Hambúrguer no croissant? Sim, está entre as pedidas do festival Burger Gourmet, um braço da Restaurant Week, conhecido evento de restaurantes, agora dedicado aos sanduíches. A festa das chapas estreia nesta quinta (24) no Rio e dura um mês, com valor fixo para os sanduíches criados com exclusividade pelos mais de 50 restaurantes e hamburguerias participantes.
Segundo a fórmula do festival, serão oferecidos menus fixos em duas categorias: Tradicional (R$ 39,90 para almoço e jantar) e Plus (R$ 49,90, para almoço e jantar), com opções de hambúrguer mais acompanhamento.
O citado sanduíche com o blend de carnes no croissant é o French Burger da Hob Hamburgueria, com unidades na Tijuca e Botafogo: um smash burger duplo com queijo cheddar, molho especial, alface, picles e cebola roxa. O bar Ferreirinha, no Leblon, aposta no Ferrer Chicken, com frango empanado crocante, molho especial, queijo prato e alface americana.
O Burger Gourmet promove nesta edição um incentivo social direcionado à Gastromotiva, organização sem fins lucrativos de combate a fome e o desperdício, com a contribuição opcional de R$ 2,00 dos clientes.
A ilha grega de Santorini é a ilha mais ao sul das ilhas Cíclades no mar Egeu, e este local especial tem uma grande importância para a história do vinho mundial, pois nele estão abrigados vinhedos com o DNA mais primitivo da Grécia e um dos mais antigos mundo.
1.Breve História do Terroir
Localizado na região sul da ilha de Santorini, o sítio arqueológico Akrotiri, abriga uma das suas primeiras moradias datando o período Neolítico e há inúmeras evidências de ali tenha sido um dos maiores centros urbanos da época, devido a sua grande extensão em área do assentamento pré-histórico e também devido a grande rede de relações com povos externos como os de Creta, Chipe, Síria, Egito e dentre tantos outros. Os achados em Akrotiri demonstram que havia cultivo de vinhas há pelo menos 3500 anos atrás, juntamente com a produção de vinhos, trocas de vinhos e o comércio desta bebida milenar. Estas atividades todas estavam presentes no cotidiano dos moradores.
Nesta ilha qualquer tipo de vegetação ou traço de vida humana foram destruídos com os sucessivos terremotos seguidos da grande erupção vulcânica ocorrida no século XVII. Ao que parece da mesma forma que em outros lados do mundo como em Pompeia, foram preservados inúmeros objetos e detalhes que na atualidade podemos conhecer através deles um pouco da história deste lugar antes desta enorme catástrofe. Os povos fenícios recolonizaram a ilha após este período, e foram desafiados a encontrar maneira de cultivar plantas que já tinham habilidade de produção como a videira. Devido condições especiais de solo e por está isolada, a ilha não sofreu com a grande praga de Filoxera que dizimou os vinhedos mundiais no século XIX, mantendo assim muitas plantas originais anterior ao período da praga. Em 1971 Santorini PDO (Protected Designation of Origin) recebeu a sua regulamentação e é a primeira Designação de Origem da Grécia a ser incluída no Índice Nacional da Herança Cultural Intangível.
2.Características do Terroir Vínico
Este terroir vínico apresenta um ecossistema com especificidades únicas e com longa tradição em cultivo das vinhas. Ao percorre-lo para onde se coloque à vista, sobretudo na região mais central e ao norte da ilha se observam vinhedos espalhados, e um detalhe curioso é que por esta ilha foram encontradas algumas vinhas que apresentam raízes até com 300 anos.
O clima da ilha é típico mediterrâneo com longas horas de sol durante o período do crescimento vegetativo do ciclo da videira. Apresenta os verões secos e os invernos moderados. Um fenômeno interessante que ocorre na ilha é a formação de névoas matinais que surgem devido a evaporação da água do mar no local da caldeira do vulcão cobrindo toda a ilha. Durante a noite as temperaturas caem e a ilha torna-se mais úmida. Esta umidade noturna é absorvida pelo solo característico o que ajuda na hidratação da videira. Outro fenômeno climático importante que ocorre na ilha são a presença de intensos ventos vindo do Norte chamados de “meltemi”, que contribui para a sanidade das partes vegetais e dos cachos de uva, pois os mantém secos.
