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Brunch vegano é novidade em casa com jardim de Botafogo

Um brunch vegano no jardim de uma casa em rua sem saída de Botafogo é o novo programa dominical do renovado restaurante Vegan Vegan. Disponível das 8h30 às 11h, sob reserva, o serviço oferecerá combinados saudáveis e sem ingredientes de origem animal, com criações assinadas pelos chefs Thina Izidoro e Jan Carvalho.

+ Com cachaça: confira a receita campeã do concurso estadual de rabo de galo

A dupla tem 18 anos de história no bairro, e com o fechamento do antigo endereço da Rua Conde de Irajá passou a ocupar a simpática casa na Rua Hans Staden, travessa da Real Grandeza, reformada com projeto de paisagismo rústico e um espaçoso deque de madeira.

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Entre as novidades do do café da manhã tardio, o combinado individual (R$ 60,00) traz uma fatia de pão integral artesanal, um cinnamon rolls, geleia de frutas (ou hommus de grão de bico) e uma fatia de bolo caseiro. Entre as bebidas, café coado orgânico, chá gelado de hibisco ou um suco natural da casa (suco rosa, limonada clorofilada, maracujá com gengibre ou manga com abacaxi).

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Já o combinado a dois (R$ 130,00), oferece duas fatias de bolo de fubá (ou laranja), duas fatias de pão integral e natural, dois cinnamon rolls, hommus de grão de bico, tahine e melado, geleia artesanal de frutas, duas porções de mamão com farinha de linhaça da casa, dois tofus mexidos e uma porção de pão de queijo vegano. Para beber há dois cafés coados orgânicos, dois chás gelados (ou quentes) da casa, ou dois sucos naturais.

O Vegan Vegan fica na Rua Hans Staden, 30, em Botafogo, com reservas para o brunch pelo telefone 2286-7078.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Mesa do Lado

A entrada, quase secreta, é por dentro da cozinha do Chez Claude. Ao atravessar as grossas cortinas de veludo vermelho, revela-se o palco para a experiência sensorial orquestrada pelo chef Claude Troisgros com o diretor artístico Batman Zavareze.

Na sala com cozinha aberta, jogo de luzes, projeções de imagens e a trilha sonora, que vai de AC/DC a Gilberto Gil, aguçam os sentidos e embalam o jantar-espetáculo para até doze pessoas, que começa pontualmente às 20h e dura duas horas e vinte minutos.

Em três atos, o menu autoral de nove etapas (R$ 860,00), já elevado a um dos melhores da cidade neste VEJA RIO COMER & BEBER, passa por receitas afetivas como o cappuccino de cogumelos; os pequeninos nhoques, receita da avó italiana de Claude, com vieiras, barriga suína e palmito no tucupi; e o emblemático salmão com azedinha que fez história na França pelas mãos do pai, Pierre Troisgros.

Preços checados em novembro de 2022.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Malkah

A aprazível varanda na bela casa de esquina onde funcionou o Lorenzo Bistrô é um chamariz em dias bonitos no novo espaço de Ludmilla Soeiro (ex-Zuka). O cardápio de desenho contemporâneo reflete afetos e ideias da trajetória da antenada chef na cozinha, sem deixar de lado o conforto. Para começar, o steak tartare (R$ 59,00) ganha versão oriental com ovas de massagô, gema de ovo de codorna e crocantes de alga nori.

Da seção principal, a nage de siri catado (R$ 76,00), com caldo cítrico de peixe, chega sobre massa de cabelinho de anjo. Outra dica, o bife de chorizo t-rex é servido com farofa de castanhas, purê de batatas, gema trufada e vinagrete de laranja (R$ 136,00).

De sobremesa, os suspiros da vovó malkah (R$ 32,00) vêm com chantili, calda de frutas vermelhas e raspas de limão. O almoço tem fórmula de entrada, principal, sobremesa e mate da casa, a R$ 78,00.

Preços checados em novembro de 2022.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Izär

Por trás do vidro da cozinha aberta, o chef madrilenho Pepe López comanda o espetáculo e prepara saborosos arrozes e paellas, especialidade da nova empreitada dos sócios do vizinho Mäska. Feitas com arroz bomba de Valência, as protagonistas, para duas pessoas, ganham versões como a de mariscos (R$ 220,00), com camarões, polvo, lula, vôngole e vagem.

Variação deliciosa, o socarrat é um arroz caramelado no fundo da panela, em variações como a de rabada ao vinho tinto (R$ 215,00). Na casa, de ambiente rústico, com paredes de pedra em contraste com a madeira do piso e agradável varanda, o desenho do Caminho de Santiago na parede sugere o percurso por tapas diversas, como huevos rotos (R$ 52,00), ovos fritos com batata confitada e jamón ibérico.

Dica açucarada, a torta de santiago (R$ 32,00), de amêndoas com chocolate branco, laranja e canela, vale cada caloria.

Preços checados em novembro de 2022.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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ChatGPT: tudo que você precisa saber; o Google está com os dias contados?

Nas últimas semanas, uma nova tecnologia está viralizando e sendo mencionada em todos os lugares do mundo: o ChatGPT. Se você ainda não sabe sobre este assunto, leia este artigo, porque está tecnologia vai revolucionar o mundo.

O que é o ChatGPT?

O ChatGPT é um sistema de chatbot baseado em inteligência artificial lançado em novembro de 2022 pela OpenAI , e que atualmente usa a tecnologia GPT-3. GPT significa “Generative Pre-trained Transformer”, um modelo de linguagem autorregressivo que utiliza “ deep learning” para produzir textos semelhantes aos produzidos por seres humanos. É um modelo de inteligência artificial de processamento de linguagem. E, como  se concentra exclusivamente na linguagem, o o GPT-3 tem uma compreensão aprofundada da palavra escrita, que interage de forma conversacional. O formato de diálogo permite que o ChatGPT responda a perguntas, admita seus erros, conteste premissas incorretas e rejeite solicitações inadequadas.

