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O segredo do molho de churrasco japonês de quase R$ 2 bilhões? A avó

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

De uma sede entre vinhedos no Condado de Sonoma, Califórnia, quilos de gengibre, vinagre de arroz, mirin e óleo de gergelim são misturados em grandes cubas do que logo se tornará o molho de churrasco japonês da Bachan. Os vários sabores serão então canalizados para suas garrafas plásticas exclusivas. Justin Gill, fundador e CEO da Bachan, de 43 anos, ressalta que foi o primeiro a usar a embalagem, agora na moda e que é onipresente nas prateleiras dos supermercados.

“Eu queria construir uma marca que fosse acessível”, diz Gill, “Uma que funcionasse tão bem na Whole Foods quanto no Walmart”.

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O apelo da Bachan é uma das muitas razões pelas quais o molho doce e salgado começou a fazer sucesso logo depois que Gill lançou a marca em 2019. Uma receita de família é a outra. A Bachan, nomeada em homenagem ao termo nipo-americano para avó, originou-se de um molho que sua própria avó fez por décadas. 

A Bachan’s é agora o molho de churrasco mais vendido na Amazon e na Whole Foods, e a marca de condimentos que mais cresce nos Estados Unidos. Com uma receita anual estimada de mais de US$ 70 milhões (US$ 381,5 milhões), a Bachan’s está tendo o tipo de momento que fez do fundador da Sriracha, David Tran, um bilionário.

A Bachan’s também é lucrativa, e a Forbes estima que as margens operacionais sejam de até 20% ao ano. Gill se recusou a comentar sobre a receita ou lucratividade de seu negócio privado. Com um múltiplo conservador de 5 vezes, a Bachan’s pode valer mais de US$ 350 milhões (R$ 1,9 bilhão), e sua empresa pode ser adquirida por muito mais. Afinal, o molho vende. Em 2020, McCormick gastou US$ 800 milhões (R$ 4,36 bilhões) para comprar o molho picante Cholula — em um negócio avaliado em 10 vezes a receita. Outros negócios recentes para marcas de condimentos com sabores ousados ​​foram vendidos por até 8 vezes o valor.

“Eu lutei por tanto tempo e assumi tanto risco financeiro pessoal para conseguir controlar meu negócio e então me tornar lucrativo”, diz Gill. Ele manteve a propriedade majoritária, mesmo depois de levantar US$ 17 milhões (R$ 92,7 milhões) de investidores em duas rodadas e garantir que todos os funcionários da Bachan possuíssem suas próprias ações. Gill credita seu controle à luta pelos termos certos ao fazer negócios, em vez de buscar avaliações maiores. Ele diz que não tem planos de levantar mais capital no curto prazo, acrescentando que a empresa é “totalmente autossustentável”.

“Em um certo ponto, você meio que tem que assumir o risco”, diz Gill. “Mas uma parte fundamental do nosso sucesso tem sido nossa estratégia de ser muito disciplinado.”

A jornada empreendedora de Gill começa com sua própria bachan – ou avó – Judy Yokoyama. Uma nipo-americana de primeira geração que passou dois anos quando criança em um campo de concentração japonês no deserto do Colorado chamado Camp Amache, Yokoyama viveu com a família de Gill enquanto ele crescia em Sebastopol, Califórnia, e ele se lembra dela constantemente preparando grandes lotes da receita tradicional. Durante a infância de Gill no Condado de Sonoma, Yokoyama fazia um pouco de molho sempre que havia uma grande reunião ou feriado. Na época do Natal, o molho era presenteado aos clientes do negócio de paisagismo da família. Distribuir garrafas de porta em porta com a família deixou uma impressão em Gill, que adorava quando os destinatários mostravam garrafas vazias do ano anterior.

Fundador da Bachan, Justin Gill, com sua avó, Judy Yokoyama

Gill prezava a receita secreta de sua avó e, em 2013, depois de anos trabalhando com sua família em paisagismo, ele decidiu levar o molho para as massas. “Eu queria fazer algo que eu amasse”, relembra, “e realmente queria mostrar às minhas filhas o que é possível na vida se você perseguir seu sonho e simplesmente dar tudo de si para isso.”

Foram necessários seis anos testando diferentes fórmulas em diferentes fábricas na Califórnia antes que Gill ficasse satisfeito. Os condimentos produzidos em massa são feitos em escala graças aos conservantes e à pasteurização, mas isso arruinou o sabor e a textura do molho que Gill lembrava de sua infância. Ele, que estudou química e ciência de plantas na California Polytechnic State University-San Luis Obispo, finalmente descobriu como realizar um processo para encher o molho a frio em suas garrafas, sem a necessidade de pasteurização.

“Eu realmente vi que todos os condimentos são feitos [da mesma] maneira, então, se eu pudesse fazer o meu ter o mesmo gosto da nossa receita caseira, teríamos algo totalmente diferente”, diz Gill. “E se eu pudesse fazer isso sem conservantes ou um monte de óleos, então eu teria algo que seria um produto incrível e realmente representaria minha família.”

Os 10 ingredientes que a Bachan’s usa são minimamente processados ​​e de alta qualidade — certamente mais premium do que o que a família de classe média de Gill usava originalmente, ele diz. Por exemplo, um dos ingredientes principais, o mirin. O tipo de mirin que a Bachan’s fornece é feito pela mesma família no Japão há sete gerações.

Depois que a Bachan’s foi lançada em 2019, Gill assumiu a responsabilidade de vender o molho ele mesmo. Ele distribuiu amostras em lojas todos os fins de semana naquele primeiro ano — desde lojas de alimentos naturais ao redor do norte da Califórnia a lojas especializadas perto da sede em Sebastopol. Quando a pandemia veio, a casa que ele divide com sua esposa e três filhas pequenas se tornou o centro de distribuição da Bachan’s.

À medida que a Bachan’s começou a gerar receita, Gill reinvestiu em anúncios do Facebook e fez empréstimos para investir ainda mais. Era um ciclo exaustivo: 50% da receita diária voltava para pagar empréstimos com juros altos. Gill fez dois empréstimos pessoais de amigos — um de US$ 100 mil (R$ 545 mil) estava vinculado à sua casa — mas ele não conseguiu um empréstimo para pequenas empresas, então estourou os cartões de crédito.

Ele decidiu investir o dinheiro em mais anúncios de mídia social e maiores tiragens de produção. O impulso funcionou, e a Bachan’s rapidamente se tornou o molho barbecue mais vendido na Amazon.

De início, os supermercados tentaram ‘relegar’ a Bachan’s colocando o molho no corredor de sabores globais, que era então chamado de corredor “étnico”. Gill lutou para competir nas prateleiras ao lado de outras marcas de molho barbecue, onde normalmente há mais tráfego de pedestres nas lojas — e a aposta valeu a pena. A Spins, que monitora as vendas em supermercados, estima o mercado de molhos para churrasco em US$ 1 bilhão (R$ 5,45 bilhões), já que o aumento da regionalidade ganhou força entre os compradores.

