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Vai uma tacinha? Vinhedos brotam na região serrana, atraindo turistas

No topo da colina, avista-se uma bucólica praça que enfeita o cartão-postal da vila de ares medievais, onde, de uma igreja de pedra com um chafariz à frente, dá para ter visão panorâmica das frondosas videiras que formam um tapete verde sobre o vale. Com um pouco de imaginação, o visitante se transporta para a Toscana, região da Itália abundante em história e vinhos — alguns dos melhores do planeta.

Pois o local, na verdade, é a pequena cidade de Areal, antigo distrito de Três Rios, no centro-sul Fluminense. Ali, a pouco mais de uma hora da capital, o Borgo del Vino oferece passeios entre as parreiras, degustação de tintos e brancos próprios, hotel, bar, restaurante e um túnel com adega subterrânea projetada para 10 000 garrafas, que descansarão em temperatura média de 20 graus. Para colocar toda essa turística engrenagem para girar, foi necessário investimento vultoso, na casa dos 60 milhões de reais — semelhante ao patamar de vários exemplares dessa natureza que compõem a nova rota etílico-gastronômica entre Nova Friburgo e Três Rios. Um charme só.

Já são 35 produtores de vinho na Serra Fluminense (ante um único no ano não tão longínquo assim de 2020) — uma turma que se expande sob o embalo do chamado método de cultivo “invertido”. Nele, a colheita da uva ocorre nos meses de junho e julho, a estação mais fria, ensolarada e atrativa nessa bela área montanhosa do Rio.

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As cifras canalizadas para a viticultura já superam todas as outras no escaninho do turismo e do lazer na serra. Apreciado por diferentes povos ao longo dos tempos, o vinho tem prosperado por lá apesar do clima tropical. A explicação está na utilização de técnicas adaptadas ao nosso terroir — ou seja, as condições climáticas e geográficas de cidades serranas como Areal, com temperaturas amenas e estações bem definidas, que ajudam no cultivo.

Esse conjunto deu ao município o título de Cidade da Uva em 2021, atraindo gente interessada em fincar raízes, literalmente, como o empresário Roberto Medina. Dono da Dream Farm, onde cuida, ao lado da mulher, Mariana, de 20 000 pés de uvas tais como syrah e cabernet franc, o criador do Rock in Rio projeta para 2026 um museu com a história e a degustação de rótulos das principais regiões produtoras do mundo (finalizada, claro, com a prova de sua nascente linha de vinhos Somnium). “O turismo sofisticado do vinho agrega muito ao cenário do Rio, e posso colaborar com esse passo importante”, acredita Medina. “A paisagem de Areal é única, o pôr do sol nos nossos vinhedos não tem igual”, celebra.

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Próxima safra: Roberto Medina, dono da Dream Farm, tem 20 000 pés de uvas, e planeja para 2026 a abertura de um museu do vinho em Areal
Próxima safra: Roberto Medina, dono da Dream Farm, tem 20 000 pés de uvas, e planeja para 2026 a abertura de um museu do vinho em Areal./Arquivo pessoal

Na trilha de modelos como os do Chile e da Argentina, o roteiro do enoturismo fluminense inclui experiências de degustação e aprendizado que têm como cenário de pequenas propriedades a condomínios. Em Nova Friburgo, a Terras Frias oferece harmonização em que queijos e vinhos são feitos no local, sob o comando do mestre-queijeiro André Guedes, professor da Associação Brasileira de Sommeliers (ABS). “É inusitado estar no Rio e produzir vinhos. Isso emociona as pessoas, e todo mundo quer conhecer”, diz Paulo Tassinari, da família que há quatro décadas planta café em São José do Vale do Rio Preto e hoje engarrafa vinhos de uvas de área nobre da fazenda, na altitude de 1 100 metros.

“O futuro do turismo na serra está no vinho”, resume Marcelo Maturano, empresário do setor imobiliário que pilota um dos maiores projetos da enologia no Sudeste, previsto para abrir em 2025, em Teresópolis. A vinícola Maturano, com 50 hectares de vinhedos, ergueu mais de 200 000 pés e terá hotel cinco estrelas, restaurante de 300 lugares, wine bar entre videiras e heliponto. A expectativa é receber 10 000 visitantes mensais, uma turma para a qual se volta a primeira colheita, já neste mês de junho, com a promessa de 27 000 garrafas de brancos, rosés e tintos.

O sonho de produção de vinhos finos na serra se tornou possível graças à técnica da dupla poda, desenvolvida pelo pesquisador Murillo de Albuquerque Regina, na Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). Era início dos anos 2000 e, engatado em um doutorado na França, ele constatou semelhanças climáticas entre o verão das colheitas em Bordeaux e o inverno no sul mineiro. Surgiu aí a inversão no ciclo das videiras — as plantas são podadas no chuvoso verão do Sudeste, época natural das colheitas no Hemisfério Norte (e na Serra Gaúcha), e começam a frutificar para amadurecer na temporada serrana do frio, período seco e ensolarado, de condições propícias à vinificação.

Nesses terroirs, a versátil uva syrah, de origem francesa, foi a que melhor se adaptou ao novo ciclo, despontando como carro-chefe nos rótulos fluminenses. Em geral, na garrafa, o que se encontra são vinhos que primam pela suavidade, no caso das uvas tintas, e mais complexos entre as brancas (veja o quadro abaixo). Junto à espetacular paisagem verde, elas tornam o passeio um belo programa.

“A beleza natural da serra é um trunfo, com os vinhedos protegidos pelos morros e paredões de pedra. Grandes investidores perceberam o potencial para o turismo de um vinho feito no Rio, e a evolução em cada safra é nítida”, afirma o engenheiro agrônomo e doutor em enologia Frederico Novelli, da Floeno, empresa que presta consultoria a mais de uma dezena dessas vinícolas.

