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Jappa da Quitanda

Nascido no Centro da cidade, em 2019, o negócio chegou rapidamente à Zona Sul, Niterói e, em breve, conquistará o BarraShopping. Os sócios Patrick Szklarz e Patrick Stern — eis o motivo pelo qual o restaurante foi batizado com um “p” a mais — perceberam a lacuna de uma culinária japonesa de qualidade com bom custo-benefício. Todas as unidades contam com rodízio e serviço à la carte. Entre as inventivas peças, destaque para o coral tataki (R$ 69,00, oito unidades), corte gordo de salmão levemente maçaricado, cream cheese, azeite trufado e flor de sal. A croqueta de lagostim (R$ 44,00, quatro peças) faz bonito. Do menu à la carte, prove o japanese risoto (R$ 105,00), com arroz negro, polvo grelhado, camarão e vieira. As lojas do Centro e Copacabana oferecem bufê das 12h às 16h, de segunda a sexta (R$ 149,90 o quilo).

Preços checados em outubro de 2023.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Orzo Pasta Bar

Um restaurante italiano tão informal que os cariocas se sentem à vontade para beber chope trajando chinelos e camiseta. Essa foi a ideia do publicitário Igor Liberato ao abrir o simpático reduto na Tijuca. O clima descontraído está no ambiente, na trilha sonora, que vai de Belchior a Pink Floyd, e no cardápio de preços camaradas. As massas frescas são preparadas com legítima farinha italiana. A lasanha à bolonhesa (R$ 42,00), cortada verticalmente, vem com fonduta de queijo parmesão. Uma novidade é o polpettone recheado de mussarela, escoltado por fettuccine verde, de espinafre (R$ 40,00). Na ala doce, vale provar a rabanada brûlé (R$ 19,90), com brioche molhado no leite com licor de laranja e servida com chantili e geleia de morango. Fica a dica: em dias úteis, das 17h às 20h, as porções de arancino recheado com mussarela (R$ 29,90, cinco unidades) têm 30% de desconto, e o chope orzo, que normalmente custa R$ 8,50, sai a R$ 6,50.

Preços checados em outubro de 2023.

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Casa Ueda

Uma estreita rua sem saída em Botafogo abriga desde julho um legítimo representante da culinária nipônica. Filho do mítico Toshihiko “Jacky” Ueda, o chef executa os preparos à vista dos clientes. Para começar, invista no ebiyaki (R$ 50,00, seis unidades), bolinho artesanal de massa leve com camarão e especiarias. O ramen, com massa preparada na casa, é o carro-chefe. A versão ueda leva macarrão, caldo de base mista — porco e frango —, copa lombo, ovo, naruto, agrião e cebolinha (R$ 50,00). Da cobiçada grelha japonesa saem os suculentos robatayakis (ou espetinhos) que derretem na boca, como o de cavaquinha (a partir de R$ 100,00). A seção dos crus opera de acordo com a sazonalidade do mar. Destaque para os sushis de barriga de salmão (R$ 25,00, duas peças) e vieira (R$ 30,00 a dupla). O omakasê (R$ 280,00), servido em oito etapas, mediante reserva, passeia por pratos frios e quentes.

Preços checados em outubro de 2023.

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Angá

Quem sobe a serra em direção à casa onde a natureza adentra os pratos pelas mãos de Lydia Gonzalez, que voltou à cidade natal para realizar a conexão desejada com a terra, entende a razão de a chef chamar seu recanto de “ateliê culinário”. Desde os 17 anos trabalhando com cozinha, incluindo uma passagem pelo espanhol El Celler de Can Roca, à época o melhor restaurante do mundo, ela fez até algumas das cerâmicas onde serve o menu de seis etapas (R$ 310,00), versando sobre tradições brasileiras e ingredientes de produtores locais.

São pratos belos e saborosos como a couve-flor com queijo boursin cremoso, folhas tostadas e semente de puxuri ralada. O camarão VG na brasa descansa em molho de tucupi, com banana-da-terra e chibé de farinha amazônica Uarini. Já o chorizo de angus serenado tem denso molho próprio, com cebola assada e tubérculos como cará e inhame. A sobremesa de uva verde, pepino, lavanda e lírio-do-brejo é como uma extensão do jardim pontuado de flores que relaxa o espírito para o brinde.

Preços checados em outubro de 2023.

