Posted on

Apetite sem fim para novidades à mesa

Fundado em 1959 na cobertura do edifício Seagram, o Four Seasons foi durante décadas um dos restaurantes mais icônicos de Nova York. Pois o que era ponto de encontro de executivos de Wall Street, diretores de Hollywood e celebridades de todos os calibres acabou sucumbindo, e o endereço encerrou as atividades em 2019, após sessenta glamourosos anos. Em seu último dia de funcionamento, lá estava Marcelo Torres, viajante incansável e comensal assíduo em estreladas mesas mundo afora. Todas essas referências, em alguma medida, entram em cena em seu dia a dia carioca, uma rotina embalada pelo comando do grupo BestFork. Dono de oito casas no Rio, onde atende 100 000 pessoas por mês, o restaurateur revela confiança inabalável no setor, que se expande na cidade. Sem investidores na retaguarda, ele assumiu uma área de 3 500 metros quadrados no New York City Center, na Barra, para dar forma ao projeto Nolita Roastery, um “parque de diversões gastronômico”, como define, que recebeu 25 milhões de reais de investimento (dos quais reservou uma parte para a construção de uma piscina de mármore semelhante à que ficava entre as mesas do Four Seasons). “Em todos os restaurantes que inauguro, as pessoas esperam algo que as surpreenda”, diz.

De hashi em punho na mesa do japonês Yusha, no shopping Village Mall, para o qual acaba de escalar o chef Eduardo Nakahara, sumidade nacional do sushi, Marcelo não esconde a ambição em doses elevadas. “Vamos buscar uma estrela Michelin”, garante, antes de dirigir ao shopping vizinho para justamente mostrar seu mega Nolita. O novo estabelecimento tem como ponto de partida o café, onde tubos serpenteiam sobre a cabeça dos clientes, levando grãos da estação de torrefação às moendas nos balcões, tendo ao fundo uma estufa com pés verdadeiros de café. Entre as cinco operações ali, há ainda a confeitaria farta em doces extravagantes, uma fábrica de chocolates e o restaurante de 400 lugares com a tal piscina e cardápio que mescla sabores das casas do grupo — de cortes nobres aos pescados fresquíssimos. Ele sorveu inspiração no Starbucks Reserve Roastery de Milão, outra Disney da boa comida, dando uma “tropicalização” à ideia e uma adaptada ao bairro, onde ficam cinco de seus endereços. “Eu entendi a Barra. É um público mais alegre, solto e divertido do que o da Zona Sul”, avalia.

Compartilhe essa matéria via:

Afeito à criação de experiências gastronômicas, o empresário exibe no bar do Nolita Oven, também no Village Mall, um belo maquinário turco de torrefação ao lado de uma rara Victoria Arduino Venus — número 12 de 100 unidades da máquina de expresso produzidas no mundo (a primeira pertenceu ao papa Bento XVI). Além dos peixes sempre expostos no gelo nos salões do Giuseppe Grill, Giuseppe Mar e Yusha — muitos, aliás, pescados por ele, que sai a bordo do próprio barco todas às quintas —, abriu a fábrica de massas como atração do Giuseppe Square, no BarraShopping. Nas paredes de seus restaurantes, gosta de espalhar sua coleção de quadros que retratam touros, assinados por nomes como Rubens Gerchman, Daniel Senise, Anna Bella Geiger, Ziraldo e Chico Caruso. Apesar de acabar por fazer de seus espaços áreas instagramáveis, com cenários propícios à postagem, Marcelo não se interessa pela efervescência virtual. “Sou low tech, leio muito, cultivo uma obsessão por organização e processos e adoro quebra-cabeças”, conta.

Continua após a publicidade

Na trajetória desse carioca formado em direito, as peças começaram a se encaixar mesmo nos anos 1990, quando ainda trabalhava na Multiplan, onde ficou por mais de uma década. Foi aí que resolveu estrear na gastronomia, inaugurando o primeiro restaurante. Na paisagem do Centro, o Giuseppe logo se firmou com sua ampla adega de mármore, gravuras florentinas do século XVIII arrematadas na Sotheby’s e produtos italianos em profusão, tudo arejado por um jardim ao fundo, árvores e luz natural. Seu então chefe na Multiplan, José Isaac Peres, dono dos shoppings onde seus empreendimentos hoje se espalham, lhe deu um bom empurrão. “Ele me ensinou a ficar confortável em momentos de desconforto”, resume. E foi assim quando o Giuseppe de Ipanema fechou as portas, depois de breve estrada. “Quando me perguntavam o porquê, eu respondia: ‘Porque você não foi’ ”, lembra. O Laguiole, que marcou época no Museu de Arte Moderna (MAM) e de onde emergiram talentos como Pedro de Artagão, Ricardo Lapeyre e Elia Schramm, também apagou as luzes na pandemia, mantendo-se como bufê. “Era uma Ferrari com pilotos jovens. Vou reabrir e fazer um reality para ver quem assume o volante”, brinca o inquieto restaurateur, que planeja a reabertura para 2025. Preparem os talheres.

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

Cariocas elegem a marca de cerveja mais amada do Rio de Janeiro

Sol, praia e cerveja bem gelada. Ah, os cariocas sabem o que é bom nessa vida. Mas para a curtição ser completa, a cerveja tem que ser a melhor, tem que ser Heineken®.

Não à toa, ela foi eleita, pelo segundo ano consecutivo, como a marca de cerveja mais amada do Rio de Janeiro. 