A Whole Foods estava disposta a experimentar, e a Bachan’s foi lançada em 60 lojas, onde o molho se tornou a marca mais vendida no corredor de molhos para churrasco do supermercado. “Pode ser desafiador para as marcas penetrarem nesse segmento. É realmente um impulso regional”, diz Lizette Coello, da Whole Foods, que gerencia a compra global de sabores e condimentos. “O que é empolgante sobre a Bachan’s é que eles resgataram essa categoria, que está profundamente enraizada na tradição americana com todas as coisas que você deseja em um bom molho, mas de uma forma totalmente diferente.”

Em 2021, Gill levantou a primeira rodada de capital da Bachan’s, depois que um investidor da Prelude Growth Partners percebeu que a empresa não tinha patrocinadores institucionais, mas manteve sua posição como a empresa de molho para churrasco nº 1 em vendas na Amazon. A Prelude comprou uma participação minoritária por US$ 4 milhões (R$ 21,8 milhões).

“Era a menor marca na época do nosso investimento em que investimos em todos os nossos negócios”, diz Neda Daneshzadeh, sócia-gerente e cofundadora da Prelude. “Mas foi porque tínhamos muita convicção nele como fundador e na marca.”

Foi o primeiro grande momento de alívio de Gill: uma grande quantia em dinheiro no banco. Quando a Bachan’s voltou aos investidores em 2022, a empresa havia se tornado lucrativa, e isso colocou Gill em uma posição de força. Sua segunda rodada, liderada pela Sonoma Brands Capital, fechou em US$ 13 milhões (R$ 70,85 milhões). O que atraiu a Sonoma para a marca foram as reações dos clientes à Bachan’s, que o fundador da Sonoma, Jon Sebastiani, diz ter sido “simplesmente alucinante para mim como investidor”.

“É um Sriracha 2.0”, diz Sebastiani sobre o molho picante que tornou David Tran um bilionário. “Sriracha tomou o mundo de assalto e é esse condimento fenomenal que se tornou onipresente na culinária asiática e é usado em alimentos não asiáticos. Vejo o molho da Bachan’s da mesma forma.”

Esse voto de confiança ajudou Gill a dar seu maior salto até agora: lançar-se no Walmart. Gill recuou quando o maior varejista dos Estados Unidos expressou interesse vários anos antes, mas quando decidiu que o molho da Bachan’s estava pronto para o Walmart, ele se tornou um sucesso instantâneo.

O molho foi até mencionado pelo CEO do Walmart nos EUA, John Furner, durante uma teleconferência de resultados em maio de 2023, o que raramente acontece para marcas de alimentos. Furner citou a Bachan’s como um exemplo de como ele é “pessoalmente encorajado pela maneira como os comerciantes estão procurando novas maneiras de encontrar novos itens, dar vida a eles e impulsionar as vendas em todo o país.”

A Bachan’s “incendiou o mercado e inspirou outras empresas a criar suas próprias versões do molho”, acrescenta Damon Keith, diretor de merchandising de molhos e condimentos do Walmart nos EUA. Com isso, a Bachan’s “teve um ótimo desempenho e aumentou a participação”. Depois de ser lançada em 3 mil lojas no ano passado, mais 1 mil foram adicionadas este ano.

Agora que a Bachan’s é vendida em 25 mil lojas em todo o país, Gill se diz estar focado em alcançar ainda mais clientes e “ir mais fundo” na categoria. À medida que a conscientização sobre a Bachan’s aumenta, Gill quer continuar a construir, mudando para produtos adjacentes, como molhos para imersão.

“Queremos ser a primeira comida nipo-americana icônica, e quando digo icônica, quero dizer que queremos ser o ketchup Heinz e o molho picante Tabasco”, diz Gill. “Quero ser onipresente na cultura americana. Isso nos permite também compartilhar nossa cultura e meu legado familiar.”

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Como quatro irmãos italianos estão mudando a história de seus vinhos

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Os irmãos Castagnedi: Paulo, Massimo, Tiziano e Armando, que falou com a Forbes

Os vinhos do Veneto, região do nordeste da Itália, nunca chamaram a atenção ou os preços, como os dos do Piemonte ou da Toscana, embora o Prosecco seja um grande vendedor em todo o mundo e a sua tríade de Valpolicella, Bardolino e Soave esteja há meio século entre os vinhos mais fáceis de se vender na Itália. Apenas o Amarone, um tinto encorpado feito com a uva Corvino, tem maior reputação, mas foi relegado à categoria de ocasiões especiais.

A família Castagnedi, proprietária da vinícola Tenuta Sant’Antonio, tem sido líder na tentativa de mudar a imagem dos vinhos do Vêneto. Atualmente com 100 hectares de vinhedos, eles estão se concentrando em Valpolicella, Amarone e Soave, evoluindo dos rígidos regulamentos DOC (Denominação de Origem Controlada) e DOCG (Denominação de Origem Controlada e Garantida) das leis bizantinas do vinho italiano para melhorar as variedades, bem como produzir vinhos IGT ( Indicação Geográfica Típica), o que permite às vinícolas experimentar quaisquer uvas que deseje para fazer vinhos modernos do Veneto.

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O fato é que o vinho sempre foi um assunto de família. Antonio Castagnedi cultivou uvas no Vale Illasi, no leste de Valpolicella, e deixou 20 hectares de vinhedos para seus quatro filhos: Armando, Tiziano, Paolo e Massimo. Confira a entrevista com Armando Castagnedi sobre os esforços da família:

Forbes: Há quanto tempo a Tenuta Sant’Antonio é uma vinícola familiar e quem é o responsável por quê?

Armando Castagnedi: A Tenuta Sant’Antonio foi fundada em 1995. Nasceu do sonho dos quatro irmãos Castagnedi que, provenientes de gerações de enólogos, se propuseram a criar vinhos icônicos guiados pela investigação, experiência e paixão. Os Castagnedis deram uma nova interpretação aos terroirs Valpolicella e Soave DOC, ao mesmo tempo que homenagearam as marcas registradas de Veneto.

A vinícola italiana Tenuta Sant’Antonio é uma vinícola ambiciosa e em constante evolução, onde colocamos a qualidade rigorosa como base. A vantagem de ser uma vinícola familiar é que podemos dividir nossas áreas de especialização. Sou chefe de exportação e gestão; Tiziano é chefe de mercado e logística italiano; Paolo é chefe de produto; e Massimo chefe da área agronômica.

F: São duas linhas de vinhos, Tenuta Sant’Antonio e Scaia. No que elas são diferentes?

AC: O Projeto Scaia nasceu em 2006, da vontade de diversificar o nosso público e entregar vinhos dinamicamente não convencionais. Scaia dedica-se aos vinhos Veneto IGT que personificam a criatividade veronesa, enquanto Tenuta Sant’Antonio dedica-se aos vinhos DOC e DOCG que defendem as tradições das denominações Valpolicella, Amarone e Soave. Ambos se dedicam a apresentar o terroir na sua forma mais pura.

Esta escolha estratégica de diversificação comercial para sair da regulamentação DOC permite-nos expandir o nosso público, visando aqueles que estão abertos a beber e aprender sobre vinhos fora do DOC Soave e Valpolicella.

F: Qual a diferença entre seus vinhos DOC e DOCG e seus IGTs?

AC: Com os nossos vinhos DOC e DOCG, damos continuidade à história e ao simbolismo da denominação para proteger o valor do território por meio de um processo de secagem único (appassimento), utilizando as nossas uvas autóctones e as nossas vinhas e terroirs únicos, calcários e vulcânicos.

