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Amarone: Conheça o Vinho Feito de Uvas Secas

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

 

Amarone della Valpolicella – doravante referido simplesmente como Amarone – é um dos vinhos tintos mais potentes da Itália e do mundo, em grande parte graças ao seu método de produção conhecido como appassimento, no qual as uvas colhidas são basicamente desidratadas ao ar. Tradicionalmente, esse processo ocorria no sótão de uma estrutura especial conhecida como fruttaio; hoje, alguns produtores secam suas uvas em grandes armazéns, onde ventiladores gigantes auxiliam no processo de secagem.

Esse método faz com que uma grande porcentagem da água presente nas uvas seja perdida, resultando em bagos desidratados que encolhem, muitas vezes ao tamanho de passas. Essas uvas são então fermentadas como em outros vinhos tintos, e os vinhos finalizados apresentam sempre pelo menos 15,5% de álcool, sendo que a maioria das versões tem 16% ou 16,5%, e algumas até 17%.

Assim, o Amarone é um vinho tinto robusto e de grande longevidade; nas melhores safras, aquelas em que os vinhos possuem boa acidez natural, os melhores exemplares de Amarone podem envelhecer por 40 a 50 anos. Esse potencial de envelhecimento tornou o Amarone um vinho icônico, mas não sem ressalvas.

Nos anos 1980 e 1990, consumidores de muitos países eram fãs devotos do Amarone, pois a fortaleza desse vinho permitia que ele harmonizasse com alguns dos pratos mais intensos, especialmente caça selvagem e qualquer tipo de carne bovina. Ainda hoje existem poucos vinhos tintos que combinam tão bem com esses pratos (ou com queijos jovens), mas atualmente, consumidores ao redor do mundo tendem a optar por comidas mais leves com maior frequência. Claramente, o Amarone pode sobrecarregar pratos mais delicados, então os apreciadores de vinho acabam preferindo brancos ou tintos menos intensos, como Chianti Classico, Vino Nobile di Montepulciano, Etna Rosso ou Pinot Noir, para citar alguns.

Divulgação

Vinhedos em Marano, no bairro Valpolicella Classico

Então, os produtores de Amarone estão ouvindo os consumidores e elaborando vinhos menos intensos e mais elegantes? Alguns sim, outros não. Mas, segundo Andrea Lonardi, vice-presidente do consórcio, Master of Wine e enólogo (ele foi enólogo na Bertani, um dos principais produtores de Amarone, por vários anos), o estilo do Amarone está se inclinando nessa direção.

Algumas semanas atrás, em Verona, Lonardi falou a jornalistas sobre como o pêndulo oscilou nos últimos 30 ou 40 anos, com o uso do carvalho (barris grandes, depois pequenas barricas, e agora de volta aos barris grandes); os vinhos passando de um final ligeiramente adocicado para um estilo mais seco atualmente e, talvez mais importante, o processo de appassimento sendo reduzido de 90 para 60-70 dias, o que resulta em um vinho mais limpo e harmonioso.

Lonardi basicamente pediu aos produtores que continuem nesse caminho em direção à elegância, se quiserem que o Amarone mantenha uma forte presença no mercado. Concordo plenamente, e embora tenha provado recentemente alguns exemplares de Amarone que lembram o passado, há um grupo seleto de produtores que realmente se dedicaram a dar um passo atrás e elaborar versões de Amarone que podem verdadeiramente ser chamadas de elegantes.

Aqui estão notas sobre quatro vinícolas onde o Amarone prioriza a sutileza em vez do poder. Os vinhos são todos da recém-lançada safra 2020, um ano que, em geral, caracterizou-se por vinhos menos intensos e menos longevos do que safras recentes como 2016 e 2019; ainda assim, os melhores Amarones de 2019 terão uma vida útil de 15 a 18 anos.

I Vigneti di Ettore

Literalmente “os vinhedos de Ettore”, essa vinícola localizada em Negrar foi fundada no início da década de 1930 por Ettore Righetti; hoje, seu filho Giampaolo e seu neto Gabriele estão à frente. O estilo aqui é tradicional, com os vinhos maturados em grandes tonéis, permitindo que o caráter varietal das uvas Corvina, Corvinone e Rondinella brilhe. Nota: seu Valpolicella Classico, um tinto de corpo médio feito com essas mesmas uvas, é altamente recomendado para consumidores que não podem pagar por uma garrafa ou taça de Amarone.

