São brindes em profusão, ao momento vibrantes dos balcões, petiscos e drinques que movimentam as noites cariocas. Está chegando a hora de conhecer os melhores da cidade, e apresentamos o timaço de indicados na seção de bares do prêmio VEJA RIO COMER & BEBER 2024/25.
A 28ª edição do guia mais gostoso da cidade vem aí, apresentando mais de 450 estabelecimentos entre restaurantes, comidinhas e bares. A premiação ocorrerá no dia 13 de novembro, em cerimônia no hotel Fairmont Rio.
Para chegar aos finalistas, VEJA RIO compilou os votos de 30 jurados, entre jornalistas da publicação e profissionais de diferentes áreas, que escolheram, em ordem decrescente, os três melhores em cada uma das 38 categorias
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No disputado cenário dos bares, a categoria dono de bar surge como novidade da edição, que vai premiar também o melhor braseiro e o melhor lugar para encontros românticos. Feijoada? Temos. E roda de samba também.
Confira as categorias e indicados, na ordem alfabética:
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Braseiro
Braseiro da Gávea
Braseiro Labuta
Galeto Sat’s
Carta de cerveja
Brewteco
Delirium
Rio Tap Beer House
Carta de drinque
Elena
Nosso
Suru Bar
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Feijoada
Academia da Cachaça
Armazém Cardosão
Bar do Momo
Para ir a dois
Celeste
Eleninha
Quartinho
Petiscos
Bar da Frente
Botica
Chanchada
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Quiosque
Ginga
QuiQui
Sel d’Ipanema
Roda de samba
Armazém Senado
Bar do Omar
Beco do Rato
Comer&Beber Rio 2024 é promovido pela VEJA Rio com patrocínio de Baden Baden, BTG, JBS, Nespresso, Prefeitura do Rio e Tramontina, apoio do Governo do Rio e parceria do Hotel Fairmont.
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O brasileiro está descobrindo o vinho. O fato é inegável e apoiado por números. O consumo só aumentou desde que me envolvi com esta bebida há mais de 30 anos. Mas enquanto o interesse e consumo são inexoravelmente crescentes, a cultura, ou o hábito de consumo, permanecem os mesmos. No Brasil vinho é uma bebida de ocasião e na Europa é alimento diário. No Brasil ainda apreciamos o néctar de Baco majoritariamente em momentos especiais, fora de nossa rotina. Em países como França, Itália, Espanha, Alemanha ou Portugal, o vinho simplesmente está lá, sempre, todos os dias, em todas as estações do ano, em todas as refeições. Claro que o europeu faz distinção entre o vinho do dia a dia, o da ocasião especial, o do verão ou o do inverno. Mas o vinho está sempre ao seu lado.
Este vinho do dia a dia, logicamente tem custo menor e é mais leve. Enquanto o habitante do Piemonte-Itália deixa o Barolo e o tartufo para uma ocasião especial, ele acompanha seu risotto do dia adia, sem cerimônia, com um Dolceto, um Freisa, um Grignolino, sem falar é claro nos vinhos locais, da vila onde vive, que sequer chegam a ser engarrafados. O mesmo se dá na Toscana, onde o Brunello-com-Bistecca é para o sabadão, enquanto faz mais sentido durante a semana um Rosso di Montalcino com um pici al sugo.
Esta lógica, quase óbvia, se aplica em todo o continente. Barolos, Brunellos, Amarones, Grand Crus de Bordeaus e da Borgonha, Riojas Gran Reserva, tintos mais estruturados, branco barricados, que normalmente custam mais ao bolso e exigem mais do paladar, pedem ocasião. Enquanto nomes como
Valpolicella, Bardolino, Côtes-du-Rhône, Dolceto, Soave, Beaujolais, Frascatti, Lambrusco, Montepulciano d’Abruzzo, Chanti, Vinho Verde, Vino da Tavola (Itála), Vino de la Tierrra (Espanha), Vin de Pay (França), vinhos regionais em Portugal, sem falar em rosés e espumantes em geral, são menos custosos, mais leves e companheiros de todo o momento.
O Teva Deli, em Copacabana, prepara uma festa especial em celebração ao seu primeiro ano de funcionamento e ao Dia Mundial do Veganismo, comemorado na sexta-feira, dia 1º de novembro. Uma parceria com a marca Naveia vai trazer promoções aos clientes.
Entre as atrações do evento, a Naveia montará uma estrutura ao ar livre, onde um barista servirá amostras de cappuccino para os passantes, enquanto o Teva Deli oferecerá pequenos pedaços de brownie. Para os que decidirem desfrutar de uma refeição no restaurante, haverá cappuccinos em tamanho normal, e o Teva Deli servirá uma fatia de bolo especial de aniversário para cada dois clientes.