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Enoturismo em alta: com 50 hectares de vinhedos em Teresópolis, a Maturano terá hotel cinco estrelas, restaurante e wine bar para receber 10 000 visitantes mensais
Enoturismo em alta: com 50 hectares de vinhedos em Teresópolis, a Maturano terá hotel cinco estrelas, restaurante e wine bar para receber 10 000 visitantes mensais./Divulgação

O apoio técnico da Epamig foi fundamental para o nascimento dos vinhos em solo fluminense, que vieram a aparecer após uma forte queda de granizo na serra, em 2008. Toda a plantação de café da extensa propriedade da família Aranha foi então dizimada, entre os distritos de Inconfidência e Secretário, e a área ficou inutilizada para o cultivo. Foi justamente em meio à intempérie que surgiu a ousada solução das uvas. A ambição por uma boa produção de vinhos ali tinha amparo no animador cenário do interior mineiro — tanto assim que a Vinícola Inconfidência se tornou pioneira nessas bandas do Rio.

Plantou suas pioneiras parreiras em 2010, vinitificou a primeira safra em 2015, até construir a própria fábrica três anos mais tarde. A propriedade recebe hoje quarenta visitantes a cada sábado para passeios nos vinhedos e degustação que abrange sete rótulos de linha própria.

O vinho se une perfeitamente à gastronomia, um mercado já consolidado nessa rota, como lembra a empresária Cris Beltrão, no comando do novíssimo Instituto Bazzar, que tem por objetivo a pesquisa de ingredientes e a formação de redes de sustentabilidade no interior. “É um setor que emprega mão de obra local, gera renda, melhora a infraestrutura das cidades vizinhas e alavanca negócios auxiliares como hospitalidade, transporte e agricultura”, ressalta.

Num encadeamento natural, portanto, os maiores empreendimentos de turismo e lazer ligados à gastronomia na serra já despertam para os potenciais do vinho local. A Casa Marambaia, complexo de luxo em Corrêas, na região de Petrópolis, decidiu inclusive mudar o conceito de seu restaurante — pretende agora ancorar o serviço na bebida, com rótulos próprios. Seis hectares na parte alta do terreno estão sendo preparados para o plantio de mudas de syrah e sauvignon blanc, e a projeção é de 18 000 garrafas em três anos.

A bebida fermentada de uvas é também a grande aposta na repaginação da Fazenda Bemposta, inaugurada em 1805, que pertenceu ao clã dos Guinle e já hospedou do presidente Getúlio Vargas a Marilyn Monroe. Enfeitada por um generoso jardim de Burle Marx, a propriedade ganhará um hotel de luxo, restaurantes, queijaria e vinícola abastecida por 14 000 plantas.

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Condomínios de luxo que começam a operar no segundo semestre, como a Fazendas Secretário, no distrito de mesmo nome, e o Quinta Portuguesa, em Areal, de arquitetura inspirada nas aprazíveis bandas lusitanas do Douro, vendem seus lotes oferecendo aos clientes experiências de colheita e fabricação da apreciada bebida de Dionísio, o deus grego das festas e do bom vinho. Vale a viagem.

De taça na mão

Vinícolas na Serra Fluminense oferecem passeios e boas experiências harmonizadas

vinhedos

1Altos do Rio. No terreno de um antigo haras em Secretário, três amigos oferecem experiências sofisticadas de degustação, como aquela em que os vinhos da casa são comparados a rótulos elogiados da América do Sul. A nova linha vem com um syrah de quinze meses em barrica de carvalho francês. Rua da Luz, 460, Secretário, Petrópolis. Reservas pelo Instagram @altosdorio.

2Arouca. O centro de degustação para visitantes abre em agosto em Areal, incluindo experiências diversas, e a vinícola anuncia a construção do Vinnus Park, um parque temático da bebida. Serão engarrafadas agora em junho variedades como syrah e viognier, além de um blend típico de Bordeaux com cabernet sauvignon, merlot e cabernet franc, que repousará seis meses em barrica. Fazenda Boavista, Estrada Vila Dantas, km 5, Vila Dantas, Areal. Reservas pelo Instagram @vinicolaarouca.

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Borgo del Vino
<span class=”hidden”>–</span>./Divulgação

3Borgo del Vino. O complexo da vinícola Família Eloy, em Areal, oferece tour completo acompanhado de um sommelier, que passa pelos vinhedos e a vila de estilo toscano, a cave subterrânea e a degustação na charmosa enoteca que contempla três vinhos da casa, entre os quais o syrah e o sauvignon blanc, harmonizados com queijos e charcutaria. Estrada Mundo Novo, Areal. Reservas pelo ☎ (21) 98181-6573.

4Fattoria Vinhas Altas. No estilo vinícola-boutique, está localizada em Teresópolis, a 1 200 metros de altitude. Oferece wine tour nos vinhedos com degustação da linha própria Uberto Molo, nos varietais syrah e viognier, seguida de brunch com produtos regionais. Estrada Guiomar Fleury Broux, s/nº, Campanha, Teresópolis. Reservas pelo ☎ (21) 97145-3703 ou pelo Instagram @fattoriavinhasaltas.

5Fazenda Bemposta. Localizada em Três Rios, na divisa com Areal, a histórica propriedade recebe grupos para visita ao vinhedo e tour guiado. Estão em exibição três painéis do pintor Jorge Colaço (1868-1942) e atrações como a sala que é considerada o primeiro cinema do interior, com equipamentos raros. Estrada Fazenda Bemposta, s/nº, Bemposta, Três Rios. Reservas pelo ☎ (24) 2258-2106 ou pelo Instagram @fazendabempostarjoficial.

