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O Mercado dos Vinhos em 5 Anos

Este artigo não é uma previsão mística e sim uma leitura pessoal de quem acompanha o que vem acontecendo no setor dos vinhos de olhos abertos, analisando as macrotendências globais. As mudanças são profundas e diversas, muitas destas impulsionadas por grandes megatendências tecnológicas, ambientais e comportamentais do consumidor.

O redesenho dentro da cadeia do vinho vem ocorrendo de ponta a ponta, e algumas mudanças já estão em curso e outras tendem a se intensificar no horizonte dos próximos anos. Estas estão envoltas nos temas de mudanças climáticas; tendências de saúde e moderação do álcool; mudanças geracionais e preferências do consumidor; superprodução e saturação do mercado; instabilidades econômicas e políticas; transformações digitais e inteligência artificial; e a concorrência de bebidas alternativas. Abordarei neste texto as mais prováveis e rápidas nestes próximos cinco anos seguindo o olhar global.

As alterações climáticas são consideradas uma das maiores ameaças estruturais para a vitivinicultura no cenário global, as causas reais delas ainda é um assunto que levanta muita polêmica, mas são inegáveis que as elevações das temperaturas assim como eventos climáticos extremos como ondas de calor, secas, geadas fora de época, vêm alterando o ciclo da videira em diversos terroirs tradicionais e consequentemente comprometendo a qualidade das Vitis viníferas produzidas. Em diversas regiões as vindimas vem ocorrendo mais cedo e com maturação desregulada, onde uvas acumulam muito açúcar antes de atingir a maturação fenólica desejada, gerando vinhos mais alcoólicos, com menos acidez e desequilibrados. Um quadro que impõe desafios técnicos na vinificação e pressiona os produtores a mudar algumas práticas e até trocar variedades de cepas.

Regiões como partes do Mediterrâneo são tradicionalmente quentes e tendem a se tornar menos viáveis para certas castas clássicas. Em contrapartida regiões antes frias para a produção como o Reino Unido, Escandinávia e regiões de altitude começam a produzir vinhos qualitativos e competitivos.
Alguns produtores antenados nessas mudanças tem investido em tecnologias como irrigação de precisão, manejo de solos para reter mais água, uso de castas mais resistentes ao clima quente e calor, técnicas de vindimas noturnas para preservar o frescor dos bagos. Todos esses exemplos são medidas adaptativas e de inovação que visam mitigar os efeitos das alterações climáticas, mas representam ainda mais custos significativos.

Algumas vinícolas tradicionais localizadas em regiões altamente vulneráveis por estarem em áreas de baixa altitude podem ver em poucos anos seus vinhedos se tornarem inviáveis a produção de vinhos de qualidade consistentes, levando a perda de safras e ameaçando os seus negócios. Algo que temos visto é o investimento de empresas tradicionais do setor em outras áreas do globo, buscando levar os ativos de marca e as suas expertises para produzir vinhos qualitativos onde o clima agora favorece a qualidade para algumas castas tradicionais. Exemplo disso são empresas da região de Champagne e Bordeaux investindo na Inglaterra e no norte da Europa.

Outro cenário de mudanças são a troca dos perfis de vinhos produzidos, muitos já tem aumentado a produção de espumante não só pela maior demanda mundial do momento, mas também pelo estilo da matéria-prima ser preferencialmente colhida mais cedo devido preservar uma maior acidez e frescor. Em casos mais extremos também a troca de culturas onde a viticultura pode ser convertida para outras culturas como a das olivas e das lavandas são alguns exemplos.

O vinho vem sofrendo graves ataques sob a bandeira de cuidados com a saúde e a pressão da alteração comportamental do consumidor em relação ao consumo de bebidas com álcool. No início do ano vimos a Organização Mundial de Saúde (OMS) adotando posições rígidas e classificando qualquer nível e estilo de bebidas com álcool um risco a saúde, colocando o alimento milenar vinho em pé de igualdade com outras bebidas como por exemplo destilados e bebidas brancas. Diversos países discutem implementar alertas sanitários nos rótulos, encabeçados pela Irlanda que já decretou que qualquer tipo de bebida alcoólica deva ter nos rótulos alertas a partir de maio de 2026, semelhante ao que já é feito nas carteiras de cigarro.

Esta tendência tem afetado principalmente as gerações mais jovens, que estão mais cuidadosos ao bem-estar, calorias, ingredientes e são apoiadores da bandeira global “anti-álcool”. Mas há uma ressalva e contradição a estes “supostos cuidados” dessas gerações, pois utilizam em maior quantidade cigarros eletrônicos e uso de telas, e esses cada vez mais cedo, o que favorece a diversos outros comprometimentos a saúde física e mental. Uma pesquisa no Reino Unido e EUA mostrou aumento na parcela de jovens adultos que não bebem álcool, cerca de 45% da Geração Z (jovens com idade maior que 21 anos), afirmaram nunca ter consumido bebida alcoólica. Nos EUA, o produtor Vintage Wine Estates enfatizou que a queda acentuada na demanda ocorrida pós pandemia e a mudança no hábito das pessoas contribuiu para decretar falência em 2024. Pelo mundo a repercussão desta tendência já é um fato, o consumo mundial de vinho em 2023 caiu atingindo o nível mais baixo em 27 anos. Em outras palavras, a moderação ao consumo de álcool já deixou de ser hipótese e se tornou realidade estatística.

Os principais países produtores e consumidores de vinhos como França, Itália e Espanha tem registrado declínios no consumo per capita contínuo nos últimos anos. Fatos que em parte são influenciados por diretrizes globais de saúde e outros por mudanças de hábitos alimentares dos consumidores. A França onde o vinho sempre fez parte da sua cultura intrínseca, implementou incluir redução de consumo de álcool em seu plano de combate ao câncer. A União Europeia discute planos e metas para redução do consumo de álcool em pouco anos. Diversos países veem criando campanhas ativas enfatizando moderação, rotulagem de calorias e açúcares. Nos mercados emergentes, o impacto ainda está em descompasso, já que em alguns países asiáticos e muçulmanos já apresentam baixíssimo consumo do vinho culturalmente. No caso do Brasil e da China, o consumo per capita ainda é relativamente baixo, mas a tendência de cuidados com a saúde tem crescido nessas populações de forma acelerada.