Além disso, todos os visitantes terão a chance de concorrer a uma cesta de café da manhã. Para participar, basta preencher um breve questionário em um tablet disponível no local. Outra promoção exclusiva ocorrerá entre 12h e 17h, onde clientes que trouxerem um amigo e pedirem o prato especial do dia, uma lasanha vegana, receberão 50% de desconto no segundo prato igual.
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Teva Deli. Av. Nossa Senhora de Copacabana, 1334-A, tel.: 97874-0081.
Boas opções sem carne esperam os clientes no shopping do Leblon. No Gurumê, restaurante japonês que tem série de pedidas veganas no cardápio, o Tartare Veg Mê (R$ 29,00) é um tartare de palmito pupunha, tomate italiano assado e guacamole, finalizado com crispy de alho poró e acompanhado de chips de batata baroa. Os pratos com duplas de sushi da casa têm variações como tomate italiano marinado em calda de agave, shoyu, alho e gengibre (R$ 17,00), e tempeh crocante marinado no shoyu, sakê e óleo de gergelim, com toque de maionese de castanha (R$ 19,00).
Gurumê: sushi de tempeh com maionese de castanha./Divulgação
No Zazá Bistrô Café, há pedidas sem carne com o capricho da casa, como a moqueca de vegetais e banana da terra, acompanhada de arroz de coco e farofa de maracujá (R$ 49,00), e o picadinho de berinjela, com couve, sementes de abóbora e de girassol, arroz branco e farofa de alecrim (R$ 52,00).
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Zazá Café: picadinho vegano é de berinjela./Divulgação
E o Juliette Bistrô também apresenta uma opção saborosa para celebrar a data: o Galeries Lafayette. O prato é composto por um risoto de beterraba com tahine, cogumelos ao roti de legumes e sementes de girassol tostadas (R$ 56,00).
Juliette: risoto de beterraba com cogumelos./Divulgação
Rio Design Leblon. Av. Ataulfo de Paiva, 270, Leblon.
O Cantô Gastro & Lounge, restaurante do hotel Grand Hyatt Rio, aberto também a não hóspedes, possui um menu vegano com opções de entradas, pratos principais e sobremesas. Destaque para o risoto de jerimum com rapadura, alho negro e amêndoas laminadas (R$ 75,00), e os chips de raízes da terra (cará, mandioquinha, batata asterix e batata doce) com homus de beterraba fermentada (R$ 35,00). Aos sábados, o restaurante oferece um buffet de feijoada que conta com a versão vegana do prato (R$ 176,00), feita com feijão branco, linguiça apimentada de soja, calabresa de soja, proteína de soja, bacon vegano e cogumelo.
Cantô: risoto de jerimum tem toque de rapadura./Divulgação
Cantô. Av. Lúcio Costa, 9600, Barra da Tijuca, tel.: (21) 3797-9524.
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Achava lindo devorar uma fatia de goiabada de lata espremida entre duas outras, de queijo prato, lá pela hora da Sessão da Tarde. Na mesma época, havia um queijo minas duro, velho e rançoso, que fazia estranhos aniversários na geladeira, e ninguém parecia ligar. Vez por outra, havia ainda um “queijo de furos”, que ninguém chamava de ‘suíço’.
Não havia luxo, qualidade ou variedade nos queijos da minha infância – ou, ainda, de qualquer amiguinho que nos frequentasse. E não faz tanto tempo assim…
A lembrança me veio a caminho de Valença, região que sempre associei à cafeicultura e que, de uma hora para outra, viu surgir uma vocação inesperada.
Foi a Abolição da Escravatura que levou a mudanças profundas na região, que já foi a maior exportadora de café do mundo, no séc. XIX, mas mergulhou em franca decadência por conta da falta de mão de obra. A salvação da lavoura, literalmente, era o governo começar a incentivar a vinda de imigrantes estrangeiros.
Na passagem para o século XX, eles vinham de toda parte.
Os dinamarqueses que ali se fixaram, tentaram reproduzir, em 1920, o tradicional queijo Danbo, que deu origem ao ‘queijo prato’ afetivo da infância de todo o País. Ali, também se instalaram imigrantes italianos e portugueses, que levaram suas técnicas e desejos à região.
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Fato é que essa turma encontrou em Valença um ambiente ideal. Afinal, além da ilustre participação do animal, do que um queijo é feito? Dos minerais da água, da qualidade do pasto e, também, da terra em que cresce.
Ali, por exemplo, as bactérias propiônicas, que costumam ser compradas para fazer queijos com olhaduras redondas, grandes e regulares (como nos queijos suíços), aparecem espontaneamente na pastagem de Valença graças aos afloramentos rochosos, e… surpresa(!)… se manifestam em furos redondinhos, em alguns queijos maturados.
O tipo de “flor” que recobre os queijos, como um “mofo do bem”, também é outro grande trunfo, capaz de emprestar aromas únicos a cada peça.
Isso tudo é o tal do terroir, que aliado a um crescente investimento em mão de obra e qualidade – especialmente depois da pandemia – tem produzido resultados impressionantes.