6Fazenda Joana. A linda paisagem abriga grupos de amigos e famílias para hospedagem e experiências exclusivas entre produtos artesanais, como queijos de vacas e ovelhas da fazenda. A segunda safra de uvas sauvignon blanc e syrah está em colheita, e o pôr do sol com mesa posta nos vinhedos é atração imperdível. Cervejas artesanais também são feitas no local. GPS: VXF7+87, Bemposta, Três Rios. Reservas pelo ☎ (21) 99274-9450 ou pelo Instagram @fazendajoana.

Inconfidência
<span class=”hidden”>–</span>@girodacarioca/Instagram

7Inconfidência. A primeira vinícola do estado fica em Pedro do Rio, em Petrópolis, e tem a mais extensa linha com sete rótulos, incluindo um tinto de corte diferente de syrah e sauvignon blanc. A visita guiada aos vinhedos de mais de 20 000 parreiras ocorre em grupos de vinte pessoas, seguida de degustação de três rótulos da casa. Estrada do Fagundes, 4000, Pedro do Rio, Petrópolis. Reservas pelo ☎ (21) 97970-9966 ou pelo Instagram @vinicolainconfidencia.

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Tassinari
<span class=”hidden”>–</span>./Divulgação

8Tassinari. Da produção reconhecida de café ao vinho, a fazenda em São José do Vale do Rio Preto plantou, em meio à Mata Atlântica, um vinhedo extenso de onde emergem rótulos únicos, como o da uva marselan, além de uma inédita grapa. A fazenda recebe grupos de quinze a vinte pessoas com café e subida para os vinhedos e cafezais, finalizando com a degustação de três diferentes garrafas. Rua São Francisco, 1153, Estrada Silveira da Mota, 17200, Jaguará, São José do Vale do Rio Preto. Reservas pelo ☎ (24) 99231-3872 ou pelo Instagram @vinicola.tassinari.

Terras Frias
<span class=”hidden”>–</span>./Divulgação

9Terras Frias. Além de visitas de jipe aos vinhedos com vista para os três picos, em Nova Friburgo, oferece uma experiência em que os visitantes preparam a própria burrata para a harmonização, sob a batuta do expert André Guedes. A geleia de morangos orgânicos e o creme de queijo brie se destacam na mesa com vinhos finos de pinot noir, cabernet franc e chardonnay. GPS: P9W9+9F, Campo do Coelho, Nova Friburgo. Reservas pelo ☎ (22) 98106-9793 ou pelo Instagram @vinicolaterrasfrias.

O terroir fluminense

Especialista vê personalidade nos primeiros vinhos de nossa nascente produção

syrah
<span class=”hidden”>–</span>./Divulgação

Ao analisar características decisivas para a constituição e a longevidade de bons vinhos, pode-se dizer que o terroir da Serra Fluminense, aliado à técnica da dupla poda, revela condições propícias para o cultivo de uvas, especialmente a sauvignon blanc e a syrah. Essa é a avaliação de Rogerio Dardeau, pesquisador do vinho brasileiro e autor de seis livros sobre a bebida. “A sauvignon blanc, que em áreas costeiras do Chile desenvolve aquele perfil potente de fruta e frescor, aqui traz uma complexidade de notas menos evidentes, diferente de todas as outras regiões”, explica Rogerio, esclarecendo que são vinhos mais leves e elegantes do que os encorpados exemplares com a uva syrah do sul de Minas. Ele, porém, adverte: “Esses tintos precisam de tempo de descanso nas garrafas antes de serem comercializados, para poder desenvolver suas qualidades”. No recém-­lançado segundo volume do livro Gente, Lugares e Vinhos do Brasil, o autor capta o avanço da produção em terras fluminenses: de uma vinícola na edição de 2020, o salto foi para as atuais 35 em dez municípios.

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Rota de puro sabor

Além dos vinhos, os queijos made in Rio também sobressaem em sabor

Queijo
<span class=”hidden”>–</span>iStock/Getty Images

Delícias queijeiras se espalham por toda a serra, com destaque para produtores como o Capril de Ville, próximo à Vinícola Inconfidência, em Secretário, e a Fazenda Genève, em Teresópolis, que proporcionam experiência completa aos viajantes entre as cabras da propriedade. Mas é no sul do estado que residem as últimas boas novas da produção fluminense. A Rota do Queijo foi instituída em Valença, no Vale do Café, oferecendo um passeio da mais alta qualidade pelo melhor da produção nacional. O viajante pode adquirir um passaporte (reservas pelo ☎ 24 99883-1085) que inclui transporte e visita guiada em três das seis queijarias do roteiro, com degustações livres e “almoço da roça” no fogão de lenha. O passeio abarca belezas como o Capril do Lago, que emplacou o Caprinus do Lago entre os agraciados com a medalha de ouro no Mondial du Fromage de 2023, na França, e a Fazenda Du’Vale, premiada no mesmo concurso e dona da primeira caverna subterrânea do Brasil para maturação. O Rancho Lo Buono é outro destaque, com seu rebanho de búfalos de onde sai a mussarela, confeccionada na frente dos visitantes, e produtos como um gruyère e um gelato, além de ótima charcutaria. Vá com apetite.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Bauernfest 2024: o que você precisa saber sobre a festa em Petrópolis

Um pedacinho da Alemanha na Região Serrana do Rio.

A partir desta sexta (21), Petrópolis terá diversas atrações culturais, delícias e shows inspirados na cultura alemã. Essa é a maior festa promovida na Cidade Imperial.

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A programação se espalha pelo Palácio de Cristal, o Centro Histórico, a Praça da Águia, o Museu do Colono Alemão e a Sala Cine Humberto Mauro.

A Bauernfest vai até o dia 7 de julho.

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A abertura acontece na sexta (21), às 18h30, no Palácio de Cristal, com o hasteamento das bandeiras do Brasil e da Alemanha, apresentações musicais e culturais e a sangria do primeiro barril de chope.

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Os grupos folclóricos e os concursos já tradicionais, como do chope em metro, o do chapéu mais enfeitado e o da realeza também ocorrem Palácio de Cristal.

