As deliciosas rabanadas marcam presença em quase todas as mesas de Natal, elas podem ser fritas ou assadas, servidas de forma simples ou adicionadas caldas de diversos sabores, na Inglaterra são chamadas de Eggy Bread, nos Estados Unidos de French Toast e na França de Pain Perdu. O interessante desta delicatéssen é a sua simplicidade e que em sua história está marcada por ser um alimento produzido a partir do aproveitamento do pão dormido, e que antigamente eram dadas para mulheres após o parto, pois acreditava-se que as rabanadas potencializavam a produção do leite materno. Histórias ou lendas não se sabe bem, o certo é que são deliciosas e que fazem parte da cultura e tradição de muitos lares nesta época do Natal.
Rabanadas podem ser harmonizadas com alguns estilos diferentes de vinhos dependendo como são confeccionadas ou servidas. Se elas forem servidas de formas simples sem caldas casam bem com um bom Espumante. Já as rabanadas servidas com calda de laranja uma boa sugestão é um cálice de um excelente vinho Madeira. As que são servidas com calda de vinho do Porto fazem um excelente pairing com um bom vinho do Porto. Há também quem sirva as suas rabanadas com uma bola de sorvete e para essa harmonização um bom Ice Wine, o vinho do gelo faz um belo casamento.
Desejo à você leitor, que o seu Natal seja rico em aromas e sabores e que possas aproveitar a ocasião para experimentar novas sensações olfativas e gustativas enogastronômicas. Saúde!
O Chester aparece sempre na época festiva do Natal dos brasileiros e brilha como o prato principal da ceia em muitos lares, geralmente é assado inteiro e servido com a pele completamente dourada em uma linda bandeja decorada compondo uma bela mesa de Natal junto de inúmeras outras iguarias e claro ao lado de um bom vinho.
Esta ave possui carne leve, delicada e macia e geralmente começa a ser preparada com uma certa antecedência onde é colocada para marinar em “vinha d’alho” por cerca de 2 a 3 dias antes do Chester ser assado inteiro. Durante esse tempo todos os temperos, ervas e especiarias tendem a serem incorporados nos músculos, afinando ainda mais essa delicatéssen gastronômica tão apreciada no Brasil e que para muitos é muito mais gostoso devido ter a carne mais suculenta comparada ao seu concorrente o Perú. Geralmente o Chester é servido acompanhado de arroz com frutas secas, farofa com amêndoas torradas e um delicioso salpicão.
Para criar um casamento perfeito com essa delícia natalícia a escolha de um bom vinho é necessário, e para harmonizar um Chester servido de forma tradicional assado é indispensável observar algumas condições como a analogia de cores e sabores, a carne clara desta ave já predispõe um vinho claro, os condimentos que são utilizados para marinar essa ave podem lhe conferirem mais algumas informações gastronômica interessantes, portanto deixo-vos duas opções de escolhas de vinhos. A primeira um vinho branco de corpo médio, boa acidez, aromas e sabores elegantes, podendo ter ou não leve passagem em barrica como um Pouilly-Fumé ou um Arinto da Bairrada. Como segunda sugestão um vinho rosé de bom corpo, ótima acidez e com riqueza de sabores e aromas, com alguma passagem em barrica conferindo algumas notas delicadas, como os vinhos Phenomena e o Rosa Celeste.
Desejo uma excelente noite de Natal à você leitor e que não falte em sua mesa a harmonia de uma boa enogastronomia. Saúde!
*Curiosidades Sobre o Chester*
Essa ave não recebe esse nome devido a sua espécie e sim devido ser uma marca registrada, a marca Chester®. Sua história é bem interessante e curiosa pois nasce fruto de um trabalho de uma empresa brasileira especialista em criação de animais querer se diferenciar no mercado que até então só se tinha o Perú como produto para venda na época do Natal. A empresa a partir de 11 tipos de linhagens de aves escocesas efetuou através do trabalho de melhoramento genético criterioso uma seleção de marcadores moleculares, que caracterizavam as qualidades que desejavam para se chegar ao produto final, que possui inúmeras vantagens frente aos concorrentes ao qual se destaca a disposição muscular de 70% do peso da ave estar distribuído no peito e nas coxas comparado a um outro frango que possui somente 40%, a precocidade de idade e peso para o abate também é algo importante a se destacar.