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DO CAFÉ PARA A PECUÁRIA BOVINA
A cidade é, hoje, a primeira bacia leiteira do Estado do Rio, tanto em volume quanto em qualidade de seus produtos lácteos.
Os números não mentem: no último Concurso de Queijo Artesanal, em São Paulo, entre 1542 produtos de 20 estados, nosso Estado conseguiu 28 medalhas, vindas de 10 queijarias valencianas, sendo duas na categoria máxima: a Super Ouro, com uma banca de juízes de todo o Mundo.
E, ainda, nem nos nossos mais loucos sonhos, acreditaríamos que no último concurso mundial, em Paris, entre os 12 melhores queijos do planeta, havia 10 franceses, 1 suíço e apenas UM não europeu. Sim… era de Valença, Rio de Janeiro.
“O mérito não é meu”, disse Rodrigo do Vale, da queijaria du’Vale, vencedora de inúmeros prêmios. “Que país tem pasto verde o ano inteiro? Vocês viram a capineira, aqui fora? Estou há mais de três meses sem uma gota de chuva e a capineira segue verde! É isso que entra na boca da vaca, que se transforma em leite, que se transforma em queijo. Não é fácil de entender o que faz o melhor queijo do Mundo?”.
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Modéstia à parte (do produtor), não é só terroir que conta. O ‘saber fazer’ importa, e muito. Seu tataravô, imigrante português, já fazia queijos maturados, especialmente do tipo “parmeson” (como conta um registro de época), e enviava para outros municípios, em lombo de burro ou pela Maria Fumaça, já em 1910.
Hoje, num processo que melhora a cada geração, as peças envelhecem numa cave subterrânea que mantem a umidade alta, e a temperatura, baixa e constante.
“O queijo é uma criança que conta tudo”, diz Rodrigo. “Qualquer imperfeição pode ser rastreada até origem, ou seja, aquilo que a vaca comeu. É um produto vivo, com organismos que trabalham no dia a dia, transformando seu sabor. Daqui a uma semana, é outro queijo.”.
Nenhuma de suas “crianças” me contou nada, além de boas histórias. Provei o Pérola Negra, (vencedor do prêmio Super Ouro no último concurso nacional), feito de leite cru e maturado por 60 dias na cave de pedra, sobre uma tábua de madeira. Tem sabor intenso, picante, frutado e denso e é coberto com pó de café para manter a umidade.
Mais inesquecíveis, ainda, foram um queijo maturado por 6 meses, com casca bem florida (que implorei que fizesse em maior quantidade), e o requeijão de leite puro, feito à moda antiga, denso e untuoso, ali batizado como creme de queijo.
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A verdade é que cheguei à fazenda já com desejo de sobremesa. Afinal, pela primeira vez na história, um doce de leite sai de sua categoria específica numa premiação, e entra no rol dos 5 melhores produtos lácteos do Mundo, entre mais de 2.000 produtos inscritos, com jurados de 20 países.
Sim, é de Valença o título de “Melhor Doce de Leite do Mundo”. Segundo Rodrigo, não há segredo: é o terroir valenciano, leite, açúcar e a paciência de se mexer o produto por 5 horas, num tacho de cobre.
Tive a alegria de sair com dois potes e o infortúnio de vê-los sumir em menos de 24 horas, depois de apresentados à minha família.
Pérola Negra da Queijaria du’Vale, coberto com pó de café e Caprinus do Lago, da Capril do Lago. Entre os melhores do Mundo.Rogério Resende/Arquivo pessoal
DAS VACAS ÀS CABRAS
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cabras felizes do Capril do LagoLuísa Erthal/Arquivo pessoal
Outro produtor de destaque é Fabrício Vieira, da Capril do Lago; um dentista, filho de outro dentista, que passou a vida em área rural.
Aos 13 anos, pediu uma vaca de presente. Como era grande demais para ele, ganhou uma cabra.
Brotava ali uma paixão que daria origem, em 2023, ao sétimo melhor queijo do Mundo, no Mondial du Fromage, em Paris. Um grande orgulho termos num pódio feito APENAS de queijos europeus, um pecorino valenciano envelhecido por 12 meses.
Fabrício, a quarta geração de criadores de vacas, desde sempre viu o pai, Fabio Vieira, fazer a ordenha às 4 da manhã, almoçar às 11 horas e só depois partir para o trabalho, ritual que cumpre até hoje, aos 75 anos. Seu pai é o único de 9 filhos que manteve a tradição de tirar leite e fazer queijos.
Foi o primeiro da família a se aventurar com cabras e, apenas na pandemia, decidiu fazer disso um negócio. Então, chamou Paulo Henrique Bastos, seu atual mestre-queijeiro, e deram início a uma incessante busca pela qualidade.
Me encantei especialmente com o Mascate, de casca florida e olhaduras perfeitas (viva as bactérias propiônicas!) ou ainda em versão lavada na cachaça. Também achei fantástico o Sapucaia, queijo de massa mole coberto por um tipo de mofo branco que se desenvolve dentro da cuia da árvore da sapucaia, numa maturação de quase dois meses.
