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Dia dos Namorados também é no bar! Confira promoções e dicas para a data

Alba

O chef Meguru Baba criou um menu especial para o Dia dos Namorados no gastrobar, com duas opções de entrada, três de principal e duas de sobremesa, a R$ 145,00 por pessoa. Entre as entradas é possível escolher entre polvo, lula, pepino e emulsão de missô com mirin e gergelim branco; hommus de pupunha, vinagrete de cogumelo paris e crocante de pão pita ou vol-au-vent de salmão, sour cream e dill. Para principal, as pedidas são o risoto de camarão patagônico, tomate grape, ovas de tobiko (peixe-voador) e amêndoas; a polenta cremosa com ragu de cordeiro, crocante de mandioca e menta ou o espaguete com legumes, creme de ervilha, berinjela frita e pistache. Para sobremesa, torta de chocolate 70% com creme inglês de tangerina ou rabanada de doce de leite e sorvete de baunilha.

Alba. Rua Martins Ferreira, 60, em Botafogo. Reservas para 19h ou 21h30 pelo instagram @alba.botafogo.

Bar da Frente

O bar faz promoção para comprometidos e solteiros no Dia dos Namorados: a partir das 17h, a cada três cervejas de 600ml do mesmo rótulo — entre Heineken (R$ 18,90), Original (R$ 15,90), Brahma Duplo Malte (R$ 13,90) ou Spaten (R$ 15,90) — consumidas pela mesa, a quarta é por conta da casa.

Rua Barão de Iguatemi, 388, Praça da Bandeira. Qua. a sáb., 12h/22h. Dom., 12h/17h.

Boteco Colinda

O bar criou um menu especial para a data, com entrada (ceviche de peixe branco com manga, cebola-roxa, coentro e maracujá) ou a salada caprese (tomate-cereja, rúcula, molho pesto, muçarela de búfala e redução ode balsâmico, principal (camarão ao thermidor, com o crustáceo gratinado com catupiry, vinho branco, creme de leite e parmesão, servido com arroz de passas e torradas; namorado crocante, com o peixe com crosta de brioche, servido com purê de batata-baroa e legumes salteados; ou filé mignon acompanhado de batatas bravas levemente apimentadas e molho funghi, de cogumelo seco). Para finalizar, o cheese cake In Love, com calda de frutas vermelhas. Nas reservas antecipadas, o menu sai a R$ 349,00 por casal, incluindo uma garrafa de vinho da seleção disponível (Denário Malbec, Foodkiller Chardonnay, Arcaia Rose — Pinot Grigio —, espumante Alud Brut ou Vila Rosa Branco Frisante) ou dois drinques do cardápio.

New York Center. Avenida das Américas, 5.000, Barra da Tijuca. Diariamente, 12h/0h. Reservas pelo (21) 97165-4845.

Cine Botequim 2

A filial do bar temático de cinema criou uma coxinha de coração (R$ 15,00) para a data, que pode vir com recheio de estrogonofe de camarão ou de abobrinha.

Rua Dona Zulmira, 111, Maracanã. Ter. a qui., 17h/0h. Sex. e sáb., 12h/0h. Dom., 12h/22h.

Clássico Beach Club

Para o jantar na data, a casa preparou um menu disponível nas lojas do Morro da Urca, Lagoa e Ipanema. De entrada, as sugestões são a salada de cuscuz (R$ 74,00) e salada grega (R$ 65,00). Entre os principais, linguine aos frutos do mar (R$ 85,00), com lula, camarão e lagostim em molho bisque de mariscos, e mignon com purê de baroa e fonduta de queijo, acompanhado por legumes salteados na panelinha (R$ 99,00). Para encerrar os trabalhos, a pedida é a musse de chocolate com ganache de maracujá (R$ 32,00).

Parque do Cantagalo s/nº, Lagoa. Seg. a qui, 11h/20h. Sex., 11h/22h. Sáb., 8h30/0h. Dom., 8h30/20h. Reservas pelo (21) 98959-0004. Avenida Pasteur, 520, Botafogo. Diariamente, 12h/20h. Avenida Vieira Souto, Ipanema. Diariamente, 8h30/21h.

Os Imortais

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Para a data, o bar preparou combos para os casais apaixonados por botequim. O combinado Shrek e Fiona (R$ 59,00) vem com duplas de minibolinhos de espinafre e das famosas coxinhas da vovó, além de porções de pipoca de quiabo e do frango k-pop (drumetes de frango ao estilo coreano, levemente picante, com quatro unidades). Para beber, o casal pode escolher dois drinques, entre as seguintes opções: Pecado Vermelho (vodca nacional, purê de frutas vermelhas, sour mix, espuma de gengibre e hibisco em pó), Perfetto Lemone (bourbon, limoncello, xarope artesanal de maracujá com pimenta e mix de limões), Highlander (bourbon, xarope de amêndoas com água de rosas, sour mix, soda artesanal de limão e limão siciliano) ou batida de paçoca. Já o combinado Monica & Chandler (R$ 85,00) é um jantar completo: vem com pipoca de quiabo, duas minicoxinhas ou uma porção de coração empanado, como entrada (uma opção); bobó de camarão, arroz de rabada ou carne assada desfiada com batata corada e arroz (duas opções, uma para cada) e brownie com sorvete e calda de morango para a sobremesa.

Rua Ronald de Carvalho, 147 e 154 (anexo), Copacabana. Seg. a sex., 18h/0h. Qua. a sex., 18h/1h. Sáb., 12h/1h. Dom., 12h/0h. 

Three Monkeys House

Especialnente para a data, o brewpub estará com um ambiente de luz baixa, com direito a velas, e ao som de jazz/blues, embalado pelo One Man Band, e Sylva, o macaco-mascote da cervejaria, receberá os pombinhos com buquê de rosas. Além disso, os casais que fizerem reserva ganharão uma rodada de chope à escolha. Entre as sugestões, estão o Golden Ale (R$ 5,29, 100ml), do estilo strong golden ale; a Sourssentials (R$ 6,90, 100ml), uma wild orange; e a House Wit (R$ 4,72, 100ml), a witbier da marca. No cardápio da chef Germana Mathias, sugestões como a provolonera (R$ 31,00), com bolinhas de queijo provolone derretido com dois tipos de geleia; o milanesa aperitivo (R$ 46,00), filé de carne bovina temperado e empanado, acompanhado de aioli da casa; e o carbonade (R$ 58,00), receita típica belga de carne cozida lentamente na cerveja, servida com pão ciabatta fatiado. Os casais que pediram uma das três receitas ganham um brownie em formato de coração.