Os vinhos IGT representam a flexibilidade de uma denominação quando nos é permitido acompanhar as tendências de consumo de forma dinâmica, reagir prontamente e servir vinhos de qualidade a novos consumidores. O IGT menos restritivo também nos permite mais caminhos para servir aqueles que procuram vinhos ligados a estilos de vinificação contemporâneos e criativos.

F: Como as leis italianas sobre vinhos permitiram que muitas variedades tivessem tantos DOCGs, mas apenas 14 apenas são do Vêneto?

AC: Do ponto de vista prático e comercial, não posso negar que a multiplicidade de denominações torna difícil aos consumidores compreender a imagem de Itália e compreender cada denominação. Um dos principais fatores que levou a esta confusão é a história competitiva entre as províncias. Durante séculos, os habitantes locais de uma província para outra criaram regras e tradições de produção específicas que se opõem propositadamente a outras, a fim de serem mais distintivas e superiores à concorrência.

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Há também o elemento adicional de terroir e microclimas variados, que criam diferentes condições de cultivo, mesmo com apenas alguns quilômetros de distância, tornando as variedades de uvas muito diferentes de região para região. Todos estes fatores despertaram o desejo de realçar as nuances individuais de cada região e regular a sua qualidade com directrizes DOC e DOCG para proteger a identidade única de cada denominação.

F: Qual é a diferença entre Valpolicella, Valpolicella Superiore e Valpolicella Ripasso?

AC: Os regulamentos da Valpolicella, como visto no nosso Nanfrè Valpolicella DOC, exigem que o vinho seja feito com uvas Corvina e Rondinella. A regulamentação da Valpolicella Superiore exige 12% de volume de álcool no vinho base, ser feito de Corvina e Rondinella e envelhecer um ano em carvalho. Com o La Bandina Valpolicella Superiore DOC, pretendemos que o vinho expresse um estilo intrinsecamente ligado ao terroir, às uvas e às vinhas específicas.

La Bandina é o melhor exemplo do status Superiore porque todas as uvas que compõem este vinho provém de um pequeno vinhedo – menos de seis hectares – dedicado exclusivamente a La Bandina. Para o Valpolicella DOC Ripasso o diferencial está na técnica histórica do Ripasso (“repassado”), em que o vinho base é passado sobre as películas fermentadas das uvas Amarone.

F: Qual é a diferença entre Amarone e Amarone Recioto?

AC: As macro diferenças estão no estilo dos vinhos, que são essencialmente como irmãos. As uvas são iguais e o processo de secagem é semelhante, mas mais prolongado para o Recioto, o que cria mais açúcar residual nos mostos. Durante a fermentação do Amarone, esse açúcar é todo consumido e transformado em álcool, secando o vinho. Por outro lado, durante a fermentação do Recioto, apenas uma fração do açúcar se transforma em álcool, o que deixa açúcar residual para tornar o vinho doce.

F: Cinquenta anos atrás, os Amarones eram vinhos enormes, com alto teor alcoólico, tânicos e uma doçura coriácea. Mas nos últimos anos eles se tornaram mais bebíveis mais cedo. Perdemos completamente o estilo antigo? Como o sr. faz um estilo mais leve?

AC: Para os nossos vinhos, que evidenciam o nosso terroir único, podemos dizer que as diferenças de sabores estão relacionadas com os solos calcários e a altitude das vinhas, que produzem vinhos requintados e de estilo mais leve. À medida que a tecnologia evoluiu, também evoluíram as preferências dos consumidores, que migraram para sabores mais frescos e leves. Esta evolução tecnológica permitiu-nos compreender as preferências gustativas em constante evolução e criar vinhos que refletem a nossa visão e estilo.

F: Como o sr. separa as uvas Valpolicella para determinar o que entra no Amarone?

AC: A colheita da uva para o Amarone baseia-se em dois critérios fundamentais: seleção e detalhe. Orientado pela regulamentação DOC, 110 quintais de uva podem ser colhidos em um único hectare de vinhedo, e 50% desse total pode ser destinado ao Amarone.

Para que estas uvas resistam ao processo de secagem, devem estar perfeitamente cultivadas, sãs, sem defeitos e altamente ácidas. Para garantir que a fruta atenda aos nossos padrões de qualidade, selecionamos manualmente cada cacho em um processo de várias etapas no mesmo vinhedo. São selecionadas apenas as melhores uvas com cor, maturação e qualidade uniformes e isentas de bagos quebrados e com maior acidez básica em relação à fruta Valpolicella padrão.

Após a seleção inicial, feita estritamente à mão, cacho a cacho, em vinhas dedicadas de acordo com seu significado histórico e melhores exposições, inicia-se a segunda colheita dos restantes 50% das uvas. Estas uvas servirão de base para Valpolicella Ripasso, um vinho intimamente ligado à produção de Amarone devido à sua casca refermentada.

F: O ambiente interior do norte do Vêneto tem protegido a região de eventos climáticos? O seu Monti Garbi é o seu vinhedo mais elevado?

AC: É uma boa prática pensar não só no hoje, mas no amanhã, com uma visão que preserve a terra e tenha menor impacto na saúde das pessoas e do planeta. Durante anos implementamos práticas sustentáveis, como a reavaliação do sistema Pergola Veronese versus o sistema Guyot, que sombreia o solo, as uvas e salvaguarda a umidade do solo. Também implementamos novas técnicas de irrigação que economizam na dispersão da água.

Em relação ao Monti Garbi, o seu elemento único que é a altitude (350 metros acima do nível do mar), parecia um feito intransponível quando adquirimos a vinha em 1989, mas hoje prova ser uma escolha vencedora para as mudanças climáticas e de temperatura devido à sua gestão de ventilação natural.

F: Há planos de fazer um Prosecco?

AC: Acreditamos fortemente em honrar o nosso terroir, que não atinge a área de produção do Prosecco. Mantendo o foco naquilo que nos conecta à terra, não temos planos de produzir Prosecco.

John Mariani é colaborador da Forbes EUA, escreve há 40 anos e é autor de 15 livros. Já foi correspondente da Esquire Magazine por mais de três décadas e colunista de vinhos da Bloomberg News por dez anos.

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A emoção de um safári em Botsuana, melhor palco para vida selvagem da África

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Teagan Cunniffe

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As oito suítes do Wilderness DumaTau ficam às margens da lagoa Osprey, em Linyanti, entre dois corredores de passagem de elefantes, em Botsuana

A pontinha de um rabo colorido se movendo como uma cobra no ar, no meio do mato, me faz lembrar a clássica fala do Piu-Piu sempre que se deparava com o Frajola: “Eu acho que vi um gatinho”. Nesse caso, a surpresa é ainda maior. Manobrando o Land Rover com extrema destreza no meio de altos arbustos como se estivesse sobre o asfalto, o guia Odumetse Modikwa (o popular OD) nos posiciona muito próximos, não de um, mas de dois leopardos! Um casal – e no momento mais íntimo, logo após o nascer do Sol. A cena dura quase três minutos.