Desde que o Chat GPT foi lançado, qualquer pessoa testá-lo gratuitamente no site: chat.openai.com

Importante ressaltar, que a versão atual do Chat GTP, a tecnologia GPT-3,  ainda é uma versão em testes e apresenta várias limitações.

O que é OpenAI ?

https://www.youtube.com/@OpenAI

A OpenAI foi fundada em 2015 por Elon Musk e Sam Altman como uma organização de pesquisa em inteligência artificial sem fins lucrativos.  Curiosamente, em 2019, a OpenAI também deixou de ser uma organização sem fins lucrativos para se tornar uma entidade com fins lucrativos. Um texto publicado pela própria OpenAI: “Queremos aumentar nossa capacidade de levantar capital enquanto ainda cumprimos nossa missão, e nenhuma estrutura legal pré-existente que conhecemos atinge o equilíbrio certo.  Nossa solução é criar o OpenAI LP como um híbrido de uma empresa com fins lucrativos e sem fins lucrativos – que estamos chamando de empresa de ‘lucro limitado. Com isso, outros investidores podem ganhar até 100 vezes seu valor principal, mas não ir além disso, e o restante do lucro iria para obras sem fins lucrativos.”

O GPT  é um modelo de linguagem autorregressivo que que utiliza “ deep learning” para produzir textos semelhante aos textos produzidos por seres humanos. É um modelo de inteligência artificial de processamento de linguagem.

A OpenAI é conhecida por ter criado ferramentas como o o DALLE 2, um gerador de inteligência artificial de imagens e o Whisper, um sistema automático de reconhecimento de fala.

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Para quais finalidades podemos usar O ChatGPT?

O ChatGPT pode ser utilizado com vários objetivos, entre eles:

  • Explicar assuntos diversos em termos leigos ou em termos aprofundados;
  • Escrever poemas, músicas e artigos científicos;
  • Discutir temas e ideias;
  • Assistente virtual;
  • Escrever códigos em linguagem de programação;
  • Traduções de idiomas;
  • Produção de conteúdo de marketing;
  • Acessar diversas receitas culinárias;
  • Resolução de fórmulas matemáticas.

O Google está com os dias contados?

A empresa OpenAI teve vários investidores de renome em sua ascensão à fama, como Elon Musk, Peter Thiel e o cofundador do LinkedIn, Reid Hoffman, além da Microsoft, que lançou um enorme investimento de US$ 1 bilhão na OpenAI. Agora a empresa está procurando implementar o ChatGPT em seu mecanismo de busca Bing, o concorrente do Google.

A Microsoft tem lutado para assumir o Google como um mecanismo de busca há anos, procurando por qualquer recurso que possa ajudá-lo a se destacar. No ano passado, o Bing realizou menos de 10% das buscas na Internet no mundo, o que demonstra o domínio completo do Google no mercado. Com planos de implementar o ChatGPT em seu sistema, o Bing espera entender melhor as consultas dos usuários e oferecer um mecanismo de busca mais conversacional. Atualmente, não está claro quanto a Microsoft planeja implementar o ChatGPT no Bing, mas isso provavelmente em breve começará com os estágios de testes. 

 

Fontes:

https://openai.com/

https://www.sciencefocus.com/future-technology/gpt-3/amp/

https://www.kdnuggets.com/2023/01/chatgpt-everything-need-know.html

https://www.augustman.com/in/gear/tech/openai-what-to-know-about-the-company-behind-chatgpt/amp/

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Comer & Beber – VEJA RIO
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O Vinhedo do Gênio

A vinha de Leonardo da Vinci (1452-1519) está localizada na cidade de Milão, ele foi apaixonado pelo vinhedo que lhe foi “dado”, que está inclusive mencionado no famoso “Codex Atlanticus“, sua maior coleção de desenhos e escritos. Chegou a registrar estudos sobre viticultura, vinificação, preservação de vinhos e até sobre a relação de vinho e a saúde. Desde a época em que o grande gênio o cultivou, o local passou por grandes mudanças e inúmeros acontecimentos históricos, o que hoje podemos ver e visitar in loco é fruto de um trabalho de uma grande equipe comandada por Luca Maroni que se formou em torno do estudo da “La Vigna di Leonardo“, para a comemoração dos 500 anos do gênio.

La Vigna di Leonardo por Dayane Casal

Um Breve Histórico de Fatos Importantes Sobre O Vinhedo de Leonardo

1482 – Leonardo da Vinci se muda de Florença para Milão para servir a Ludovico Sforza, o duque de Milão;
1498 – Ludovico “presenteia” Leonardo com um terreno de 1 hectare, uma área de vinha em San Vittore;
1499-1500 – O exército francês derrota Ludovico e Leonardo abandona Milão, há o confisco de todas as doações do duque incluindo o vinhedo de Leonardo;
1506 – É devolvido o vinhedo ao Leonardo, na ocasião ele estava morando em Amboise a convite do rei da França;
1519 – Leonardo da Vinci morre em Amboise e um mês antes de sua morte, ele deixa em seu testamento metade do vinhedo para Giovanbattista Villani (criado que o acompanhou até o final da vida) e a outra metade para Gian Gianomo Caprotti (conhecido como Salai, ele era pintor e seu discípulo e havia construído uma pequena casa no vinhedo);
1524 – Salai morre e Francesco Il Sforza (o último duque de Milão) doa a parte do restante do vinhedo para um parente chamado Giacometto Della Tela (o fundador da dinastia Atellani);
Durante 4 séculos não se ouviu mais falar sobre o vinhedo;

