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Qual é o melhor ovo de pistache da Páscoa? Confira o ranking de VEJA Rio

Os anos 2000 estavam começando quando a chef Flávia Quaresma, nome importante da gastronomia brasileira, enviava um funcionário de seu Carême Bistrô para o aeroporto Galeão, a fim de receber uma carga quase clandestina da pequena noz esverdeada que era artigo luxuoso para uma de suas adoradas sobremesas. Quem te viu, pistache, e quem te vê. A onda verde cresceu e virou tsunami. O sentimento de luxo e requinte permanece, de distinção e personalidade (que ele tem de sobra), em momento de acessibilidade crescente ao ingrediente saboroso e crocante

Esses são alguns dos motivos do sucesso retumbante de público do pistache, apontados pelo júri que elegeu o campeão entre 20 ovos degustados, iguarias que iluminam o amado ingrediente na Páscoa de 2025. O melhor de todos está aqui destacado, na lista das 10 pedidas disponíveis para compras e encomendas que mais agradaram às especialistas.

+ O coelhinho caprichou: os ovos de Páscoa mais criativos de 2025

Além de Flávia Quaresma, participaram da eleição a premiada chef e confeiteira Paula Prandini, do delicioso Empório Jardim, com vasta experiência em iguarias doces e salgadas preparadas com pistache; a publicitária e criadora de conteúdo Juliana Goulart, do perfil Vida Carioca; e o fotógrafo especializado em gastronomia Tomás Rangel. Todos chocólatras.

Em decisão unânime, o ovo vencedor da prova é o Choco Pistache, da Chocolat Du Jour (R$ 429,00, 400 gramas). Sorrisos se abriram na sala de degustação quando a bonita embalagem foi aberta, e a separação das metades fez transbordar à mesa uma profusão de miniovinhos, tentações onde o pistache é caramelizado, levemente salgado e mesclado ao chocolate branco de alta qualidade, o mesmo processo utilizado na casca.

“Escondam esse ovo porque com ele aqui na frente a degustação não avança”, disse alguém, com a concordância de todos, entre suspiros e elogios ao conjunto harmônico e de sabor em alto volume, a valorizar tanto o pistache quanto o chocolate. Um ovo com evidente conhecimento de causa.

A Chocolat du Jour é uma marca paulista que possui fazenda própria de cacau no sul da Bahia, e chegou ao Rio há dois anos, instalando-se no 1º piso do Shopping Leblon. O ovo está disponível na loja, ou através do site www.chocolatdujour.com.br

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O campeão: embalagem elegante é inspirada no cacau./Divulgação
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Seguem os outros nove produtos contemplados na lista pelos jurados, na ordem alfabética.

Ana Foster – Ovo de chocolate branco com matcha, pistache e geleias de framboesa (R$ 250,00, 600 gramas)

A chef Paula Prandini já havia dito que a framboesa é grande amiga do pistache, e estava sentindo falta da combinação, quando apareceu o ovo da confeiteira Ana Foster, que sempre garante vaga na lista dos melhores da Páscoa. O ovo com matcha no chocolate leva camada fina de doce de pistache com geleia de framboesa, e bombons de mesmo recheio no interior. Variação em pó do chá verde, o matcha foi considerado pelo júri um ingrediente complicado de se trabalhar tendo em vista um resultado prazeroso. Ele aparece de forma muito sutil no ovo, que traz um praliné bem feito com o ingrediente da vez, ponto considerado fundamental para o sucesso do produto. Encomendas pelo WhatsApp: (21) 9647-96332, e site www.anafosterchocolates.com. @anafosteroficial

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Ana Foster: matcha e pistache em chocolate branco./Divulgação
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Beju e Magi – Ovo de pistache com frutas vermelhas (R$ 150,00, 300 gramas)

De loja aberta na Tijuca após o sucesso das doçuras no delivery, a Beju recheou seu ovo com brigadeiro de pistache, bolo branco, geleia de frutas vermelhas e pistache triturado. No contexto do ovo com bolo dentro, que vai ao encontro da tendência de extrapolar (e muito, às vezes) os limites do chocolate, a montagem foi considerada bonita, o bolo, bem feito, e o sabor das frutas vermelhas bem inserido. Pedidos na loja da Rua Conde de Bonfim, 177; pelo tel.: (21) 99904-6745; ou site: www.bejuemagi.com. @bejuemagi

Beju e Magi: combinação de bolo, pistache e frutas vermelhas
Beju e Magi: combinação de bolo, pistache e frutas vermelhas./Divulgação

Creamy Patisserie – Ovo pistache e framboesa (R$ 279,00, 350 gramas)

Mantendo a assinatura de suas coleções nas belas pinturas das cascas dos ovos, o chef Itamar Araújo (que também é fera na comida asiática, à frente do restaurante Elena) fez um ovo inteiro de chocolate belga ao leite com farto recheio de ganache de pistache, geleia de framboesa e pistaches caramelizados. É um dos três presentes nesta lista que foi pelo caminho das frutas vermelhas. Mesmo sentindo falta de uma pegada maior de pistache, os jurados destacaram o equilíbrio e a combinação de ingredientes. Pedidos pelo WhatsApp: (21) 97504-0783. @creamypatisserie

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Creamy Patisserie: combinação certeira de pistache e framboesa./Divulgação

Fernanda Luz – Ovo pistache de Dubai (R$ 170,00, 420 gramas)

Especialista em bolos, a confeiteira Fernanda Luz explorou muito bem a propriedade crocante do knafeh no recheio de pistache cremoso, a massa filo comum aos doces do Oriente Médio que caracteriza o estilo ‘Dubai’, viralizado no TikTok a partir de uma confeitaria local. O ovo é pintado de dourado em casca texturada, inteiro e feito com chocolate meio amargo. Encomendas pelo WhatsApp: (21) 99992-3756. @fernandaluzconfeitaria

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Fernanda Luz: crocância da massa knafeh no estilo Dubai./Divulgação

Grand Hyatt Rio – Ovo trufado de pistache (R$ 255,00, 350 gramas)

O grande hotel de muitas atrações na Barra fará um brunch de Páscoa no dia 20 de abril, e participou da degustação com um dos ovos disponíveis no quiosque local. A qualidade e a intensidade do chocolate meio amargo foram destacadas pelo júri, de um ovo que é lotado de pistaches no interior. O Grand Hyatt fica na Av. Lúcio Costa, 9600. Informações pelo tel.: 3797-9524. @grandhyatt_rio

Grand Hyatt: chocolate meio amargo e muito pistache dentro
Grand Hyatt: chocolate meio amargo e muito pistache dentro./Divulgação

