Na Itália, a Toscana é a região vinícola que possui um dos regramentos mais rígidos, seja no que toca os métodos de plantio, colheita e vinificação, seja quanto as denominações de origens controladas. Tal rigidez levou muitos produtores da Toscana, especialmente os de Chianti e Brunelli a procurarem dar asas à sua criatividade em outros locais, na própria Toscana. Podemos assim dizer que os Supertoscanos surgiram como uma revolução no cenário vinícola da Itália, Toscana. Sua história está profundamente ligada, então, à insatisfação de alguns produtores com as rígidas regras de produção impostas pelo sistema de denominação de origem controlada italiano, o que os levou a desafiar as normas e criar vinhos de qualidade excepcional fora das regras tradicionais. Na década de 1970, viticultores visionários, como Marchese Piero Antinori e Mario Incisa della Rocchetta, foram fundamentais para o nascimento dos Supertoscanos. Mario Incisa della Rocchetta, no final dos anos 1960, começou a experimentar uvas internacionais, como Cabernet Sauvignon, no terroir de sua propriedade em Bolgheri, uma área ao longo da costa da Toscana.
Ele foi o responsável pelo Sassicaia, o primeiro vinho Supertoscano que, apesar de inicialmente não respeitar as normas da DOC (Denominação de Origem Controlada), se destacou em competições internacionais, mostrando sua qualidade excepcional. Logo depois, Piero Antinori seguiu o exemplo com a criação do famoso Tignanello, um blend de uvas internacionais como Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc com a Sangiovese, a uva nativa da Toscana. Esse vinho foi um marco importante, pois Antinori ousou misturar uvas estrangeiras e amadurecer seus vinhos em barris de carvalho, uma técnica mais associada à França do que à tradição italiana. Como esses vinhos não se enquadravam nas classificações oficiais da época, eles eram inicialmente rotulados como “Vino da Tavola” (vinho de mesa), mas logo receberam o apelido de “Supertoscanos” por sua qualidade superior.
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Com o tempo ouve a aderência de muitos outros vinhateiros italianos e, até, não italianos. Surgiram, assim, o Ornellaia, Castello di Ama L’Apparita, Gaja Camarcanda Bolgheri, Magari (também do piemontês Angelo Gaja), Guada al Tasso Matarocchio, Tenuta di Trinoro, Solaia, Tua Rita Redigaffi. Ultimamente começaram a surgir as vinícolas como a Campo Alla Sughera, a Caccia Al Piano Winery, a Le Macchiole, a Castiglion del Bosco (da Familia Ferragamo) e a Vinicola Luminosità; sendo verdade que os vinhos destas vinícolas boutiques têm qualidade excepcional, sem alcançar os valores impossíveis dos Supertoscanos tradicionais (Solaia, Sassicaia, Tignanello, Ornellaia e Fontalloro).
Vou sugerir alguns vinhos possíveis, que são Supertoscanos, com excepcional qualidade e bem acessíveis; da Campo Alla Sughera, sugiro o tinto Arnione, que revela a agradável complexidade; da Caccia Al Piano Winery, indico o Ruit Hora, tinto delicioso de estrutura invejável; da Le Macchiole, o Paleo Rosso é a escolha certa, sendo que nome “paleo” se refere a uma erva selvagem encontrada na costa da Toscana; da Castiglion del Bosco, o Prima Pietra tem caráter, estrutura e um potencial gastronômico incrível; por fim, da Vinicola Luminosità, destaco o fantástico AluSSinante Wine, que apresenta excelente aveludamento e acidez bem equilibrada. Sair da caixinha, até com quem já saiu da caixinha também, pode trazer um leque de prazeres muito apaixonantes. Salut!!!
No aquecido mercado de vinhos do Brasil, há uma variedade de importadoras com perfis distintos. Algumas são focadas em portfólios mais amplos, que contemplam as principais regiões produtoras do mundo. Outras são dedicadas a países ou regiões específicas. Há aquelas dedicadas a rótulos de alta gama, ou outras focadas em opções mais acessíveis. O empresário Fernando Moreira optou por um caminho diferente. Abriu a Santo Vino com o objetivo de focar principalmente nos restaurantes. E ter os rótulos mais vendidos das cartas desses estabelecimentos.
A ideia surgiu depois de uma passagem de quase duas décadas pela Mistral, uma das principais empresas do país. “Seria quase impossível para mim competir com aquele portfólio, então vi a oportunidade de olhar exclusivamente para o setor de restaurantes“, diz Moreira. Adotou uma estratégia curiosa: criar rótulos próprios em parceria com vinícolas conhecidas do público brasileiro. E, assim, montar cartas mais enxutas, mas certeiras.
Com os chilenos da Morandé, por exemplo, criou a linha Flor de los Andes, opções mais acessíveis de uvas da região, como chardonnay e cabernet sauvignon, ou o Noventa y Cuatro Histórico Gran Reserva Carménère, em que conta a história de desenvolvimento da uva francesa em solo chileno. Com os argentinos da Bodegas Bianchi criou a linha El Numerado. Como o nome diz, são garrafas de malbec, chardonnay e cabernet franc numeradas. Com o enólogo português Pedro Ribeiro criou o blend alentejano Alma Minha, com Aragonez, Touriga Nacional e Alicante Bouschet.