Início século XX – Um estudo realizado pelo destacado arquiteto Luca Beltrami mencionou o lugar do vinhedo, ele foi o responsável pela reconstrução do Castelo Sforza e inúmeros outros edifícios da cidade. Ele tinha um interesse pela vida de Leonardo da Vinci e compilou uma enorme coleção de documentos cronológicos da sua obra e através dos seus documentos relacionou a exata área em San Vittore onde estaria o vinhedo do gênio, um terreno atrás da Casa degli Atellani (um local comprado pelo Industrial Ettore Conti);
1920 – Beltrami fotografou e publicou sua vasta pesquisa no livro “El viñedo de Leonardo”;
1930 – Surgiu um novo bairro residencial sobre os campos e vinhedos abandonados remodelando toda a área do distrito, o vinhedo de Leonardo se reduziu a uma pequena parcela de terra e algumas fileiras no jardim da Casa degli Atellani;
1943 – Bombardeios da guerra atingiram em cheio a Casa degli Atellani e todo o seu arredor ficou também sob escombros, após a guerra a estrutura da casa foi reconstruída mas o vinhedo de Leonardo ficou esquecido por cerca de 70 anos.

O Ressurgimento do Vinhedo do Gênio

Já no século XXI a Fundação Portaluppi e os herdeiros de Ettore Conti e Piero Portaluppi proprietários da Casa degli Atellani começaram uma enorme pesquisa histórica e sem precedentes até então, pois queriam descobrir que tipo de casta cultivava Leonardo da Vinci no século XV, para isso, tiveram a ajuda da Faculdade de Ciências Agrícolas de Milão. Enólogos, geneticistas e especialistas em DNA de uvas comandados pelo Luca Maroni escavaram o terreno onde se localizava o vinhedo de Da Vinci, levaram cerca de 11 (onze) anos para localizar e restabelecer a vinha dele, que teria ficado em pé por 450 anos até sofrer sua destruição pelos bombardeios durante a 2º Guerra Mundial (1943).

No ano de 2007 iniciaram escavações arqueológicas na parte interior do jardim da Casa degli Atellani baseado nas fotografias publicadas por Luca Beltrami em 1920, foram encontrados material orgânico que foi identificado como uma espécie de Vitis vinifera, e a partir do material genético da videira em mãos, os pesquisadores compararam com espécies de variedades cultivadas na época e a pesquisa chegou ao resultado que o gênio cultivava a Malvasia Branca e que no século XV era denominada de “Malvasia di Candia”.

Em seguida começaram a preparar o solo do jardim e em 2015 o vinhedo foi replantado baseado no material genético das uvas cultivadas originalmente por Leonardo.

O Vinho do Gênio

Como resultado de todo esse empenho e esforços foi produzido a matéria-prima “as uvas douradas” que foram vindimadas em 12 de Setembro de 2018, e em seguida foram fermentadas em ânfora de terracota e enterradas seguindo o método greco-romano da elaboração de vinhos. Nesta primeira safra do vinho do gênio foram engarrafas 330 garrafas denominadas “Opere” compostas por um decanter exclusivo, numerado e com um selo de garantia. Parte dessas garrafas foram leiloada em parceria com a organização que administra o museu onde está a vinha na atualidade “La Vigna di Leonardo“.

A obra de Leonardo da Vinci neste mundo é algo imensurável, um homem em busca constante do conhecimento e este de uma forma multidisciplinar. Ele foi o arquétipo clássico da época do Renascimento, amou a universalidade do saber e isso evidencia o porque ele foi um gênio em todos os sentidos da palavra, e nada melhor para coroar este exemplo de ser humano, que após ter passado tantos séculos inspira a tantas pessoas nos quatro cantos do mundo, do que degustar um vinho produzido a partir do que ele tanto se dedicou em seus estudos e experiências e que ficaram registrados dentro do Códex e em sua história impar.

Desejo que este exemplo da busca pelo saber possa continuar a nos inspirar sempre leitores, boas provas e saúde!

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Mundo dos Vinhos por Dayane Casal
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Guss, O Supertoscano do Castello di Radda

Os vinhos Supertoscanos são vinhos produzidos a partir de castas bordalesas, podendo ou não terem a Sangiovese, casta autóctone da Itália em seu lote. Na época que essas castas francesas começaram a serem cultivadas na Itália os produtores ficaram conhecidos como rebeldes, a decisão de plantar e cultivar essas cepas em locais específicos da Toscana rendeu em 1978 um grande prêmio mundial a um produtor, o que iniciou a tal rebeldia, deixando para trás os grandes produtores de vinho afamados de Bordeaux, a partir daí com a enorme repercussão mundial, outros produtores se sentiram entusiasmados a seguir o mesmo caminho e na atualidade vários na região produzem esses magníficos vinhos.

O Castello di Radda é um desses produtores e está localizado nas colinas de Radda em Chianti, possui 45 ha de vinhas plantadas e em 2003 foi adquirido pela família Beretta que desde então vem fazendo diversos investimentos na estrutura física, em equipamentos modernos assim como nas áreas dos vinhedos, objetivando sempre aperfeiçoar ainda mais a qualidade rigorosa que a família preza quando expressa a sua marca em um produto ou projeto.

O Supertoscano GUSS só é produzido nos melhores anos onde a matéria-prima atinge grau satisfatório de qualidade para a sua produção, as uvas provém do cultivo da casta Merlot de uma parcela especial com exposição sul, de solos argilo-calcáreos com pedras e boa drenagem, a 450 m de altitude e a Sangiovese adicionada ao lote provém de vinhedos que a cada ano são selecionados pelo produtor dentre as suas várias parcelas para melhor atender o que se deseja ao corte. Este vinho é formado por um blend de 70% Merlot e 30% Sangiovese, ambas sendo vindimadas após atingirem as suas maturações fenólicas completas, ajudadas pelo micro-clima favorável das parcelas, preservando e aliando características favoráveis das ambas as castas fazendo uma verdadeira obra-prima de elegância, fruta, acidez, álcool, taninos envolventes e um bom corpo.