Começa com o macho e a fêmea deitados lado a lado, como se posassem para um pintor. Eles são maravilhosos – a padronagem dos pelos reluz. Em seguida, ele parte para cima e acontece a cópula – ele dando umas mordidinhas na orelha dela. Até que se põe em pé, quer dizer, de quatro, satisfeito. A fêmea, no entanto, demonstra que quer continuar. Faz um charme danado, se joga para cima do gatão, bate a parte traseira do corpo na cara do parceiro, que decide retomar o romance. Quando os dois se mostram felizes, a fêmea fica estirada na relva e o macho sai andando, passa rente de onde estou sentado na Land e some no mato, sem dar a mínima bola para o 4×4 com seis pessoas em êxtase.

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O flagra acontece a poucas centenas de metros da suíte onde me hospedo no lodge Chitabe (oito acomodações), localizado no Delta do Okawango, o melhor palco para admirar o incomparável espetáculo da vida animal na África (16 mil quilômetros quadrados; cerca de 122 espécies de mamíferos e 400 de pássaros). Estamos em Botsuana, no centro-sul do continente, país pouco maior do que a França, cercado por Namíbia, Zâmbia, Zimbábue e África do Sul. Chitabe é uma das 60 propriedades que a empresa Wilderness possui em oito países do continente.

Teagan Cunniffe

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Filhotes de leão

Sinônimo de exclusividade e de conservação, a marca protege mais de 2,3 milhões de hectares de áreas selvagens – e traçou a meta ousada de dobrar tal área até 2030. Com uma população de 2,5 milhões de habitantes e a liderança mundial na produção de diamantes, Botsuana tem um papel importante na evolução dos trabalhos da Wilderness – foi aqui que o grupo inaugurou sua primeira operação, em 1983. Para celebrar os 40 anos de história e mostrar outras frentes de atuação – que vão muito além de safáris incríveis sem carros de outras empresas por perto –, a Wilderness convidou cinco jornalistas do mundo para uma semana épica em três lodges: Chitabe, DumaTau e Vumbura Plains. A Forbes representou o Brasil.

Sem cercas, nem porteiras

O melhor caminho para chegar a esse paraíso da vida selvagem é voar direto para Joanesburgo (África do Sul) e de lá pegar outro voo para Maun, em Botsuana (a capital é Gaborone, mas Maun é o principal hub para as regiões do Delta do Okavango e de Linyanti). A partir daí, a experiência tem o selo de qualidade do grupo, uma vez que o deslocamento entre os lodges acontece em pequenas aeronaves da Wilderness Air. Pousos e decolagens cinematográficos em pistas no meio do nada.

Não há cercas ou porteiras ao redor dos lodges – os animais estão em casa, por todos os lados. A varanda funciona como ponto de observação do trânsito de dezenas de espécies. Quer dizer, na verdade, não precisa nem chegar à varanda – deitado na cama, ou circulando pelo quarto, o documentário ao vivo da National Geographic segue 24 horas por dia do lado de fora.

Teagan Cunniffe
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A rotina na savana é pontuada por dois safáris diários em carro aberto: um no Sol nascente e outro no poente – o meio do dia serve para uma soneca pós-almoço e para o desfrute das acomodações, da piscina e do spa. Nunca acordei tão feliz às 4h30 da manhã. Após o jantar, um guia te acompanha até o quarto. Rugidos, barulho de bichos circulando, e se alimentando, ruídos indecifráveis. Os sons noturnos do Delta do Okavango são um show à parte – no dia seguinte, difícil distinguir o que aconteceu e o que foi sonho.

Mesmo sabendo da fama da riquíssima fauna do Delta do Okavango, as primeiras horas de um safári vespertino a partir de Chitabe são de uma quantidade e de uma qualidade de avistamentos impressionantes. O primeiro protagonista é um leopardo macho, de 6 anos. Ficamos com ele até um pôr-do-sol com direito a arco-íris, Lua e os primeiros brindes de muitos que estariam por vir, sempre acompanhados por boas risadas e olhos marejados por emoções inéditas, densas.

Os safáris posteriores em Chitabe seguem um padrão altíssimo de surpresas, com inúmeros “uau!” e “come on!” costurando olhares incrédulos, ora sem acreditar o quão próximo o animal está passando; ora, pasmos com panoramas mais abertos. Grupos com dezenas de babuínos atravessando a paisagem, ou sentados em pequenos montes de terra, com trejeitos que lembram uma pessoa no ponto de ônibus; zebras correndo em grupos para confundir o olhar dos leões, ou dividindo a vegetação rasteira com os gnus; javalis-africanos chamando a atenção por não serem dotados, digamos, de grande beleza; macacos-vervet também em bandos, com algumas fêmeas levando o bebê pendurado na barriga; pássaros de todas as cores e tamanhos, cantos nunca ouvidos; riboques e impalas a rodo; um grupo de filhotes de leão aguardando os pais voltarem da feira; cudos desfilando enormes e contorcidos chifres (às vezes, no embate, os dois morrem por não conseguirem desatar os cornos); topis mais tímidos, desenhados por manchas arroxeadas; um casal de avestruzes, correndo em alta velocidade em um zigue-zague maluco. Enfim, uma festa de cores, formatos e sons que transforma o passar das horas em puro êxtase.

Caçada de guepardo

A primeira alvorada em Chitabe começa com uma Lua laranja poente querendo (e conseguindo) chamar a atenção durante um Sol nascente. A protagonista do dia é uma família de guepardos: a mãe com três filhotes. O primeiro avistamento acontece por volta das 10h30, pouco depois de nos depararmos com um casal de leões. No entardecer, cruzamos com os guepardos de novo, agora a fêmea mais agitada pela necessidade de conseguir algum sustento aos filhos. “Eles têm que comer antes do anoitecer”, crava OD.

Sentada sobre as patas traseiras, com as dianteiras esticadas, a mãe parece uma estátua farejando a brisa que sopra quente. Então, passa a caminhar. OD liga a Land. “Ela vai caçar.” Traçando uma volta na savana, camuflada por algumas árvores, ela cerca zebras e impalas. Começa a correr e a perdemos de vista. Em poucos minutos, OD recebe um rádio do guia de outro carro da Wilderness – encontraram a impala abatida e os filhotes de guepardo jantando com ferocidade.

Teagan Cunniffe

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Hipopótamos, espécie frequente em Wilderness Vumbura Plains

Com a boca suja de sangue, a mãe fica sentada ao lado do banquete. Ela será a última a comer – por ora, está em alerta máximo, esperta na possível aproximação de hienas. Não dá para piscar no Delta do Okavango. Quando o Sol decide encostar no horizonte como uma gema, duas girafas cruzam a bola laranja no contraluz com aquele gingado irresistível.

No intervalo de safáris espetaculares, visita aos bastidores do lodge: como é feito o controle da qualidade da água nos filtros; como a água quente é produzida por tubos expostos ao Sol; como a água é reutilizada no plantio de árvores; como o lixo é reciclado e como é empacotado o que vai embora de caminhão; os 190 painéis de energia solar e a sala das baterias; a vila dos 70 funcionários. Ao final do reconhecimento, surge uma gazela-pintada enorme. Ficamos nos vendo um pouco, eu encantado com a presença de um bicho daquele tamanho. Até que ela virou as costas e se foi. Se a viagem terminasse aqui, já teria valido muito a pena atravessar o Atlântico – bastou esse período para a proximidade com os animais elevar a alma a outro patamar. A conexão com a natureza é imediata – e muito transformadora.