Kopenhagen – Ovo Exagero pistache caramelizado (R$ 179,00, 370 gramas)

O ovo da famosa marca de produção em grande volume foi uma grata surpresa pela aposta no pistache verdadeiro e em grande quantidade, deixando de lado as pastas e envolvendo a oleaginosa em caramelo bem feito. Nas lojas da rede, ou pedidos pelo site: www.kopenhagen.com.br. @kopenhagen_

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Kopenhagen: caramelo e muito pistache no recheio do ovo ‘exagero’./Divulgação
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Louzieh Doces – Ovo de brigadeiros de pistache e limão siciliano (R$ 89,90, 350 gramas)

Além do capricho da apresentação visual delicada do meio ovo, típico dos doces da marca, os brigadeiros de pistache chamaram a atenção, muito bem feitos e, de fato, com a presença e o aroma do ingrediente principal. Esse é para entrar de colher. Loja na Rua Visconde de Pirajá, 444, loja 119. Encomendas pelo tel.: (21) 99494-8667. @louziehdoces

Louzieh: brigadeiros de pistache e de limão siciliano
Louzieh: brigadeiros de pistache e de limão sicilianoRicardo Pereira/Divulgação

Sweet November – Ovo de chocolate e caramelo com pistache (R$ 189,00, 225 gramas)

Na confeitaria do Recreio dos Bandeirantes, a ideia é aproveitar o pistache em todas as camadas, no chocolate no caramelo e na pasta duja do recheio de um ovo de forte apelo visual, da caramelização às nozes na casca. Loja na Rua Professor Hermes Lima, 30-A, Recreio. Pedidos através do WhatsApp: (21) 99281-9206. @sweetnovemberdoces 

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Sweet November: pistache na casca e recheio caramelado./Divulgação

Vulpes – Ovo de chocolate belga 54% e gianduia de pistache salgado (R$ 198,00, 260 gramas; ou R$ 100,00, a metade)

Um ovo bonito no contraste do chocolate escuro da casca com as camadas de pistache e o chocolate branco, que é finalizado com pedacinhos de pistache. A mordida abraça todas as camadas e o pistache está presente de forma satisfatória no creme. Pedidos pelo link do Goomer: https://vulpes-doces.goomer.app/menu. @vulpesdoces

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Vulpes: contrastes de cor e sabor em três camadas./Divulgação

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Por Que os Vinhos da Borgonha São os Mais Caros e Cobiçados?

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Os grandes vinhos de Bordeaux são caros. Os da Borgonha (centro-leste da França, entre Dijon e Lyon) não têm preço. Eles custam milhares de euros, claro, mas não basta ter dinheiro para consegui-los. Na lista dos 50 vinhos mais caros do mundo, elaborada pelo site Wine-Searcher, aparecem 44 rótulos da Côte-d’Or, onde está o crème de la crème da Borgonha.

As vinícolas de maior prestígio costumam trabalhar com sistema de alocação. Ou seja, como têm produção limitada, decidem o tamanho da cota que cada cliente tem direito a comprar. Há sempre fila. Na França, os cavistes, como são chamados os donos de lojas de vinho, por sua vez, também costumam fazer alocação dos poucos grandes borgonhas que conseguem entre seus clientes fiéis. Pouco sobra para quem vem de fora. No Brasil, assim como em vários outros países, o que chega para as importadoras desaparece na hora.

Por essas e outras, alguns borgonhas se tornaram os vinhos mais cobiçados da atualidade. Sucesso todo calcado na elegância, na complexidade e no caráter dos seus melhores tintos e brancos (a região também produz espumantes e até rosés, mas esses não são tão bem cotados). “A produção dos melhores vinhos da Borgonha tem vários segredos”, comenta a sommelière Gabriela Bigarelli. “Uma tradição secular e uma combinação perfeita entre clima, terreno e luminosidade estão entre os principais deles. Essa combinação perfeita é única e capaz de gerar uvas com características excepcionais.”

A criação do Terroir da Borgonha

A Borgonha inventou o conceito de terroir, que considera as características do solo, do clima, da topografia, da insolação e outros fatores físicos como diretamente ligadas à qualidade do vinho produzido ali. Essa ligação foi fartamente estudada pelos monges cistercienses que se instalaram na região durante a Idade Média. Como sua doutrina pregava o trabalho duro, eles passavam todo o tempo, entre a lavoura e a vinícola, estudando quais uvas se davam melhor em quais pedacinhos de terra.

Com isso, a região se tornou uma colcha de retalhos, sendo que cada pedacinho tem um nome. Cada climat (o terroir de um vinhedo específico) produz um vinho diferente do vizinho, apesar de a Borgonha ser uma das poucas regiões vitivinícolas da Europa a trabalhar principalmente com vinhos monovarietais: chardonnay para os brancos e pinot noir para os tintos.

Dessa colcha de retalhos surgiu futuramente o sistema de denominações de origem controlada. Por esse sistema, os melhores vinhos viriam dos terrenos classificados como grand crus e, na sequência, quase tão bons quanto os primeiros, os vinhos dos premier crus. Abaixo, vêm as denominações de vinhos village, aquelas que fazem vinhos com uvas de uma única comuna, como Corton ou Nuit Saint-Georges. E, na base da pirâmide, as denominações regionais, como Bourgogne, Côte de Nuits ou Côte de Beaune.

Divulgação

Gabriela Bigarelli: “a produção dos melhores vinhos da Borgonha tem vários segredos. Uma combina- ção perfeita entre clima, terreno e luminosidade”

“Costumo explicar para meus alunos que a denominação genérica é como dizer que uma pessoa é brasileira”, diz a sommelière Alexandra Corvo, proprietária da escola Ciclo das Vinhas. “Para um gringo, que não conhece nada de Brasil, isso basta. Se eu estiver falando com um baiano, posso acrescentar a informação de que a pessoa é da cidade de São Paulo. Porém, se eu estiver conversando com outro paulistano, vou contar que ela é da Mooca ou dos Jardins. Essa última informação é muito importante. Ela influencia muito no jeito da pessoa, mas não adianta passar essa informação para quem não sabe o que é a Mooca ou os Jardins.”

A Borgonha, excluindo Chablis, que fica separado, é uma tripa de vilas e vinhedos ao longo de duas estradinhas paralelas. É dividida em Côte-d’Or, Côte Chalonnaise e Mâconnais. O trecho tradicionalmente mais valorizado é a Côte-d’Or, onde estão 32 dos 33 grand crus existentes na Borgonha. A Côte-d’Or se divide em Côte de Nuits, ao norte da cidade de Beaune, que produz praticamente só tintos da uva pinot noir, e Côte de Beaune, ao sul, que produz grandes brancos, mas também alguns tintos de muita qualidade.