“Ficamos muito felizes com esse reconhecimento por parte dos cariocas. A proximidade da marca Heineken® com o público do Rio de Janeiro vem sendo consolidada por meio de ações consistentes, como a parceria de longa data com o Rock in Rio, por exemplo, onde proporcionamos ao público a melhor experiência de consumo através da megaoperação de chope na Cidade do Rock. Parceria esta que permanece em 2024, para a edição história de 40 anos do festival, e garantimos trazer experiências ainda mais inovadoras para a cidade”, diz Beatrice Jordão, diretora de comunicação e branding da Heineken® no Brasil.

A relação da marca com a cidade maravilhosa é intensa e vem rendendo bons frutos. Só em 2023 a cervejaria holandesa realizou mais de 13 eventos no Rio de Janeiro, como os festivais MITA, Queremos! e Meca (Urca), que reuniram mais de 125 000 pessoas. 

Continua após a publicidade

A marca Heineken®, além da conhecida qualidade da receita e dos ingredientes, sempre mantém o foco em se conectar ao público e em seu poder de inovar. Essa combinação faz com que nós consigamos oferecer algo relevante e único aos consumidores cariocas e de todo o Brasil”, conta Beatrice. 

O sabor de Heineken®, só a Heineken® tem

Entre os fatores que explicam tamanha personalidade estão a tradição, a simplicidade e a dedicação à produção. São 150 anos de legado, no qual sabor e qualidade são atributos inegociáveis. 

Continua após a publicidade

O rigor começa na escolha dos ingredientes. Para se ter uma ideia, em todos os lugares do mundo, a Heineken® utiliza os mesmos componentes 100% naturais: puro malte (livre de milho, arroz ou qualquer aditivo), lúpulo e água. 

Quando a mistura atinge a temperatura certa, a singular levedura A é adicionada e tem início o processo natural de fermentação, no qual o açúcar é convertido em álcool e CO2. Aqui entra outro importante diferencial exclusivo da marca: o tanque horizontal, onde a levedura relaxa e se propaga livre de pressão e de maneira mais positiva. O resultado é o sabor equilibrado e único, tão característico da Heineken®. 

Desde a brassagem, passando pela fervura, fermentação e guarda, todas as etapas de produção são realizadas de forma criteriosa e controlada, para garantir uma cerveja de qualidade premium. 

Continua após a publicidade

E para assegurar a qualidade, um critério levado à risca: todos os meses a cerveja produzida no Brasil é enviada para a Holanda, onde passa por testes que garantem suas propriedades sensoriais e físico-químicas. 

Esse processo é adotado por todos os países que produzem Heineken® no mundo. Mas vale ressaltar que o Brasil é considerado uma referência para a sede, que constantemente reconhece a operação nacional com prêmios anuais de qualidade. 

Outro sucesso absoluto por aqui é a Heineken® 0.0, versão zero álcool da cerveja mais vendida do Brasil em 2023, de acordo com dados da NielsenIQ. Segundo a apuração, realizada entre janeiro e dezembro do último ano, a marca ampliou em 5,3% sua presença nos lares brasileiros do país em comparação ao mesmo período de 2022.

Continua após a publicidade

Um crescimento para lá de expressivo se considerarmos que até 2020 a cerveja zero álcool era praticamente um nicho de mercado, e seguia em constante queda. Porém, com o lançamento da Heineken® 0.0, a tendência mudou drasticamente e a categoria voltou a se desenvolver com crescimento de duplo dígito.

Heineken® e a sustentabilidade

Além de água, malte e lúpulo, a energia verde* também é um ingrediente fundamental para a produção da cerveja Heineken®, que desde 2020 utiliza energia renovável na produção das quatro cervejarias. 

Continua após a publicidade

Desde o lançamento da plataforma Green Your City, em 2021, a sustentabilidade é um tema central nas estratégias da companhia. Entre as iniciativas implementadas, em 2022 a marca deixou como legado, dentro do Parque Olímpico, uma microfloresta urbana de cerca de 1,2 quilômetro quadrado, com árvores nativas da região da Mata Atlântica. A ação, inédita, fez parte da meta de implantar microflorestas urbanas em 19 capitais brasileiras até 2030. Além disso, foram instaladas no local 206 placas fotovoltaicas, com capacidade de produzir 111 kWp, para abastecer as ativações da marca com energia verde* durante o Rock in Rio Brasil 2022. Após o festival, a instalação ficou de forma perene para o Parque Olímpico. 

“E, reforçando o investimento da Heineken® na cidade que nos abraça tanto, em breve teremos um novo projeto com o Bondinho do Pão de Açúcar. Será dentro da plataforma Green Your City, fazendo da sustentabilidade seu ponto central, englobando experiências exclusivas em um dos pontos turísticos mais importantes da capital fluminense”, revela a diretora da companhia.

*Energia verde = energia renovável.

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

Delícia verdinha para além do chocolate

Enganou-se quem achava que o pequeno e notável fruto verdinho que se destacou na temporada natalina estava apenas de passagem, conferindo sabor único aos panetones. Pois o interesse dos mais distintos paladares pelo pistache segue em alta nas cozinhas e vitrines — e a Páscoa está aí para comprovar o frisson em torno da semente crocante que faz companhia ao chocolate. Dos recheios às coberturas dos ovos, ele está presente tanto em produções menores e artesanais, como nos lançamentos de grandes marcas como Kopenhagen, Brasil Cacau e Cacau Show. “O pistache é a mais nobre das oleaginosas. Vai muito além do sorvete e, na combinação com o cacau, alcança a perfeição”, avalia o chef Itamar Araújo, do restaurante Elena e da Creamy Patisserie, que caramelizou o ingrediente para misturá-lo com chocolate belga e flor de sal numa das novidades criadas para este ano.

