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Fim do defeso da pesca traz os camarões fresquinhos às melhores mesas

Conhecido pelos petiscos saborosos, o Bar da Frente (Rua Almirante Gonçalves, 29-B, Copacabana) oferece os bolinhos de frutos do bar (R$ 26,90, duas unidades), com massa de pancetta, empanados em farinha crocante.

+ Os sabores transbordam nas receitas de nhoque em cartaz para o dia 29  

Tomás Rangel
Bar Saudade: barriga de porco, salada de ovo e camarãoTomás Rangel/Divulgação

O Bar Saudade (Rua da Matriz, 54, Botafogo) conquista os clientes com pedidas únicas como o porchetta camarão (R$ 49,00), que são nacos de barriga de porco crocante cobertos com salada de ovos e camarões.

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É difícil um recheio fazer mais sucesso no pastel, e no Jurubeba (Rua Real Grandeza, 196, Botafogo) ele é bem tratado no molho que leva tomate, pimentão e Catupiry (R$ 24,00, duas unidades).

Jurubeba: camarão bem temperado com catupiry no recheio
Jurubeba: camarão bem temperado com catupiry no recheioRodrigo Azevedo/Divulgação

Os frutos do mar escolhidos frescos no mercado de peixes de Niterói abastecem o menu do Labuta Mar (Rua do Russel, 450-B, Glória), com opções como o crustáceo empanado com emulsão de pimentão vermelho, maionese kewpie e limão (R$ 69,00).

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Labuta Mar: camarões empanados com emulsão de pimentões
Labuta Mar: camarões empanados com emulsão de pimentõesCarol Catalani/Divulgação

Boa opção para acompanhar as rodas de samba do Malandro Botequim (Rua Nelson Mandela, 100, Botafogo) é a porção dos bolinhos (bem) recheados, feitos com massa de abóbora e super crocantes (R$ 52,90, seis unidades).

Malandro: camarão com abóbora na versão bolinho em Botafogo
Malandro: camarão com abóbora na versão bolinho em BotafogoLipe Borges/Divulgação
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Ouro negro: sete sobremesas para celebrar o Dia do Café

Para o celebrar o Dia do Café, comemorado em 24 de maio, sete doces tentadores com o grão

A Rio Sucrée (Avenida das Américas, 3301, bloco 4, loja 120, Barra) tem a torta ópera (R$ 26,00, a fatia; R$ 250,00, inteira), criação do chef Emanuel Pinheiro. Sem farinha, leva chocolate e um creme preparado com a mistura da torra.

Sorvete de café da Mare Mare
Sorvete de tiramisu da Mare Mare: quem for até a loja e comprar qualquer sorvete até domingo (5) ganha um cafezinhoRodrigo Azevedo/Divulgação

Nosso protagonista marca presença no menu da Mare Mare (Shopping Leblon) com o gelato de tiramisu (R$ 19,00 o pequeno; R$ 25,00 o grande). Fica a dica: quem comprar qualquer sorvete até domingo (25) ganha um cafezinho de cortesia. 

Tiramisu do Café Tero
Tiramisu do Café TeroCafe Tero/Divulgação
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Conhecido como um dos melhores da cidade, o tiramisu (R$ 26,00) do Café Tero (Ladeira Felipe Neri, 11, Saúde) segue a receita clássica, com biscoito champanhe, mascarpone, chocolate e o querido grão.

Trufas de chocolate com café são da Dianna Bakery
Chocolate com café: a Dianna Bakery, na Tijuca, preparou trufas cremosas com os grãos da torraTeca Cavalcanti/Divulgação

Padaria artesanal na Tijuca, a Dianna Bakery (Rua Dona Delfina, 14) oferece trufas cremosas meio amargas de cacau e café da Serra da Mantiqueira (R$ 12,00, a unidade), envoltas em uma casquinha de chocolate.

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A tortinha de tiramisu é do Emporio Farinha Pura
Emporio Farinha Pura: loja do Humaitá vende tortinhas de tiramisu, o clássico doce italianoEmerson Livera/Divulgação

Na vitrine de salgados e doces do Empório Farinha Pura, mercado gourmet na Cobal do Humaitá, chamam atenção as tortinhas (R$ 23,90, a unidade) com a famosa combinação do ingrediente, biscoito e creme.

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Sobremesas com café - Éclair de Café do Talho Capixaba (R$17,50 - foto Rodrigo Azevedo
Éclair: doce feito com café é estrela no cardápio do Talho Capixaba (R$17,50)Rodrigo Azevedo/Divulgação

Clássico da pâtisserie francesa, a éclair (R$ 17,50) do Talho Capixaba (Rua Barão da Torre, 354, Ipanema) pode vir recheada com pasta de café e coberta com camada de fondant feita a partir do ingrediente. 

Tiramisu O Medovik
O Medovik: casa especializada na receita de bolo russo produziu versão da estrela da casa no sabor tiramisuRodrigo Azevedo/Divulgação
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Estrela de O Medovik (Rua Visconde de Pirajá, 156, Ipanema), a torta russa ganhou uma versão tiramisu (R$ 29,00), com massa de mel na infusão de café torrado com bourbon e creme de leite azedo com mascarpone, coberta com cacau 100%.