Cada uma dessas sub-regiões se divide em várias vilas, daí os villages. Entre as vilas da Côte de Nuits, Vosne-Romanée se destaca. Lá estão alguns grand crus muito famosos, como o La Tâche, o La Romanée, o Romanée-Conti, o Romanée-Saint-Vivant e o Echézeaux. O Romanée-Conti e o La Tâche são propriedade exclusiva (monopole) do Domaine de la Romanée-Conti e o La Romanée é monopole do Domaine Comte Liger-Belair.

Outras vilas valorizadas da Côte de Nuits são Gevrey-Chambertin, Morey-Saint-Denis e Vougeot, onde fica o famoso grand cru Clos de Vougeot, o maior vinhedo murado da Borgonha. Ele conta com 80 proprietários diferentes, alguns com não mais do que duas fileiras de videiras. Há ali também um castelo que virou museu.

Na Côte de Beaune, as três vilas a se prestar atenção são Chassagne-Montrachet, Puligny-Montrachet e Meursault. “Esse é o chamado triângulo dourado, onde estão os maiores brancos da Borgonha”, diz Bruno Pepin, diretor comercial da Maison Louis Latour, negociante que tem sede em Corton, na Côte de Beaune, e vinhedos por toda a Borgonha, alguns inclusive no triângulo dourado.

Quando o termo maison aparece no rótulo, sempre se trata de um negociante, ou seja, uma vinícola que coloca sua marca em vinhos feitos a partir da compra de uvas, mosto e até vinhos de terceiros. Quando aparece domaine (a Louis Latour tem vários), trata-se de uma propriedade onde os vinhos são produzidos com uvas próprias.

Todos esses nomes escritos anteriormente são apenas uma pequena amostra da complexidade da tarefa que terá pela frente aquele que se propuser a ser um conhecedor dos vinhos da Borgonha.

“É preciso decorar os nomes das denominações, vilas e vinhedos premier cru e grand cru, e o nome dos produtores”, comenta o sommelier Tiago Locatelli.

A qualidade dos vinhos depende do terreno, mas também da habilidade do produtor. Então, é preciso combinar essas duas informações. São 84 denominações de origem e mais de 6 mil produtores.

A Borgonha representa hoje o que o mercado de luxo mais busca no vinho: exclusividade.

“Bordeaux você consegue comprar”, diz Júlia Frischtak, especialista em vinhos com experiência em marketing e importação no Brasil e na Inglaterra. “Borgonha, nem sempre. Mesmo para revendedores ou importadores fiéis, as alocações são pequenas. De alguns vinhos, como, por exemplo, do tinto Jacques-Frédéric Chambolle-Musigny Premier Cru Les Amoureuses (cerca de 2 mil euros na França), em muitos anos, só chegam três garrafas ao Brasil. Outros nem chegam.”

O Jacques-Frédéric Chambolle-Musigny Premier Cru Les Amoureuses nem faz parte daquela lista dos 50 mais caros. Como ele, nessa mesma faixa de preço, existem centenas de tintos e brancos espalhados pela Côte-d’Or. A lista exibe a média de preços em revendedores oficiais para garrafas de 750 mL de diferentes safras, excluindo edições especiais.

Surpresa! No topo, não está o Grand Cru Romanée-Conti do Domaine de La Romanée-Conti (US$ 24.235). Ele é o segundo mais caro. O primeiro é o Leroy Grand Cru Musigny (US$ 37.156), do Domaine Leroy (valores do dia 12 de novembro).

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Romanée-Conti: uma das menores denominações da Borgonha, monopólio do Domaine de la Romanée-Conti

Madame Leroy

Dos 30 vinhos da Borgonha que estão na lista, 28 são do grupo Leroy, vinhos do Domaine Leroy, em Vosne-Romanée, a mesma vila da Côte Nuits onde está o Romanée-Conti, e do Domaine D’Auvenay, em Meursault, no sul da Côte de Beaune.

À frente desse grupo está a mulher hoje considerada a grande dama da Borgonha, Marcelle Leroy, de 92 anos, mais conhecida como Lalou Leroy – ou apenas Madame Leroy.

Lalou Leroy é proprietária também da Maison Leroy, tradicional negociante da Borgonha. Possui ainda metade do Domaine de La Romanée-Conti, onde, até 1992, dividiu a administração com seu sócio Aubert de Villaine.

Nesse ano, saiu da direção do Romanée-Conti e começou a comprar vinhedos para um projeto pessoal. Hoje possui vinhedos nos melhores terroirs e seus vinhos são hiperbem cotados. Atualmente não são importados para o Brasil, mas já foram no passado. São vinhos fantásticos.

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Vinhedos franceses formam figuras geométricas coloridas quando vistos de cima

Na lista, estão também rótulos das seguintes vinícolas: Domaine du Comte Liger-Belair (Vosne-Romanée), Domaine Coche-Durey (Meursault), Georges & Christophe Roumier (Chambolle Musigny), Domaine Leflaive (Puligny-Montrachet) e Jean Yves Bizot (Vosne-Romanée). Todos com vinhos de, no mínimo, US$ 5.226.

Como boa parte deles não chega ao Brasil ou chega em quantidade ínfima, muita gente acha que pode ir prová-los in loco.

“Toda semana, recebo um pedido para marcar uma visita ao Domaine de La Romanée-Conti”, conta Pryscila Musso Gashi, proprietária da Viti Wine Tours, empresa de receptivo para o enoturista na Borgonha e regiões próximas.

“Respondo que é impossível. Muitas vezes, a pessoa insiste e diz que paga o que for. Não é uma questão de preço. Eles não têm infraestrutura para receber turistas.”

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O Domaine du Château de Meursault, na Côte de Beaune, é uma das maiores vinícolas da Borgonha e também uma das mais preparadas para receber turistas. A casa produz tanto brancos como tintos

Visitar o Romanée-Conti ou os domaines da Madame Leroy é praticamente impossível, mas Pryscila consegue marcar visitas a muitos domaines importantes que não são abertos ao público, como o Domaine Michel Gros, em Vosne-Romanée. Consegue também atenções especiais, como visitar os vinhedos do Domaine Jean Noël Gagnard, que costuma só oferecer degustação na loja da vinícola para quem vai sozinho.