O caramelo feito com a oleaginosa é a atração do lançamento da Kopenhagen: R$ 159,00, 400 gramas
O caramelo feito com a oleaginosa é a atração do lançamento da Kopenhagen: R$ 159,00, 400 gramas./Divulgação
Compartilhe essa matéria via:

Vastamente usado no preparo de sobremesas nos cursos da filial carioca da prestigiada escola de culinária Le Cordon Bleu, o pistache também ingressou ali no menu pascal, onde surge em uma ganache de chocolate branco preenchendo a casca do ovo. Quem assina a receita é o francês Philippe Brye, que enaltece a versatilidade da preciosa semente: “Se utilizada na forma natural, traz textura, e, como pasta, cremosidade e sabor marcante”, lembra o chef. O alto preço do insumo, vendido por cerca de 200 reais o quilo, se explica pelo fato de o Brasil precisar trazer de fora tudo o que consome, o que não freia o afluxo do verde fruto — em 2023, as importações escalaram 97%.

Continua após a publicidade

Na Frédéric Epicerie, a combinação com o chocolate Ruby, rosado e de sabor frutado: R$ 120,00, 200 gramas
Na Frédéric Epicerie, a combinação com o chocolate Ruby, rosado e de sabor frutado: R$ 120,00, 200 gramas./Divulgação

De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior, o consumo anual saltou nestes últimos meses para 608 toneladas, o equivalente a 8,8 milhões de dólares em vendas. Os principais fornecedores do pistache que tomou a cena carioca são os Estados Unidos (77,7%), o maior de todos os produtores, a Argentina (18,2%) e o Irã (4,1%), berço da Pistacia vera, planta originária das regiões montanhosas do Oriente Médio. Por questões climáticas, seu desenvolvimento é difícil na América Latina, mas, recentemente, o estado do Ceará se candidatou a pioneiro na produção nacional, solicitando à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) uma licença para o plantio experimental. Difícil imaginar a humanidade sem o estímulo ao paladar de um bom chocolate, mas que o pistache é concorrente de respeito, isso ele é.

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

Que seja doce: bolos e tortas para tempos de Páscoa

> O bolo naked de brownie (R$ 85,00) vem na lata com três andares, todo coberto e recheado com o doce que é a atração principal da Brigadeiros Fabiana D’Angelo (Shopping Leblon, 3º piso, ☎ 2540-0402).

Cardin
Cardin: inspiração na palha italiana./Divulgação

> A Páscoa do Cardin (Rua Constante Ramos, 44, ☎ 96703-5262) traz a torta de palha italiana, com camadas de brigadeiro, crocante e farofa de biscoito, e chocolate branco (R$ 165,00, inteira; R$ 18,00, fatia).

Tortamania
Tortamania: tradição em chocolate e brigadeiro./Divulgação

> A Delícia de Páscoa combina bolo de chocolate e brigadeiro tradicional e branco (R$ 92,00, pequena; R$ 149,00, média), enfeitada com o coelhinho na Tortamania (Rua Vinícius de Moraes, 121, Ipanema, ☎ 3273-0333).

Raph's Patisserie
Raph’s Patisserie: bolos que podem ser montados na hora./Divulgação

> O bolo de cenoura ganha linda roupagem na coleção pascal da Raph’s Patisserie (Rua Jardim Botânico, 126, ☎ 3576-9008), em formato espiral e coberto com calda e confeitos de chocolate (R$ 140,00, inteiro; R$ 15,00, versão míni).

Torta & Cia
Torta & Cia: combinação de contraste entre a noz e o limão./Divulgação

> A noz-pecã é protagonista da sugestão da Torta & Cia (Rua Capitão Salomão, 14-D, Humaitá, ☎ 2537-8484), que leva creme de limão siciliano para um contraste gostoso (R$ 182,00, inteira; R$ 19,00, fatia).

Da Thábata
Da Thábata: o coelhinho visitou a loja de tortas bascasLipe Borges/Divulgação

> Os loucos por torta basca vão passar a Páscoa “de boa”: a Da Thábata (Shopping da Gávea, 3º piso, ☎ 97497-1991) preparou versão de cenoura com calda de chocolate (R$ 179,00, inteira; R$ 29,00, fatia).

Continua após a publicidade

Bendita Tortas
Bendita Tortas: Portugal também tem vez na Páscoa./Divulgação

> De inspiração portuguesa, a Bendito Toucinho (R$ 192,00, pequena; R$ 221,00, grande) é um grande toucinho do céu decorado para a data pela Bendita Tortas (Estrada da Gávea, 640-B, São Conrado, ☎ 99758-3570).

BAIXE O APP COMER & BEBER E ESCOLHA UM ESTABELECIMENTO:

IOS: https://abr.ai/comerebeber-ios
ANDROID: https://abr.ai/comerebeber-android

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

Uma Páscoa com harmonizações fora da caixa

Nesta Páscoa, que possamos celebrar a renovação não apenas com tradições, mas com a coragem de pensar fora da caixa. Que encontremos alegria na diversidade de ideias e na união da confraternização. Com este olhar sugiro a seguir harmonizações de vinhos fora do padrão para o bacalhau e outros peixes.