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Ofensiva gelada: Bacio di Latte avança pelas ruas do Rio

Em tempos de marketing de guerrilha, a paulista Bacio di Latte investe na boa e velha estratégia do corpo-a-corpo para conquistar cada vez mais território no Rio. Neste sentido, vai aonde o povo carioca está: nas ruas. Depois de fincar dois quiosques na orla, a gelateria avançou várias casas nos últimos meses, estabelecendo-se em novos endereços em Copacabana, Barra, Ipanema, Botafogo, Laranjeiras e, o mais fresquinho, num prédio de 1917 no Jardim Botânico. Todos fora de shoppings. E não por acaso: “O Rio tem mais vida externa”, observa o diretor de marketing Fábio Medeiros, , entregando que, enquanto o crescimento acumulado da empresa no mercado em geral está em 27%, por aqui chega a 35%.

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Já são trinta filiais deste lado da Via Dutra, três delas em Niterói. E vem mais uma por aí, na Rua Francisco Otaviano, estrategicamente posicionada entre Ipanema e Copacabana, com abertura prevista para setembro. “Ainda queremos chegar às calçadas do Leblon, por exemplo”, planeja ele, brincando que está na hora de trazer o escritório para cá. “O Rio é uma vitrine: a gente investe porque, além de o carioca responder muito bem, a cidade ainda reúne gente do Brasil inteiro e do exterior”.

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Vem aí o Primeiro Vinho Oficial do Vaticano

Por Marcelo Copello

Sim, você leu certo: o Vaticano vai lançar seu próprio vinho. A menor nação do planeta está cultivando uvas para produzir, em breve, sua primeira safra com rótulo oficial. Mas essa não é a única curiosidade etílica dos domínios do Papa. O Vaticano também detém um título surpreendente: é o país com o maior consumo de vinho per capita do mundo.

Cabernet para Sua Santidade

Entre 2023 e 2024, dois hectares de Cabernet Sauvignon foram plantados nos jardins de Castel Gandolfo, a residência de verão papal nos arredores de Roma. A expectativa é que a primeira safra seja colhida em 2026, e os vinhos, engarrafados com selo do Vaticano, sejam usados em celebrações internas e vendidos nas lojas isentas de impostos dentro da cidade-estado.

A produção será pequena, mais simbólica do que comercial. O objetivo não é concorrer com os grandes produtores, mas oferecer um vinho com identidade própria, feito em solo papal, para funcionários, religiosos e visitantes. Um gesto que une fé, tradição e um toque de terroir sagrado.

Como o Vaticano se tornou o campeão mundial em consumo de vinho per capita?

Em números brutos, o Vaticano importou mais de 63 mil litros de vinho em 2019. Com uma população oficial de apenas 800 pessoas, isso representa quase 99 garrafas por habitante ao ano – quase o dobro da média de países como França ou Itália. Mas essa conta tem nuances.

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Na prática, quem consome vinho dentro dos muros do Vaticano não são apenas seus cidadãos. Milhares de pessoas circulam diariamente por ali: padres, bispos, funcionários, guardas suíços, diplomatas e até peregrinos. O vinho está presente em missas, refeitórios do clero e eventos oficiais. Se distribuirmos o consumo por um público estimado de 5 mil pessoas, o número ainda impressiona: cerca de 10 a 15 litros por cabeça por ano – nível similar ao de países como Alemanha ou Reino Unido.

Um vinho com isenção divina

Outro fator que contribui para essa abundância vínica é o regime fiscal único do Vaticano. Desde o Tratado de Latrão, em 1929, a Itália concede isenção total de impostos para produtos que entram no território vaticano. Ou seja, as garrafas chegam sem taxas, sem IVA, sem burocracia. Barolo, Chianti, Prosecco e outros rótulos italianos abastecem o estoque papal a preços imbatíveis.

E não se trata apenas de tintos tranquilos: espumantes como Asti e Prosecco são frequentes nas recepções diplomáticas e celebrações eclesiásticas. Já os vinhos sacramentais – geralmente tintos doces feitos exclusivamente da uva – obedecem regras litúrgicas rígidas e muitas vezes vêm de vinícolas religiosas especializadas.

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Fé, vinho e cultura

No Vaticano, vinho não é só prazer – é também ritual, hospitalidade e teologia líquida. O próprio finado Papa Francisco já declarou, durante uma de suas homilias, que o vinho é símbolo de alegria e amor, transformado por Jesus em sacramento.

Com a chegada do primeiro vinho “made in Vaticano”, essa história ganha um novo capítulo. A vinha é pequena, mas o gesto é grande: uma mistura de tradição, espiritualidade e, claro, um bom Cabernet.

 

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Gastronomia, por Bruno Calixto: tem vinho novo chegando à taça carioca

Tem vinho novo na taça, no festival Vinhos na Vila, no Jockey, sábado e domingo (24 e 25/05). Participam pela primeira vez do evento (em sua 9ª edição) as vinícolas Nova Aliança, Cerro de Pedra, Tramarim, Giovanni Tasca e a Area 15. Além de mais de dez casas produtoras no estado do Rio de Janeiro, nos arredores de Areal (o novo CEP do Sauvignon Blanc e Syrah): Fazenda Bemposta, Borgo del Vino (Família Eloy), Vinus Vale, Vale dos Desejos, Tassinari, Arouca, Mendez, Vale da Bússola, Fazenda São João Penedo, Fazenda Santa Teresa, Di Bento, Dream Farm e Altos do Rio.

Casa Rozental terraços (2)
Casa Rozental./Divulgação
Casa Rozental terraços (1)
Casa Rozental./Divulgação

O público também poderá conhecer a proposta da Taste and Fly Vinhos, do casal Fábio Wright e Roberta Cassiano Fraga — ele, jornalista da área de gastronomia; ela, empresária e sommelière —, que, apaixonados por vinho, durante as muitas viagens que fizeram à Serra Gaúcha, criaram a marca-conceito de vinhos próprios.