Teagan Cunniffe

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Botsuana tem a maior concentração de elefantes da África

O deslocamento para a pista de decolagem, claro, é mais um safári carregado de cenas com uma profusão de bichos – destaque para o mau humor de duas hienas, a pressa de alguns chacais e grupos de hipopótamos fazendo bolhinha no rio raso, enquanto outros caminham pela margem, quase em câmera lenta – um quadro pré-histórico.

Tromba na cauda

Outro voo lindo, de 35 minutos (cruzando a Moremi Game Reserve, logo ao norte de Chitabe), nos conduz à região de Linyanti, colada à fronteira com a Namíbia. A chegada ao segundo logde, DumaTau, empoleirado sobre a lagoa Osprey, com uma fila enorme de elefantes do outro lado da margem, é arrebatadora.

A beleza que se esparrama por todos os lados de DumaTau é fruto da sintonia entre a artista Gina Waldman, que criou obras principalmente com a temática de elefantes e cães selvagens (as vedetes das redondezas); a designer de interiores Caline Williams-Wynn (Artichoke); e a arquitetura assinada pelo escritório sul-africano Luxury Frontiers. São sete suítes de 142 metros quadrados (com piscina privativa), uma oitava para família, academia, piscina e áreas comuns que ficam entre dois pontos em que os elefantes cruzam a lagoa todos os dias. Os bichões que enfrentam alguma dificuldade na água recebem como ajuda empurrõezinhos de colegas que vão logo atrás. Bebês usam a tromba para se amarrarem à cauda esticada da mãe. Fofura extrema.

O trânsito desses gigantes traduz na prática a informação de que estamos na maior concentração de elefantes do continente – no norte de Botsuana, estima-se que sejam quase 130 mil deles. Linyanti está no cruzamento de três rios e funciona como o coração da Área de Conservação Transfronteiriça Kavango-Zambeze, um lugar maior do que Alemanha e Áustria juntas, que engloba cinco países (Angola, Botsuana, Namíbia, Zâmbia e Zimbábue). “Temos que dar chance de as manadas de elefantes e outros animais continuarem circulando em paz neste enorme corredor de proteção”, conta o sul-africano Vincent Shacks, gerente do grupo de impacto da Wilderness e nosso anfitrião em Botsuana. “O objetivo é reduzir os conflitos entre animais e pessoas, e incentivar projetos que lutem para a coexistência de elefantes e humanos, como faz a EcoExist”, cita Vince sobre a iniciativa (ecoexistproject.org) que tem 10 anos e atrela a conservação da vida selvagem ao apoio às comunidades assentadas nas rotas dos brutamontes.

Teagan Cunniffe
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A engrenagem de impacto na melhoria de vida das comunidades no entorno dos lodges é movida pelo dual hospitalidade e conservação, braços da operação da Wilderness sustentada pela estratégia de “high-value, low-volume conservation tourism” (tarifas caras para poucas pessoas; 40 mil hóspedes por ano). O tripé de atuação da marca nos vilarejos considera a capacitação local, a educação infantil e a coexistência de seres humanos e animais. “Temos que ir além de contratar pessoas da região para trabalhar conosco – temos de melhorar a vida de quem não trabalha com turismo”, sublinha Vince, especializado em crocodilos.

Destaque entre os safáris em Linyanti – agora feitos em uma região de árvores mais altas –, um longo avistamento de Topaz, um leão dominante em uma enorme área disputada por dois grupos. Ficamos cerca de uma hora acompanhando muito de perto o deslocamento de Topaz, ao mesmo tempo que uma tempestade se armava no horizonte.

Em uma pausa da caminhada, Topaz senta e experimenta rajadas mais fortes de vento, com a juba penteada para trás, como em uma propaganda de xampu para leões que têm a vida corrida. “A direção do vento mudou”, traduz Boikubo Chinyepi, o BK, guia de 40 anos, que nos conduz pelos arredores fascinantes de DumaTau. “Ele está farejando alguma coisa diferente. Vamos segui-lo”, e, como se estivesse com um controle remoto na mão, Topaz se levanta e passa a andar obcecado em um ponto do matagal à frente. Ao alcançar tal ponto, aparece com algo na boca. “É um bebê impala, que deve ter sido abandonado aí”, explica BK. Topaz mastiga a presa com desenvoltura – o som dos ossos sendo triturados se mescla aos trovões incessantes.

A caminho do voo para o terceiro lodge, outro momento especial na companhia de uma fêmea de leopardo, que parece posar para as fotos, inicialmente enquadrada nos galhos altos de uma árvore; depois, sentada no topo de um monte de terra, peito erguido, olhar distante. O radar da fêmea está ligado para encontrar uma presa que alimente seus filhotes. De um instante para outro, porém, o jogo vira: ela flagra a aproximação de um babuíno, o que pode ser um péssimo sinal. Um babuíno sozinho não faz frente a um leopardo, mas um grupo deles, sim. A fêmea passa para a defensiva, sai na miúda e vai se virar em outras plagas.

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Hipopótamo na madrugada

E quando você pensa que a experiência da estadia nos espaços comuns e na acomodação de DumaTau dificilmente seria batida, aparece Vumbura Plains na sua vida. Preciso ser sincero e esticar uma pausa para enfatizar que a suíte 7 desse lodge, localizado ao norte do Delta do Okavango, pode ser a acomodação mais espetacular de que já desfrutei. Com uma ínfima tela vazada fazendo as vezes de parede, a imersão na natureza é absoluta: um tronco enorme logo à frente, pastagens inundadas, o céu e a terra de Botsuana dentro do quarto. Projetado pelos arquitetos Silvio Rech e Lesley Carstens (de Joanesburgo), o Vumbura teve seu design de interior remodelado em 2022 por Cate Simpson (Reflecting Africa, outro escritório sul-africano).

Teagan Cunniffe
Teagan Cunniffe

No meio da noite, ouço um barulho de água muito alto e decido dar uma olhada pelo deck, com uma lanterna. O tamanho do hipopótamo iluminado me faz lembrar uma Kombi – que bicho enorme, que cena. Ele segue seu caminho em paz. Na água, um rastro prateado de luar.

Vumbura Plains serve como ponto de partida para passeios de helicóptero até as comunidades rurais que são atendidas por projetos sociais como o Claws (Conservancy-Communities Living Among Wildlife), que existe desde 2014. Estivemos com Kelebogile Motshoi, de 32 anos, uma das lideranças que atua junto aos fazendeiros para pacificar a convivência da agropecuária com o mundo animal. Havia a prática de envenenar leões sempre que o gado era atacado. “Mapeamos a região com circos concêntricos e monitoramos os leões conforme eles se aproximam do vilarejo”, explica Kelebogile. “Os fazendeiros são avisados se o gado correr risco.” À noite, o gado fica cercado por uma lona que os esconde; pela manhã, há uma checagem das redondezas antes de soltá-los para pastar até o fim da tarde. “Reduzimos bastante o número de bois atacados por leões.” A boa repercussão na economia local incentivou outros fazendeiros a se interessarem pelo projeto. “No começo, eles não acreditaram muito, mas, com o passar do tempo, viram o resultado.” Em um segundo vilarejo, acompanhamos uma apresentação teatral, mostrando como era tensa a relação de quem plantava com os elefantes – agora, os tempos são outros.

