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Sorvete de perfume, criação de Carole Crema e outras novidades geladas

Sorvete com sabor de perfume? Sim, senhoras e senhores, porque, afinal, muitos dos aromas são feitos utilizando frutas e especiarias na Granado. A famosa e antiga marca de cosméticos virou sorveteria “pop up”, instalada até o mês de março no segundo andar da loja de Ipanema (Rua Garcia D’Àvila, 108). São oito diferentes sabores inspirados em fragrâncias clássicas da marca, feitos em parceria com a marca artesanal Sorvetiño, sem conservantes, corantes ou aromas artificiais. O chá preto e bergamota, por exemplo, combina o sabor do chá com tque cítrico de tangerina; a rosa damascena é um sorbet de geleia de morango com um toque de água de rosas; e a époque tropical tem base de polpa de caju com leve toque de cardamomo. O copinho com dois sabores custa R$ 18,00.

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Na Sorveteria Benza, em Copacabana (Rua Xavier da Silveira, 45-E), quatro novos sorbets chegam para o verão. Dos mesmos donos da Cairu, famosa sorveteria do Norte brasileiro, a casa colocou na vitrine os sabores caju, goiaba, manga e uva, perfeitos para a estação do calor. As novidades se juntam, por tempo limitado, aos cerca de 30 sabores da marca, que passeia por frutas como bacuri, graviola, taperebá, açaí, abacaxi e maracujá.

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Outra boa novidade na praça vem da Bacio de Latte (Rua Miguel Lemos, 25, Copacabana), que fez uma parceria com a confeiteira Carole Crema que apresenta o sorvete de bolo de coco (R$ 18,95, o pequeno), seguindo receita de sucesso de Carole.

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A Piemonte (Rua Humberto de Campos, 827, Leblon), por sua vez, com sete lojas na cidade, tem na série de sabores recém-lançados opções como o cremoso passas ao rum (R$ 18,00).

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Por que a harmonização de vinhos é importante?

Por que a harmonização de vinhos é importante?

A harmonização de vinhos é uma arte que consiste em combinar corretamente as características de um vinho com os diferentes pratos que serão degustados, para criar uma experiência completa e agradável ao paladar. Neste artigo, vamos explorar os segredos por trás de uma harmonização perfeita e descobrir quais são as melhores combinações para aproveitar ao máximo seu vinho favorito.

Qual é a importância da harmonização de vinhos?

A harmonização de vinhos é fundamental porque ela destaca as características do vinho e complementa os sabores do prato, criando uma experiência gastronômica única. Ao combinar corretamente os elementos, a harmonização pode realçar os aromas, suavizar a acidez e revelar novos sabores tanto no vinho quanto no prato.

Como um vinho pode complementar um prato?

Os diferentes componentes do vinho, como a acidez, o corpo, os taninos e a doçura, podem realçar ou contrapor os sabores do prato. Por exemplo, um vinho tinto encorpado vai bem com um prato de carne vermelha grelhada, pois sua estrutura robusta combina perfeitamente com a gordura e a intensidade da carne.

Dicas para harmonizar vinhos tintos

Como escolher o vinho tinto ideal para uma harmonização?

Ao escolher um vinho tinto, leve em consideração o tipo de carne ou prato principal que será servido. Carnes vermelhas pedem vinhos tintos encorpados e com taninos pronunciados, enquanto carnes brancas combinam melhor com vinhos tintos mais leves e frutados. Experimente diferentes rótulos para encontrar o que mais agrada ao seu paladar.

Quais pratos combinam bem com vinhos tintos?

Além das carnes vermelhas, vinhos tintos também harmonizam perfeitamente com massas ao molho de tomate, queijos maduros, pratos de caça e aves de carne escura. Os taninos presentes nos vinhos tintos ajudam a equilibrar a gordura e intensidade desses pratos, proporcionando uma experiência gastronômica equilibrada e saborosa.

Dicas para harmonizar vinhos brancos

Como escolher o vinho branco ideal para uma harmonização?

A escolha do vinho branco depende do tipo de prato que será servido. Peixes e frutos do mar são ótimos companheiros para vinhos brancos frescos e leves, como os elaborados com a uva Sauvignon Blanc. Para pratos mais cremosos, como risotos ou queijos suaves, um vinho branco mais encorpado e com uma acidez equilibrada é ideal.

Quais pratos combinam bem com vinhos brancos?

Vinhos brancos são perfeitos para acompanhar pratos leves e frescos, como saladas, frutos do mar, peixes grelhados e aves de carne branca. A acidez e a frescura desses vinhos ajudam a limpar o palato e realçar os sabores delicados desses alimentos, criando uma harmonização refrescante e equilibrada.

Conclusão:

A harmonização de vinhos é um universo fascinante, repleto de possibilidades e sabores únicos. Ao compreender as características dos vinhos e conhecer as melhores combinações, você poderá desfrutar plenamente de uma experiência gastronômica inesquecível. Lembre-se de experimentar e explorar diferentes harmonizações, pois cada combinação pode revelar novos sabores e sensações ao seu paladar. Aproveite o momento, deguste cada taça e permita que a harmonização de vinhos surpreenda seus sentidos.

