O Galeto Sat’s chega à Barra da Tijuca levando um pouco da Copacabana onde se originou, no caso, o chão de pedras portuguesas que reproduz o famoso calçadão da orla, que estará na varanda da nova casa, além da identidade visual da filial de Botafogo, com todos os pratos e petiscos que fizeram do negócio um ícone boemio da Zona Sul.
A inauguração da casa na Barrinha, localizada no número 3.962 da Estrada do Joá, próximo ao conhecido Bar do Oswaldo, está prevista para o mês de março, e as obras já mostram o tradicional logotipo da casa instalado em painel luminoso. O balcão de chope e petiscos também está pronto, assim como as estantes para bebidas e cachaças que estão no DNA do Sat’s.
Serão três ambientes, contando com a varanda, para levar à Barra da Tijuca, um bairro de histórica carência de botecos, pedidas como os corações de galinha na brasa, marinado em vinha d’alho; o pão de alho generoso na manteiga; o galeto em molho de laranja, alho e especiarias; e a farofa de muito ovo e pouca farinha que o acompanha.
Elaine Rabello, a matriarca e cozinheira por trás de muitas das receitas, está pensando em colocar no cardápio uma nova farofa, feita com miúdos, além de atender aos pedidos constantes do público vegetariano levando para lá os quiabos grelhados com alho frito que fazem sucesso na Adega da Velha, em Botafogo, outro bar de propriedade da família. O mesmo vale para o espeto vegetariano que tem boa saída em Copacabana, onde fica em vitrine semelhante a que será instalada na Barra. Vai à brasa com cebola, pimentão, tomate, berinjela e abobrinha.
A madrugada? Permanece. A casa só vai fechar depois das 4h.
A primeira cerveja em lata apareceu no Brasil nos idos de 1971, ano seguinte ao tricampeonato mundial de futebol. O consumidor, àquela época, se pôs reticente em consumir cervejas em latas, como hoje tem ocorrido com o vinho em lata, a meu ver uma injustiça, vez que os produtores de vinho, pelo mundo afora, têm sido muito criteriosos para escolher o vinho que será “enlatado” e qual a proposta para o consumidor. Consta que as bebidas enlatadas surgiram nos Estados Unidos por volta do ano de 1935. Na época, a Lei da Proibição das Bebidas Alcoólicas havia sido revogada após mais de uma década, e as indústrias buscavam criar novas formas de envasamento que favorecessem o consumo rápido e, consequentemente, movimentassem o mercado. A partir de então, as cervejas começaram a ser vendidas em latas maciças de aço e/ou outros metais pesados. Também não havia lacre, e era necessário abrir a embalagem com abridores semelhantes aos usados para se abrir latas de sardinha.
O vinho em lata teve um caminho mais tortuoso, seja pela qualidade das latas, seja pela instabilidade da bebida. A maior parte das tentativas que ocorreram durante o século XX não lograram êxito, tendo sido, tão somente, no início deste século que o vinho em lata passou a ser um produto viável economicamente. Segundo o site Divino, o desafio na produção dessas bebidas (vinho em lata) é justamente equilibrar três elementos: o vinho a ser embalado, a lata com um revestimento próprio e o processo de armazenamento.
Aliado a tudo isso, também havia a questão do valor. Temos que ter em conta que o objetivo dos vinhos enlatados é tornar o consumo da bebida mais acessível e menos litúrgico, não fazendo sentido que o produto final tenha um alto custo. Ou seja, foi necessário criar um método exclusivo, diferente do que é feito com cerveja ou refrigerantes, e ainda mantê-lo a um preço competitivo e acessível no caso da produção de vinhos em lata. Os produtores mundiais e os nacionais conseguiram resolver tal equação, oferecendo ao mercado um produto de qualidade e a preço acessível. E mais, sem ostentação, trazendo uma proposta de simplificação do consumo do vinho. Reconheço que os espumantes e os vinhos brancos mais secos e ácidos são os mais apropriados para a proposta dos vinhos em lata, mas alguns vinhos tintos têm se prestado para serem consumidos em latinhas. Claro que o consumidor não encontrará Barolo em lata, mas poderá encontrar um Merlot jovem e fresco, para consumo sem maiores pretensões.