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O tour final não poderia ser mais emblemático: de voadeira, cortando o espelho d’água no pôr-do-sol do canal principal do Okavango. Em uma das muitas curvas do percurso, demos de cara com o antílope mais tímido que existe, o sitatunga – o guia Willy se sobressalta com o encontro e o bichão some na mata. Wesley Hartmann, ecologista da Wilderness, conseguiu tirar uma foto. Eu nem cheguei a ver o bicho, e tudo bem.

Conversamos sobre a quantidade de avistamentos na semana e relembramos as cenas mais marcantes. O jornalista canadense Tim Johnson, com a experiência de quem já ficou em cerca de 40 lodges na África (viaja 10 meses por ano há décadas), aponta, sem pestanejar, esta viagem como a melhor que já fez no segmento (analisando hospedagem, equipe, gastronomia e passeios). Não tenho tamanha vivência na região – minha experiência com safári se resumia a três (excelentes) lodges da Wilderness na Namíbia (Desert Rhino, Serra Cafema e Ongava); e a visita ao Parque Nacional de Tarangire, na Tanzânia, após alcançar o cume do Monte Kilimanjaro (5.895 metros), nas férias de verão de 2022. Mesmo assim, faço eco às palavras de Tim e reconheço o impacto (em todos os sentidos) da vivência que acabamos de ter. Vamos levar essa semana para o resto de nossas vidas. Após 40 anos como referência de conservação na África, a Wilderness já sabe que impactar os hóspedes é apenas a ponta do iceberg.

Entrevista publicada na edição 115 da revista, disponível nos aplicativos na App Store e na Play Store e também no site da Forbes.

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Vendas de carros sobem, porém, importações bem mais

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O Brasil está perdendo a batalha da balança comercial entre exportações e importações de veículos. Nos últimos anos, desde 2015 o País sempre alcançou superávit com destaque em 2017. Mas este ano o crescimento das importações vai superar as exportações, segundo projeções da Anfavea. Trata-se de uma combinação deletéria. Para manter o nível de empregos na indústria automobilística é necessário que exportações compensem importações. Se o balanço for superavitário, melhor ainda.

No fechamento do primeiro semestre deste ano na comparação com igual período do ano passado a produção total de veículos leves e pesados subiu apenas 0,5%. Passou de 1,132 para 1,138 milhões de unidades. De janeiro a junho de 2024 as exportações caíram 28,3% e importações subiram bem mais: 37,7%. O resultado pífio deu-se em contraste com o firme aumento de vendas internas (varejo e atacado; leves e pesados), na soma de veículos nacionais e importados, que subiram 14,6%.

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Na realidade o aumento das importações — nada contra isso, contudo de forma prudente ­­— deu-se em razão de carros elétricos e híbridos, além de concentradas em marcas chinesas. Híbridos convencionais e plug-in (somados 4,5%) e elétricos (2,9%) ainda representaram parcela muito pequena das vendas de veículos leves no primeiro semestre deste ano.

No entanto a Anfavea defende uma volta imediata do imposto de importação de 35% para veículos elétricos e híbridos, sem o escalonamento em curso de 2024 a 2026. Será difícil o governo voltar atrás sobre o estabelecido.

A Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa) reúne hoje 10 marcas entre as 50 que atuam no mercado brasileiro de veículos leves, pesados e máquinas, sem incluir motos.

Marcelo de Godoy, presidente da Abeifa, afirma que “medidas protecionistas ou barreiras alfandegárias artificiais são sempre ineficazes e prejudiciais a toda a cadeia automotiva”. Mesmo discurso simplista de sempre. Ele tem razão num ponto: “Além disso, poderá prejudicar as relações com um parceiro comercial importante para o Brasil como a China”.

A BYD é, de longe, a maior associada da entidade em vendas, no primeiro semestre: 32.572 unidades, 71%. GWM vendeu menos, porém não se associou. Mas o otimismo extrapola. A chinesa já previu comercializar 120.000 unidades este ano e depois corrigiu para 100.000. Só que a Abeifa projeta 94.000 veículos emplacados das 10 marcas em 2024. Uma das duas estará errada.

Novo lançamento da GM incluirá versão híbrida básica

O primeiro dos produtos incluído no plano de investimentos de R$ 1,2 bilhão para modernização da fábrica de Gravataí (RS) será, como esperado, um SUV compacto inédito que terá como base o Onix, ou seja, menor do que o atual Tracker. O novo modelo está previsto para 2026. O que se antevê é uma versão híbrida flex básica com alternador e motor de arranque integrados, além de uma pequena bateria auxiliar.

A GMB se convenceu, ao sondar clientes, que passar direto para carros elétricos no Brasil vai demorar em razão do preço alto e de uma rede de recarga incompleta. Um híbrido pleno para veículos maiores, a exemplo de Tracker, Montana, S10 e Trailblazer, deve chegar numa segunda etapa.

Fábio Rua, vice-presidente da GM, afirmou que o novo produto (não adiantou que se tratava de um SUV) está sendo desenvolvido pela engenharia da empresa, líder mundial para este projeto. Será exportado para países da América do Sul e México. No Brasil vai mirar, principalmente, no Kardian, Pulse e, em breve, no modelo equivalente da VW.

Outra atualização esperada, segundo o site Autos Segredos, é a injeção direta de combustível no motor a combustão interna. Até agora a Chevrolet era uma das poucas marcas a manter a injeção multiponto no duto de admissão por achá-la uma solução de menor custo e suficiente. Porém, o tempo mostrou que se trata de uma mudança viável e necessária aos olhos do mercado. Deve estrear já neste novo SUV.

No total a empresa americana investirá R$ 7 bilhões no Brasil entre este ano e 2028 na renovação de seus modelos, introdução de tecnologias avançadas e agregação de novos negócios.

BYD avança com híbrido plugável Song Pro

SUV de porte médio da fabricante chinesa tem a seu favor o estilo atraente e o conjunto motriz. O sistema híbrido plugável a gasolina também é um recurso vantajoso que se reflete em baixo consumo de combustível. Todavia, o alcance médio declarado de até 1.100 km refere-se à antiga norma europeia NEDC abandonada por pouco refletir a realidade e caiu em desuso a partir de 2017. Sem sentido continuar a citá-la.

Pela norma brasileira NBR 7024, revista e utilizada pelo Inmetro, o alcance médio é de 780 km, mas na prática pode ser um pouco melhor com bateria totalmente carregada e tanque de 52 litros cheio.

Por outro lado, uma característica bem interessante informada pela BYD é a eficiência térmica de 43% do conjunto comparável aos melhores motores a diesel. O Song Pro, na versão GS de topo que dispõe de uma bateria maior (18,3 kW·h), entrega 235 cv e 43,8 kgf·m ao combinar, segundo a fábrica, um motor a gasolina de 98 cv e 12,4 kgf·m ao elétrico de 197 cv e 30,6 kgf·m. Bom lembrar que torque combinado tecnicamente não pode ser medido em aplicações em um mesmo eixo, embora BYD insista.