Saúde!

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Tudo Sobre Vinho
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Seu guia para a cor do vinho

Seu guia para a cor do vinho

Você pode aprender muito sobre um vinho com base na aparência. Então, o que a tonalidade específica de um vinho lhe diz?

Noções básicas de núcleos de vinho

Quer saber o que beber? Além das cores óbvias, há sutilezas na tonalidade, sombra e opacidade que podem ajudá-lo a avaliar seu vinho à primeira vista e tomar uma decisão mais informada quando estiver estocando. Esprema uma uva e você verá que o suco é bem claro. O vinho não obtém a sua cor do suco de uva, mas através da exposição de cascas de uva ricas em pigmentos durante o processo de vinificação. Quanto mais tempo o suco ficar com as cascas, mais cor seu vinho terá, até certo ponto. O resto depende das técnicas varietais e de vinificação.

Ao contemplar a cor, você pode personalizar sua experiência no Vivino pesquisando para ver o que outros usuários estão dizendo sobre um vinho ou usar o Wine Explorer (ferramenta de pesquisa do Vivino) para filtrar o tipo de vinho, uvas ou estilo que você adoraria. Tenha em mente as dicas a seguir quando estiver procurando o vinho certo.

Branco

Se o seu vinho tiver uma cor de limão claro, é provável que você tenha um vinho jovem e picante, com características de sabor de ervas ou minerais. Pinot Grigio e Sauvignon Blanc são algumas variedades comuns nesses vinhos de corpo leve. Limão profundo ou tons dourados sinalizando um vinho que passou mais tempo envelhecendo, muitas vezes em barris de carvalho. Esse envelhecimento extra significa que seu vinho terá um corpo mais encorpado, com notas como baunilha e especiarias, manteiga cremosa ou sabores de frutas mais ricos. Chardonnay é um exemplo clássico. Explore estes vinhos.

Curiosidade: é possível ter um vinho branco feito de uvas escuras. Esses vinhos costumam ser chamados de “Blanc de Noirs” ou “branco de pretos”, e aparecem com frequência com vinhos espumantes, especialmente da região de Champagne, na França.

Laranja

Vinhos de laranja com nozes, pêssegos e picantes são feitos usando uma antiga técnica de vinificação com raízes na Europa Oriental. Nesta técnica, as cascas das uvas brancas têm contato prolongado com o suco, imbuindo uma gama de núcleos do âmbar à tangerina. As versões do Novo Mundo são frequentemente feitas com Pinot Grigio ou Sauvignon Blanc, mas procure por Ribolla Gialla de laranja do norte da Itália ou Rkatsiteli georgiano para uma experiência de vinho do Velho Mundo.

Rosa

Para obter um tom de rosa, as cascas das uvas vermelhas são removidas assim que a tonalidade desejada é alcançada. Os mais claros têm apenas um toque de rosa com delicados aromas florais, enquanto os tons mais profundos indicam sabores de frutas mais fortes, como morango e melancia. A Provença é conhecida pelos seus rosés rosa claro à base de Grenache, mas fique atento ao Tempranillo, um tom mais escuro e amigo da comida. Explore estes vinhos.

Vermelho

Com vermelhos, seus instintos provavelmente estão certos. Tons mais claros geralmente indicam um corpo mais claro, enquanto tons mais profundos geralmente indicam um vinho mais ousado. Encorpado Cabernet Sauvignon e Syrah são profundamente coloridos, inclinando-se para o roxo e completamente opacos. No entanto, o tipo de uva realmente entra no jogo aqui, pois algumas uvas carregam mais pigmento em suas cascatas do que outras. Mesmo que o Pinot Noir rubi claro seja muitas vezes translúcido, é embalado com sabores de cerejas, morangos e ameixas. Quando um tom de vermelho começa a clarear, com tons de ferrugem ao redor da borda, isso pode ser um sinal de velhice no vinho tinto… A menos que você esteja bebendo Nebbiolo cor de ferrugem. Explore estes vinhos.

Pardo

Se o vinho tiver um tom marrom ou dourado, você provavelmente estará bebendo um vinho fortificado. O vinho do Porto e o Sherry são dois grandes exemplos de vinhos generosos que passam muito tempo a envelhecer em carvalho, técnica que expõe o sumo ao oxigênio. Imagine como uma fatia de maçã fica marrom na bancada. É o mesmo princípio aqui.

No final do dia, não importa a cor do seu vinho, o mais importante a considerar é o quanto você gosta dele. Avalie e aproveite os vinhos que você experimenta e acompanhe sempre o Blog Tudo Sobre Vinho, para que possamos continuar recomendando vinhos perfeitos para você.

Fonte:

Tudo Sobre Vinho
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Primeiro carimbó do ano com delícias paraenses, feira em Ipanema e mais

Botica

Vencedor como a melhor cozinha de boteco no VEJA RIO COMER & BEBER 2023/24, o Bar Botica (Rua Fernandes Guimarães 30, Botafogo) passou a abrir também às terças-feiras (dias de semana a partir das 18h), e tem novo menu de almoço nos fins de semana, das 13h às 17h. O verão dirige a cozinha capitaneada pelo chef Cezar Cavaliere, em opções como bobó de inhame com quiabo, maxixe, vinagrete de feijão fradinho (R$ 48,00), e a opção vegetariana com abobrinha à milanesa, stracciatella 3 vinagrete à putanesca (R$ 52,00). O galeto assado com arroz de coco e salada de banana-da-terra (R$ 65,00) é outra boa nova.