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Amana

A alquimia ocorre em terreno arborizado de Itaipu, onde o vasto gramado cerca o anexo da casa de família transformado em cozinha pelo chef Leo Guida. Técnicas ancestrais como fermentação, defumação e infusões originam sequências de pratos com criatividade em alto grau, no mesmo ritmo da coquetelaria. O cozinheiro trabalha sozinho no balcão de tijolos da pequena sala que exibe conservas e bebidas na estante de ferro, à frente do forno movido a brasa onde nasce o menu de oito etapas (R$ 265,00). Sobressaem surpresas como a trilha defumada sobre linguiça nduja caseira, no brioche tostado com vinagre balsâmico, além de vieiras com lardo, queijo bugio e trufa negra.

A paleta de cordeiro é pendurada perto do calor por oito horas e servida em molho próprio, entre lâminas de beterrabas coloridas. Na sobremesa, o sanduíche de biscoito com gelato caseiro de leite de cabra e mel de abelha jataí recebe a companhia de um vermute artesanal de violetas. Depois de rodar o mundo, cozinhar em estrelados italianos e se destacar no cultuado Boragó, no Chile, Leo encontrou sua veia autoral na região oceânica de Niterói. Essa viagem é rapidinha e vale muito a pena.

Preços checados em outubro de 2023.

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Babbo

O chef Elia Schramm esperou dezesseis anos para ter o próprio negócio, que chegou misturando lembranças da infância europeia à leitura do estilo carioca em Ipanema, onde as modernas trattorias — de cozinha descontraída, tradicional, mas antenada — se multiplicam. A Babbo Osteria iluminou um quarteirão menos frequentado do bairro, fazendo do ponto destino de cerca de 10 000 clientes mensais, que se espalham pelos salões e varandas nos dois andares de decoração pinçada de antiquários, referências de uma Itália clássica e divertida.

A cozinha segue a mesma linha, fincada em fundamentos da boa mesa, como se percebe no molho de tomate de toque adocicado a permear o cardápio: da berinjela crocante ao pomodoro, burrata e basílico (R$ 37,00) ao ragu com vinho cozido por doze horas e servido com pappardelle fresco (R$ 77,00). No rol dos números grandiosos, 50 quilos diários de batata são utilizados para o concorrido nhoque dourado com cogumelos e molho de trufas (R$ 79,00).

A produção é artesanal, destacando massas frescas como o ravióli aberto de camarões com texturas de abóbora, fonduta, alho negro e amêndoas (R$ 86,00). Trunfo na Babbo, os times afinados de salão e cozinha são os mesmos desde a abertura, e a casa cultiva a simpatia da rolha livre. Para adoçar, a choux com creme de pistache, caramelo salgado e anglaise de limão-siciliano (R$ 39,00) é delícia da confeiteira Júlia Guimarães. Mangia che te fa bene!

Preços checados em outubro de 2023.

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Rocka

O chef argentino Gustavo Rinkevich vinha de badalado restaurante em Ibiza, depois de cozinhar em diversas partes do mundo, quando, de férias, esteve frente a frente com o visual selvagem da Praia Brava, diante das ondas que quebravam nas pedras a poucos metros da pequena casa onde se estabeleceu. O talento privilegiado aflorou à medida que o Rocka passou a seduzir chefs e clientes de todas as nacionalidades, abrindo caminhos para a hoje venerada gastronomia da península. O cozinheiro pesquisou vegetais e frutas da região, plantou horta e selou parcerias com pescadores para criar menus que acompanham as estações.

O salão aberto como um deque é cercado de namoradeiras e ombrelones, formando um lounge irresistível ao ar livre, por onde circulam pratos como a cauda de lagosta confit com ajo blanco de coco, tartare de frutas verdes e azeite de alho negro (R$ 79,00) ou o peixe grelhado com refrito de alho, purê de banana-da-terra, farofa de castanha-do-pará, bok choy e chuchu no bafo de cachaça (R$ 129,00). A tábua de charcutaria própria, com queijos brasileiros, pão com tomate e mel (R$ 119,00, para dois), é um perfeito exemplo do primoroso trabalho à beira-mar.