A parte da vinificação deste fantástico vinho é seguida de macerações com as películas por cerca de um mês, a FML ocorre em barricas de Carvalho, sendo por volta 80% barricas novas e neles estagiam por 24 meses e depois o vinho passa por afinamento em garrafa em cave por mais 12 meses antes de sair para o mercado.

Em prova o vinho apresenta aspecto límpido, de intensidade média, da cor rubi e com presença de lindas lágrimas, já num primeiro momento ao olhar faz um belo convite a degustação. Ao nariz ele se apresenta com intensidade pronunciada, agradáveis aromas de frutas bem marcadas como morango, ameixa, amora, tostado, baunilha e piso vegetal. Em boca ele se mostra seco, com acidez e álcool alto, taninos marcados mas extremamente elegantes e um bom corpo, intensidade em boca é pronunciada com características de sabor que confirmam os aromas sentidos ao nariz e possui um belo final de boca, longo e persistente.

Uma interessante sugestão de harmonização com este sensacional vinho GUSS do Castello di Radda da safra 2016 é um prato de Linguine à Bolonhesa. Desejo excelentes provas e fica a sugestão para você leitor quando possível provar este apaixonante e rebelde Supertoscano.
Saúde!

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O Canadense Inniskillin

Eles são considerado um dos melhores produtores de Icewines do mundo, são internacionalmente renomados por seus vinhos premiados e possuem fortes motivos para receber esta referência e distinção vinda de críticos especializados e de consumidores experientes em degustar vinhos nobres.

A começar pelo início da história, em 1975 foi o primeiro produtor a receber a licença de vinhedo no Canadá desde a proibição com a “lei seca” de 1929. No ano de 1991 entraram no cenário mundial dos vinhos ganhando o Grande Prêmio de Honra com o vinho “Vidal Icewine da safra 1989” na Vinexpo em Bordeaux na França, um prêmio que marcou no mapa o Canadá como um reconhecido país em produzir vinhos com qualidade a nível global.

Karl Kaiser e Donald Ziraldo co-fundadores do Inniskillin Wines Inc. ajudaram a criar a VQA (Vintners Quality Alliance), um sistema de classificação dos vinhos garantindo qualidade e credibilidade da região. Para um vinho ser rotulado com o VQA é necessário que 100% das uvas devem ser provindas da respectiva região de cultivo, 75% da casta mencionada no rótulo deve estar presente na composição do vinho. Quanto a menção da safra pelo menos 90% do vinho deve ser proveniente desta safra. Vinhos degustados pelos avaliadores da VQA e que são de extrema qualidade recebem o selo dourado VQA.

Winter landscape in the vineyard, Ontario, Canada

Uma outra curiosidade referente ao produtor Inniskillin Wines Inc. foi que a sua primeira tentativa (1983) de colher as uvas congeladas para produzir o primeiro Icewine da empresa foi consumida em sua totalidade pelos enormes bandos de pássaros que passam migrando pela região, fazendo com que no ano seguinte houvesse uma atenção na proteção dos cachos de uvas e assim conseguir se produzir a primeira safra de Icewine (1984).

O Inniskillin Icewine Riesling 2015 tem em seu aspecto visual uma aparência límpida, pálida e cor dourado, ao nariz ele mostra-se limpo, com intensidade de aromas pronunciado e características marcadas de frutos cítricos como uma laranja e lima, notas de damasco e mel. Em boca é de uma envolvente doçura, com alta acidez, álcool baixo, com um bom corpo e os aromas sentidos no nariz se intensificam em boca com o retrogosto, apresenta um final de boca longo e apaixonante. Bela harmonia com um pudim de leite, com sobremesas a base de frutas, com um bom panetone e até mesmo com bolo de laranja.
Fica aqui um convite à você leitor para assim que possível provar esse excelente vinho do gelo produzido por esse icônico produtor canadense Inniskillin !

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Mundo dos Vinhos por Dayane Casal
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3 Fortes Razões Para Consumir Vinho em 2023

Um incremento ao ganho de saúde em várias partes do organismo humano, um enorme ganho de cultura e o aumento da socialização são os três fortes motivos para você leitor refletir sobre o consumo de vinho neste novo ano, leia e avalie.

1.Incremento na Saúde

Hipocrátes (†377 a.C.) considerado o pai da medicina proferiu a célebre frase, “Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio”. Passados séculos e agora em pleno século XXI temos uma enorme e robusta quantidade de informações e evidências do que ele já sabia há tanto tempo atrás. E o vinho, faz parte desses alimentos considerados ricos em benefícios para nossa saúde, desde que consumido de forma moderada e frequente. A ciência tem desempenhado um excelente papel em trazer inúmeros dados de pesquisas realizadas sobre o consumo moderado e frequente de vinho no cérebro, nos vasos sanguíneos e em diversas outras área que o organismo humano pode ser atingido com patologias.