Amarone della Valpolicella Classico 2020 – Aromas de cereja morello madura e ameixa vermelha, com notas atraentes de papoula vermelha. Médio encorpado, com ótima acidez, uso moderado de carvalho e taninos médios a encorpados. Um belo exemplo de como um Amarone jovem pode ser encantador. Apogeu em 12-18 anos. (92 pontos)

Ca’ Rugate

Sob a liderança de Michele Tessari, Ca’ Rugate é um dos melhores produtores de Soave, o vinho branco clássico da região de Verona. Alguns anos atrás, Tessari começou a produzir vinhos tintos; seus vinhedos estão em Montecchia di Crosara, no setor leste da zona de produção de Valpolicella, mas fora da zona Classico. O Punta 470 Amarone é seu rótulo clássico, maturado em grandes tonéis por 25-30 meses antes do engarrafamento. Um excelente exemplo de Amarone que oferece fruta madura e um final elegante desde o lançamento.

Amarone della Valpolicella “Punta 470” 2020 – Aromas de cereja morello fresca, papoula vermelha e chá doce. Médio encorpado, com ótima concentração e acidez refrescante. Taninos de peso médio, bem arredondados, e persistência notável. Embora já acessível, evoluirá bem nos próximos anos, atingindo seu auge em 12-18 anos. (94 pontos)

Ca’ La Bionda

Alessandro Castellani e seu pai administram esta vinícola artesanal em Marano di Valpolicella, no coração da zona Classico. Fundada em 1902, a propriedade trabalha com viticultura orgânica e seus vinhos apresentam excelente estrutura e tipicidade. O Ravazzol Amarone, do vinhedo homônimo, é seu vinho mais famoso, mas o Valpolicella dessa propriedade também é notável por sua longevidade.

Amarone della Valpolicella Classico Ravazzol 2020 – Um exemplo maravilhoso de um Amarone clássico, bem estruturado e equilibrado. Amadurecido por 42 meses em barris de 3000 litros, apresenta aromas de cereja morello, cereja marasquino, ameixa vermelha e orquídea negra. Complexidade excelente, boa acidez e persistência notável. Precisa de tempo; auge em 12-18 anos. (93 pontos)

Secondo Marco

Há alguns anos, Marco Speri deixou a vinícola familiar (Speri) para fundar sua própria em Fumane, na zona Classico de Valpolicella. Desde sua primeira safra de Amarone, em 2010, o vinho impressiona pela harmonia, e Speri enfatiza que prefere vinhos que harmonizem bem com comida.

Amarone della Valpolicella Classico 2020 – Aromas delicados de morango silvestre, cereja vermelha e crisântemo. Médio encorpado, com maturação ideal, excelente acidez, notas sutis de madeira e persistência impressionante. Um dos Amarones jovens mais harmoniosos que se pode encontrar. Auge em 12-18 anos. (94 pontos)

* Tom Hyland  é colaborador da Forbes EUA. É escritor, educador e fotógrafo de vinhos baseado em Chicago, com 44 anos de experiência no setor. Foi nomeado Wine Photographer of the Year em 2020 na categoria “Lugares” no concurso Pink Lady Food Photographer of the Year.

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Almoço no estrelado Mountain, em Londres, do chef gaúcho Josean Balotin

O chef gaúcho Josean Balotin é o talento por trás do renomado restaurante Mountain, localizado no animado bairro de Soho, em Londres. Em apenas um ano, o Mountain conquistou uma estrela Michelin e entrou para a lista dos 50 Melhores Restaurantes do Mundo, ocupando a 94ª posição. Balotin, conhecido por sua abordagem inovadora na culinária, combina técnicas tradicionais com toques contemporâneos, inspirados no mar e nas montanhas das Ilhas Baleares, na Espanha.

mountain restaurante londres
Mountain, no Soho, em LondresDivulgação/Divulgação

Com um ambiente acolhedor e um serviço eficiente, o restaurante já se tornou um destino gastronômico de destaque na cidade de Londres. No Mountain, situado em um charmoso edifício de tijolos na Beak Street, construído em 1911, as amplas janelas emolduram o elegante balcão. No centro do restaurante, mesas de jantar e uma cozinha aberta permitem que os clientes acompanhem o trabalho do chef e de toda a equipe.

