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Por que o mundo precisa se preparar para novos apagões cibernéticos

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Parte do mundo parou na manhã desta sexta-feira (19), após uma pane nos sistemas da Microsoft causada por meio de uma plataforma da empresa de cibersegurança CrowdStrike paralisar sistemas de bancos, emissoras de TV, companhias aéreas e até das Olimpíadas de Paris. Segundo a Microsoft, o problema foi resolvido, mas, até as 9h30, afetava mais de 360 aplicativos de seu portfólio.

Alois Reitbauer, estrategista-chefe de IA da Dynatrace, explica que, dada a crescente complexidade dos softwares, todos os desenvolvedores e organizações estão suscetíveis a interrupções. “Quando elas ocorrem, as empresas precisam ter a capacidade de identificar a causa raiz e corrigi-la imediatamente. As abordagens orientadas por IA tornaram-se essenciais para a implementação de operações de TI complexas, pois os processos manuais não conseguem acompanhá-las. Uma abordagem de IA com poder triplo, aproveitando a IA preditiva, causal e generativa, é cada vez mais essencial para ajudar as organizações a oferecer a mais alta disponibilidade e desempenho de software, além de minimizar a interrupção da experiência do usuário final.”

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“Esse incidente destaca a importância de testes rigorosos e atualizações em etapas para agentes EDR. Normalmente, os testes são feitos a cada lançamento e podem levar de dias a semanas, dependendo do tamanho da atualização ou das alterações. Um problema como esse nos lembra como a infraestrutura de TI é frágil e por que a segurança cibernética deve ser integrada de forma nativa ao backup. Uma solução integrada é a única maneira de fornecer proteção completa que permitiria a rápida reversão para o estado de funcionamento”, explica Kevin Reed, Chief Information Security Officer da Acronis.

O que causou o apagão?

Em comunicado, a Microsoft informou que o apagão teve origem em uma falha em seu sistema Azure, plataforma de comunicação em nuvem. Já a empresa de segurança cibernética CrowdStrike, parceira da Microsoft, explicou que sua ferramenta, a Falcon, que detecta possíveis invasões hackers, teve um problema na atualização (update) de software. A companhia garantiu que o ocorrido não se trata de um ataque.

O presidente-executivo da CrowdStrike, George Kurtz, afirmou na plataforma de rede social X que a empresa estava “trabalhando ativamente com clientes afetados por um defeito encontrado em uma única atualização de conteúdo para hosts do Windows” e que uma correção estava sendo implantada.

Reprodução

A temida Tela Azul, do Windows, foi apenas parte do problema ocorrido nesta sexta-feira (19)

“As consequências podem ser desastrosas, seja no âmbito de perdas financeiras ou reputação da imagem das organizações. Sem contar que apagões como este afetam diretamente o cliente final, causando um impacto não somente para empresas, mas também para usuários. A maioria dos apagões em sistemas são originados por “falhas humanas”. A falta de aplicação de pacotes de correção ou atualização dos sistemas podem ocasionar problemas graves, assim como a falta de rotinas e processos de homologação e salvaguarda. Em caso de crise, o ideal é ter um bom plano de continuidade de negócio. Abranger os sistemas críticos é fundamental para reestabelecer as operações o mais rápido possível. Outra ação, é ter medidas de proteção e detecção de possíveis ataques cibernéticos em massa contra ecossistemas críticos – o que afeta grande parte dos serviços públicos e privados que utilizam da mesma infraestrutura ou serviço com frequência”, afirma Rogério Athayde, CTO da keeggo.

O que disseram as empresas afetadas no Brasil?

Em comunicado, o Bradesco informou que suas equipes estão atuando “para regularização o mais breve possível”. Já a Azul pediu para que os clientes com voos marcados para esta sexta-feira e que ainda não realizaram o check-in cheguem mais cedo ao aeroporto e dirijam-se ao balcão de atendimento da companhia.

Outros apagões globais na história

Ao longo da história, diversos eventos causaram apagões tecnológicos globais, impactando drasticamente a comunicação, os serviços financeiros e a vida das pessoas em todo o mundo.

1983
Grande Apagão de Nova York
Uma tempestade solar atingiu a Terra, causando um surto de voltagem que derrubou sistemas de energia em grande parte do nordeste dos EUA e Canadá. O apagão afetou milhões de pessoas, paralisou o transporte público e causou bilhões de dólares em prejuízos.

2000
Bug do Milênio
O temor de que computadores falhassem com a virada do milênio gerou um frenesi global. Felizmente, o impacto real foi mínimo, mas o evento serve como um lembrete da dependência da sociedade da tecnologia.

2008
Apagão da Internet
Um corte de cabo submarino na Ásia afetou o tráfego de internet em grande parte do mundo por horas. O evento evidenciou a fragilidade da infraestrutura da internet e a necessidade de maior resiliência.

2012
Ataque DDoS à Dyn
Um ataque distribuído de negação de serviço (DDoS) de grande escala derrubou sites populares como Amazon, Twitter e PayPal. O ataque destacou a vulnerabilidade dos serviços online a ataques cibernéticos.