+ Maré alta em Botafogo: expansão do Sardinha, peixes frescos e novo bar

Feijoada do Fairmont

Neste sábado (13), às 14h, o Fairmont Rio abre a temporada do Carnaval 2024 com a tradicional feijoada do chef executivo, Jérôme Dardillac. A Feijoada do Francês contará com programação que inclui samba do bom com a Acadêmicos do Grande Rio e o Grupo Mirante Samba Show. Na gastronomia, as sobremesas assinadas pela chef pâtissier do Fairmont Rio, Jennifer Ortega, são capítulo à parte no cardápio, assim como as caipirinhas de cachaça Magnífica. Ingressos a R$ 390,00 + 10%, à venda no Sympla.

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Katz-su

Na próxima segunda (15), ocorre a primeira edição do evento A Noite do Grande Dragão Branco, no Katz-su (Rua Von Martius, 325-F, Jardim Botânico). Na ocasião, o chef Bruno Katz recebe Thiago Maeda, chef e sócio do Koya 88, em São Paulo, para uma noite com menu especial criado a quatro mãos. A partir das 17h, será possível experimentar pratos como o Usuzukuri (R$ 42,00), feito com peixe branco, ponzu de pimenta de cheiro e crocante de quinoa; o taco nori de atum (R$ 25,00 a unidade), com shari e molho ahi tuna; as ostras (R$ 34,00 três unidades) com leche de tigre de kimchi e trigo sarraceno, entre outras orientalidades.

O Fuxico

A feira O Fuxico ocorre no sábado (13) e no domingo (14), das 12h às 20h, na Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, com entrada gratuita. A edição de verão chega com muita gastronomia, shows, moda e área kids. Durante o evento, o público poderá saborear delícias gastronômicas variadas, de expositores locais, que vão de hambúrgueres, petiscos, espetinhos e nhoque, entre outros, a doces, cervejas artesanais e sucos naturais. As atrações musicais, no sábado, ficam por conta dos DJs Alive Popup, às 14h, e Renan Monteiro, a partir das 16h. No domingo será a vez de Soul Guanabara assumir o palco, tocando soul music, clássicos do pop internacional e black music, às 14h30, fechando com Rock PB, tocando rock nacional, às 18h.

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Pescados na Brasa

O bar e restaurante paraense Pescados na Brasa, no Riachuelo (Rua Vitor Meireles, 92, tel.: 2239-9540), promove no domingo (14), a partir das 13h, o primeiro carimbó na rua do ano. Quem se apresenta é o grupo regional Afroribeirinhos e o bloco Noites do Norte, esquentando as maracas para o carnaval. Saias de chita, tradicionalmente usadas na dança, ficam à disposição dos clientes que se animam para entrar na roda. A dica é chegar cedo (abre às 11h no domingo) para pegar mesa e aproveitar o cardápio. No sábado (13), a casa promove um café da manhã regional com tapioca, cuscuz, bolos e tortas (R$ 67,90 por pessoa, bufê livre), das 8h às 11h. Além do tambaqui na brasa e das comidas típicas, há novidades como um mix de camarão, lula, polvo e legumes na brasa com tempero especial do Seu Zé (R$ 29,90).

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Maré alta em Botafogo: expansão do Sardinha, peixes frescos e novo bar

Bairro que abriga atualmente o maior número de inaugurações, Botafogo tem novidades que vão do Botafogo Praia Shopping, onde a abertura de janelões na fachada deu outra atmosfera aos salões, à região da Rua Arnaldo Quintela, onde os sobrados vem sendo ocupados nos últimos tempos por bares e restaurantes, em processo acelerado.

Que Peixe

O antigo sobrado que abriga o charmoso Que Peixe (Rua Arnaldo Quintela 108-A, Botafogo) começou como peixaria, até a abertura da cozinha aberta com parrilla no segundo andar, onde Clara Ventania e a mãe preparam com capricho os peixes escolhidos no gelo pelos clientes, pesados, limpos e preparados na brasa, em processo que dura cerca de 30 minutos. Mas há bons esquemas também no menu que se destaca pelo preço justo. O peixe do dia espalmado para duas pessoas inclui duas guarnições (R$ 140,00), que podem ser pedidas separadamente com os grelhados, a exemplo de arroz de coco (R$ 18,00) e pirão (R$ 18,00). O almoço executivo, de terça a sexta, tem entrada, principal e sobremesa por R$ 39,00, incluindo pratos como o bobó de camarão com batata baroa, arroz e farofa. Às quartas, seis ostras e uma taça de vinho saem por R$ 38,00.