Pessoalmente, sou entusiasta do consumo de vinhos em latas, com ênfase para os espumantes enlatados e, assim, vou sugerir alguns que são possíveis encontrar e que têm a qualidade esperada para esta faixa de produtos. Começo com o vinho verde, português, Casal Garcia, que, branco, vem em simpática latinha que possibilita um consumo rápido e bem refrescado, quando fui apresentado, na hora pensei em bolinhos de bacalhau com aquela latinha de vinho verde. A Vinícola Salton, sempre pioneira, oferece ao mercado um frisante rosé, o Lunae, qua pode ir muito bem na beira de uma piscina ou acompanhando uma pizza margherita. A Vinicola Góes, tradicional casa de São Roque, produz o Vibra! Tinto Cabernet Sauvignon, que, em lata e levemente refrescado, pode acompanhar, muito bem, um churrasco. Por seu turno, a Vinícola Giaretta, situada em Guaporé, no interior do Rio Grande do Sul, investiu numa linha ampla de vinhos em latinhas, com o “label” de Lovin´Wine, que vão desde um branco de excelente acidez, bom acompanhante para peixes rústicos de aperitivo, passando por espumante rose dry, apropriada para clima quentes, até o tinto em lata, também um bom companheiro para carnes rústicas. Por fim, da Vinícola Dom Bonifácio, de Caxias do Sul-RS, o Vinho Frisante Moscato em Lata Vivant Wines e o branco da casta Chardonnay, podem estar presente em comemorações despretensiosas, o Moscato acompanhando doces e bolos e o Chardonnay até uma boa salada de batatas. A latinha de cerveja, após mais de cinquenta anos, caiu no gosto do brasileiro; espero que não demore cinquenta anos para ocorrer a mesma coisa com o vinho em lata. Salut!
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta (8) a operação Catarse, visando desarticular um esquema criminoso especializado na falsificação de diplomas de medicina. A investigação teve início após o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro(CREMERJ) ser comunicado sobre a existência de requerimentos de registros profissionais de médicos com documentos falsificados de graduação em medicina. Os mecanismos de segurança que possam proteger os pacientes são fundamentais para toda a sociedade. O CREMERJ está ajudando a população a identificar os falsos médicos e está protegendo os verdadeiros médicos para que possam exercer a medicina legalmente. Para entender melhor este trabalho fundamental para população, convidei o Dr. Raphael Câmara Medeiros Parente, médico, Conselheiro Federal de Medicina pelo Rio de Janeiro e ex-secretário nacional de atenção primária do Ministério da Saúde.
Dr. Fabiano M. Serfaty: Como a população pode se proteger do exercício ilegal da medicina?Dr. Raphael Câmara Medeiros Parente: O CREMERJ está auxiliando a Polícia Federal, denunciando e dando o aparato técnico para garantir quem são os verdadeiros médicos e os falsos. O CREMERJ e o Conselho Federal de Medicina(CFM) são inabaláveis na defesa da medicina e da boa saúde para a população. Nossos sites têm foto e CRM de cada médico. Sempre confira se quem está atendendo é realmente um médico. Na dúvida, é só ligar para o CREMERJ ou CFM, que diremos se a pessoa é médico. Condutas estranhas, valores muito baixos, locais insalubres levam a desconfiar se se trata ou não de um médico. Lamentavelmente, com um grande número de péssimas faculdades de medicina se reproduzindo sem controle do governo e pessoas vindas de outros países fazendo revalidação, muitas vezes mambembe, em universidades públicas cresce o número de erros mesmo com médicos reais. Mas aí temos nossos meios de os retirar do mercado também.
Dr. Fabiano M. Serfaty: Vivemos hoje na era da medicina baseada em evidência. Não temos dúvida da importância da metodologia científica para evolução da saúde, mas sabemos que abordar doenças crônicas e multifatoriais, como a depressão e a obesidade, requer uma abordagem mais individualizada. Existe um caminho que consiga unir ambas visões ?