Há uma combinação de diferentes tipos de solos na ilha que tem características de solos vulcânicos de basalto, cinzas vulcânicas, areias, pedras-pomes, andesito e pequenas quantidades de argilas. As pedras-pomes que são extremamente leves, executam um papel fundamental na absorção da umidade atmosférica que é produzida em determinados períodos e a guarda para ajudar a videira a se manter equilibrada. O fato dos vinhedos da ilha estarem implantados em terrenos de solos arenosos e com baixíssima quantidade de argila o parasita da filoxera não conseguiria sobreviver e portanto além do isolamento territorial da ilha o detalhe da areia do solo manteve os vinhedos de Santorini protegido neste período negro na história do vinho mundial.
A Assyrtiko é a casta emblemática da ilha, cerca de 75% a 80% dos vinhedos são desta uva branca com maturação tardia e extremamente adaptada as condições áridas da ilha. A Athiri e a Aidani são outras castas brancas também cultivadas em menor escala. Uma das poucas castas tintas produzida em Santorini é a Mandilaria e a Movrotragano.
3.Método de Cultivo
Não é novidade que a videira é uma planta que se adapta a múltiplos tipos de terrenos e diversas condições climáticas, mas na ilha de Santorini as condições são quase inóspitas e para driblar essas grandes dificuldades os produtores encontraram maneiras de cultivar a vinha de forma a conseguir extrair boa matéria-prima para a produção de grandes vinhos. Abaixo um mapa e esquema da distribuição dos vinhedos na ilha retirados do livro The Wines of Santorini, do autor Yannis Karakasiss.
Sobre um solo majoritariamente vulcânico com composições especiais descritas anteriormente e que apresentam algumas variações conforme o local que o vinhedo está implantado, as videiras são cultivadas até a 300 metros do nível do mar através do sistema de “Kouloura“, uma espécie de trançado em forma de cestas realizado com a própria madeira velha da planta. Esse sistema permite que a videira seja protegida dos incansáveis ventos “meltemi” que assolam a ilha, ajudam na proteção de areias sobre os cachos de uva e também protegem os cachos de uva da ação desidratante do sol escaldante antes de completar a maturação fenólica desejada dos bagos.
Kouloura em Santorini , por Dayane Casal, Agosto 2023
Neste ecossistema peculiar os vinhedos são protegidos naturalmente de ações de fungos e bactérias levando a uma condição quase unânime de vinhedos orgânicos, onde a única prática utilizada em alguns casos é a correção de enxofre. Claro que nestas condições o rendimento de produção é baixíssimo, uma média de 40Kg/ha enquanto em outras áreas pelo mundo pode chegar a 300Kg/ha, esses números podem ser melhor entendidos nos preços das garrafas de vinhos.
4.Estilos de Vinhos
Há diferentes estilos de vinhos produzidos em Santorini, mas os brancos e com a casta Assyrtiko dominam a produção chegando até a 80% do que a ilha produz. Apesar desta casta ser produzida em outras regiões gregas, na ilha de Santorini ela ganha uma expressão única, o que a faz a casta emblemática e rainha deste lugar. O vinho com a Assyrtiko tem alta acidez, altos níveis alcoólicos, uma mineralidade e até uma “salinidade”, a casta não tem aromas exuberantes mas apresenta discretos em fruta cítrica e de caroço, quando em blends os aromas e sabores exuberantes são acrescentados de outras castas como a Athiri e a Aidani, essas com aromas muito mais marcados. Na ilha existem referências dos estilos de vinhos interessantes de partilhar como o PDO Santorini, o Nykteri, o Vinsanto e os vinhos tintos secos.
PDO Santorini Para deter essa nomeclatura o vinho precisa conter no mínimo 85% Assyrtiko e 15% com as castas Athiri e/ou Aidani. Mas a grande maioria dos vinhos PDO Santorini são produzidos com 100% Assyrtiko. Esses vinhos são muito distintos, com grande prestígio e muito valorizados no mercado devido sua qualidade e o seu terroir.
Nykteri Esta distinção de classificação é dada aos vinhos PDO Santorini que apresentam no mínimo 13,5% de álcool e que estagiam em barricas de carvalho no mínimo por 3 meses. São vinhos que apresentam um perfil muito mais rico, intenso e complexo, com o passar do tempo em garrafa ganham aromas de evolução como mel, frutos secos e nozes.