A realidade é que o negócio do vinho está ameaçado por essas tendências, e é preciso estar muito atento a essas mudanças para sobreviver e prosperar dentro do setor. Produtores focados em vinhos altamente alcoólicos ou até os tradicionais podem sofrer impactos com essas quedas do consumo das gerações mais jovens. Os vinhos de estilos voltados para o consumo mais habitual “corriqueiro ou dia a dia”, tendem a encolher conforme as pessoas bebem menos álcool frequentemente. Também caso essas regulações mais severas entrem em vigor com rótulos alarmantes e restrições de marketing, diversas marcas que não se adaptarem perderão espaço em poucos anos.

Um exemplo de adaptação as mudanças nos hábitos foi que na última década a Coca-Cola vem adquirindo em muitos lados no mundo diversas empresas que produzem sucos e néctares, e marcas de água mineral. Também tem sido parte da estratégia alterar a composição aos poucos do seu principal produto e criando diversas estratégias de marketing voltados as novas gerações. Este exemplo pode ser um case a ser aplicado por alguns casos de produtores onde os ativos e know-how de vinícolas e marcas possam migrar para a produção de produtos que atendam a demanda do mercado por bebidas com vinho com baixo ou zero teor de álcool. Há um levantamento que este mercado deva crescer em cerca de 22,6% até 2029. Outras possibilidades para a produção em maior volume são a produção de bebidas ditas “híbridas” como spritzers (vinho diluído em água com gás e sabores naturais), coquetéis de vinho em lata com baixo teor alcoólico, kombuchas, sucos fermentados gourmet, entre tantas outras possibilidades de aproveitamento dos tanques, linhas de engarrafamento e a expertise dos técnicos do setor.

A comunicação das marcas, empresas e profissionais do setor também podem se reformular enfatizando os benefícios do vinho consumido de forma moderada e freqüente à saúde.
Em resumo, o setor precisa estar atento ao que já é realidade e se reinventar oferencendo opções alinhadas ao que o consumidor deseja, essas observando o bem-estar, em vez de perder clientes para outras bebidas que estão sabendo ler as novas tendências do mercado.

Além do que já foi exposto acima, as novas gerações tem apresentado um desinteresse pelo vinho nos moldes tradicionais. As gerações Millennials e Gen Z (abaixo dos 40 anos) não estão assumindo o lugar dos Baby Boomers na base de consumo de vinho, e esses foram quem ajudaram a impulsionar o setor nas últimas décadas. Estes tradicionais consumidores de vinho estão envelhecendo e consumindo menos ou gastando menos após a aposentadoria. Muitos jovens veem o vinho como bebida de gente mais velha ou formal demais para os seus hábitos, preferindo outras bebidas como cerveja artesanal, gins, coquetéis e hard seltzers. Outros fatores são o custo e acessibilidade tem contribuído para o não consumo desta geração, afinal vinhos qualitativos podem ser demasiados caros para uma geração com menor poder de compra e por terem disponível opções de bebidas mais baratas e acessíveis a qualquer momento.

A mudança geracional que vem ocorrendo é estrutural, onde hábitos formados agora tendem a persistir. O analista de mercado Rob McMillan, projetou em dez anos um declínio de 20% no consumo de vinho nos EUA, caso os Millennials não aumentem a sua participação no consumo. As implicações dessas mudanças são alarmantes e graves, estamos vendo o excesso de oferta e a redução de preços em categorias populares. Na região de Bordeaux a queda do consumo levou 1 em cada 3 produtores a entrar em crise financeira, e o governo francês teve que intervir comprando e destruindo estoques excedentes, também já há incentivos ao arranque de vinhas e substituição por outras culturas.

Todas essas evidencias de mudanças e preferências mostram a desconexão do setor com o público jovem, onde ameaça diretamente a renovação de mercado necessária para sustentar a cadeia do vinho no longo prazo, e o vinho poder chegar a mais milhares de anos na história. As empresas tradicionais precisam se reposicionar e inovar a experiência do vinho para as novas gerações, criando novos produtos, formatos, rótulos com design e linguagem jovial que comuniquem com esta geração.

A lei da oferta e procura sempre ditaram de forma crucial qualquer mercado econômico, e a cadeia do vinho não é diferente. O setor vitivinícola mundial vive este descompasso entre o excesso de produção e a demanda por ela, o desequilíbrio é claro sobretudo nos mercados tradicionais. Diversas regiões produtoras vem enfrentando a estagnação e declínio do consumo, resultando em estoques encalhados, queda violenta nos preços, pressão financeira sobre os produtores com menor capacidade econômica para suportar a crise e levando a degradar a percepção de valor do vinho.

Em Bordeaux e Languedoc os tintos básicos e de volumes vem sofrendo o impacto da crise, o governo francês chegou a subsidiar o arranque de 9500 ha de vinhas em Bordeaux, incentivando a alterar a cultura para oliveiras. Alguns produtores locais assumiram que estavam produzindo a mais e o preço da venda do vinho está abaixo do custo de produção. Na Califórnia semelhantemente as vendas caíram de forma expressiva levando a alguns viticultores a queimarem e arrancarem milhares de acres de vinhas. Já na Austrália a perda de venda ao mercado chinês (gerado pela crise diplomática na época do COVID), associado a queda do consumo interno, criou um excesso de produção, onde milhares de toneladas de uvas ficaram sem comprador, forçando um “purge” nas vinhas após 2020.

Mas como em todo setor a saturação não é uniforme. Ela se mostra mais aguda em áreas mais tradicionais voltadas para exportação em volume, mercado de massa e commoditizados. Em 1980 e 2000 a Europa enfrentou o “wine lake”, que foi mitigado por políticas de arranques de vinhas e promoção do consumo. Na atualidade o cenário volta a se repetir, devido a combinação de tendências da atualidade de menor consumo, as repercussões negativas ainda da pandemia e a inflação que afeta diretamente o bolso do consumidor. Os produtores que focam na estratégia de produzirem com maior qualidade e menor volume tem conseguido caminhar de forma positiva pela enorme crise que o setor enfrenta. A autenticidade, storytelling genuíno, posicionamento de imagem de marca e proximidade com o seu consumidor tem sido alguns pilares importantes para ultrapassar estes momentos e se manter vivo no mercado tão competitivo.

