Há trinta anos à frente do bufê que leva seu sobrenome, a chef Monique Benoliel inaugura no no Museu do Amanhã o Café Ateliê Benoliel (Praça Mauá, 1, Centro, tel.: 99333-5878), que já tinha unidades no Museu de Arte do Rio (MAR) e na Firjan. Entre as pedidas, estão a salada de salmão com mel, mix de folhas, queijo de cabra, tartar de tomate-cereja, abacate e castanha-do-pará (R$ 60,00); a moqueca de peixe com farofinha de dendê (R$ 66), a feijoadinha completa (R$ 58,00) e a lasanha vegetariana (R$ 35,00), que leva berinjela, abobrinha em lâminas, ricota e molho de tomates rústicos com manjericão, e é servida numa lata.
Já o Juarez Cocina Mexicana (Edifício Menezes Côrtes, Rua São José, 35, Centro) é um projeto que une o português Gonçalo Carvalho (da Hamburgueria da Alfândega, Kebab Shop, Oggi Pizza Napoletana e Low Fire Smokehouse) e o libanês Moux Ariss (do Low Fire Smokehouse e Kebab Shop), chef-executivo da casa. A proposta é trazer a comida de rua do México para a asa. Entre as opções, estão nachos, tacos, burritos e quesadillas — essas últimas nos sabores queijo (R$ 19,90 um ou R$ 32,90 o combo com dois), chilli (R$ 21,90 um ou R$ 33,90 o combo), suíno (R$ 22,90 um ou R$ 34,90 o combo), frango (R$ 23,90 um ou R$ 35,90 o combo) e bovino (R$ 24,90 um ou R$ 36,90 o combo).
Juarez Cocina Mexicana: a casa aposta na comida de rua, com pedidas com o burritoTomas Velez/Divulgação
Às vésperas de completar 40 anos de existência, o Gula Gula, clássico carioca, inaugura mais um endereço no Rio: a casa está de volta ao Centro, agora no edifício da Firjan (Av. Graça Aranha, 1, Centro, tel.: 99638-5607). O restaurante conta com novas sugestões de almoço executivo (R$ 62,00, com principal + sobremesa ou café), criadas especialmente para essa unidade, como mignon suíno à milanesa com salada de batata; paillard de frango com espaguete ao limone; grão de bico ao curry; estrogonofe de frango com arroz de salsa e batata-palha; e iscas de tilápia crocante com molho tártaro, arroz de brócolis e legumes salteados.
A Churrascaria Palace, em Copacabana, é o estabelecimento brasileiro mais bem colocado no ranking, em 74º lugar. Sua receita mais representativa, como não poderia deixar de ser, é o churrasco.
Outros representantes brasileiros são o Yemanjá (101º), em Salvador, com a moqueca baiana, e os paulistanos Mocotó (111º), com o prato que dá nome à casa, e Bolinha (126º), com a feijoada.
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“Estes não são apenas lugares para fazer uma refeição, mas destinos por si só, comparáveis aos museus, galerias e monumentos mais famosos do mundo. Cada um resistiu ao teste do tempo, evitando truques da moda em favor da cozinha tradicional e de alta qualidade”, diz o texto da lista do TasteAtlas. De origem croata, o site é todo em inglês.
Fundada em 1951 no Leme, a Palace se mudou em 1962 para Copacabana, onde está até hoje. Em 2022, o restaurante ganhou o título de Patrimônio Cultural Carioca.
A churrascaria comemorou o feito em seu perfil no Instagram. “Ontem fomos pegos de surpresa, a partir do início da tarde, quando amigos começaram a nos marcar e a mandar mensagens diretas. Muito agradável e honrosa surpresa”, diz a publicação.
Até meados dos anos 1980, a Alemanha era conhecida principalmente como produtora de rótulos baratos de vinho branco doce. O “Liebfraumilch”, cuja tradução – errada, diga-se – “leite da mulher amada” pegou e se espalhou pelo mundo. Feitos com castas locais, como a Müller-Thurgau e a Sylvaner, tinham teor alcoólico baixo e dulçor bastante perceptível. Faz tempo, no entanto, que a situação mudou. Há anos uma verdadeira revolução fez com que a nobre Riesling, casta de origem alemã que também é bastante plantada na região da Alsácia, na França, assumiu o protagonismo, dando origem a vinhos finos muito cobiçados e capazes de atingir valores extremamente altos no mercado. “A Alemanha nunca produziu vinhos tão bons como agora”, afirma Leonhard Meese, enólogo da vinícola Wittman, em visita ao Brasil.