Vinsanto É o vinho doce produzido na ilha e que tem sinonímia ao vinho italiano, mas o significado é diferente, na Itália significa vinho santo, na ilha quer dizer Vinho de Santorini. Trata-se de um vinho em que as suas uvas são submetidas ao processo de secagem por 15 dias sobre o solo preparado para isso nas adegas. Com a desidratação dos bagos ocorre a concentração dos açúcares naturais da uva e também de acidez, aromas e sabores, formando a matéria-prima para produção de um dos vinhos mais encantadores de sobremesa. Esses estagiam em barris pelo mínimo 24 meses.
Vinhos Tintos Secos A produção de vinhos tintos secos é bastante limitada, e quando ocorre são as utilizadas as castas Mandilaria e a Mavrotragano. Esses vinhos não apresentam muito corpo e nem bons níveis de taninos e acidez o que podem em alguns casos os torna-los flácidos, mas há a produção de bons vinhos tintos secos em casos mais isolados da ilha.
5.Enoturismo em Santorini
Santorini é um dos destinos mais badalados do verão europeu e sem dúvida as suas inúmeras belezas naturais e atrações fazem milhares de turistas visitarem esta ilha do mar Egeu. O vinho com certeza é um dos maiores motivos que fazem os BacoLovers à sério visitarem este belíssimo destino grego. O enoturismo está por toda a ilha com diversos estilos de adegas. Há a visita imperdível no Sítio Arqueológico de Akrotiri mencionado no início deste artigo, também há a visita no Museum Wine Santorini que fica cerca de 10 minutos do aeroporto da cidade na sede da adega Koutsogiannopoulos e possui uma organização primorosa que conta toda a história do vinho da ilha e ao fim você pode fazer uma bela prova de diversos vinhos do produtor.
De frente para a área da caldeira do vulcão com uma vista deslumbrante, você pode visitar a Santo Wines, uma das maiores empresas da ilha e que possui uma excelente estrutura de produção e de enoturismo, conta com profissionais competentes para receber turistas normais e também técnicos da área dos vinhos, gostaria de deixar um agradecimento em especial a colaboradora Eleni Maria que me acompanhou por toda a visita e que gentilmente me transmitiu informações valiosas sobre os vinhos de Santorini.
Um pequeno produtor que recomendo é Gavalas Winery, possui uma modesta instalação, mas com muito primor produzem vinhos de muita qualidade e tem uma vinoteca histórica especial. Interessante é que no início da visita já acontece a prova dos vinhos e só depois visita-se o local. Possui profissionais atenciosos e gentis para acompanhar aos visitantes em todo o momento.
A Ártemis Karamolegos Winery possui uma boa instalação e uma fantástica experiência enogastronomica, sempre acompanhada de profissionais explicando todo os detalhes dos pratos e dos vinhos servidos.
A Art Space Winery é um produtor que associa a visita a adega a uma exposição com inúmeras obras de artes, algumas inclusive disponíveis para venda. Produz de forma artesanal e seu portfólio é pequeno.
Dentre tantas curiosidades e informações desta linda ilha que produz néctares tão distintos e cheios de personalidade, espero que você leitor tenha gostado e também tenha sido estimulado a provar os maravilhosos vinhos de Santorini, esse terroir histórico e milenar do mundo dos vinhos. Desejo excelentes provas, saudações báquicas e saúde!
Yia Mas! Saudação em grego e que significa, “aqui está a saúde” !
A empada de jiló com linguiça da Vó Diva, de Realengo, tem presença confirmada na estreia, assim como a coxinha de rabada com agrião da Dona Jô, do Morro da Providência. Colaboração é a palavra, pelas mãos de empreendedores da gastronomia que exibem seus talentos em regiões menos favorecidas da cidade, de acordo com a nova porta do trabalho social através de sabores realizado pelo chef João Diamante. O bicho pega a partir desta quinta (24), quando o É Nóis abre as portas na Rua Visconde de Itamarati, 42, no Maracanã, com fachada de tijolos que ganhou cores e desenhos vibrantes do grafiteiro Marcelo Ment.
“São lanches que lembram a minha infância, e chefs serão convidados a levar para a loja comidas que marcaram suas vidas. Os empreendedores vão se revezar com o tempo, e poderão fazer lá o lançamento de produtos”, conta João Diamante, que é criador do projeto Diamantes na Cozinha, dedicado a jovens em situação de vulnerabilidade social, e tornou-se, em 2023, jurado do programa Minha Mãe Cozinha Melhor Que a Sua, reality culinário da Rede Globo.