2020
Pandemia COVID-19
A pandemia global levou a um aumento exponencial no uso da internet para trabalho, educação e entretenimento. A infraestrutura digital foi testada ao limite, com alguns serviços enfrentando sobrecargas e lentidão.

2023
Apagão global da Microsoft
Uma falha no sistema de nuvem da Microsoft afetou diversos serviços online, como Teams, Outlook e Azure. O apagão causou transtornos para empresas e indivíduos em todo o mundo.

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Embrapa diz que arroz pode ser plantado com sucesso no Tocantins

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Uma atualização recente do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) aponta que, no período de 1º de outubro a 20 de novembro, a chance de sucesso do plantio de arroz irrigado no Tocantins é de 80%, considerando os efeitos do clima. O estado é hoje o terceiro maior produtor nacional dessa cultura e o mais proeminente da região Norte. O Zarc é uma ferramenta para auxiliar os produtores na gestão de riscos e contribuir para expandir a área de cultivo, tanto em áreas de várzeas como em plantios irrigados em outras áreas, realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Atualmente, cerca de 20% do arroz brasileiro é produzido em ambiente tropical, com destaque justamente para o Tocantins, que responde por cerca de 6% do total nacional. Os demais 80% são cultivados em condições subtropicais, especialmente nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, os dois primeiros do País.

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Segundo Balbino Evangelista, geógrafo e analista de pesquisa na Embrapa Pesca e Aquicultura, com sede em Palmas (TO), o trabalho “exige equipamentos sofisticados e técnicas avançadas de análises de dados”.

As informações e dados necessários envolvem os sistemas de produção de arroz, as cultivares adaptadas e os respectivos ciclos de desenvolvimento, a necessidade de água, as temperaturas ideais para cultivo, as características dos solos (químicas, físicas e hídricas) e, sobretudo, uma longa série de dados climáticos, com destaque para chuva e temperatura.

Daniel Fragoso_Embrapa

Daniel Fragoso_Embrapa

Embrapa monitora lavouras de arroz para terminar as Zarcs

A produção em ambiente tropical é importante porque, além de facilitar a logística de distribuição para os estados do Norte e do Nordeste, diminui os riscos de oferta causados por impactos de fenômenos climáticos severos no ambiente subtropical. São, portanto, locais que se complementam em termos de fortalecer a produção nacional e, sobretudo, a segurança alimentar dos brasileiros.

Fatores climáticos são os que mais influenciam a produtividade em diversas culturas agrícolas; no caso do arroz, não é diferente. Na região sudoeste do Tocantins, foco do estudo, as variáveis climáticas que mais limitam a produção do arroz irrigado são a luminosidade e as altas temperaturas.

A época ideal de semeadura, uma das principais informações disponibilizadas pelo Zarc, tem papel fundamental como prática de manejo que reduz os riscos climáticos. Isso ocorre porque, seguindo as orientações, o produtor rural aumenta as chances de que as fases consideradas críticas ou sensíveis da planta não coincidam com o período de maior frequência dos fenômenos climáticos adversos.

O arroz no Tocantins

O Tocantins é o terceiro maior produtor de arroz do Brasil, atrás apenas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A colheita da safra de arroz 2023/2024 foi finalizada e a estimativa é que sejam alcançadas 619 mil toneladas com o grão, um aumento de cerca de 19% em relação à safra anterior, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Esse montante é obtido, principalmente, em sistema irrigado em cerca de 100 mil hectares, o que corresponde a aproximadamente 95% da área total plantada com arroz no Tocantins. Os principais municípios produtores são Formoso do Araguaia e Lagoa da Confusão. A produção abastece o mercado interno e estados vizinhos das regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste.

Daniel Fragoso_Embrapa

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Arroz irrigado tem chances de grandes produtividades por área

Rodrigo Sérgio, analista da Embrapa Arroz e Feijão (GO), estima que em torno de 88 mil hectares (90% da área total com arroz) no Tocantins sejam plantados com sementes geradas pela Embrapa. Oito cultivares com a genética da empresa são importantes para a orizicultura do estado.

A relevância do papel desempenhado pelas cultivares da Embrapa no Tocantins emergiu nos últimos cinco anos e, conforme o analista, reflete o trabalho de melhoramento genético do arroz que foi sendo aprimorado ao longo de mais de quatro décadas e remonta também à história de projetos de irrigação, como o Projeto Rio Formoso (1979), de sistematização de extensas áreas de várzeas.

“O Tocantins, que tem uma história de produção a partir da abertura de áreas irrigadas, possui hoje entre 100 mil e 120 mil hectares para o plantio do arroz, sendo a Lagoa da Confusão o principal produtor. Há ainda potencial para alcançar 300 mil hectares de várzeas tropicais. No passado, no início desse processo, faltava genética adaptada à região e é essa genética que foi gerada pela pesquisa que está fazendo a diferença atualmente”, diz Sérgio

Ele lembra que, nos primórdios do cultivo irrigado de arroz no Tocantins, as cultivares plantadas vinham da região Sul e possuíam uma genética adaptada para o ambiente subtropical, mas não estavam aprimoradas para a orizicultura local. Com o trabalho de melhoramento genético específico para as condições tropicais, começaram a surgir cultivares mais produtivas para essas regiões, sendo que um dos diferenciais desse trabalho foi o desenvolvimento de resistência a doenças.