Este pequenino país em área territorial reserva uma enorme história, tradição, costumes e hábitos culturais. Nada mais português em uma mesa de Natal ou Consoada de ter itens que compõem o DNA dos povos lusos e que carregam uma forte tradição da sua cultura. É quase unânime terem o Bacalhau como o prato principal confeccionado de diversas maneiras que vai desde o cozido acompanhado de batatas e couve até pratos mais elaborados como o Bacalhau Gomes de Sá, Bacalhau com Natas e Bacalhau a Zé do Pipo. Nesta delícia de mesa o azeite, o ouro em líquido brilha podendo vir de várias regiões do país, o pão ou a broa também estão presentes e o néctar de Baco escolhido pelo anfitrião para acompanhar este momento especial em família é sempre um vinho muito especial.
Apesar de vir de águas do extremo Norte do Oceano Atlântico, o Bacalhau “Gadus morhua“ é beneficiado em terras lusas passando pela salga e secagem, os portugueses sempre o tiveram como um ingrediente muito importante para compor as suas refeições desde o século XIV, época dos Descobrimentos e se tornaram grandes especialistas na preparação desta iguaria tão apreciada em diversas partes do mundo, como também no Brasil. Alguns detalhes importantes são ao seu aspecto quando em salga apresenta-se com cor palha e uniforme, mas quando passa por cocção suas lascas mostram-se claras e com sabor incomparável. O tempo de cozedura e a confecção com os outros ingredientes é importante para que o mesmo seja servido à mesa com excelente aspecto na noite de Natal.
O azeite ajuda a controlar os níveis de colesterol, ajuda na saúde do coração e cérebro, é uma fonte de antioxidante e pode ajudar como anti-inflamatório natural, esse líquido tão especial é produzido nas mais diversas regiões do país com características sensoriais e organolépticas diferentes agradando mais a uns do que a outros conforme os tipos das azeitonas, a maneira de se extrair e também o terroir onde ele é produzido, mas há algo unânime que é a presença sempre de um bom azeite em mesa portuguesa.
Os ingredientes são simples podendo ser até só farinha, água, sal e fermento, mas cada casa tem a sua maneira de preparar e assar seus pães tradicionais e que compõem praticamente todas as refeições portuguesas e não podem ficar de fora também na noite da Consoada.
Escolher um bom vinho para harmonizar com essa délicatesse gastronômica que foi preparada para a noite da Consoada é extremamente importante para que seus momentos em família sejam ainda mais agradáveis e inesquecíveis. Para o inicio da escolha, é necessário observamos a composição do prato, afinal o Bacalhau tem inúmeras formas de apresentação à mesa e devemos a partir disso decidir qual o melhor vinho servir para cada menu. O Bacalhau mais tradicionalmente consumido na mesa do Natal portuguesa é o Cozido com Batatas e Couve, regado de azeite de excelente qualidade. Uma excelente sugestão de uma combinação para fazer um bom casamento seria um vinho branco com um bom corpo e estrutura, como um Encruzado da região do Dão que tenha passado por barrica e batonnage, esse pairing se torna impecável.
Desejo excelente noite de Natal ou Consoada à todos e que não falte bacalhau, azeite, pão e vinho sobre à mesa, afinal isto é uma casa portuguesa com certeza !!!
Em um evento em Mendoza-Argentina, no fim do ano passado foi anunciada a lista Top 50 do The World’s Best Vineyards 2022 – certame internacional que elege as melhores vinícolas do mundo para se visitar. Organizada pela empresa inglesa William Reed, a mesma que organiza o International Wine Challenge, um dos maiores concursos de vinho do mundo, a iniciativa chega a sua 4ª edição. Cerca de 500 especialistas ao redor do mundo (sommeliers, jornalistas, enólogos, viajantes) votam avaliando a qualidade da experiência ao se visitar a vinícola. Contam itens como arquitetura, gastronomia, ambiente, serviços, cordialidade do atendimento, hospedagem, degustações e visitas guiadas.
O enoturismo é um nicho em franco crescimento no mundo, aproximando o consumidor do produtor e gerando empregos.
Na edição 2022, a Bodegas Zuccardi, que sediou o evento, recebeu o título especial “Hall of Fame”, já que ganhou todas as três edições anteriores
O ranking deste ano teve no topo a italiana Marchesi Antinori, com sua uma propriedade histórica, Badia Coltibuono, na região do Chianti na Toscana. Veja os demais vencedores:
Está rolando aquele decantado calor no coração que é marca do verão no Rio, e a ordem é se divertir a céu aberto. Diante das paisagens que lembram a moradores e turistas que essa é uma das mais belas cidades do mundo. Na estação dos terraços, ou rooftops, a música é acompanhada por drinques e petiscos atraentes, da orla ao Centro. Como cantava o Tim Maia: “Numa relax, numa tranquila, numa boa”.