Além dos citados petiscos de Juciara, a Dona Jô, que chegou em 2022 ao Espaço Favela do Rock in Rio, e levará também à nova loja sua coxinha de frango com quiabo, marcam presença quitutes como o da cozinheira Luciana Castrioto, dos Salgados da Lu, de Santa Teresa, com coxinhas de vatapá, e as pizzas notáveis da Piccola Fattoria, trabalho de consistência que tem residência no Recreio dos Bandeirantes.
João Diamante terá um cardápio próprio de sanduíches como o X salada, um blend da casa com alface americana, tomate, queijo mussarela, maionese à l’ancienne e farofa de bacon. Ou o sanduba de porco desfiado com abacaxi caramelizado e salada coleslaw. O escalope de mignon, por sua vez, vem no pão da casa com mussarela e mostarda.
A É Nóis terá capacidade para apenas dez pessoas no interior, com destaque para o take away e o delivery na região da Grande Tijuca. Pretende também se tornar um ponto de encontro em dias de jogo no Maracanã.
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O momento é ideal para o debate num setor que encontra-se em ebulição após um período de dificuldades agudas e necessários aprendizados. No cenário onde uma pesquisa nacional do Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio (Sindrio) aponta que 22% de todos os restaurantes funcionando no país são novidades abertas no pós-pandemia, a troca de ideias e propostas relevantes marcará o Nespresso Day com o tema ‘Gastronomia do futuro: os principais desafios de um setor que volta a esquentar’. O encontro será no dia 28 de agosto, a partir das 15h, no restaurante Assador, no Aterro do Flamengo (Av. Infante Dom Henrique s/n°), e na mesa estarão os chefs Elia Schramm (Babbo Osteria) e Rafa Costa e Silva (Lasai), com mediação da jornalista Fernanda Thedim, editora-chefe da VEJA RIO e do guia COMER & BEBER.
O evento abordará temas que se fazem necessários a restaurantes, bares e outros atores do mercado da alimentação, como o baixo desperdício nas cozinhas, seguindo a ordem planetária da sustentabilidade, e o trabalho com produtores mais próximos, fortalecendo o comércio e as relações locais.
A fotografia atual mostra que o desperdício é nocivo não apenas no espectro ambiental, mas para a saúde financeira e a sobrevivência dos estabelecimentos. Um futuro que aponta para o aproveitamento total de legumes, verduras e dos animais abatidos para a alimentação, processo que envolve também mudanças culturais da parte dos consumidores.
O panorama sugere ainda que a chamada gastronomia contemporânea mantenha raízes “afetivas” e respeite a cultura e a história do local onde está inserida. Os clientes desejam ter experiências reconhecíveis que lhe tragam felicidade e conforto. Nesse ponto, nota-se um desvio de trajetória em alguns chefs conhecidos por rebuscados e caros menus autorais e individuais, em direção a uma cozinha voltada para o compartilhamento, os encontros e a aproximação entre os convivas.
O sazonal também ganha pontos no caminho do futuro e precisa se impor além do discurso: trata-se de respeitar a natureza e buscar produtos de cultivo consciente e orgânico, se possível. Apresentar pratos diferentes em cardápios que mudam com frequência, mantendo a qualidade alta, com regularidade e consistência, pode ser mais importante do que repetir o mesmo prato de forma idêntica. É uma ideia a ser debatida.
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As cozinhas abertas são outro ponto sem volta que merecem atenção, com a movimentação dos cozinheiros à vista do salão. É algo que amplia e torna mais atrativa e honesta a experiência do comensal, cada vez mais interessado nos bastidores da gastronomia. Dessa forma, o assunto passará certamente também pelo aumento da importância para os negócios da internet, das redes sociais e os influenciadores digitais.
O evento da próxima segunda (28) é promovido pela marca de cafés Nespresso Professional em parceria com a VEJA RIO. Uma iniciativa que reúne, chefs, empresários e especialistas do food service para discutir temas sensíveis ao setor.
Você é da área e quer participar desse debate presencialmente? Basta se inscrever pelo email eventos.abril@abril.com.br. As vagas são limitadas, sujeitas a confirmação.