1.1.No Cérebro

Doctor checking brain testing

Um estudo publicado pelo Grodon M. Shepherd,PhD na Universidade de YALE e que também virou um livro chamado Neuroenology aborda diversas atividades e benefícios das substâncias benéficas contidas no vinho para o nosso cérebro. Um um outro estudo realizado pelo Paul Schimmel, PhD , indica que o resveratrol ativa um caminho químico que ajuda a limitar o estresse e dano no DNA das células do cérebro, que resultaria em envelhecimento e doenças, evidencia que baixa a inflamação nas células cerebrais e que ajuda a limpar toxinas incluindo aquelas que causam doenças sérias no cérebro. A pesquisa mostra também que o vinho ajuda a proteger o cérebro após um derrame. Uma robusta pesquisa publicada com o título Wine Polyphenols and Neurodegenerative Diseases: An Update on the Molecular Mechanisms Underpinning Their Protective Effects, aborda a ação dos polifenóis presentes no vinho podem ter potencial neuroprotetor em retardar o início de doenças neurodegenerativas como Parkinson e o Alzheimer. O estudo mostra “evidências epidemiológicas, in vitro e in vivo sugerem uma correlação inversa entre o consumo de vinho e a incidência de doenças neurodegenerativas.

1.2.Nos Vasos Sanguíneos

Uma das ações mais estudados e publicadas é sobre a ação nos vasos sanguíneos. A pesquisa mais conhecida é a que tem o título ( Wine, alcohol, platelets and the French Paradox for coronary heart disease), o “Paradoxo Francês“ buscou esclarecer o por que os franceses, que tem em sua dieta tradicional o consumo de muitas gorduras como queijos, leite, manteiga, que são fontes de gorduras saturadas e também de carboidratos, não apresentavam altos índices de problemas cardiovasculares, o estudo indicava que o consumo de vinho como parte da alimentação dos franceses durante as refeições poderia explicar esse benefício de proteção ao sistema cardiovascular, fazendo com que esses povos apresentassem baixos índices de infarto e doenças nas coronárias. A Sociedade Brasileira de Cardiologia reconhece a ação antioxidante e preventiva do vinho. São mais de 1000 substâncias ativas e que cerca de 600 delas já foram estudadas por inúmeros pesquisadores mundo a fora. Em uma publicação denominada ( Vinho e Saúde: uma revisão ) pela Prof. Dra.  Neide Garcia Penna, ela aborda diversos aspectos da atividade da ação do vinho, o LDL tende a depositar-se nas artérias, o HDL ajuda a remover aquele já depositado, reduzindo o risco de arteriosclerose e de infarto. Este efeito é devido ao fato de que as substâncias fenólicas, entre elas o resveratrol, existentes nos vinhos tintos, impedem a oxidação de lipídeos polinsaturados, os quais são componentes dos LDLs. Além do mais, estas substâncias são capazes de agir sobre as placas de gordura (ateromas) localizadas nas artérias, as quais levam à redução da luz do vaso, bem como inibir a formação de coágulos sanguíneos (trombos), algumas das maiores causas dos problemas vasculares.

1.3.Outras Ações do Vinho Sobre a Saúde 

Um estudo realizado com o título (Os Efeitos do Consumo do Vinho na Saúde Humana ), aborda vários benefícios do vinho para saúde em diversos aspectos como na artrite, pois tem propriedades antiinflamatória. Nele citam um estudo onde constatou-se que consumo moderado de vinho diminuiu a incidência de alguns tipos de cânceres como Linfoma não-Hodgkin. O vinho consumido de forma moderada melhora a sensibilidade das células periféricas à insulina, sendo interessante nos pacientes com diabetes tipo 2 (não insulino-dependente). No aparelho digestivo ele atua associado a uma menor incidência de úlcera péptica, úlcera duodenal e devido atuar no colesterol, ele parece reduzir a formação de cálculos no interior da vesícula biliar. Já no trato urinário ele parece reduzir em até 60% o risco de formação de cálculos urinários devido estimular a diurese. É citado também que ele é capaz de reduzir as chances de uma infecção pulmonar, sendo mais eficaz até que alguns antibióticos. Ele atua no emagrecimento pois auxilia e estimula a função pancreática, responsável pela queima das gorduras. O resveratrol se mostrou capaz de inibir a multiplicação do vírus que provoca a doença de Herpes. O vinho também mostrou ser capaz de melhorar a densidade óssea, reduzindo as chances de osteoporose. E na visão atua como antioxidante diminuindo a degeneração ocular. 

2.Ganho de Cultura

O vinho é uma bebida milenar, que atravessou diversas civilizações e na atualidade podemos através desta bebida sagrada ter um enorme incremento de cultura multidisciplinar. A cada nova garrafa da bebida de Baco que é aberta, podemos desbravar regiões e países diferentes conhecendo sua geografia, características climáticas e geológicas, a sua gastronomia e seus diversos hábitos e tradições que envolvem o universo do vinho e que podem ser muito variados dependendo de lugar para lugar. Também através do vinho podemos conhecer um pouco mais dos hábitos de grandes personagens históricos, fatos e curiosidades que marcaram e ficaram registrados na história.

3.Mais Socialização

A socialização é algo nato e inerente ao ser humano, as pessoas gostam de se juntar em grupos de amigos, familiares ou colegas de trabalho e o vinho pode ser um belo motivo para esses encontros e até ser a desculpa perfeita para que esses momentos aconteçam, onde os laços de amizades podem serem ainda mais fortalecidos. Ele pode ser sinônimo de status, elegância e cultura. Ele pode ser degustado de forma informal, em uma refeição, em confrarias vínicas ou até em brincadeiras de amigos em prova cega onde cada um tenta levar um rótulo especial. Interessante é uma pesquisa publicada no The Gerontologist Oxford Academic, que questionou se as pesquisas publicadas sobre os benefícios do consumo moderado de álcool para populações mais velhas podem ser atribuídos ao estilo de vida adotado por esses bebedores moderados, ao invés do álcool em si ou a algum fator. Surgiu uma teoria era que o consumo moderado de álcool estava relacionado à frequência com que os entrevistados se socializavam e que era esse aumento na atividade social que levava a resultados positivos para a saúde. Então fica aqui registrado mais um motivo entre comprovações científicas ou hipótese colocadas pela ciência de que o consumo regular e em dose moderadas contribuem com a socialização entre os seres humanos sejam eles de idade mais avançada ou jovem.