“Para citar apenas a principal doença, a brusone, o Tocantins é um ótimo hotspot (local de intensa pressão da doença) para teste. Se existem 64 raças de brusone mapeadas, 62 ocorrem lá. Por isso, buscar incorporar resistência genética nas próprias cultivares é sempre uma prioridade em ambiente tropical e esse trabalho se reflete hoje com materiais mais resistentes. (Com Embrapa)

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Azul e Bradesco são afetados por falha na Microsoft que gerou apagão global

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O Bradesco informou que suas plataformas digitais foram afetadas nesta sexta-feira (19) pelo apagão cibernético global que causou estragos em sistemas de computadores em todo o mundo. A companhia aérea Azul também informou que os voos operados pela empresa podem sofrer “atrasos pontuais”.

Em comunicado, o banco informou que suas equipes estão atuando “para regularização o mais breve possível”. Já a Azul pediu para que os clientes com voos marcados para esta sexta-feira e que ainda não realizaram o check-in cheguem mais cedo ao aeroporto e dirijam-se ao balcão de atendimento da companhia.

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Uma atualização de software causou estragos em sistemas de computadores em todo o mundo na sexta-feira, suspendendo voos, forçando algumas emissoras a sair do ar e afetando serviços bancários e de saúde. Uma atualização de um produto oferecido pela empresa global de segurança cibernética CrowdStrike pareceu ser o gatilho, afetando clientes que usam o sistema operacional Windows, da Microsoft. A Microsoft disse mais tarde na sexta-feira que o problema foi corrigido.

O presidente-executivo da CrowdStrike, George Kurtz, afirmou na plataforma de rede social X que a empresa estava “trabalhando ativamente com clientes afetados por um defeito encontrado em uma única atualização de conteúdo para hosts do Windows” e que uma correção estava sendo implantada.

Na manhã de sexta-feira, importantes companhias aéreas dos Estados Unidos — American Airlines, Delta Airlines e United Airlines — suspenderam voos, enquanto outras transportadoras e aeroportos em todo o mundo relataram atrasos e interrupções.

Bancos e empresas de serviços financeiros da Austrália à Alemanha alertaram os clientes sobre falhas, e traders de todos os mercados falaram de problemas na execução das transações. No Reino Unido, os sistemas de agendamento usados ​​pelos médicos estavam offline, segundo vários relatos postados no X por autoridades médicas, enquanto a Sky News, uma das principais emissoras de notícias do país, estava fora do ar, pedindo desculpas por não poder transmitir ao vivo. O clube de futebol Manchester United afirmou no X que teve que adiar um lançamento programado de ingressos.

REUTERS/Elena Rodriguez

REUTERS/Elena Rodriguez

Passageiros aguardam no aeroporto de Barajas após operador espanhol Aena informar “incidente” em sistemas de computador

A unidade de nuvem da Microsoft, Azure, disse estar ciente do problema que afetou as máquinas virtuais que executam o sistema operacional Windows e o agente CrowdStrike Falcon ficou travado em um “estado de reinicialização” em meio a uma falha global.

Em um alerta aos clientes emitido às 2h30 de sexta-feira (horário de Brasília), a CrowdStrike disse que seu software “Falcon Sensor” estava fazendo com que o Microsoft Windows travasse e exibisse uma tela azul. Também compartilhou uma solução alternativa manual para corrigir o problema.

Mais da metade das empresas Fortune 500 usavam o software CrowdStrike, disse a empresa norte-americana em um vídeo promocional este ano.

“Esta é uma ilustração muito, muito desconfortável da fragilidade da infraestrutura central da Internet mundial”, disse Ciaran Martin, professor da Escola de Governo Blavatnik da Universidade de Oxford e ex-chefe do Centro Nacional de Segurança Cibernética do Reino Unido.

As falhas se espalharam por toda parte. Os aeroportos de Cingapura, Hong Kong e Índia disseram que a interrupção significou que algumas companhias aéreas tiveram que fazer o check-in manual dos passageiros. O Aeroporto Schiphol de Amsterdã, um dos mais movimentados da Europa, afirmou que foi afetado, enquanto a companhia aérea Iberia disse que operava manualmente nos aeroportos até que seus balcões de check-in eletrônicos e check-ins online fossem reativados. Afirmou que houve alguns atrasos, mas nenhum cancelamento de voo. A Air France-KLM disse que suas operações foram afetadas.

Embora houvesse relatos de empresas que restauraram gradualmente os seus serviços, os analistas avaliaram o potencial daquilo que chamaram de maior interrupção na indústria e na economia em geral.