 

PRATOS DE BACALHAU

 

Bolinho de Bacalhau com Pét-Nat

Que tal um espumante Pét-Nat? Os espumantes Pét-Nat, abreviação de “pétillant naturel”, são vinhos efervescentes feitos pelo método ancestral, com apenas uma fermentação. São leves, refrescantes e descomplicados

 

Bacalhau com natas com Viognier

Continua após a publicidade

Este prato cremoso (gratinado com creme de leite) pede um vinho branco untuoso. Que tal um branco da região do Rhône-França, feito com uvas como Viognier, Roussanne ou Marsanne, com passagem por barricas.

 

Bacalhau à Brás – País

Este bacalhau desfiado, com batata palha, ovos mexidos, cebola, pode ser acompanhado com branco ou tinto leve. Sugiro um tinto do Chile da casta País, muito leve e refrescante

 

Bacalhau à Gomes de Sá – Assyrtiko

Continua após a publicidade

Bacalhau cozido (com batatas, ovos cozidos, azeitonas, gratinado), tem sabor para encarar tintos ou brancos com bom corpo. Que tal um vinho da Grécia, da uva Assyrtiko, que tem muito aroma. sabor e personalidade.

 

Bacalhau à Zé do Pipo com Vinho Laranja

Este prato de bacalhau assado, leva maionese, purê de batatas, azeitonas e picles. Por seu alto nível de sabor que tal ousar com um branco com taninos, como as Vinhos Laranja, feitos em ânforas?

 

Lombo de bacalhau gratinado com Mencía

Continua após a publicidade

Um prato nobre, normalmente acompanhado com batatas, tomates e azeitonas pede um tinto de leve a médio corpo. Experimente com um espanhol da região de Bierzo, da casta Mencía, ou com um italiano do Piemonte da casta Dolcetto

 

 

OUTROS PRATOS DE PEIXE

Paella com Clarete

Continua após a publicidade

Seja a Paella Valenciana (com carnes) ou a de peixes e mariscos, ficará ótima com um vinho do tipo Clarete – um estilo de vinho tinto bem claro e leve, pouco mais forte que um rosé. É tradicional, sobretudo em Bordeaux, mas que de quase extinto está voltando a moda.

 

Sushi-Sashimi

Aqui o tiro certeiro é um Jerez Fino ou Manzanilla. Fica divino! Outra combinação que faço muito em casa é com Rieslings da Alemanha, com uma ponta de doçura. Cuidado que vicia.

 

Ceviche x Jura

Continua após a publicidade

Este prato de acidez muito alta é um desafio para os vinhos. Tinto aqui nem pensar. Vamos para um branco de muita acidez e personalidade, como os do Jura-França.

 

Salmão ou Atum à moda mediterrânea com Nerello Mascalese

Para este preparo com tomates, azeite, azeitonas ou alcaparras fica melhor com um tinto leve e fresco. Que tal um da casta Nerello Mascalese, que é a resposta italiana à Pinor Noir.

 

Salmão ou Atum à moda asiática com branco da Sicilia

Peixes com molho de maracujá ou com molhos acridoces, brigam com os tintos. Sugiro um branco macio, de região mais quente, como a Sicília, que podem ser das muitas castas locais como Grillo, Inzolia, Catarratto ou Carricante.

 

Moqueca ou Bobó com Grüner Veltliner

Estes pratos baianos são um desafio para os vinhos, pois tem alto sabor, gordura e picância. Uma solução surpreendente pode ser um vinho da

Áustria, da casta Grüner Veltliner, aromático e de grande frescor.

Estas são apenas algumas poucas opções que a infinita variedade do mundo do vinho proporciona. Confira, experimente de mente aberta, e se encante

 

 

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

No clima da Páscoa, Largo da Prainha recebe festival de sardinhas

A segunda edição do evento que reverencia, na região portuária, um dos mais famosos e, podemos dizer, históricos petiscos de botequins da cidade, está aberta no Largo da Prainha. O Festival da Sardinha cria receitas especiais com o peixe nos três estabelecimentos festivos e dirigidos pelo empreendedor Raphael Vidal: Bafo da Prainha, Casa Porto e Dois de Fevereiro.

+ Um brinde digno de estrela: onde provar a tequila que apareceu no Oscar

No primeiro, o famoso Sacaralho, pão de alho da casa feito na brasa com maionese de alho-poró, vem recheado com patê caseiro e cremoso de sardinha (R$ 13,00, ou três por R$ 35,00).

Compartilhe essa matéria via:

.
Dois de Fevereiro: Raphael e a casquinha de sardinha./Divulgação

Na Casa Porto, a herança portuguesa comparece na versão das tradicionais pataniscas utilizando agora o pequeno e saboroso peixe. São como bolinhos achatados de sardinha fresca feitos com ovos e farinha, cebola e salsinha (R$ 29,00, seis unidades).

O Dois de Fevereiro, que cultiva a culinária baiana, vai de casquinha de sardinha, feita em massa de empada e coberta com Catupiry gratinado (R$ 21,90). Louvemos o pequeno pescado de sabor imenso.