São 300 a 400 queijos, diariamente virados, temperados, lavados, vindos de apenas 40 cabras da raça Saanem, além de dois bodes: Fred e Carlos Henrique, o danado capaz de emprenhar 34 cabras em dois dias.
Paulo Henrique, por exemplo, sente falta de cada uma das cabras que morrem ou são vendidas e, também, de cada peça que vê partir depois de ter se dedicado a elas por meses, ou mais que isso… Cada venda é uma despedida porque as coisas são desse tamanho. E ninguém quer aumentar a produção para não perder a qualidade.
Dessas histórias, que só cabem nessa escala, é feito o queijo valenciano.
Paulo Henrique Bastos, o queijeiro que fez o 7o melhor queijo do Mundo, no último mundial, em Paris, e seu novo Sapucaia, feito na cuia da árvore de sapucaia.Luísa Erthal/Arquivo pessoal
ENQUANTO O SELO ARTE NÃO VEM…
Toda essa poesia podia (e devia) estar espalhada pelas mesas de todo o Brasil, mas hoje esses excelentes produtores contam apenas com o Selo de Inspeção Municipal, o que significa que só podem vender em Valença.
Apenas na semana em que fiz minha visita, quatro queijarias tiveram de fechar as portas porque o mercado local não dá conta de remunerar o investimento em processos caros ou de escoar toda a produção.
A Rota do Queijo foi uma solução excelente e criativa, levando cerca de 80 visitantes a cada rodada, mas ainda não é suficiente.
Vejo uma luz no fim do túnel, graças ao esforço conjunto de um grupo de pessoas que tem tudo para transformar a região na nova Canastra:
Rafael de Souza Pereira, extensionista da Emater-RJ, que me deu riquíssimas aulas sobre a história, formação e evolução da região; Fábio Vicente, médico veterinário do Serviço de Inspeção Municipal de Produtos de Origem Animal (SIMPOA) de Valença; e Bruna Boaretto Durço, médica veterinária do Programa de Apoio ao Produtor Rural do Centro Universitário de Valença, ajudam a orientar e formar novos produtores e agora estudam o longo processo de obtenção do Selo Arte para que os produtos cheguem até nós.
Tive a sorte de acompanhá-los numa visita a Breno Furtado, da Porco Alado (Friburgo), que contou sobre sua experiência e tirou dúvidas como o único produtor fluminense a conseguir o selo, este ano. Agora é esperar que, antes da virada para 2025, algum deles tenha sucesso.
Já rodei o mundo todo, entrevistei muitos produtores e provei mais queijos do que meus quadris gostariam. Posso afirmar sem medo: Valença não deve nada a ninguém.
Enquanto o Selo Arte não vem, nem bem cheguei e já não vejo a hora de voltar.
A 19ª edição do Burger Fest entra em cartaz no dia 1° de novembro e reúne mais de 100 restaurantes, bares e hamburguerias em cinco estados brasileiros. As casas participantes criarão um hambúrguer e um acompanhamento, a preço livre, em receitas que poderão ser incrementadas com diferentes versões de molhos da marca Heinz, patrocinadora do evento.
Em 2024, o ranking Burger Fest elegerá os 50 melhores hambúrgueres do Brasil por meio da curadoria do festival e pelo voto popular, através do site: www.burgerfest.com.br.
Malta: casa de carnes tem burguer dry aged com emmentalLipe Borges/Divulgação
No Rio, entre outros participantes, o Malta Beef Club (Rua Saturnino de Brito, 84, Jardim Botânico) apresenta o Da Roça: pão brioche, burger dry aged, queijo emmental, tempurá de milho e Honey Mustard Heinz (R$ 48,00). Acompanha batata à provençal (R$ 12,00).
Já o Encarnado (Rua General Polidoro, 141, Botafogo) traz o Robertão: dois smashs de 80 gramas, american cheese, alface, cebola, molho especial com ketchup Heinz Picles e Tabasco chipotle, acompanhado de batata frita (R$ 52,00).
O Culto Bar (Rua Arnaldo Quintela, 89, Botafogo), por sua vez, oferece o Cebolinha: Blend da casa, cheddar, cebola crispy, bacon, onion rings, e ketchup Heinz Bacon e Cebola Caramelizada, no pão brioche (R$ 50,00).
Encarnado: casa aposta nos smashes e molho feito com pimenta Tabasco chipotleLipe Borges/Divulgação
Na casa Os Filhos da Mães! (Av. Salvador Allende, 6700, loja 140, Recreio dos Bandeirantes), a pedida é O Bello: hambúrguer de 180 gramas de Angus coberto por maionese de trufas, cogumelos portobello sautée e queijo parmesão da cidade mineira de Lima Duarte (R$ 49,90). Acompanha batatas fritas com maionese de trufas, picles de pepino preparados na casa e uma fina cobertura de queijo parmesão (R$ 24,90).