Atualmente, o portfólio da Taste and Fly Vinhos conta com nove rótulos, produzidos nas mais diversas regiões da Serra Gaúcha, como Vale dos Vinhedos, Monte Belo do Sul, Altos Montes e Caxias do Sul.

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O Rio Grande do Sul vai marcar presença nesta edição com Fin, Garbo, Luiz Argenta, Miolo, Dom Cândido, Buffon, Vinhetica e Aurora, entre outras marcas da viticultura brasileira.

Além das provas, têm degustações, shows ao vivo, gastronomia artesanal, feira de produtos locais e aquele climinha de festa com taça na mão, amigos na foto e um visual privilegiado para o Cristo.

Vinhos na Vila (5)
Vinhos na Vila./Divulgação
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Vinhos do RJ, uma beleza de cenário

A Associação dos Produtores de Uvas Vitis vinífera da Serra Fluminense (AVIVA) reúne os produtores da região fluminense (serrana ou não), além de dezenas de vinícolas em formação.

Muitos já produzem excelentes vinhos e têm rótulos premiados. As vinícolas realizam o sistema de dupla poda e colheita de inverno, que compreende realizar duas podas anuais na videira, sendo a primeira em agosto e a segunda, em janeiro, o que inverte seu ciclo natural.

“Ainda é imaturo falar de terroir na região”, crava a sommelière Deise Novakoski. “Terroir demanda anos de observação, o que determina um terroir e a repetição de características.”

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Exemplo na Borgonha, sabemos que a Pinot Noir tem aroma de cogumelos em Bordeaux. Sabemos que a Cabernet tem aromas de especiarias, essas características se repetem alí.

No caso de regiões com pouco tempo de cultivo de uma espécie, continua Deise, pode haver determinadas características num ano e no outro não. “Só com o passar das décadas, algumas características se repetem no local, é que podemos afirmar se há um terroir . Assim sendo, ainda não temos, no Rio de Janeiro, tempo de cultivo suficiente, para falar de terroir.”

Todavia, pontua a sommelière, “temos tempo e experiência em cultivo com a espécie Syrah em várias regiões do Brasil, que nos permite começar um cultivo com mais experiência e podendo contornar algumas intempéries.” E dá-lhe Syrah em solo fluminense! Dois em destaque no Vinhos na Vila são das vinícolas Tassinari, de São José do Vale do Rio Preto, e Casa Rozental, de Secretário, um bairro do distrito de Pedro do Rio, em Petrópolis.

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No Vinho na Vila, os produtores da região serrana do Rio estarão presentes para falar sobre seus rótulos e contar mais sobre as novidades da região. A entrada (com dinheiro a taça) é R$ 150 + taxas. Prontos para girar a taça?

tarja calixto
<span class=”hidden”>–</span>Arquivo pessoal/Reprodução
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Comer & Beber – VEJA RIO
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Safra rara: Veuve Clicquot apresenta rótulo de Champagne feito só em anos extraordinários

Hoje um dos rótulos mais celebrados da Veuve Clicquot, o La Grande Dame, criado para celebrar apenas as melhores safras, foi lançado pela primeira vez em 1972. Na época, foram apenas algumas poucas garrafas da safra de 1962, dez anos antes. O ano de lançamento, 1972, celebrava o bicentenário de Barbe-Nicole Clicquot-Ponsardin (1777-1866), a viúva Clicquot, responsável por tantas inovações na elaboração do cobiçado espumante francês. Desde então, algumas edições especiais têm sido lançadas, apenas em safras extraordinárias. E a mais recente, 2018, acaba de chegar ao mercado.

O espumante é elaborado com 90% de pinot noir e apenas 10% de chardonnay. Segundo Emmanuel Gouvernet, integrante do time de 12 enólogos responsável pela marca que esteve no Brasil para o lançamento, trata-se de uma expressão pura da qualidade da Pinot Noir cultivada em vinhedos históricos da família em áreas importantes da região de Champagne. “Esta edição tem um equilíbrio de salinidade e acidez, da mineralidade do norte de Champagne com a textura do sul”, diz Gourmet.

Enquanto a Veuve Clicquot tradicional, de rótulo amarelo, é resultado da mistura (ou blend) cuidadosa em nome da manutenção de um perfil já conhecido e apreciado, a La Grande Dame é resultado de uma safra única, especial. De acordo com o enólogo, a safra de 2018 foi desafiadora, mas de grande qualidade. Teve um inverno chuvoso, e o solo da região, composto por calcário, funciona como uma esponja que acumula água. Apesar disso, houve muita incidência de sol, mas o calor não foi demasiado, o que conferiu boa acidez a fruta. Quando chega o momento ideal da colheita, uma janela de cerca de poucos dias, é preciso mobilizar a equipe para colher cada cacho manualmente, de forma a preservar a matéria-prima.

Depois de sete anos nas caves da vinícola, o La Grande Dame está pronto para ser degustado. Custa R$ 1.600 e tem potencial de guarda de até 15 anos. Segundo Gouvernet, há dois momentos ideais para o consumo. Agora, no momento do lançamento, e daqui a alguns anos, mais evoluída. Por isso, a Maison guarda algumas das garrafas desta edição limitada na cave, e deve relançá-la mais para frente, após mais tempo em contato com as lias (as leveduras mortas que ficam na garrafa após o fim da fermentação), o que confere maior estrutura e complexidade.