O vinho já há centenas de anos esteve envolto de questões econômicas e na geopolítica por estar inserido como produto na economia global entre povos. Nos últimos anos temos visto como instabilidades econômicas e políticas representaram fortes ameaças a esta bebida. A inflação e as crises econômicas, as guerras e conflitos, as tarifas e barreiras comerciais, as taxações e regulamentações domésticas, e a pressão da “bandeira anti-álcool” comandada pela OMS, são alguns exemplos de fatos que podem interferir com o comércio, produção e consumo de vinho. A volatilidade econômica e política, pode gerar um ambiente incerto para uma empresa produtora de Vitis e vinho, onde a mesma tenta planejar a safra e o preço com base em condições normais, mas pode ser surpreendida por uma crise mundial ou por uma canetada de tarifa ou regulamentação que fecha ou altera o seu melhor mercado do dia para noite.

A tentativa de mitigar alguns desses problemas é os produtores e exportadores dependerem de poucos mercados-chaves, intensificando a diversificando e distribuição para diluir o risco, e assim saírem da posição de vulnerabilidade. Outro aspeto é adaptar o estilo do vinho no teor de álcool, de açúcar e tipos de embalagens que atendam as exigências do mercado como parte da estratégia para que o seu negócio permaneça viável. Trabalhar de forma conjunta com outras fontes de receitas como enoturismo e venda aos consumidores domésticos através dos seus distribuidores e lojistas de eleição (físico ou online). Em resumo é buscar alternativas para que instabilidades econômicas e políticas não levem o seu negócio a morte, e sim ter criado modo de atravessar esses momentos de tempestade.

Já redigi um artigo especificamente sobre A Inteligência Artificial no Setor dos Vinhos, mas neste tópico irei enfocar como o setor está sendo pressionado a evoluir tecnologicamente com a transformação digital e a IA.
No cenário atual temos o exemplo da startup VineView que analisam imagens aéreas para identificar pragas ou estresse hídrico antes que sejam visíveis a olho nu. Modernas vinícolas já estão utilizando algoritmos de machine learning para o monitoramento dos vinhedos e para otimizar o processo de vinificação. Na adega a IA ajuda a controlar a fermentação, através de análises de modelos de dados em tempo real de temperaturas e atividade das leveduras, ajustando de forma automática a refrigeração ou outras variáveis para prevenir algum desvio. A famosa vinícola californiana Chateau Montelena, já utilizam IA para monitorar e manter a qualidade consistente. Os robôs podadores e colhedores já estão aparecendo e vêm com força para suprir a mão-de-obra cada vez mais escassa para esta atividade. Os tanques e lagares robóticos também são soluções disruptivas trazidas pela transformação digital.

No segmento do marketing e vendas a disrruptura promete ser ainda mais agressiva, onde a IA promete transformar a interação com o consumidor fazendo desde a divulgação até a venda. Sommelier virtual “bots”, plataformas de busca como o ChatGPT observaram um largo crescimento de uso para esta atividade em 2024.

São muitas as mudanças e utilizações dentro do setor todo, as ameaças só se manifestarão de fato para quem se recusar a acompanhar essa transformação digital e o uso das milhares já existentes IAs. E quanto antes os agentes da cadeia do vinho se tornarem conhecedores desses recursos da época atual, menos serão afetados.

Para o setor do vinhos essas bebidas alternativas representam menos espaço nas prateleiras e na mente do consumidor, o vinho não reina mais sozinho no mercado de bebidas para adultos. Na atualidade além das milhares de marcas de vinhos diferentes, são incontáveis as opções alternativas que vão de encontro com as tendência de consumo. Nos últimos anos ocorreu uma explosão de categorias desde cervejas artesanais, destilados premium, hard seltzers (água com gás saborizada), sidras gourmet, kombuchas alcoólicas e drinks prontos enlatados, gins, cocktails e as de produtos com baixo ou sem álcool.

A leitura é que para uma geração mais jovem ou consumidores curiosos, essas bebidas alternativas oferecem novos sabores, praticidade no tamanho e estilo da embalagem, e apelo ao estilo de vida. Os consumidores a percebem como mais refrescantes ou mais adequadas a determinados momentos quando comparadas com o vinho. No mercado americano o hard seltzer roubou a participação de mercado de vinhos brancos leves e rosés sobretudo no verão. A venda de cocktails prontos atraem quem não quer comprar diversos ingredientes e ter o trabalho de preparar.

Também já redigi um artigo sobre Vinho Sem Álcool, que se enquadra na categoria de bebidas alternativas e que segundo previsões podem ter crescimento de 22% até 2029, evidenciando não parecer ser só uma trend e sim como algo que veio para ficar.

Produtores e marcas de vinho que atuam com estilos de vinhos para o dia a dia tendem a sofrerem mais com esses fortes concorrentes. Vinhos espumantes brancos e leves concorrem com latas de seltzers de sabores tropicais. Categorias de vinhos sem diferencial forte serão as primeiras a perder “share”.

Acima listei 7 mudanças que acredito que serão cruciais no setor dos vinhos nos próximos 5 anos. O declínio estrutural do consumo de vinho entre os mais jovens e suas consequências é uma realidade imediata, e estas impulsionadas por questões de saúde e preferências geracionais, se materializando em um cenário onde empresas vitivinícolas menos adaptáveis fecharão ou serão absorvidas. Por outro aspecto a adoção de IA e digitalização deve se acelerar ainda mais nos próximos anos, revolucionando processos e canais. Possivelmente veremos ainda mais forças em ações regulatórias concretas ligadas com as bandeiras de “cuidado com a saúde”, onde países devem assinar papéis e decretos nos próximos anos.

Em resumo todas as ameaças listadas exigem atenção imediata, pois elas estão contribuindo de forma vital com a reestruturação do setor. Produtores posicionados em vinhos premium, autênticos, qualitativos e com storytelling real passarão pela crise com menos danos. Já os grandes produtores e empresas vitivinícolas que estão sentindo fortes baques, se anteciparem essas tendências e reaproveitando seus ativos em novas oportunidades estarão melhor posicionadas para não apenas sobreviver a esta forte crise, mas liderar a próxima geração do mercado de vinhos em meio a evolução e mudanças globais.

Espero que a leitura deste texto tenha permitido à você leitor conhecer detalhes sobre o momento atual do setor dos vinhos e o cenário para esses próximos anos.
Desejo boas provas com bons vinhos e muita saúde.
Saudações báquicas !

Fique por dentro das novidades do setor também acompanhado aos episódios do Bacocast , o podcast vínico que aborda temas importantes da cadeia do vinho, através de conversas com convidados ilustres e com uma abordagem única da hostess Dayane Casal.
Clique na imagem acima e acesse agora mesmo este canal que transborda a cultura vínica.