A Fire House (Rua Francisco Real, 375, Bangu) criou o Biquinho: pão brioche com gergelim, geleia de pimenta biquinho, blend Angus de 150 gramas, queijo brie, cebola crispy e maionese de alho (R$ 44,99). Acompanha snacks de queijo camembert empanado (R$ 14,99).
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A contagem regressiva está aberta para os Oscar dos sabores. Uma seleção tentadora de delícias concorrem ao prêmio VEJA RIO COMER & BEBER 2024/25. A mais aguardada publicação gastronômica da cidade traz mais de 400 endereços entre restaurantes, bares e estabelecimentos de comidinhas, representando a excelência da boa mesa carioca.
Para chegar aos finalistas, VEJA RIO compilou os votos de 30 jurados, entre jornalistas da publicação e profissionais de diferentes áreas, que escolheram, em ordem decrescente, os três melhores em cada uma das 38 categorias.
A gostosa e aguardada seção de comidinhas traz como novidade a escolha do melhor vegetariano, além da melhor cafeteria, valorizando a bebida diária das manhãs, que está melhor a cada dia, e bem acompanhada por gostosuras variadas nas boas casas do ramo. O prêmio de melhor melhor bolo também promete dar o que falar, e o que morder. O nível é alto na disputa!
Teremos as seguintes categorias e indicados, na ordem alfabética:
Bolo
Absurda Confeitaria
Bel Trufas
Medovik
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Brunch
Dainer
Empório Jardim
SO_Lo
Cafeteria
Absurda Confeitaria
Cirandaia
SO_Lo
Kebab
Baduk
Balcão
Basha
Salgado
BB Lanches
La Guapa
Rotisseria Sírio Libaneza
Sorvete
Bacio di Latte
Mil Frutas
Momo Gelato
Vegetariano
Esperança.eco
Pura Rio
Teva Deli
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Comer&Beber Rio 2024 é promovido pela VEJA Rio com patrocínio de Baden Baden, BTG, JBS, Nespresso, Prefeitura do Rio e Tramontina, apoio do Governo do Rio e parceria Hotel Fairmont.
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A 18ª edição do festival Bar em Bar ocorre de 31 de outubro a 17 de novembro, envolvendo 50 bares cariocas que servem petiscos com preços promocionais.
No evento promovido pela Abrasel, o Bar Urca traz o petisco filezinho aperitivo de mignon (R$ 70,00, para duas pessoas). São 400 g de filé mignon cortado com cebolas fatiadas. O Al Farabi, no Centro, oferece o croquete de jiló com carne louca (R$ 10,00 a unidade). É massa leve à base de jiló assado, recheado com carne assada desfiada e temperada, servido com geleia de pimenta da casa.
Bar Urca: casa tradicional vai de filezinho aperitivo no capricho./Divulgação
O vinho Trabuca foi idealizado e produzido pelo grande enólogo bairradino Eng. Pedro Guilherme Andrade, o néctar carrega o nome da alcunha do seu pai o Sr. Trabuca, ao qual o filho lhe presta uma linda homenagem com um dos vinhos de Baga mais inesquecíveis desta casta rainha da região da Bairrada.
Crédito de Imagem: Dayane Casal, 2024
O enólogo faz parte da quarta geração de vitivinicultores e o projeto familiar possui sete hectares de vinhas localizadas no Vale do Boi (Anadia – Portugal), que englobam castas brancas e tintas, dentre estas a Baga.
A Casta Baga
A Bagaé uma Vitis vinífera autóctone de Portugal que apresenta-se com abrolhamento em época média e maturação tardia, o que requer muita atenção nas vinhas. Alguns descritores ampelográficos da Baga são, folhas adultas apresentam tamanho médio, de forma pentagonal com a presença de 5 lóbulos. Seus cachos são de tamanho médio, cônico, compacto, pedúnculo de comprimento médio. O bago desta uva é de tamanho pequeno, compacto, arredondado, de cor negro-azul e com película de boa espessura.
Esta magnífica casta da Bairrada produz desde espumantes elegantíssimos de longa guarda, espumantes de consumo rápido, espumantes tintos, espumantes rosés, espumantes blanc de noir, espumantes blends, vinhos brancos tranquilos “blanc de noir”, vinhos rosés, vinhos tintos de consumo contemporâneo e vinhos tintos de longa guarda, este último foi como ela ficou mais conhecida, por seus vinhos de décadas em garrafas.
Entender detalhes sobre a sua vinificação permite perceber como os enólogos e produtores a trabalham desde quando está na vinha, vislumbrando o estilo de vinho que desejam elaborar. As suas características moleculares são o fator chave do trabalho com a Baga, e claro que para isso é preciso conhecimento técnico especializado e muita experiência, e isso os BACOS bairradinos o tem de sobra e a trabalham na perspetiva de tirar o seu melhor.