A estratégia, segundo Moreira, está dando resultado. No primeiro ano de operação, em 2022, importou 100 mil garrafas. Agora, em 2024, afirma que vai fechar o ano com 280 mil. Hoje, seu portfólio conta com 45 rótulos de Chile, Argentina, Portugal, Espanha e Itália. “Quero chegar a 60, com opções da França. Mas não mais. Meu foco é a eficiência”, conta ele. Moreira atende 150 restaurantes, a maioria em São Paulo, mas quer expandir para outras regiões.
A Santo Vino não é sua primeira incursão solo no mercado de vinhos. Lançou um e-commerce próprio em 2013, a DiVinho, que tem mais de 800 rótulos de diversas importadoras. E tem uma loja em São Paulo, no bairro de Pinheiros. Lá, oferece os rótulos da Santo Vino para o consumidor final, mas reforça que seu objetivo principal é assessorar restaurantes e sommeliers na elaboração de cartas certeiras.
É verdade que a barreira quase intransponível para a agricultura orgânica é sua realização em larga escala? Para muitos especialistas em agro, esse é um fato tão sólido quanto as Muralhas da China. No mundo dos vinhos, uma empresa chilena derrubou tal paradigma e, como consequência disso, virou uma referência internacional no assunto, amealhando prêmios e clientes em vários países. Em 1998, a vinícola Emiliana, no Chile, fez a transição de uma vinícola de manejo convencional para orgânico. Safra após safra, vem demonstrando que é possível fazer rótulos de alta qualidade e em quantidades capazes de abastecer todos os mercados importantes — tudo isso, acredite, sem uma gota de agrotóxico.
Rótulo da Emiliana: elogios de Robert Parker e Jancis RobinsonDivulgação/VEJA
Na receita de sucesso da Emiliana, contam pontos a geografia privilegiada. O Chile tem barreiras naturais como as cordilheiras e um índice de precipitação muito baixo, o que por si só seria responsável por um cultivo sem problemas como fungos e outras pragas, que “obrigam” produtores a usar pesticidas, por exemplo. Mas essa vantagem natural está longe de explicar o fenômeno. É verdade que o país tem um terroir desértico ao norte, mas ao sul chove, além de geadas e ventos desafiadores uivando por todo o território. Dentro dessas condições, como é possível produzir de forma totalmente orgânica 12 milhões de garrafas por ano, como faz a Emiliana?
A resposta é tempo e manejo. “O começo não é fácil, a vinícola perdeu dinheiro na transição. Depois disso, é preciso ainda esperar três anos para conseguir qualquer certificação atestando que a produção é 100% orgânica”, contou à coluna AL VINO Cristian Rodriguez, gerente geral e líder da Emiliana há vinte anos, durante a ProWine, maior feira de vinhos das América que foi realizada em São Paulo no começo deste mês. Segundo ele, a partir de 2015 o negócio engrenou. Desde então, sempre esteve entre as top 10 do Chile.
A HISTÓRIA DA TRANSFORMAÇÃO
O visionário dessa história foi José Guilisasti que, além de proprietário, era o engenheiro agrônomo e vivia incomodado com seus olhos que ardiam durante a lida no campo e com a qualidade da saúde de quem trabalhava na vinícola. Em busca de possíveis saídas para o problema, foi para Alemanha e, em seguida, para Califórnia. Ali, encantou-se com a Frey Vineyards, a primeira americana a tornar-se orgânica e biodinâmica nos anos 1980. Guilisasti voltou de lá disposto a replicar o exemplo no Chile, iniciando a revolução no sistema de produção da Emiliana, que tomou forma definitiva no final da década de 90.
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Algumas práticas passaram a transformar a paisagem que normalmente nos remetem a imagem de vinhedos. Uma delas são os corredores biológicos, como são chamadas as linhas de mata nativa preservadas para que se mantenha a biodiversidade de fauna e da flora da região. Hoje, dentro da Emiliana, esses corredores somam cerca de 65 hectares. O solo recebe também atenção especial, com plantação de flores e outras espécies comestíveis. Isso permite que ele se mantenha vivo e fértil.
Vinhedo da Emiliana: preença de corredores biológicosDivulgação/VEJA
Quem faz a poda dessas plantas, para que os trabalhadores possam fazer seu trabalho na época da colheita, são as ovelhas dos vizinhos. Elas são convidadas a pastar, recebem alimento rico e nutritivo e deixam de presente adubo que vai ajudar na compostagem das vinhas. Não realmente nenhuma intervenção? Sim, há. São utilizados óleos minerais com cítricos no lugar de herbicidas, sebo de carneiro para atrair formigas e manejo, muito manejo. “As vinhas precisam ter as folhas arrancadas mais vezes para que fiquem mais arejadas e tenham contato com a luz, maneira fácil e eficaz de evitar fungos, por exemplo”, contou Cristian Rodriguez. Faz sentido se preocupar tanto com fungos em meio a um clima desértico? Na verdade, por lá o clima não é tão desértico quanto se pensa. No Sul do Chile, o índice pluviométrico é de cerca 1600 mm por ano. Para se ter uma ideia, no Brasil, a média é de 1.760 mm, por ano.