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Ambiente do Mountain, restaurante estrelado em LondresRenata Araújo/Divulgação
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Renata Araújo no MountainRenata Araújo/Divulgação
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A dedicação do chef brasileiro aos ingredientes frescos, sazonais e de alta qualidade se reflete em um menu que celebra os pequenos produtores e fazendeiros locais, explorando os sabores autênticos da região. A cada garfada, é possível sentir que se está experimentando algo verdadeiramente especial – e não é difícil entender o porque de o restaurante ter conquistado tantos elogios em tão pouco tempo.

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O Chef Josean Balotin em ação no MountainRenata Araújo/Divulgação
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Renata Araújo no estrelado MountainRenata Araújo/Divulgação
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O menu, que muda constantemente, é uma celebração de sabores autênticos, com pratos feitos com ingredientes frescos e sazonais, ideais para dividir. A sugestão é pedir várias opções para experimentar um pouco de cada. Entre elas estão deliciosas entradinhas como a vieira no estilo provençal com tamboril curado e a caldereta de lagosta, que serve até cinco pessoas.

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Alguns dos pratos do MountainRenata Araújo/Divulgação

O chef gaúcho Josean Balotin

O restaurante estrelado em Londres reflete a paixão de Josean e proporciona momentos memoráveis à cada um dos seus clientes. Nascido nas regiões montanhosas e vinícolas do sul do Brasil com herança italiana, Josean cresceu trabalhando com sua mãe na padaria dela, aprendendo receitas e técnicas geracionais especiais para sua família. Estudou matemática, estatística, e trabalhou como analista de dados antes de se mudar para Londres há 12 anos para seguir carreira na culinária. Começou lavando louça em alguns dos melhores restaurantes da capital inglesa, e há sete anos trabalha com o chef e restaurateur Tomas Parry, fundador e co-proprietário do Mountain, também à frente do BRAT, com uma estrela Michelin, em Shoreditch.

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Chef Josean Balotin, à frente do MountainDivulgação/Divulgação

Conclusão

Encerrar minha passagem por Londres com um almoço no Mountain foi uma daquelas experiências que ficam gravadas na memória. O restaurante, estrelado e aclamado, reflete a visão criativa do chef gaúcho Josean Balotin, que consegue transformar ingredientes simples em pratos de altíssimo nível. Cada sabor, cada textura e cada detalhe do menu mostravam um domínio absoluto da técnica e um respeito profundo pelos produtos. A atmosfera do Mountain combina perfeitamente sofisticação e aconchego, fazendo com que cada momento ali seja especial.

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Um restaurante estrelado imperdível em LondresRenata Araújo/Divulgação
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Sair de um restaurante assim não é apenas deixar uma mesa – é levar consigo uma lembrança sensorial única, uma viagem gastronômica que transcende fronteiras. Foi emocionante ver um chef brasileiro brilhando no cenário internacional com tanta autenticidade e talento. Mal posso esperar para voltar!

renata araujo e o chef josean balotin
Renata Araújo e o chef Josean BalotinRenata Araújo/Divulgação

Renata Araújo é jornalista, editora do site You Must Go! e da página no Instagram @youmustgoblog

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Casa Mohamed

Um forno a lenha para pães e delícias de inspiração síria é um dos trunfos do espaço de dois andares inaugurado neste ano em Ipanema. Entre as receitas tradicionais da família de Iahia Mohamed, há esfihas de carne, ricota temperada, berinjela e verdura (R$ 9,00 cada uma), além do quibe cru montado (R$ 45,00), um sucesso local, entremeado por coalhada e tabule e coberto por cebola frita. Todos os dias, no almoço, é possível apostar no bufê (100 gramas por R$ 11,49, de terça a sexta; R$ 12,99, aos fins de semana). À noite, o esquema à la carte traz pratos como o chacrie, um estrogonofe de filé-mignon na coalhada com arroz de aletria (R$ 69,00), ou a paleta de cordeiro desfiada com cuscuz marroquino (R$ 94,00). As caftas de carne (R$ 25,00) e cordeiro (R$ 29,00) são alguns dos itens que saem da brasa.