Preços checados em outubro de 2023.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Rudä

Uma bela casa da década de 30 abriga a mais recente empreitada do Grupo Trëma. Se no Mäska a pegada é asiática e no Ízär a inspiração vem da Espanha, no Rudä as memórias afetivas do chef Danilo Parah, mais precisamente das panelas de sua avó e de sua mãe, servem de base para uma cozinha brasileira moderna. As receitas são criadas a partir de ingredientes comuns para boa parte dos brasileiros, sobretudo do Sudeste e do Nordeste. “O menu é sempre pensado com um novo olhar. Tem técnica, e também tem muita conversa com produtores, feirantes, pescadores, para ter uma nova perspectiva”, conta Parah, carioca da Zona Oeste, que passou pelas cozinhas de Claude Troisgros e de Mauro Colagreco (no Mirazur, no sul da França).

O resultado são entradas como o pão de queijo pardinho com linguiça mineira, requeijão de corte e barbecue de goiabada (R$ 45,00). Os principais proporcionam boa experiência ao paladar, como o frango com quiabo (R$ 78,00), que ganha ares contemporâneos na versão que une sobrecoxa de frango laqueada com barbecue de goiabada, um delicado concassé de quiabo, purê de batata cremoso e molho rôti de limão.

O clássico bolo de aipim com coco (R$ 38,00) sobe a outro patamar na companhia de creme de café, sorvete de pudim, farelo de leite queimado, caramelo e flor de sal. É comida que agrada e conforta.

Preços checados em outubro de 2023.

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Ocyá

A história já seria incrível se Gerônimo Athuel não fosse um chef à frente de dois restaurantes. Todo dia, bem cedinho, ele sai para pescar em uma lancha de 16 pés, a 12 quilômetros da costa, de arpão ou anzol. Reside na intimidade com o mar a sedução do Ocyá, que pôs o Leblon a comer peixes pouco usuais nas cozinhas cinco estrelas, como paru, carapeba e sororoca.

Na casa nova, aberta em 2023, o pescador-cozinheiro escalou um degrau de requinte e, além da grande câmara de maturação aberta para a rua, onde os pescados descansam com umidade controlada que amacia as fibras, instalou outras menores no salão para a cura dos embutidos marítimos, como a linguiça de peixe defumada, protagonista do choripan com queijo meia cura, maionese de chimichurri e cebola agridoce (R$ 38,00).

Assim como na matriz, que permanece acessível de barco, na Ilha Primeira da Barra, a brasa é fundamental no trabalho, dando crocância extra à pele desidratada na maturação dos pescados. E turbinando receitas de poucos elementos com surpreendentes resultados, caso da lula de caramelização intensa com uvas fermentadas e azedinha (R$ 65,00) e do pescado maturado com vagem e espuma de queijo Canastra (R$ 73,00). Uma gostosa brincadeira para enlaçar a experiência é o picolé de coco ao chocolate branco, ganache de chai e coco queimado (R$ 34,00). É doce viver no mar do Ocyá.

Preços checados em outubro de 2023.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Casa 201

Do alto de seu 1,92 metro, João Paulo Frankenfeld vestiu a camisa do Flamengo, jogou com Oscar no Maracanãzinho e pensou em viver do basquete. Mudaria de ideia ao conhecer o restaurante da tia de um colega de time. Entrou na faculdade de gastronomia e de lá partiu para a França, formando-se no instituto do chef-mito Paul Bocuse (1926-2018). Cozinhou em casas estreladas de Paris à Borgonha e, na volta ao Rio, foi chamado pelo chef Roland Villard para um teste na escola Le Cordon Bleu. Acabou virando head chef da instituição, de onde saiu cheio de ideias para um projeto autoral.

Os requintados jantares preparados para poucos clientes foram a gênese da Casa 201, onde a criatividade uniu-se à técnica nas mãos da grande revelação de 2023. “Cozinha é igual a esporte. Continuo usando a habilidade manual, em ambiente de adrenalina, competição e treino”, compara Frankenfeld, 39 anos. Ele agora recebe com os fogões à vista em salão elegante e de luz baixa, sob reserva, para vinte pessoas. O menu de dez etapas (R$ 590,00) é todo feito no local, da belíssima charcutaria a queijos, como os preparados com o fermento trazido da Serra da Canastra.

Surgem ainda vieiras ao molho de espumante com boudin blanc (típica salsicha francesa), macadâmia e alcaparras fritas, um inesquecível tortelli de rabada e tutano com shiitake, e o cordeiro em crosta de couve e tortinha folhada de cebola. No capítulo das sobremesas, o sorbet de azedinha com limão-galego confit e raspa de coco surpreende. Sensação melhor do que a de uma cesta de 3 pontos.

Preços checados em outubro de 2023.

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Comer & Beber – VEJA RIO