Espero que esse conjunto de informações compiladas acima, possam contribuir com a sua análise querido leitor e quem sabe a partir delas você possa decidir colocar esse alimento mágico de Baco, o vinho, em seu cotidiano, nas suas refeições ou reuniões entre amigos. Desejo um ano novo repleto de muita saúde e realizações.

Saudações Báquicas !

Fonte:

Mundo dos Vinhos por Dayane Casal
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As Bolhas Mágicas de Baco

Elas são sinônimo de celebração, charme, elegância, prazer e um belo convite a desbravar o Mundo de Baco. As perlages derivam da palavra perle do francês que significa pérolas. Essas bolhas mágicas e lindas são o resultado do desprendimento do gás carbônico que é produzido naturalmente através da segunda fermentação do vinho espumante. Podem ter inúmeras variações em quantidades, estilos, persistência e percepção sensorial em boca, isso dependendo do estilo do vinho espumante, como ele foi vinificado e estagiado. A partir de um vinho base de baixa graduação alcoólica, açúcar e leveduras essa bebida é transformada magicamente num dos vinhos mais elegantes e famosos do mundo.

As taças ou copos que o vinho espumante é servido podem alterar a análise visual das bolhas mágicas, devido o tipo de limpeza que a grande maioria desses instrumentos vínicos são submetidos, por vezes deixando resíduos invisíveis aos olhos. Já a prova gustativa podemos avaliar na perfeição a cremosidade ou delicadeza das perlages ou se elas são demasiadas agressivas. Mas independente do tipo de espumante, uma coisa é certa, quase todas as pessoas nos mais diferentes continentes comemoram a passagem do ano com as Bolhas Mágicas de Baco nas mãos.

1. A Descoberta das Bolhas Mágicas

A história conta que foi o Dom Pérignon que teve o grande feito em descobrir essas bolhas mágicas, deixando a célebre frase após degustar o tal vinho diferente “Estou bebendo estrelas“. A realidade é que ele era um monge beneditino responsável pela tesouraria da abadia de Hautvillers no século XVII, e foi incumbido de resolver um problema nas finanças da igreja causada pela desvalorização e a perda dos vinhos produzidos ali nesta área tradicional de produção de vinhos tranquilos brancos e tintos. Os vinhos eram na altura guardados e transportados em tonéis e na época da primavera quando as temperaturas subiam tendiam a efervescência, fator limitante de qualidade e de grande perda. Logo em 1680 os ingleses inventaram as garrafas de vidro e em seguida os vinhos passaram a ser comercializados dentro desta nova invenção. Então surgiu um outro problema, as garrafas começaram a explodir, levando o monge a se dedicar intensivamente ao estudo do fenômeno da segunda fermentação. Pediu ao fornecedor reforçar o fundo das garrafas e assim solucionou o problema das explosões.

Ele teve um dos papéis mais importantes na concepção do vinho atual Champagne e do Método Champenoise, com vários contributos desde a assemblagle, a utilização das rolhas de cortiças e o uso das enormes caves nos subsolos da região para estagiar os vinhos. Há quem o considere que ele foi um grande gênio para a história do Mundo dos Vinhos.

2. Métodos de Produção

2.1.Método Champenoise / Método Tradicional

Esse é o método mais utilizado para a produção dos melhores espumantes, os considerados de qualidade superior e mais valorizados pelo mercado. Consiste em a partir de um vinho base que pode ou não ter efetuado a transformação malolática, é submetido a um loteamento e em seguida ele é engarrafado para ser submetido a segunda fermentação na própria garrafa em que ele será comercializado e pode ou não ser adicionado o licor de tiragem, coloca-se o vedante na garrafa, segue para o descanso do vinho sur lies, após o período estabelecido ele passa pela remuage, dégorgement, adição do licor de expedição, coloca-se a rolha definitiva, muselet e rótulo. O tempo de contato com as borras lhe adiciona mais complexidade e elegância.

2.2.Método Charmat ou Método de Tanque

O método de tanque é amplamente utilizado por diversos produtores em vários países do mundo, esse método permite produzir de forma mais rápida e mais homogênea grandes lotes de espumantes de boa qualidade. Após o loteamento é adicionado o licor de tiragem, a segunda fermentação acontece em grandes tanque especiais que conseguem reter o gás carbônico, o vinho é em seguida filtrado, adicionado o licor de expedição, engarrafado, coloca-se a rolha, muselet e rótulo.

2.3.Método Transferência

No de transferência após o loteamento é logo engarrafado e adicionado o licor de tiragem, a segunda fermentação acontece em garrafa em contato com borras, após o período estabelecido as garrafas são esvaziadas num grande tanque especial que retém o gás carbônico, onde em seguida o vinho segue para uma rápida filtração e depois adicionado o licor de expedição, engarrafamento, coloca-se a rolha, muselet e rótulo. Esse método apresenta geralmente a descrição no rótulo que diz foi fermentado em garrafa, e diminui os custos do processo do método tradicional com a remuage e o dégorgement.

2.4.Método Asti

É um método utilizado em Asti, na região de Piedmonte no norte da Itália. Consiste em utilizar um mostro de uva que foi esfriado e armazenado até a decisão da sua utilização. Quando se decide começar a preparação ele passa por uma fermentação parcial em tanques especiais que primeiramente se deixa escapar o gás carbônico e na metade da fermentação alcoólica se veda o tanque no intuito de reter um pouco de gás no vinho, em seguida o vinho é esfriado e filtrado, seguindo para o engarrafamento, coloca-se a rolha, muselet e rótulo. Essa forma de produção é destinada para vinhos doces e com riqueza de aromas da fruta.