O Vinho Trabuca Tinto
O vinho Trabuca Tinto é um vinho distinto qualitativamente, produzido a partir de 100% Baga, matéria-prima provinda de vinhas com 95 anos de idade, muito adaptadas ao terroir e que produzem cachos com atributos especiais para a produção de grandes vinhos. Este vinho é vinificado de forma especial, estagia entre 4 a 5 anos em barrica de carvalho francês e depois mais 2 anos em garrafa em cave.
Em aspecto ele apresenta-se limpo, intensidade média e cor rubi, com presença de lágrimas. No nariz mostra-se limpo, intensidade pronunciada e com características de aromas complexos com ameixa preta, caruma de pinheiro e especiarias. Em boca um vinho com taninos presentes mais muito bem polimerizados, ótima acidez, sabores que se confirmam com os aromas sentidos ao nariz, possui um final longo e se destaca pela elegância e pelo equilíbrio admirável entre álcool, acidez, corpo e taninos. Um vinho com um grande potencial para o envelhecimento.
Sugestão de Harmonização
Este vinho bairradino encantador tem a capacidade de harmonizar com diversos pratos e momentos. Fica a minha sugestão para fazer pairing com uma coxa de pato ao molho com redução de vinho, balsâmico e ervas com purê de batata.
Apreciar um bom vinho à mesa é sempre um bela forma de avaliarmos a sua performance e sobretudo extrairmos o melhor dele por muito mais tempo, junto da família e dos amigos. Fica a minha sugestão de vinho para prendas e para também estar nas suas festas de fim de ano.
Desejo boas provas, saudações báquicas e saúde !
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A Califórnia se firmou como a região produtora do Novo Mundo mais prestigiada pelo Velho Mundo consumidor, ou seja, os mercados tradicionais europeus hoje reconhecem a qualidade impecável dos vinhos californianos. E não adianta os puristas dizerem que vinhos com estrutura moderna, como os californianos, não têm qualidade, vez que a resposta dos consumidores vai na contramão destas opiniões preconceituosas.
A casta emblemática de lá é a Zinfandel, que muito colaborou para o reconhecimento do vinho californiano pelo resto do mundo. A uva Zinfandel tem uma origem que remonta à Europa Oriental. Estudos de DNA indicam que ela é geneticamente idêntica à uva croata Crljenak Kaštelanski e à Primitivo, cultivada na região de Puglia, na Itália. Acredita-se que tenha chegado aos Estados Unidos no início do século XIX e se popularizado, especialmente na Califórnia. Ela é cultivada em várias regiões, cada uma oferecendo um estilo distinto. No Lodi, se produz Zinfandels mais frutados e menos ácidos. Dry Creek Valley (Sonoma) é conhecida por vinhos mais robustos e complexos. O Napa Valley nos oferece vinhos de perfil rico, com estrutura e complexidade.
O clima ensolarado da Califórnia, especialmente em regiões mais quentes, permite que a uva amadureça bem, aumentando a concentração de açúcar e resultando em vinhos com alto teor alcoólico. A versatilidade da Zinfandel possibilitou que a California produzisse vinhos brancos e tintos desta mesma casta, sendo verdade que ambos têm relevância nos mercados consumidores. Vale a pena destacar as características de cada um destes dois tipos de vinhos; o White Zinfandel, a despeito da nomenclatura, é um vinho rosé, produzido com a casca da uva separada logo após a prensagem, resultando em uma coloração clara. É geralmente levemente doce e tem um teor alcoólico mais baixo. Por seu turno, o tinto Zinfandel é fermentado com a casca da uva, o que dá uma cor profunda e taninos mais pronunciados, além de uma estrutura mais encorpada e alcoólica.
Alguns produtores renomados de Zinfandel na Califórnia incluem: Ridge Vineyards que é famoso pelo seu Zinfandel encorpado e com grande potencial de envelhecimento. Já Turley Wine Cellars, é especializada em Zinfandel de vinhedos antigos, conhecida pela intensidade de sabores. O mítico produtor italiano Seghesio Family Vineyards, é um dos produtores tradicionais de Sonoma, com vinhos que equilibram fruta e especiarias. Merece, ainda, destaque a Ravenswood Winery, que produz Zinfandel com caráter intenso e representativo de diferentes terroirs. Esses produtores são conhecidos pela dedicação em extrair o melhor da Zinfandel, preservando suas características de fruta intensa e textura rica.
A Zinfandel é um vinho tinto versátil que pode acompanhar uma variedade de pratos devido ao seu sabor frutado e especiado. A harmonização depende do estilo do vinho (mais leve ou encorpado), mas algumas combinações clássicas incluem, por exemplo, as carnes Grelhadas e Churrasco, sendo verdade que Zinfandel vai muito bem com costela e contrafilé, especialmente quando há molhos barbecue ou marinadas levemente adocicadas, pois seu caráter frutado complementa o sabor defumado e doce.