Preços checados em outubro de 2024.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Conversa Fiada

O bom filho à casa torna, e o bar está de volta ao Leblon numa bela casa de dois andares e varanda. A jovem chef Natasha Janovicci, que esteve no restaurante Escama, chega com proposta de cardápio sazonal e petiscos como o steak tartare de mignon (R$ 62,00), que tem lascas de parmesão e batata trufada, e o camarão no espeto em marinada asiática (R$ 57,00), que traz bacon, batata calabresa e maionese de ostra. Entre os pratos individuais, o bobó de camarão (R$ 78,00) acompanha arroz branco, coentro e farofa de coco, enquanto o arroz de costela (R$ 69,00) tem a carne desfiada, tomate-cereja, picles de cebola-roxa, agrião e creme azedo. Chopes e drinques variados completam a experiência.

Preços checados em outubro de 2024.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Ginga

Redes estão à disposição dos clientes que queiram relaxar nesse quiosque localizado no “Leme de Noronha”, como a casa anuncia nas redes sociais. Com boa curadoria de atrações musicais (de segunda a quinta, às 17h; de sexta a domingo, às 12h e às 17h), o point é bastante procurado para comemorações e costuma lotar aos fins de semana. A sardinha frita clássica sai a R$ 14,90 a unidade ou R$ 42,90 a porção com três, e pode vir acompanhada de vinagrete de caju ou molho de tamarindo. Já o tartare de salmão leva cream cheese, limão-siciliano e maçã verde, servido com torradas de ciabatta regadas com azeite (R$ 59,90). Se a fome for voraz, o estrogonofe de camarão no abacaxi com arroz branco e batata palha (R$ 84,90) é uma boa alternativa. Chope Brahma (R$ 12,00, 300 mililitros) e cervejas em garrafa (R$ 24,00 a Corona de 600 mililitros) enlaçam o pós-praia.

Preços checados em outubro de 2024.

 

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Restaurante propõe experiência introdutória no mundo dos vinhos naturais e orgânicos

Como principal defensora dos vinhos naturais do país e organizadora da maior feira dedicada aos rótulos produzidos com mínima intervenção, Lis Cereja diz que só aceita assinar a carta de vinhos de um restaurante se ela puder escolher apenas naturais, orgânicos e biodinâmicos. Fora de seu próprio estabelecimento, a Enoteca Saint Vin Saint, agora um outro endereço da capital paulista tem uma carta nestes moldes: o Tau Cozinha, na Vila Madalena, em São Paulo.

O restaurante abriu as portas há seis meses com a proposta de oferecer alta cozinha feita pelos chefs Fábio Battistella e Gabriel Haddad apenas com vegetais. E a decisão de elaborar uma carta totalmente natureba fazia sentido. “É uma atitude disruptiva mesmo em uma cidade como São Paulo”, conta Lis Cereja. A “carta introdutória” ao mundo dos naturais foi pensada com o objetivo de aproximar o cliente desse universo – que pode ser muito diferente até enófilos mais experientes. 

Rodolfo Regini
Os chefs Gabriel Haddad e Fábio Battistella, do Tau CozinhaRodolfo Regini/Divulgação

Segundo Lis, a seleção foi pensada para tirar o estereótipo de “vinho esquisito” que os naturais costumam ser. De cara, surpreende a escolha do borbulhante de caju produzido pela Companhia dos Fermentados, uma das marcas mais criativas do mercado de bebidas. 

No total, são 20 rótulos. Há boas surpresas, como um Prosecco da produtora Carolina Gatti muito interessante, com notas florais, que quebra o preconceito que existe com outros rótulos da região de Treviso, na Itália. Ou o Ânfora Ribas, produzido em São Roque, São Paulo, pela Bellaquinta. Há laranjas, como são conhecidos os brancos produzidos como tintos, com períodos em contato com as cascas da uva, além de rosados e tintos. Há curiosidades, como um Malbec natural produzido na Argentina, e um delicioso tinto da Borgonha, na França, feito com a uva Pinot Noir. 

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A carta estará disponível a partir da próxima semana, no Tau Cozinha. O preço das garrafas começa em R$ 131, no caso do Ânfora Ribas, e chega a R$ 365, no caso do tinto da Borgonha. Mas a maior parte está abaixo dos R$ 200 – valores bastante razoáveis para ajudar a popularizar esses vinhos.