Aceleração de 0 a 100 km/h em 7,9 s comprova desempenho muito melhor do que o Corolla Cross híbrido não plugável limitado por seu motor flex de apenas 101 cv (etanol)/14,1 kgf·m associado a um motor elétrico 72 cv e 16,6 kgf·m com potência combinada de somente 122 cv.

Isso ficou claro na primeira e curta avaliação pelas ruas de São Paulo. O SUV chinês tem ótimo desempenho. Mas ao partir da imobilidade há um certo atraso na resposta do acelerador, sem aquela reação fulminante dos elétricos. Impressiona o silêncio a bordo com os vidros dianteiros de dupla camada para isolamento de ruído. Porém, ao rodar em asfalto irregular ou passar por lombadas falta o acerto fino das suspensões.

Também se destaca pelo espaço interno com distância entre-eixos de 2.712 mm, pouco menor que a do Song Plus. Os passageiros no banco traseiro, além do assoalho plano, contam com regulagem do encosto. Bancos dianteiros são confortáveis e o do motorista tem regulagem elétrica (só no GS). O porta-malas oferece 520 litros, mas não inclui estepe e perde espaço devido a uma maleta contendo carregador portátil da bateria e seus cabos.

Preços: R$ 189.800 (GL) e R$ 199.800 (GS).

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*Fernando Calmon é engenheiro e jornalista especializado desde 1967. Estreou sua coluna semanal em 1999 e, em 2015, foi apontado como o mais admirado jornalista automobilístico do País por 400 profissionais do setor. É também consultor técnico de automóveis, de mercado automobilístico e de comunicação.

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.

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Ibovespa tem bug e fica no zero a zero no pregão

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O Ibovespa não foi atingido pela pane no sistema que provocou um apagão global nesta sexta-feira (19). Mas a sessão da bolsa brasileira ‘bugou’ – como se diz na gíria quando algum aparelho eletrônico trava.

O principal índice de ações do mercado doméstico oscilou menos de mil pontos entre a pontuação máxima, aos 128.360 pontos, e a mínima do dia, aos 127.413 pontos. Ao final da sessão, o Ibovespa fechou estável, aos 127.657 pontos. 

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O volume financeiro somou R$ 19,43 bilhões. Os dados são preliminares. 

Apesar de ter ficado no zero a zero nesta sexta, o Ibovespa acumulou queda de 0,96% na semana. 

O período marcou o primeiro pregão negativo do índice de referência do mercado acionário brasileiro, que interrompeu na última quarta-feira (17) uma sequência de 11 altas consecutivas. 

Agentes financeiros disseram que o anúncio de contingenciamento de gastos pelo governo federal trouxe alívio, mas pode não ser o suficiente. “A decisão foi acertada, porém tardia”, resume André Sandri, sócio da AVG Capital.

Para ele, o valor do bloqueio em R$ 15 bilhões surpreendeu pela magnitude, mostrando que o governo está tentando ajustar as contas públicas. “No entanto, fica a dúvida se isso será suficiente para cumprir o arcabouço fiscal”, conclui.

Dólar sobe com fiscal

Essa incerteza em relação à política fiscal brasileira pesou no câmbio. O dólar à vista fechou em alta de 0,28% nesta sexta, cotado a R$ 5,6046 na venda. 

Aliás, em uma semana marcada pelo aumento da percepção do risco fiscal, o dólar acumulou ganho de 3,20%. O movimento interno também acompanhou a alta da moeda norte-americana no exterior. 

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Exportações de açúcar do Brasil aumentam 50% no 1º semestre, mostram dados de embarque

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Colheitadeiras corta cana-de-açúcar em Pradópolis

As exportações brasileiras de açúcar aumentaram 50% no primeiro semestre de 2024 para 15,15 milhões de toneladas, com a Indonésia liderando entre os principais destinos, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pela agência marítima Cargonave.

A Wilmar International, trading de commodities sediada em Cingapura, foi o principal afretador de açúcar a granel entre as empresas que exportam do Brasil, com 16% do comercializado, seguida de perto pela Alvean, com 15%, e pela Sucden, com 14%, mostraram os dados.

A Indonésia foi o destino de 12% do açúcar bruto exportado pelo Brasil no primeiro semestre, com a Índia recebendo 9% e os Emirados Árabes Unidos, 8%.

A Índia é o segundo maior produtor de açúcar do mundo, mas algumas de suas refinarias localizadas na costa geralmente importam açúcar brasileiro para reexportar como produto refinado.

A China, normalmente o maior importador de açúcar brasileiro, ficou em um distante 11º lugar entre os principais destinos no primeiro semestre, com apenas 588.000 toneladas.

O Brasil produzirá menos açúcar em 2024 do que em 2023, de acordo com analistas, mas o país possuía grandes estoques do ano passado disponíveis para manter os embarques fortes nos primeiros meses deste ano, que é tradicionalmente um período mais calmo para o carregamento de açúcar.

Outro motivo por trás dos volumes mais altos no primeiro semestre foi o rápido início da colheita de cana e do processamento da nova safra devido ao clima mais seco do que o normal.

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Quem é o dono da CrowdStrike, empresa responsável por apagão global

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George Kurtz, CEO da CrowdStrike, empresa global de segurança cibernética responsável pelo apagão cibernético global desta sexta-feira (19), ficou cerca de US$ 250 milhões (R$ 1,375 bilhão) mais pobre – ou 7,5%.

No ranking anual de 2024 da Forbes, ele foi apontado como a 1.033ª pessoa mais rica do mundo, com uma fortuna avaliada em US$ 3,1 bilhões (R$ 17,05 bilhões). 

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Após a pane em sistemas da Microsoft provocada por uma atualização do Falcon Sensor, produtor da empresa de cibersegurança, Kurtz aparece como o 1.073º bilionário do mundo. 

George Kurtz, CEO da CrowdStrike, ficou US$ 250 milhões mais pobre nesta sexta-feira após apagão global provocado por sua empresa de cibersegurança (Foto Katie Falkenberg/Los Angeles Times via Getty Images)

A perda de riqueza do bilionário reflete a queda no valor de mercado das ações da CrowdStrike (CRWD) na Bolsa de Nova York. Nas negociações antes da abertura do pregão regular, as ações da empresa chegaram a tombar mais de 20%. 

Perto do fechamento da sessão, a queda havia sido reduzida para pouco mais de 10%. Desde o IPO da empresa, o preço das ações aumentou a uma taxa média anual de 39%, passando de US$ 64 (R$ 352) para US$ 343 (R$ 1.886,50).

A empresa, com sede em Austin (Texas, EUA), abriu capital na bolsa norte-americana em 2019. Desde então, a receita acumulada em 12 meses da CrowdStrike até o final de abril aumentou a uma taxa média anual de 62%.

Em quatro anos, o faturamento médio passou de US$ 300 milhões (R$ 1,650 bilhão) para US$ 3,3 bilhões (R$ 18,15 bilhões), segundo dados da Macrotrends. Durante esse período, a margem líquida da companhia passou de -44,4% para +4%.