3. As Bolhas Pelo Mundo

3.1. França

O Champagne é o nome mais conhecido no mundo das bolhas, recebe esse nome devido a região onde ele é produzido, a lindíssima região de Champagne na França, essa está subdivida em cinco, a Montagne de Reims, o Vallée de la Marne, a Côte des Blancs, a Côte de Sézanne e a Côte des Bar. Os vinhos são produzidos pelo Método Champenoise e as castas utilizadas são a Pinot Noir, a Chardonnay e a Pinot Meunier. Possui um terroir que favorece uma excelente produção deste tipo de vinho com um clima continental fresco onde há um baixo nível de teor de açúcar e alta acidez nas uvas que são plantadas em solos de encostas e de composição giz. Outros vinhos espumantes são produzidos na França, mas com outras denominações e termos devido não estarem dentro da região de Champagne como por exemplo os Crémant d’Alsace, os Crémant de Bourgogne, os Crémant de Loire e os espumantes produzidos em Saumur e Vouvray.

3.2. Espanha

O Cava é uma Denominação de Origem (D.O.) da Espanha, apresenta aspectos interessantes pois abrange áreas geográficas espanholas não contínuas, a região da Catalúnia é a principal produtora sobretudo na cidade de Sant Sadurní d’Anoia, mas em Navarra, Rioja e Valencia também eles são produzidos. A produção é pelo Método Tradicional e cumprem o mínimo de estágio de 9 meses sobre borras. As castas utilizadas são a Macabeo também conhecida como Viura, a Xarel-lo, a Parellada, a Garnacha, a Monastrell e também as francesas Pinot Noir e Chardonnay. São vinhos de modo geral secos e com uma acidez média, fator diferenciador dos Champagnes franceses que possuem uma alta acidez podendo durar muitos anos em garrafa.

3.3. Itália

Na Itália há três famosas D.O. de vinhos espumosos, o Franciacorta, o Prosecco e o Asti. São bem diferentes em termos de produção, castas utilizadas, terroirs e sobretudo o próprio produto final. O Franciacorta é produzido no norte do país na região Franciacorta através do Método Tradicional com as castas Chardonnay, Pinot Noir, Pinot Blanc e Erbamat, possui alta acidez, excelente notas aromáticas e boa capacidade de guarda. O Prosecco é produzido no Veneto, em Friuli e em Conegliano-Valdobbiadene DOCG, a casta Glera é a utilizada para a produção em Método de Tanque, possuem acidez média e aromas de frutas frescas maçã verde e melão, apresentam algum teor residual de açúcar apesar de serem elaborados seco, extra seco e bruto e são produzidos para serem consumidos rapidamente. O Asti é uma DOCG da região de Piemonte, são vinhos produzidos pelo Método Asti que consiste em uma fermentação parcial do mostro seguida do arrefecimento e filtração, são vinhos doces produzidos com a casta Muscat Blanc à Petits Grains, com aromas exuberantes de frutas como pêssego e notas floradas, possuem o nível baixo de álcool.

3.4. Alemanha

A Alemanha apresenta o maior consumo per capita de vinhos espumantes do mundo, e claro que os germanos consomem o seu Sekt majoritariamente, é vinho espumante produzido em Método Tanque onde utilizam vinhos bases franceses ou italianos e os beneficiam na Alemanha. Existem os Deutscher Sekt que devem ser produzidos utilizando uva Riesling e vinhos bases produzidos na Alemanha e os Deutscher Sekt bA, são os produzidos a partir de uma região de qualidade Alemã como exemplo o Mosel. Raridades podem ser encontradas produzidos através do Método Tradicional.

3.5. Portugal

Em Portugal 2/3 dos espumantes são produzidos na região da Bairrada que fica no centro do país, possui um microclima favorável para produção desses vinhos, a casta Baga é amplamente utilizada, mas variedades internacionais como a Chardonnay e a Pinot Noir também podem fazer parte do corte, eles podem ser produzidos pelo Método Tradicional ou também pelo Método Charmat. Há vinhos espumantes produzidos com extraordinária qualidade técnica e com enorme potencial de guarda. Outra região portuguesa que tem produz belíssimos espumantes é Tavara-Varosa e em menor escala o Douro e o Tejo, com castas variadas e Métodos similares aos da Bairrada.

3.6. Brasil

O Brasil acaba de receber a única Denominação de Origem específica de espumantes do Novo Mundo, a D.O. Altos de Pinto Bandeira, mas os espumantes são produzidos em diversos regiões do país como em várias áreas da Serra Gaúcha, Serra de Santa Catarina e no Nordeste brasileiro. São produzidos com castas variadas e também por Método Tradicional e Método Charmat. Não é novidade o grande destaque que os vinhos espumantes brasileiros tem ocupado no cenário de grande produtor mundial de qualidade e muito consumido também pelos próprios brasileiros, onde o mercado está em alta.

3.7. Outros Países do Novo Mundo

Diversos países vitivinícolas no mundo também produzem vinhos espumantes como a Austrália, Nova Zelândia, EUA e África do Sul, com diferentes castas, estilos e métodos de produção, evidenciando a versatilidade geográfica e a qualidade que as Bolhas Mágicas de Baco podem ser produzidas e apreciadas pelos winelovers desse estilo de vinho.

4.Tipos de Bolhas

4.1. Leves Refrescantes

Os espumantes leves e refrescantes geralmente são produzidos pelos métodos Charmat ou Asti. Nesse estilo de vinho espumoso o produtor ou o técnico busca preservar os aromas primários da fruta. Geralmente são consumidos em grandes quantidades em países de clima tropical por serem fácil de degustar e poderem serem bebidos até sem a companhia de alimento.