Rua Real Grandeza, 129, Botafogo. Qua. (12), 11h30 à 0h. Reservas: (21) 3586-7052.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Petrus, o Vinho que Antes de Ser Lançado Já Está Vendido 99%

Um verdadeiro sonho de qualquer produtor vitivinícola é chegar ao status do vinho que antes de chegar ao mercado se encontra 99% do vinho vendido e já esgotado as suas vendas, pois o 1% restante fica a cargo da reserva da família. Este fenômeno por vezes é difícil explicar de forma simples e prática aos comuns consumidores vínicos “os tidos como meros mortais”, que ficam incrédulos com estes feitos. E vale lembrar que estamos falando de uma marca de vinho com um dos mais valiosos valores agregados deste setor econômico que movimenta bilhões de dólares em todo o mundo. Mas afinal o que leva um vinho a ganhar este prestígio e poder cobrar estes valores agregados tão valiosos? Tentarei de forma sucinta levantar algumas razões com este artigo.

Interessante primeiramente compartilhar de forma resumida a história desta lenda vínica que iniciou no século XIX, e ganhou a sua primeira medalha de ouro no Concurso Internacional de Paris em 1878. As safras de 1945 e 1947 tornaram-se ícones e marcaram o início da fama glamurosa até a atualidade desde brilhante néctar de Baco. Este carrega segredos muito além da produção de um líquido elaborado a perfeição absoluta. Na atualidade os seus proprietários são Jean-François Moueix, o herdeiro e que é o atual presidente da empresa, e 20% do capital foi vendido ao Alejandro Santo Domingo, um investidor colombiano e também proprietário da cervejaria Bavaria. Especula-se que está parte da empresa foi arrematada por 200 milhões US$. Mas esse número pode estar subestimado.

Suas garrafas mais prestigiosas e procuradas no mercado pelos colecionadores e investidores são as fabulosas safras de 1929, 1945, 1947, 1961, 1964, 1982, 1989, 1990, 2000, 2005, 2009 e 2010.

por Dayane Casal, Paris – 2023

Como todo bom enólogo a explicação de poder fazer um bom vinho está na vinha, e alguns humildemente ainda comentam que se o enólogo não estragar a uva, o vinho será bem produzido. Mas no caso do Petrus além de ter em sua história de produção de matéria-prima fenomenal, possui profissionais da mais alta competência no decorrer do processo, como o prestigioso enólogo francês Jean-Claude Berrouet, que trabalhou por 44 anos para o Petrus. No ano de 2008 o seu filho Olivier Berrouet, que na ocasião tinha 33 anos, veio a substituiu o seu pai como enólogo e diretor do Petrus, ficando assim bem encaminhado a continuação da busca pela excelência quanto ao fator humano.

Mas o contexto do conceito terroir abrange diversos outros fatores aos quais podemos observar que os 11,5 ha são 100% cultivados com a casta Merlot, num solo de característica muito peculiar que o distingue da maioria da região onde predominam calcários. O solo localizado nos vinhedos do Château Petrus são em maioria argilosos de cor escura, com presença significativa do mineral ferro, possui boa compactação, e apresenta um perfil de não reter tanta água e ter excelente drenagem. O clima da região é marítimo moderado e recebe benefícios da corrente do Golfo, os vinhedos do Château estão inseridos na AOC Pomerol, na margem direita do rio, onde predomina um clima ameno e moderado pelas massas de água. Aqui em solos mais frios e sob rigoroso controle na produtividade dos vinhedos, busca-se concentrar ao máximo a qualidade da matéria-prima, grau alcoólico desejado, taninos maduros, boa acidez e os precursores aromáticos e de sabor, tudo de forma equilibrada. Nestas condições a Merlot consegue atingir o nível de maturação excelente produzindo vinhos com muito corpo e maduro, com uma capacidade de longevidade incrível.

Para a construção de uma imagem e valor de uma marca é necessário ir muito além de ter uma elegante logomarca, um bonito rótulo, uma requintada apresentação e um storytelling . É necessário traçar estratégicas comerciais e que posicionem a marca no setor do mercado ao qual está se focando, no caso do Petrus, o mercado de luxo. Claro que no século XIX o Château Petrus não conseguia vender seus vinhos como são vendidos na atualidade, pois isto custou além de gigantescos investimentos em diversos aspectos econômicos e de trabalho consistente, custou muito tempo. E se mostrar como uma imagem qualitativa de excelência e de forma linear ao longo de sua história tem um peso gigantesco, que podemos sintetizar com uma frase popular “para fatos não há argumentos”. Obter 99% do vinho vendido ao preço que são leiloados, antes de serem lançados, este é um fato indiscutível e incontestável de sucesso de construção de uma prestigiosa marca vínica.

Quando se foca no mercado de luxo, não basta só o preço ser elevado, tem que saber trabalhar e conversar com o seu nicho específico de clientes. Em setores econômicos diferentes ao do vinho, mas ao qual o foco é o nicho do luxo, você não vê ações de propaganda em meios de publicidade focados na massa da população, ou até na utilização de pessoas desqualificadas para participarem das estratégias de branding das suas marcas. Bons exemplos são a marca Maserati de carros, a marca Patek Philippe de relógios e a marca Tiffany de joias, essas empresas focam no seu público alvo e fazem questão de também ter como parte da estratégia de posicionamento de mercado possuirem peças inacessíveis a população normal, gerando confiança no seu cliente, status no seu nicho e simbolizando que quem as possui está num outro patamar de entendimento do que é VALOR, e não no que é PREÇO.

No caso do Petrus este trabalho vem sendo realizado já há bastante tempo. O mercado americano se destacou com os magnatas milionários e quando virou um vinho de escolha em momentos especiais da família Kennedy. O mercado asiático também teve um importante papel na consolidação do posicionamento da marca, onde o vinho estava presente em mesas de grandes empresários selando contratos multi-milionários. E claro que em toda a parte do mundo onde o vinho é consumido e que possui esse tipo de cliente faz parte do ecossistema de valor criado.

Os leilões do vinho Petrus são aguardados de forma ansiosa pelos grandes investidores deste setor, arrematar lotes de garrafas com a marca Petrus significa investimento com lucratividade garantida. Algo curioso em partilhar sobre construção de imagem de marca foi uma garrafa de Petrus da safra 2000 ter ido estagiar por 14 meses em órbita, isto ocorreu em 2019 e em outubro de 2021 esta foi arrematada pelo valor de 1 milhão de dólares, num leilão organizado por uma das casas de leilões mais prestigiosas do mundo, a Christie’s, evidenciando o poder do ecossistema de investimento de marca também.