Continua após a publicidade

BAIXE O APP COMER & BEBER E ESCOLHA UM ESTABELECIMENTO:

IOS: https://abr.ai/comerebeber-ios
ANDROID: https://abr.ai/comerebeber-android

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

Bem mais que bacalhau: restaurantes capricham em menus especiais de Páscoa

Tasca da Mercearia

A Tasca da Mercearia, em Botafogo (Rua Assis Bueno, 26, tel.: 3556-1425), tem opções para celebrar a Páscoa em seu novo deque arborizado ou no salão interno. Entre as entradas está a punheta de bacalhau (R$ 54,90, 100 gramas), que leva bacalhau cru desfiado, cebola, azeite, vinagre, salsa e alho, com pão da casa. Em seguida tem bacalhau à lagareiro (R$ 139,90), que traz 200 gramas de bacalhau assado, cebola roxa refogada em azeite extra virgem português, servido com batatas ao murro, salsa e azeitonas pretas. Para finalizar, clássicos doces portugueses como o pastel de amêndoas (R$ 16,90) e quindim (R$16,90).

+ No clima da Páscoa, Largo da Prainha recebe festival de sardinhas

Cantina da Praça

Já a Cantina da Praça (Rua Jangadeiros, 28, Ipanema, tel.: 3258-9540) sugere o arancini di pomodoro confit con formaggio (R$ ,0034), crocante bolinho de risoto recheado com queijo meia cura, bacon e ervas finas, molho de tomate caseiro e grana padano, acompanhado de geleia de pimenta. Entre os pratos principais, salmone alla griglia con risotto al limone (R$ 89,00), peixe grelhado com azeite e ervas, servido com risoto de limão siciliano. A sobremesa é a minitorta Ferrero com chocolate amargo e creme de avelã (R$ 24,00).

Cantina da Praça: salmão grelhado e risoto de limão
Cantina da Praça: salmão grelhado e risoto de limãoTomás Rangel/Divulgação
Compartilhe essa matéria via:

Grand Hyatt

No hotel e resort Grand Hyatt Rio, na Barra da Tijuca (Av. Lúcio Costa, 9600, tel.: 3797-9524), haverá um brunch especial para comemorar a Páscoa com bufê completo, recreação infantil e música ao vivo. O evento será no dia 31 de março, das 13h às 16h, aberto também a não hóspedes, mediante reserva antecipada no telefone do hotel. A recreação infantil comandada por monitores especializados inclui uma caça aos ovos de chocolate. O chef de banquetes Carlos Volker assina o menu que traz opções veganas, estações de saladas, entradas, peixes e frutos do mar, massas feitas na hora e mesa de sobremesas temáticas de Páscoa, com ovos de chocolate exclusivos pelas mãos da chef pâtissier Paula Peixoto. O bufê conta com a presença das famosas trufas Lindor da Lindt, marca suíça de chocolates premium. O preço, incluindo espumante, vinhos branco e tinto, cerveja e bebidas não alcoólicas é de R$ 385,00 por adulto. Adolescentes de 13 a 17 anos pagam R$ 289,00, crianças de 6 a 12 anos pagam R$ 193,00 e menores de 6 anos pagam R$ 10,00).

Rodrigo Azevedo
Gero: lombo de cordeiro à moda WellingtonRodrigo Azevedo/Divulgação

Gero

Localizado no Hotel Fasano Rio, na orla de Ipanema (Avenida Vieira Souto, 80, tel.: 3202-4000), o Gero terá sugestões especiais do chef Luigi Moressa, que elaborou para a data um menu fechado de entrada, primeiro prato, prato principal e sobremesa. O menu inicia com o salmão marinado ao perfume de tomate e tangerina, acompanhado de salada verde e funcho crocante ao creme de pepino. Na sequência, é servido o risoto com aspargos, camarões, manjericão e mascarpone. De prato principal, a opção é o lombo de cordeiro à Wellington com mil-folhas de batata, beterraba e batata baroa. De sobremesa, o chef apresenta sua versão de cassata alla siciliana, que leva biscoito de pistache com creme de ricota, geleia de laranja, namelaka de chocolate e suspiro. O menu será oferecido no almoço do domingo de Páscoa (31), com o menu completo a R$ 290,00 por pessoa (mais taxa de serviço).

Tutto Nhoque

Restaurante de inspiração italiana e fabricação própria de massas, o Tutto Nhoque (loja de Botafogo na Rua São Clemente, 24, tel.: 3819-2011) preparou um menu para famílias e amigos confraternizarem que está em cartaz até o domingo (31) em todas as unidades. A chef Helena Murucci apresenta, de entrada, a bruschetta de tomate confit, boursin e cebola caramelizada. O risoto de bacalhau vem de principal. E para finalizar vem o ovo de chocolate com ganache, farofa de amêndoas e caramelo de alecrim. O menu custa R$ 99,90 por pessoa.

Jo & Joe 

No Cosme Velho, o Jo & Joe (Largo do Boticário, 32) sugere a reunião da família no domingo (31) para o almoço preparado para a data com bufê e música ao vivo, das 12h às 16h. O almoço servido no restaurante do hostel terá moqueca de cação, peixe grelhado ao molho de alcaparras, sobrecoxa com bacon em redução de Laranja, moqueca vegana de palmito e outras opções de petisco, guarnições, saladas e sobremesas. O ator Lelê Benson comanda o som com show de música brasileira. O almoço custa R$ 79,00 (mais o serviço).