Dr. Raphael Câmara Medeiros Parente: Certamente. Uma boa formação técnica na faculdade, junto com uma formação humanista, consegue unir ambas as visões. Atualmente, com muitas faculdades péssimas, os dois caminhos ficam complicados. Há professores despreparados que não têm qualquer condição de passar isso para os alunos. E muitos fazem a faculdade de medicina somente pensando no dinheiro que isso vai dar, sem preocupação com o paciente. Além disso, obviamente, sem salário e ambiência adequada para que o médico possa fazer uma consulta de qualidade é impossível se tratar o paciente de forma ampla e com o cuidado que ele merece, já que num local com 40 graus de temperatura e recebendo uma remuneração não compatível, o médico acabará tendo de atender um número maior de pessoas.
Dr. Fabiano M. Serfaty: Qual a sua posição sobre trazer novamente médicos estrangeiros sem registro médico profissional no conselho Federal de Medicina Brasileiro para o Brasil? Dr. Raphael Câmara Medeiros Parente: Uma irresponsabilidade, que coloca em risco a vida da população brasileira pobre. Médico no Brasil é quem tem registro médico profissional no Conselho Federal de Medicina Brasileiro. Colegas de fora são muito bem-vindos se fizerem e passarem na prova de revalidação do diploma médico: o “Revalida”. Uma prova que exclui pessoas despreparadas. Para resolver o problema dos locais mais distantes, nossa gestão no Ministério da Saúde criou o programa “Médicos pelo Brasil”, que é uma espécie de carreira de Estado, com salários que podem chegar perto de 40.000 reais e que certamente poderão resolver este problema. Já colocamos em campo mais de 5000 médicos após seleção pública rigorosa que seleciona os melhores profissionais. Como conselheiro do CREMERJ e do CFM posso garantir que tomaremos todas as atitudes possíveis para impedir este desrespeito aos médicos brasileiros e, principalmente, para a população que merece ser atendida por médicos capacitados e confiáveis. Quando se defende uma medicina de qualidade se defende a saúde da população.
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Dr. Fabiano M. Serfaty: Qual sua opinião sobre os atos próprios da medicina que muitas vezes são invadidos por outras profissões? Dr. Raphael Câmara Medeiros Parente: A discussão da Lei do Ato Médico levou à abordagem deste importante tema. Havia um projeto de Lei que definia muito bem o que seria atribuição exclusiva do médico e era apoiado pelas entidades médicas. Mas o governo Dilma vetou importantes artigos e, com isso, abriu brecha para outros profissionais invadirem as prerrogativas médicas, muitas vezes colocando em risco a população. Pior, em várias situações englobadas inclusive pela Lei, a Justiça, sem qualquer embasamento, tem dado ganho de causa para alguns outros conselhos profissionais. Nós do CFM e CREMERJ sempre recorremos com mais vitórias que derrotas. Esta confusão legal dá força para outras profissões invadirem nossas atribuições por meio de resoluções dos conselhos profissionais. Essa situação de quase guerra se dá principalmente em práticas ligadas à estética, obviamente por motivos financeiros. Nunca vi nenhuma outra profissão brigar, por exemplo, para dar declaração de óbito, que é de graça.
Dr. Fabiano M. Serfaty: Qual sua opinião sobre a abertura indiscriminada de faculdades de medicina? Dr. Raphael Câmara Medeiros Parente: Um horror. Uma profusão de faculdades sem quaisquer condições de formar minimamente um médico com as condições básicas para atender a população. É assustador. As pessoas que por questões ideológicas, financeiras ou corporativistas defendem essa abertura não percebem que se um dia forem atendidas por um desses médicos num acidente numa estrada, por exemplo, estarão fadadas a morrer. Virou um negócio macabro. Basta ter cerca de 10.000 reais por mês para pagar por seis anos que se tem a certeza que irá se formar em medicina. E depois estará livre para matar caso não tenha tido uma boa formação. Atualmente, parte dos gestores tem como única preocupação ter um médico para atender sem estarem minimamente capacitados para tal. Não percebem – ou percebem e não se importam – que isso poderá ser pior para a população e para eles, que terão piores índices de saúde e maiores gastos com a reparação de danos. Isso coloca em altíssimo risco a população.