O visual na Urca é coisa de cinema, aos pés do Parque Bondinho Pão de Açúcar, cercado pelo verde das montanhas. O rooftop do Hills (Praça General Tibúrcio, 520, Urca, tel.: 99257-6789), casa que tem também ambientes de restaurante e lounge, recebe aos domingos a festa Pôr do Hills, das 14h às 22h, com o DJ João Gabriel. É vasto o cardápio do chef Fabrício Chagas, e há petiscos descontraídos como os croquetes de moqueca com aioli de dendê e coentro (R$ 55,00, seis unidades). Para o brinde, o coquetel bee queen (R$ 38,00) leva gim Beefeater, limão, mel, pólen de abelha e espuma de mel.
Terraço Botafogo: visão em 180 graus da enseada//Divulgação
Aberto em dezembro para encarar do alto o verão, o Terraço Botafogo funciona no 9° andar do Botafogo Praia Shopping (Praia de Botafogo, 400), com vista privilegiada da Baía de Guanabara e do Pão de Açúcar. O espaço abriga o Brewteco, bar premiado de cervejas artesanais, além de um espaço da Heineken, e os clientes têm à disposição mais de 20 torneiras de chope, com bons petiscos de bar. Um exemplo é a polenta croquentosa (R$ 30,00), que são cubos de polenta frita com molho gorgonzola. Para acompanhar, o chope traçado (R$ 14,00) é a IPA da casa, cítrico e refrescante.
Belmonte: Dois Irmãos ao fundo no pôr do sol do verão/Tomás Rangel/Veja Rio
A vista engloba toda a Praia de Ipanema, do Arpoador ao Morro dois Irmãos ao fundo, onde o sol se põe na estação do calor. E tome fotos com drinques na mão e o horizonte por trás, no terraço da oitava filial aberta do Boteco Belmonte (Avenida Vieira Souto, 236, Ipanema, tel.: 2267-9909), a maior aposta da rede no cenário carioca. Estão lá a famosa empada aberta de camarão com catupiry (R$ 23,00), e pratos como a picanha à brasileira, com arroz farofa e batata (R$ 190, para duas pessoas). O chope da Brahma é o campeão de audiência nos copos (R$ 12,00).
Emiliano: gastronomia requintada com o mar ao fundo//Divulgação
Jantar de cozinha premiada com a vista “aérea” de Copacabana que o mundo todo aplaude é um programa luxuoso no rooftop do hotel Emiliano Rio (Avenida Atlântica, 3804, Copacabana, tel.: 3503-6620), com piscina de borda infinita que se une à paisagem. De quarta a sábado, o menu do jantar é aberto a não hóspedes, preparados com produtos orgânicos e ingredientes da estação. Há entradas como o tartare de atum com azeite raspas de limão siciliano, molho de missô e ciboulette, servido com mix de folhas (R$ 49,00), antes de pratos a exemplo do espaguete negro de tinta de lula com frutos do mar, vinho branco e coentro (R$ 59,00).
Nosso: clima mais intimista e a cozinha do chef Bruno Katz//Reprodução
O balcão é belo e disputado no primeiro andar, integrando o bar à cozinha do Nosso (Rua Maria Quitéria, 91, Ipanema, tel.: 99619-0099), mas é no terraço charmoso que ficam as mesas mais disputadas da estação, com bar próprio a céu aberto sobre a praça Nossa Senhora da Paz. Eleito o melhor gastrobar na última edição do Veja Rio Comer & Beber, o endereço traz a chancela de qualidade do chef Bruno Katz e do bartender Daniel Esteves. Do primeiro, vem a melhor caprese do verão (R$ 44,00), com mescla de tomates coloridos de leve defumação, iogurte grego da casa, picles de cebola e croûtons de sourdough. Do segundo, o drinque tarte tatin fizz (R$ 38,00), com gim bombay saphire, suco de maçã gaseificado, caramelo salgado e limão siciliano.