Pedido de desculpas

Em entrevista à rede americana NBC, o CEO da CrowdStrike, George Kurtz, fez um pedido de “profundas desculpas” pelo problema causado. 

em uma postagem no seu perfil no X, antigo Twitter, Kurtz afirmou que a empresa estava trabalhando para a retomada dos sistemas de clientes impactados pelo defeito encontrado em um conteúdo de atualização para o sistema Windows. Porém, ele ressaltou que a origem do problema já havia sido solucionada. 

“Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético. O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implementada”, afirmou Kurtz.

Quem é George Kurtz?

Nascido em Nova Jersey (EUA), Geroge Kurtz tem 53 anos, é casado e tem dois filhos, com quem mora em Paradise Valley (Arizona). Antes da CrowdStrike, Kurtz fundou a empresa de tecnologia de segurança Foundstone, em 1999, que foi adquirida pela McAfee em 2004.

Depois, em 2011, ele fundou a CrowdStrike com Dmitri Alperovitch que, posteriormente, deixou a empresa. Kurtz é especialista em segurança, autor, empreendedor e palestrante, com mais de 30 anos de experiência no mercado de segurança.

Bacharel em Contabilidade pela Seton Hall University, ele já foi Diretor de Tecnologia Mundial (CTO) e Gerente-geral da McAfee. É autor do best-seller “Hacking Exposed 7: Network Security Secrets and Solutions”.

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Nutrien fechará fábricas e deixará de misturar fertilizantes no Brasil, dizem fontes

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A Nutrien, maior produtora de potássio do mundo, deixará de misturar fertilizantes no Brasil depois de decidir fechar suas duas últimas unidades de processamento ativas no país, disseram três pessoas familiarizadas com a mais recente etapa da reorganização empresa.

As fontes, que pediram anonimato porque a medida não foi anunciada, disseram que o plano de interromper as operações de mistura nas unidades de Itapetininga e Araxá da Nutrien é outro passo para reposicionar a empresa no mercado local.

Nayan Sthankiya/Reuters

Nayan Sthankiya/Reuters

Armazén da Nutrien

A empresa canadense não quis comentar.

A Nutrien está mudando seu foco para a revenda de insumos agrícolas por meio de sua rede de varejistas no Brasil, como parte de uma grande mudança estratégica depois que suas aquisições e investimentos não trouxeram os retornos esperados.

Em maio de 2022, quando a Nutrien ainda estava investindo para aumentar a capacidade de mistura de fertilizantes no Brasil, a empresa disse que planejava ter um total de 12 instalações desse tipo no país.

Dois anos depois, a Nutrien suspendeu indefinidamente três de suas cinco misturadoras brasileiras como parte da reorganização em andamento. Duas das fontes disseram que a Nutrien também fechou várias lojas de varejo no Brasil este ano devido às condições difíceis do mercado.

A empresa não quis comentar sobre a diminuição de sua rede de varejo no Brasil, que é um grande importador de fertilizantes.

A Nutrien tem trabalhado na reorganização dos negócios na região desde abril de 2023, quando executivos seniores começaram a deixar a empresa em meio às mudanças.

No ano passado, a Nutrien registrou uma despesa de redução ao valor recuperável de 465 milhões de dólares relacionada às suas aquisições na América do Sul. Em março, a Reuters informou pela primeira vez que a Nutrien decidiu vender ativos na região.

Enquanto a Nutrien se encolhe para melhorar os resultados, a saída de mais três colaboradores brasileiros de nível de diretoria foi anunciada esta semana em um memorando interno visto pela Reuters.

A Nutrien não quis comentar sobre as saídas.

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Brasil suspende parte das exportações de frango após caso da doença de Newcastle, diz ABPA

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Criação de frangos no Rio de Janeiro

O Ministério da Agricultura suspendeu voluntariamente as exportações de frango para alguns países depois que um caso da doença de Newcastle foi detectado no Rio Grande do Sul, disse a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) nesta sexta-feira.

O departamento de fiscalização do Ministério enviou carta a frigoríficos informando sobre a medida, informou o jornal Estadão.

Mais cedo na sexta-feira, o Ministério declarou emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul, por 90 dias, devido à detecção da doença.

As autoridades estão tentando conter um surto depois de cerca de 7.000 aves terem morrido em uma pequena propriedade onde a doença foi detectada, o que representa metade do rebanho.

Entre uma amostra de 12 aves do rebanho, os investigadores encontraram pelo menos um caso positivo para Newcastle, doença viral que afeta aves, no Rio Grande do Sul, disse a ABPA em entrevista coletiva nesta sexta-feira.

O Ministério da Agricultura não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários.

Os últimos casos confirmados da doença de Newcastle no Brasil ocorreram em 2006 em aves de subsistência nos Estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, segundo o Ministério da Agricultura. As aves de subsistência atendem às necessidades alimentares da família e não são mantidas para comércio.

A doença de Newcastle causa problemas respiratórios em aves e pode levar à morte. Sua notificação é obrigatória conforme orientações da Organização Mundial de Saúde Animal.

O Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, havia dito anteriormente que surtos da doença de Newcastle poderiam desencadear proibições comerciais.

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Como Bruce Springsteen se tornou o mais novo bilionário Forbes

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Bruce Springsteen, o cantor e compositor de 74 anos, é o mais novo bilionário da lista da Forbes, acumulando uma fortuna de US$ 1,1 bilhão (R$ 6 bilhões) ao longo de sua carreira.

Desde que começou em 1969, Springsteen tem sido uma força dominante na música, lançando 21 álbuns de estúdio, sete álbuns ao vivo e cinco EPs, e vendendo mais de 140 milhões de álbuns mundialmente. Ele também escreveu uma autobiografia bestseller e realizou mais de 200 apresentações. Ao longo de sua carreira, ele ganhou 20 Grammys, um Oscar, dois Globos de Ouro, um Tony Award especial e foi introduzido no Hall da Fama do Rock and Roll.

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Um marco significativo para Springsteen foi a venda de seu catálogo musical para a Sony por US$ 500 milhões (R$ 2,7 bilhões)  em 2021. Além disso, em 2023, sua turnê mundial vendeu mais de 1,6 milhão de ingressos, gerando US$ 380 milhões  (R$ 2 bilhões) em receita. Com shows programados até meados de 2025, Springsteen não mostra sinais de desaceleração.

Iwi Onodera / Getty Images

Iwi Onodera / Getty Images

Bruce Springsteen é o mais novo bilionário

O sucesso de Springsteen é atribuído ao seu desejo de superar suas origens humildes, mantendo sempre a lealdade ao seu estado natal, Nova Jersey. Desde seu primeiro LP de grande gravadora, “Greetings from Asbury Park, NJ”, lançado em 1973, suas músicas retratam histórias de trabalho árduo, amor e a busca por escapar de uma cidade opressiva.

Nascido de pais da classe trabalhadora e criado em uma casa que ele descreveu como “notavelmente decrépita”, Springsteen sempre soube do que estava falando em suas canções. Quando a banda de Springsteen estava se estabelecendo, ele trouxe Jon Landau, um ex-jornalista de rock, para ser seu empresário e produtor musical. Landau, após ouvir a música de Springsteen pela primeira vez em 1974, escreveu no Real Paper de Boston: “Eu vi o futuro do rock and roll e seu nome é Bruce Springsteen.”

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