“Todas as ferramentas de segurança de TI são projetadas para garantir que as empresas possam continuar a operar no pior cenário de violação de dados, portanto, ser a causa raiz de uma interrupção global de TI é um desastre absoluto”, disse Ajay Unni, presidente-executivo da StickmanCyber, uma das maiores empresas de serviços de segurança cibernética da Austrália.

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(Com Reuters)

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Apagão global interrompe voos e afeta bancos, teles e mídia

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Uma falha tecnológica global afetava as operações em vários setores nesta sexta-feira (19), com as companhias aéreas interrompendo voos, algumas emissoras fora do ar e tudo, desde bancos até o setor de saúde, era prejudicado por problemas no sistema.

A American Airlines, a Delta Airlines, a United Airlines e a Allegiant Air suspenderam seus voos alegando problemas de comunicação. A ordem veio logo depois que a Microsoft disse ter resolvido a interrupção de seus serviços em nuvem que afetou várias companhias aéreas de baixo custo, embora não tenha ficado imediatamente claro se essas companhias estavam relacionadas.

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“Uma falha de software de terceiros está afetando os sistemas de computadores em todo o mundo, inclusive na United. Enquanto trabalhamos para restaurar esses sistemas, estamos mantendo todas as aeronaves em seus aeroportos de partida”, disse a United em um comunicado. “Os voos que já estão no ar continuam em seus destinos.”

O governo da Austrália disse que as falhas sofridas pela mídia, bancos e empresas de telecomunicações parecem estar ligadas a um problema na empresa global de segurança cibernética Crowdstrike.

De acordo com um alerta enviado pela Crowdstrike a seus clientes e analisado pela Reuters, o software “Falcon Sensor” da empresa está fazendo com que o Microsoft Windows trave e exiba uma tela azul, conhecida informalmente como “Tela Azul da Morte”.

O alerta, que foi enviado às 02h30 (horário de Brasília) desta sexta-feira, também compartilhou uma solução manual para corrigir o problema.

REUTERS/Elena Rodriguez

REUTERS/Elena Rodriguez

Passageiros aguardam no aeroporto de Barajas após operador espanhol Aena informar “incidente” em sistemas de computador

Um porta-voz da Crowdstrike não respondeu a emails ou ligações solicitando comentários.

Não havia informações que sugerissem que a falha seja um incidente de segurança cibernética, disse o escritório da Coordenadora Nacional de Segurança Cibernética da Austrália, Michelle McGuinness, em um post no X.

As falhas se espalharam por toda parte.

O setor de viagens foi um dos mais atingidos, com aeroportos em todo o mundo, incluindo Tóquio, Amsterdã, Berlim e vários aeroportos espanhóis relatando problemas em seus sistemas e atrasos.

Companhias aéreas internacionais, incluindo a Ryanair, a maior companhia aérea da Europa em número de passageiros, alertaram sobre problemas em seus sistemas de reserva e outras falhas.

No Reino Unido, os sistemas de reservas usados pelos médicos estavam offline, segundo vários relatórios de autoridades médicas no X, enquanto a Sky News, uma das principais emissoras de notícias do país, estava fora do ar, pedindo desculpas por não poder transmitir ao vivo.

Bancos e outras instituições financeiras da Austrália à Índia e à África do Sul alertaram os clientes sobre falhas em seus serviços, enquanto o LSEG Group relatou uma interrupção em sua plataforma de dados e notícias Workspace.

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Pré-mercado: foco no fiscal e no apagão tecnológico internacional

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Bom dia. Estamos na sexta-feira, 19 de julho.

Cenários

A semana nos mercados está se encerrando com um movimento negativo. Na quinta-feira (18) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um contingenciamento de gastos de R$ 15 bilhões no orçamento de 2024.

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No cenário internacional, a madrugada foi movimentada devido a uma pane de generalizada nos sistemas da Microsoft. Uma atualização da empresa americana de segurança digital CrowdStrike Holdings, que fornece softwares de proteção para grandes empresas, travou computadores ao redor do mundo.

Os afetados mais visíveis foram empresas de aviação e bancos nos Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Cingapura, África do Sul e Austrália. Usuários de bancos no Brasil também informaram instabilidades e falhas nos sistemas.

Perspectivas

A primeira reação ao contingenciamento de R$ 15 bilhões foi negativa, com queda de 1,40% no Ibovespa e alta de quase 2% no dólar, que fechou a R$ 5,58.

Para os profissionais do mercado, o resultado foi melhor do que o esperado, mas pior do que o desejado. O governo teria de reduzir mais seus gastos para cumprir as metas do arcabouço fiscal e permitir um afrouxamento mais intenso da política monetária.

No entanto, isso é considerado pouco provável pelos investidores, o que eleva a percepção de risco e mantém juros, dólar e ações pressionados.

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Indicadores

  • Brasil

Sem indicadores relevantes

  • Estados Unidos

Sem indicadores relevantes

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Mais de 60% dos apostadores perderam dinheiro com as bets

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Nem sempre dá green. Mais de 60% dos brasileiros que já fizeram alguma aposta esportiva perderam dinheiro e ficaram com o orçamento comprometido para o restante do mês.