Selina: lâmpadas penduradas e os Arcos da Lapa na moldura natural//Reprodução
Não só de mar vivem os cartões postais da cidade, e curtir um pôr do sol com vista para os Arcos da Lapa pode ser um progama para lá de animado no The Rooftop, do hotel Selina, na Lapa (Rua Visconde de Maranguape, 9). Há gente de todos os cantos do mundo atrás das vibrações festeiras cariocas, com bar de drinques, DJs e shows de voz e violão programados para os fins de tarde na estação. O drinque green apple mojito (R$ 33,00) é feito com rum brasileiro Parnaioca, hortelã, xarope de maçã verde e água com gás. E a jupiteria (R$ 31,90) é delicioso sanduíche vegetariano: almôndega de cogumelo, tomate confit e queijo fundido na baguete de fermentação natural. De manhã, às 7h, há sessões de meditação guiada no terraço. A programação pode ser conferida no site do Selina Lapa.
Quem fala alto dessa vez são os frutos do mar: camarão, lula, polvo e mexilhão mergulham na panela rasa com o arroz para a paella apresentada pelo chef Alexandre Henriques, convidado deste domingo (29) da Paella Fest, no Venga de Ipanema (Rua Garcia D’Ávila, 147, tel.: 2247-0234).
O prato do chef do restaurante português Henriqueta, no Leblon, estará disponível das 12h às 17h, a R$ 69,00 (individual), e 20% das vendas serão revertidos para a instituição Abraço Campeão, organização que faz trabalho social e de cidadania com crianças e adolescentes no Complexo do Alemão.
No evento dominical, a paella é preparada na porta da casa, com estação montada na calçada, em duas grandes panelas típicas. Já passaram pelo evento cozinheiros como Rafa Costa e Silva (Lasai), Lucio Vieira (Lilia) e Kátia Barbosa (Vendinha).
Nome aclamado da gastronomia sul-americana, o chef Virgilio Martínez, do restaurante peruano Central, será o primeiro convidado da série de jantares comemorativos dos 100 anos do Copacabana Palace, que serão celebrados em 2023 com diversas atrações ao logo do ano.
O jantar será no dia 1° de fevereiro deste ano, na Library do hotel. Ao lado da chef Pia León, Virgílio vai trazer na mala ingredientes peruanos, entre vegetais, algas e frutos do mar, que estão na raiz de um primoroso trabalho de apresentação dos biomas de seu país à mesa da alta gastronomia. O Central foi eleito em 2022 o melhor restaurante da América Latina, ficando em segundo na lista dos melhores do mundo da prestigiada World’s 50 Best.
No dia seguinte à noite de Virgílio, o chef Nello Casesse, executivo do Copacabana Palace e do restaurante Cipriani, fecha o primeiro Master Series do ano recebendo os clientes para uma experiência exclusiva de jantar. Entre criações, destaque para uma entrada que leva ostras, limão siciliano e maçã verde; e o ravioli de pato, cenoura e alface do mar. Para o prato principal, o chef oferece pratos como o leitão com salsa verde, alcaçuz e batatas.
A reserva para os dois jantares será feita por e-mail (restaurantes.cop@belmond.com) ou pelo telefone: 2548-7070. O menu do chef Virgilio Martínez no dia 01/02 custa R$ 1.750,00 por pessoa (mais 10%), com a harmonização própria do restaurante Central incluída no valor. O jantar de Nello no Cipriani, no dia 02/02, custa R$ 750,00 por pessoa (mais 10%), ou R$ 1.450,00 com harmonização.
O restaurante Pérgula, por sua vez, na piscina do Copacabana Palace, iniciou as comemorações dos 100 anos com menu especial. São seis receitas que homenageiam momentos importantes da história do hotel. Há pratos como a famosa lagosta à thermidor (R$ 460,00, para duas pessoas): servida em 1959, em um banquete oferecido em homenagem ao presidente Juscelino Kubitschek, é uma lagosta assada e gratinada com queijo gruyère, molho de natas, mostarda, conhaque e pimenta caiena, acompanhada de salada verde e palmito pupunha. O delice de sole à la Newburg (R$ 160,00), servido no jantar em homenagem a rainha Elizabeth II e ao príncipe Philip, em 1968, é um linguado grelhado com legumes, molho de natas, bisque, especiarias e vinho branco.
O Oriente fica logo ali, no fim do quarteirão, dobrando a esquina. Sim, porque a onda asiática, enfraquecida nas praias cariocas há alguns anos, volta a quebrar na temporada de verão 2023. Não falamos aqui dos japoneses “stricto sensu”, cenário igualmente encorpado, mas das culinárias do Sudeste Asiático, que surgem misturadas em cozinhas sem apego necessário às raízes, carregando em sabores picantes, agridoces e de especiarias a bandeira do “contemporâneo”.