“Se [além do aprendizado] o objetivo também for turismo, levo, por exemplo, ao Château de Pommard, com uma bela infraestrutura para receber o turista. Um lugar lindo”, adianta Pryscila.

Um toque brasileiro na Borgonha

Em meados de 2024, dois irmãos de Brasília, Rafael e Juliano Silveira, o primeiro da área de comércio eletrônico de vinhos e o segundo da gestão de investimentos, apresentaram em São Paulo os ótimos vinhos da Maison Arnaud Boué, uma pequena vinícola na Borgonha, em Aloxe-Corton, que eles compraram em 2020. Na verdade, entraram de sócios do enólogo Arnaud Boué (foto), arrematando 98% da empresa e deixando Boué na administração da propriedade.

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Rafael e Juliano Silveira: “A ideia é criar um legado”

Brasileiro comprando vinícolas no exterior não é novidade, mas, na Borgonha, sim. O preço da terra na Borgonha costuma ser impraticável. Para se ter uma ideia, em setembro passado, o grupo francês LVMH comprou 1,3 hectare de vinhedos por 15,5 milhões de euros. Os irmãos estão comprando terras para fazer vinhos com uvas próprias. Os brasileiros não declaram quanto pagaram pelo terreno.

Alguém pode argumentar que a transação da LVMH envolvia parcelas de grand crus de muito prestígio, mas a dos brasileiros também. Os irmãos já têm parcelas de premier cru em Nuits-Saint-Georges e de grand cru em Corton, que renderam tintos muito elegantes, por sinal. Compensa investir na Borgonha? “Nossos objetivos não são a curto prazo”, diz Rafael. “A ideia é criar um legado.”

Reportagem publicada na edição 126 da revista, disponível nos aplicativos na App Store e na Play Store e também no site da Forbes.

O post Por Que os Vinhos da Borgonha São os Mais Caros e Cobiçados? apareceu primeiro em Forbes Brasil.

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Notícias e Conteúdos sobre vinhos na Forbes Brasil
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Guia revela as maiores tendências dos vinhos na América do Sul

Foram um sucesso os dois eventos de lançamento do Guia Descorchados 2025, em São Paulo e Rio de Janeiro, realizados na semana passada. Ingressos esgotados e público cada mais vez interessado pela produção de vinho da América do Sul. Criado pelo jornalista chileno Patricio Tapia, a primeira edição da publicação foi editada 1999. Desde então, tornou-se o mais relevante termômetro para avaliar, pontuar e documentar a evolução dos vinhos na Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Peru e Uruguai.

Além das análises dos 4.000 rótulos degustados por Tapia e sua equipe, os três volumes da publicação trazem textos com temas que apontam tendências e ajudam o consumidor em suas escolhas, sempre com linguagem descomplicada, que não exige curso avançado ou glossário para saboreá-la. O meu exemplar, por exemplo, já está repleto de marcadores, lembrando os vinhos e regiões que pretendo conhecer. Tapia é jurado da inglesa Decanter e um ativista de vinhos mais frescos, com menos madeira e extração mais suave. Vinhos que falem mais sobre o lugar de onde vêm e menos de processos mirabolantes. “Houve um tempo em que as pessoas achavam que vinho bom tinha cor muito forte e escura e muita madeira. É o caso dos Cabernet Sauvignon que, de tão encorpados, dava para cortá-los com garfo e faca”, exagera. Confira aqui um vídeo com Tapia explicando os critérios do Guia:

Tive a oportunidade de participar da degustação na Associação Brasileira de Sommeliers, em São Paulo, que apresentou 19 dos vinhos mais bem pontuados do guia. A constatação é unânime: vivemos o momento da sutileza. O tempo da extração exagerada, feita com uvas super maduras e um exagero de madeira nova ficou para trás. Cada vez mais o vinhedo é o protagonista, com a geografia responsável por anunciando a procedência de um vinho (e não o processo enolológico, porque hoje há “mágica” para quase tudo).

Em 26 anos de publicação, a nota máxima de 100 pontos foi concedida em apenas quatros vezes, dois rótulos de 2024 e agora, em 2025, em um deles pela segunda vez, o Adrianna Vineyard Mundos Bacillus Terrae, 2022, da Catena Zapata. O que eles têm em comum? A delicadeza, o frescor e acidez que mostram um vinho vivo. “São produtos que têm sido trabalhados por anos por seus enólogos. Eles são frutos de longa pesquisa e compreensão dos vinhedos, agraciados por safras muito boas”, disse Tapia à coluna AL VINO.

A seguir alguns dos destaques e tendências anunciadas pela publicação.

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  1. O Uruguai tornou-se um grande produtor de brancos, especialmente da casta Albariño, que tem se tornado símbolo do país da bandeira azul celeste.
  2. A Bolívia desponta como a grande surpresa do ano e a promessa de grandes vinhos da região de Tarija, local com vinhedos em altitudes que podem chegar a 3.500 m. Isso ajuda a intensificar compostos aromáticos e produz frutas com mais acidez e frescor.
  3. O novo Cabernet Sauvignon: mais leve, delicado e até “frágeis”, como descreve Tapia, em alguns momentos. Essa novidade costumava ser o estilo de grandes chilenos nos anos 1990, mas isso se perdeu com a era dos rótulos corpulentos e amadeirados. Um grande exemplo de atualização é o Cabernet Sauvignon que levou 100 pontos este ano, o Undurraga, Altazor 2021, do Maipo. Fresco, frutado, nada agressivo, com a madeira totalmente integrada, precisa ser bastante experiente para percebê-la, com um final herbáceo típico da casta.
  4. Em todas as vinícolas revelação das regiões, cada país tem uma indicação. O fator determinante para a indicação é o vinho — e não as instalações e restaurantes estrelados. Minha surpresa foi a Bracco Bosca, uruguaia da região Atlântida, em Canelones, que tem feito um Tannat fresco e gastronômico, muito diferente daquele nossos velhos conhecidos encorpadões que só eram lembrados na hora de acompanhar carne com muita gordura.
  5. Simples e felizes: pela primeira vez o guia traz uma coluna com esse nome. Fiquei encantada com a novidade. São vinhos que segundo eles “te fazem sorrir de tão frescos, frutados e notadamente têm poucas ambições além de te agradar e refrescar numa noite de verão”. Sinceramente, há poucas coisas tão ambiciosas quanto fazer sorrir e agradar. Claro que nesta seção estamos falando de vinhos mais simples, na linguagem do vinho “mais rápidos”, talvez para o dia-dia. Vale conhecê-los!
  6. A região Sul do Brasil se consagra como a grande produtora nacional, não apenas em quantidade (80% dos vinhos finos brasileiros são feitos lá), mas em qualidade. Os espumantes, sem dúvida, são o produto de maior excelência. Na edição deste ano, levaram 95 pontos o Maria Valduga N/V, de Chardonnay e Pinot Noir, da Casa Valdura, que mesmo com 60 meses em contato com as borras, tempo que fica na cave após a fermentação, continua jovem, fresco e vibrante. O melhor tinto brasileiro ficou com a Serra da Canastra, Minas Gerias, o Sacramentos Sabina Syrah Seleção de Parcelas 2024, da Sacramento Vinifer, com o trabalho do enólogo Alejandro Cardoso. Mas acredito que aqui esteja um recado aos produtores do Sudeste que, encantados com a dupla poda, técnica que permite que a colheita seja feita no inverno e tem possibilitado a produção em Brasília, Goiás, Bahia, Minas Gerais e São Paulo, se esquecem muitas vezes que há um ingrediente nessa cultura que não se compra e é fundamental: o tempo. Mas esta é uma boa história para uma próxima coluna.
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    Vinho – VEJA
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    Nova carta de drinques do Rubaiyat celebra presença no Brasil e exterior

