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Screwcaps (tampa de rosca), sua funcionalidade

O consumidor, de forma intuitiva, quando pensa em vinho o imagina fechado por uma rolha de cortiça (arrolhado), seja ela maciça ou produzida com resíduos de cortiça, aí aglomerada. A finalidade da rolha é limitar o contato do oxigênio com o vinho, proporcionado, assim, um processo de envelhecimento moderado e controlado. Mas há outros tipos de vedação das garrafas que, a cada dia, vêm sendo mais comuns e próximos do consumidor. Há vedação com rolhas sintéticas (até produzidas com silicone), rolhas de vidro (comuns nos vinhos da Provence) e, a mais polêmica, as “screwcaps” (ou tampas de rosca). Estas últimas costumam ser produzidas em metal maleável e se abrem com facilidade, bastando gira-las com um mínimo esforço.

Vale a pena lembrar que até meados do século XVII, os viticultores franceses não utilizavam rolhas de cortiça, e sim trapos envolvidos em óleo, forçados contra os gargalos das garrafas. O inventor das tampas feitas de cortiça é desconhecido. Histórias coloquiais atribuem a invenção ao monge beneditino Dom Pérignon. No início do século XXI, o problema do “gosto de rolha” se tornou prevalente, levando muitos produtores a abandonar o uso da cortiça, em favor de alternativas. A tampa de rosca usando alumínio resistente à ferrugem foi usada pela primeira vez no engarrafamento de medicamentos prescritos na década de 1920, tendo da farmácia migrado para as caves; tais tampas roscadas se tornaram especialmente importantes na Austrália e Nova Zelândia até 2010.

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Grandes vinhos da Oceania passaram a invadir os mercados mundiais fechados com screwcaps, inclusive muitos produzidos pela icônica Penfolds, que criou o vinho mais importante e nobre da Austrália, o Penfolds Grange, cuja garrafa chega a custar mais de 1.000 Euros no mercado internacional (este vinho é fechado com rolha de cortiça). A verdade é que as tampas de rosca estão sendo cada vez mais usadas e, aos poucos, os preconceitos estão sendo deixados de lado pelos apreciadores de vinhos. A “screwcap” em nada influencia na qualidade do vinho que está dentro da garrafa. Para vinhos mais jovens, indicados a um consumo imediato, a tampa-rosca é, na verdade, um benefício, vez que torna o consumo menos litúrgico e mais fácil, fazendo com que o vinho alcance mais mercados consumidores. Salut!

Fonte:

vinho – Jovem Pan