Há três belas novidades, duas delas com estreia marcada para março, na Zona Sul, além do recém-chegado Tissai, que nasceu no Baixo Leblon: no pequeno restaurante com mesas na calçada podemos pedir sushis e sashimis, mas também experimentar entradas como o canolli de salmão e atum com aioli de pimenta layu (R$ 28,00, duas unidades), ou os espetos de coração de pato ao molho barbecue coreano (R$ 32,00, duas unidades).
A cozinha está sob o comando da chef Juliana Palhares, com algumas receitas de Ludmilla Soeiro (do Malkah), a exemplo do salmão marinado no teriyaki de laranja, e tagliatelle com infusão de raiz forte ao leite (R$ 94,00). Ou o arroz de frango oriental, feito com cubos de peito da ave refogados em alho, cenoura picada, molho curry e amendoins picantes (R$ 68,00). A mescla de influências abre o leque para a clientela do ponto movimentado no número 1.273 da Rua Ataulfo de Paiva.
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Logo mais, no mês de março que fecha o verão, há promessa de vida para os corações que batem forte diante de dumplings, baos, pad thais e que tais. O tailandês Càm O’n abre um merecido endereço em casa bonita da Rua Visconde de Caravelas, em Botafogo (a matriz está no shopping Downtown), e o Elena é uma das mais esperadas novidades da Zona Sul, ocupando o imóvel onde funcionou o Yumê, no Horto.
Bem na frente da grade que revela a paisagem verde do Jardim Botânico, o restaurante terá um terraço com vista para o Corcovado, a cozinha aberta para a visão das frigideiras wok em chamas, e dois bares comandados por Alex Mesquita, o premiado mixologista que está voltando ao Rio. O estilo da casa? “Pan-asiática”, na definição do chef Itamar Araújo, outro que retorna ao cenário dos cardápios “de olhos puxados”. Ele já comandou as panelas do estrelado Mee, no Copacabana Palace.
Para coroar o semestre de aberturas, o Sichóu vem aí, um restaurante de tons asiáticos do chef Elia Schramm, do sucesso Babbo Osteria, em parceria com Menandro Rodrigues, do premiado Haru Sushi. O palco escolhido para a estreia está na Rua Barão da Torre, em Ipanema.
A abertura da temporada do Blend BBQ Festival fecha o mês de janeiro com muita carne assando na brasa, DJs e shows para todos os gostos, das “boy bands” dos anos 1990 a bandas de rock, blues e o cantor George Israel, que promove seu baile no domingo. O evento no Uptown, na Barra (Av. Ayrton Senna, 5500), ocorre de sexta (27) a domingo (29), com entrada franca.
O festival tem curadoria dos chefs Luis Felipe Carril, do Blend Steak Bar, e Luã Tavares, especialista em defumação, e vai oferecer 15 estações, das parrillas movidas a carvão até os pit smokers na lenha, além do visual do fogo de chão. O cardápio traz porções individuais a partir de R$ 20,00. Estandes de cervejarias artesanais completam a festa, que contará com área especial para as crianças.
Costela Fogo de Chão, Sanduíches (Costela Bovina Defumada e Pulled Pork), Bife Ancho, Picanha, Porchetta, Picanha Suína, Fraldinha, Bife de Chorizo, Brisket, Pork Ribs, Cupim Defumado, Arroz de Costela, Burger na Brasa, Pão de Alho, Linguiça e Coração, Galeto na Brasa, Frango Frito BBQ e Torresmo.
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Os shows:
Sexta, das 17h às 23h: Dj Marcio Careca da Rádio Cidade; Capital Elétrico – Tributo ao Rock Nacional; e Vooduo – Clássicos do Rock Nacional e Internacional.
Sábado, das 12h às 23h: DJ MMArques; Rock Street Boys – Especial Boy and Girl Bands dos anos 90; River Raid – Clássicos do Rock Nacional e Internacional; Pepper Spray – Tributo ao Red Hot Chili Peppers; Mais do Mesmo – Tributo a Legião Urbana.
Domingo, das 12h às 22h: DJ Andre Collyer; Pedro Mahal + Buraco Blues – Clássicos do Rock e Blues; George Israel – Baile do George; Road Rock – Tributo ao Queen; Black Circle – Tributo ao Pearl Jam.