    Olhando para a trajetória do próprio grupo, a nova carta de drinques do Rubaiyat traz coquetéis autorais que celebram os endereços no Brasil e no exterior onde a casa de carnes marca presença. Depois de lançadas em São Paulo, as novidades chegam hoje ao Rio e depois desembarcaram em Brasília.

    Com duas casas do grupo, São Paulo, por exemplo, está representada no Liberdade (gin escocês The Botanist, grappa, mix de pepino e manjericão e shrub de pera). Brasília pelo Rosa do Cerrado (saquê, Ramazzotti, vinho do porto, espumante e bitter de cacau). Já o Rio de Janeiro tem a homenagem através do Bossa Nova (Aperol, Licor 43, suco de limão siciliano e tônica artesanal de hortelã).

    Há espaço ainda para as casas internacionais. O grupo Rubaiyat está presente na Espanha, Argentina e Chile, este último homenageado pelo Amazônia Andina (pisco infusionado no anis estrelado, cachaça de jambu, abacaxi, limão, xarope de orzata, cumaru e tomilho).

    O novo menu traz ainda drinques clássicos, quatro releituras de negroni e até três opções sem álcool. Os mocktails servem uma fatia do mercado com tendência de consumo consciente e saudável. Pesquisa recente demonstrou que 88% da geração Z afirma estar disposta a diminuir ou até abandonar a bebida.

    Rubaiyat Rio
    Endereço: Rua Jardim Botânico, 971 – Jardim Botânico
    Horário de funcionamento: Segunda e terça, das 12h às 22h; quarta a sábado; das 12h às 23h; e domingo, das 12h às 18h

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    Comer & Beber – VEJA RIO
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    Novo filme sobre vinho movimenta Hollywood

    Hollywood está preparando um filme inspirado no audacioso roubo de garrafas raras do Château d’Yquem, um dos vinhos mais prestigiados do mundo. Este evento lança luz sobre a crescente valorização e cobiça em torno dos vinhos de alta gama, especialmente aqueles provenientes de regiões renomadas como Bordeaux, na França.

     

    O Roubo que Chocou o Mundo do Vinho

    Em outubro de 2021, o restaurante Atrio, localizado em Cáceres, Espanha, e detentor de três estrelas Michelin, foi alvo de um roubo meticulosamente planejado. Um casal conseguiu subtrair 45 garrafas de vinho avaliadas em aproximadamente 1,6 milhão de euros. Entre as preciosidades roubadas, destacava-se uma garrafa de Château d’Yquem da safra de 1806, adquirida em um leilão da Christie’s em 2000 por 12 mil euros. Esta garrafa, considerada única, tinha um valor sentimental inestimável para os proprietários do restaurante.

    O modus operandi dos ladrões envolveu uma reserva no hotel associado ao restaurante. Após um jantar, solicitaram uma visita à adega, momento em que aproveitaram para executar o furto. As garrafas nunca foram recuperadas, e especula-se que o roubo tenha sido encomendado por colecionadores privados, dada a exclusividade e o valor das peças.

     

    Château d’Yquem: Joia de Sauternes

    O Château d’Yquem é uma propriedade vinícola situada na região de Sauternes, no sul de Bordeaux. Reconhecido como Premier Cru Supérieur na classificação de 1855, é amplamente considerado o melhor vinho doce do mundo. Sua história remonta a 1593, e sua reputação foi consolidada ao longo dos séculos pela qualidade excepcional de seus vinhos.

     

    A produção do Yquem envolve a “podridão nobre” (Botrytis cinerea), um fungo que desidrata as uvas, concentrando seus açúcares e sabores. Esse processo resulta em vinhos de notável complexidade, equilíbrio entre doçura e acidez e uma longevidade impressionante, com algumas safras podendo envelhecer por mais de um século.

     

    Quando fiz em 2015 minha lista de “50 melhores vinhos de minha vida até agora”, incluí um Château d’Yquem 1921, considerada a melhor safra já feita deste ícone. Esta safra também mereceu estar na lista de “10 maiores vinhos de todos os tempos”, feita pela revista inglesa Decanter em 2013 e recebeu excepcionalmente 6 estrelas (de um máximo de 5), de Michael Broadbent, renomado crítico de vinhos britânico e curador casa de leilões Christie’s.

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    Sauternes e os Vinhos Botrytizados

    Sauternes é uma denominação de origem controlada (AOC) na região de Bordeaux, famosa por seus vinhos doces botrytizados. Além do Château d’Yquem, outros produtores renomados incluem Château Rieussec, Château Suduiraut e Château Guiraud. A região possui condições climáticas únicas, com neblinas matinais seguidas de tardes ensolaradas, que favorecem o desenvolvimento do Botrytis cinerea nas uvas Sémillon e Sauvignon Blanc.

     

    Os vinhos botrytizados de Sauternes são conhecidos por suas notas de mel, damasco seco, frutas cítricas cristalizadas e uma acidez vibrante que equilibra a doçura. Esses vinhos são frequentemente harmonizados com foie gras, queijos azuis ou sobremesas à base de frutas. citeturn0search8

     

    O Fascínio dos Vinhos Raros e o Mercado Negro

    O roubo no Atrio não é um caso isolado. Nos últimos anos, vinhos raros tornaram-se alvos frequentes de roubos sofisticados, comparáveis a obras de arte ou joias. A dificuldade em rastrear essas garrafas e a possibilidade de revendê-las no mercado negro internacional aumentam sua atratividade para criminosos. Além disso, a falsificação de vinhos caros e roubos durante o transporte são problemas crescentes no mundo do vinho de luxo.