Ao contrário das edições anteriores, que tiveram embalagens exclusivas assinadas por artistas plásticas renomadas (em 2015 o design ficou a cargo da italiana Paola Paronetto, e em 2012, da japonesa Yayoi Kusama), desta vez a caixa foi criada pela própria Maison, elaborada com cânhamo. 

Outras duas edições do prestigioso rótulo foram lançadas recentemente. Em 2023, a Veuve Clicquot lançou a La Grande Dame 2015. E no ano passado foi a vez de La Grande Dame Rosé 2015.

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Vinho – VEJA
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Saiba Qual É a Região Vinícola Mais Cara de Portugal

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

As mudanças climáticas já estão influenciando o mercado mundial de propriedades vitivinícolas, com algumas regiões registrando aumento de preços, em detrimento de outras. Portugal não é exceção e, nesse cenário, são as regiões do Douro e dos Vinhos Verdes que vêm apresentando maior valorização das terras. Essa é uma das conclusões do The Wealth Report, estudo anual produzido pela Knight Frank, parceira em Portugal da Quintela e Penalva, que avalia o preço por hectare nas regiões vinícolas mais caras do mundo, como Barolo, na Itália, e Bordeaux, na França.

De acordo com a Quintela e Penalva I Knight Frank, em Portugal tem havido uma grande procura por propriedades no Douro e na região dos Vinhos Verdes, embora os valores por hectare ainda estejam bem abaixo dos praticados nas regiões mais famosas do mundo. O sócio fundador da Quintela e Penalva, Carlos Penalva, detalha que “dependendo da localização e do patrimônio edificado associado, o valor por hectare nessas regiões varia bastante. Pode ir de 10 mil euros até 30 ou 40 mil euros por hectare”.

O The Wealth Report mostra que já não é mais a região de Champagne, na França, mas sim a região de Barolo, na Itália, onde se paga o maior valor por hectare de vinhedo. A região vitivinícola italiana conquistou o status de mais cara do mundo, com um preço por hectare em torno de 2 milhões e 80 mil dólares, registrando uma valorização de 5% em 2024.

A famosa região de Margaux, em Bordeaux (França), aparece em segundo lugar, com o hectare custando 1 milhão e 250 mil dólares (queda de 4%); em terceiro lugar está a região de Rutherford, em Napa Valley, nos Estados Unidos, com o preço por hectare em 1 milhão e 200 mil dólares (preço estável em relação ao ano anterior).

Já na região de Champagne, na França, um hectare de vinhedo custa em média 1 milhão e 40 mil dólares, e ela já não é mais a região francesa mais cara para produção de vinhos — ocupa agora o quinto lugar mundial, ficando atrás da região de Burgundy/Côte de Nuits, cujo preço gira em torno de 1 milhão e 90 mil dólares por hectare.

O mesmo estudo antecipa que “a região do Loire, no sul da Borgonha e Beaujolais, onde o clima está se tornando mais propício à produção de vinho, já é considerada uma das zonas promissoras para a vitivinicultura na França”.

O post Saiba Qual É a Região Vinícola Mais Cara de Portugal apareceu primeiro em Forbes Brasil.

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Notícias e Conteúdos sobre vinhos na Forbes Brasil
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Vem aí o dia do pudim, sobremesa versátil com sabor de infância

Quem resiste a um pudim? Pois é. Reza a lenda que a sobremesa clássica ganhou um dia para chamar de seu: o 22 de maio. A data existe desde 2023, e embora ninguém saiba a origem exata da homenagem e muito menos da receita, os livros de história mostram que desde a Europa medieval já se fazia algo parecido, mas com ingredientes diferentes dos que conhecemos hoje.

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Receita clássica de pudim de leite é do Jurubeba
Tradicional: no Jurubeba (<em>Rua Real Grandeza, 196, Botafogo</em>), a chef Thais Lucchetti  prepara o clássico pudim de leite (R$ 17,00)Rodrigo Azevedo/Divulgação

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Na Grécia Antiga, registros indicam a existência de preparações similares ao pudim, só que em versões salgadas. Com o tempo, as receitas evoluíram, incorporando ingredientes como grãos, ovos e leite, e foram se adaptando às preferências culturais de diferentes regiões. 

Pudim de leite do Labuta Bar: frequentadores dizem que é
Labuta Bar: casa do Centro (<em>Avenida Gomes Freire 256</em>) tem no menu o “melhor do Rio” (R$ 12,00), segundo frequentadoresLabuta Bar/Divulgação

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Durante a Idade Média, o termo “pudim” começou a ser associado a iguarias doces, especialmente na Europa. Na Grã-Bretanha, por exemplo, o “pudding” virou designação genérica para sobremesas, abrangendo desde bolos úmidos até receitas mais cremosas e consistentes.

Puli Trattoria tem pudim de leite lisinho e sem furinhos
Lisinho: pudim de leite sem furinhos (R$ 25) faz sucesso na Puli Trattoria (<em>Rua Marquês de São Vicente, 90, Gávea</em>)Puli Trattoria/Divulgação

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Em Portugal, a sobremesa ganhou destaque na doçaria conventual, com receitas elaboradas por freiras e monges.