Hoje, há cerca de 103 mil hectares de vinhas na Alemanha, a oitava maior área do mundo, divididos em 13 regiões distintas, como Mosel, Pfalz e Rheinhessen, a maior delas. A Riesling domina 23% dos vinhedos, seguida por outras variedades, como a Müller-Thurgau, a Spatburgunder (como é conhecida a Pinot Noir por lá), a Dornfelder e a Grauburgunder (ou Pinot Gris). Há também uma indicação de qualidade, a VDP (sigla para Verband Deutscher Prädikatsweingüter, ou associação de propriedades vinícolas alemãs de qualidade), que determina quatro categorias de qualidade dos vinhos, de Gutsweine, para vinhos de entrada, até Grosse Lage, para os mais vinhos de maior qualidade. Hoje, a associação tem 200 membros, que precisam respeitar regras rígidas de qualidade e de boas práticas agrícolas. “Houve uma mudança de perspectiva do vinho doce de baixa qualidade para rótulos de alta qualidade, focados em terroir”, diz Meese.
A Weingut Wittmann é uma dessas vinícolas que hoje produz vinhos finos. De longa tradição, há menções à viticultura dos Wittman em documentos de 1663. A produção de rótulos próprios, no entanto, é mais recente, de 1921. Produzem todas as uvas de forma orgânica desde 1990, e adotaram a agricultura biodinâmica, ainda mais sustentável, em 2004. “Percebemos um melhor rendimento das vinhas, além da boa saúde das plantas e da riqueza de microrganismos disponíveis no solo”, afirma Meese. Sua produção está concentrada na região de Rheinhessen, em cerca de 30 hectares, ao redor de Westhofen, com 75% de Riesling, 20% de variedades da família Pinot e 5% de outras variedades. Segundo Meese, a região produz vinhos mais elegantes, com notas de especiarias.
Leonhard Meese, enólogo da vinícola Wittman –Divulgação/Divulgação
Especialistas costumam dizer que a Riesling está entre as castas que mais refletem o terroir onde foram plantadas. Por isso, no caso da Wittman, o processo de vinificação para todos os vinhos é o mesmo. As uvas são colhidas manualmente e a sedimentação dos vinhos é feita por meio da gravidade, o que permite que os vinhos sejam mais delicados. Cada parcela é fermentada individualmente, e a fermentação acontece em barris de carvalho bastante antigos, técnica que favorece a microxigenação sem o aporte de sabores provenientes da madeira. Por fim, eles são envelhecidos em contato com as lias (ou borras) por alguns meses, o que garante complexidade e estrutura. Na hora de engarrafar, os enólogos fazem blends, no caso de vinhos de entrada, ou focam em denominações específicas.
A diferença no sabor é perceptível. Os vinhos secos de entrada, por exemplo, são mais frutados e acessíveis. Os rótulos de designações específicas são mais elegantes, com uma evolução na taça. Segundo Meese, são feitos para serem tomados entre seis e oito anos após a colheita, quando então terão ganhado ainda mais complexidade.
O momento é interessante para a Alemanha. As mudanças climáticas fizeram com que o país ainda fosse considerado frio para a produção de vinhos, mas a temperatura aumentou o suficiente para que as uvas atinjam a maturidade ideal. Antes, isso nem sempre era possível, de acordo com Meese. Por isso, há um interesse crescente em promover os bons rótulos fora da Europa. A visita de Meese, que incluiu jantares harmonizados, degustações dos vinhos e participação na Feira Naturebas, focada em vinhos naturais, faz parte dessa estratégia de ampliar a percepção dos brasileiros pelo vinho alemão. “Estamos vendo como os consumidores estão buscando vinhos únicos. A Europa sempre foi um mercado importante, mas estamos importando para a América Latina cada vez mais. Para o Brasil, claro, mas também para México e Colômbia, dois novos mercados que nos deixam muito animados”, conta Meese.