Além da excelência primorosa na qualidade excepcional do líquido vínico que a garrafa do Petrus embala, há muito mais de branding de luxo e história bonita contada. Há um status social que posiciona o seu produto no mercado de marcas de luxo, e este é um lugar para poucos. O público que paga por um Petrus não quer ver o “Sr. Zé” da esquina consumindo o mesmo vinho que ele, ou o “influenciador ou artista que mal sabe o que é vinho, está falando do vinho replicando palavras que estavam escritas no aplicativo digital de vinho popular .

por Dayane Casal, Paris – 2023

Este público está num mercado específico e as estratégias para posicionar e manter um vinho lá não são nada fáceis e muitas vezes custam milhões e milhões de investimentos que os pobres mortais não fazem ideia. Um exemplo clássico é num jantar de negócios entre milionários e/ou bilionários para selar contratos entre as partes, é praxe fazer um brinde com o mais prestigioso vinho que houver, e nesta hora o que menos importa é o preço desta conta, pois o valor do vinho deve ter o mesmo status de prestigio, de autoridade, de glamour, de importância e de sofisticação do que está sendo selado.

Deixo uma última curiosidade sobre este fantástico vinho, o Petrus é o nome em latim para designar São Pedro, que era o nome da área onde está localizado o famoso vinhedo do Château Petrus. Pelo visto São Pedro também participou desta façanha econômica da marca Petrus.
Desejo boas provas com excelentes vinhos e saudações báquicas !

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Mundo dos Vinhos por Dayane Casal
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Deu branco: a revolução que mudou a cor das taças de vinho no país

Parece que as combinações harmoniosamente desastrosas de ostra com Malbec e de sanduíches de polvo com Cárménère estão com os dias contatos. Finalmente o Brasil descobriu o vinho branco. Esse debut pode ter sido deflagrado pelas altas temperaturas ou pelo amadurecimento do paladar dos apreciadores da bebida. Independentemente do que impulsionou a mudança, o fato é que importadoras como a Decanter constataram um aumento de 30% no aumento da venda dos brancos no país. O crescimento impressiona, mas ainda é inferior ao volume de vendas do rosés, estilo que mais cresce nas cartas de restaurantes pelo mundo e pelo qual se tem notícias da entrada de jovens ao universo do vinho, segundo o português, Fernando Seixas, do Grupo Fladgate, que entre outras marcas tem a prestigiada Taylor’s.

Além de harmonizarem perfeitamente com o nosso clima, os brancos representam a combinação perfeita para muitas das comidas que ganham destaque no inverno, graças à sua acidez pronunciada e complexidade aromática. No caso de fondue de queijos, por exemplo, os brancos são responsáveis por “limpar” o paladar, a acidez permite que a gordura de variedades como Emmental ou Gruyère não pesem ou fiquem insonsas na boca. Com isso, a experiência fica mais leve. Com charcutaria, por exemplo, um bom presunto cru casa lindamente com brancos, isso já ouvi da premiada Daniela Bravin, sócia do restaurante Huevos de Oro, em São Paulo, durante uma degustação. Faça o teste: coloque um pedaço na boca e, no mesmo momento, tome um gole do vinho. Essa nova mistura proporciona proporciona um ótimo sabor. Quer outra ótima ideia para harmonizar com charcutaria? Espumantes! Para os amantes de massa, o italianíssimo molho carbonara pede branco. Nesse caso, se eu fosse escolher, optaria por um Pinot Grigio também italiano, que é neutro, ácido e leve.

COMO ARRUINAR UMA NOITE COM O VINHO ERRADO

Claro, somos livres para tomar o vinho que bem entendermos com o alimento que nos faz feliz, mas há algumas explicações químicas para tais desastres de harmonização. Os peixes e crustáceos têm iodo em sua composição, o que exige atenção na hora de escolher a garrafa certa. Combinados aos taninos, substância presente nas cascas das uvas tintas, o iodo provoca uma sensação metálica. Acredite, é quase como usar fio dental de corda de violão ou dar uma mordida em pé de mesa de ferro, experiências nada agradáveis, convenhamos.

O sommelier Gabriel Raele costuma dizer em suas descrições que “a acidez que convida ao próximo gole”, não é uma figura de linguagem ou marketing enochato para vender garrafas, mas realmente essa característica é fundamental em algumas combinações. Eu mesma, preciso confessar, já cometi alguns pecados. Há uns bons anos, ganhei do marido um toscano potente, um Tignanello, da reverenciada vinícola Antinori, um blend de Sangiovese, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc. Havia um fondue em casa, uma noite fria e criança pequena dormindo. Clima perfeito, portanto. Abrimos o vinho. Depois de duas taças eu estava tão empachada como se  tivesse comido dois hambúrgueres daqueles com maionese caseira e com dois milk shakes repletos de calda. Ou seja, acabei com o vinho e, consequentemente, com a noite.

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MUITO ALÉM DO SAUVIGNON BLANC E DO CHARDONNAY

Agora não pense que estamos falando daqueles brancos bobinhos de coquetéis. Acredite, a variedade é imensa e vai muito além dos tradicionais Sauvignon Blanc e Chardonnay. Recentemente provei um Viognier com Riesling Itálico, Sur Lie, da Viapiana, de Flores da Cunha (RS) muito complexo e surpreendente. Do Dão, em Portugal, fiquei encantada com as uvas Douradinha, Cão e Terrantez. Elas são cultivadas dentro de um projeto lindo da Lusovini/Pedra Cancela, que está replantando castas esquecidas e que são de um frescor surpreendente e acidez inigualáveis. Esse projeto deve chegar ao Brasil para venda no final do ano, em caixas exclusivas. Vale muito ficar atento, o produto virá ao país pelas mãos da TDP Wines.

Por fim, a casta que merecia toda uma coluna AL VINO o Encruzado, perfumado, fresco, complexo. Um vinho que tem imenso potencial de guarda e que enólogo português Casimiro Gomes, um expert dessa casta só costuma lançar ao mercado com anos de garrafa, imagine cinco a sete anos. Esses vinhos são tão especiais quanto os Chablis, os Chardonnays da Borgonha?, perguntei a ele. “Não comparo para não diminuir o valor da casta, mas pelo potencial pode-se dizer que é um vinho atemporal, como poucos”.

Eu absolutamente concordo.

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Vinho – VEJA
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Finalmente! La Guapa, casa de empanadas de Paola Carosella, chega ao Rio

Estão chegando no Rio as empanadas consideradas por muitos as melhores do Brasil, quando se fala em rede de lojas de comida rápida. Com o selo de qualidade da chef Paola Carosella, argentina que ganhou fama como apresentadora de programas como o MasterChef, e o restaurante Arturito, em São Paulo, a La Guapa abre sua primeira loja na cidade nesta segunda (10), em Copacabana.