     

    O Filme em Desenvolvimento

    A notícia de que Hollywood está desenvolvendo um filme baseado no roubo do Château d’Yquem destaca o fascínio cultural por histórias envolvendo luxo, crime e exclusividade. Embora detalhes específicos sobre o elenco e a data de lançamento ainda não tenham sido divulgados, a produção promete explorar os bastidores desse crime audacioso, oferecendo uma visão sobre o mundo dos colecionadores de vinhos raros e os desafios enfrentados pelos proprietários de adegas renomadas.

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    O desenvolvimento de um filme sobre o roubo das preciosas garrafas do Château d’Yquem não apenas destaca a crescente valorização dos vinhos de alta gama, mas também ressalta os desafios e riscos associados à posse de tais tesouros líquidos. Enquanto aguardamos mais detalhes sobre a produção cinematográfica, este episódio serve como um lembrete da complexidade e do fascínio inerentes ao mundo dos vinhos finos e raros.

     

     

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    Sim, existe o dia do carbonara! Confira um roteiro para provar a receita

    Agora sob a consultoria do chef Ricardo Lapeyre, o ipanemense Nôa apresenta um sedutor carbonara de lulas e bottarga. O prato leva massa rigatoni de grano duro, queijo grana padano e pecorino, gema de ovo, ovo, pimenta do reino e lula na brasa, finalizado na mesa com bottarga de Búzios (R$ 98,00). Rua Garcia D’Ávila, 135, Ipanema. @noa.ipanema

    + Quem quer bacalhau? Festival no Cadeg tem pratos para a Páscoa

    Bráz: a carbonara é uma das assinaturas da casa
    Bráz: a carbonara é uma das assinaturas da casaBruno Geraldi/Divulgação

    Uma das primeiras pizzaria no Rio a colocar o estilo carbonara sobre as massas, a Bráz usa molho de tomate italiano, mussarela, pecorino, gema de ovo, pancetta e pimenta do reino (R$ 133,00, grande; R$ 89, individual). Rua Maria Angélica, 129, Jardim Botânico, tel.: 2535-0687. @brazpizzaria

    Broto: pizzaria também aposta na mistura das gemas com o queijo pecorino
    Broto: pizzaria também aposta na mistura das gemas com o queijo pecorino./Divulgação
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    Na pegada da clássica massa italiana, a Broto Pizza aposta em uma versão da redonda que leva gema, guanciale e parmesão (R$ 54,00). Loja de Copacabana na Rua Aires Saldanha, 13, whatsapp: (21) 3495-7532. @broto.pizza

    Ocyá: casa aposta no bacon de peixe para o 'marbonara'
    Ocyá: casa aposta no bacon de peixe para o ‘marbonara’Rodrigo Azevedo/Divulgação

    No Ocyá, restaurante comandado por Gerônimo Athuel e especializado nos frutos do mar, o prato clássico ganha a versão Marbonara (R$ 98,00), feito com bacon de peixe, queijo grana padano e bottarga artesanal defumada. Casa do Leblon na Rua Aristides Espínola, 88, whatsapp: (21) 97286-1250. @ocya.rio 

    Da Bambrini: italiano clássico entrega qualidade no Leme
    Da Bambrini: italiano clássico entrega qualidade no LemeTomás Rangel/Divulgação
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    Clássico italiano de ambiente aconchegante em frente à praia, na orla do Leme, o Da Brambini serve uma versão clássica deliciosa, com massa artesanal, pecorino e guanciale (R$ 105,00). Av. Atlântica, 514-B, tel.: 3851-8888. @dabrambini 

    Jotabê: a carbonara se destaca no cardápio com gema ao centro
    Jotabê: a carbonara se destaca no cardápio com gema ao centroMenta Foods/Divulgação

    Com gema inteira ao centro, a pizzaria Jotabê serve a redonda carbonara com farinha italiana, molho à base de gemas, creme de leite fresco, queijo, mussarela fior de latte, e bacon, e finalizada com salsinha e parmesão (R$ 74,00). Av. Alexandre Ferreira, 196, Jardim Botânico. @jotabe.pizzeria

    Cantô: prato leva creme de queijo da Canastra na casa da Barra
    Cantô: prato leva creme de queijo da Canastra na casa da BarraJoão Amaral/Divulgação
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    O Cantô Gastrô & Lounge, restaurante aberto a não hóspedes do Grand Hyatt Rio, traz o carbonara caipira, feito com creme de queijo da Canastra, pancetta defumada e gema caipira curada (R$ 80,00), receita do chef chef Hugo Souza. Av. Lucio Costa, 9.600, Barra da Tijuca, tel.: 3797-9524. @restaurantecanto_

    Puli: o guanciale está na receita com o creme de ovo e o grana padano
    Puli: o guanciale está na receita com o creme de ovo e o grana padanoRodrigo Azevedo/Divulgação

    Novidade na Gávea, a Puli Trattoria oferece a pizza carbonara, receita que leva molho de tomate italiano, mussarela, creme de ovo, pimenta do reino, guanciale, grana padano e gema de ovo caipira mole (R$ 72,00). Rua Marquês de São Vicente, 90, Gávea, tel.: 3851-7373. @puli.trattoria

    Babbo: o molho bem cremoso e o ovo mollet por cima fazem sucesso na casa
    Babbo: o molho bem cremoso e o ovo mollet por cima fazem sucesso na casaRodrigo Azevedo/Divulgação
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    No italiano Babbo Osteria, comandado pelo chef Elia Schramm, o Uova Pepenara é sucesso de público levando ovo mollet em cima, e molho cremoso de bacon, vinho branco e pimenta-do-reino na massa taglionni (R$ 77,00). Rua Barão da Torre, 632, Ipanema @babboosteria

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    La Tête D’Or: a nova steakhouse do premiado chef Daniel Boulud em NYC

    Nova York acaba de ganhar um novo hotspot da alta gastronomia: La Tête D’Or, a nova steakhouse do premiado chef Daniel Boulud. Localizado na região de Flatiron, o restaurante combina a sofisticação das brasseries francesas com a tradição americana dos grandes cortes de carne preparados no fogo de lenha. “Seafood é muito importante em uma steakhouse”, disse-me Boulud, destacando a forte presença dos frutos do mar no menu. Ele também fez questão de ressaltar outro ponto essencial: “Molho é essencial na carne”, explicando que os acompanhamentos e temperos são pensados para realçar cada corte.