Outro grande aliado na produção é a área. “Ser orgânico em uma área pequena é realmente mais arriscado”, disse Rodriguez. Por isso, Emiliana tem hoje 1.063 hectares de vinhedos de norte a sul do país e vinícolas em todos esses lugares aptas para a produção de cada família de vinhos. O Vale do Limari, de clima desértico com brisa do Pacífico, é a região perfeita para os cultivos da Chardonnay, Sauvignon Blanc e Pinot Noir. O Vale Colchagua acolhe bem as uvas tintas como Syrah, Carmenere, Cabernet Sauvignon e Merlot, graças à proximidade com os Andes. Vem do Vale do Cachapoal o Syrah de qualidade ímpar, devido ao clima mais de mediterrâneo, que traz maior concentração de polifenóis para a uva. No Vale do Maipo, o paraíso da potente Cabernet Sauvignon, também é feita a vinificação dos brancos da linha de entrada deles, a Adobe. E por fim, mais ao sul, está o Vale do Bío-Bío, região de clima frio, com altos índices de precipitação e geadas que desafiam esse tipo de cultivo e enólogos, mas é onde se produz Sauvignon Blanc, Pinot Noir e Riesling.
Rodríguez, gerente geral da Emiliana: mais de dez certificações de produção orgãnica em países como China, Japão e Inglaterradivulgação/VEJA
Hoje, a Emiliana tem mais de dez certificações de produção orgânica, de países com China, Japão e Inglaterra. Cerca de 95% da produção é exportada e seus principais mercados são Estados Unidos, os países nórdicos e Japão. Em 2005, Rodríguez foi chamado para negociar com o governo da Suécia, que queria chegar a pelo menos 10% dos vinhos orgânicos nas gôndolas (na época, eles não passavam de 1%). Desafio aceito, meta atingida. Hoje, o público nos países como Suécia, Noruega, Dinamarca e Islândia tem à disposição 25% de vinhos orgânicos para escolher em seus pontos de venda. “Não somos mais a maior parte dos vinhos orgânicos vendidos por lá, já fomos. Atualmente, concorremos com toda Europa”, contou o gerente geral da Emiliana.
A vinícola tem também um vinho natural, o Salvaje, um blend de Syrah e Rousanne, feito com leveduras indígenas e sem adição de sulfitos. Para Rodríguez, esse termo tem confundido muita gente, afinal é possível fazer vinho natural de uvas tratadas com pesticidas. Com assim? Nesse caso, o vinho poderia continuar a ser chamado de natural? “Natural remete a algo sem aditivos químicos, acho importante que as pessoas se atentem para isso”, explicou ele.
O próprio executivo confirmou que, na taça, depois de todo talento da enologia, é pouco provável que você distingua um bom vinho orgânico de um bom convencional, mas certamente ao longo dos anos sua saúde perceberá a diferença. Quem já reparou nos vinhos Emiliana foi a crítica inglesa Jancis Robinson, que chamou a atenção para qualidade do Coyan, seis meses após o lançamento da primeira safra. Hoje o blend de Syrah e Carmenere, que pode ter Petit Verdot, Cabernet Sauvignon e Malbec a depender da safra, completa vinte colheitas com um rótulo especial, negro. O Coyan 2020, disponível hoje no Brasil, recebeu 92 pontos do americano Robert Parker e 94 de James Sukling e custa R$ 336. Os vinhos de entrada estão na casa de R$ 80.
Em tempo: Emiliana Subercaseaux Vicuña foi a senhora que herdou muitas terras no Vale do Maipo. Ela casou-se com um senhor chamado Don Melchor que, em 1883, trouxe de Bordeaux as primeiras videiras de Cabernet Sauvignon para cultivá-las na região de Pirque, localizada a cerca de 50 km de Santiago. Por lá que ele construiu a casa de veraneio da família e iniciou uma vinícola chamada Concha Y Toro. Nascida de uma casta familiar tão nobre, a vinícola Emiliana de hoje mantém o respeito ao legado da história do vinho no Chile, mas em seu manifesto deixa claro que a agricultura orgânica e biodinâmica não é apenas a melhor maneira de produzir vinhos, mas é também um modo de vida que respeito o meio-ambiente e quem nele vive.
Não há como discordar dessa filosofia, convenhamos. Em tempos de tantos desafios humanos e climáticos, brindar com uma taça de orgânico não envolve apenas cuidar de si, mas acreditar num futuro melhor.
A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) intensificou, em 2024, a fiscalização sobre bebidas importadas, como vinho e derivados da uva. O órgão identificou 1.255 irregularidades em processos de importação ocorridos desde 2021.
As falhas, atribuídas exclusivamente às empresas importadoras, incluem perda de amostras, abertura de processos duplicados, falta de controle interno sobre os trâmites necessários e inconformidades na rotulagem de produtos.
Diante das irregularidades, o Mapa emitiu 390 ofícios e 138 intimações para que as empresas responsáveis corrigissem as pendências. As irregularidades resultaram em 126 autuações de empresas importadoras, referentes a 518 processos irregulares.
De acordo com Letícia Almeida, uma das responsáveis pelo monitoramento dos dados do sistema de certificação de bebidas, a ação busca garantir a equidade na concorrência entre importadores e produtores nacionais, além de assegurar que os consumidores tenham acesso a produtos de qualidade e em conformidade com as normas brasileiras.
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“As ações visam garantir que todos os importadores de bebidas estejam sujeitos às mesmas regras aplicadas aos produtores nacionais, promovendo uma concorrência justa. As medidas asseguram que produtos importados não tenham vantagem competitiva por meio de práticas comerciais irregulares, como a ausência de inspeção ou o desrespeito às normas de qualidade e segurança”, destacou.