Quem está doido para provar um bom salsichão acompanhado de mostarda escura pode se preparar, porque as diversas barraquinhas já estão montadas no espaço.

Dentro do palácio os visitantes vão poder aproveitar os bailes, como o Geração Prateada.

No dia 29 de junho, Dia do Colono Alemão, as solenidades oficiais começam às 9h, no Obelisco, com homenagem às famílias dos colonos.

Logo após, está prevista uma homenagem ao major Julio Frederico Koeler, na Praça Princesa Isabel, próximo à Catedral São Pedro de Alcântara, e às 12h30 acontece o culto ecumênico nos jardins do Palácio de Cristal.

Também no dia 29, será realizado o Desfile das Lanternas, com saída às 20h, da Igreja Luterana (Avenida Ipiranga) em direção ao Palácio de Cristal.

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+ Bebê Rena do Brasil: Débora Falabella é perseguida por fã há 10 anos

Os tradicionais desfiles pelas ruas do Centro Histórico acontecem nos domingos (23 de junho e 7 de julho), com saídas previstas para 10h da Rua da Imperatriz (em frente à Praça Visconde de Mauá – Praça da Águia) em direção à Rua Alfredo Pachá (no entorno do Palácio de Cristal).

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Confira a programação completa da Bauernfest 2024 no site da prefeitura de Petrópolis.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Brasil traz para casa 137 medalhas do Decanter World Wine Awards 2024

 

Os resultados do Decanter World Wine Awards (DWWA) 2024 foram anunciados nesta quarta-feira (19). O DWWA é a maior e mais influente competição de vinhos do mundo, organizada pela publicação britânica Decanter desde 2004.

Neste ano participaram 18.143 vinhos de 57 países. Foram julgados por 243 especialistas, entre eles 20 master sommeliers e 61 masters of wine. “Imagine-se na maior prateleira de vinhos do mundo, e ao seu lado estão os melhores especialistas em vinhos, segurando sua mão e ajudando você a tomar a melhor decisão possível”, descreveu Agnes Csiba Herczeg, consultora e juíza de vinhos sobre a importância dos resultados para os produtores da bebida.

Guettyimages

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Decanter avaliou cerca de 18 mil vinhos de todo o mundo, entre tintos, brancos e rosés

As avaliações são feitas às cegas, ou seja, os juízes não sabem a procedência do vinho. Esses apreciados paladares reconhecem e premiam objetivamente as bebidas de boa, excelente e excelente qualidade, fornecendo “o pequeno guia perfeito”, disse a sommelier e jurada Amanda Wassmer-Bulgin.

Entre os países participantes, a França recebeu 12 medalhas de Best in Show, a mais alta condecoração, e 28 medalhas de platina, mais do que qualquer outro país, do total de 3.270 medalhas para os vinhos desse país. No Best in Show deste ano foram 50 premiações globalmente.

O Brasil recebeu 137 medalhas, das quais 37 prata e 100 bronze. Na ordem, os prêmios são: Best in Show, Platinum, Gold, Silver e Bronze. Há ainda duas outras categorias, mas sem medalhas: os elogiados e os vinhos com preços acima de 14,99 libras (R$ 104 na cotação atual). O Brasil trouxe para casa 64 medalhas para os vinhos tintos, 51 medalhas para brancos e 22 para os rosés.

As regiões com vinhos mais premiados foram, na sequência, a Serra Gaúcha (com 45 medalhas); a Serra da Mantiqueira (40 medalhas); mais o Planalto Catarinense, a Serra do Sudeste, a Campanha Gaúcha, São Roque e Serra da Canastra com menos de 10 rótulos premiados. Confira neste link todos os premiados.

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Notícias sobre vinhos – Forbes Brasil
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O que provar no Mirante da Rocinha, novo patrimônio cultural carioca

Com uma vista privilegiada e deslumbrante do Rio de Janeiro, o bar e restaurante Mirante da Rocinha foi declarado, esta semana, patrimônio cultural da cidade.

A Câmara Municipal aprovou um projeto de lei de autoria do vereador Marcelo Arar para reconhecer e preservar o valor histórico, cultural e paisagístico do ponto icônico da favela da Zona Sul, que também é um símbolo de resistência e identidade para a comunidade local.

“Este é um reconhecimento merecido para um local que oferece uma das vistas mais impressionantes da cidade e carrega a alma e a história da nossa comunidade” diz Renan Alves, sócio do Mirante, que reformou a quadra anexa ao empreendimento para tocar um projeto social que oferece aulas de capoeira, jiu-jitsu, basquete, dança e teatro.

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No espaço, chama a atenção um muro de mais de 300 metros de extensão, preenchido por grafites de artistas da Rocinha que contam a história da comunidade.

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No primeiro ambiente, em um espaço a céu aberto, avista-se o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, a Lagoa e vários bairros da Zona Sul.

No segundo pavimento, há um ponto de observação mais alto, com atmosfera mais aconchegante.

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O que provar

Mirante-da-Rocinha
<span class=”hidden”>–</span>Rodrigo Galvão/Divulgação

O menu, assinado pelo chef Glimário dos Santos, aposta em receitas criativas e cheias de frescor.

Na lista de entradinhas, tartare Rocinha (R$ 58,00), de carne ou peixe, preparado com ingredientes frescos e temperos especiais, e a salada de quinoa Rocinha (R$ 36,00), que leva legumes frescos além do grão.

Na lista de pratos principais, destaque para o bobó de camarão Rocinha (R$ 69,00), acompanhado de arroz de coco; risoto de linguiça artesanal Rocinha (R$ 69,00) preparado com queijo coalho e rúcula, turnedô ao funghi Rocinha (R$ 89,00), mignon coberto com molho de cogumelos, acompanhado de risoto de cogumelos e o frango Rocinha (R$ 69,00), grelhado com molho de manga cítrico e farofa de castanha.