Dr. Fabiano M. Serfaty: Casos gravíssimos recentes de estupros em situações anestésicas ocorreram. O que pode estar gerando isso e como nos proteger deste tipo de situação? Dr. Raphael Câmara Medeiros Parente: O ensino desqualificado, com péssimos professores que não trazem em seu âmago os preceitos bioéticos da medicina e que não selecionam seus alunos, é um dos grandes responsáveis pela formação médica desqualificada. É um cenário de horror. No último caso no Rio, a pessoa sequer era formada em medicina na época dos fatos e estava atuando sem qualquer supervisão pelo menos na hora dos estupros. Um ocorrido em seu local de pós-graduação na UFRJ e outro – sabe-se lá como, já que não era médico – num hospital em Saquarema, atuando como anestesista sem qualquer supervisão. A população pode ter certeza de que não será punido somente o médico se comprovada sua culpa que, inclusive, já foi interditado por nós do CREMERJ, mas também serão investigados os que permitiram este ato ocorrer por negligência na supervisão, no caso da UFRJ, e por o terem permitido agir sem ser médico, no caso de Saquarema. Nós temos tolerância zero com estuprador.
Profissional Convidado: Dr. Raphael Câmara Medeiros Parente
Médico
Conselheiro Regional e Federal de Medicina pelo Rio de Janeiro
Ex-Secretário Nacional de Atenção Primária do Ministério da Saúde
Inaugurado em 1956 e convertido em ícone da boemia carioca, símbolo maior dos agitos e histórias do Baixo Leblon através dos tempos, o Jobivai ampliar seus domínios na calçada da Avenida Ataulfo de Paiva.
Com obras e andamento, está marcada ainda para fevereiro a abertura do Joba, dos mesmos donos, a primeira expansão do famoso ponto, quase ao lado do bar original.
O salão é menor, com estilo de boteco, e mesas devem ocupar a calçada para ampliar o espaço da clientela. O cardápio seguirá o estilo consagrado do Jobi, petiscos clássicos, sanduíches e pratos cariocas de ascendência lusitana.
O Amarone della Valpolicella, da região do Veneto no norte da Itália, é um dos vinhos de maior prestígio da velha bota, mas poucos conhecem sua origem. Para entendermos o Amarone é preciso conhecer o Recioto, um tinto adocicado cuja origem remonta à antiguidade clássica. Os italianos trazem desde a era romana o gosto por vinhos doces, herdada dos colonizadores gregos. O Recioto foi criado como uma opção mais concentrada e doce ao Valpolicella, vinho leve e seco do dia a dia do venetos.
O Recioto, ancestral do Amarone, é feito por apassimento, processo no qual as uvas passam por uma secagem que dura 3-4 meses antes de sua fermentação. Este método é o mesmo utilizado no Amarone, a diferença é que o Recioto tem sua fermentação interrompida enquanto ainda tem bastante frutose, resultando em um vinho doce. O Amarone teria sido “inventado” ao acaso, quando o Recioto acidentalmente fermentou até o final, gerando um vinho sem a doçura e esperada e por isso batizado de Amarone (amargão). O Recioto normalmente tem cerca de 50 gramas de açúcar por litro, ou mais, com teor alcoólico mínimo de 12% (normalmente indo até 14%), enquanto o Amarone tem teor de açúcar mais baixo, normalmente entre 5-7 g/l, e o álcool bem mais alto, com mínimo de 14%, mas indo a 17-18%. O Recioto, pai do Amarone é hoje pouco conhecido fora da Itália e por sua concentração e doçura pode ser um excelente acompanhamento para sobremesas a base de chocolate.
O Ripasso é o caçula da família Valpolicella, criado nos anos 1980 pelo produtor MASI, como uma opção mais em conta para o Amarone, ficando no meio do caminho em estrutura e em preço entre este e o Valpolicella comum. Ripasso literalmente significada “repassado”, e seu processo de elaboração é simples e genial.
Ao invés de descartarem as borras grossas (peles das uvas, ainda embebidas em algum vinho), que sobraram da elaboração do Amarone, estas são usadas em uma refermentação com um vinho Valpolicella já pronto, dando mais corpo e sabores e este. Como resultado temos um Valpolicella turbinado, com textura, taninos e aromas que lembram um Amarone, porém com um degrau abaixo em teor alcoólico e concentração.
Vale lembrar que tanto Amarone, Recioto, Ripasso e o Valpolicella comum, são feitos com as mesmas uvas: corvina (predominante, em um mínimo de 45%), além de corvinone, rondinella, molinara e outras castas locais permitidas em menor proporção.