+ Sucesso em São Paulo, bar de vinhos na torneira vai abrir em Botafogo

Os preços do quitute variam entre R$11,30 e R$12,00, e o cardápio traz 13 sabores para as empanadas de massa fina e chamuscada. Exemplos como frango caipira com legumes e ervas frescas; linguiça toscana e mussarela; a clássica salteña de carne, azeitonas, ovo caipira e batata cozida; e a vegana com massa de quinoa e azeite extra virgem, e recheio de brócolis, abóbora, abobrinha e noz pecã. Todas disponíveis para consumo em mesinhas no local, ou pedidos pelos aplicativos de delivery.

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A loja conta ainda com linha de produtos próprios como pimenta, molho chimichurri e um doce de leite. Entre as sobremesas, o tabletón se destaca com folhas de massa crocante, raspas de laranja e limão siciliano, doce de leite e cacau, chantilly de cachaça e fava de baunilha.

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A La Guapa fica na Rua Miguel Lemos 67-A.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Sem ideia para o Dia dos Namorados? Restaurantes terão promoções e mimos

Um estabelecimento chamado Suru Bar (Rua da Lapa, 151, Lapa, tel.: 3591-1524), com todo respeito, sugere diversão. E na quarta (12), os casais, “peguetes” e afins terão menu especial com a ideia do compartilhamento. A chef Roberta Antonia mandou ver no nhoque de mandioquinha grelhado na manteiga de ervas com creme de queijo canastra, patê de fígado de galinha, paçoca de torresmo e picles de pimenta de cheiro (R$ 85,00 para dividir). Nas taças, o Tesãozinho é um coquetel que leva whisky, suco cítrico de maçã, espumante brut e calda de cereja amarena. Outro drinque para a ocasião se chama Hoje tem, hein!, feito com cachaça envelhecida, limão, mel, tomilho, toque de picles de pimenta de cheiro e espumante brut (R$ 27,00 é o preço de ambos). O prato mais os dois coquetéis saem a R$ 120,00.

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Suru Bar: drinque Tesãozinho em cartaz./Divulgação

Ainda no contexto da informalidade (com água na boca), o Pescados na Brasa também caprichou para a data amorosa. O jantar com entrada, principal e sobremesa, das 19h às 22h (R$ 350 por casal), terá música ao vivo, luz de velas e harmonização com vinho. Serão duas opções de entrada, três de principais e duas sobremesas para compartilhar. Serão servidos pratos como a mojica de caranguejo e cestinha de camarão; o filhote com crosta de castanha e purê de pupunha; o polvo na brasa com arroz negro cremoso de cogumelos; e sobremesas como as cheesecakes de cupuaçu e bacuri. Todos os pratos acompanham taça de vinho. As reservas devem ser feitas até domingo (9), pelo tel.: (21) 99359-4753.

Fabio Rossi
Pescados na Brasa: amor paraense com menu caprichadoFabio Rossi/Divulgação
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E seguimos para o quesito paisagem, para curtir um visual entre gracinhas e juras de amor. No Mirante da Rocinha (Estrada da Gávea, 222, Rocinha), que está no hall de Pontos Turísticos Oficiais da Cidade, o menu especial de três etapas será oferecido de quarta (12) a domingo (16). Para começar, a entrada será uma salada de figo ou um carpaccio de carne. De principal, os casais poderão escolher entre salmão com alcaparras e risoto de limão siciliano; ou torneador de mignon ao molho de maracujá. E para fechar, taça kinder ou churros de tapioca de sobremesa. O menu de Dia dos Namorados custará R$ 100,00 por pessoa. No dia 11 de junho, Mirante vai ralizar um sorteio em seu Instagram que dará direito ao casa a passar a noite do dia 12 hospedado no Hotel Nacional, com café da manhã incluído. Reservas para o jantar no link do Sympla.

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Mirante da Rocinha: salmão com alcaparras e risoto de limão./Divulgação

Aos pés do Morro da Urca, em cenário cercado de natureza, o Hills (Praça General Tibúrcio, 520, Urca) incluirá duas taças de espumante em seu menu especial, que tem entrada, prato principal e sobremesa (R$ 260,00 por casal). Há opção do menu com uma garrafa de vinho da casa por R$ 340,00 para o casal. O percurso começa pela tábua de frios que inclui presunto de parma, queijo brie, gorgonzola, queijo gouda ao mel, morango, damasco e pitaya. Na parte dos principais há filé mignon ao molho demi-glace, com purê de baroa e farofa de castanha, redução de ossobuco e costela, finalizado com vinho tinto; ou robalo à belle meunière, com risoto de açafrão, molho de alcaparras e camarão na manteiga. O final apresenta o amor gelato, feito à base de cream cheese com calda de maracujá e tartar de manga. Reservas devem ser feitas pelo tel.: (21) 97710-2304.

Tomás Velez
Hills: menu com taças de espumante no visual da UrcaTomás Velez/Divulgação

Restaurante feito com muito amor pelo chef Pedro Coronha, com a participação de Yasmim, sua cara-metade, responsável pelos quadros e outros detalhes da casa, o Koral (Rua Barão da Torre, 446, Ipanema) merece a visita e tem menu instigante para a quarta-feira da paixão. De entrada vem a croqueta de costela com fonduta de queijo tulha (R$ 41,00). Há duas duas opções de principal: steak de atum na brasa ao molho de missô, gergelim e laranja, com purê de batata e wasabi (R$ 129,00), e o tonarelli em molho bisque com camarão, polvo e vieira na brasa, finalizado com breadcrumbs de limão (R$ 149,00). Na sobremesa tem sorvete de morango assado com manjericão e sua calda, creme de mascarpone e suspiro crocante (R$ 41,00). Reservas às 12h ou às 20h no Instagram do Koral.

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Koral: menu criativo e sobremesa de morango com manjericão./Divulgação

Combinado japonês tem sempre um clima afrodisíaco, a depender da companhia. No Si-chou (Rua Barão da Torre, 472, Ipanema) o negócio fica sério nas peças escolhidas pelos responsáveis, o chef Elia Schramm e o restaurateur Menandro Rodrigues. Duas taças de espumante rosé estão incluídas no combinado dos namorados (R$ 385,00, 35 peças): dupla de barriga de salmão trufado, dupla de atum foie gras, dupla de vieira com manteiga clarificada, dupla de peixe branco karasumi, dupla de gunkan de salmão e ikura, 4 tuna spicy, 6 tempura roll, 5 sashimis de atum, 5 sashimis de salmão, e 5 sashimis de peixe branco especial. Reservas pelo WhatsApp: (21) 99867-5933.