Segundo o ministério, as empresas importadoras terão a oportunidade de regularizar suas pendências, e aquelas que não cumprirem as exigências poderão enfrentar sanções adicionais, de forma a garantir a conformidade do setor com a legislação vigente.
A região do Tejo, em Portugal, é um importante destino turístico por conta de seus castelos, suas ruínas da época do Império Romano, seus conventos antigos e até pela prática da falcoaria, muito tradicional na região. Mas fazem-se vinhos de excelência por lá, embora ainda menos conhecidos por aqui. Para fomentar o interesse pelo vinho local, a Comissão Vitivinícola Regional dos Vinhos do Tejo organiza anualmente a Caravana do Tejo, que neste ano chamou o crítico e jornalista Marcelo Copello, colunista de Veja SP, como embaixador.
O Brasil já é um mercado prioritário para o Tejo. Mais de dois milhões de garrafas são enviados anualmente para cá, e o país é o principal mercado fora da Europa – o primeiro é a Polônia, que importa mais graças a acordos comerciais com grandes redes de supermercados. Do ponto de vista vitivinícola, é a quinta maior de Portugal, com cerca de 12 mil hectares de vinhedos capazes de produzir mais de 75 milhões de litros. Conhecida como Ribatejo até 2019, é vista como uma “continuação” do Alentejo.
O Tejo é basicamente dividido em três grandes áreas produtoras. A Charneca fica na margem esquerda do rio Tejo e tem solos arenosos com potencial para a elaboração de vinhos tintos e brancos. O Bairro fica ao norte, entre o Vale do Tejo e os contrafortes dos maciços de Porto de Mós, Candeeiros e Montejunto, e tem solos argilo-calcários ideais para as castas tintas. Por fim, o Campo fica nas extensas planícies adjacentes ao rio Tejo, sujeitas a inundações periódicas. O solo fértil, de aluvião, dá excelentes brancos frescos, brancos de guarda e espumantes.
Como outras regiões de Portugal, o Tejo tem grande diversidade de castas autóctones. Entre as brancas, a estrela é a Fernão Pires, conhecida tanto pelos brancos refrescantes quanto por alguns rótulos de guarda. A Arinto é outro destaque, bem como a Verdelho e a Alvarinho (mais conhecida como a grande variedade da região dos Vinhos Verdes, ao norte). Entre as tintas, a principal é a Castelão, que já foi a variedade mais plantada de Portugal. Em geral, é usada na elaboração de vinhos mais simples, mas bem trabalhada pode dar origem a rótulos de primeira linha. A região também é conhecida pela diversidade de castas internacionais bem adaptadas, tradição que remonta aos anos 1980. Encontra-se Chardonnay, Sauvignon Blanc, Syrah, Cabernet Sauvignon e Merlot, por exemplo, algo menos comum em outras áreas do país.
Conheça cinco vinhos pouco conhecidos da região que valem o investimento:
Casa Cadaval Riesling
Raridade absoluta, é produzida com uvas Riesling de vinhedos com 35 anos. É um pouco atípico, mas muito fresco. Todo o vinho passa por conversão malolática, prática usada para transformar ácidos málicos presentes na uva em ácidos lácteos pela ação de bactérias lácteas, o que reduz a aspereza. Ainda assim, tem ótima acidez – ou “brutal”, como diriam os portugueses. Importado pela Via Vini.
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Ode Winery Arinto
A propriedade da vinícola foi construída em 1902, mas passou por uma remodelação completa em 2000 e foi comprada por um grupo australiano em 2021. A proposta é oferecer vinhos de apelo internacional. Este rótulo é 100% Arinto, e metade do vinho passa cinco meses em barricas novas de 500 litros, com tosta leve, o que dá mais corpo e uma nota tostada, de baunilha. A vinícola ainda não tem importação para o Brasil, mas está em busca de representantes.
Quinta do Casal Monteiro Touriga Nacional Unoaked
Como o nome diz, trata-se de um vinho 100% feito com a emblemática uva portuguesa Touriga Nacional, mas sem passagem por barricas de carvalho. É uma opção interessante para conhecer a casta de forma mais pura, que valoriza a fruta. Tem boa acidez, bom corpo e taninos mais potentes. Vinho do dia a dia que não pesa no bolso e pode ser encontrado no St. Marche.
Quinta da Badula Grande Reserva 2015
É um ótimo exemplar de vinho mais “clássico”, com maior concentração e longa passagem por madeira. Trata-se de um blend de Syrah, Alicante Bouschet e Touriga Nacional que passa 21 meses em barricas francesas novas. A madeira se destaca de forma clara. É encorpado, mas com boa acidez, e grande potencial de guarda. Importado pela eVintage.
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Quinta do Casal Brando Colheita Tardia 2018
Raridade que só é produzida quando parte do vinhedo é afetado pelo fungo Botrytis, a “podridão nobre”, que concentra os açúcares e mantém a acidez. É um blend de Fernão Pires proveniente de vinhedos com 72 anos e de Viognier, de vinhedos com 12 anos. Passa 24 meses em barricas usadas. É encorpado e untuoso, com alto dulçor equilibrado pela acidez elevada. Grande vinho de sobremesa da Quinta do Casal Branco, propriedade fundada em 1775 que tem mais de 1100 hectares e apenas parte (cerca de 119) é destinada a vinhedos.