Nesse cenário, o Ministério da Fazenda deve concluir nos próximos 15 dias a definição de regras para tentar evitar que pessoas se tornem dependentes e compulsivas em apostas esportivas e em jogos online. Um dos mais famosos é o Fortune Tiger, conhecido como “jogo do tigrinho.

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O popular jogo de caça-níqueis pode ser regulado em breve, junto a tantos outros. A expectativa do governo é de que as empresas recebam um prazo para regularizar a situação no Brasil até o fim deste ano.

O objetivo do governo também é arrecadar com essas empresas, uma vez regularizadas. Desde dezembro do ano passado, entrou em vigor a nova lei que regulamenta as apostas.

Segundo o Ministério da Fazenda, a previsão de arrecadação é de R$ 12 bilhões por ano a partir de 2024. No país, as empresas do setor movimentaram R$ 120 bilhões em 2023, um aumento de 71% em comparação com 2020.

O popular jogo do Tigrinho pode ser regulado em breve, junto a tantos outros.

Por isso, o novo hábito de consumo dos brasileiros tem chamado a atenção das autoridades. O Brasil ocupa a terceira posição mundial em consumo de casas de apostas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Inglaterra, de acordo com dados da Comscore, empresa de análise de dados.

A lei sancionada em dezembro de 2023 tributará as empresas operadoras de bets assim que estiverem operando sob outorga em território nacional. No entanto, o governo ainda precisa criar algumas portarias para que toda a lei se torne aplicável.

Mudança de hábito

Estudo da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) mostra que 23% dos apostadores deixaram de comprar roupas para apostar. Outros 19% pararam de fazer compras no mercado e 11% não gastaram com saúde e medicamentos.

O relatório da SBVC revela que 64% dos apostadores utilizam a renda principal para apostar. Destes, 49% usam também a renda extra.

“O que diferencia o investidor do apostador é que o investimento está apoiado em estudo, análise e planejamento. Um investidor entende os riscos envolvidos, todas as perspectivas e sabe que existe um prazo para obter retorno,” afirma Gabriel Duarte, analista de ações da Ticker Research.

“Já o apostador é guiado por emoções. Ele toma atitudes precipitadas e não analisa os riscos, o que pode levar ao vício devido aos efeitos da dopamina no cérebro, resultando em prejuízo na maioria das vezes,” diz Duarte.

Com cassinos online e jogos de azar disponíveis na palma da mão, o número de jogadores compulsivos tem aumentado. Há cerca de dois milhões de brasileiros adictos. O vício em jogos de azar é classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como ludopatia, caracterizada pelo desejo incontrolável de continuar jogando.

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Brasileira de 17 anos é finalista do “Nobel do estudante” com projeto de IA

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Millena Xavier

Millena Xavier pode ser a primeira mulher e também a primeira vencedora brasileira do “Nobel do Estudante”

Millena Xavier, de 17 anos, representa o Brasil entre os 50 finalistas do Chegg.org Global Student Prize 2024, considerado o “Nobel da educação para estudantes”. O prêmio anual de US$ 100 mil será concedido ao estudante que tenha causado maior impacto na aprendizagem e na sociedade. “Quero mostrar o potencial científico do Brasil, para sermos reconhecidos não só como o país do futebol e do Carnaval, mas também como o país da ciência e educação”, diz a mineira de Juiz de Fora e Forbes Under 30 2023.

Se ganhar o prêmio, Millena será a primeira mulher e também a primeira vencedora brasileira – outros estudantes já ficaram entre os finalistas. A cientista foi selecionada para o top 50 entre mais de 11 mil inscritos de 176 países. “É o primeiro passo de uma longa jornada de contribuição para a ciência brasileira.”

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A trajetória de Millena Xavier, de olimpíadas estudantis a IA para diagnosticar autismo

Estudante de escolas públicas, Millena é cofundadora da Prep Olimpíadas, que fomenta a participação de jovens em olimpíadas científicas. Sua organização já palestrou em mais de 200 escolas e tem um braço de inteligência artificial, o Prep AI, que ensina história e matemática e responde a dúvidas dos estudantes sobre as olimpíadas. “No ChatGPT eles não encontram essas informações, porque são assuntos muito específicos”, diz a cientista, que também não encontrou apoio da escola quando começou a se interessar pelas olimpíadas.

Por sua atuação na educação, já recebeu prêmios nacionais e internacionais, foi convidada a participar de cursos de universidades conceituadas, como a de Toronto e Stanford, e de um comitê internacional de olimpíadas estudantis. Em março, palestrou para todos os funcionários da B3, e no mês seguinte voou para Nova York para participar do Prêmio Jovens Visionários, da Prudential, que também concedeu R$ 30 mil para investir em sua Ong.

No seu currículo também tem pesquisas sobre autismo e um software desenvolvido por ela que usa inteligência artificial para diagnosticar pessoas do espectro autista. “Tenho primos que têm autismo e um colega de sala que descobriu com 18 anos, o que me fez pensar que o diagnóstico não é acessível.”