Nubra Fasari
Nosso: mignon em crosta de grana padano e outras delíciasNubra Fasari/Divulgação

O gastrobar Nosso (Rua Maria Quitéria, 91, Ipanema) é outro lugar cercado de romantismo, na comida do chef Bruno Katz e nos coquetéis de Daniel Estevan. Um menu em três tempos será servido com exclusividade na noite de quarta. Os casais podem escolher, para começar, entre a burrata com pesto de manjericão, tomates confitados, abóbora laminada cozida lentamente e flor de sal, servida com sourdough da casa; e a carne cruda com grana padano, pinoles, flat bread e azeite de oliva. Nos principais, as opções são schnitzel de berinjela com manteiga de harissa, saladinha de folhas ao limão siciliano e alcaparras; tournedor de mignon em crosta de grana padano com batata anna, molho poivre e pimenta verde; ou peixe na azedinha, com musseline de cenoura, molho Troisgros e folhas aromáticas. Para finalizar a experiência, é possível experimentar o menáge de chocolate, uma mousse de chocolate com praliné, sorvete de castanha-do-Pará e tuille de cacau; ou o sorbet de manga, cremoux de coco, sementes de abobora crocante e manjericão (R$ 170,00; ou R$ 140,00 a versão vegetariana). As reservas devem ser feitas pelo site do Nosso.

Menta Foods
Jotabê: pedido de pizzas dá direito a uma terceira doce em formato de coraçãoMenta Foods/Divulgação

Amor com pizza? Com certeza. E sobremesa de presente. Na Jotabê Pizzeria, no Jardim Botânico (Av. Alexandre Ferreira, 196), ao pedir duas pizzas individuais do cardápio, o casal ganhará uma pizza de Nutella com frutas vermelhas, em formato de coração. A casa tem destaques como a Oro Verde (R$ 86,00), com molho pesto de manjericão, mozzarella fior di latte e finalizada com mortadela speciale, stracciatella, creme de pistache, pistache e manjericão. A Calabresa (R$ 72,00) leva molho de tomate, mussarela fior di latte, scamorza, calabresa da roça e cebola fina, parmesão e orégano orgânico. Tudo acompanhado pela carta de drinques feita pela premiada Jessica Sanchez. Reservas pelo tel.: (21) 97085-6262.

Fred Bailoni
Nam Thai: cozinha tailandesa com taças de espumante incluídasFred Bailoni/Divulgação

A comida tailandesa, de fama afrodisíaca em suas combinações de temperos e contrastes de sabor, é a pedida romântica no Nam Thai (Rua Rainha Guilhermina, 95-B, Leblon), inluindo duas taças de espumante no menu completo (R$ 196,00 por casal). Na luz baixa do salão, o chef David Zisman oferece opções para cada um montar seu percurso, entre itens como dim sum de camarão e broto bambu; rolinhos vietnamitas; talharim de arroz frito com camarões, lulas, vieira, leite de coco, curry pennang, folhas de limão kafir, hortelã, tamarindo e limão; e camarões e abacaxi em curry vermelho tailandês caseiro e leite de coco. Minisobremesas como o tiramisù tropical adoçam o paladar. Reservas pelo tel.: (21) 97042-6575.

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Emiliano: Rooftop tem menu de luxo com champagne para começar./Divulgação

Para uma experiência de alto luxo com uma das mais famosas vistas do planeta, o Rooftop do hotel Emiliano Rio (Av. Atlântica, 3804, Copacabana) oferece um menu exclusivo para casais que inclui uma taça de champagne Moët & Chandon. O retsaurante Emile, no hotel, segue a mesma linha com outro menu exclusivo. No Rooftop, localizado no último andar, os hóspedes e visitante terão como entrada as vieiras grelhadas na manteiga noisette e acompanhadas de fregola com alho poró salteado com limão siciliano e pancetta. Para os principais, o flat iron bovoino grelhado com casarecce ao molho canastra, picles de cebola e molho de cogumelos; além de uma sugestão de frutos do mar com a lagosta confitada, legumes e folhas rústicas, pinoles e caldo de camarão. A sobremesa tras lâminas de texturas de chocolates com caramelo de whiskey. O jantar no Restaurante Emile custa R$ 650,00 (mais taxas), e no Rooftop o valor será de R$ 1000,00 (mais taxas), preços por pessoa. É necessária a reserva pelo WhatsApp: (21) 3503-6620, ou pelo email hostess@rj.emiliano.com.br.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Plataforma conecta produtores do RS a restaurantes e lojas em todo o país

Lançada há menos de um mês, a plataforma “Produtores Gaúchos Unidos” conecta restaurantes, hotéis, pousadas, lojas, empórios e varejos de todo o país a produtos do Rio Grande do Sul. O objetivo é que, mesmo em meio à situação de calamidade do estado, esses empreendedores mantenham sua produção, vendas e empregos.

Já são 224 produtores cadastrados e 93 comércios e hospedagens com acesso aos produtos ofertados. A partir das vendas, o plano é fazer o transporte dos itens através de cargas compartilhadas, auxiliando todos os produtores. Estão cadastrados no site produtores de vinhos, queijos, carnes, nozes, sucos e azeites de oliva.

A iniciativa partiu do produtor de cordeiro Bernardo Barbosa Ibargoyen e de sua esposa, a jornalista Aline Barilli Alves.

A “Produtores Gaúchos Unidos” vem organizando jantares beneficentes em São Paulo para gerar renda para os empreendedores afetados pelas enchentes. Já houve um serviço para 200 pessoas na quinta no Restaurante Café Journal. Haverá outro nesta sexta no Restaurante Loup, também para 200 pessoas, e mais um no sábado, no Bar Sarjeta, para 100 pessoas.

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O chef gaúcho Enio Valli está supervisionando todos os insumos dos produtores cadastrados na plataforma para garantir que os eventos beneficiem diretamente os pequenos produtores.

Além disso, o Sebrae do Rio Grande do Sul está assessorando pequenas agroindústrias que não têm familiaridade com esse tipo de transação e logística, capacitando os produtores em questões como envio, produção de imagens dos produtos para comercialização e burocracia.

O serviço também pretende promover feiras físicas no estado para auxiliar na venda de produtos, principalmente para aqueles produtores que estão com estoques elevados e não conseguem escoá-los.

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Vinho – VEJA
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Dia dos namorados com vinhos gaúchos

Neste dia dos namorados, que tal comemorar a data mais romântica do ano com vinhos gaúchos?