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Para compartilhar, a pedida certa é a feijoada (R$ 190,00), com feijão cremoso, lombinho, paio, carne seca e costelinha, acompanhados de arroz branco, torresmo, farofa e couve refogada.

Há também a picanha na chapa Rocinha (R$ 190,00), o corte grelhado, servido com farofa, vinagrete, batata frita e arroz maluco, o tomahawk Rocinha (R$ 300,00) grelhado e servido com acompanhamentos; peixe assado do Mirante Rocinha (R$ 190,00), que combina o pescado do dia marinado em temperos especiais, e posteriormente assado, arroz de camarão e legumes grelhados.

Sugestões de petiscos, como os dadinhos de tapioca Rocinha (R$ 38,00, a porção), com geleia de pimenta, também fazem parte do cardápio.

+ Como aproveitar o novo Parque Realengo Susana Naspolini

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Não deixe de provar o pastel do chef (R$ 36,00, três unidades), que pode vir recheado de camarão, catupiry ou picanha e os bolinhos na Vista (R$ 39,00, a porção), fritos, com opções de recheio de bacalhau, frutos do mar ou feijoada.

Para dividir, o camarão Mirante (R$ 85,00) consiste em porção dos crustáceos salteados com cogumelos, flambados no vinho branco, acompanhados de sour cream e torradas.

No bar, o mixologista Jonathan Guerra criou uma carta com drinques exclusivos, que custam entre R$ 38,00 e R$ 50,00.

Recentemente, o espaço ganhou boxes fixos para os artesãos locais venderem suas obras.

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O restaurante oferece um serviço de transporte próprio para seus clientes, com possibilidade de pegá-los em pontos estratégicos como Gávea ou São Conrado. Para agendar, basta entrar em contato previamente através do WhatsApp: (21) 99570-9369.

Serviço: Estrada da Gávea, 222, Rocinha. Seg. a qui., 9h/0h. Sex., 9h/2h. Sáb., dom. e fer., 8h30/2h.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Cientistas atestam descoberta de vinho ainda líquido mais antigo do mundo

Um estudo da Universidade de Córdoba publicado na segunda-feira 17 revelou que uma urna funerária romana de 2.000 anos, encontrada no sul da Espanha, continha o vinho mais antigo do mundo, ainda em estado líquido. A descoberta ocorreu durante a reforma de uma propriedade em Carmona em 2019. Na urna, estavam restos mortais cremados, marfim queimado e cerca de 4,5 litros de líquido avermelhado, depois avaliado como vinho por cientistas da instituição espanhola.

“Quando os arqueólogos abriram a urna, quase congelamos”, relembrou José Rafael Ruiz Arrebola, principal autor do estudo e professor de Química Orgânica na Universidade de Córdoba, à emissora americana CNN. “Foi muito surpreendente.”

O vinho evapora rapidamente e é quimicamente instável, tornando a descoberta, de fato, impressionante. “Isso significa que é quase impossível encontrar o que encontramos”, acrescentou ele. A conservação foi possível devido a um selo hermético, que impediu a evaporação do líquido. Não se sabe, no entanto, como o lacre foi formado. O líquido foi identificado como vinho branco, devido à falta do ácido siríngico, e de alta qualidade, em razão da presença de sais minerais encontrados em bebidas finais atuais.

Acredita-se que a urna funerária era de uma família rica, já que o vinho também estava acompanhado de artefatos valiosos e um anel de ouro. A cremação, contudo, destruiu o DNA e impossibilitou a identificação dos restos mortais.

A descoberta retira o posto de “vinho líquido mais antigo do mundo” da garrafa Speyer, de cerca de 1.700 anos, encontrada na Alemanha. Mas há controvérsias, já que a idade da bebida não foi confirmada por análises químicas.

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+ Arqueólogos descobrem sinagoga do século 14 dentro de bar na Espanha

Outra descoberta na Espanha

Em fevereiro do ano passado, arqueólogos na cidade de Utrera, no sul da Espanha, encontraram uma sinagoga do século 14 escondida dentro de um prédio que, anos mais tarde, foi convertido em uma igreja católica, depois num hospital e, mais recentemente, em um bar. O primeiro indício de que o local se trata de um templo judaico veio de uma carta que um padre e historiador chamado Rodrigo Caro escreveu em 1604, dizendo que o lugar onde os judeus costumavam rezar tinha se transformado em um hospital.

Em 1492, a população judaica espanhola, que girava em torno de 200 mil pessoas, foi obrigada a se converter ao cristianismo pela rainha Isabel I de Castela e o rei Fernando II de Aragão. Na época, caso se recusassem a adotar a nova religião, seriam expulsos da Espanha. Apesar disso, ainda existem algumas sinagogas medievais na nação ibérica, inclusive nas cidades de Toledo e Córdoba. Quando a sinagoga foi convertida em igreja, no século 16, todos os vestígios do passado judaico foram apagados.

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Vinho – VEJA
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Pizza vegana na Ferro e Farinha, arraiá do Cine Botequim e mais novidades

Maravilha gastronômica é o que não falta no Rio de Janeiro. Uma mais deliciosa que a outra. Veja, abaixo, algumas novidades em bares e restaurantes cariocas.

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Suru no Dainer.

Nesta terça (18), o Dainer, em Botafogo, recebe convidados do Suru Bar para uma noite de bons drinks e boas comidas. A turma do bar entre Lapa e Glória vai apresentar aos frequentadores do descolado restaurante dois coquetéis que são muito queridos na casa: o zé, com Cynar, cachaça branca, mel, limão e hortelã; e o muquira, com Campari, tônica de laranja e ‘compromisso com quem bebe…’.

O coquetel do Dainer, cuja bartender é Priscilla Pulcherio, será o tropical dainer smash, autoral, feito com gim BullDog, Aperol, purê de pêra com laranja, suco de limão e bitter.