Continua após a publicidade

BAIXE O APP COMER & BEBER E ESCOLHA UM ESTABELECIMENTO:

IOS: https://abr.ai/comerebeber-ios
ANDROID: https://abr.ai/comerebeber-android

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

Um brinde digno de estrela: onde provar a tequila que apareceu no Oscar

A tequila é uma das tendências do ano de 2024 na coquetelaria mundial, os bartenders apontam um retorno do destilado de origem mexicana aos balcões, e isso já se percebe nas cartas de drinques. Para beber uma dose da bebida que foi uma das estrelas da cerimônia de entrega do Oscar, porém, realizada no domingo (10), em Los Angeles, é preciso desembolsar uma pequena fortuna.

+ Boas-novas gastronômicas: Pará em Ipanema, pizzaria do Spoleto e mais

Durante a festa do cinema, uma ação de marketing da Diageo, gigante internacional das bebidas que é parceira oficial da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, distribuiu doses da tequila Don Julio 1942, ícone luxuoso da marca. Pelas mãos do apresentador Jimmy Kimmel e de Guillermo Rodriguez, a bebida foi degustada por convidados e celebridades como Robert Downey Jr., Emma Stone, Ryan Gosling e Margot Robbie.

Compartilhe essa matéria via:

Internet
Don Julio 1942: aposta da marca no segmento de luxoInternet/Reprodução

No Rio, a Don Julio 1942 está disponível em bares premiados e de requinte na coquetelaria como o Elena, no Horto, e o Nosso, em Ipanema, com a dose custando R$ 250,00 nas duas cartas de destilados. No restaurante Gero, ela sai por R$ 402,00. A garrafa custa por volta de R$ 1500,00 em lojas e sites especializados. Trata-se de um destilado feito 100% de agave azul, em pequenos lotes, na região de Jalisco, no México, e envelhecido por dois anos e meio, no mínimo.

A ação da marca patrocinadora começou na entrega do Oscar quando Rodriguez ofereceu um coquetel com tequila a Colman Domingo, indicado a melhor ator, antes de servir garrafas de 50 mililitros de Don Julio 1942 ao público.

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

Boas-novas gastronômicas: Pará em Ipanema, pizzaria do Spoleto e mais

Picuí no Polvo Bar

Conhecido no litoral alagoano por cuidar dos cardápios de mais de 90% dos casamentos realizados na Costa dos Milagres, além de comandar, há mais de uma década, o bufê do badaladíssimo Réveillon dos Milagres, Wanderson Medeiros é o próximo chef convidado de Monique Gabiatti para comandar a paella do Polvo Bar, em Botafogo (Rua General Polidoro, 156, Botafogo). No domingo (17), Picuí, como Wanderson é mais conhecido, traz sua famosa Paella dos Milagres para Botafogo. A receita, que leva siri, sururu e vôngole, camarão, polvo, lula e lagosta, será preparada na calçada do bar a partir das 15h. Os clientes podem degustar o prato por R$ 79,00.

+ Como é o Jantar com Desconhecidos, sucesso na Europa que chega ao Rio

Quatro mãos femininas no Maria e o Boi

Em Ipanema, o Maria e o Boi vai promover na quinta (14) o jantar Maria e o Brasil, unindo a chef da casa, Vanessa Rocha, e Adriana Veloso, do Pescados na Brasa. O menu da dupla terá entrada, principal e sobremesa (R$ 178,00 por pessoa). Começa com o buré no cuité (milho verde, azedinha e jambu), que pode vir com um adicional de trufas frescas brasileiras Sapucay (R$ 29,00 a grama); e o pastel de pirarucu, queijo coalho e vatapá. As estrelas principais são o filhote com açaí, vinagrete de feijão Santarém com pimenta-de-cheiro e farinha d’água; e bife ancho, maniçoba e “tucupicles” de banana-da-terra. Na sobremesa tem Maria e a Bebel, um pavê de cupuaçu e bacuri com biscoitos caseiros de castanhas do Pará; e o misto de compotas brasileiras. As reservas podem ser feitas pelo telefone: (21) 3502-4634.

Compartilhe essa matéria via:

Aniversário da Casa Milà

A Casa Milà (Rua Esteves Júnior, 28, Laranjeiras, 21-99574-5830) completa 3 anos de vida e celebra a data nesta quinta (14), às 20h, com pratos do chef Fernando Almeida e a nova carta de drinks da casa, do mixologista Walter Garin. Tudo ao som do DJ Day Out of Time. O menu apresenta receitas para todos os gostos, a começar pelo Brasileiríssimo (R$ 78,00): posta de namorado com vinagrete de feijão fradinho, purê de banana-da-terra e farofa crocante de açaí. Também tem barriga suína ao molho lyonaise com risoto de queijo coalho (R$ 62,00), carne macia e acompanhada por um risoto cremoso de queijo coalho. As Gambas al Ajillo (R$ 65,00) são camarões temperados em azeite e talho. O mixologista Walter Garin apresenta drqinues como o Piña Fresca (R$ 32,00), um sour feito com rum, purê de abacaxi, xarope de crema catalana, clara de ovo e limão siciliano.

Rodrigo Azevedo
Babbo: massa nero com vieira, camarão, polvo e mexilhãoRodrigo Azevedo/Divulgação

Campânia na Babbo Osteria

O chef Elia Schramm criou para a Babbo o menu Giro D’Itália, em que todo mês lança um cardápio especial inspirado em uma região italiana, levando receitas típicas com entrada, prato principal e sobremesa. A área da vez é a Campânia, conhecida por sua rica histórica e paisagens de tirar o folêgo, como as ruínas de Pompeia e Herculano, além do paraíso da Costa Amalfitana e suas vilas banhadas pelo mar Mediterrâneo. A sequência começa com a Mozza in Carrozza (R$ 49,00), mussarela de búfala crocante, molho putanesca e rúcula fresca. De principal, o Frutti di Mare (R$ 152,00) é massa nero com vieira, camarão, polvo e mexilhão ao molho de vinho branco, alho, salsa e bottarga. O Babà al Limone (R$ 39,00) finaliza, um bolo tradicional napolitano embebido em calda de açúcar, rum e limão siciliano batido com mascarpone. As receitas podem ser pedidas separadamente, ou o menu completo por R$ 230,00, com um cálice de licor Limoncello de cortesia.