Sem Culpa Gastronomia tem no cardápio pudim sem gluten e sem lactose
Repaginado: o Sem Culpa Gastronomia (<em>Rua Governador Irineu Bornhausen, loja R1, Largo do Machado</em>) tem pudim sem lactose e sem gluten (R$16,00), com calda de caramelo e curaçaoSem Culpa Gastronomia/Divulgação
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+74 Restaurant, em Búzios, faz jantar a quatro mãos com vista de cinema

Um exemplo clássico é o pudim Abade de Priscos, criado pelo famoso abade da localidade próxima à Braga, no norte de Portugal, que combina gemas de ovos, açúcar, vinho do Porto e toucinho. Quem reproduz o Abade de Priscos (R$ 29,00) é o Quinta da Henriqueta (Rua Lopes Quintas, 165), no Jardim Botânico. Por lá também faz sucesso o Pudim Molotof (R$ 29,00), feito de claras com creme de ovos e amêndoas.

Pudim Molotof do Quinta da Henriqueta é feito com claras, creme de ovos e amêndoas
À portuguesa: o Quinta da Henriqueta (<em>Rua Lopes Quintas, 165, Jardim Botânico</em>) tem o Molotof (R$ 29,00), pudim de claras com creme de ovos e amêndoasTomás Rangel/Divulgação

Com o passar dos séculos, a receita atravessou os oceanos e se adaptou aos costumes locais, ganhando a popularidade que tem hoje no Brasil. Por aqui, os pudins nasceram nos navios da Marinha Real, nos séculos XVIII e XIX, com a mistura de farinha e gordura, e evoluíram com o passar do tempo, até chegarem ao doce  popularmente conhecido de hoje. 

O Gabbiano, na Barra da Tijuca, tem pudim de caramelo com coco
Crema caramel con cocco: Gabbiano (<em>Avenida das Américas, 3.255, Barra</em>) tem pudim de leite condensado e coco (R$ 38,00) com calda de carameloPedro Lopes/Divulgação

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Baunilha, chocolate, caramelo,  tapioca, frutas, arroz, milho, coco, pão, queijo. De quase tudo se faz pudim, inclusive salgado, como mandam as receitas do chawanmushi, popular pudim japonês feito com calda de peixe; o fish and custard pudding inglês, com bacalhau no preparo; ou ainda o gratin dauphinois francês, pudim de batata salgado que, além do tubérculo, leva ovos, cebola, queijo e leite.

Pudim de chia do Emporio 1839
Exótico. O Emporio 1839 (<em>Rua Pacheco Leão, 724, Jardim Botânico</em>) tem uma opção original do doce, o pudim de chia com granola, frutas vermelhas, chocolate amargo e mel (R$ 22,00)Nubra Fasari/Divulgação

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Pudim do Éclair Cafeteria e Bistrot
Ação especial: na quinta-feira (22), o dia do doce, quem comprar uma refeição no Éclair Cafeteria e Bistrot (<em>BarraShopping</em>) ganha um mini pudim de caramelo salgado ou de leite de sobremesaSamanta Toledo/Divulgação
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A introdução do leite condensado no século XIX revolucionou a preparação do pudim. Inventado pelo francês Nicolas Appert em 1820, o leite condensado chegou ao Brasil em meados do século XIX, inicialmente importado da Europa e dos Estados Unidos.

O Tropik, em Copacabana, também serve o pudim de leite
Tropik: o beach clube do Fairmont (<em>Avenida Atlântica, 4240, Copacabana</em>) tem pudim de leite com frutas vermelhas (R$ 35,00)  finalizado com calda de baunilhaTropik/Divulgação

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A Nestlé começou a fabricar o leite condensado no Brasil em 1921, na cidade de Araras, em São Paulo. Essa inovação facilitou o preparo do pudim, tornando-o mais acessível e popular entre os brasileiros.

O mini pudim de leite é do Tortamania
Mini pudim: a Tortamania (<em>Rua Vinícius de Moraes, 121, loja D, Ipanema</em>) serve mini pudim  (R$ 18,90) de leiteTortamania/Divulgação
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Embora o pudim de leite condensado seja uma versão tipicamente brasileira, com sua textura cremosa e sabor adocicado, pudins com outros ingredientes e preparos existem não só por aqui, mas também mundo afora.

Preparado com fava de baunilha brasileira, pudim da confeitaria Rio Sucre pode ser feito no formato tradicional ou com doce de leite uruguaio
Rio Sucrée. A confeitaria da Barra da Tijuca (<em>Avenida das Américas, 3.301, bloco 4, loja 120</em>) tem no menu pudim preparado com fava de baunilha brasileira (R$ 14,90) nas versões tradicional ou com doce de leite uruguaioRaphael Nogueira/Divulgação

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Na Inglaterra, por exemplo, o christmas pudding é um prato tradicional servido no Natal, feito com frutas secas, especiarias e até mesmo carne moída.

Gastronomia do Horto tem pudim de caramelo
O Gastronomia do Horto (<em>Estrada de Camorim, 378, Barra Olímpica</em>) também tem promoção: quem optar pelo menu executivo da casa (são duas opções, R$ 45,00 ou R$ 55,00) de segunda (19) a sexta (23) leva um mini pudim de leite condensado com calda de caramelo de cortesiaGastronomia do Horto/Divulgação

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Já na França, o crème caramel é uma sobremesa clássica com uma textura mais firme e sabor caramelizado.

Pudim de leite cru do Massa Trattoria
Massa: casa do Leblon (<em>Rua Dias Ferreira 617, lojas A e B</em>) tem receita de pudim de leite cru (R$29,00) com farofa doce e raspas de laranja com flor de salMassa/Divulgação

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Em Portugal, o pudim de ovos é um dos doces mais populares, feito com gemas, leite e açúcar, e assado em banho-maria.

