também alguns vinhedos da Carmel.

Na região de Jerusalém próximo das montanhas, o clima caracteriza-se por ser mais quente, com um pouco mais de umidade. Algumas vinícolas produzem rótulos a partir deste terroir como a Carmel, a Barkan e a Karmei.

Nas colinas da região da Judeia, próximo a cidade de Jerusalém, apresenta o clima mediterrâneo que é através da altitude recebe um arrefecimento, apresenta solo calcário. Algumas vinícolas consideradas mais requintadas produzem e tem suas sedes neste terroir como a Castel, a Clos de Gat, a Flam e a Ella Valley.

Vinhedo no Deserto do Negev, Crédito de Imagem : Amit Elkayam para The New York Times

No deserto de Negev, sem dúvida a produção é algo espantoso, em pleno deserto Israel tem utilizado de muita tecnologia e expertise para produzir matérias-primas fantásticas para grandes vinhos. A temperatura gira em torno de 45°C no verão, o que em qualquer outro lado os vinhedos receberiam um verdadeiro escaldão quebrando facilmente a safra. Mas os vinhedos neste terroir são irrigados com equipamentos de altíssima tecnologia que trazem água do Mar da Galileia (lago de água doce) e do Mar Morto (alta salinidade) que está a 400 metros abaixo do nível do mar, através de muitos quilômetros de tubos e liberam água a partir de 30 cm abaixo do solo direto nas raizes a quantidade necessária e exata para que a videira não sofra com o estresse hídrico, a imagem que se vê do vinhedo no meio do deserto é que parece um oásis na paisagem com aquele ponto verde.

4. Castas Produzidas em Israel

Os vinhedos onde eram produzidas uvas para vinho na área onde é o estado de Israel foram todos destruídos pelos muçulmanos nos 400 anos de dominação deste território, não restando nenhum vestígio de castas autóctones. Com o retorno da produção foram implantados novos vinhedos com as castas francesas e que até os dias de hoje dominam a produção do país como Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah, Petit Verdot, Pinot Noir, Sauvignon Blanc e Chardonnay. Há um pequenino movimento ainda insipiente de tentativa de resgatar cepas que foram produzidas na região como com a casta Argaman, que acredita-se ser mais semelhante ao que se produzia antigamente, mas trata-se de um cruzamento das castas Mazuelo ou Carignan com a portuguesa Sousão.

5. Vinho Kosher e Vinho Kosher Mevushal

Kosher significa (apropriado / adequado) segundo o Kashrut que são as leis ou normas judaicas para os alimentos que estão aptos para serem consumidas pelos judeus. Um alimento para ser considerado Kosher, ele deve cumprir todas as exigências das leis judaicas e é identificado com as letras OU, de « Orthodox Union » e também com a letra U dentro de um círculo. No caso da produção de vinhos seguem alguns critérios descritos a seguir.

Vinhos Kosher, Crédito de Imagem: www.divinho.com.br/blog/vinhos-kosher/

A primeira vindima só pode ocorrer após o quarto ano de idade do vinhedo. Não é permitido o cultivo de outras variedades dentro dos vinhedos como outros vegetais e frutas. A cada sete anos deixa-se um ano a área do vinhedo descansar, é conhecido como o ano sabático. Todos os objetos como ferramentas e utensílios utilizados na produção vínica deve seguir as leis e ser kosher e estarem sempre higienizados. A partir daí só os judeu que seguem todos os preceitos religiosos podem manipular todos os ingredientes, ferramentas e o mostro. Somente eles podem tocar, experimentar e acima de tudo, comandar os processos, sempre supervisiona dos por um rabino. Não é permitido adicionar leveduras e outros compostos utilizados como os clarificantes devem seguir as mesmas normas.

Após vinificado o vinho segue para o engarrafamento e também durante esses processos não é permitido o contato de um não-judeu com o vinho. Após engarrafado, o vinho é selado e autenticado como um vinho Kosher (conforme descrito acima) e qualquer outra pessoa poderá tocá-lo, mas somente poderá ser aberto e servido por um judeu. 

A religião judaica não permite e não aprova nenhum tipo de idolatria, e como os povos pagão antigos tinham rituais de oferecer vinhos aos deuses como os gregos à Dionísio e os romanos à Baco eram vistos como povos e pessoas impuras. E para solucionar o problema de que só um judeu seguidor de todos os preceitos poderia abrir um vinho Kosher surgiu o « kosher Mevushal » que significa « fervido » em hebraico, uma espécie de “flexibilidade da lei judaica”. Este vinho Kosher passa por um processo de pasteurização e a partir daí outros judeus possam beber o vinho servidos inclusives por não judeus,  sem ter o risco de estarem infringindo as normas. 

6. Considerações Finais

A cultura vínica é um tema que me fascina, através dela viajamos na história, nas mais diversas culturas, na geopolítica, nas religiões e em tantos outros assuntos que fazem parte deste universo ao qual o vinho esteve e está inserido. Fazendo esta viagem a Israel pude além de aumentar o meu background de conhecimentos in loco sobre o país, pude também fazer importantes reflexões de como nós seres humanos somos capazes de dizimar culturas milenares de povos, e como nós seres humanos somos também capazes de nos reinventarmos e ultrapassarmos as mais brutais dificuldades como por exemplo a de produzir cepas no deserto do Negev.

Gostaria de fazer um agradecimento especial ao judeu e produtor de vinhos Tony Hunter, que contribuiu com uma riqueza e detalhes de informações sobre a cultura, os hábitos e o vinho em Israel.

Tony Hunter e Dayane Casal – Israel, 2023

Espero que este artigo tenha contribuído com o aumento da sua cultura vínica e que você tenha gostado caro leitor, convido você a degustar os vinhos de Israel que já estão disponíveis para compra em muitos países, desejo boas provas.

Saúde ! L’CHAIM!

Fonte:

Mundo dos Vinhos por Dayane Casal