Por aqui, no Brasil, os rótulos da Wittman são importados pela Weinkeller.
No mundo do vinho, a Europa, e especialmente a França, é constante fonte de inspiração. Suas tradições centenárias serviram (e ainda servem) de referência para que países como Chile e Argentina consolidassem sua produção e desenvolvessem vinhos considerados ícones. Foi assim que a Concha Y Toro, maior grupo do Chile, criou seu principal rótulo, Don Melchor. Em 1987, decidiu fazer um vinho inspirado nos clássicos de Bordeaux, mas com características únicas do terroir chileno. Desde então, o vinho construiu uma sólida reputação como um dos melhores exemplares dos vinhos de alta gama que podem ser produzidos no país após sucessivas pontuações bastante altas.
Agora, chega ao mercado brasileiro a safra 2020, a mais recente de Don Melchor. No guia Descorchados, recebeu 96 pontos. No site de Robert Parker, influente crítico americano, recebeu 94 pontos. Não se trata de um reconhecimento específico para uma safra acima da média. O rótulo vem consistentemente sendo reconhecido pelos especialistas, o que mostra sua qualidade duradoura. Em 2018, por exemplo, recebeu a pontuação perfeita de 100 pontos de James Suckling.
Parte de seu sucesso vem da qualidade das uvas. O vinhedo El Tocornal, plantado na década de 1970 na região de Puente Alto, no subúrbio de Santiago, é conhecido por dar origem a uma cabernet sauvignon de perfil frutado e herbáceo, com toques mentolados que caracterizam os vinhos feitos com essa variedade na região andina. Uma diferença importante é que as plantas que compõem não são clones, prática comum em grandes vinhedos. “São todas cabernet sauvignon, mas diferentes, o que garante a biodiversidade do vinhedo”, afirma o enólogo Enrique Tirado, que esteve no Brasil para divulgar a nova safra. Tirado faz parte da equipe de Don Melchor desde 1995, e desde 1997 é o responsável pelo ícone chileno.
Safra 2020 de Don Melchor acaba de chegar ao mercado brasileiro –Divulgação/Divulgação
Há, claro, bastante trabalho humano envolvido. O vinhedo foi mapeado e dividido em 150 parcelas distintas, que produzem frutos com qualidades específicas. “Com os dados que temos em mão, fica mais fácil manejar até os vinhedos mais antigos”, diz Tirado. Há um esforço constante para provar as parcelas e acompanhar aquelas que historicamente produzem bons vinhos.
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O blend final é elaborado em Bordeaux, na França, por Tirado e pelo consultor Eric Boissenot, filho de Jacques Boissenot, que esteve presente em todas as versões do rótulo, de 1987 a 2013. São enviadas duas amostras de cada uma das 150 parcelas, em uma operação logística complexa, para garantir que se alguma delas sofrer durante a viagem há uma outra disponível para o processo de degustação final. O processo leva cerca de uma semana, e é feito no mesmo laboratório no Medóc que atende quatro dos cinco principais chateaux da região.
No caso da safra 2020, Tirado conta que o ano foi mais quente que a média. Como resultado, a colheita foi feita de forma antecipada. “Lembro perfeitamente que fui ao vinhedo e provei as uvas em meados de fevereiro e achei que elas estariam prontas em cerca de três semanas. No dia seguinte, provei de novo e percebi que não ia demorar tanto. Tivemos que ficar atentos”, lembra o enólogo. Por ter sido a primeira safra pandêmica, o processo de amadurecimento antecipado foi benéfico e ajudou a preservar a equipe que lá trabalha. Foi, também, uma safra de menor rendimento, que deu origem a 12 mil caixas. O máximo que o vinhedo produz é 18 mil caixas.
Enrique Tirado, enólogo e CEO da Viña Don Melchor –Divulgação/Divulgação
As uvas que não são usadas para Don Melchor podem ser usadas em outros rótulos de alta gama da Concha Y Toro, como Gravás Del Maipo e Marquês de Casa Concha Heritage (os dois vendidos por preços na faixa dos R$ 500). Ambas têm vinhedos próprios, mas podem receber a produção excedente. Tirado, que acumula a função de CEO da Viña Don Melchor, conta que há a vontade de elaborar um segundo rótulo, como fazem vários chateaux franceses, mas que a prioridade agora é consolidar a marca ainda mais a marca Don Melchor no mundo, inclusive no Brasil.