Millena recebeu uma bolsa integral para pesquisar sobre o assunto pela BRASA, a associação de estudantes brasileiros no exterior. E foi convidada a levar seu projeto para a ICYS (Conferência Internacional de Jovens Cientistas), que acontece este ano na Turquia. “As oportunidades estão aí, mas ainda não temos apoio para representar o Brasil.”

Brasileiros no Nobel do estudante

Os 10 finalistas do Chegg.org Global Student Prize serão anunciados em setembro. O vencedor, divulgado no final do ano, será escolhido pela Academia do Global Student Prize, composta por pessoas de destaque, entre elas os atores Ashton Kutcher e Mila Kunis.

A Chegg.org, divisão de impacto social da Chegg, empresa de educação e tecnologia baseada nos EUA, fez uma parceria com a Varkey Foundation para lançar o Chegg.org Global Student Prize anual em 2021, um prêmio irmão do Global Teacher Prize de US$ 1 milhão. O prêmio está aberto a todos os alunos com pelo menos 16 anos de idade e matriculados em uma instituição acadêmica ou em um programa de treinamento e habilidades.

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Os brasileiros têm um histórico de destaque no “Nobel do Estudante”. Ana Julia de Carvalho, de Maceió (AL), ficou entre os 10 finalistas em 2021 com suas inovações em robótica. Lucas Tejedor, aluno do Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro, e inovador na programação, ciências sociais e política, foi um dos 10 finalistas no ano seguinte. “É preciso ultrapassar os limites acadêmicos que o sistema brasileiro impõe”, afirma Millena.

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Mercado de ações: saiba o que esperar para o segundo semestre

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A Bolsa de Valores brasileira passa por um momento de mau humor. No primeiro semestre, o Ibovespa acumulou uma baixa de 7,66% em reais e quase 20% em dólares, o pior desempenho entre os principais mercados globais. Desde o início do ano, apenas fevereiro e junho tiveram alta no mês.

No fim do ano passado, as expectativas para 2024 eram melhores. Os economistas esperavam sete cortes nos juros americanos, o que favorece o mercado de ações, principalmente os ativos de maior risco. Porém, ainda no primeiro trimestre, o mercado começou a duvidar dessa previsão otimista, com alguns pessimistas dizendo que não haveria corte algum. Agora, a perspectiva é de que haja ao menos um corte, com os mais usados prevendo até três. Além disso, esperava-se queda da Selic para apenas um dígito e dólar ao redor ou abaixo de R$ 5,00 . Com esse cenário, a renda variável teria mais apelo.

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Entretanto, a primeira metade de 2024 foi marcada pela quebra de expectativas. O ciclo de cortes da Selic parou mais cedo do que o esperado, houve manutenção prolongada das taxas de juros nos EUA,que segue no maior nível desde 2001, a percepção de risco fiscal aumentou no Brasil com as falas polêmicas do presidente Lula e mudança nas metas. Tudo isso, içou o dólar para perto de R$ 5,70, ao final de junho, subindo 15,7% no ano.

Assim, os investidores de mercados emergentes mudaram seus portfólios para países de menor risco. O resultado foi uma retirada recorde de recursos estrangeiros do Brasil, com mais de R$ 40 bilhões em vendas externas de ações brasileiras apenas na primeira metade do ano. Enquanto isso, a renda fixa continuava sendo o caminho mais atrativo.

Selic e juros americanos

Para Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, a Selic permanecerá estável em 10,50% até o final do ano. Portanto, ele não vê possibilidade de aumento – nem retomada do ciclo de queda. “O que pode influenciar a Selic são os juros dos EUA”, observa.

Nesse sentido, o especialista lembra que em julho, o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano)sinalizou um possível corte de juros no segundo semestre. “O mercado vê essa possibilidade para setembro e ainda questiona a viabilidade de outro corte em novembro”, afirma.

Para Cruz, essa perspectiva altera o cenário para a bolsa brasileira e para o rumo dos juros no Brasil. Porém, se houver apenas um corte nos juros dos Estados Unidos, a pressão sob o Banco Central Brasileiro (BC) tende a aumentar, e mais recursos podem fluir para os EUA, prejudicando a situação brasileira.

Já Marcelo Boragini, sócio e especialista em renda variável da Davos Investimentos, enxerga uma luz no fim do túnel neste . Para ele, alguns fundamentos mais positivos para as ações brasileiras estão surgindo, e é possível identificar potenciais catalisadores.
“Historicamente, o Ibovespa se beneficia com o ciclo de queda nas taxas de juros dos EUA. Nas últimas seis etapas de flexibilização por lá, as ações brasileiras subiram em média 30% um ano após o início dos cortes de juros. Quando os juros americanos caem, o capital estrangeiro volta para os mercados emergentes, e o Brasil, devido ao seu valuation, se torna atrativo. A bolsa continua barata e os investidores estrangeiros sabem disso”, diz o especialista.