Que Peixe: pescados no gelo em balcão para a escolha dos clientes
Que Peixe: pescados no gelo em balcão para a escolha dos clientesNubra Fasari/Divulgação

Fala

A mesma região de Botafogo tem mais um bar recém-chegado, no espírito de botequim. É o Fala Bar (Rua Oliveira Fausto, 29), no quadrilátero entre a Arnaldo Quintela e a Álvaro Ramos. Vestido nas cores vermelho e branco, com mesinhas de ferro típicas de bar, o estabelecimento tem petiscos como o vinagrete de linguiça (R$ 35,00), com calabresa no molho à campanha; e a lasanha frita (R$ 39,00), empanada com queijo, presunto e molho pomodoro. O sanduíche misto de carne (R$ 24,00) é de carne assada com queijo, picles, cebola roxa, tomate e verdes no pão. O drinque coice de mula revisita o Moscow com vodca, polpa de cupuaçu, limão e espuma de graviola.

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Sardinha

Estantes de vinho ao longo do salão, azulejos portugueses azuis e brancos com ilustrações de ingredientes, e a vista para o Pão de Açúcar adornam o terceiro endereço da Sardinha Taberna. Depois de Leblon e Barra, a casa chega ao Botafogo Praia Shopping (Praia de Botafogo, 400, loja 404). As sardinhas assadas à portuguesa (R$ 43,90, 3 unidades) abrem a refeição que tem de principal pratos como o polvo à moda da beiras (R$ 119,90), com cebolas e tomates assados, batatas ao murro e molho de chouriço. Ao final, o bolo de laranja ao Algarve leva toque da calda de vinho do Porto (R$ 31,90).

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Cineasta Ridley Scott agora se aventura no mundo dos vinhos

Divulgação

Divulgação

Bastidores dos vinhedos Mas des Infermières, de Ridley Scott

O impacto de Ridley Scott na indústria cinematográfica não dá para ser subestimado. Com mais de 40 anos na área, o diretor premiado foi tão fundamental para o sucesso das telas de cinema britânicas que até chegou a ser nomeado cavaleiro pela Rainha Elizabeth 2ª.

No entanto, além de suas muitas realizações cinematográficas (“Alien”, “Blade Runner” e “Thelma & Louise”, apenas para citar algumas), Scott há muito tempo voltou seus olhos para novos horizontes – ou melhor, para as vinhas.

O negócio de vinhos da família Scott, “Mas des Infermières”, começou quase que por acaso em 1992.

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“Eu estava na estrada, entre ‘Thelma & Louise’ e ‘1492’, e com muita saudade do campo”, diz ele. “Era na época que comecei a procurar uma casa de férias para a família.”

Nessa busca, o cineasta visitava Luberon, um maciço no sul da Provença central, há anos na esperança de encontrar algo. “Sempre amamos a cultura francesa, e era tão perto de Londres e dos meus filhos que fazia total sentido. Levei dois anos para encontrar o que queria, mas assim que entrei na mansão, sabia que era a certa”.

Sylvain Humberto

Sylvain Humberto

Scott em seus vinhedos Mas des Infermières

Acontece que a propriedade também vinha com hectares de vinhas recém-plantadas, mas na época, Scott só esperava vendê-las para uma cooperativa local. “Eu não fazia ideia de que três décadas depois teríamos nossa própria vinícola independente!”

Desde o início, o diretor e sua família decidiram preservar a tradição vitivinícola provençal e construíram uma adega moderna capaz de produzir vinhos seguindo as melhores práticas locais.

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“Os primeiros anos foram apenas aproveitando a propriedade, de verdade”, diz ele. “Era um lugar onde eu e minha família íamos para relaxar.” Em 2018, no entanto, os Scott decidiram que estavam prontos para levar a produção para dentro. “É um negócio difícil”, admite o cineasta. “Se for fazer isso, precisa de paciência, e é um processo – você tem que aproveitar.”

Serge Chapuis

Vinho rosé Mas des Infermières

Cinco anos depois, o prazer está valendo a pena. A propriedade agora produz dez vinhos, habilmente misturados pelo mestre enólogo Christophe Barraud.

A coleção ‘Source’ é composta por um branco, tinto e rosé cuvée com frutas exóticas frescas no paladar e taninos finos. Já a linha ‘Chevalier’ inclui um branco sedoso, rosé e tinto com mais potência, complexidade e excelente persistência no paladar.

O cuvée mais valioso da propriedade, ‘Ombre de Lune’, está disponível exclusivamente em magnum e possui uma deliciosa mistura de 90% de syrah e 10% de grenache, envelhecida por 12 meses em barris de carvalho francês.

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É claro que Scott tem dificuldade em escolher um favorito. “Isso seria como escolher um favorito entre meus filmes!” exclama, enfatizando que sua escolha sempre dependerá do seu humor. “Num dia quente de verão na Provença, Source White e Source Rosé são sempre tentadores – são muito elegantes e frescos. Num frio à noite, ou se estiver comendo um bom pedaço de carne, eu provavelmente abriria o Chevalier Red – é mais complexo.”

Serge Chapuis

Serge Chapuis

A propriedade do cineasta na Provença vista de cima

Além dos vinhos em si, Mas des Infermières agora também possui a certificação de sustentabilidade HVE francesa e foi certificado como “Amigo das Abelhas” por suas práticas sustentáveis de viticultura. “Isso não muda ou afeta o processo de produção de forma alguma, mas para nós era inegociável”, diz Scott.