Na ala dos comes, o pão de queijo frito com melaço picante, o sanduíche de focaccia com cupim acebolado, ovo estalado e nuvem de grana padano e as almôndegas na lenha com pomodoro rústico, delícias do Suru Bar, estarão disponíveis nesta noite especial no Dainer. De sobremesa, um delicioso doce com catupiry e goiabada na lenha com sorvete de queijo e crumble de fubá.

Serviço: Rua Real Grandeza, 193, Botafogo. Até as 22h.

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Bar Sambódromo no Bar Maravilha.

Na quarta (19), às 17h, Anderson Zoroastro, do Bar Sambódromo, na Cidade Nova, invade a cozinha do Bar Maravilha, em Botafogo.

Anderson escolheu dois pratos de sucesso do Sambódromo: o coração de pato com tucupi (R$52,00, 250g) e o polvoralho com geleia de morango e pimenta gochujang (R$32,00, a dupla).

Já o Maravilha vai preparar a carne assada com coalhada da casa e picles de cebola roxa (R$28,00, 250g).

Serviço: Rua Mena Barreto, 90, Botafogo. Até 1h.

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Drinque do Orgulho LGBT+ no Spirit Bar, do hotel Fairmont.

Para brindar o mês do Orgulho LGBT+, o Spirit Copa Bar, na área da piscina do hotel Fairmont, na Praia de Copacabana, vai oferecer aos clientes um drinque com as cores do arco-íris, combinando gim Monkey 47 Sloe, uísque Jameson Irish, limão-siciliano, camomila e espumante Brut.

A bebida, disponível no cardápio até 30 de junho, foi batizada de De Vison, para homenagear a personagem icônica do transformismo brasileiro, Laura de Vison, — é servido sob algodão-doce e custa R$ 48,00.

Serviço: Avenida Atlântica, 4240, Copacabana. Até 0h.

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Pizza vegana na Ferro e Farinha.

A casa comandada pelo novaiorquino Sei Shiroma acaba de incluir novas sugestões no menu. Entre elas, a primeira redonda vegana. Batizada de say my name (R,00), encimada por queijo de castanha-de-caju, caqui (fruta da época) e curry. Também entram em cena mais duas sugestões: a kimchúr (R$ 65,00), com costela bovina marinada no gengibre desfiado, pera e kimchi de rabanete. Há ainda a
atlantic smoke (R$ 68,00), que leva salmão defumado, queijos defumados, alho-poró e manteiga de Bourbon.

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Serviço: Rua Arnaldo Quintela, 23, Botafogo.  Dom a qui., 18h/0h. Sex. e sáb., até 1h.; Rua Dias Ferreira, 48, Leblon. Dom. a qua., 18h/0h, qui. até 1h; sex. e sáb. até 2h; Rua Maria Quitéria, 107, Ipanema. Dom a qui., 18h/0h, sex. e sáb., até 1h. 

Delícias juninas na Figs & Co.

Para entrar no clima dos festejos juninos, a padaria artesanal localizada na Barra da Tijuca lança, a cada semana, uma criação inspirada nos famosos quitutes da época mais gostosa do ano.

Até o dia 20 de junho, tem feijão-tropeiro (R$ 39,00) – preparado com feijão vermelho, farinha, bacon, linguiça e ovo. Já entre os dias 21 e 28, brilhará o picadinho com espiga de milho (R$ 45,00). O prato leva ainda um ovo inteiro.

Além dos pratos semanais, a casa tem, no cardápio fixo, com canjica (R$ 22,00), brigadeiro de colher (R$ 9,00), pipoca (R$5,00), paçoca mini (R$ 10,00), paçoca grande (R$ 18,00) e doce de leite (R$ 10,00).

Destaque também para a linha de bolos juninos e broas, como o bolo de milho (R$ 15,00), bolo de aipim (R$ 15,00), bolo de paçoca (R$ 18,00), broas de milho (R$ 12,00, quatro unidades).

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Serviço: Avenida João Cabral de Mello Neto, 850, Barra.  Seg. a sex., 7h/19h; sáb., 7h/12h.

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Arraiá do Cine Botequim 2.

O bar do Maracanã promove, nesta quinta (20), o Arraiá do Cine 2, a partir das 17h. Tem show do Trio Samarica, com muito forró pé-de-serra e outras brasilidades, e festival de coxinha, o petisco mais famoso do espaço.

Além de sabores fixos do menu, como frango com quiabo (R$ 10,90), pernil (R$ 12,90) e camarão com alho-poró e requeijão (R$ 14,90), a casa criou três novas versões de coxinhas para a festa: coxinha do amor (recheio de docinho de coco e envolta em caramelo – R$ 10,90), de milho-verde (creme de milho com queijo – R$ 12,90) e espetinho de coxinha (três mini coxinhas no espeto: carne, frango e linguiça – R$ 12,90).

Para beber, a sugestão do local são as batidas, como “A Marvada”, de maracujá com manjericão, limão e gengibre, ou coco com leite condensado (R$ 12,90, cada).

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Serviço: Rua Dona Zulmira, 111, Maracanã. Até 0h.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Deus salve o herege inglês que ousou criar um vinho do porto rosé

Segundo o famoso verso, pedras que rolam não criam limo, jamais. Parece simples, não? Bonito dizer que estar sempre em movimento é alinhar tradição à modernidade, mas imagine o tamanho da missão que deve ser atualizar estilos ou criar algo novo para um vinho produzido da mesma maneira desde 1692, uma instituição como é o caso do vinho do porto produzido pela Taylor’s. Há 300 anos, a bebida que foi batizada pelo nome da cidade de onde é exportada para o mundo, é produzida no Alto Douro, norte de Portugal.