O repertório premiado de petiscos e o tempero que deu fama à comida popular brasileira da casa permanecem, e novidades gostosas chegam ao cardápio para o início de um novo capítulo da trajetória do Da Gema na Tijuca. O bar abre as portas da nova residência nesta quinta (9), às 17h, na Rua Dona Zulmira, ponto mais movimentado do que o endereço original da Barão de Mesquita, onde funcionou por 14 anos o boteco de Luiza Souza e Leandro Amaral, personagens queridos na cidade.
O balcão ganhou grafites do artista Eduardo Fernandes, retratando cenários da Zona Norte como a Igreja da Penha, os Arcos da Lapa, barracos na favela e sapatos pendurados em fiação elétrica. E a ilustração do alegre Cristo negro e fora da cruz permanece na parede, ao lado das iniciais do bar iluminadas por lâmpadas.
Por falar em balcão, a volta das empadas é notícia boa, em sabores que se revezarão diariamente, como carne seca, camarão, rabada e queijo. O notável pernil acebolado (R$ 52, a porção) vai para a vitrine, clássico que se firma ao lado de petiscos como as pétalas de cebola recheadas de camarão (R$ 28,00).
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Zona Norte: grafite no balcão visita a Igreja da Penha//Divulgação
Alô, veganos: os famosos “canapés” de polenta com rabada (R$ 72,00, a porção), que fazem história no bar, ganharam versão com vinagrete de berinjela no lugar da carne. O polvo afogado (R$ 85,00) é outro recém-chegado, com molho de tomate da casa e ervas, e pão para acompanhar. Sábado tem feijoada individual com arroz, farofa, couve, torresmo e laranja (R$ 40,00), e domingo tem rabada e bobó de camarão (R$ 45,00, ambos).
Atenção para a informação importante: a coxinha (R$ 9,00) eleita duas vezes a melhor da cidade no Veja Rio Comer & Beber sai às quartas-feiras. Um bom motivo para chamar a caipirinha de caju com limão (R$ 25,00, na cahaça).
“Vamos brindar. Mudamos para uma casa bem maior e com calçada, como gosta o carioca. Ponto novo e a tradição mantida”, resume Luiza.
Na última década, o tratamento de pacientes com câncer evoluiu do que era feito com base no tipo de tumor para o que se baseia nas características moleculares dele ou de seu micro ambiente. Esta abordagem é definida como medicina de precisão e está mudando positivamente o tratamento do câncer e a perspectiva de muitos pacientes.
A avaliação da eficácia dos medicamentosé uma parte fundamental no tratamento bem sucedido do câncer. Cada vez mais modelos in vitro e in vivo têm sido usados para avaliar os efeitos das drogas, e o organoide derivado do paciente (PDO – do inglês “ patient derived organoid”) é, sem dúvida, o modelo mais promissor e que já pode ser utilizado na prática clínica pela primeira vez na América Latina. Por isso, convidei Dra. Danielle Ferreira, biomédica com mestrado e doutorado em neurociências pela Universidade Federal Fluminense (UFF), além de pós-doutorado realizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ). Ela é responsável técnica pela Invitrocue Brasil, que pela primeira vez na América Latina traz para prática clínica a utilização dos organoides derivados de pacientes (PDO – “ patient derived organoid “) para auxiliar no tratamento câncer.
Dr. Fabiano M . Serfaty: A medicina de precisão na oncologia agora é uma realidade, na prática clínica. O que são os organoides derivados de pacientes (PDO – “ patient derived organoid “) e quais as suas vantagens ?
Dra. Danielle Ferreira: Os organoides derivados de pacientes (PDO – “ patient derived organoid “) são um tipo de cultivo de células 3D a partir de células extraídas do tumor do próprio paciente. Em relação a outros modelos preditivos para o câncer, os organoides derivados de pacientes evitam o uso de linhagens celulares, que muitas vezes não representam adequadamente os estados da doença e evitam o uso de tecido animal.
Dr. Fabiano M . Serfaty: Embora muitos sucessos tenham sido relatados com base no sequenciamento de DNA, também é claro que ainda há uma alta necessidade não atendida de tratamentos efetivos na maioria dos pacientes com câncer. O foco nas aberrações genéticas em algumas regiões específicas de codificação tem limitações significativas e não retrata a complexidade de cada doença de um paciente específico. Os organoides derivados de pacientes (PDO – “ patient derived organoid “) podem identificar o impacto direto da quimioterapia em células cancerígenas? Quais as vantagens para o paciente desta utilização? O laudo deste exame pode funcionar como uma ferramenta para a tomada de decisões clínicas do médico no tratamento do câncer?