Don Melhor 2020 pode ser encontrado no Descorcha, e-commerce oficial da vinícola, ou em outros pontos de venda, por preços em torno de R$ 1.300.
Emmanuel Gouvernet, 28, nasceu em Nîmes, no sul da França e hoje é um dos novos e festejados rostos da enologia mundial. O francês faz parte da equipe de enólogos da Veuve Clicquot – e o mais jovem de doze profissionais da empresa, fundada em 1772. Em sua origem, a marca desempenhou papel importante no estabelecimento do champanhe como bebida favorita da alta burguesia e nobreza da Europa. Atualmente, antenados com as questões contemporâneas, enólogos como Emmanuel se preocupam com as mudanças ambientais e a fabricação da bebida com menor impacto ecológico.
Emmanuel conta que prova uvas e vinhos todos os dias, das 10h às 12h, enquanto passeia pelos campos na região de Champagne, na França. No Rio de Janeiro pela primeira vez para negócios com clientes, Emmanuel diz que uma das suas funções é determinar o dia exato da colheita anual. “Um grande desafio, não só para mim, mas para o planeta, é o aquecimento global. Tenho muitos projetos em desenvolvimento para reduzir nossa pegada de carbono. Quero ir para o futuro, mas manter a tradição e a qualidade. O aquecimento global afeta a colheita. Por exemplo, ano passado a colheita foi em agosto e normalmente é em setembro”. O enólogo também dá dicas preciosas para ajudar a não ter ressaca. “Beber uma taça de água a cada taça de champanhe e beber um litro de água antes de dormir. Além de escolher sempre um bom champanhe”. Anotado!
Segundo a OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o brasileiro é o terceiro maior consumidor de carne bovina do mundo, com 24,6kg per capita/ano em 2021, após argentinos (36,9kg) e norte-americanos (26,1kg).
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Talvez o alimento mais citado quando se fala em harmonização com vinho é a carne vermelha. Este protagonismo é merecido, um tinto e uma bela carne formam um par sensacional. Além de agradar o paladar este casamento é bom para a saúde.
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Uma pesquisa de 2013 da Hebrew University de Jerusalém (www.huji.ac.il), indica que acompanhar carne vermelha com vinho tinto pode reduzir a absorção de colesterol pelo nosso organismo.
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É importante lembrar que este casamento costuma ser tratado de forma genérica, como “carne com tinto”.
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A realidade é, contudo, bem mais complexa que isso. Centenas de novos compostos aromáticos se formam nas reações químicas que se processam no cozimento da carne.
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Alimentação do gado também faz diferença. Os alimentados com pasto são mais saborosos dos que os alimentados com ração (grãos). O pasto tem muitos compostos que transformam em compostos aromáticos no momento da preparação da carne, tornando-os pratos mais saborosos e complexos.
Erro: fala-se a proteína e a gordura da carne vermelha amaciam os taninos dos vinhos tintos. Isso é falso. Em uma carne o que amacia taninos é o sal. Tente comer carne sem sal e o vinho parecerá amargo!
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Há um tipo de vinho ideal para cada tipo de carne e seu preparo, se crua, grelhada, cozida em água, cozida em vinho, maturada, de caça, por exemplo. Hoje vamos nos concentrar na preferência nacional, as carnes vermelhas grelhadas.
A tosta na carne pede taninos e madeira nova nos vinhos. Castas como cabernet sauvignon, syrah, tempraniillo, sangiovese ou outros tintos italianos, com bastante madeira, casam muito bem com os grelhados. Os taninos adoram o sal grosso, e os aromas da madeira no vinho se assemelham aos que a carne adquire ao ser tostada na grelha.
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O amadurecimento em madeira também ajuda na harmonização com outros tipos e preparos de carne, como as carnes de caça e as carnes tipo angus/kobe/wagyu, pois a alimentação deste gado agrega àsua carne notas semelhantes a dos vinhos amadurecidos em barricas de carvalho.