Fonte:

Mundo de Baco por Dayane Casal
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Mocktails no Rio: 10 drinques sem álcool para provar na cidade

Embora a existência dos coquetéis sem álcool seja tão antiga como a dos etílicos, o termo mocktail só apareceu no século XX. Um tanto pejorativo ao fazer referência a engano, deboche ou imitação (“mock”), o fato é que a adoção entre os bartenders do copo sóbrio está crescendo. E os drinques levinhos estão na boca do povo.

+ Saiba quais são os bares finalistas de VEJA RIO COMER & BEBER

Rocco: limões, manjericão e espuma de gengibre
Rocco: limões, manjericão e espuma de gengibreRodrigo Galvão/Divulgação

No recém-aberto Rocco (Rua Aníbal de Mendonça, 112, Ipanema), que é restaurante e bar noturno com DJs e performances, a carta de drinques assinada pelo mixologista Walter Garin inclui pedidas longe do álcool como o virgin brasil smash (R$ 35,00) com limões siciliano e taiti, manjericão e espuma de gengibre. @roccoipanema

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Bar do Zeca: xarope de cookie e espuma de banana no copo
Bar do Zeca: xarope de cookie e espuma de banana no copo./Divulgação
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O Bar do Zeca Pagodinho (Shopping Vogue Square, Barra da Tijuca) homenageia o seu inspirador com um mocktail daqueles no estilo sobremesa que se chama zequinha. Leva xarope monin de cookie de chocolate, xarope de milho, sumo de limão e mix de pina, finalizado com espuma de banana (R$ 28,00). @bardozecapagodinho

Suru Bar: Mangaleta em versão sem álcool
Suru Bar: Mangaleta em versão sem álcoolRodrigo Azevedo/Divulgação

Um dos mais queridos coquetéis do Suru Bar (Rua da Lapa, 151, Lapa) ganhou versão não alcoólica. É o mangaleta (R$ 14,00), que mantém a pegada aromática feita com suco de manga, pimenta-malagueta e espuma de genbibre. @surubar.rj

Pato: frutas vermelhas, gengibre, limão e água com gás
Pato: frutas vermelhas, gengibre, limão e água com gásTomás Rangel/Divulgação
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Entre as criações do chef de bar Yuri Evangelista para o Pato com Laranja (Rua Dias Ferreira, 410, Leblon), a lista de mocktails destaca mesclas como a do lola: frutas vermelhas, gengibre, limão e água com gás (R$ 28,00). @patocomlaranja

Arp: capricho com xarope de cajá, cúrcuma e água tônica
Arp: capricho com xarope de cajá, cúrcuma e água tônicaNubra Fasari/Divulgação

Na nova carta de coquetéis do Arp Bar (Rua Francisco Otaviano, 177, Ipanema), do chefe de bar Waguinho traz opções de coquetéis autorais sem álcool como o Cajazinho, feito com xarope de cajá com cúrcuma, suco de limão, água tônica e hortelã (R$ 21,00). @arpbar

A rede Gurumê (Av. Ataulfo de Paiva, 270, Leblon) tem carta de drinques que se baseia no encontro de influências brasileiras e asiáticas, e o red berry (R$ 32,00) é feito com amora, lichia e xarope de limão. @gurume_oficial

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Elena: premiado bar lançou sua primeira lista sem álcool
Elena: premiado bar lançou sua primeira lista sem álcoolBernardo Egito/Divulgação

No Elena (Rua Pacheco Leão, 758, Jardim Botânico), a carta lançada em julho foi a primeira onde o diretor de bebidas da casa, Alex Mesquita, criou uma sessão dedicada às opções não alcoólicas. O take it easy (R$ 38,00), do barman Raphael Oliveira, é um blend de chá de camomila, creme brulée, Monin Le Fruit Yuzu e limão siciliano. @elenahorto

Liz: ginger ale e frutas
Liz: ginger ale e frutas “like a virgin”./Divulgação

Nem só de álcool vive o ótimo Liz Cocktail & Co (Rua Dias Ferreira, 679-A, Leblon): saem do balcão misturas como a do like a real virgin (R$ 21,00), feito com ginger ale, shrub de morango, abacaxi e laranja. @lizcocktails

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Maria e O Boi: maracujá e café no mocktail
Maria e O Boi: maracujá e café no mocktailOggi/Divulgação

Acorda pedrinho (R$ 25,00) é o nome de um dos coquetéis sem álcool do Maria e O Boi (Rua Maria Quitéria, 111, Ipanema), que leva limão, maracujá, café, melado e soda de gengibre. @mariaeoboi

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A carta de drinques da Curadoria e Bar Saudade (Rua da Matriz, 54, Botafogo) traz três versões não alcóolicas dos drinques autorais, entre elas o Galho Fraco (R$ 25,00), feito com maracujá e cordial de tamarindo, mel e laranja. @obarsaudade

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Bar Saudade: tamarindo, mel e maracujá
Bar Saudade: tamarindo, mel e maracujáMalu Vieira/Divulgação

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Comer & Beber – VEJA RIO
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O Rio e San Sebastián, no Gastronomika

Pintxos de lá, petiscos de cá. Casamos… é oficial.

E agora?

O belíssimo livro “A Muito Leal e Heróica Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro”, de Raimundo Castro Maia, mora no centro da minha sala. Uma lembrança constante de que não basta ser carioca, tem que ser herói.

Aconteceu de 6 a 8 de outubro o Congresso Gastronomika, no País Basco, em que o Rio de Janeiro foi cidade convidada. De fato, San Sebastián tem um quê de Rio, não só na cultura dos pintxos – primo europeu do nosso botequim – como nas praias e na cultura da vida ao ar livre. Nossas cidades agora são irmãs através de um acordo formal assinado entre os municípios para promover cooperação econômica, cultural e social. Na gastronomia, temos muito a aprender e algo a ensinar.

Foi um grande acerto de Eduardo Paes e Daniela Maia, Secretária de Turismo, montar um estande do Rio de Janeiro num dos congressos de gastronomia mais importantes do Mundo. Houve a caricatura, claro: grupo de samba, imagens de praia, sol, Maracanã e futebol, que há décadas fazem o turismo na cidade, mas também o que eu chamo de “um outro Rio”, que tem criatividade gastronômica, produtores de excelência e sofisticação.