Quando o espumante brasileiro Casa Perini Moscatel foi eleito um dos cinco melhores rótulos do planeta pela Associação Mundial de Jornalistas e Escritores de Vinhos e Licores, em 2017, a Casa Perini, de Farroupilha, no Rio Grande do Sul, já era uma das mais tradicionais do país. Acumulava inúmeros prêmios conquistados mundo afora principalmente graças a seus espumantes de alta qualidade e preço acessível. Mas a notoriedade ajudou a alavancar ainda mais o nome da vinícola. Hoje, quase seis anos depois, são 60 rótulos em um portfólio com os já conhecidos espumantes e uma crescente variedade de vinhos tranquilos.
“Cada novo rótulo é criado a partir de dois fatores principais”, conta Pablo Perini, representante da nova geração da família responsável pelos negócios. Além de sommelier, cuida também do marketing da vinícola. “Ou identificamos uma lacuna de mercado que pode ser preenchida, ou algo da nossa produção foi tão excepcional que justifica um rótulo novo”, diz. Foi assim que surgiram novidades como o rosé Drella (R$ 110), um corte de cabernet franc, merlot e barbera, ou o Benildo Perini Vintage Blend (R$ 350), de alta gama, elaborado com cinco castas (cabernet sauvignon, tannat, alicante bouschet, cabernet franc e merlot) de cinco safras diferentes.
A Perini também lançou uma nova linha, Crudo, de vinhos de baixa intervenção. “São vinhos fora da curva. Não são biodinâmicos, nem orgânicos, mas autorais”, diz Pablo Perini, que também assina a arte individual de cada garrafa. Hoje, são dois rótulos: Trebuono (R$ 186), feito com a uva de origem italiana Trebbiano, e Nero di Bianca (R$ 230), um inusitado corte de merlot, uma uva tinta, e moscato, uma uva branca. Recebeu 91 pontos no guia Descorchados, voltado para os vinhos da América do Sul. São opções que interessam principalmente aos fãs dos vinhos naturais e autorais, uma tendência crescente.
A vinícola também vem se tornando referência em sustentabilidade. Nos vinhedos, mesmo antes das certificações mais rígidas criadas pelo governo, a família já adotava uma série de boas práticas. Cuida dos afluentes e reduz o uso de defensivos agrícolas por meio de técnicas mais modernas, como o chamado TPC (Thermo Pest Control), um jato quente usado nas videiras para protegê-las das pragas, e adota ainda a cobertura verde, que promove o desenvolvimento das uvas e aumenta a complexidade do terroir.
Mais recentemente, a Perini também vem explorando alternativas às tradicionais garrafas de vidro. Alguns dos rótulos da Arbo, uma das linhas da Vinícola, são oferecidos no modelo bag-in-box, a caixa com 3 litros que mantém o vinho fresco por mais tempo. São quatro opções, três tintos (tannat, merlot, cabernet sauvignon) e um branco (moscato).
As iniciativas de sustentabilidade também incluem a retirada das cápsulas de alguns de seus rótulos, como o espumante rosé Aquarela, um dos mais vendidos. “Tornamos as embalagens mais minimalistas, mais limpas, como forma de valorizar o produto. E tem dado certo”, conta Perini.
Quase toda a produção é destinada ao mercado interno, e a variedade de opções é também uma estratégia para atrair um público apreciador de vinho que vem crescendo, especialmente depois da pandemia, mas cujo potencial ainda é enorme. Para ter ideia, dados da Ideal Consulting apontam que cada brasileiro bebeu, em média, 2,64 litros em 2021. O consumo per capita da Argentina é de 30 litros e dos portugueses, os maiores bebedores de vinho do mundo, é de 69 litros. “O mercado doméstico é muito grande, já que a população é muito grande”, diz Perini. Por isso, poucos rótulos são enviados para o mercado externo.
“Mas embora o volume exportado seja pouco, a aprovação do público, técnico inclusive, é surpreendente”, afirma o empresário e sommelier. A quantidade prêmios conquistados pelos rótulos brasileiros e da própria Casa Perini é um indicativo. “Queremos mostrar que o consumidor não tem necessidade de comprar um Prosecco, um Cava ou um Champagne“, diz ele, citando algumas das mais tradicionais indicações de origem de espumantes. “Não queremos ser Champagne. Aqui é o Brasil, temos terroir e produtos sofisticados, de grande valor agregado”, conclui.