Pratos como costelinhas de porco ao molho barbecue ou pernil de porco com molho de frutas são ótimas companhias do tinto, pois o toque frutado do Zinfandel harmoniza bem com o sabor mais adocicado do porco. Agora, com pratos apimentados, a Zinfandel, com seus toques de especiarias e taninos moderados, é ótima, até com comidas mexicanas, como tacos e enchiladas, ou mesmo com pratos cajun e outros com tempero marcante. Massas com molho de tomate, pizzas com tomate e queijos encorpados também seguem bem com esta casta. Escolha o acompanhamento e descubra esta uva tão mítica nos Estados Unidos. Salut!!!
Você já viu alguém entrar em uma loja de vinhos e pedir por um que tenha aroma de flor de sabugueiro? E aquela nota de alcaçuz ou groselha fresca recém-colhida do bosque molhado, já sentiu? Quem passou a questionar essas notas tão reproduzidas em catálogos e salas de degustação pelo mundo afora foi a brasileira Priscilla Hennekam. Descobri o trabalho dela por indicação do chileno Cristian Rodrigues, principal líder da vinícola Emiliana, que mencionou um dos artigos de Priscila justamente no momento da degustação de seus vinhos durante a Prowine, principal feira de vinhos das Américas.
O artigo em questão, “Don’t tell me what I taste” (“não me diga o que estou degustando), tem rodado o mundo. O projeto de Priscilla, “Rethinking the Wine Industry” (“repensando a indústria de vinho”), conta atualmente com cerca de 10.000 profissionais de diferentes partes do planeta. O objetivo dele é repensar as bases formais e as estruturas seculares desse universo que hoje podem não fazer mais sentido — ou pior, afastar as pessoas dessa bebida que remonta à história de diversas culturas. “Acredito que muitos dos desafios enfrentados pela indústria do vinho estão enraizados na cultura e na mentalidade que a educação dessa bebida nos impõe, e isso nos limita a inovar, resultando em estagnação”, disse Priscilla em conversa com a coluna AL VINO.
Natural de Natal, Rio Grande do Norte, ela recentemente contou em uma revista de Delhi, na India, que começou a beber vinho de uma forma bastante exótica, misturado com leite condensado, num famoso coquetel servido nas praias de sua cidade. Só na faculdade de gastronomia teve contato com o vinho fino e seco e todo esse universo. “Gosto de contar a minha história porque ela me conecta com centenas de pessoas, principalmente em um país que tem como o principal vinho vendido um rótulo doce”, afirma. Há doze anos fora do Brasil, Priscilla morou em Mendoza, na Argentina, antes de migrar para Adelaide, na Austrália, onde atua como consultora de negócios de vinho. “Precisamos transformar a educação de vinho, torná-la mais acessível. Definitivamene, não é preciso ter diploma para se apreciar um bom vinho”, afirma.
A seguir, os principais trechos da nossa conversa:
Sobre as notas de degustação, de fato nunca vi ninguém entrar em uma loja de vinho buscando algum rótulo com aroma de flor de sabugueiro. Você acredita que esse tipo de comunicação aproxima ou afasta as pessoas do universo do vinho? Certamente mais afasta do que aproxima. Já vivi situações em que você explica esses aromas na loja achando que está ajudando e, no final, a pessoa pergunta: está bem, mas qual eu escolho? Gosto de sugerir vinho para o churrasco, para maratonar filmes e seriados na Netflix, para um piquenique… Claro que palavras como leve ou encorpado fazem sentido, mas, para quem está começando, jargões não dizem nada e afastam quem está começando.
O que falta para criar uma melhor conexão? Compreender que nesta busca o anseio é por familiaridade e para isso a ressonância emocional é crucial. Aromas como flor de sabugueiro, que para muitos consumidores são absolutamente desconhecidos, irão falhar e criam desconexão. A indústria do vinho simplesmente ignora descobertas do neuromarketing, que enfatiza a escolhas que busquem conforto, e continua aderindo a estratégias ultrapassadas. Para envolver os consumidores e trazer mais pessoas para o vinho é preciso criar uma comunicação que ressoe emocionalmente e faça sentido, claro.
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Há vinícolas onde essa comunicação é diferente? Cada vez mais vemos pequenas vinícolas adotando abordagens inovadoras. Por exemplo, visitei uma vinícola em Napa (Califórnia) chamada Anarchist Wine Co., onde os rótulos enfatizam o conceito de notas de sentimentos em vez das tradicionais notas de degustação. Um de seus espumantes, apropriadamente denominado 15 Minutos de Fama, é descrito assim: “te eleva a um momento brilhante seguido de um abandono frívolo. As bolhas dançam e em minutos vão embora. É fugaz e fabuloso. Aproveite cada segundo!”. Eles evitam mencionar notas de degustação ou quaisquer outros detalhes típicos e pouco inspiradores.