Com a paixão com que fala sobre seu mais recente empreendimento, alguém poderia supor que Scott estava perto de deixar Hollywood para trás. Pelo contrário: “Para mim, os dois andam de mãos dadas”, diz ele. “Fui abençoado com um bom olho e tudo o que faço começa com uma visão ou ideia criativa, mas também sou bastante sagaz”.

“Quando decidi realmente investir em Mas des Infermières, me perguntaram ‘por quê?’ e eu simplesmente disse ‘por que não?’ Você precisa conhecer e dominar o que faz de melhor e ter uma ótima equipe ao seu redor para fazer o resto. Sou muito motivado porque amo o que faço, e estou sempre pensando na próxima coisa.”

Serge Chapuis

Serge Chapuis

Mas des Infermières Rouge

Não é o primeiro negócio familiar de Scott. Tendo começado sua carreira como cenógrafo antes de fundar a RSA (Ridley Scott Associates) com seu irmão em 1968, ele encontrou enorme sucesso mantendo seus amigos por perto (e sua família mais perto ainda).

“Quando começamos, a maior parte do que produzíamos eram comerciais. Eu não fiz meu primeiro longa-metragem, ‘Os Duelistas’, até os 40 anos, mas sempre fui competitivo, e não errei muito ao confiar nos meus instintos”, diz ele.

Hoje, o filho do meio de Scott, Luke, administra todas as empresas entre Londres e Los Angeles; Jake, o mais velho, é um dos principais diretores do negócio; e Jordan, a caçula, acaba de terminar o longa Berlin Nobody, que ela escreveu e dirigiu.

“Gradualmente percebemos juntos que isso poderia ser uma boa maneira de formar um negócio que pudesse se encaixar sob o guarda-chuva da família”, diz Scott. “O objetivo é que seu legado continue e se torne um negócio familiar multigeracional.”

Então, ao que os Scott estão brindando neste começo do Ano Novo?

“Família, boa saúde e bom humor”, diz ele, com gratidão pelo belo lugar do mundo em que ele e sua família agora vivem e trabalham. “Espero que Mas des Infermières continue a fazer ótimos vinhos por muitos e muitos anos.”

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Fonte:

Notícias sobre vinhos – Forbes Brasil
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Como o carvalho é utilizado na vinificação?

Como o carvalho é utilizado na vinificação?

O carvalho é parte integrante da história do vinho, embora a sua utilização hoje seja motivada por razões muito diferentes das de outrora. Impulsionados pela necessidade, os antigos romanos usavam barris de carvalho para armazenar e transportar vinho, mas foi só em 1800 que os produtores perceberam que os seus barris podiam acrescentar sabor, aroma e complexidade às suas criações. Avançando para os dias de hoje, quando recipientes de aço, plástico e até cimento são opções válidas de envelhecimento e armazenamento, o carvalho tornou-se uma escolha deliberada para muitos produtores de vinho. 

O que o carvalho faz com o vinho?

O carvalho afeta o vinho de três maneiras principais:

  1. Acrescenta compostos de sabor, como aromas de baunilha, cravo, fumaça e coco.
  2. Permite a ingestão lenta de oxigênio, o que ajuda a tornar o vinho mais suave e menos adstringente.
  3. Fornece o ambiente certo para a ocorrência de reações metabólicas específicas (como a fermentação malolática), o que torna os vinhos mais cremosos.

Como os produtores de vinho não estão autorizados a adicionar aditivos de sabor aos seus vinhos, o carvalho tornou-se uma forma aceite de afetar o seu sabor. Uma grande proporção do carvalho é hemicelulose, que atua como aglutinante na própria madeira, e é composta principalmente de pequenos açúcares, como xilose e arabinose. Estes açúcares não só podem ser hidrolisados ​​em contato com o vinho, como também se decompõem quando aquecidos (ou ‘torrados’), formando compostos como furfural, maltol e etoxilactona que podem dar notas tostadas, maltadas e caramelo.

Os tintos que normalmente se beneficiam do uso de carvalho incluem Pinot Noir, Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah, enquanto os brancos incluem Pinot Grigio, Sauvignon Blanc e Chardonnay. 

Que fatores afetam a forma como o carvalho influencia o vinho?

Há uma série de variáveis ​​​​do carvalho que afetarão um vinho, e os enólogos escolherão os barris com base em um conjunto específico de critérios, de modo a atingir os sabores e texturas desejados. Esses fatores normalmente incluem:

  • De onde vem o carvalho
  • Variações regionais em diferentes florestas
  • A forma como o carvalho foi seco
  • A forma como o carvalho foi torrado
  • A maneira como um barril individual foi usado antes
  • O tempo que o vinho permanece em carvalho 

De onde vêm os barris de carvalho?