Dra. Danielle Ferreira: A Vantagem está na possibilidade de avaliar aresposta individualizada de cada paciente à quimioterapia. Portanto esta metodologia auxiliana escolha racional das drogas quimioterápicas, o que pode reduzir substancialmente a incidência dos efeitos colaterais relacionados ao tratamento.
Dr.Fabiano M . Serfaty: Como solicitar este exame na prática clínica?
Dra. Danielle Ferreira: O médico deve solicitar o exame que se chama : “Onco-PDO”, o site explica em detalhes: https://invitrocuebrasil.com.br/. Na solicitação do exame, o médico poderá indicar quais medicamentos serão testados no organoides derivados do seu paciente com câncer e assim avaliar a resposta individualizada de cada paciente ao tratamento.
Profissional convidada:
Dra. Daniella Ferreira
Biomédica com mestrado e doutorado em neurociências para Universidade Federal Fluminense(UFF)
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Pós-doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ)
1. Tumor organoids: Opportunities and challenges to guide precision medicine. Veninga V, Voest EE. Cancer Cell. 2021 Sep 13;39(9):1190-1201. doi: 10.1016/j.ccell.2021.07.020. Epub 2021 Aug 19. PMID: 34416168
2. Tumor organoids: applications in cancer modeling and potentials in precision medicine. Xu H, Jiao D, Liu A, Wu K. J Hematol Oncol. 2022 May 12;15(1):58. doi: 10.1186/s13045-022-01278-4. PMID: 35551634
3. Tumor Organoids as a Research Tool: How to Exploit Them.Booij TH, Cattaneo CM, Hirt CK.Cells. 2022 Oct 31;11(21):3440. doi: 10.3390/cells11213440. PMID: 36359838
Petiscos em pré-carnaval do Rio vêm temperados com bateria de escola de samba e o fuzuê de blocos. É assim que o Madureira Shopping recebe o festival Comida di Rua, desta sexta (3) a domingo (5). Serão mais de 20 opções da culinária popular, em pratos a partir de R$ 5,00, com entrada franca.
Os três dias serão animados pelas baterias de Império Serrano e Portela, o bloco Batuque de Batom, e o grupo Resenha dos Fenômenos, e o Gritinho de Carnaval cuidará da folia infantil.
O cardápio da festa conta com opções já consagradas no evento como a batata de Marechal Hermes, a carne de sol do Baixinho de Bangu, o acarajé da Lenaide e o Churros do Gatão, diretamente de Arraial do Cabo, entre outras pedidas.
Os expositores apresentarão ainda versões gigantes para serem compartilhadas com familiares e amigos, como o acarajé de um quilo, o cachorro-quente de um metro e o jarrão de três litros de caipifruta. Os clientes mais tradicionais contam com o combo pastel e caldo de cana por R$14,00.
O Opus One mítico vinho californiano, é responsável em muito pela fama da qualidade dos vinhos norte-americanos, notadamente os californianos. Entretanto, junto com a justa fama da qualidade veio a pecha de caro e inacessível ao bolso do brasileiro. De fato o Opus One, que custa nos Estados Unidos algo em torno de US$ 350 (aproximadamente R$ 1.780), aqui no Brasil atinge o patamar de R$ 5.000 a garrafa. É um vinho de preço elevado no mundo todo, mesmo considerando que, segundo a renomada publicação Wine Spectator, “o Opus One foi na contramão do estilo agressivo dos Cabernets da Califórnia, procurando classe e finesse.”
Ocorre que nos Estados Unidos, especialmente na Califórnia e no Oregon, há vinhos de excelente qualidade e custo bem acessíveis, alguns custando menos de 10% do preço de um Opus One. Vale lembrar que, no que diz respeito à produção de vinho, os EUA ocupam desde 1995 a quarta posição na lista de produtores. Assiste-se a um crescimento ao nível da produção de vinho de tal forma que os EUA são, desde 2000, o quarto maior produtor a nível mundial, precedido por França, Itália e Espanha. Tal fato se deve ao crescente consumo per capita por parte dos norte-americanos, bem como pela crescente demanda (e exportação) do vinho de lá pelos principais mercados consumidores mundiais, inclusive o brasileiro.