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Vinho – VEJA
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OIV – A Organização Mais Importante do Setor dos Vinhos

Se você desenvolve atividades dentro da cadeia do vinho, provavelmente, no mínimo já ouviu falar na Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), mas caso você seja somente um consumidor amante dos vinhos, este artigo também é para você, afinal de contas entender o que é esta entidade, o que ela representa e executa dentro do setor dos vinhos é algo importante a todos que produzem e consomem esta bebida milenar.

A OIV é uma entidade intergovernamental de caráter técnico e científico, reconhecida pelas suas atividades e competências em todos os setores, desde a viticultura, a enologia e todos os produtos derivados da vinha. Na atualidade reuni 51 países como membros, sendo essas pátrias produtoras e consumidoras de vinho, e possui a finalidade de promover a cooperação técnica e científica no setor vitivinícola mundial. Dentro da organização transitam os dados e as informações que representam 88% da produção global de vinhos e 75% do consumo mundial deste alimento.

Rápido Histórico

Sua fundação ocorreu em Paris em 1924, no ano passado completou 100 anos de atividades. Inicialmente se chamava “Office International du Vin“, e neste período histórico entre guerras, 8 países produtores de vinhos juntaram-se para buscar um órgão para coordenar e regulamentar a viticultura e a produção de vinhos internacional. Dentre esses países estavam França, Espanha, Itália e Portugal, que já na época manifestavam muita preocupação com os excessos de produção, o padrão de qualidade e a importância de ter uma regulamentação do comércio internacional de vinhos, mas o seu objetivo primordial era promover a cooperação técnica e científica entre os países gerando incremento de qualidade na produção e no setor.

No ano de 2001 a organização atravessou uma reforma e passou a se chamar Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), transformou-se num organismo intergovernamental com cerne na harmonização das práticas vitivinícolas, sustentabilidade e regulamentação internacional do setor vitivinícola mundial. Na atualidade desempenha um papel importante na definição das normativas e diretrizes para a indústria global dos vinhos.

Principais Funções da OIV

As suas principais funções são :

    1. Define através de normativas técnicas os padrões e regulamentações na produção, no comércio e no consumo dos vinhos e em outros produtos que estejam relacionados, objetivando gerar garantia de qualidade e autenticidade nos produtos vitivinícolas.

    2. Faz um trabalho de coleta e divulgação dos dados estatísticos sobre a produção mundial dos vinhos, sobre a produção de uvas em geral, gerando o acesso de forma gratuita e irrestrita a sua base de dados através do seu site.

    3. Fomenta e realiza pesquisas técnicas e organiza eventos promovendo a troca de conhecimentos entre os países membros.

    Importância da OIV para o Setor dos Vinhos

    Uma organização tão respeitada pela sua trajetória de mais de 100 anos dentro da indústria do vinho tem um peso enorme e se tornou a entidade mais importante do setor. A sua importância passa por diversas frentes como:

    A normatização internacional definindo os padrões para a produção, rotulagem e comercialização, objetivando garantir a qualidade e a transparência. Apoia os estudos científicos nas áreas da viticultura, enologia e saúde, promovendo a inovação dentro do setor vitivinícola. A organização estabelece diretrizes para as práticas envoltas a sustentabilidade na produção dos vinhos. Ajuda os países membros auxiliando-os na padronização de suas leis sobre vinho com o foco em facilitar o comércio internacional. Coleta e divulga os dados estatísticos confiáveis e atualizados sobre a produção, consumo e o mercado global dos vinhos.

    Algumas ações mais atuais da OIV e que impactaram a cadeia vitivinícola foram a definição do termo “vinha velhas” em outubro de 2024, a organização estabeleceu a definição oficial classificando-as como vinhas de parcelas continuas de terreno, onde pelo menos 85% das videiras devam possuir 35 anos ou mais. Outra ação foi a produção de um relatório da produção mundial de vinhos em 2023, a OIV projetou que a produção mundial de vinho atingiria o nível mais baixo dos últimos 60 anos, estimando uma produção entre 241,7 e 246,6 milhões de hectolitros, devido a condições climáticas adversas em várias importantes regiões produtoras.  