Os dois tipos mais comuns de barris usados ​​na vinificação vêm da América e da França – embora os barris húngaros e eslavos tenham sido apreciados por alguns produtores de vinho. Cada um tem seus prós e contras. Os barris de carvalho americano, por exemplo, são mais baratos que os franceses e tendem a ter maior impacto no sabor e nos elementos aromáticos do vinho. Os barris de carvalho francês, no entanto, são amplamente considerados o padrão ouro da indústria vinícola, pois oferecem taninos de madeira mais elevados e grãos de madeira mais compactos. Isto tende a ter menos influência no sabor do vinho, contribuindo mais para a presença geral do seu paladar. No entanto, são consideravelmente mais caros – cerca de três vezes o preço dos barris americanos e muitas vezes ultrapassando as 1.000 libras, dependendo da sua origem. Assim você pode ver a escala de investimento financeiro que as vinícolas enfrentam diariamente. 

Qual é a diferença entre carvalho velho e novo?

Em suma, quanto mais novo for o barril, mais concentrada será a influência do carvalho no vinho – a cada colheita, perderá algumas das suas propriedades de sabor. Pense nele como um saquinho de chá: na primeira infusão com água quente você obterá todo o sabor, mas cada uso sucessivo produzirá uma xícara de chá mais fraca.

Como tal, os produtores de vinho que incorporam sabores mais fortes de carvalho nos seus vinhos acabarão por gastar uma soma considerável em barris. Alguns produtores, no entanto, envelhecem uma porção do vinho em carvalho novo, a fim de conferir algum sabor e complexidade, antes de misturá-lo novamente com o resto do vinho que foi envelhecido em carvalho mais velho – isto dá ao vinho algum caráter, ao mesmo tempo que poupa nos custos do barril.

No entanto, os barris de carvalho mais velhos ainda são capazes de fornecer sabores mais matizados e continuam a desempenhar um papel no que diz respeito ao oxigênio. Embora o carvalho retenha o líquido sem vazar, uma quantidade minúscula de oxigênio pode permear a madeira – isso tem um grande impacto nas conversões químicas naturais que o vinho sofre durante a fermentação e a maturação. 

O tamanho importa?

Certamente que sim. As barricas de vinho têm vários tamanhos e quanto mais pequena for a barrica maior será o impacto que o carvalho terá no vinho, devido a uma maior porcentagem de vinho em contato com a madeira. Como tal, encontrar um equilíbrio entre idade, proveniência e tamanho do carvalho em relação à produção pode ser uma equação matemática complexa no que diz respeito aos custos. 

Quais fatores de preparação do barril influenciam o efeito do carvalho no vinho?

Para além do tamanho e do tipo de carvalho utilizado, a forma como a barrica é seca e torrada terá impacto no vinho que contém. As aduelas de um barril precisam de tempo para secar ao ar livre antes de serem usadas – a maioria dos tanoeiros insiste em pelo menos 24 meses de maturação para reduzir o “verdor” e a adstringência, enquanto 36 meses oferecem características mais sutis (por um preço, é claro).

Quando as aduelas estão prontas para serem transformadas em barril, o tanoeiro aplica um processo de aquecimento e é capaz de controlar os níveis de ‘torrada’ – normalmente claro, médio e escuro. Quanto maior for a tosta, maior será a influência do carvalho na cor, aroma, sabor e estilo geral do vinho. 

Quanto tempo os vinhos envelhecem em barricas de carvalho?

Isto depende inteiramente da intenção do enólogo com o vinho, embora normalmente demore vários meses para que o carvalho comece a transmitir as suas características. De acordo com Wine Folly , alguns regimes típicos de envelhecimento incluem:

  • Pinot Noir: 10 meses em carvalho francês velho
  • Chardonnay: 13 meses em 50% carvalho francês novo
  • Gran Reserva Rioja: 24 meses em carvalho 40% americano e 60% francês
  • Zinfandel: 17 meses em 20% de novos barris americanos

Claro, isso irá variar muito entre produtores e safras. E lembre-se, nem todos os produtores de vinho utilizam carvalho – alguns dos produtores mais renomados, como Chateau Petrus e Lafleur, optam por utilizar materiais alternativos como aço inoxidável e cimento.

Uma palavra sobre lascas de carvalho

O envelhecimento em barris de carvalho pode ser demorado, caro e – especialmente para vinhos novos ou enólogos inexperientes – uma questão de tentativa e erro. Como tal, alguns produtores de vinho optam por obter um sabor de carvalho usando lascas de carvalho. Embora esta possa ser uma forma mais acessível de adicionar algumas das notas de torrada e baunilha pelas quais os barris de carvalho são conhecidos, ela não oferece nenhum dos benefícios texturais. Muitos puristas também têm uma visão negativa da prática, com os regulamentos de vinificação do Velho Mundo apenas permitindo legalmente lascas de carvalho desde 2006.

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Tudo Sobre Vinho
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Vinho: Malbec – Merlot – Tannat

Vinho: Malbec - Merlot - Tannat

Malbec – Merlot – Tannat é uma verdadeira mistura do sudoeste da França, feita de três variedades de uvas nativas da região, embora todas as casas tenham problemas em outros lugares. Os três são permitidos juntos em vinhos AOC Cahors rústicos e encorpados, onde o Malbec é o componente mais importante, apoiado pelo Tannat estruturado e pelo Merlot suave.