Toto tem pudim de leite clássico
Toto: restaurante do chef Thomas Troisgros em Ipanema (<em>Rua Joana Angélica, 155)</em> tem o clássico pudim de leite com baunilha (R$ 26,00).Gabriel Mendes/Divulgação

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Nos Estados Unidos, o que chamam de pudim seria mais parecido com o que é o nosso flan. O de chocolate é o mais consumido.

Pudim de chocolate do Guimas
Chocolate: o Guimas (<em>Rua José Roberto Macedo Soares, 5, Gávea</em>) serve pudim de chocolateRodrigo Azevedo/Divulgação

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E na Alemanha, o dampfnudel é um tipo de bolo cozido no vapor, servido com calda quente de frutas vermelhas.

Pudim de leite condensado com maracujá da Le Dépanneur
Versátil: para o Dia do Pudim, a Le Dépanneur (<em>Rua do Catete, R$ 288</em>) preparou uma opção do doce com leite condensado e maracujá (R$10,80)Le Dépanneur/Divulgação

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Pudim de leite condensado da The Slow Bakery vem no potinho
The Slow Bakery: padaria artesanal (<em>Rua General Polidoro, 25, Botafogo</em>) faz pudim de leite condensado (R$ 18,00) de fabricação própriaThe Slow Bakery/Divulgação

A receita doce (R$ 9,00), como tradicionalmente conhecemos, é sucesso por toda a cidade, inclusive em mercearias e mercados que contam com espaço para lanches ou restaurantes o seu interior, como é o caso do Supermercado Zona Sul (Rua Barão da Torre, 220, Ipanema). O pudim de leite com calda de caramelo (R$ 7,95) está disponível em todas as unidade da rede.

Pudim do Supermercado Zona Sul
Supermercado Zona Sul: o pudim de leite com calda de caramelo (R$ 7,95) marca presença em todas as unidades da redeSupermercado Zona Sul/Divulgação

 

Pudim do Al Farabi
Al Farabi: Bar e sebo do Centro (<em>Rua do Mercado, 34</em>) produz o clássico pudim (R$ 21,00), sem furinho, servido com caldaTomás Vélez/Divulgação

 

Pudim do Assador
Assador: Casa do Flamengo (Avenida Infante Dom Henrique, s/n) tem pudim de leite condensado com calda de caramelo (R$ 42,00)Assador/Divulgação

Estrela entre as sobremesas do cardápio do Restaurante Aurora  (Rua Capitão Salomão, 43, Humaitá), o pudim de leite é servido com calda de caramelo e entra nas sugestões para fechar o almoço executivo da casa. Quem pede o prato do recém-chegado menu de almoço de outono/inverno (opções de R$ 34,00 a R$ 48,00), de segunda a sexta, entre 11h e 17h, leva o pudim por R$ 8,00.

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ABC do Vinho: o Que Você Precisa Saber sobre o Cabernet-Sauvignon

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

 

O Cabernet Sauvignon é o vinho tinto mais popular do mundo. Conhecido como “Rei Cab”, o vinho é famoso por sua estrutura tânica, sabores de amora e cassis, e capacidade de envelhecimento. É feito a partir de uvas de casca vermelha que prosperam em uma variedade de climas. Como é relativamente fácil de cultivar e todos gostam de bebê-lo, o Cabernet tem sido plantado em todo o mundo.

O que é Cabernet Sauvignon?
Cabernet Sauvignon é uma uva de vinho de casca vermelha. Apesar da reputação do Cab como rei, ele é, na verdade, o “filho do amor” das variedades francesas Cabernet Franc e Sauvignon Blanc.

De onde vem o Cabernet Sauvignon?
Ele se originou em Bordeaux, na França, onde compõe uma grande porcentagem dos blends tintos produzidos na margem esquerda, conhecida como Médoc. Claro, o Cabernet Sauvignon é cultivado em toda Bordeaux e, de fato, em toda a Europa, da Espanha à Itália e à Áustria. Também é popular no Novo Mundo, encontrado em lugares como África do Sul, Chile, Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia. Por conta de sua popularidade generalizada, o Cabernet Sauvignon agora é considerado uma variedade “internacional”.

Qual é o sabor do Cabernet Sauvignon?
Normalmente, o vinho é seco, encorpado, com acidez média, taninos de moderados a altos e teor alcoólico que varia entre 13% e 15%. O melhor Cabernet Sauvignon possui sabores complexos que incluem grafite, ervas, amoras e cassis, além de notas de cedro e especiarias de confeitaria quando envelhecido em carvalho francês.

Quanto de álcool tem uma garrafa desse vinho?
O teor alcoólico do Cabernet Sauvignon depende de onde é cultivado, já que o clima influencia o grau de maturação, o que por sua vez afeta o nível de álcool. Cabernet Sauvignon de regiões mais frias, como a França, frequentemente tem entre 13% e 14% de álcool por volume (ABV), mas pode chegar a 14,5% quando cultivado em climas mais quentes, como na Califórnia e na Austrália.

Cabernet Sauvignon é doce ou seco?
O Cabernet Sauvignon é quase sempre produzido em estilo seco. Lembre-se: sentir sabores de frutas como amora não é o mesmo que sentir doçura de açúcar. Um vinho seco significa que, após as uvas serem prensadas, o açúcar do mosto é convertido em álcool pelas leveduras. Quando todo o açúcar é convertido, resulta em um vinho completamente seco.