Fortificado com aguardente vínica, um destilado de vinho branco, que é acrescentado ao mosto durante a fermentação, sua produção tem no encalço as regras do IVDP, o severo e carrancudo Instituto dos Vinhos do Douro e Porto. Entre outras coisas, ele define tipos de uva e tempo de barrica, além do percentual alcóolico para este ou aquele estilo do vinho português. Para criar algo novo dentro das amarras da tradição foi preciso muito tempo e investimento — além de doses generosas de ousadia e de criatividade.

O movimento começou lá atrás, em 1934. Atenta às transformações de mercado que já se podiam vislumbrar desde aquela época, a Taylor’s lançou  o primeiro Porto Branco, o Chip Dry. Enquanto os tradicionais tintos costumavam encerrar refeições, os brancos surgiram para serem oferecidos resfriados, como aperitivo acompanhados por azeitonas, amêndoas torradas ou batatas fritas. Pegou? Não. Até pouco tempo atrás, a variedade passava praticamente despercebida.

No entanto, graças aos mestres das mixologia, a fórmula misturando uma dose de porto branco a duas de água tônica alçou esse vinho a outro patamar. “Na Europa, principalmente na Bélgica, Holanda e Alemanha,  o drink recebeu o apelido de Chip-Chip”, conta o português Fernando Seixas, do Grupo Fladgate, responsável pela Taylor’s no Brasil. Em uma recente reunião com o grupo Dutty Free, dono das lojas dos aeroportos aqui do Brasil, ele contou que o responsável pediu que fosse comercializado o Chip Dry com urgência, porque não há voo que desembarque de Portugal com pelo menos uma centena de mulheres pedindo por ele.

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A ODISSÉIA PARA O LANÇAMENTO DO PORTO ROSÉ

E como as pedras precisam continuar a rolar, o inglês Adrian Bridge, CEO do grupo Fladgate, começou há quase duas décadas uma batalha com os legisladores das regras do vinho do porto para um novo lançamento: um porto rosé. “Foram três anos de luta e só conseguimos mudar a legislação porque o produto era muito bom. Assim, em 2008 lançamos o Croft Pink”, conta. Esse vinho é um filhote da Croft, casa de porto fundada em 1588, que também pertence ao grupo Fladgate. Algumas manobras foram necessárias para viabilizar o produto. “Não podia estar escrito a palavra porto no rótulo e a legislação não dizia nada sobre a cor da garrafa”, conta Bridge, em seu bom português (de Portugal) com sotaque britânico. Por isso a saída à inglesa foi um rótulo com a marca o nome da cor em inglês e uma garrafa transparente. Bingo! Estava nas prateleiras mais uma inovação desse estilo tricentenário.

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Adrian Bridge, CEO do grupo FladgateDivulgação/VEJA

A novidade foi um sucesso imediato na Europa e nos Estados Unidos. Nesses mercados, segundo Seixas, boa parte do público mais jovem entra no mundo do vinho pelos rosé. Eu tive oportunidade de degustar o Croft Pink acompanhando uma entrada de alheiras com ovo mole e um tempurá de legumes, no Barão Fladgate, do restaurante que faz parte do quarteirão cultural voltado ao universo do vinho no Porto, criado para o casamento de Adrian Bridge com a portuguesa Natascha Robertson. Foi um esplendor! Ele é intenso, mas vibrante e muito persistente, um dulçor equilibrado. Gostei, muito.

Mas o que me fez vibrar mesmo foi o ready-to-drink, uma latinha com um Pink Tonic, borbulhante e com apenas 5,5% de álcool, acatando a tendência que pede por drinks menos alcóolicos. O fabricante está batalhando há dois anos para viabilizar a entrada dessa bebida no Brasil. Parece que a briga desta vez é com o nosso Ministério da Agricultura, que não entende CO2 como um ingrediente da água tônica. Por isso, a única maneira de provar é atravessando o Atlântico — mas, no que depender da garra e história desses portugueses, em breve as latinhas de Porto Tonic e Pink Tonic estarão entre nós.

Em tempo: o Croft Pink chega ao Brasil pela La Pastina e o Taylor’s Chip Dry pela Qualimpor.

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Vinho – VEJA
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Tutto Nhoque posta vídeo com traços homofóbicos

Ontem (13/06), o Tutto Nhoque postou em suas redes sociais um vídeo com depoimento de um cliente. Mas o que era para ser uma ação de Dia dos Namorados acabou chamando a atenção por uma postagem que perpetua ideias homofóbicas, justamente no Mês do Orgulho LGBTQIA+.

Com o título (pasmem!) de “O Varão Valoroso do Short Gay” o vídeo conta a história de um casal que estava em uma de suas unidades, aparentemente celebrando a data. O cliente conta que sua atual esposa achou que ele fosse gay pelo estilo da bermuda, “muito caribenha”, segundo o mesmo.

Na continuidade, ao contar que são cristão e evangélicos e “se guardaram para o dia do casamento” o cliente afirmou que anteriormente sua esposa falou que aquela bermuda que estava usando “denunciava que não era viril ou macho de verdade, macho alfa” e completou: “Então eu saí do banheiro depois do banho, com aquela bermuda, e falei assim: Quero ver você falar hoje quem é gay”. Ao fundo é possível escutar risos da esposa.

post homofóbico da Tutto Nhoque
Print da capa do vídeo que após publicação da matéria foi retirado do arReprodução/Instagram

Pelo jeito o restaurante, ignorando as falas com traços homofóbicos, achou a história interessante a ponto de divulgar em suas redes sociais e ainda afirmou: “quando encontramos histórias legais ficamos doidos”. Chamando esta de uma das muitas histórias “apaixonantes e inspiradoras” que escutaram dos clientes no Dia dos Namorados, afirmaram que resolveram dividir especialmente a deste casal para que o seguidores possam “suspirar, rir  e se apaixonar”. Ainda concluíram dizendo que a equipe está até a data da postagem “rindo e suspirando” com o que os clientes contaram no vídeo.