Na verdade, Cahors é atualmente a única região do mundo onde três uvas são misturadas regularmente, apesar de seu status individual internacional. Tannat e Malbec são famosas por suas reencarnações na América do Sul, embora em partes muito diferentes; o primeiro é cultivado extensivamente no Uruguai, onde é considerado a uva nacional, e o último desfruta das altas altitudes na região de Mendoza, na Argentina, onde produz vinhos intensos e aromáticos.

Merlot é o único verdadeiramente global dos três, e é encontrado em quase todos os países onde o vinho é feito.

Malbec (conhecida em Cahors como “Cot”) é, por estipulação, a uva-chave na mistura e, sob a lei de denominação de Cahors, deve constituir pelo menos 70% da mistura (embora muitas vezes represente ainda mais). Isso significa que as características varietais do Malbec estão em primeiro plano nos vinhos de Cahors, com descritores frequentes de frutas negras, especiarias, couro e tabaco. A uva Malbec também confere aos vinhos de Cahors uma cor profunda e escura, que lhes valeu o apelido de “vinho negro”.

Tannat é bem conhecido por sua força e estrutura, e é usado em pequenas quantidades para adicionar tanino aos vinhos. O Merlot, mais famoso por seu papel semelhante nos vinhos de Bordeaux, traz uma qualidade rica, rechonchuda e suculenta aos vinhos.

Os vinhos Malbec – Merlot – Tannat são frequentemente envelhecidos em barris de carvalho, pois as três variedades respondem bem à maturação em carvalho. Isso ajuda a suavizar as bordas dos vinhos e também adiciona algumas notas de especiarias e cedro.

A maioria dos vinhos é feita para ser apreciada logo após a produção e não ganha muito em complexidade ou sabor com o envelhecimento na garrafa, embora, evidentemente, existam exceções à regra.

Combinações de alimentos para vinhos Malbec – Merlot – Tannat incluem:

  • Ensopado de linguiça e lentilha
  • Burrito de carne e feijão preto
  • Sanduíche de bife com cebola caramelizada
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Que tipo de vinho devo beber enquanto fumo um charuto?

Que tipo de vinho devo beber enquanto fumo um charuto?

Mas afinal, que tipo de vinho melhor complementa os charutos? Posso beber qualquer coisa?

Existem muitas opções com um charuto, embora os tintos tendam a ser os melhores.

O Rocky Patel Decade Torpedo é um dos charutos favoritos absolutos, com notas de café, nozes, terra e couro. Uma harmonização para este charuto é uma garrafa de Rioja, o La Rioja Alta Viña Ardanza Reserva Especial 2005 é especialmente delicioso. Com notas de coco, serragem, cerejas secas e carne defumada, tem notas terrosas suficientes para brincar com o Patel, ao mesmo tempo em que contrasta e não é sobrepujado pelo charuto.

Há muitas opções com um charuto, embora os tintos tendam a ser os melhores para harmonizar.

Para um charuto de corpo mais leve, como o Davidoff Classic No. 2, que tem notas mais doces e especiarias apimentadas, um Riesling combina perfeitamente com ele, a sugestão é o Dr. Loosen Erdener Treppchen Spatlese 2013. O Loosen é extremamente aromático com notas de jasmim, flor de pêssego e frutas de caroço maduras como damasco e pêssego, e realmente joga com as notas mais doces deste charuto. Embora também haja alguma doçura neste vinho, ele possui ácido que ajudará a limpar o paladar e tornar cada tragada no charuto mais notável.

Uma sugestão de harmonização é o Amarone com charutos porque tem ácido, tanino, muito álcool e toneladas de sabores ousados ​​que podem resistir a um charuto. É definitivamente um vinho agressivo, por isso precisa de um charuto agressivo para realmente brilhar. Um charuto como Padron Imperial é um vapor seriamente ousada. Todo o tabaco é cultivado ao sol com um invólucro maduro, então há alguma doçura. Vai muito bem com um Amarone – a sugestão é o Tomasso Bussola, TB 2007. O processo é o que torna Amarone especial: as uvas são secas por meses em esteiras em celeiros nos arredores do Lago Garda, na Itália, concentrando os sabores e resultando em mais açúcar, mas também muito álcool, o que ajuda a volatilizar os aromáticos. Amarone é floral (rosas secas, violetas), salgado (fumaça, carvão), terroso (tabaco, folhas), enquanto ainda tem frutas doces (cerejas maduras e exuberantes; ameixas, amoras).

… fique longe de vinhos que não têm personalidade, corpo ou intensidade suficientes para resistir a um charuto…

Com algo como Arturo Fuente Anejo Extra Viejo 55 T, é um wrapper Connecticut River Valley, embora maduro, então é mais doce, com preenchimento dominicano. É uma fumaça redonda e aveludada, então vai muito bem com um Napa Cabernet. A sugestão aqui é o Continuum, Napa 2010. O emparelhamento aqui é realmente baseado na sensação de boca macia e sedosa do charuto com os taninos doces e maduros exuberantes e a sensação de um ótimo Napa Cab. A doçura da embalagem vai jogar fora o tempero do Continuum. Continuum está localizado em Pritchard Hill, que é quase todo solo vulcânico – resultando em uma boa quantidade de especiarias exóticas e elevação. Além disso, este charuto é envelhecido em barris de conhaque, então há uma nota doce de madeira que combina muito bem com os taninos de madeira sedosa do carvalho francês usado no Continuum.