O Quintal do Zico festeja um ano de vida com evento de gala no Vogue Square. O jantar exclusivo, para 100 pessoas, será nesta quinta (10), a partir das 19h30, com a presença de Zico e menu harmonizado feito por um time de craques das panelas. A chef residente do Quintal, Raysa Marques, convidou os chefs Ricardo Lapeyre e Diogo Teixeira, rubro-negros doentes, e a vascaína Andressa Cabral, para criarem pratos especiais e mostrarem que há paz entre as torcidas na cozinha.
O menu inclui duas entradas, três pratos principais e uma sobremesa. Etapas a exemplo do harumaki de siri com maionese de coentro; linguini ao molho de camarões e vôngole; e o bacalhau espiritual. Quatro mixologistas cariocas assinarão os drinques da noite: Paula Diniz, Pedro Barros, Carmine de Lucca e Thiago Teixeira.
O ingresso com menu harmonizado custa R$ 380,00 (mais taxas). Somente o menu sem bebidas: R$ 290,00 (mais taxas). Os ingressos são limitados e podem ser adquiridos no site do Sympla: https://tinyurl.com/quintaldozico. Quintal do Zico. Shopping Vogue Square. Avenida das Américas, 8585, Barra da Tijuca.
Drinques para harmonizar sobremesas. A ótima ideia está em prática no Liz Cocktail & Co., que fez parceria com a loja Nanica para o evento das quartas-feiras: o Maker’s Mark Dessert Bar. O menu combina coquetéis harmonizados com sobremesas, destacando o bourbon Maker’s Mark. O coquetel de Caramelo, com Maker’s Mark, toffee, amburana, jerez, vermute rosso, cítricos e bitters, é harmonizado com a Torta Banoffee. Já o de Baunilha, que mistura Maker’s Mark, baunilha, maracujá, limão e espumante, combina com a Torta Monoffee, que é feita com leite condensado, morango e chantilly. Outros pares saborosos estão na carta, e cada harmonização de coquetel e fatia de torta custa R$ 54,00.
Uma experiência gastronômica única, inspirada no cardápio da icônica Casa de Chá da Praça dos Três Poderes, em Brasília. É o que propõe o Senac Nacional, que nesta quarta (09), das 12h às 15h30, promove em seu Restaurante-Escola Senac Downtown, no Centro, um almoço em homenagem à herança culinária do Cerrado. O menu inclui entradas, pratos quentes como o filé de pescada amarela e arroz com castanha de pequi e ervas, e sobremesas como o pudim de baru com calda de tamarinho.
Restaurante-Escola Senac Downtown. Av. General Justo, 307, Térreo, Centro.
Hocus Pocus: cardápio especial de petiscos e cervejas./Divulgação
Oktoberfest na Hocus Pocus
A Oktoberfest 2024 chegou na Hocus Pocus DNA, e o bar estará no mês de outubro com cardápio exclusivo e cervejas especiais nas torneiras. Destaca-se o retorno da Mana R$ 16,00 (300 ml), uma German Pils de 5% ABV, disponível em chope. Também estará presente a Pink Potion, uma Sour de pitaya e maracujá, com 6% ABV, e o lançamento da Psiconauta (17/10), uma Hazy IPA de 7% ABV que combina os lúpulos Sultana, Zappa e Comet, trazendo uma explosão cítrica e frutada.
Para comer, o Krocket (R$ 24,00) é um par de croquetes recheados com porco desfiado cremoso, servido com geleia de maçã verde; e o Sauerbraten (R$54,00) é carne marinada no vinho e vinagre, acompanhada de batatas refogadas na manteiga, bacon e cebola roxa. O sanduíche de joelho de porco (R$ 38,00) é servido com relish de maçã verde, mostarda amarela e coleslaw.
Churrasqueira: rodízio de petiscos na brasaFilico/Divulgação
Rodízio de Petiscos na Churrasqueira
A Churrasqueira Rio lançou seu rodízio de petiscos na brasa, com variedade de opções e guarnições. O rodízio sai a R$ 89,90 por pessoa e contempla os seguintes petiscos: pão de alho, linguiça de lombo Duroc; Linguiça de lombo com limão siciliano; linguiça de lombo com cheddar; salsichão; queijinho brotinho; queijo coalho; filé de coxas; medalhão de frango; coração de frango; rib eye suíno com chimichurri; brochete de alcatra e kafta. Entre as guarnições há batata palito; chips de batata; cebola palha; mandioca frita; farofa e vinagrete. O rodízio está disponível de segunda a sexta-feira, a partir das 18h.
Churrasqueira. Rua Vinicius de Moraes, 130, Ipanema, tel.: 3689-1009.
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Reconhecido como um dos mais icônicos estabelecimentos de Paris no mundo fashion, muito apreciado pelos brasileiros, o L’Avenue foi inaugurado no Shopping Cidade Jardim. Situado na tradicional Avenida Montaigne, em Paris, o restaurante atrai tanto celebridades internacionais quanto locais. Este é o segundo ponto fora da capital francesa, além de Nova York. Em São Paulo, ele mantém o mesmo espírito sofisticado e ambiente requintado, além de um cardápio enxuto, fiel à matriz, com clássicos da culinária de bistrô!
O belíssimo bar do L’Avenue em São PauloRubens Kato/Divulgação
Do mesmo grupo que opera o Makoto, o L’Avenue fica no térreo do Cidade Jardim, com uma decoração elegante e aquele toque tropical, incluindo piso de madeira, plantas, cadeiras idênticas às de Paris e uma paleta de cores neutras. Chamam a atenção as almofadas com arte de Tarsila do Amaral e o deslumbrante bar espelhado.