Você já foi bastante criticada por não falar de vinho como regem os padrões das fichas técnicas, como foi isso? Eu estudei para o WSET (Wine & Spirit Education Trust, baseada em Londres, que oferece certificações globais desde 1969), mas, infelizmente, não passei no exame D3 (Vinhos do Mundo). Ao receber o retorno da prova, percebi que tinha dificuldade em transmitir uma análise sofisticada nas minhas respostas, de acordo com o WSET. Isto levou-me a questionar se a indústria do vinho necessita realmente deste nível de sofisticação. Os consumidores estão realmente procurando por isso ou é apenas uma expectativa da própria indústria, sem base nos desejos reais do consumidor?
Consumo de vinho harmoniza com uma atitude esnobe? Lugares como a Sede 261, em São Paulo, no Brasil estão prosperando ao eliminar o esnobismo do vinho. Percebi que muitos da Geração Z e da geração Y estão gostando da experiência. Precisamos de mais empresas como estas, que ofereçam diversas experiências e caminhos para trazer diferentes pessoas para essa cultura. O vinho deve ser acessível, permitindo que mais pessoas o apreciem e desfrutem.
Você acha que os críticos mais populares e importantes têm culpa na perpetuação desse tom esnobe? Sim, penso que existe um certo nível de responsabilidade entre os críticos proeminentes. O foco no jargão técnico e na análise sofisticada pode, por vezes, criar uma barreira para os consumidores comuns, fazendo com que o vinho pareça algo elitista e inacessível. Ao priorizar a acessibilidade e a narração de histórias, os críticos poderiam ajudar a promover uma cultura do vinho mais inclusiva, que convida todos a desfrutar e explorar.
Para apreciar um bom vinho é necessário identificar essas notas de degustação e aromas? De jeito nenhum. Para ter uma experiência envolvente e memorável, você precisa de uma história convincente. Um contador de histórias habilidoso venderá muito mais vinho, por exemplo, do que alguém que usa descrições elaboradas repletas de terminologia que até mesmo muitos profissionais do vinho têm dificuldade em entender. Conectar-se com os consumidores em um nível pessoal por meio da narrativa é o que realmente ressoa.
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Quando alguém compra um vinho caro e não consegue perceber essas sutilezas, você acha que se está jogando dinheiro fora? As pessoas compram vinho por motivos emocionais. Quando compram uma garrafa cara, muitas vezes procuram um sentimento de autoestima ou prestígio, muito mais do que profundo conhecimento de vinho, na maioria das vezes. Embora muitos consumidores tenham esse conhecimento, a maioria está simplesmente em busca de uma experiência agradável. Se for esta a busca, não está jogando dinheiro fora porque bons vinhos entregam essa experiência, sem dúvida.
Qual o ritual das salas de degustação que você considera mais desnecessário? Um ritual que considero um tanto desnecessário é o processo excessivamente elaborado de girar e cheirar a taça, no qual algumas pessoas insistem. Embora compreenda a importância de arejar o vinho e apreciar os seus aromas, o foco extremo nestas etapas pode parecer pretensioso e prejudicar o prazer. Muitas pessoas não conseguem encontrar os aromas descritos e ficam ali, naquela movimentação sem sentido. O vinho deve ser uma questão de experiência social, não apenas de seguir um conjunto rígido de regras. Acho importante perceber o que faz você sentir e apreciar melhor o vinho, sem se deixar levar pelo ritual em si.
Qual sua sugestão para leigos que querem aprender e se aproximar do universo do vinho? Há passos muito práticos. O primeiro é seja curioso, experimente diferentes vinhos, uvas de lugares distintos sem se preocupar com a terminologia. Foque em distinguir o que você gosta e não gosta. O segundo é monte ou participe de confrarias mais casuais, talvez com seus amigos mesmo. Dividir impressões e aprender uns com os outros de maneira mais relaxada pode ser muito prazeroso. O terceiro é que existem hoje muito eventos de vinho com diferentes temas e abordagens, participe deles. Para finalizar esteja com a mente aberta, a apreciação e descoberta dos vinhos são uma jornada. Esteja disposto a experimentar coisas novas e aprender com cada experiência, mesmo que isso signifique sair da sua zona de conforto. Ao seguir essas etapas, você pode cultivar uma conexão mais profunda com o vinho enquanto aproveita o processo.
Você gosta de vinho brasileiro?Para quais momentos os recomendaria? A cultura vibrante e as paisagens deslumbrantes do Brasil representam verdadeiramente como devemos promover nossos vinhos para o mundo. Para mim, a essência de apreciar os vinhos brasileiros está no encontro com os amigos. Eu gosto muito das experiências de confrarias que temos no Brasil, algo que não é tão prevalente na Austrália. É incrível como nos reunimos como amantes do vinho, formando grupos que se reúnem regularmente para partilhar a nossa paixão. Os vinhos brasileiros são perfeitos para criar um ambiente repleto de risadas e histórias. E claro, sou apaixonada pelos espumante brasileiros, gostaria de encontrá-los aqui na Austrália.