Quanto ao que não funciona com charutos, sugerimos ficar longe de vinhos que não têm personalidade, corpo ou intensidade suficientes para resistir a um charuto – como Chardonnay, Pinot Grigio etc. e tintos mais leves como Gamay ou New World Pinot.

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Depois da esbórnia vem a ressaca, e não dá para fugir desta lei

Depois da esbórnia vem a ressaca; e não dá para fugir desta lei, é imutável, não cabem discussões ou negociações, no máximo a prévia moderação. Noé (sim o da arca), dizem, experimentou o primeiro porre da civilização: “Um dia Noé bebeu muito vinho, ficou bêbado e se deitou nu dentro da sua barraca. Cam, o pai de Canaã, viu que o seu pai estava nu e saiu para contar aos seus dois irmãos. Então Sem e Jafé pegaram uma capa, puseram sobre os seus próprios ombros, foram andando de costas e com a capa cobriram o seu pai, que estava nu. E, a fim de não verem o pai nu, eles fizeram isso olhando para o lado.” (Gênesis 9:21-23). Bem, se nem Noé, que tinha um “acordo” com o Criador, não soube lidar com o porre, o que dirá nós, pobres mortais pecadores? A verdade é que a Lei da “causa-consequência” tem sua maior comprovação nos excessos do corpo, especialmente alimentares.

Se vinho é alimento, também é inebriante, quando em excesso, e danoso, quando desmedido muito além do excesso. O Dr. Antonio Carlos do Nascimento diz que “cada pessoa tem sua própria interpretação para consumo moderado. Para alguns, meia garrafa por refeição, para outros 100ml. Contudo, ainda que sujeito a algum erro, pode-se dizer que um homem pode beber perto de 300ml por dia, e a mulher, metade deste valor, que corresponde a 150ml.” (p. 44, Vinho Saúde e Longevidade, SP, 2004, 1ªed.). Para aqueles que bebem vinho sempre, estes limites quase nunca são respeitados, ainda que seja recomendável, e aí ao excesso é um pulo.

O vinho moderno tem uma variação de teor alcoólico, de região e produtor, considerável. Um Amarone, vinho de mesa italiano, pode apresentar 17% de AbV (álcool por volume) e um vinho tinto alemão pode ter, apenas, 9% de AbV; claro que a regra de consumo, assim, deve ser relativizada. Mas nosso foco é o “pós-beber”, aquele momento que Noé experimentou de modo tão profundo, provavelmente após consumir doses industriais do vinho, então produzido nas encostas do Monte Ararat. Devemos esclarecer que o termo “ressaca”, para descrever o mal-estar após o consumo de álcool, tem origem no espanhol “resaca“, que significa “rebentação das ondas”.

Essa analogia é usada para descrever a sensação de agitação e mal-estar que pode ocorrer após uma noite de consumo excessivo de álcool. E o consumo excessivo de vinho, por ser um fermentado de peso, potencializa a ressaca, fazendo seus sintomas se acirrarem de sobremaneira. A sensação de mal estar é bem prolongada, e vem junto com a mesma que se tem após o consumo exagerado de, digamos, uma feijoada com uma garrafa de cachaça. Exala-se álcool, o estomago parece preenchido com tijolos e a cabeça roda e dói como se tivessem batendo com uma bigorna nela, dentro de uma canoa em correnteza. A coisa é feia mesmo. E não há “remédio pronto”, o que se combate são os sintomas (analgésico para a dor de cabeça, antiácidos para os males do estomago, probióticos para os intestinos, etc).

O vinho, de verdade, tem alguns agravantes da ressaca; segundo o Prof. Dr. Edmundo Lopes, coordenador da disciplina de gastroenterologia da Faculdade de Medicina do Recife da UFPE), “a sensação da ressaca ser pior relaciona-se diretamente à uva, que irrita a mucosa digestiva, provoca fermentação, náuseas, dor no estômago e vômitos. Ele comenta que existem pessoas com hipersensibilidade a alguns componentes do vinho, como o tanino, polifenóis e outras substâncias que geram desconforto em casos específicos, mas a ressaca não é necessariamente pior. Algumas bebidas utilizam em sua composição produtos químicos, frutas e raízes, por exemplo, que agravam a ressaca pela junção desses componentes. “Quem já tem disfunções digestivas, como refluxo gastroesofágico ou gastrite, vai sofrer muito mais, sobretudo com as fermentadas”. (https://www.uol.com.br/vivabem

A verdade é que o autoconhecimento e a moderação devem andar juntos. Alguns cuidados podem ser tomados, como só beber em refeições ou com o estomago cheio, consumir água em igual litragem que o vinho e, sempre, se hidratar muito durante a ressaca. Entretanto, por mais sombrio que possa parecer o quadro, cabe a lição de Plutarco (46-120 d.C.): “O vinho é das bebidas a mais recomendável, dos medicamentos o mais saboroso e dos alimentos o mais agradável.” Salut!!!

Fonte:

vinho – Jovem Pan