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Representando o “fine dining”, Rafa Costa e Silva, do Lasai; Thomas Troisgros, com seu Oseille, e Felipe Bronze, com o Oro, levaram a cozinha estrelada do Rio para o auditório principal, gigantesco, que acomoda 1800 pessoas. No estande do Brasil, Danilo Parah, Elia Schramm e Luciana Berry faziam malabarismos para servir os mais de 14.000 visitantes do evento, com picadinho, açaí, feijoada, pão de queijo e que tais.

Um dos desafios do Rio de Janeiro em suas consolidação como destino gastronômico é a fragilidade dos pilares que, sabidamente, atraem o viajante: o primeiro, a identidade (uma clareza do que é a nossa história no prato, o que nos faz únicos, e também de quais são nossos produtos artesanais de excelência); o segundo, a sustentabilidade, uma preocupação global que ainda não bateu ponto na nossa cadeia de fornecimento.

Há muito, pesquisas apontam que, sem isso, o turista gastronômico que enriquece outros destinos não se sente motivado a cruzar o Atlântico. É ele que está disposto a gastar de segunda no almoço ao domingo no jantar, não o cliente local, de fim de semana. Além do mais, com este câmbio, estamos de graça.

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Nas casas de pintxos de San Sebastián, por exemplo, se pode encontrar anchovas do Cantábrico, dos produtos mais nobres e deliciosos do planeta; todo garçom sabe que a época da lubina (robalo) é de junho a setembro; tem na ponta da língua que a ovelha latxa, local, faz os melhores queijos da região; e se orgulha que um petisco para se comer em pé pode vir com os melhores cogumelos da temporada. Nos nossos botequins, infelizmente, e com raríssimas exceções, abunda a comida industrializada, peixes de pesca industrial e não há nenhuma noção de safra.

Estamos a dez horas de voo dos países que mais viajam. Precisamos chamar a atenção do público que gosta de comer.

Nossos ingredientes únicos, como os méis das abelhas sem ferrão que circulam pela floresta que cerca a cidade, já despontam nos cardápios da alta gastronomia, como mostrou Thomas Troigros, amante das abelhas nativas, em sua palestra. A horta de Rafa Costa e Silva no Vale das Videiras é prova de sua cultura de quilômetro zero – tudo é do Estado do Rio –  e o lardo de porco nativo curado por meses com especiarias da Mata Atlântica, da Porco Alado, foi apresentado pelo chef como uma iguaria. Ostra e goiaba, ingredientes servidos na cidade desde o Brasil colonial, hoje tomam finas vestes e são a abertura do menu do Oro, o jeito de Felipe Bronze elevar a cozinha afetiva do carioca.

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Fora dos estrelados, no entanto, seja no boteco ou no restaurante médio, temos muito que aprender com nossa nova irmã adotiva.

Não nos falta criatividade ou produto. Falta o “liga-ponto”, o apoio ao pescador e ao produtor artesanal, num país em que as redes de abastecimento, por logística, lobby e tantos outros motivos, tornam quase impossível a vida dos chefs que, heróicos – como manda nossa história – insistem em trabalhar com eles.

A falácia, que ouvi repetidas vezes, de que o industrializado é que permite as margens e a sobrevida dos negócios, é desfeita nas imensas filas das casas de pintxos, onde se come de pé, sem conforto algum, mas com produto impecável e preços compatíveis com o comércio justo.

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Viajei com recursos do Instituto Bazzar, mas fui convidada por Dani Maia a fazer parte da delegação do Rio de Janeiro para dar o recado que a cidade é mais que a caricatura. Num congresso em que o tema era Tradição e Regeneração, falar de nossas pesquisas e mostrar quais dos nossos produtores e restaurantes têm práticas sustentáveis, foi emocionante e necessário.

Temos todo o “conjunto” para virarmos o destino mais completo do Brasil, inclusive na gastronomia, mas se não focarmos em qualidade  ou apoiarmos a retaguarda para abandonar o culto à comida de pacote vinda de outros Estados, não conseguiremos entregar ao pequeno empreendedor carioca nem um centavo dos 80 bilhões de dólares que o turismo gastronômico movimenta hoje, no Mundo.

Que este esforço não morra, literalmente, na praia.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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China se expande no mercado de vinhos e surpreende pela qualidade

No mundo do vinho, como manda a tradição, alguns países são imediatamente associados à produção de rótulos premiados. Na Europa, despontam França, Itália, Espanha, Portugal e Alemanha. Nas Américas, Estados Unidos, Chile, Argentina e, mais recentemente, Uruguai e mesmo o Brasil, que cresce e aparece. África do Sul, Austrália e Nova Zelândia também fazem parte do seleto grupo. A novidade: celebre-se a China, que tem — como em quase todas as áreas — surpreendido críticos, sommeliers e entusiastas pelas safras que colhe.

A cultura de usar uvas em bebidas alcoólicas é antiga entre os chineses. Arqueólogos descobriram vestígios da fruta em recipientes datados de cerca de 7000 a.C. A primeira vinícola moderna, a Changyu, foi fundada em 1892 em Shandong, que mais tarde se tornaria a principal região produtora da China em volume. A Changyu continua na ativa e hoje é a maior e mais antiga ainda em operação. Desde então, a quantidade de vinícolas aumentou exponencialmente. Por um tempo, os chineses priorizaram o volume, mas na última década a produção caiu, dando lugar ao zelo pela qualidade. No ano passado, o país produziu 2,6 milhões de hectolitros. Para efeito de comparação, o Brasil fez 2,1 milhões de hectolitros no mesmo período, enquanto a Itália, maior produtor global, engarrafou 44,1 milhões.

O consumo interno é imenso, por óbvio — construído com perseverança, antes importando conhecimento e qualidade para então mimetizar a produção. Há pouco mais de dez anos, a China começou a comprar rótulos extremamente cobiçados, especialmente da região de Bordeaux, na França. O documentário Obsessão Vermelha, lançado em 2013, revela o cenário de especulação que se criou em torno da sede dos chineses pelas grifes bordalesas. Alguns empresários chegaram a investir na compra de châteaux franceses, decididos a produzir no melhor terroir possível. Hoje, a China é o décimo maior consumidor de vinho, embora o consumo per capita seja pequeno, de apenas 0,5 litro por ano. No Brasil, a média é de cerca de 2 litros per capita, enquanto em Portugal chega a 61,7 litros.

PREMIADOS - Produtos das vinícolas Silver Heights e Ao Yun: aplaudidos por especialistas da Europa e dos EUA
PREMIADOS - Produtos das vinícolas Silver Heights e Ao Yun: aplaudidos por especialistas da Europa e dos EUA./.