Atualização: Depois da publicação da matéria o Tutto Nhoque retirou o vídeo do seu instagram, mas segue sem responder os questionamentos da coluna. Até o momento da publicação desta matéria o post no instagram tinha mais de 10 mil visualizações.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Qual a etiqueta do vinho no restaurante

Quem tem medo de pedir vinho em um restaurante? Não são poucos. Para ajudar neste momento preparamos um passo a passo para você.

 

1- Ao chegar no restaurante o sommelier, maitre ou garçon normalmente irá lhe oferecer a carta de vinhos, ou você pode pedi-la: “a carta de vinhos por favor”.

 

2- Leia a carta com calma. Esta normalmente estará organizada por tipo, país e preço. Leve em consideração suas preferências pessoais, o tipo de comida que você está pedindo e o seu orçamento.

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3- Fique à vontade para pedir a orientação ao sommelier. Ele é quem melhor conhece a carta e o menu. O bom sommelier saberá identificar seu gosto, sua disposição financeira, fazer o melhor casamento com o menu e conciliar o gosto de todos à mesa. Se achar necessário, peça para ver a garrafa, sem compromisso.

 

4- Ao trazer a garrafa solicitada o sommelier deve mostrá-la antes de abri-la. Confira seu pedido, veja se o vinho e safra estão corretos e autorize a abertura. Um simples “pode abrir”.

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5- O sommelier irá abrir a garrafa em um local onde você possa ver, uma mesa ao lado talvez. Ele então provar um “micro-gole” do vinho para verificar se não está estragado.

 

6-Talvez ele coloque a rolha em sua mesa. Não é necessário, no entanto, caso queira, examine e cheire a rolha. Se ela estiver verde e bolorenta há chance do vinho estar estragado. A meu ver é desnecessário examinar a rolha, já que uma vez aberto o vinho, podemos examinar diretamente o vinho.

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7-O sommelier também pode perguntar se você deseja alguma opção adicional, como decantar.

 

8- Depois o sommelier irá servir uma pequena dose para que você. Verifique se o vinho está de acordo. Depois sua aprovação, com um “pode servir”, o sommelier irá servir todos os outros à mesa (primeiro mulheres, depois homens). Por último a sua taça será completada.

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9-E se o vinho estiver ruim, posso devolver? Você só deve recusar o vinho que você escolheu se este estiver defeituoso. Se o vinho está são, mas não era bem o que você queria, paciência. Contudo se foi o sommelier que escolheu o vinho, esta troca é mais fácil. Vale sempre o bom senso.

 

10- O sommelier deve servir o suficiente, nunca mais que a metade da taça, para que haja espaço na taça para que os aromas do vinho se mostrem.

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11- O sommelier bem treinado saberá dividir a garrafa de modo que todos recebam a mesma dose, e não abrirá outra garrafa sem sua autorização. Neste caso a outra garrafa (mesmo que seja do mesmo vinho) seguira todo o ritual novamente.

 

12- Ao mudar de prato é normal mudar de vinho.

 

Agora é hora de saborear o vinho, e se ao acabar a refeição, sobrar vinho na garrafa, leve o restante para casa. Cada restaurante pode ter suas próprias variações nesse processo, mas esses são os passos gerais para pedir vinho

 

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Uma das casas mais antigas do Rio, Aurora celebra 126 anos com festival luso

Uma centenária tradição. Localizado na movimentada esquina entre as ruas Visconde de Caravelas e Capitão Salomão, no Humaitá, o restaurante Aurora está comemorando 126 anos de história.

A celebração vai até domingo (16), com a sexta edição do Festival de Portugal do Aurora, que inclui no cardápio da casa tradições lusitanas com criações exclusivas.

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Apenas a francesinha (R$ 62,00 com fritas), sanduíche à moda do Porto, se repete todos os anos. A gostosura tem duas camadas de alcatra, presunto e linguiça de pernil, além de ovo estrelado, gratinado com queijo mussarela e molho secreto. Tudo isso servido com batatas cortadas à mão e fritas na hora, uma das especialidades do Aurora.

Entre as novidades deste ano, está a empada de cozido (R$ 10,oo, a unidade) com massa que desmancha na boca e recheio com o tradicional cozido luso-brasileiro da casa. Os testes da receita foram tão bem-sucedidos que o prato já está garantido no cardápio da Aurora pós-festival.

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Outro petisco que também ganhou uma versão no menu é o rojão de porco aperitivo (R$ 48,00, a porção), que consiste em nacos de costela e barriga de porco fritos, servidos com laranja, vagem francesa e batatas cozidas à perfeição. A versão almoço (R$ 36,00) também está disponível no novo menu executivo da casa, que estreou no início de junho.

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Para compartilhar, há ainda as sardinhas com pimentos e molho verde (R$ 39,00, a dupla), que chegam à mesa morninhas e sem a espinha central, servidas com pimentões confit, molho de ervas e fatias de pão artesanal; além da tiborna de bacalhau (R$ 85,00) com lascas do peixe, batatas ao murro, alho, couve e pão – prato inspirado na receita clássica feita para comemorar a produção do azeite novo em Portugal.

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A jarra de vinho de casa (R$ 43,00) é a sugestão para acompanhar as receitas, um costume das casas e tascas lusitanas. “Em Portugal é muito comum que o vinho produzido em casa, ou mesmo no vizinho, seja servido nos bares da região. Sem rótulo, em jarras, um vinho que faz parte da refeição”, conta conta a chef do espaço, Ana Beatriz Capão. “Quisemos resgatar essa tradição e oferecer uma bebida a bom preço para quem vier nos prestigiar nesse período de festa”, complementa.

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Serviço:

Festival de Portugal Aurora 2024. Rua Capitão Salomão, 43, Humaitá. Até dom. (16), sempre a partir das 19h. Horário de funcionamento do restaurante: 11h/1h. 

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Comer & Beber – VEJA RIO