Novidades no Outback

Para os caçadores de hambúrgueres, a rede Outback lança dois novos sabores na campanha 100% Bold. O Picanha Bloomin’ Burger (R$ 59,90) tem um hambúrguer de carne bovina 100% picanha no pão tipo brioche, com pétalas de Bloomin’ Onion, bacon grelhado e molho flame, servido com queijo tipo emmental e mix de queijos, finalizado com a maionese defumada clássica da casa); e o Crunchy Ribs Burger (R$ 54,90) é um sanduíche feito com 100% da clássica costela da casa desossada e empanada, recheada com mix de queijos e cheddar, servida em pão tipo brioche, com mais cheddar, molho bloom, picles, alface e tomate, finalizada com molho barbecue ranch.

Continua após a publicidade

Domino’s tem dose dupla

Na rede de pizzarias Domino’s, a Semana do Consumidor traz promoção vantajosa para os fãs da marca, com pizza em dobro: entre os dias 11 e 20 de março, na compra de duas pizzas médias ou grandes, de qualquer sabor do cardápio, a de menor valor não será cobrada. A oferta é exclusiva para pedidos realizados pelos canais próprios da Domino’s: balcão, telefone, site e app oficial da rede.

.
Spoleto: primeira pizzaria da rede é novidade em Copacabana./Divulgação

+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui

Pizzaria Spoleto

E o Spoleto virou pizzaria, no mesmo esquema famoso das massas, com as redondas montadas à escolha dos clientes, incluindo diferentes coberturas e molhos como tomate, Alfredo e carbonara. A primeira loja da Pizzaria Spoletto está aberta em Copacabana (Rua Francisco Sá, 51, loja 21), e as demais previstas seguirão o modelo de franquia. O menu traz sugestões de pizzas já prontas como a Margherita Speciale, feita com molho de tomate, mussarela de búfula, tomate assado, toque de manjericão, rúcula e molho pesto.

Continua após a publicidade

BAIXE O APP COMER & BEBER E ESCOLHA UM ESTABELECIMENTO:

IOS: https://abr.ai/comerebeber-ios
ANDROID: https://abr.ai/comerebeber-android

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

A Emblemática D.O. Toro

A região de Toro, está localizada no noroeste da Espanha, na Comunidade Autônoma de Castilla y León, que é a maior em área da Espanha e é a menor em densidade demográfica. Toro tem uma antiga tradição vitivinícola que se iniciou antes dos romanos e depois foi mais amplamente alicerçada na época da Idade Média, período que marca a ida dos vinhos dessas terras na viagem histórica de Cristovão Colombo ao Novo Mundo. Houveram duas regulamentações da Denominação de Origem Toro, a primeira em 1932 e a segunda 1987, ao qual seguem as normais até a atualidade, onde o Consejo Regulador Denominación de Origen Toro controla a certificação.

Crédito de Imagem: D.O. Toro https://www.dotoro.com/situacion/

A área geográfica compreende um total de 5.800 ha de vinhedos, divididos em 12 municípios da Província de Zamora e 3 de Valladolid. Há 62 bodegas e 920 viticultores dentro da área demarcada. Ao norte da área geográfica o rio Duero cruza de Leste para Oeste.

Característica do Terroir da D.O. Toro

As características do terroir são peculiares com vinhedos localizados entre altitudes de 620 a 870 metros acima do nível do mar, o que ajuda na maturação fenólica completa e adequada das uvas. O clima é continental com influência Atlântica, semelhante a vizinha Ribera del Duero. O índice pluviométrico gira em torno de 350-400 mm/ano, o que torna o terroir com perfil semi-árido, o que contribui para que os vinhedos não sejam submetidos a tantos tratamentos.

Os solos são divididos em 3 zonas gerais de origem, o do período quaternário, o do terciário e o terceiro com a mescla dos dois anteriores. As parcelas da era quaternário são pedregosos chamados na espanha de “canto rodados” e pedregosos com areia, já os de origem no terciário apresentam-se arenosos, argilosos e com frações de carbonatos de cálcio, muitos outros fragmentos são compostos entre solos com as duas eras quaternário e terciário. Os solos apresentam manchas de vários tons de vermelho, são de fácil penetração para as raízes e com boa drenagem.

Crédito de Imagem: D.O. Toro https://www.dotoro.com/situacion/

Castas Permitidas pela D.O. Toro

A casta rainha da região é a Tinta de Toro, a autóctone cepa Tempranillo. Ela está amplamente plantada e constitui o principal encepamento da Denominação de Origem Toro, a grande maioria estão em vaso, apresentam baixos rendimentos e estão plantadas em baixas densidades por hectare, apresentam média de idade de 50 anos, podendo ter numerosas vinhas com 100 anos, há cerca de 120 ha de vinhedos pré-filoxerico. É uma casta bastante resistente a amplitudes térmicas que ocorrem durante os fortes dias de verões e a variações climáticas em os anos de severos invernos.