No entanto, o cenário macroeconômico externo ainda está nebuloso. Com a perspectiva da queda da taxa de juros nos EUA, há a expectativa de que o capital estrangeiro retorne ao Brasil, derrubando o dólar e impulsionando a bolsa. O mercado não espera uma queda imediata na taxa de juros no Brasil, mas isso pode mudar se os EUA iniciarem o ciclo de corte nas taxas de juros – e mais ainda se confirmar os três cortes previstos. Nesse caso, é possível que o Banco Central do Brasil também reduza a Selic, o que pode impulsionar um rally na bolsa.

A previsão do especialista da Davos Investimentos para o Ibovespa ao final deste ano é de 145 mil pontos, podendo chegar aos 146 mil. Os demais especialistas consultados não arriscaram uma previsão.

Risco fiscal e reforma tributária

No cenário doméstico, a inflação, embora em trajetória descendente, ainda é uma preocupação. “A política fiscal do governo está sendo vigiada, com reformas estruturais, como a tributária”, diz Marcus Marques, especialista em gestão de empresas e CEO do grupo Acelerador, Ele acrescenta que o ambiente político é outro ponto de atenção. “A estabilidade política também é um fator determinante, uma vez que eventuais turbulências podem impactar negativamente o mercado”, completa

Além da inflação, as políticas monetária e fiscal também vêm sendo monitoradas quanto à inflação. Para Ricardo Matte, gestor de negócios e CEO da Vincit Capital, esta postura vigilante demonstra certa fragilidade no ambiente interno.

Isso porque qualquer alteração na taxa básica de juros pode impactar o mercado. “A redução da Selic influencia o investidor a buscar maior rentabilidade. Se isso não acontecer, a busca por ativos que protegem contra a inflação encontrados na renda fixa será, novamente, a tendência”, afirma Mattea.

Para o gestor, a transparência da equipe econômica do governo, sob a liderança do ministro Fernando Haddad, é crucial para os analistas, principalmente em relação ao novo regime tributário e como as regras irão impactar as decisões de investimentos.

Entre as ações, os especialistas consultados destacam:

Petrobras (PETR4) – A ação tem mostrado uma tendência de alta acompanhando a recuperação dos preços do petróleo.

Vale (VALE3) – A empresa tem se beneficiado do aumento de preço do minério de ferro, mas sofre grande volatilidade do mercado internacional.

Magazine Luiza (MGLU3) – A empresa esteve nos holofotes recentemente com o benefício da parceria com a AliExpress e busca se posicionar como grande player no mercado de e-commerce.

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Banco do Brasil (BBAS3) – A ação do BB tem apresentado uma estabilidade com viés de alta, refletindo uma perspectiva positiva para o setor bancário, o que pode influenciar as ações dos demais bancos também.

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Forbes Brasil
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Surpreendentes, vinhos da Geórgia começam a conquistar o Brasil

Há anos, arqueólogos buscam os primeiros vestígios de elaboração do vinho, bebida que teve papel fundamental na aventura dos prazeres da humanidade. Já foram encontradas evidências no atual Irã, na Grécia e na região italiana da Sicília. Mas é na Geórgia, na interseção entre Europa e Ásia, que há a maior abundância de registros adequados a comprovar quanto a fermentação de uvas é uma tradição milenar. Há pelo menos 8 000 anos os habitantes da região domesticaram os cachos e já produziam exemplares de qualidade. De forma surpreendente, sabe-se agora que os métodos ancestrais continuam a ser usados na fabricação da bebida até hoje. A novidade: de forma gradual, alguns rótulos do país, pequeno em extensão, mas diverso em termos de variedades de cepas, se espalham pelo mundo, aparecendo nas cartas de restaurantes estrelados. Começam a desembarcar também em solo brasileiro.

MÉTODO ANTIGO - Os 'qvevri': vinho amadurece nos potes de terracota
MÉTODO ANTIGO - Os ‘qvevri’: vinho amadurece nos potes de terracotaEyesWideOpen/Getty Images

Para entender o caráter único dos georgianos, é preciso compreender como são preparados. Em geral, no caso dos vinhos brancos, as uvas são prensadas e é a partir do suco delas que a bebida é feita. As cascas são descartadas. No caso dos tintos, o processo é diferente e o suco fica em contato com as cascas para ganhar pigmentação e taninos. Na Geórgia, há produtores que usam os dois métodos. Mas há uma terceira variação: brancos que ficam em contato com as cascas. No linguajar da moda, o estilo ficou conhecido como “vinho laranja”. Parece novidade, mas trata-se de método tão antigo quanto a própria bebida, que dá uma coloração distinta e uma leve adstringência por causa da presença de taninos, típico dos tintos, também nos brancos. Não é só isso. Em vez dos tradicionais barris de carvalho, os georgianos usam os chamados qvevri, grandes vasos de terracota que ficam sob a terra, por vários meses. Juntas, essas técnicas dão origem a uma bebida surpreendente, que cativa paladares de quem se habitou aos clássicos da França e da Itália.