 

O Rio Grande do Sul foi enormemente afetado por enchentes e um dos principais produtos do estado são os vinhos. Muitos viticultores perderam seus vinhedos e o enoturismo, um dos principais motores da indústria do vinho nacional, parou totalmente. É a hora de ajudarmos e de uma forma muito prazerosa, tomando um vinho com quem amamos.

Seja por sua capacidade de criar uma atmosfera de intimidade ou por sua associação com celebrações e ocasiões especiais, o vinho se tornou a bebida predileta para o dia dos namorados.

A complexidade de aromas e sabores do vinho também proporciona uma experiência sensorial única, que pode ser apreciada em conjunto, incentivando a partilha e a conexão entre os casais.

Quando se trata de harmonizações gastronômicas o néctar de baco brilha. Por sua grande gama de tipos e sabores, se torna a bebida rei à mesa em seu jantar romântico.

Vejamos algumas sugestões de vinhos gaúchos para este 12 de junho:

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ESPUMANTES

– Aurora Pinto Bandeira Extra Brut

– Chandon Exellence

– Maria Valduga

– Cave Geisse

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– Don Giovanni Brut

– Valmarino Blanc de Blancs

– Miolo Íride

– La Grande Bellezza 2020 Blanc de Blancs

 

ROSES

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– Madre Terra Auraz, Rosé Nobre

– Era dos Ventos Clarete

 

TINTOS

– Miolo Lote 43

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– Don Giovanni Cabernet Sauvignon 1993

– Aurora Millésime Cabernet Sauvignon

– RAR Don Raul

– Canto dos Livres Cantoria

– Lidio Carraro Tannat Grande Vindima

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– Alma Unica Syrah S8

– La Grande Bellezza Audeo

– Giacomo Buffon

– Arte Viva Geodésis 2022

A lista de vinho acima já é um spoiler de meu post de semana que vem, no qual vou anunciar um leilão de vinho, para o qual os vinhos gaúchos acima foram doados pelas respectivas vinícolas. O valor arrecadado será 100% doado às vítimas das enchentes.

Um brinde com vinho gaúcho, feliz dia dos namorados!

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Comer & Beber – VEJA RIO
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A curiosa história do vinho “esquecido” que se tornou ícone do Alentejo

Não é todo dia que um vinho “esquecido” nas barricas, no fundo de uma adega, se revela tão especial. O produtor português Alexandre Relvas, da vinícola Casa Relvas, no Alentejo, havia decido fazer um grande vinho elaborado com a casta Arinto, tradicionalmente usadada nos brancos com potencial de envelhecimento. Separou a colheita de 2017 para uma série de testes, com barricas de carvalho diferentes. “Testamos algumas da Borgonha, outras de Bordeaux, algumas com carvalho americano”, conta Relvas. “Fizemos diversas provas ao longo dos meses, até que outras demandas, como a preparação para uma nova vindima, fizeram com que não déssemos o seguimento correto às ensaios”. Foi só meses depois, durante o processo de elaboração de outro vinho, que as barricas daquele branco reapareceram. Ao provar aquelas guardadas em barris da Borgonha, Relvas percebeu seu potencial. Foi assim que nasceu o Esquecido. Em 2019, foi eleito o melhor vinho branco do Alentejo pela prestigiosa revista portuguesa Grandes Escolhas. E, agora, a nova safra, 2022, acaba de chegar ao mercado brasileiro.

As uvas são provenientes de um único vinhedo de quatro hectares, localizado junto a uma ribeira, com solos de xisto. “A Arinto lá produzida é muito especial, e dependemos do que o vinhedo nos dá aquele ano”. Em 2022, recorde de produção, foram feitas 27 mil garrafas. No ano anterior, foram apenas nove mil. “Engarrafamos o que a natureza nos dá”, diz Relvas. A fermentação é iniciada em uma cuba de inox, para garantir a padronização, mas depois continua em barricas. O vinho fica entre 16 e 18 meses em carvalho, sempre barricas novas, mas que passam por um processo que reduz o sabor aportado pela madeira na bebida.

O Esquecido faz parte do topo de gama do portfólio da Herdade de São Miguel. Entre os tintos, um dos mais importantes é o Pé de Mãe, elaborado principalmente com a variedade Trincadeira, conhecido por sua potência e pela consistência com que recebe boas avaliações da crítica. Mas a vinícola produz uma variedade de rótulos, incluindo vinhos mais simples, para consumo no dia a dia, como o Ciconia.

O vinho Esquecido, da Herdade de São Miguel -
O vinho Esquecido, da Herdade de São Miguel –Cantu/Divulgação

Além dos vinhos, a vinícola tem uma preocupação com a sustentabilidade. Em 2022, foi a primeira das 10 maiores empresas produtoras de vinho do Alentejo a receber Certificação de Produção Sustentável. “Começou de forma natural. Queríamos usar menos água, queríamos tratar bem as pessoas que trabalhavam conosco e ter lucro no final do ano”, diz o produtor. Quando fizeram a primeira avaliação, perceberam que várias das metas já estavam sendo cumpridas. “Foi melhor do que esperávamos”.

Passaram a adotar outras práticas, como a introdução de ovelhas nas vinhas. Por conta da pastagem no inverno, conseguiram reduzir o uso de herbicidas e de adubos químicos, com 50% da fertilização feita de composto animal e de resíduos orgânicos da adega. Há também uma preocupação social em garantir boas condições aos trabalhadores. “Estamos em uma região muito desfavorecida e é preciso cuidar das pessoas. Assim conseguimos também manter os talentos”, diz Relvas.

A Casa Relvas está inserida no agronegócio português há cinco gerações, mas a Herdade de São Miguel é mais recente, comprada por Alexandre em 1997. São 350 hectares de vinhas, além de 97 hectares de sobreiros, as árvores com as quais se faz as rolhas dos vinhos. “Começou como uma empresa familiar, mas já somos 140 pessoas. Temos uma grande estrutura”, afirma Relvas. Hoje, a produção anual é de 7 milhões de garrafas. Quase 70% da produção é exportada para 30 países, e o Brasil é seu principal mercado.

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O produtor Alexandre Relvas, da Casa Relvas -
O produtor Alexandre Relvas, da Casa Relvas –./Reprodução

Para o produtor, apesar da boa aceitação do vinho português no país, há certa dificuldade em comunicar a diversidade que existe, mesmo no Alentejo, uma região razoavelmente nova. “Há muitas marcas, ainda mais com o fenômeno das importações independentes, e às vezes o consumidor fica perdido”, diz Relvas. “Mas no fundo, pode não ser tão fácil comunicar, mas essa é uma vantagem para nós”.