Detalhes do ambiente do L’Avenue no Cidade JardimRenata Araújo e Rubens Kato/Divulgação
A chef Fabiana Agostini (que também já passou pelo Makoto e Caviar Kaspia) lidera a cozinha do L’Avenue em São Paulo, tendo passado meses ao lado do chef executivo de Paris, Didier Coly, para alcançar uma reprodução quase perfeita dos pratos. No cardápio, constam clássicos do restaurante, como o Foie Gras Frais de Canard (R$190), terrine de foie gras, flor de sal e torrada de pão levain, além dos Escargots (R$148 – 6 unidades) preparados com manteiga, alho, salsinha e brioche, como entradas.
Terrine de foie gras e Burrata do L’AvenueRubens Kato/DivulgaçãoEscargots do L’AvenueRubens Kato/Divulgação
Entre os pratos principais, experimentei dois clássicos: o Risoto de Camarão (R$157) e o Chateau Filet Bernaise (R$137), acompanhado de batatinhas fritas crocantes que nos transportam diretamente à França. Ambos estavam extremamente bem preparados! Também merece destaque a Tom Yam Chili Sea Bass (R$170), que combina alcachofra, chilli sea bass, molho tom yam, limão kaffir, pimenta dedo de moça, coentro e gengibre.
Pratos principais do L’AvenueRenata Araújo e Rubens Kato/Divulgação
Para a sobremesa, não deixe de provar a linda Pavlova de Frutas Vermelhas (R$58) ou a deliciosa Fine aux Pommes (R$48), a torta de maçã que faz os clientes chorarem quando sai do cardápio em Paris! É importante mencionar que todos os sorvetes, tortas e cheesecakes são feitos no próprio restaurante.
Torta de MaçãRubens Kato/DivulgaçãoLinda e deliciosa a Pavlova no L’AvenueRenata Araújo/Divulgação
Para acompanhar, a carta de vinhos é enxuta e bem selecionada, com foco em rótulos franceses, além de drinques autorais como o Cidade Jardim (R), que leva gin, bitter de laranja, abacaxi, camomila e limão.
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Novidade francesa em São Paulo: L’AvenueRenata Araújo/Divulgação
O L’Avenue de Paris
O moderno restaurante parisiense está situado na renomada Avenida Montaigne, onde também se encontra o icônico hotel de luxo Plaza Athénée. Frequentado durante as semanas de moda, o local tornou-se um ponto de encontro para artistas, empresários, estilistas e celebridades de todo o mundo, atraindo uma clientela local e internacional que busca ver e ser vista.
A fachada do L’Avenue em ParisDivulgação/Divulgação
E não se deixe enganar: apesar de ser um ponto dos fashionistas, a versão paulistana do L’Avenue, assim como a parisiense, entrega uma experiência bem correta, tanto em gastronomia quanto em ambiente.
O Café Cardin, com unidades no Leblon e Copacabana (Rua Constante Ramos, 44, tel.: 96703-5262), preparou uma ação especial para presentear os pequenos por encomenda, incluindo a Cesta de Café da Manhã Kids (R$ 200,00) e o Kit Dia das Crianças (R$ 80,00) para encomendas. O Kit é composto por croissant de queijo e presunto, palitinhos de queijo, cookie de Nutella e brownie recheado com brigadeiro. Já a Cesta, contempla uma broinha, um doguinho, uma caixa de minibrownie, um pacote de língua de gato, um croissant simples, um pacote de palitinhos de queijo, um croissant de Nutella, uma porção de requeijão e um suco. As vendas são feitas pelo site (www.cafecardin.com.br) ou WhatsApp: (21) 96703-5262. As entregas ocorrem com hora marcada entre 8h às 21h: Centro, Zona Sul, Barra e Grande Tijuca (Tijuca, Vila Isabel e Maracanã).
Cardin: combo de café da manhã para crianças./Divulgação
O Spoleto celebra o Dia das Crianças com uma ação especial: nos dias 11, 12 e 13 de outubro, em todas as unidades da rede, ao adquirir um combo composto por uma massa tamanho Bambini da opção “crie do seu jeito” e uma bebida, os clientes receberão um kit com livro de colorir interativo da Turminha do Chef Piccolo, acompanhado de uma caixa de giz de cera.
Cordon Bleu: Carola Troisgros vai dar aula infantil./Divulgação
Aula da Carola no Le Cordon Bleu
Para celebrar o Dia das Crianças, a escola Le Cordon Bleu (Rua da Passagem, 179, Botafogo) vai promover o tradicional Le Petit, curso de curta duração voltado para crianças a partir de 8 anos, das 10h às 13h. E quem comandará a cozinha com os pequenos, será a boleira Carola Troisgros, formada em Pâtisserie pela instituição. Os mini-chefs terão a oportunidade de colocar a mão na massa e preparar um delicioso bolo de massa branca amanteigada, além de outros preparos. A criançada ainda vai aprender a fazer brigadeiro e um cookie com gotas de chocolate, com a chef Thais Mouros, do Le Cordon Bleu. O valor é de R$ 490,00. As crianças ganharão um certificado de participação do Le Cordon Bleu. O curso inclui avental, tourchon, bibico e apostila com as receitas.