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Desde a abertura do Braseiro Labuta, no Centro-Lapa, com seu cardápio de cortes clássicos na brasa, e outros nem tanto, ladeados por guarnições que partem do repertório tradicional dos braseiros cariocas, faltava dar uma “guaribada” na série de petiscos. Um setor do menu onde a chef Bruna Felizardo e sua equipe pudessem criar porções menores a gostosas, a exemplo do que ocorre no ótimo e recém-aberto Labuta Mar, na Glória, este dedicado aos frutos do mar.
Pois um novo menu acaba de ser lançado para a, digamos, “hora feliz” do Braseiro Labuta, na Rua do Senado. Tira-gostos que saem depois das 17h, aquele fim de tarde pós-trabalho onde o chope se impõe na vida de um cidadão, ou cidadã.
Há pedidas como o milho elote, cozido e grelhado na brasa, servido com maionese de páprica defumada, parmesão e cebolinha (R$ 24,00); o crudo de carne com picles de cebola roxa, pimenta-de-cheiro, pimenta dedo-de-moça, amendoim, gordura defumada, alcaparra frita e focaccia para acompanhar (R$ 42,00); o cupim na brasa com vinagrete de abacaxi e focaccia (R$ 44,00); a kafta com babaganoush, molho tzatzik, pão pita na brasa e salada de ervas aromáticas (R$ 48,00); e o bolo de milho com sorvete de queijo e compota de goiaba (R$ 26,00), entre outras.
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O chope Amstel sair por R$ 11,00, e o Heineken a R$ 13,00. A caipirinha tradicional custa R$ 18,00, e o gin tônica sai por R$ 32,00.
O Braseiro Labuta fica na Rua do Senado, 65, Centro (tel.: 3179-0408). Funciona de terça a sábado, das 11h30 às 21h, quando está disponível o cardápio especial; e domingo e segunda, das 11h30 às 17h.
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O tema é Nova Orleans, terra de pratos apimentados e repletos de especiarias, e assim o Mercado de Produtores do Uptown, na Barra, prepara-se para receber o Festival Bourbon Street, de sexta (25) ao dia 3 de setembro, em dois fins de semana.
O evento tem a curadoria do Jornalista Juarez Becoza e atrações gastronômicas como o arroz Jambalaya da Katita, casa da chef Katia Barbosa. Ou o Risoto do Elvis Presley da Casa Del Mar, um arroz de camarão flambado no bourbon Jim Beam com chips de cebola, aproveitando que o astro nasceu no sul dos EUA.
São dois exemplos de um cardápio extenso, que será acompanhado pela trilha sonora ao vivo das bandas Clement e Trio, no dia 25, das 20h às 22h, e no dia 1º de setembro, no mesmo horário. O músico Gui Lopes comandará o som no dia 26 de agosto, das 16h às 18h; e a Majomatic Jazz toca nos dias 27 de agosto e 3 de setembro, das 16h às 18h.
Durante a pandemia, o mercado do vinho foi afetado pela escassez de garrafas de vidro. Com fábricas paradas e países inteiros com fronteiras fechadas, o valor das caixas de garrafas e do frete dispararam. Muitas vinícolas pequenas ficaram sem ter como engarrafar seus vinhos em um momento em que o consumo aumentou. A situação demorou para se normalizar e até meados de 2022 o aumento dos preços e a falta de matéria-prima ainda afetavam alguns segmentos.
Uma das vinícolas afetadas por esse dilema foi a brasileira Cárdenas. Pequena vinícola boutique do município de Mariana Pimentel, na Serra do Sudeste, no Rio Grande do Sul, teve dificuldades em conseguir garrafas. “Em pleno inverno, não consegui lançar novos produtos. E isso teve um impacto direto no faturamento”, conta Renato Cárdenas, fundador da vinícola. Foi assim que o engenheiro de formação decidiu projetar uma alternativa às garrafas de vidro. Pensou em alumínio e inox, mas o alto investimento inicial não compensava. Foi então que pensou nas tradicionais ânforas. “Achei que a cerâmica pudesse ser uma opção”, diz.
As ânforas são usadas na fabricação, armazenamento e transporte do vinho há milhares de anos. A prática é conhecida ao menos desde a época dos romanos, e foi – e ainda é – muito utilizada por produtores da Geórgia. Com o surgimento dos barris de carvalho e, posteriormente, dos tanques de inox, as ânforas caíram em desuso. Nos últimos anos, voltaram a ser usadas por produtores mais aventureiros, interessados em explorar novos sabores e recuperar saberes ancestrais.