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Voltaremos ao tema, falando de outros tipos de carne e suas possibilidades. Para hoje então selecionei vinhos com longo amadurecimento em carvalho, para seu casamento com as carnes grelhadas.
Fundada em 1920, sendo uma das pioneiras caves na região da Bairrada e que ainda se encontram em atividade, a Caves São João localiza-se na cidade de Anadia, capital do espumante português. O objetivo inicial foi comercializar vinhos da região do Douro, os icônicos vinhos do Porto e também diversos licores. Após uma década começaram a produzir vinhos tranquilos e também espumantes pelo método clássico na região da Bairrada, sob o acompanhamento técnico do enólogo francês Gaston Mennesson.
Após alguns anos iniciaram as exportações de seus vinhos para o Brasil e em seguida para algumas colônias portuguesas da África. Na década de 50 lançaram o vinho Frei João (DOC Bairrada) com a inédita designação “Reserva”, com o pioneiro rótulo em cortiça e lançaram também o vinho Porta dos Cavaleiros (DOC Dão), ambos os vinhos se tornaram verdadeiros ex-líbris do produtor, e através deles contam boa parte da história vínica deste que é o produtor com uma das bibliotecas de vinhos mais antigas do país e ainda com alguns exemplares sendo comercializados na atualidade.
Atualidade
A Caves São João depois de ultrapassar tantos desafios ao longo da sua história centenária como mudanças de legislações que fizeram muitas caves fecharem as portas na Bairrada, alguns fatos históricos dentro do país e também problemas internos, na atualidade esta resiliente empresa continua firme e com o foco em produzir vinhos ainda melhores e que encantem aos mais exigentes consumidores. Hoje a empresa tem armazenado em suas caves milhares de garrafas, produz vários rótulos diferentes entre vinhos das regiões do Dão e da Bairrada, exporta para diversos países e seus vinhos também são muito apreciados pelo mercado nacional, tornando-os uns queridinhos de apreciadores de vinhos com muita qualidade. Esta histórica empresa bairradina recentemente recebeu importantes investimentos com a aquisição de cotas de novos investidores que tem o foco em elevar ainda mais a imagem da Caves São João e a qualidade de seus vinhos.
Quinta do Poço do Lobo
Um dos brilhantes do produtor sem dúvida é a Quinta Poço de Lobo, uma quinta com 40 ha localizada em Pocariça (Cantanhede). Possui um microclima, exposições solares e fragmentos de solos fantásticos para a produção de uvas com excelência. A Quinta foi toda replantada, onde seus técnicos selecionaram os melhores clones de determinadas castas para cada parcela. Nesses solos estão implantadas as castas tintas como a Cabernet Sauvignon, a Baga, a Moreto, a Touriga Nacional, a Alicante Bouchet, a Castelão, a Pinot Noir e nas brancas, a Chardonnay, a Arinto, a Maria Gomes dentre outras castas.
Os vinhos produzidos a partir da matéria prima desta magnífica Quinta são as referências dos espumantes Quinta do Poço de Lobo e os tintos Quinta do Poço do Lobo, um blend com as castas Baga, Moreto e Castelão, e outro varietal com a Cabernet Sauvignon, e também um Quinta do Poço do Lobo rosé.
Biblioteca Vínica
Com um dos acervos vínicos de vinhos tranquilos mais antigos de Portugal, a Cave São João guarda em suas magníficas “catacumbas” milhares de garrafas, um verdadeiro tesouro que conta a história de uma empresa que ultrapassou diversos dilemas históricos e que resistiu ao colapso em muitos momentos que marcam a sua trajetória, e se hoje nós Bacolovers que amamos vinhos, temos o prazer de desfrutar essas jóias foi graças ao trabalho dos técnicos e proprietários que passaram ao longo dos tempos e preservaram essas garrafas que podem nos dizer tanto sobre longevidade dos vinhos da região da Bairrada e do Dão.
Vinhos Especiais
Dentre os vários vinhos carregados de história que a Caves São João produz, destaco alguns rótulos que são muito especiais para mim, pois além de serem excelentes vinhos estão correlacionados a momentos especiais e que por si só contam imensas histórias.