O Brasil será um mercado importante, ainda mais em um momento em que o consumo per capita na Europa, onde já existe muita tradição, vem caindo. “Acredito que o Brasil vai continuar tendo uma evolução”, afirma. “E é aqui que se melhor serve o vinho nos restaurantes. É claro que não é em todo lugar que se bebe vinho, como botecos e lanchonetes. Mas onde há uma carta, em restaurantes, é, talvez o melhor serviço do mundo”, conclui.

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Vinho – VEJA
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Enóloga argentina: ‘Não é fácil empreender com tanta crise”

Ana Lovaglio Balbo, 37 anos, diretora de marketing da vinícola argentina Susana Balbo Wines e co-fundadora do hotel boutique Susana Balbo Unique Stays, esteve no Rio de Janeiro recentemente para o lançamento do novo Guia Michelin. Ana cresceu vendo sua mãe, a enóloga Susana Balbo, criar vinhos premiados e construir uma adega de luxo. Depois de se formar em Administração pela Universidade de San Andrés, em Buenos Aires, trabalhou como consultora e, em 2012, voltou às raízes ao regressar a Mendoza e se juntar à equipe da empresa familiar, dessa vez como Gestora de Marketing e Comunicação. Em conversa com a coluna GENTE, Ana fala sobre o amor pelos vinhos e das inúmeras crises econômicas que atingem seu país.

HISTÓRIA FAMILIAR. “Minha mãe foi, em 1981, a primeira mulher da Argentina a ter um título acadêmico em tecnologia, sempre teve uma mentalidade pouco típica para a época e para seu gênero, e sempre foi fiel aos seus talentos. Foi aí que ela disse: ‘Nunca mais vou ser empregada. Tenho que empreender’. Voltou a Mendoza e tentou. Minha mãe era a única universitária da família. Seus pais tinham apenas o ensino primário e meu avô nunca se formou”.

PRIMEIROS PASSOS. “Meus avós eram cordoveses, do centro da Argentina. Quando se mudam para Mendoza, porque acharam uma linda cidade para ter família e viver, ele consegue um trabalho em uma loja. Minha avó estava grávida. Meu avô foi logo depois demitido. Ele então foi ao dono de uma fábrica que o conhecia por ter trabalhado tantos anos e pede um empréstimo. Minha avó sempre desenhou muito bem. Aí fizeram um conjunto de toalhas, lençóis, e foram de porta em porta vendendo. Assim se tornou uma pequena empresa que cresceu muito”.

PIONEIRISMO. “Minha mãe foi estudar e se tornou a primeira enóloga, fez sua carreira. Meus avós não sabiam o que fazer com meu tio, porque ele não trabalhava. Com o dinheiro desse empreendimento, compraram uma vinha para ele. Chamaram minha mãe e perguntaram se ela queria vir para a empresa familiar. Minha mãe diz: ‘Bem, tenho dois filhos pequenos, salário estável’. Mas decidiu aceitar. Fica apenas seis meses trabalhando com eles, não se dava bem com meu tio. A vinícola estava focada no volume e em vinhos baratos. Meu avô lhe dá um dinheiro para recomeçar. Graças a isso, chegou tão longe, porque desde pequena sempre gostou de estudar, investigar, ler”.

VÁRIOS RECOMEÇOS. “Ela (Susana) já tinha um nome muito bom como enóloga. Fez consultorias, fazia dupla colheita, ia e vinha entre Estados Unidos e Argentina. Até que em 1999, começa o que hoje é nosso projeto. Entre vários recomeços, em 2009, quando produzíamos menos de 60 mil garrafas, de repente há um boom. Começamos a crescer, fizemos vinhos mais conhecidos, sucesso com produtos.

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ENTRE CRISES. “Entrei em 2012 na vinícola. Fiz produção, depois me interessei em setor de vendas. Tenho formação em administração. Na última administração, enquanto minha mãe trabalhava, foi a época em que a Argentina, de tantas crises que tivemos, passou por uma hiperinflação. Minha mãe ficou um ano sem receber salário, porque pegavam o dinheiro e o colocavam no mercado financeiro. Não é fácil empreender com tanta crise”.

LEGADO. “Fazemos milhões de iniciativas relacionadas à sustentabilidade em todos os sentidos, desde do trabalho com a terra às pessoas e a comunidade. Há outra ONG muito conhecida na Argentina que se chama Un Techo para mi País. Tenho um produto específico para eles que vendemos e arrecadamos para fazer casas. O que conseguimos em 25 anos de trajetória é assombroso. Acredito que é o sonho de qualquer vinicultor ou empreendedor, porque cedo ou tarde você quer que seu projeto cresça para que as contas sejam sustentáveis”.

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Vinho – VEJA
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50 Best 2024: melhor restaurante do mundo é o espanhol Disfrutar

Acaba de ser revelada a lista dos 50 Melhores Restaurantes do Mundo, uma das mais relevantes premiações da gastronomia mundial, que acompanhei pessoalmente em Las Vegas. O evento de gala aconteceu no hotel Wynn e contou com 1.200 participantes. O grande vencedor da noite foi o Disfrutar, em Barcelona, eleito o melhor restaurante do mundo! Há 9 anos que uma casa espanhola não conquistava este feito. Os chefs catalães Mateu Casañas, Oriol Castro y Eduard Xatruch oferecem pratos criativos e delicados. Emocionados, os sócios agradeceram o apoio da família e o trabalho árduo da equipe diariamente. E olha que eu já tinha comentado aqui que o Disfrutar era um dos melhores restaurantes do mundo, excepcional em todos os sentidos.

Disfrutar, o melhor restaurante do mundo
Disfrutar, o melhor restaurante do mundoⒸCamilaAlmeida/Divulgação
Renata e Eduard Xatruch, um dos chefs do Disfrutar
Renata e Eduard Xatruch, um dos chefs do DisfrutarRenata Araújo/Divulgação

O Prêmio 50 Best Restaurants, criado há 22 anos, é um dos eventos mais aguardados e prestigiados do setor, considerado o “Oscar da Gastronomia’’. Anualmente, a academia reconhece os melhores restaurantes ao redor do globo, destacando a excelência culinária e a inovação gastronômica. Entre os premiados, destacam-se restaurantes de diversas partes do mundo, cada um com sua própria identidade e proposta gastronômica. Desde casas tradicionais que preservam a culinária local até estabelecimentos inovadores que exploram novas técnicas e ingredientes.

renata araujo no 50 best
Renata Araújo no World’s 50 Best Restaurants, em Las VegasRenata Araújo/Divulgação

A noite da grande premiação começou com um coquetel super elegante, black tie, em um dos salões do hotel Wynn, com bufê do hotel e ativação de vários patrocinadores, como San Pelllegrino, Gin Mare, Jamon Serrano, Café Illy, Tequila Ocho, entre outros. Uma banda de música em estilo vintage, com vocalistas, deu o tom de animação apropriado ao ambiente.