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    Renata Araújo no La Tête D’orRenata Araújo/Divulgação

    Ambiente elegante e acolhedor no La Tête D’Or

    O restaurante, que leva o nome do icônico parque de Lyon – cidade natal do chef –, impressiona logo na entrada, com um bar belíssimo e convidativo, ideal para um drinque antes do jantar. O ambiente, assinado pelo renomado arquiteto David Rockwell e sua equipe do Rockwell Group, traduz elegância e conforto em cada detalhe: pé-direito alto, excelente distância entre as mesas, cadeiras revestidas em couro e uma paleta de cores sofisticada, com tons de azul, madeira escura e mármore.

    O bar do La Tête D'or em NYC
    O bar do La Tête D’or em NYCRenata Araújo/Divulgação
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    Pé direito alto e ambiente eleganteRenata Araújo/Divulgação

    Entradas impecáveis e cortes selecionados

    No cardápio, os destaques vão muito além das carnes. Entre as entradas, o crudo de vieira chama atenção pelo frescor, os crab cakes são preparados com maestria, e o steak tartare, um clássico da culinária francesa, é executado com perfeição. Já na seleção de cortes, escolhi o filé mignon ao molho béarnaise, acompanhado de couve de Bruxelas e tartellèfes – uma irresistível combinação de batatas e queijo.

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    Os pratos do La Tête D’orRenata Araújo/Divulgação
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    Renata Araújo no La Tête D’or e o crudo de vieirasRenata Araújo/Divulgação

    A casa também conta com uma técnica diferenciada: além da tradicional lenha, há o fire deck, um forno especial que confere um sabor único às carnes e frutos do mar. Como reforçou Boulud, a presença dos frutos do mar no menu é essencial: “Temos as mais incríveis preparações de frutos do mar”, enfatizou o chef. A variedade e frescor dos pescados impressionam, com opções como lagosta, ostras e peixe do dia, sempre preparados com a assinatura inconfundível do chef.

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    Plateau de frutos do marDivulgação/Divulgação
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    Sobremesas que despertam memórias afetivas

    Para encerrar a noite, o menu de sobremesas aposta no conforto e na nostalgia, com clássicos que remetem à infância, como cookies quentinhos e um caprichado sundae. No bar, onde o barman brasileiro Rubinho comanda os drinques, optei por um impecável Espresso Martini, um brinde perfeito para finalizar a experiência.

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    Sundae com gostinho de infância no novo restaurante do chef Daniel BouludRenata Araújo/Divulgação

    Daniel Boulud: um chef talentoso e carismático

    Além de talentoso, Daniel Boulud é uma simpatia. Durante nossa conversa, ele revelou seu carinho pelo Brasil, contando que adora o país, mas que não o visita há alguns anos e está com saudades. O chef também destacou sua amizade com diversos chefs brasileiros e franceses radicados no Brasil, o que reforça sua conexão com a cena gastronômica local. Como se não bastasse o jantar impecável, ele ainda me presenteou com um tour exclusivo pela cozinha do La Tête D’Or. Para quem, como eu, é apaixonada por gastronomia, foi uma experiência emocionante e inspiradora.

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    Renata Araújo com o chef Daniel Boulud e equipe na cozinha do La Tête D’orRenata Araújo/Divulgação
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    Reservas imprescindíveis para uma experiência única

    Aberto apenas para o jantar, o restaurante já desponta como um dos mais disputados da cidade. Reservas são imprescindíveis para garantir uma mesa nesta nova joia da gastronomia nova-iorquina.

    Endereço: 318 Park Ave S, New York, NY 10010

    Renata Araújo é jornalista, editora do site You Must Go! e da página no Instagram @youmustgoblog.

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    Sérvia: Uma Jóia do Vinho da Europa Oriental

    Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

     

    Os vinhos da Europa Oriental foram negligenciados por décadas. Muitos países dessa área foram incentivados, e frequentemente forçados, a produzir vinhos meio secos e fortificados para a Rússia e as ex-repúblicas soviéticas. Tamanha era a dependência que na Moldávia, por exemplo, um país que faz fronteira com a Ucrânia, existiam trilhos de trem para tirar os produtos bem na porta de muitas das vinícolas.

    Quando a União Soviética caiu em 1991, o cenário da viticultura mudou drasticamente, e as vinícolas estatais e privadas tiveram que reinventar seus métodos de produção de vinhos em função dos mercados domésticos e de outros países que pudessem se interessar em importar seus vinhos. Foram quase 35 anos turbulentos.

    Confira abaixo uma entrevista com a Caroline Gilby, da British Master of Wine, uma das qualificações mais prestigiadas no mundo do vinho concedido pela Institute of Masters of Wine (IMW), é uma autoridade em vinhos da Europa Oriental e escreveu livros como The Wines of Bulgaria, Romania and Moldova e Wines of Serbia: A New Chapter.

    O que a levou a se interessar pelos vinhos da Europa Oriental?

    Quando comecei no mercado de vinhos no final dos anos 1980, a Europa Oriental era um grande negócio no Reino Unido, mas nada glamoroso. Então, como membro júnior da equipe de compras de vinhos, fui designada para cuidar da região como minha primeira responsabilidade.

    Gettyimages

    Mapa estilizado da Europa Oriental

    Quanto mais me especializava, mais fascinada ficava com a revolução completa no setor de vinhos que essa região passou. Olhando para trás, foi um privilégio ter visto o final da era coletivizada antiga, o que me deu uma perspectiva valiosa sobre o quanto mudou.

    O que a sra. encontrou de único nessa área e por que esses vinhos estão se tornando mais relevantes?

    Mesmo no final dos anos 1980, cada região tinha suas próprias forças. Muitos desses vinhos podem oferecer grande qualidade, bom custo-benefício e histórias autênticas de vinhos com raízes profundas, mas reinterpretadas para uma era moderna de consumo de vinho. Na busca de hoje por autenticidade e histórias pessoais de vinhos, a Europa Central e Oriental tem muito a oferecer.

    E quando a sra. descobriu a Sérvia?

    Minhas primeiras conexões com a Sérvia remontam ao início dos anos 1990, quando comprava um Cabernet Sauvignon e um Merlot de uma grande vinícola estatal.

    O que há de tão único nos vinhos desse país?

    A Sérvia é um mosaico fascinante de uvas internacionais e locais, e produz vinhos que ganharam prêmios globais nas maiores competições de vinhos, como o Decanter World Wine Awards, uma das maiores e mais prestigiadas competições de vinhos do mundo realizada pela Decanter, e outros. Isso é um sinal de que a Sérvia tem um ótimo terroir e grandes vinicultores.