O vinho branco 95 Anos de História Caves São João (2014), um 100% arinto provindas as uvas da Quinta do Poço do Lobo. Um vinho complexo, com excelente acidez e corpo, marcado por uma enorme elegância. Em seu rótulo tem grafadas duas frases que gostei imenso de ler sobre liberdade.
Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir.
-George Orwell-
A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na Prisão. É uma questão de consciência.
-Mahatma Ghandi-
O vinho Bom Caminho (2011), um vinho especial que homenageia em seu nome a saudação aos peregrinos do Caminho de Santiago de Compostela, estando a Caves São João dentro da rota portuguesa que leva a Compostela. Um blend de Baga, Touriga Nacional e Merlot, em seu rótulo está estampado o carimbo que os peregrinos quando passam pelas Caves recebem com chancela que por ali passaram. Claro que uma peregrina como eu, não poderia deixar de menciona-lo e parabenizar a Caves por tal distinção e homenagem.
O espumante Caves São João Primeira Reserva é um vinho homenagem a história do início da produção dos espumantes pela empresa na década de 30, esta edição especial foi produzida unicamente em garrafa Magnum da safra 2017 e que possui 55 meses de autólise. Um vinho muito elegante, com um delicados e complexos aromas e um mousse em boca rico em finesse e sofisticação.
Visita e Eventos na Caves São João
A Caves São João dispõem de espaços para os mais variados tipos de eventos, que podem ser organizados com vários tamanhos de grupos e adaptados a medida conforme o interesse. Já participei de diversos eventos nas Caves como almoços, jantares, masterclass e no início deste mês de junho pude vivenciar um evento produzido a medida pela gestora das Caves, a Engenheira Célia Alves e sua eficiente equipe, para grandes apreciadores de vinhos premium, os Bacos do Digital.
Pudemos viajar na história viva das Caves através dos seus antigos vinhos das regiões da Bairrada e do Dão, uma prova inesquecível para o seleto grupo, que ainda contou com um magnífico almoço servido por uma empresa especializada e com magnífico menu apresentado pelo próprio chef, tudo isto dentro das suas catacumbas de espumantes, um local icônico para apreciar vinhos com tanta riqueza de histórias. Fica algumas imagens dos vinhos degustados, mesmo sendo difícil escolher um em especial destaco o Porta dos Cavaleiros Branco 1964(DOC Dão), esse incrível vinho ainda mostrava-se VIVO e com capacidade de mais longevidade.
A Bairrada é sem dúvida uma região vitivinícola rica em história e tradições, apesar de representar somente cerca de 3% do vinho produzido em Portugal, nela são produzidos 2/3 dos espumantes do país. Por essas terras a rainha das castas é a Baga, uma casta que tem um perfil muito versátil na enologia, pois produz espumantes elegantíssimos e também grandes vinhos tintos com uma grande capacidade de longevidade e já até alguns rótulos inovadores de Blanc de Noir de vinhos tranquilo utilizando a Baga. A Caves São João está de parabéns pela sua história e por ter chegado ao século XXI com vinhos que retratam tanto o que a Bairrada e também o Dão podem oferecer ao mundo.
Espero que você leitor tenha gostado deste compilado de informações sobre um dos ex-líbres desta região apaixonante que é a Bairrada, fica o convite para você conhecer a Caves São João e também degustar seus maravilhosos vinhos.
Saudações Báquicas à você leitor e ao Vinum Baerradinum !!!
Comidinhas típicas juninas ganham releituras em um buffet completo no Grand Hyatt Rio, na Barra da Tijuca. O brunch especial de São João oferecido pelo resort urbano, neste domingo (25), traz delícias como polenta com ragu de costela, bolinho caipira de milho com recheio de carne, salsichão no espeto, espetinho de carne de sol, queijo coalho com melaço de tomilho e caldo verde, entre outras.
Para quem não consome ingredientes de origem animal, haverá quitutes veganos para experimentar, como espetinho de banana da terra, churrasco de legumes, milho verde com azeite de ervas e caldinho de jerimum. No cardápio de sobremesas, serão mais de dez opções de doces, como quindim, queijadinha, cuscuz, bolo de aipim, rapadura e pé de moleque.