    O Cargo de Presidente da OIV

    O presidente da OIV desempenha um papel fundamental na liderança e no direcionamento estratégico da organização. O primeiro presidente em 1924 foi Pierre Le Roy de Boiseaumarié, ele era um militar piloto de caça da Primeira Guerra Mundial e também viticultor francês, ficou conhecido pelo seu importante papel na regulamentação e valorização dos vinhos franceses, criando o sistema de Appellation d’Origine Contrôlée (AOC), ajudou a estabelecer padrões internacionais para a viticultura e a produção de vinhos quando a frente da OIV.

    O cargo de presidente possui inúmeras funções como representar a instituição nos mais variados eventos internacionais atuando como porta-voz da OIV. Coordena e acompanha o cumprimento dos objetivos e diretrizes estabelecidos pela Assembleia Geral da OIV. Tem papel de liderança nas decisões estratégicas presidindo Assembleias e no Conselho Executivo. Ajuda a fortalecer as relações entre os países membros e outras organizações internacionais como a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização Mundial do Comércio (OMC). Apoia e incentiva os trabalhos dos especialistas da OIV nos mais variados temas como pesquisas vitícolas, na enologia, na saúde e na área econômica do vinho.

    Prof.ª Regina Vanderlinde, PhD
    Presidente Emérita da OIV

    Primeira brasileira e a quarta mulher a ocupar o cargo de presidente da OIV. Seu mandato à frente da OIV destacou-se pelo compromisso com a promoção e regulamentação do setor vitivinícola em âmbito global.  

    Enfim, espero que você leitor tenha gostado destas informações compiladas sobre a OIV, o objetivo é lhe proporcionar incremento de informações sobre o setor dos vinhos e como ele é regulamentado a nível global.
    Desejo boas provas e saúde !

    Conheça o Livro Vinho Viagem Cultural

    Se você tem interesse em adquirir o livro Vinho Viagem Cultural é so clicar no link que está aqui abaixo, que ele é enviado para todos os países com dedicatória especial. 

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    Desejo boa jornada através desta rica leitura!

    Interessados em editar o livro em outros países, entrar em contato com a própria autora (Dayane Casal), através do e-mail dayanecasal@yahoo.com.br ou casaldayane@gmail.com

    Fonte:

    Mundo de Baco por Dayane Casal
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    Libô

    Quadros-negros indicam os vinhos servidos em taça, que mudam a todo momento no novo bar de Roberta Ciasca. Vizinho do Brota, empreitada vegetariana da chef, o lugar se propõe a ser um espaço para brindar, celebrar e petiscar. O cardápio é enxuto, com delícias como as bolinhas de queijo e salame da charcutaria carioca Zuka regadas ao molho de tomate fresco (R$ 42,00) e o rillette de pato com chutney de ameixa escoltado por baguete de fermentação natural da padaria Araucária (R$ 48,00). A carta de vinhos é elaborada por Maíra Freire, do Lasai. São cerca de trinta rótulos e pelo menos cinco servidos em taças diariamente, todos eles orgânicos, naturais ou biodinâmicos, produzidos em cadeia sustentável. Aposte na degustação de cinco cálices de 75 mililitros (R$ 125,00), um passeio sensorial.

    Preços checados em outubro de 2024.

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    Comer & Beber – VEJA RIO
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    Muito além da ração: peludos já têm menus em bares, restaurantes e hoteis

    Eu sou avó de pet. E como toda avó mimo meeeeesmo. Além disso, se tem coisa melhor do que dar um rolé com cachorro, desconheço. Por isso, tô sempre antenada em programas gostosinhos pra fazer com a minha Street Royal Dog. Dia desses, era domingo e a tarde estava quente, claro, e linda como são as tardes de verão do Rio. Lembrei da dica de uma amiga: a sorveteria Piemonte havia lançado o Doglé. Sim, isso mesmo, um picolé pra cachorro, feito apenas com água e suco de manga.
    Eu e Neném, minha SRD, pegamos o Uber (Uber Dog, falo disso qualquer dia) e fomos pra Ipanema. Neném estranhou no começo, mas depois se esbaldou com o picolé. O mais legal que achei foi o carinho dos atendentes com ela e com todos os cachorros que entravam na sorveteria. São tratados como clientes mesmo. No hotel Fairmont Rio de Janeiro, em Copacabana, é a mesma coisa. Só que num nível seis estrelas! Lá, os cachorros que se hospedam com seus tutores têm um menu especial.