Chama atenção, mais do que a estatística de volume, insista-se, a qualidade. Em 2007, os vinhos produzidos na China levaram apenas três medalhas no reputado Decanter World Wine Awards (DWWA). Neste ano, conquistaram 181 medalhas no torneio. A veloz evolução bebe, por assim dizer, de outros movimentos semelhantes. Os carros chineses eram risíveis e não são mais, longe disso. Os smartphones eram cópias baratas e problemáticas, em página virada. O mecanismo de progresso é equivalente: absorve-se o know-how, contrata-se mão de obra estrangeira e pronto, está montado o palco de natural avanço.

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Os melhores rótulos chineses da atualidade são feitos em Ningxia, região perto do Deserto de Gobi, no noroeste do país. O terreno ajuda a explicar a qualidade da bebida. A capital, Yinchuan, fica na mesma latitude que o Vale de Napa, na Califórnia, zona onde são feitos os melhores vinhos dos Estados Unidos. O solo pedregoso, de boa drenagem, permite que as videiras desenvolvam raízes profundas, e as mais de 3 000 horas de sol por ano garantem a maturação ideal. Ao identificar o potencial da região, o próprio governo chinês criou um ambicioso plano que fomentou a produção local e trouxe investimentos estrangeiros. O conglomerado de luxo francês LVMH, por exemplo, estabeleceu uma vinícola da Chandon no local e criou outra, Ao Yun, especializada em vinhos ditos “tranquilos”, ou seja, sem borbulhas.

A principal inspiração dos enólogos é, e por muito tempo permanecerá sendo, a região de Bordeaux, dada a força mítica do nome, atrelado à satisfação ao paladar. Portanto, os vinhedos chineses são dominados por variedades tradicionais bordalesas, como cabernet sauvignon, merlot e cabernet franc. Desde os anos 1990, e agora em ritmo frenético, grupos de orientais viajam para a França a fim de aprender com os melhores professores.

Apesar das medalhas colecionadas e dos elogios de alguns dos principais críticos da atualidade, contudo, os vinhos chineses ainda enfrentam preconceito — e não há mágica que faça sumi-lo da noite para o dia. Há ainda outros obstáculos. O consumo interno ainda é proporcionalmente muito pequeno, já que a maior parte da população prefere cerveja e baijiu, licor geralmente destilado a partir de sorgo fermentado. Exportar para outros países é um desafio. A Europa está saturada de rótulos autóctones. As tarifas impostas por Donald Trump tornam os Estados Unidos pouco atrativos e os custos de transporte dificultam os planos de enviar para outros mercados mais distantes, como o Brasil. Por aqui não há garrafas chinesas disponíveis para o enófilo curioso. O preço é outro impedimento. As melhores garrafas de vinícolas como Ao Yun e Silver Heights, ambas localizadas em Ning­xia, custam até 350 dólares, valores semelhantes aos cobrados por vinhos Grand Cru de Bordeaux. O difícil é convencer o consumidor a trocar as vinhas da França pelas da China. Mas esse dia pode chegar, sim.

Publicado em VEJA de 10 de outubro de 2025, edição nº 2965

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Vinho – VEJA
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Garçom ou DJ? A diversão vai do jantar à pista de dança 

Comer, beber, dançar. A nova ordem dos fatores não altera o produto num tipo de estabelecimento que vem se espalhando por casarões charmosos, portinhas “secretas” e salões de ambientes refinados, que de repente se transformam em pista de dança com efeitos de luz, DJs e artistas performáticos. Os menus e a coquetelaria também buscam impressionar. Vale aqui a observação: a onda dos listening bars não passou de marola, afinal o carioca gosta de bater papo à mesa. Levantar-se para um requebrado, então, pode ser um caminho. O momento, agora é, dos bares e restaurantes de múltiplo perfil. “Eu estava há um ano sem beber e, na emoção da noite, foram quatro drinques. É apaixonante, me lembra bares de Nova York nos quais o programa tem fases diferentes, e as pessoas são livres para escolher a que mais lhes agrada”, nota a empresária Clariça De Luca, 47 anos, que virou freguesa do Merci, novidade no estilo speakeasy, acessada por uma porta no Loire Bistrô, na Barra. A modelo Carolina Brandão, 35, viveu treze anos na Big Apple e também se identificou. “Você está num bom jantar e, quando vê, a luz baixou, todo mundo se levanta, mas sem aquela coisa de balada, com todo mundo se esbarrando”, diz.

+ Saiba quais são os bares finalistas de VEJA RIO COMER & BEBER

O conforto é um trunfo nessa nova moda, assim como a busca por charme, personalidade e uma aura de exclusividade no serviço disponível a quem tem espírito animado e o bolso preparado. Tudo com hora certa – e razoável – para acabar, algo que também é tendência na cidade, favorecendo a frequência do público acima dos 35 anos. “O Rio é uma das capitais do mundo e andava carente desse dine and dance, a diversão em 360 graus sem exagero e ressaca no dia seguinte”, afirma o empresário Bernard Barzi, 26, formado em gastronomia e administração. Nascido na Itália e com mais de duas décadas de Europa, ele fez pesquisa de mercado antes de abrir o Rocco, em Ipanema, que tem noites musicais temáticas, dançarinas com abajures vintage na cabeça e o afro house dando as cartas nos alto-falantes. No salão, recomenda-se o traje esporte fino. “É legal ter no Rio um lugar onde as pessoas se arrumem antes de ir, assim todos ficam na mesma vibe”, aponta.

Merci: clima de bar
Merci: clima de bar “secreto” entre pizzas e sushis./Divulgação
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No campo etílico, a conhecida dupla gim tônica e fitzgerald dá lugar a drinques autorais como o ramen negroni do respeitado mixologista Walter Garin para o Rocco, servido na tigela com uma espécie de macarrão feito de laranja e gengibre. Os tatakis e crudos da cozinha oriental parecem obrigatórios, sem que o hambúrguer e as batatas trufadas pareçam estranhos na mesa ao lado. “A comida japonesa resume o caminho de frescor e divertimento que precisamos nesse modelo de noite”, diz o empresário, ator e chef Caio Góes, de 33 anos, um dos criadores do Triplex, instalado num casarão antigo de Botafogo que traz no nome sua múltipla identidade. “Transformar um jantar em festa é uma energia rara, que cativa o público de forma orgânica”, avalia o empresário Pedro Jasmim, frequentador e parceiro em eventos de gastronomia no Alba, com mesas e pista em ambientes distintos. Recém-chegado, o chef Michele Petenzi turbinou as receitas italianas. Na diversificada noite do Rio, a esticadinha está a poucos passos de distância.