Às vezes, um pouco de açúcar, chamado açúcar residual (RS), permanece. Isso pode ser intencional, para dar um leve toque de riqueza e doçura ao vinho, ou pode ocorrer porque a levedura não finalizou a fermentação. Alguns gramas por litro de RS ainda são considerados compatíveis com um vinho seco.

Quantas calorias e carboidratos tem o Cabernet Sauvignon?
O Cabernet Sauvignon é normalmente seco (conforme explicado acima). Claro, um vinho com pouco ou nenhum açúcar ainda contém calorias. As calorias do Cabernet Sauvignon vêm do álcool. Normalmente, uma taça de 150 ml de Cabernet Sauvignon tem cerca de 125 calorias, ou 625 calorias em uma garrafa de 750 ml. Se o Cabernet Sauvignon tiver um toque de açúcar residual, o vinho terá carboidratos, mas em pequena quantidade. Vinhos secos geralmente variam entre zero e 4 gramas de carboidratos.

Como devo servir o Cabernet Sauvignon?
Como todos os tintos, ele tem uma faixa ideal de temperatura. Quando está muito quente, o álcool se destaca demais. Muito frio, e os aromas e sabores ficam apagados. A faixa ideal para servir o Cabernet Sauvignon é entre 15,5°C e 18°C, o que pode ser alcançado deixando-o 15 minutos na geladeira. Se você não terminar a garrafa, recoloque a rolha e guarde-a novamente na geladeira. Os sabores se manterão frescos por 2 a 4 dias. Depois disso, o vinho começará a oxidar.

Harmonização com alimentos: o que combina e o que não combina com Cabernet Sauvignon?
As melhores harmonizações com Cabernet Sauvignon consideram o sabor profundo do vinho e seu alto teor de taninos. Essas qualidades fazem do Cabernet um parceiro ideal para carnes vermelhas grelhadas, assadas ou braseadas, carnes de caça e molhos saborosos como pimenta ou demi-glace.

Harmonizações que não funcionam com Cabernet Sauvignon são alimentos leves e delicados. Por quê? O sabor intenso e a estrutura robusta do vinho os sobrepujam. Pense em frutos do mar, mariscos, saladas e vegetais frescos. Claro, há sempre exceções para toda regra.

Qual é a diferença entre Cabernet Sauvignon e Pinot Noir?
Cabernet Sauvignon e Pinot Noir são duas uvas tintas diferentes. O Pinot Noir é uma variedade de casca fina que produz vinhos de cor clara, teor alcoólico de leve a médio, com alta acidez, elegância e aromas de frutas vermelhas (oxicoco, framboesa, cereja vermelha).

O Pinot Noir é há muito tempo famoso entre os amantes de vinho pelos estilos refinados da Borgonha e pelas expressões mais maduras da Califórnia e do Oregon. Já o Cabernet Sauvignon tem mais taninos, corpo, álcool e coloração mais escura, e vem da margem esquerda de Bordeaux, onde ganhou fama com os vinhos do Médoc, especialmente Margaux e Pauillac.

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Notícias e Conteúdos sobre vinhos na Forbes Brasil
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A saborosa subversão da nova safra de produtores de vinhos nacionais

Se a essa altura você ainda não se convenceu do salto evolutivo e qualitativo do vinho brasileiro, corra, porque está prestes a ser atropelado por uma nova e virtuosa onda. Há uma geração de enólogos, todos com menos de 40 anos, que estão transformando o tradicional mercado com suas produções e modo de trabalhar. Chama atenção o fato de que boa parte dessa turma vem do sul do país, justamente uma das regiões em que ir de encontro a velhas receitas muitas vezes soa como heresia. Trata-se de uma saborosa e bem-vinda subversão, pois os rótulos assinados por eles merecem todos os aplausos. São ousados, divertidos, surpreendentes e, acima de tudo, claro, muito bons de beber.

Um dos expoentes dessa geração vêm da gaúcha Bento Gonçalves. São três amigos que estudaram juntos e resolveram adotar um estilo que chamaram de enologia criativa. Andrei Bellé, Jhonatan Marini e Guilherme Caio comandam a Garbo, vinícola que chama atenção por cortes (blends) inusitados. O Inquieto (R$ 160), por exemplo, mistura Merlot com Sauvignon Blanc. Foi uma ótima sacada, como pude comprovar na mais recente edição Wine South America (WSA), realizada entre os dias 6 e 8 de maio, em Bento Gonçalves (RS).  No blend do Inquieto, a maciez da Merlot ganha frescor e mais acidez da Sauvignon Blanc. O resultado é um vinho extremamente gastronômico e fácil de beber.

Provei também da Garbo um clarete de Pinot Noir, chamado Cherry Bomb (R$ 122), vibrante e fresco, perfeito para ser tomado gelado, ideal para quem não abre mão de tinto nos dias quentes. A vinícola tem um total de vinte rótulos, todos produzidos em esquema de microlotes, que chegam a no máximo 4 000 garrafas de cada rótulo por safra. O desenho das etiquetas harmoniza com irreverência da proposta etílica: nada de brasões, letras em dourado ou castelos. No lugar disso, pode pintar a ilustração de um elefante quando é o caso de chamar atenção para a potência do vinho. Na Garbo esse trabalho também fica a cargo de jovens designers da região.