As regiões produtoras norte-americanas, de uma década para cá, passaram a focar no binômio “preço-qualidade” como definidor de suas estratégias, o que levou a um aprimoramento dos seus vinhos em conjunto com opções de plantio e produção que possibilitassem oferecer ao mercado consumidor produtos a preços mais viáveis. A prática deu certo e os norte-americanos, com especial mérito, passaram a ser altamente competitivos na faixa de vinhos mais em conta em escala mundial. Os importadores nacionais, atentos a tal situação e sabedores da elevada qualidade e fama dos vinhos norte-americanos, notadamente os da Califórnia e do Oregon, passaram a oferecê-los em abundância através de seus portfólios. Desta feita, o vinho de lá tornou-se fácil de encontrar nas prateleiras de nossos supermercados e lojas especializadas. Assim, vou indicar alguns que valem a pena ser conhecidos, em faixas de preços bem possíveis (valores até R$ 150,00).
Começo com um branco, o Columbia Crest Two Wines, um Sauvignon Blanc da região de Washington State e que apresenta cor palha claro com reflexos esverdeados, aroma agradável, com notas de frutas cítricas, casca de limão, melão e notas de mel. É um excelente acompanhante para peixes rústicos. O Forest Ville Cabernet Sauvignon, de Sonoma, Califórnia, é um vinho muito equilibrado e que, na boca, apresenta sabores de amoras e especiarias, misturados com uma pitada de mocha no acabamento. Já o Grand Napa Vineyards – Califortune Syrah, também californiano, é uma excelente opção para acompanhar uma caça, especialmente um carré de carneiro, dado a sua acidez e potencial gastronômico. O Woodbridge Robert Mondavi Zinfandel é um clássico, excelente para acompanhar um churrasco, e de preço excelente. O californiano Sutter Home Chardonnay guarda toda a tipicidade de um Chardonnay com o terrior da Califórnia. Finalizando, o Joliesse Pinot Noir, da Califórnia, tem uma acidez e potencial gastronômico únicos, capaz de fazê-lo um grande par com pratos mais requintados da culinária italiana. A Califórnia é muito mais em vinhos do que se imagina. Salut!
Proteínas são necessárias para acompanhar sem perder o ritmo as rodas de samba, blocos e baterias, dizendo no pé ou pulando mesmo de alegria. As feijoadas carnavalescas têm tudo isso e muito mais, em bufês completos com bebidas variadas e petiscos tentadores. Apure o garfo e o tamborim.
Na série de eventos de verão da Rede Windsor Hoteis, a feijoada carnavalesca do Windsor Barra (Rua Martinho de Mesquita, 129, Barra, WhatsApp.: 21-96606-8470) ocorre no sábado, dia 18 de fevereiro, das 13h às 18h, com apresentações da Estação Primeira de Mangueira, do Cordão da Bola Preta, e ainda roda de samba e DJ, com a presença da musa Renata Santos. Haverá customização de camisetas e maquiagem, e as crianças terão à disposição o espaço Kid´s Club com piscina de bolinhas, cabana com túnel, brinquedos e mesinhas para colorir. O bufê completo de feijoada tem variedade de carnes, servidas separadamente, além de saladas, pratos quentes e deliciosas sobremesas. Entre os petiscos, caldinho de feijão, costelinha assada, bolinhos de aipim e de feijoada. No pacote de bebidas estão incluídos água, refrigerante, cerveja e caipirinha. E será oferecida uma opção vegana com feijão vermelho, tofu defumado e abóbora, acompanhados de farofa de beterraba. O evento custa R$ 600,00 por pessoa e os convidados receberão um abadá. Criança até 5 anos tem cortesia, e de seis a 10 anos o desconto será de 50%.