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Está tudo ali: cinco lugares para esticar a noite

Merci. O bar é acessado por uma porta no Loire Bistrô, com piso listrado, sofás e globo espelhado. Os DJs atacam de quinta a sábado, indo do deep lounge ao house. Há drinques, pizzas de longa fermentação e acepipes japoneses. Vogue Square, Barra. @mercibarsecreto

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Triplex: pegada asiática e drinques na noite de Botafogo./Divulgação

Triplex. No segundo andar, tem jantar e efeitos de laser na pista. Há apresentações de MPB e os DJs investem em pop rock dos anos 1980 e 1990. O terraço é concorrido e o menu vai do japonês ao hamburgão da casa. Rua Mena Barreto, 2, Botafogo. @triplex.botafogo

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Elena. São quatro ambientes de vibrações distintas, unidos pelo clima festivo, premiada cozinha asiática e drinques de alto nível. O DJ Marcelinho da Lua e a cantora Duda Brack são alguns dos nomes que cuidam dos embalos sonoros, entre belas projeções visuais. Rua Pacheco Leão, 758, Horto. @elenahorto 

Alba. A chegada do chef Michele Petenzi reforçou o acento italiano na cozinha. O Baile do Saddam e a Alienation, com Edinho e DJ Wilson, de eletrônico e experiências visuais, costumam ser promovidos por lá. Rua Martins Ferreira, 60, Botafogo. @alba.casarao

Rocco: performances entre as mesas em Ipanema
Rocco: performances entre as mesas em Ipanema./Divulgação

Rocco. A programação inclui jantares ao som de DJs. Às quartas, tem jazz e bossa nova, às quintas rolam performances e aos domingos instrumentistas dão o tom. O chef Matheus de Aquino, com passagem pelo Oro, comanda a cozinha. Rua Aníbal de Mendonça, 112, Ipanema. @roccoipanema

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Vegetal que é a cara da temporada, a abóbora colore receitas diversas

Os camarões no recheio da moranga fizeram história no Aconchego Carioca (Rua Barão de Iguatemi, 379, Praça da Bandeira), bem temperados e refogados, cobertos com requeijão gratinado, na companhia de arroz e farofa de dendê (R$ 275,80, para três pessoas). @aconchegocariocarj

Aconchego Carioca: camarão e requeijão gratinado
Aconchego Carioca: camarão e requeijão gratinado./Divulgação

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O nhoque feito com massa de abóbora (R$ 38,00) pede molhos encorpados como o de tomate (R$ 26,00), ragu de linguiça (R$ 27,00) ou camarão com espumante (R$ 35,00) no Tutto Nhoque (Rua São Clemente, 24, Botafogo). @tuttonhoque

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Cozinha brasileira do chef Danilo Parah, o Rudä (Rua Garcia d’Ávila, 118, Ipanema) traz no menu os cogumelos portobello com purê da variedade cabotiá defumada, fonduta de queijo pardinho e farofinha de pão (R$ 85). @ruda.restaurante

Rudä: cabotiá defumada, fonduta de queijo pardinho e cogumelo
Rudä: cabotiá defumada, fonduta de queijo pardinho e cogumeloVantuil Costa/Divulgação

O vegetal comprova a sua potência em formato de um criativo picles, que leva sabor ao medalhão de filé-mignon curado com demi glace de rapadura, canjiquinha e quiabo tostado (R$ 99,00) do Quitéria (Rua Maria Quitéria, 27, Ipanema). @quiteria.rio

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Em sua pegada tailandesa, o chef David Zisman sugere para fechar a refeição no Nam Thai (Rua Rainha Guilhermina, 95-B, Leblon) a fatia de abóbora com creme de coco no meio, calda de caramelo, coco queimado e frutas cítricas (R$ 37,00). @restaurante_nam_thai

Quem cultiva a alimentação à base de plantas tem vez no Babbo Osteria (Rua Barão da Torre, 632, Ipanema), onde o vegano (R$ 58,00) vem com a hortaliça assada e macia, com purê de grão-de-bico, mix de vegetais, granola salgada, vinagre balsâmico e molho verde. @babboosteria

O italiano Nido Ristorante (Avenida General San Martin, 1011, Leblon), do chef Rudy Bovo, oferece massas como o ravioli di zucca (R$ 108,00), recheado com o legume, e regado ao molho de manteiga e sálvia, e crocante de amêndoas. @nidoristorante

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Naturalie: risoto com arroz integral, alho-poró e burrata
Naturalie: risoto com arroz integral, alho-poró e burrata./Divulgação

Um dos destaques entre as levezas do Naturalie Bistrô (Rua Visconde de Caravelas, 5, Botafogo) é o risoto em que ela é protagonista, com arroz integral, alho-poró, amêndoas, burrata e chips de couve (R$ 62,90), especialidade da chef Nathalie Passos. @onaturalie

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Viagem etílica pela história no Arp Bar

Livro do jornalista e autor britânico Tom Standage, A História do Mundo em Seis Copos fala das influências de cerveja, vinho, destilados, café, chá e Coca-Cola na civilização. Pois a nova carta do Arp Bar, a cargo do mixologista Waguinho, pega carona na obra para contar a história através de oito coquetéis. 

+ BBQ Lagoa faz fumaça de churrasco americano na lenha 

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O paixão de baco (R$ 41,00) traz vinho tinto, gim Bombay Sapphire, licor de framboesa e shrub de morango, clarificado com iogurte grego. Já o dragão do mar (R$ 42,00) destaca a cachaça Pindorama Ouro, com vermute de caju da Cia. dos Fermentados, cajuína e bitter de laranja. A cerveja aparece no nômade (R$ 42,00), que mescla Heineken a uísque Dewar’s 12 anos defumado com tomilho, limão, mel com missô, maracujá e pimenta. Rua Francisco Otaviano, 177, Ipanema (100 lugares). 12h/23h (sáb. a partir das 12h30; dom. 12h30/22h). @arpbar

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Comer & Beber – VEJA RIO
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BBQ Lagoa faz fumaça de churrasco americano na lenha

Tem costelinha espetada sobre o carvão aceso, carnes variadas em defumação nas churrasqueiras e outras delícias boas de se ver e comer na Lagoa Rodrigo de Freitas, onde o BBQ Lagoa ancorou com repertório de respeito, na altura do Parque dos Patins. Tendo à frente os irmãos Leonardo e Eduardo Azevedo, fundadores do prestigiado BBQ & beer Festival, o espaço apresenta entradas como a coxinha de cupim defumada (R$ 45,00, cinco unidades), com requeijão e empanada na farinha panko. 