Recentemente, os rapazes, ou melhor, os guris, compraram seu primeiro vinhedo em Pinto Bandeira, cidade vizinha de Bento Gonçalves que recebeu a primeira Denominação de Origem para espumantes do Brasil. Enquanto a produção com uvas próprias não acontece, eles “alugam” vinhedos de produtores que consideram ter boas práticas e trabalham juntos pelo melhor resultado da colheita. “Desta forma garanto o valor que esse viticultor receberia pela venda das uvas, mas posso interferir no trabalho no sentido de usar menos química possível, por exemplo”, me contou Guilherme Caio. Como ainda não têm a estrutura de vinícola, dizem que produzem uma “enologia cigana”, usando a estrutura de outras casas da região, como uma espécie de coworking.

São uns dos poucos enólogos que falam abertamente sobre seus produtores de uvas na região e esse apreço por eles é sem dúvida inovador. “A comunidade enológica mais tradicional não nos enxerga com os melhores olhos, talvez porque não fazemos nada muito convencional, mas nossa base é a enologia clássica”, explicou Guilherme. As entidades podem até ter seus receios ou considerações sobre essa turma, mas o mercado os adora. O stand deles era um dos mais movimentados da Wine South America.

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Em outra esquina movimentada da mesma feira estava a Foppa&Ambrosi, dos “guris” Lucas Foppa e Ricardo Ambrosi. A dupla que se conheceu na escola de enologia, no Instituto Federal de Bento Gonçalves, começou a fazer vinho no porão de casa. Hoje, eles têm suas garrafas em hotéis como Unique e Fasano, em São Paulo, além de rótulos com 91 pontos do critico americano James Suckling, a exemplo do Cultura Chardonnay 2023 (R$ 165). Os meninos têm uma filial da vinícola em Nappa Valley, nos Estados Unidos e, no ano passado, firmaram uma parceria com a uruguaia Braco Bosca, que recebeu o título de vinícola do ano em 2025 pelo Guia Descochados. “O que explica eles terem saído da produção de 300 garrafas para 120.000 em apenas cinco anos de operação sem dúvida é a qualidade do vinho, mas a maneira inovadora de trabalhar, sem ter medo de fazer parcerias e colaborações, o que fez toda diferença”, diz Fabiano Maciel, CEO da Interbev, empresa que tem ajudado a colocar essas vinícolas no mapa. Durante 20 anos, ele foi responsável pela exportação da Miolo e garante que o que falta a muitos produtores do Sul é uma “mentalidade de negócio”. “A Cave Geisse é maravilhosa, mas como eles há dezenas de produtores com qualidade impressionante por aqui, verdadeiras pérolas escondidas”, disse ele, referindo-se a uma das mais prestigiadas  marcas de espumantes da região de Pinto Bandeira.

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Lucas Foppa e Ricardo Ambrosil da Foppa&Ambrosi: parcerias internacionaisDivulgação/VEJA

O cenário de pequenos e jovens produtores é tão vibrante que o governo do Rio Grande do Sul subsidiou via edital um quarteirão na entrada da WSA, onde 30 produtores de vinho, azeite e uísque puderam expor seus produtos no modelo rodízio, para que houvesse pelo menos um dia para cada um. Uma das vinícolas nesse espaço era a Terra Fiel, da enóloga Paula Schenato, que orgulhosamente apresentava entre outros vinhos seu TF Terroir Chardonnay. Ele recebeu o título de melhor do país em 2025, com 94 pontos e medalha de Duplo Ouro pelo júri da Grande Prova de Vinhos do Brasil, comandada pelo jornalista Marcello Copello. Esse especialista também estava por lá para fazer duas master classes com os vinhos premiados e para a cerimônia oficial de premiação da prova. “Quando comecei a ranquear os vinhos brasileiros eu pescava cinco vinhos legais, num mar de outros mais ou menos. Este ano, das 1007 amostras que se apresentaram na 15ª edição da prova, tivemos 120 vinícolas e 300 premiados, em 51 categorias. O que mostra que o nível subiu muito, que há mais diversidade de uvas e de estilos, em diversas partes do país, porque tivemos a participação de 10 estados”, contou Copello à coluna AL VINO.

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Paula Schenato: enóloga premiadaDivulgação/VEJA

Também foi lançada na WSA o Corte I (R$ 293), a primeira edição de uma parceria, até então nunca vista naquelas cercanias, comprovando uma mudança de mentalidade e anunciando a chegada de novos tempos. Três amigas, Fabiane Veadrigo (Famiglia Veadrigo), Graziela Boscato (Caetano Vicentino) e Janaína Massarotto (Marzarotto) que estão a frente de três vinícolas da região de Altos Montes, na gaúcha Flores da Cunha, uniram suas castas preferidas para o lançamento do primeiro produto que promete levar a linha Três Enólogas. O vinho  foi produzido com Tannat, Touriga Nacional, Merlot, Cabernet Franc, Pinot Noir e Sangiovese. “Unimos nossos conhecimentos e experiências para criar algo inédito e que traz toda a complexidade da mulher”, disse Fabiana. Segundo as autoras, este primeiro vinho tem potencial de guarda.

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Fabiane Veadrigo (Famiglia Veadrigo), Graziela Boscato (Caetano Vicentino) e Janaína Massarotto (Marzarotto): união feminina para lançar o primeiro produto da linha Três EnólogasDivulgação/VEJA

Que a iniciativa das Três Enólogas seja tão longeva quanto essas parcerias que têm transformado e tornado ainda mais vibrante o mercado do vinho brasileiro!

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Fonte:

Vinho – VEJA