    Como os vinhos sérvios melhoraram ao longo dos anos e por quê?

    Como todos os países dessa região, a Sérvia levou um tempo para se recuperar da era anterior. A restituição de terras e a privatização foram complexas, e foram necessários viticultores visionários para começar a engarrafar seus próprios vinhos, a partir do início dos anos 1990.

    Com o tempo, outras vinícolas surgiram, baseadas na ideia de qualidade e individualidade, o que representou uma mudança total em relação ao passado voltado para a produção em grande volume. Resgatar antigas variedades de uvas, investir em novos equipamentos e aprender sobre abordagens modernas de viticultura leva tempo.

    Quais são os desafios que a Sérvia enfrenta?

    A Sérvia ainda consome mais vinho do que produz, então as importações são significativas. Os restaurantes estão começando a se orgulhar e a destacar os vinhos locais, mas essas importações continuam sendo uma competição séria para os vinhos locais. Além disso, há um número limitado de bons vinicultores, o que ainda exige melhorias na cultura do vinho.

    Quais são as variedades mais empolgantes da Sérvia e por que elas se destacam?

    Prokupac é, provavelmente, a uva local mais emblemática. Era uma uva de grande produção na era anterior, capaz de gerar altos rendimentos, mas com potencial reduzido, ela serve para vinhos elegantes, de corpo médio, e também para adicionar um toque local aos cortes. Probus é outra uva local que pode produzir vinhos ousados, suculentos e de cor escura intensa.

    Na frente dos brancos, Grašac é uma uva balcânica que está produzindo vinhos de qualidade excepcional atualmente. Uma rara uva local chamada Bagrina foi recentemente resgatada da quase extinção e está produzindo vinhos empolgantes.

    Quais desafios esses vinhos enfrentam no mercado internacional?

    A maioria dos produtores não precisa exportar, mas os melhores querem fazê-lo como uma questão de orgulho. Os preços não são necessariamente baratos, mas ainda acho que oferecem um excelente custo-benefício pela qualidade. No entanto, é difícil exportar de um país que ninguém conhece.

    Para onde a sra. acha que a viticultura na Sérvia está indo?

    Acho que está no caminho certo em termos de qualidade. Acredito que continuaremos a ver o desenvolvimento de variedades de uvas locais, porque são essas as que podem atrair compradores internacionais e representar bem a Sérvia. Acho também que as uvas internacionais ainda terão seu espaço, porque podem ser muito boas.

    * Liza B. Zimmerman é colaboradora da Forbes EUA. Escreve sobre vinhos, coquetéis e comidas há mais de duas décadas

    O post Sérvia: Uma Jóia do Vinho da Europa Oriental apareceu primeiro em Forbes Brasil.

    Fonte:

    Notícias e Conteúdos sobre vinhos na Forbes Brasil
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    Na estrada: Festival da Sardinha em Macaé e encontro gastronômico em Búzios

    Sardinha e cultura em Macaé

    O Festival Sardinha, Samba e Choro é a atração em Macaé neste fim de semana dos dias 11, 12 e 13 de abril, de sexta a domingo. O evento celebra a gastronomia, a música e a cultura locais, tendo a  sardinha como estrela. Haverá pratos autorais de 15 restaurantes, shows de samba e choro, aulas-show de chefs convidados e drinques especiais em parceria com a Cachaça 7 Engenhos. Dentre os chefs convidados está Honório Oliveira, chef da Churrascaria Palace, que apresentará sua versão de sardinha.

    + No radar de delícias, Festival Hanami no Mee, celebração à cachaça e mais

    A abertura ficará a cargo da aula-show com Hugo Dias, macaense, chef-fundador da Santo Alho e chef-proprietário do Bar do Djalma. Honório fará uma sardinha no naan, o pão indiano, no sábado, e no domingo é a vez de Rafael Pires, de Tiradentes, apresentar sua receita original de sardinha com jiló, com degustação.

    O festival, realizado pelo Polo Gastronômico de Macaé com apoio da Prefeitura, visa promover a economia criativa e o turismo na região, e ocorrerá na Praia dos Cavaleiros, com horários variados nos três dias: às 19h na sexta, e às 13h no sábado e no domingo.

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    Xerelete recebe Geronimo Athuel

    Em Búzios, a festa de sabores é no Xerelete Bar, localizado na icônica Orla Bardot, que tem à frente o chef Bruno Katz, com seu braço direito Igor Chaffin. O evento Maré Alta convida nomes em destaque da gastronomia nacional para terdes animadas, tendo como tema o mar. Neste domingo (6), às 14h, quem aporta na casa é o chef Geronimo Athuel, do Ocyá, premiada casa dedicada aos peixes do Rio de Janeiro. Tudo na varanda, ao ar livre, com trilha sonora de DJ. O Xerelete fica na Orla Bardot, 514, Búzios. Contato através do tel.: (22) 99845-4051.

     

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    Nova sede da Câmara do Rio tem projeto para restaurante aberto ao público

    A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro estuda a instalação de um restaurante panorâmico, aberto ao público, na cobertura do Edifício Serrador, sua nova sede na região central da cidade. O terraço oferece uma vista privilegiada de alguns dos principais cartões-postais do Rio, como a Baía de Guanabara, o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor.

    Além de movimentar o setor gastronômico, a proposta prevê que a receita gerada pelo aluguel do espaço ajude a custear a manutenção do próprio edifício e do Palácio Pedro Ernesto, que seguirá funcionando como um Centro Cultural e recebendo visitas diárias. Mas a grande questão é: quem seria o chef? Qual seria o estilo da cozinha? Essa pode ser a oportunidade perfeita para um menu autenticamente carioca. Afinal, o Rio precisa se reconhecer em sua gastronomia — um tema que vem despertando cada vez mais curiosidade. Em recentes premiações internacionais, uma pergunta tem sido recorrente entre jornalistas: qual é a comida do Rio de Janeiro?

    O Edifício Serrador foi adquirido pela Câmara no final de 2022. Desde então, dez andares já foram ocupados, reunindo todos os setores administrativos que antes estavam espalhados por quatro prédios alugados. Com a centralização das operações, mais de 600 servidores agora trabalham na nova sede, e a economia estimada com o fim dos aluguéis chega a R$ 6 milhões por ano.

    Para que a mudança seja concluída, ainda restam as instalações do plenário e dos gabinetes dos vereadores. A expectativa é que tudo esteja pronto em breve, já que a licitação para as obras de adaptação já foi realizada.

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