Mirante: feijoada completa tem bloco de carnaval e vista privilegiada/Diogo Marques/Divulgação
Servida com vista da Lagoa e do Corcovado, a receita do Mirante da Rocinha (Estrada da Gávea, 222, tel.: 3324-0323) tem lombinho, paio, carne-seca e costelinha, servidos com arroz, farofa, couve e torresmo carnudo (R$ 139,00, para duas pessoas). Nos dias 19 e 22 de fevereiro, o bloco Mirante Rocinha e a roda de samba do grupo Mirante Samba Show com bateria ao vivo e passistas convidadas, invadem o espaço.A feijoada é servida em buffet liberado, das 14h às 18h, e os ingressos podem ser comprados antecipadamente no site do Sympla por R$ 65,00.
E olha a Bateria Furiosa aí, gente. Com o Salgueiro e suas passistas na área, a feijoada do camarote Kasa Carioca terá também apresentação do bloco Cordão da Bola Preta, entoando suas inesquecíveis marchinhas de carnaval. A agremiação vermelha e branca, é bom lembrar, terá nos microfones Emerson Dias, intérprete oficial do Salgueiro desde 2019, convidando Marquinhos Artsamba e Nino do Milênio. A festa deste sábado (4) será no Riale Brisa Barra Hotel (Av. Lúcio Costa, 5700, Barra), com ingressos a R$ 100 por pessoa, com direito a feijoada e o abadá que garante a entrada (bebidas não incuídas). Criança de até cinco anos tem cortesia, acompanhada de um adulto pagante. De seis a dez anos, o desconto será de 50%. Ingressos no site Guiche Web.
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Hilton Barra: Unidos da Tijuca estará presente com bufê completo//Divulgação
O Hilton Barra e o Hilton Copacabana entram no ritmo de festa com suas tradicionais feijoadas carnavalescas, que ocorrem nos dias 11, na Barra, e 18 em Copacabana, de 13h às 16h. Em Copa (Av. Atlântica, 1020, Copacabana. Tel.: 21-99282-8682), o clima da folia chega ao salão de eventos Angra dos Reis com roda de samba e bateria da Unidos da Tijuca. Sob o comando do chef Pablo Ferreyra, o bufê contará com saladas, estação de pães, pratos quentes como escalope de filé mignon grelhado e batata rústica com alecrim, estação de cortes, com leitão pururuca e pernil assado, além da feijoada com oito tipos de carnes e os clássicos acompanhamentos: torresminho, farofa, couve mineira e laranja. Para adoçar há mais de dez opções de sobremesa. A cerveja Cacildis está garantida à vontade, além de caipirinhas e bebidas não alcoólicas, todas inclusas no valor do ingresso da feijoada: R$ 450, 00, com abadá retirado no dia do evento. As reservas devem ser feitas antecipadamente e mediante pré-pagamento. Crianças de 6 a 11 anos pagam 50% do valor e menores de 6 anos não pagam.
Sheraton: caipirinhas à beira do mar na praia “secreta” do hotel//Divulgação
Já o Sheraton Grand Rio (Av. Niemeyer, 121, Leblon, tel.: 2274-1122) faz sua tradicional feijoada de carnaval no dia 18 de fevereiro, ao ar livre e de frente para o mar, das 13h às 18h. Quem pinta para sacudir geral é a Beija-Flor, e chef executivo do hotel, Valdir Ramos, vai assinar o bufê que terá delícias como acarajé, tapioca, caipirinhas, cerveja e mesa de doces a vontade. Crianças também têm acesso ao kids club do hotel, onde as maiores de três anos podem ficar enquanto os pais aproveitam a feijoada. O valor é de R$ 520,00 (+ 10%), e o pré-pagamento é necessário via autorização de cartão de crédito. Reservas através do email: riosireservas.festas@marriott.com.
Bondinho: o terraço do Hills tem vista privilegiada para a naturezaTomás Rangel/Divulgação
Na semana da folia (18 a 22 de fevereiro), a paisagem privilegiada do Hills, na Urca (Praça General Tibúrcio, 520, tel.: 99257-6789), vai contar com Arlindinho, Julio (ex-integrante do Vou Pro Sereno), Jefinho e convidados, no pagode que acompanha a feijoada liberada das 12h às 16h. A ferveção tem como palco o rooftop da casa, aos pés do Parque Bondinho Pão de Açúcar. A programação do dia 18 tem festa Pôr do Hills e Jefinho, no dia 19 tem baile de carnaval e Julio, no dia 20 é a vez de Arlindinho com o baile, e dia 21 quem ataca é Jefinho, também com a festa carnavalesca.