Sweet November: kits para montar os próprios doces./Divulgação
Kit doce na Sweet November
A confeitaria Sweet November (Rua Professor Hermes Lima, 30, Recreio dos Bandeirantes, tel.: 3598-2932) aposta em dois clássicos que despertam o sabor da infância: Kit Mini Confeiteiro e Mini Bar de Brigadeiro. Os novos produtos são uma edição limitada, já disponíveis pelo delivery e na loja física no Recreio dos Bandeirantes, e ficam à venda até o dia 11 de outubro. O Kit Mini Confeiteiro (R$ 159,00) contém: 1 casca de chocolate em formato de urso para rechear; 2 sacos de confeitar com brigadeiro (ao leite e branco); 3 tubetes com confeitos (confetes, miçangas coloridas e granulados de chocolate belga); 1 brownie recheado (Nutella, doce de leite ou brigadeiro ao leite); 1 mini bolo de chocolate ou cenoura que acompanha calda de brigadeiro; 2 cookies com m&m’s; 1 potinho com Nutella para rechear os cookies; 1 certificado de mini confeiteiro. Já o Mini Bar de Brigadeiro (R$ 59,00) tem três sabores de brigadeiro para comer de colher e colocar seu confeito favorito. Sabores de brigadeiros: ao leite (150 g), branco (50 g) e doce de leite (50 g). Confeitos: granulado de chocolate belga, confetes e miçangas coloridas. As encomendas podem ser feitas através do whatsApp: (21) 99281-9206.
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Café da Manhã Stitch e Angel
O CDesign Hotel, no Recreio (Av. Lucio Costa, 17.360), apresenta o Café da Manhã Stitch e Angel, no dia 12 de outubro. A criançada vai poder brincar com os personagens infantis Stitch e Angel, além de recreação, oficinas de arte, fotos em família e brindes. O café será realizado no restaurante Nalu By CDesign, recém-inaugurado, com acesso à nova Área Kids, projeto pintado à mão pelo artista plástico de street art André Passarinho. O Café da Manhã Mágico sai a R$ 99,00 por pessoa, das 6h às 10h. Os personagens passarão às 9h30 no restaurante para direcionar as crianças para as atividades na Área Kids, que ocorrerá para as pessoas que comprarem o café da manhã até as 11h. O menu tem frutas, uma seleção de pães, queijos, tapioca feita na hora e doces. O hotel tem pacotes de hospedagem para o fim de semana com agenda de atividades infantis. Reservas pelo WhatsApp: (21) 3613-9700.
CDesign: Lilo e Stitch no café da manhã./Divulgação
Menu Infantil na Amelie
No Dia das Crianças, a Amélie Crêperie aposta em pratos voltados para o público infantil. As criações assinadas pela chef executiva Marianna Peres são batizadas com nomes de parques infantis e museus famosos de Paris, seguindo a inspiração do restaurante do cardápio. Na seção de massas, o EuroDisney (R$ 47,00) é um linguine com picadinho de alcatra e molho à escolha: manteiga, queijo ou tomate frescos; e o Musée de La Magie (R$ 47,00) vem ao molho branco, com presunto e tomates. O Parc Astérix (R$ 47,00) é um picadinho de alcatra com abobrinha, batata canoa e arroz branco. O menu já está disponível em todas as unidades da rede situadas na Zona Sul (Botafogo Praia Shopping, Botafogo Arnaldo Quintela, Shopping da Gávea e Shopping Leblon) e na Zona Oeste (Barra Shopping).
Amélie: picadinho na massa para o menu das crianças./Divulgação
Bomboloni na Padelli
A padaria e confeitaria Padelli (Rua Vinícius de Moraes, 68, Ipanema, 97234-3778) criou para a data o bomboloni bambino, pão redondo com massa aromatizada com laranja, recheado de gelato italiano (opções de pistache, vanilla, creme ou chocolate nero), cobertura de chocolate quente e creme confeito de chocolate (R$ 32,00).
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Oficina de Brigadeiro na Divina
O Bar da Peixaria Divina Providência, em Irajá, preparou programação comemorativa ao Dia das Crianças para o sábado (12), das 15h às 17h, com oficina de brigadeiros ministrada pela doceira Vivi Janibelli. A garotada presente ganhará um copo para colorir com giz de cera.
(Av. Monsenhor Félix, 565, Irajá, 97313-8989)
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Mais de 1500 rótulos e 120 cervejarias estarão espalhadas pelo Píer Mauá no Mondial de la Bière, que vai desta quinta (10) a domingo (13). O evento em 2024 terá ainda 30 operações de gastronomia e 40 horas de música ao vivo em dois palcos.
A produção mundial de cerveja estará bem representada, assim como fabricantes de diversos estados brasileiros. A ala internacional tem potências como Ballast Point, Delirium, ST Bernardus, Chimay, Blue Moon, Gulden Draak, Pilsener Urquell, Lagunitas, De Halven Maan, Goose Island e Hoegaarden.
Além das principais cervejarias do município do Rio, a Região Serrana estará presente com destaque para marcas como Guapa, Brewpoint, Duas Torres, Doutor Duranz, Odin, MadBrew, Belgarioca Rabugentos Brewing Co, e a Therezópolis, patrocinadora do evento.