Coquetel de abertura do 50 Best
Coquetel de abertura do 50 BestRenata Araújo/Divulgação
Renata Araújo no 50 Best
Renata Araújo no 50 BestRenata Araújo/Divulgação

Resultados

A Espanha não só alcançou o 1º lugar, como ganhou também o 2º, com o Asador Etxebarri, que fica entre Bilbao e San Sebastian, e o 4º, com o Diverxo, em Madri, do ousado chef Dabiz Muñoz, e onde já tive uma experiência gastronômica fora de série. No 3º lugar ficou o Table by Bruno Verjus, de Paris, liderado pelo chef Bruno Verjus, e fechando o top 5  está o peruano Maido, de Lima, considerado o melhor restaurante da América do Sul.

O 2º lugar, Asador Etxebarri
O 2º lugar, Asador EtxebarriRenata Araújo/Divulgação
Diverxo, Madri por Dabiz Muñoz
O irreverente Diverxo, em MadriRenata Araujo/Divulgação
Table, em Paris, ficou em 3º lugar
Table, em Paris, ficou em 3º lugarRenata Araújo/Divulgação

O também peruano Central, dos chefs Virgilio Martínez e Pía Leon, liderou o ranking no ano passado, e em 2024 entra para o seleto grupo “Best of the Best”, uma galeria de ícones da gastronomia. Já que, segundo as regras do prêmio, o 1º lugar não pode mais ser repetido. Ah, e o Central é o primeiro fora da Europa e Estados Unidos a integrar esta lista.

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Renata Araújo
O Central entrou na galeria Best of the BestRenata Araújo/Divulgação

Brasil na lista

Entre os 50 melhores restaurantes do mundo, tivemos duas casas brasileiras agraciadas! A Casa do Porco, em São Paulo, dos chefs Jefferson Rueda e Janaína Torres, ficou na 27ª posição, enquanto o carioca Oteque, de Alberto Landgraf, ocupa o 37º lugar no ranking. Na lista estendida do prêmio, que consagra 100 restaurantes, há também o Lasai, do chef Rafa Costa e Silva, no Rio, que se manteve na 58ª posição.

A Casa do Porco em 27º lugar
A Casa do Porco em 27º lugarRenata Araújo/Divulgação
brasileiros no 50 best
Alberto Landgraf; Jefferson Rueda; Rosa Moraes, presidente para o Brasil do 50 Best; João Diamante e Renata AraújoRenata Araújo/Divulgação

Prêmios Especiais

A noite contou também com alguns prêmios especiais, e entre eles, dois chefs brasileiros saíram vitoriosos. A chef Janaína Torres, d’A Casa do Porco e Bar da Dona Onça, foi considerada a Melhor Chef Mulher do Mundo pelo The World’s 50 Best Restaurants. Ativista, sommelier e chef, Janaína foi uma das precursoras do movimento de renovação da cena gastronômica e cultural do Centro de SP, e se tornou uma figura de destaque na cena culinária da cidade brasileira. Reconhecimento mais do que merecido!

Janaína Torres, a melhor chef mulher do mundo
Janaína Torres, a melhor chef mulher do mundoCAMILA_ALMEIDA/Divulgação

Já o chef e empreendedor social carioca João Diamante venceu o prêmio Champions of Change (Campeões da Mudança), pelo seu projeto social Diamantes na Cozinha. Fundado em 2016, o programa utiliza a formação profissional em gastronomia como ferramenta de inclusão, e já impactou mais de 3 mil pessoas. É a primeira vez que um chef brasileiro é contemplado pelo prêmio nesta categoria.

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chef joão diamante
O chef João Diamante orgulhoso com seu prêmioRenata Araújo/Divulgação

De fato, o Brasil foi muito bem representado com estes dois prêmios, entregues a dois profissionais que tiveram uma trajetória de vida parecida, e lutaram muito para chegar onde estão. São exemplos de perseverança e generosidade para as novas gerações!

Renata Araújo e Janaína Torres
Renata Araújo e Janaína TorresRenata Araújo/Divulgação

Há também o Prêmio Resy One To Watch, que reconhece um restaurante estrela em ascensão. O vencedor foi o Kato, em Los Angeles, que oferece uma experiência asiático-americana. Já a Melhor Chef Pâtissier do mundo foi a  parisiense: Nina Métayer.

Kato, de Los Angeles
Kato, de Los AngelesCamila Almeida/Divulgação

E a animada After Party foi no beach club do hotel Wynn, onde chefs, empresários, jornalistas e profissionais da indústria confraternizaram noite adentro no forte calor de Las Vegas.

After Party do 50 Best
After Party do 50 BestRenata Araújo/Divulgação
Beach Club do Wynn
Beach Club do WynnRenata Araújo/Divulgação

Eventos Paralelos

Alguns dias antes, aconteceu o 50 Best Talks, onde profissionais da indústria dão palestras, contando experiências próprias sobre seus negócios. Entre os participantes desta edição, estavam o chef nova-iorquino Kwame Onwuachi, o chef pioneiro à base de plantas Daniel Humm e a pesquisadora culinária Malena Martínez.

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renata 50 best talks
No 50 Best TalksRenata Araújo/Divulgação

Além disso, tive o privilégio de ser a única jornalista brasileira convidada para o glamuroso jantar de imprensa, em que sete chefes premiados cozinharam em um cenário digno de filme, com uma longa mesa ornada com belos arranjos de flores e lugares personalizados, no hotel Venetia. Thomas Keller, Olivier Dubreuil, Wolfgang Punk, entre outros, apresentaram suas criações fora de série na noite batizada de La Dolce Vita.

Mesa linda no jantar La Dolce Vita
Mesa linda no jantar La Dolce VitaRenata Araújo/Divulgação
renata araujo e thomas keller
Renata Araújo e o renomado chef Thomas KellerRenata Araújo/Divulgação

Para conferir a lista completa do 50 Best Restaurants 2024, clique aqui.

Foram dias festivos e de confraternização em prol da gastronomia, em que chefs do mundo inteiro se reencontraram, trocaram ideias e comemoraram seus títulos.

Mari Nicodemus, Maria Vargas, Sócia da Documennta, e Renata Araújo no 50 Best
Mari Nicodemus, Maria Vargas, Sócia da Documennta, e Renata Araújo no 50 BestRenata Araújo/Divulgação

Renata Araújo é jornalista e editora do site de turismo e gastronomia You Must Go! e autora da página de instagram @youmustgoblog

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Comer & Beber – VEJA RIO