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Há ainda pratos a exemplo do bbq brisket (R$ 160,00, para duas pessoas), peito de boi temperado, assado e defumado por 12 horas, que pede acompanhamentos como farofa de ovos (R$ 30,00) ou o mac and cheese (R$ 35,00), macarrão cremoso americano.

Parque dos Patins, Lagoa (200 lugares). 12/0h (sáb. e dom. a partir das 11h; qua. a partir das 17h; fecha seg. e ter.). @bbq.lagoa

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8 petiscos fritos, crocantes e quentinhos para provar em bares do Rio

Sebastian Gastrobar

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Lula à dorê em versão pra lá de criativa: o novo hot dog do Sebastian Gastrobar./Divulgação

Novidade, o cachorro-quente de lula à dorê (R$ 42,00) do Sebastian Gastrobar (Rua dos Oitis, 6-A, Gávea) traz o molusco na farinha panko com picles de cebola, molho de mostarda, cebola frita e chimichurri defumado. @sebastiangastrobar.

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Jurubeba

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A clássica batata de Marechal ganha versão gourmet no Jurubeba: crocante, temperada e com um toque irresistível de ovo e linguiçaRodrigo Azevedo/Divulgação
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Muita gente homenageia a famosa batata frita de Marechal Hermes, e a releitura do Jurubeba (Rua Real Grandeza, 196, Botafogo) é das melhores, bem temperada, com linguiça acebolada, alho e um ovo estalado por cima (R$ 33,00). @jurubeba.bar. 

Os Imortais

O quiabo virou pipoca no bar Os Imortais (Rua Ronald de Carvalho, 147, Copacabana), que serve a porção do verdinho em pedaços empanados e fritos (R$ 29,80), uma ótima companhia para o chope (a partir de R$ 9,90). @osimortais.bar.

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Polvo Bar

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Crocantes e douradinhas, as manjubinhas do Polvo Bar conquistam à primeira mordidaTais Barros/Divulgação
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No delicioso Polvo Bar (Rua General Polidoro, 156, Botafogo), da chef Monique Gabiatti, as manjubinhas são empanadas antes de cair na fritadeira, servidas com molho tártaro e limão (R$ 37,00), combinação imbatível. @polvobar.

Jurema

O clássico enroladinho de salsicha (R$ 18,00, duas unidades) ganha versão no Jurema (Rua Morais e Vale, 47, Lapa) com a massa de folha de arroz e o embutido feito na casa, conserva de tomate verde e maionese picante. @jurema.bar.

Suru Bafo

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Tem boas novas no Suru Bafo (Rua da Lapa, 128, Lapa), e vêm das panelas da chef Yandara Karuna ideias como os bolinhos de peixe do dia com massa de batata e aioli de limão (R$ 29,00, três unidades). @surubafo.rj.

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Bar da Frente

No Bar da Frente (Rua Almirante Gonçalves, 29-B, Copacabana), Mariana Rezende segue o modelo tradicional do bolovo (R$ 17,40) e envolve um ovo cozido e carne moída em massa de salgadinho. @bardafrente.

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Bar do Zeca Pagodinho

As bolinhas de aipim com queijo (R$ 39,00) são as mais pedidas no Bar do Zeca Pagodinho (Vogue Square), assim como a coxinha de rabada com ketchup de goiabada (R$ 45,00, seis unidades). @bardozecapagodinho.

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Amélie, Ferreirinha e Mamma Jamma: degustações no clima da estação

Tendo as galettes francesas como ponto de partida, a Amélie Crêperie conta com novidades em todas as lojas, sem abandonar o espírito francês. Uma delas é o rivoli (R$ 39,00), tábua de queijos brie, canastra, gorgonzola e de cabra, amêndoas laminadas, geleias, mel trufado e frutas frescas, excelente entrada. O versalhes (R$ 79,00) vem de principal: trata-se de um risoto de limão-siciliano com camarões, burrata e abobrinha (foto). Na mesma seção está o picasso (R$ 89,00), rigatoni ao molho de cogumelos e trufas negras, espinafre sauté e picadinho de filé-mignon ao molho. De sobremesa, o lepic (R$ 29,00) é um arroz doce com doce de leite, crosta maçaricada e calda de caramelo. Rua Arnaldo Quintela, 94, Botafogo, 3496-9656 (70 lugares). 12h/23h. @ameliecreperie

Amélie: risoto de limão-siciliano com camarões e burrata
Amélie: risoto de limão-siciliano com camarões e burrata./Divulgação

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A Mamma Jamma vai além das redondas no cardápio Pezzo d’Italia, que estreia com criações da chef Flávia Quaresma. Ela faz um passeio pelas paisagens de Parma, Lombardia e Piemonte: da pizza di parma (R$ 129,50), com fior di latte, stracciatella, pesto cítrico e crocante de presunto cru, ao rigatoni alla lombarda (R$ 79,50), servido só no almoço, com creme de espinafre e gorgonzola, nozes e azeite de laranja. Para encerrar, a panna cotta (R$ 39,50) de cumaru tem calda de frutas vermelhas e farofa de castanhas. Kátia Barbosa, Monique Gabiatti, Roberta Ciasca e Ciça Roxo são as próximas convidadas. Botafogo Praia Shopping, 5º piso. 11h30/23h (sex. e sáb. até 0h). @mammapizzeria

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Depois de reformular a unidade no Baixo Gávea e ganhar o nome de Fogo & Lenha Ferreirinha, voltando o serviço para as carnes na brasa, a casa lança em outubro o projeto Terça Gourmet da Gávea. São menus em cinco etapas (R$ 189,00, ou R$ 269,00 com harmonização), baseados em culinárias de diferentes países, incluindo amuse-bouche, entrada, dois pratos principais (de carne vermelha e branca) e sobremesa. Para quem quiser levar o próprio vinho, a taxa de rolha é de R$ 90,00. São aceitas reservas para o ambiente interno, mais intimista, mas o atendimento se estende ao clima descontraído da calçada, mediante lotação. Rua dos Oitis, 9, Baixo Gávea, 98749-6948 (74 lugares). 12h/1h20 (fecha seg.). @ferreirinha.rio

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