A partir dessa inspiração, Renato Cárdenas e a designer Mirtes Aline Aragón Almanza, brasileira que mora na França, testaram diversos formatos até chegar ao produto final. “Primeiro, pensamos em um ovo, mas percebemos que o público poderia ficar confuso com o tamanho”, conta Cárdenas. Embora comportasse 750 ml de vinho como as garrafas padrão de vidro, o recipente era muito menor. E o serviço era complicado, propenso a acidentes. “Foi assim que pensamos em uma alça, que facilitaria o serviço”.
Vinhos são produzidos em vinhedos da Serra do Sudeste, no Rio Grande do Sul –Cárdenas/Divulgação
O resultado final é uma garrafa de cerâmica que tem formato oval e uma alça. São duas cores, branca e preta, cada uma com um vinho distinto dentro. Como nas antigas ânforas, o vinho deve evoluir dentro delas. “Como é um produto muito novo, ainda não sabemos como será essa evolução, mas ela com certeza será diferente daquela que aconteceria em uma garrafa de vidro”, afirma Cárdenas. As garrafas têm 750 gramas, mesmo peso do vinho. O resultado, portanto, é um produto de 1,5 kg. “Essa mesma proporção é importante para manter o isolamento térmico”, conta. Ele espera que a ânfora seja reaproveitada pelos consumidores, em vez de ser simplesmente descartada, como acontece com as garrafas tradicionais, de vidro.
Foram escolhidos dois vinhos que passaram por um longo processo de guarda antes de serem engarrafados nas duas ânforas. O primeiro é um Merlot 2016, e o segundo, um Tannat 2017. Após a fermentação, feita com leveduras selecionadas, ambos passam seis meses em barricas de carvalho francês (a maior parte) e americano, de segundo e terceiro usos, por seis meses, e depois ficam em tanques até o momento do engarrafamento. “Escolhemos esses dois pois são boas representações do nosso terroir. Os vinhedos ficam uma área de solo granítico, com influência oceânica e uma amplitude térmica que garante a acidez e os sabores de fruta de muita qualidade”. Segundo o produtor, ambos estão prontos para serem bebidos.
Há planos de expandir o portfólio dos vinhos de ânfora. O próximo será um blend, vendido em uma garrafa na cor azul real. Cárdenas conta ainda que vai instalar ânforas grandes, de mil e dois mil litros, para que todo o processo de produção seja feito em tanques de cerâmica. Segundo ele, será uma vinificação em pequena escala.
O lançamento oficial acontece nesta quinta, 24 de agosto. Cada garrafa custará R$ 625, mas será vendida inicialmente pelo preço promocional de R$ 499.
A quarta unidade do Botânica Bistrô abre as portas na Rua Jardim Botânico, 585, na esquina da rua J.J.Seabra. A loja ocupa o imóvel onde funcionou o Bica, com opções para todas as horas do dia, e combo de café da manhã pensados para de uma a quatro pessoas. O cardápio é repleto de toasts, croques, ovos, sanduíches, saladas e um menu executivo servido também nos fins de semana. Para as manhãs, o combo Orquídea (R$ 79,00, para duas pessoas) traz dois sucos de laranja, duas bebidas quentes, uma cesta com pães variados como o de abobrinha e a broa de milho, geleia, manteiga, duas porções de ovos mexidos, duas porções de mamão com banana, duas porções de iogurte com granola, e um bolinho de laranja. O Botânica abre todos os dias de semana das 9h às 19h, e vai até as 18h no sábado e no domingo.
O mês de agosto traz boas novidades também nas programações musicais e happy hours durante a semana. Terça-feira é dia de jazz ao vivo no Rufi, o terraço do Brewteco situado no Baixo Gávea, com vista para a Praça do Jockey (Praça Santos Dumont, 106). O espaço tem uma parte da área coberta e é especializado em pizzas e drinques, além da variedade de chopes artesanais disponíveis na casa. Neta terça (22), às 19h30, que se apresenta é Dan Sebastian e Convidados. No dia 29 de agosto é a vez de Facundo e Convidados. O cardápio oferece redondas no estilo napolitano como a Tuga, feita com molho de tomate pelati, fior di latte, presunto Ceratti, cebola roxa, azeitona preta, ovo e manjericão (R$ 46,00). E coquetéis a exemplo do Capitão Charles, que leva rum envelhecido, falernum da casa, xarope de capim santo, suco de limão e espumante brut (R$ 34,00).