    Mulher sorrindo com dois cachorros ao lado
    Gabriela Mizarela e seus clientes caninos no Patas e Rolhas, na TijucaRonaldo de Andrade/Divulgação

    Outro lugar novo e incrível pra unir o bom ao ótimo é o Patas e Rolhas, na Tijuca. Totalmente petfriendly, qualquer tamanho de cachorro é bem-vindo. Gabriela Mizarela e o marido Ronaldo de Andrade queriam abrir uma cafeteria. Mas, apaixonados por animais e vinhos, logo acabaram mudando o menu do negócio. “Atualmente temos quatro gatos e dois cachorrinhos, e eu sou madrinha de várias instituições de proteção animal. Está sendo maravilhoso unir essa minha paixão ao conhecimento de vinhos do meu marido”, me contou Gabriela. O casal é do segmento de tecnologia e criou uma plataforma de adoção de cães e gatos. O cliente fica na loja vendo os cachorros e gatos para doação de ONGs parceiras na TV e no tablet, enquanto conversa e prova os vinhos. São 250 rótulos de vinhos para todos os bolsos e gostos. O wine dispenser é a grande sensação. Provei um vinho branco espanhol, o Secastilha Garnacha Blanca, amei e levei uma garrafa pra casa. O Patas e Rolhas também é uma loja de vinhos. Neném ficou na “sobremesa”: um brigadeiro de fígado com gergelim preto. Tem também “cãoxinha” feita com massa de inhame e recheio de frango, entre outras delícias.

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    A fachada fica? O que esperar da nova Padaria Ipanema e do Guimas Brunch

    Estão causando comoção nas redes sociais as imagens da fachada original da Padaria Ipanema, revelada pelas obras de remodelação do endereço que vai reabrir no segundo semestre de 2025, sob nova direção. O empresário Antônio Rodrigues, o mesmo que está à frente de outros “renascidos” como o Cervantes, o Amarelinho e o Nova Capela, afirma que o letreiro em relevo, que está encantando quem passa pela famosa esquina das ruas Visconde de Pirajá e Joana Angélica, será mantido na nova versão da padaria que embalou algumas gerações no bairro, a duas quadras da praia.

    + Samba e petiscos nos bares do Rio

    “Vamos recuperar essa fachada e manter, fazer um negócio bonito ali, no estilo francês“, diz Antônio, que reforçou a presença em Ipanema ao abrir, em 2024, o restaurante Il Piccolo, na Vieira Souto, colado à filial mais badalada de seu Belmonte.

    O empresário está prestes a realizar um sonho antigo, de ter uma grande padaria que funcione 24h, com serviço de bons cafés, sanduíches e itens de confeitaria dia e noite. As obras vão transformar o ambiente, mas a ideia é manter quitutes como os minissalgadinhos vendidos a peso que eram marca do antigo negócio, fechado em janeiro.

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    O Brunch do Guimas

    E por falar em tradição, outra boa notícia é abertura na Gávea do Guimas Brunch & Bar, o segundo endereço do bistrô familiar que completou 43 de vida no Baixo Gávea. A nova casa anuncia no nome suas especialidades, e vai funcionar na Rua Marquês de São Vicente, com inauguração prevista para a segunda quinzena de abril.

    Família Mascarenhas
    Guimas: a família Mascarenhas vai de brunch e bar em abrilFamília Mascarenhas/Divulgação

    Bebel Mascarenhas e as irmãs estão animadas com a chegada do endereço, que servirá clássicos como ovos beneditinos e croques em suas diferentes versões, além de prestar uma homenagem saborosa ao Seu Martin, bar que cumpriu bela trajetória nos anos 2000, tendo à frente Domingas Mascarenhas. Um exemplo é a volta do welsh rarebit, entrada clássica de pubs do Reino Unido com mistura de queijos, manteiga e cerveja gratinada sobre a torrada.

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    Um forno napolitano será uma das atrações do novo Guimas, e o Rolinho da Erli, massa de pastel enrolada e frita com queijo e presunto, outro sucesso do Seu Martin, também tem presença garantida. O argentino Gonzalo Vidal prestará uma consultoria de cardápio à casa, que terá boas novas da confeitaria de Luisa Mascarenhas, a Lulu, no trio afiado de irmãs.

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    Comer & Beber – VEJA RIO