4.2. Clássicas

Os espumantes clássicos são os vinhos produzidos pelo método Tradicional, onde a complexidade, corpo e elegância dos vinhos são o foco principal. Existem uma variedade enorme de aromas e sabores que podem ter e com isso tornam-se mais gastronômicos também.

4.3. Envelhecidas

Há alguns produtores que usam o tempo a favor de produzirem raros vinhos com maior tempo de estágio ou autólise, esse contato maior com as borras produzem aromas ricos, complexos e que deixam muitos especialistas em vinhos completamente extasiados. São apreciados em momentos especiais, geralmente com pessoas que apreciam vinhos diferenciados e sofisticados.

4.4. Quanto a Cor (Tinto, Branco ou Rosé)

A linda cor de um espumante pode dizer muito sobre o vinho ou absolutamente nada. Existem espumantes tintos, brancos e rosés. Na Australia os espumantes tintos são muito consumidos, lá o produzem com as castas Shiraz, Cabernet Sauvignon e Merlot, já na Bairrada em Portugal eles são produzidos com a casta Baga. Há a nomenclatura francesa Blanc de Noir que é a designação de que o espumante foi produzido com a casta tinta parcial ou total e é apresentado com a cor branca. A evolução ou envelhecimento de um espumante pode também alterar a sua cor inicial. Os tons dos espumantes rosés podem variar bastante e em algumas entidades reguladoras estabelecem os níveis de cor que o espumante rosé pode ter para obter a certificação, como exemplo os Baga-Bairrada.

4.5. Quanto a Doçura

Há diferenças de escala de doçura para espumantes em diversos países, na União Europeia existem sete termos que são marcados pelo teor de açúcar, já no Brasil são seis.

Termos de Rotulagem Nível de Açúcar Residual (g/L)
Bruto Nature 0-3 g/L
Extra Bruto 0-6 g/L
Bruto 0-12 g/L
Extra-Seco 12-17 g/L
Seco 17-32 g/L
Semi-Seco 32-50 g/L
Doce acima de 50 g/L
*Tabela de termos para o teor de açúcar nos espumantes (União Europeia)

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Termos de Rotulagem Nível de Açúcar Residual (g/L)
Bruto Nature 0-3 g/L
Extra Bruto 3.1 à 8 g/L
Bruto 8.1 à 15 g/L
Seco 15.1 à 20 g/L
Semi-Doce 20.1-60g/L
Doce acima de 60 g/L
*Tabela de termos para o teor de açúcar nos espumantes (Brasil)

5. Serviços

Um dos detalhes mais importantes para um serviço de vinho espumante é a atenção a temperatura. Champagne, Cava, Asti e Espumantes de modo geral devem ser servidos entre as temperaturas de 6-8°C, alguns vinhos espumantes mais raros podem ter a exceção de serem servidos numa temperatura de 8-10°C onde os aromas mais complexos podem ser melhor avaliados e percebidos em prova, mas na dúvida melhor servir na primeira temperatura e logo na própria taça poderá chegar a temperatura ótima.

Outro aspecto importante é a abertura da garrafa, deve-se retirar o lacre, abrir as voltas do muselet e em seguida segurar firmemente com o dedo polegar apoiado com a mão a rolha e girar vagarosamente com a outra mão a garrafa, fazendo o menor barulho possível de explosão, grandes e experientes degustadores não fazem barulho e nem desperdiçam nenhuma gota do vinho na abertura.

Muitas vezes o contexto de serviço de espumante pode variar segundo o local, a quantidade de pessoas e até a ocasião, mas o correto é inclinar levemente a taça servir o vinho 2/3 da taça, atenção ao segurar a taça de vinho sempre pela base ou através da haste, nunca pelo bojo para não comprometer a temperatura de serviço, não deixar marcas de dedos e sobretudo para não transmitir deselegância e desconhecimento vínico. Ninguém fala nada, mas quando há alguém no ambiente segurando a taça de vinho pelo bojo, todas as pessoas conhecedoras do Mundo de Baco já sabem que aquela pessoa não entende de vinhos.

6. Sugestões de Harmonizações com as Bolhas Mágicas

A bebida de Baco rica em borbulhas é sem dúvida extremamente versátil, podendo acompanhar toda a refeição desde os aperitivos até a sobremesa. Existem algumas variações de harmonização que podem ser utilizadas observando em primeiro lugar o ingrediente principal do alimento e assim procurar escolher um vinho espumante que melhor case com a comida. Vinhos espumantes rosés são uma excelente pedida para acompanhar canapés de salmão ou camarões. Espumantes com mais corpo e mais complexos podem harmonizar com um Chester Assado. Um espumante tinto pode harmonizar com suíno, cordeiro, embutidos, pratos de carne e até uma pizza. Para brilhar com uma sobremesa os espumantes a base da casta Moscatel são impecáveis para quem gosta dos doces, mas a harmonização por contraste no caso de uma sobremesa casa muito bem com um espumante bruto ou extra-bruto.

7. O Vinho da Celebração

O vinho da celebração é quase universal, ele é sinônimo de alegria e está sempre presente em festas familiares, casamentos, batizados mas sobretudo no réveillon a sua presença é garantida. Gostaria de partilhar com você leitor que este meu artigo é o de número 100 neste blog e portanto nada melhor do que unir a celebração deste momento especial para mim a da hora da virada que está batendo a porta, para celebrarmos juntos as conquistas até aqui, convido você para elevar pensamentos positivos para um novo ano que está entrando, que ele possa ser rico de saúde e conquistas à você leitor. Desde já agradeço todos os feedbacks de você leitor interessado na Cultura Vínica e pela atenção as minhas palavras escritas sobre este delicioso Mundo de Baco.

Feliz Ano Novo !!!

Fonte:

Mundo dos Vinhos por Dayane Casal