O Jo & Joe Rio, no histórico Largo do Boticário, no Cosme Velho, também tem novidade na programação. Quarta, das 18h às 21h, é noite de pizza e vinho no hostel: por R$ 89,00, os comensais podem saborear as pizzas à vontade, harmonizadas com vinho liberado. A agenda da casa conta com Karaokê, com shot da coragem de cortesia, na quinta (18h às 21h); na sexta, das 17h às 20h, tem 50% de desconto em petiscos e bebidas; no sábado tem feijoada com samba (12h às 20h); e atrações musicais que variam aos domingos.
A psicóloga e confeiteira Raisa Copolla não é russa. Mas parece, e muito. Uma carioca que, aos 13 anos, já lia Tolstoi, num caso de amor com a literatura da terra de Dostoiévski. Conseguiu viajar para a Rússia, em pleno inverno de lá. Foi quando mordeu pela primeira vez o bolo de mel que mudaria sua vida, diferente, cheio de personalidade e difícil de fazer. A Medovik é a loja que leva o nome do quitute fiel à receita original, com mel caramelizado e smetana, uma espécie de creme azedo (R$ 26,00 a fatia; R$ 250,00 o bolo inteiro de 26 centímetros). Há ainda versões de pistache (R$ 30,00 a fatia), e um gelato de smetana com pedaços da massa de mel (R$ 32,00, 160 mililitros).
Rua Visconde de Pirajá, 156, sobreloja 203, Ipanema, 9579-9904 (5 lugares). 10h/18h30 (sáb. até 17h; fecha dom.).
Admitamos, nós brasileiros temos a tendência a dar mais valor ao que vem de fora e desprezar nossas raízes. Fomos colonizados, é verdade. Coq au vin é chic, Tagliatelle ai frutti di maré é puro glamour. Esquecemos, no entanto, que estas receitas são de origem popular em seus países. Deixemos de lado então os preconceitos e vamos nos deliciar com um pouco da “baixa gastronomia” ao lado de bons vinhos. Um crime para os ortodoxos, mas porque não um acarajé com um bom sauvignon blanc, torresmo com riesling, ou pastelzinho de carne com malbec?
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Combinar petiscos brasileiros, do nosso dia a dia, com vinhos, além de saboroso pode ser muito divertido. A experimentação certamente irá proporcionar descobertas, trazendo a bebida saudável para nosso cotidiano, sem pompa, mas para muitas agradáveis circunstâncias.
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Em uma análise de nossos petiscos, concluímos que noventa por cento deles são gordurosos, com muitas frituras. Para estes casos o vinho deve ter boa acidez, frescor e jovialidade. Para a coxinha, empada de frango, acarajé, torresmo, bolinho de bacalhau, ou camarão, busca safras recentes de vinhos com acidez um pouco mais alta, como espumantes ou os feitos com as castas brancas sauvignon blanc, riesling, loureiro, arinto, verdejo, chenin blanc, pinot blanc. Tintas como a pinot noir, gamay, carignan e mencia, também podem ficar muito bem.
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Para petiscos com carne, como pastéis de carne, empanadas, escondidinhos, bolinho de feijoada, pode-se optar por um tinto, de safra jovem, com pouca ou nenhuma madeira e de castas com acidez mais presente, como as já citadas acima, além de syrah, graciano aglianico, touriga nacional, cabernet franc e.
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Para petiscos com queijo, como o pão de queijo frito, bolinha de queijo, empada ou pastel de queijo ou o dadinho de tapioca, uma boa pedida seria um chardonnay, ou outros brancos com boa textura e cremosidade, como alvarinho barricado ou viognier.
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A pimenta, muitas vezes derramada em parcimônia sobre nossas comidinhas, é um complicador e muda totalmente o rumo da harmonização. A acidez nos vinhos incrementa a ardência e pungência da pimenta, logo opte pelo de acidez mais contida como, nos brancos: gewürztraminer, pinot grigio, viognier, torrontes, sémillon, godello, mucadet; nos tintos: carmenere, grenache, monastrell, tempranillo ou primitivo
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Um incentivo a pôr em prática estas combinações é a saúde, já que a acidez e polifenóis dos vinhos ajudam a processar a gordura dos petiscos a amenizam seu impacto na digestão e no nosso “hemograma completo”. Bem mais saudável que acompanhar estas iguarias com cerveja ou coquetéis como caipirinha, por exemplo.