Um dos produtores que estão à frente desse resgate do vinho georgiano é o americano John Wurdeman. Nos anos 1990, então estudante de artes plásticas, ele descobriu a música folclórica da Geórgia e ficou encantado. Visitou o país e apaixonou-se também por sua cultura, incluindo, por óbvio, o vinho. Comprou uma casa lá e conheceu o viticultor Gela Patalishvili, que o convocou para divulgar os rótulos ancestrais. Assim, criou com o novo parceiro a Pheasant’s Tears, em 2006. Em quase vinte anos de trabalho conjunto, montaram um portfólio extenso, atrelado a variedades autóctones, vinificadas de maneira tradicional. “Foi preciso recuperar vinhedos, principalmente em regiões montanhosas, abandonados durante a era soviética, que privilegiou quantidade sobre qualidade”, diz Wurdeman, que esteve no Brasil para participar da Feira Naturebas, especializada em vinhos naturais. A notoriedade não demorou, ao despontar em cartas de endereços refinados da Europa e Estados Unidos.

arte vinhos

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No Brasil, é possível encontrar cinco dos vários vinhos assinados pela dupla Wurdeman e Patalishvili (veja alguns exemplos no quadro).Não são os únicos, embora as alternativas disponíveis em território brasileiro não sejam exatamente abundantes. Algumas das novidades que desembarcam por aqui passam pelo crivo de André Baader e sua mulher, Karla, personagens cativantes no mercado. Formados em gastronomia, conheceram-se na cozinha de um hotel no Disney World, em Orlando. Apaixonados por vinho, viajaram pelo mundo estudando até decidirem mudar para a Geórgia. “Ela raramente está nos livros. Resolvemos então aprender com os locais sobre a história milenar de uma vinificação muito particular”, diz Baader. Os Baader são típicos “wine hunters”, ou caçadores de vinhos, especializados em vasculhar o leste europeu. Há interesse pelos rótulos vindos de lá, mas muitas vezes os apreciadores daqui ficam surpresos com os aromas e sabores, tidos como rústicos. “Para beber um rótulo georgiano, os amantes de vinho precisam abrir uma página em branco no seu caderninho do conhecimento”, diz Baader. E vale a lição: convém sempre beber de tradições antigas, ao menos na gastronomia.

 

Publicado em VEJA de 12 de julho de 2024, edição nº 2901

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Vinho – VEJA
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Bar da Frente celebra 15 anos e Casa Urich tem menu especial de 111 anos

15 Anos do Bar da Frente

Dono do icônico petisco Porquinho de Quimono, o Bar da Frente, localizado na Praça da Bandeira (Rua Barão de Iguatemi, 388, tel.: (21) 2502-0176), faz 15 anos e prepara a sua festa de debutante. No dia 21 de julho, domingo, das 12h às 17h, Mariana Rezende recebe a cozinheira Talitha Barros, dona do Conceição Discos & Comes, de São Paulo, para uma tarde de comemoração.

+ Fim de semana tem Comida di Buteco na Barra e Orla Festival em Botafogo

Além de amigas de longa data, Mari e Talitha são mulheres empreendedoras, lideranças femininas no segmento e autoridades quando o assunto é boteco. O preparo dos pratos será feito à vista dos clientes, como Talitha costuma fazer em seu restaurante, em uma estrutura instalada na varanda do Bar da Frente.

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Especialidade da chef, o arroz será o ingrediente principal de criações como o Arroz de moela (R$ 35,00) e o Arroz de rabada (R$ 38,00). O famoso bolovo, ganha nova versão feita com massa de bolinho de arroz recheado com ovo (R$ 15,00).

Da chopeira sai cerveja Orange Sunshine na pressão, da Hocus Pocus (R$ 14,00, 300 ml, e R$ 18,00, 500 ml). (R$14,00 e R$ 18,00). No dia do evento, o cardápio estará reduzido, mas hits do Bar da Frente, como Porquinho de Quimono, Fondue de Coxinha e Beijo Grego estarão disponíveis.

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Bar da Frente: Mariana (à dir) e Talitha na comemoração./Divulgação

Casa Urich faz 111 Anos

Para comemorar os 111 anos, Casa Urich devolveu ao menu pratos clássicos de outrora e trouxe novidades para o período festivo, que está em cartaz e vai até o dia 30 de agosto. Entram no cardápio o risoto de eisbein (joelho de porco, a R$ 49,00) e o croquete de schnitzel (lombo de porco, a R$ 11,00 a unidade).

A língua à moda da casa (R$ 47,00) está de volta, assim como o filé mignon à Munich (recheado de queijo gorgonzola, acompanha talharim na manteiga de ervas finas, a R$ 80,00), e o cozido alemão (eisbein cozido, salsichões vermelho e branco, feijão branco, repolho, cenouras e batatas cozidas (R$ 170,00, para até 3 pessoas).

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Permanecem no menu eternos sucessos como o kassler defumado com chucrute, a salada de batata, e o apfelstrudel com creme chantilly caseiro. Para brindar, o local é um dos poucos do Rio que ainda oferece o tradicional chope escuro (R$ 11,90, 300 ml).

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Comer & Beber – VEJA RIO