Casta Tinta de Toro, Crédito de Imagem : D.O. Toro

As variedades tintas autorizadas pelo Conselho Regulador D.O. Toro são as tintas Tinta de Toro e a Garnacha. Já as cepas brancas, estão autorizadas as Verdejo que é a principal, mas também a Malvasia Castellana, Albillo Real e a Moscatel de Grano Menudo. A D.O. Toro também permite a produção de vinhos rosés, utilizando as castas permitidas.

Características dos Vinhos D.O. Toro

Os vinhos tintos são a referência de excelência da região e se caracterizam por ter um perfil de cor profunda, adstringentes, alto nível de álcool, muito corpo e excelente acidez, com aromas e sabores de frutas como amora e mirtilo e apresentam-se com muita personalidade à mesa. Pratos com mais estrutura e condimentos são excelentes acompanhamentos para os vinhos tintos de Toro.

Nos vinhos tintos as normais são seguidas as da União Europeia, onde os rótulos que estão como varietal, podem ter 85% desta casta e serem loteados com mais 15% da outra autorizada. Há outras nomenclaturas específicas da D.O. Toro, como Roble ao qual são estagiados com o processo de Crianza em barrica e em garrafa e podem conter 10% de Garnacha, já os Gran Reserva também podem ser produzidos a partir de blends, neste caso até 50% de cada tinta permitida.

Bodega Numanthia (D.O. Toro)

O vinho sempre foi um mercado econômico importante para muitos países e regiões. Cada vez mais vemos o interesse e a concretização de grandes investimentos por fortes grupos com verdadeiros conglomerados de empresas que atuam nos mais diferentes mercados. A Bodega Numanthia, fundada 1998 está localizada em Valdefinjas, dentro da D.O. Toro, ela foi adquirida pelo grupo LVMH em 2008 que a levaram a outro patamar de excelência vínica preservando a história e as características do seu distinto terroir.

Algo curioso e histórico é que Numanthia era o nome de uma cidade antiga na região ao qual os habitantes resistiram heroicamente ao exército romano por 20 anos em 134 A.C., e ao final quando a invasão não tinha mais como ser adiada, eles preferiram sacrificar suas vidas em vez de se render ao exército romano. Há peças arqueológicas encontradas desta época que evidenciam que neste período já de produziam e consumiam vinho por esta área espanhola.

A Bodega Numanthia produz 3 referencias vínicas, os vinhos Termes, o Numanthia e o magnífico Termanthia. Os vinhedos da Bogeda estão espalhados em diversas parcelas da D.O. Toro e os vinhos são vinificados em separados por parcelas e castas, um trabalho artesanal de enologia que é comandado pelo Diretor Técnico Jesus Jimenez que faz uma primorosa alquimia nos loteamentos de para cada referência, mantendo a identidade de cada rótulo e sobretudo do próprio terroir. A empresa apesar de pertencer a um grande grupo de investidores funciona como se fosse familiar onde todos colaboram para que o resultado final que são produzir grandes vinhos aconteça. O Diretor Geral Júlio Rodrigues é argentino e já trabalha para o grupo LVMH há 16 anos, com vasta experiência em diversos terroirs do mundo comanda a equipe como um maestro atento a cada oportunidade de negócio.

Vinho Especial – Termanthia 2016

O vinho Termanthia da safra 2016 é o vinho icônico do terroir D.O. Toro, um vinho que carrega a identidade da casta Tinta de Toro. Ele é produzido com vinhas que chegam a quase 200 (DUZENTOS) anos, num sistema de micro-vinificação artesanal para compor o lote final deste emblemático néctar. O verdadeiro Baco Jesus Jimenez, responsável em produzir esse tributo ao mundo dos vinhos explicou-me cada detalhe da sua elaboração e longa espera para chegar ao nível qualitativo que se desejava para o Termanthia.

Quando nos deparamos com vinhos com a qualidade técnica primorosa, sem dúvida uma grande emoção nos aflora. Este vinho é pura elegância e finesse, cheio de frescura, taninos completamente polimerizados, excelente corpo, acidez viva, sofisticadas e complexas notas de aromas e sabores. Um vinho verdadeiramente para erguer brindes em momentos especiais, onde desejamos vida longa ao enólogo, a toda a equipe e a Bodega que o produziu.

Valbusenda Hotel Bodega SPA (D.O. Toro)

Localizada em Peleagonizalo, no coração da Região D.O. Toro, esta Bodega com design moderno, abriga um requintado hotel 5 estrelas, um excelente restaurante, um maravilhoso SPA, e oferece ao visitante uma experiência completa de enoturismo. Além da visita a Bodega, caminhada nas vinhas, ela oferece um passeio num jardim ampelográfico com 250 variedades diferentes de cepas de diversos locais.

O restaurante do complexo apresenta um lindíssimo ambiente e possui um menu degustação com ingredientes regionais harmonizados em cada momento com os rótulos da Bodega e também disponíveis outros rótulos regionais.

Em resumo, Toro é uma lindíssima região, rica em cultura, história e identidade vínica, que vale a pena conhecer e desbravar tudo o que a área disponibiliza aos seus visitantes. Espero que você leitor, amante do Mundo de Baco tenha gostado desta partilha, fica o convite a todos provarem os vinhos deste terroir. Desejo bons momentos e saúde a todos !

Fonte:

Mundo dos Vinhos por Dayane Casal