Para comer, estão confirmados novos sabores como Rock Burger, Monster Truck, Ex-Touro, Hot Dog from Rio, Bar Maravilha, Mad Poke, Calidus, Los Pollos Fritos, O Fallafel, Pastel do Rio, Artesanos Bakery e Pipoca do Rio. Os já conhecidos dos cervejeiros também fazem parte da lista: Vulcano, Bistrogro, Espírito de Porco, Os Filhos da Mãe, Belga Burger, Ossos Carnes e Burgers, Carango e Big Daddy’s, Brewteco e Belisque, Só Coxinha, Las Empanadas, Pizza Al Taglio, Tasquinha do Portuga, Ceviche da Fabi, Pão de Alho do Kiki, Rebola Queixo e Família Scharder.
A mistura de ritmos dos shows inclui samba, pagode e rock, com atrações como Samba de Santa Clara, Eu Convidado, Tchopu, Samba do Novaes, Celeiro o Samba, Marquinho Nunes, Blackbird, Lica Tito, Pagode da Beta, Meu Funeral, e os DJs Fran, Julio Rodrigues, Pivete, Yas, Lais Conti, Mabruxo, Tales Mulatu e Saddam.
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Os ingressos para o Mondial de la Bière estão à venda pelo site da Eventim e variam de R$ 80,00 a R$ 350,00, dependendo da categoria escolhida. O evento será nos Armazéns 3, 4 e 5. Av. Rodrigues Alves, 10, Praça Mauá. Quinta (10), das 15h à 0h; sexta (11), das 14h às 0h; sábado (12), das 13h à 0h; domingo (13), das 13h às 23h.
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A frase que entitula este texto é um alerta, que busca chamar atenção de todos que trabalham no setor econômico do vinho e aos que amam esta bebida milenar, para uma triste realidade ao qual a cadeia do vinho está enfrentando. Os dados da última década evidenciam um cenário preocupante do setor, a seguir eles serão apresentados e alicerçam esta real constatação.
A cultura vínica tem uma longa história na cronologia do tempo, passando pelas mais importantes civilizações da história humana. Mas quando pinçamos somente a última década temos dados alarmantes de decréscimos na cadeia como um todo. Segundo a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) a área mundial de vinhas plantadas em 2013 era de 7 443 396 (ha) e em 2023 registrou 7 201 944 (ha), uma queda de -9,5% em vinhas. Quando observamos os dados da mesma entidade sobre a produção mundial de vinhos no mesmo período, eles são ainda mais estarrecedores com uma queda de -18,77%, pois em 2013 a produção foi de 292 217 (1000 hl) e em 2023 os números registrados na produção de vinhos foi de 237 340 (1000 hl). As referências ao consumo mundial de vinhos também gera desconforto para a cadeia, já que os dados nos últimos 10 anos registraram queda de -9,5%, os dados apresentados pela OIV de consumo global de vinhos em 2013 foram de 244 433 (1000 hl) e em 2023 foi registrado 221 219 (1000 hl).
São diversas as causas que tem contribuído para esses números negativos do setor vitivinícola mundial e muitas delas podendo ter altos níveis de complexidade ao analisarmos. Dentre tantos desafios ao qual o setor vem sendo exposto podemos citar: consequências da violenta crise econômica causada pela pandemia; as incertezas trazidas pelas guerras que assombram regiões; a inflação na grande parte dos países; a dificuldade que o setor enfrenta em adquirir insumos e aumento brutal no custo de produção; o desincentivo em cultivar a Vitis e a falta generalizada de mão de obra; a concorrência dos mercados sobretudo com outras bebidas alcoólicas; a perda do poder de consumo das famílias; a mudança de hábitos das pessoas e nas gerações mileniais; as bandeiras e campanhas “anti-álcool” criadas e propagadas para as massas a todo momento; as restrições de consumo seja por políticas, por religiões ou ações fundamentalistas e o mais importante o não fomentar a cultura vínica e isso até pelo próprio setor.
Como sugestões a serem analisadas e que talvez possam ser de contributo importante para mitigar as dificuldades enfrentadas pela cadeia econômica do vinho, primeiramente seria a união do setor de forma conjunta e firme ( Entidades, Produtores, Comerciantes e Consumidores) em prol de solucionar as problemáticas que já se possui e as inúmeras que se vislumbram atingir ao setor de forma viceral. Fomentar a importância da cultura vínica como gerador de valor social, cultural, histórico e econômico sobretudo para as regiões e países vitivinícolas. Estar atentos a evolução do mundo e dos mercados, não parando no tempo e vislumbrando novos horizontes e novas possibilidades. São muitas as oportunidades na modernidade que o setor vitivinícola pode utilizar, e dentre elas a produção de estilos de vinhos que o consumidor aprecie, novas embalagens e apresentações, utilização das formas modernas de se comunicar e utilizando linguagem palatável com o público alvo, investimentos no mercado e no comércio on-line, qualificar cada vez mais os profissionais envoltos do mercado e que trabalham com vinho para que os mesmo também possam ser vitrines de encantamento aos clientes e aos novos consumidores.
Em resumo, o objetivo desde texto não é impor verdades absolutas e sim convidar a todos a olharmos para os dados atualizados apresentados, observarmos o que está ocorrendo no mercado e tomarmos consciência do que cada um de nós podemos fazer para que o setor não definhe ainda mais e a cultura vínica permaneça viva e que possa ser transmitida as novas gerações, continuando a sua trajetória também em nossa época contemporânea.
Finalizo com a frase do Nildo Lage : “A cultura de um povo é o seu maior patrimônio. Preservá-la é resgatar a história, perpetuar valores, é permitir que as novas gerações não vivam sob as trevas do anonimato.
Desejo que você transborde cultura vínica !
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