Espumante, suco do dia e água saborizada à vontade, além dos festivos quentão e vinho quente, são as opções para acompanhar. Servido das 13h às 16h, o buffet ainda traz saladas, queijos, frios, itens de café da manhã, como waffles e ovos beneditinos e pratos quentes.
O brunch no restaurante Cantô Gastrô & Lounge custa R$ 253,00 (taxas inclusas) por pessoa. Adolescentes de 13 a 17 anos pagam R$189,75, crianças de 6 a 12 anos pagam R$ 126,50 e crianças de zero a 5 anos não pagam. É possível adquirir o voucher para o evento com antecedência através do link.
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Café da manhã junino: bolos, doces e mais delícias típicas no Futura CaféFlávia Zenke/Divulgação
Os domingos de junho começam no Futura Café (Av Lucio Costa, 880, Barra; tel: 2442-0002) com um café da manhã repleto de comidinhas típicas juninas. Das 7h30 às 11h30, são servidos bolos de milho e aipim com coco; canjica, arroz doce, beijinho do amor, paçoca, cuscuz e tapioca, além de pães variados, frutas, geleias, café, leite e chocolate, entre outros quitutes ( R$ 69,00).
Quem quer experimentar sabores típicos da culinária nordestina, que ganham destaque também na temporada junina, pode pedir o Brunch Porreta, no Café do Alto(Rua Paschoal Carlos Magno, 143, Santa Teresa; tel: 2507-3172). O rodízio de café da manhã, que oferece uma série de itens para comer e beber à vontade, custa R$ 75 por pessoa (metade para crianças de 5 a 10 anos).
Dadinhos de tapioca com queijo de coalho e bolo cremoso de milho estão entre os quitutes servidos. Nesta temporada junina, o Café do Alto também apresenta um prato especial: o Arrumadinho de carne de sol, com farofa de feijão de corda e vinagrete (R$ 53 ,00).
O Sardinha Taberna Portuguesa faz uma “viagem” às terras lusitanas com um menu especial para celebrar o São João do Porto, festa popular celebrada em Portugal. A festividade mobiliza milhares de moradores e visitantes de várias regiões do país durante o mês de junho e tem atrações como a tradicional queima de fogos na Ribeira do Rio Douro, na madrugada do dia 23 para o dia 24 de junho.
Clássicos da culinária portuguesa estarão em cartaz até 25 de junho, como a sardinhada com pimentões (R$41,90), caldo verde com chouriço (R$19,90), entremeadas com arroz e feijão (R$59,90), bifanas (R$29,90) e chouriço assado (R$47,90).
A casa ainda conta com uma carta de vinhos completa para harmonizar com os pratos. Entre os rótulos portugueses, se destacam os tintos Vinho da Casa – Alandra – Alentejo (R$29,90 – taça; R$89,90 – garrafa), Gandarada (R$129,90 – garrafa), além de novidades como o Milênio – Dão (R$109,90 – garrafa) e Quinta da Giesta DOC – Dão. (R$169,90 – garrafa).
Na seara dos verdes, brancos e rosés, o Quinta do Ameal Bico Amarelo (R$119,90 – garrafa), o Guigas – Rose (R$115,90 – garrafa), o Muralhas DOC (R$199,90 – garrafa), além dos novos Mármore – Alentejo (R$95,90 – garrafa), Monte Velho – Alentejo (R$125,90) e Herdade da Gâmbia – Setúbal (R$159,90 – garrafa), são boas pedidas.
Bacalhau a Lagareiro: uma das atrações do Gruta dO FadoVitor Faria/Divulgação
Na segunda edição do “Noites Portuguesas”, o chef Alexandre Henriques promete apresentar o melhor da culinária portuguesa no Gruta dO Fado(Av. das Américas, 3900, Piso L3, Barra; tel: 3252-2801). O evento mensal vai promover, na próxima terça (27), um jantar em sete etapas acompanhado por um show de fado com a cantora Ananda Botelho.
Para começar, a experiência traz o Abre Alas da Gruta, com azeitonas, tremoços, salpicão, manteiga, queijo de cabra, pão e torradas. Em seguida, tem bolinho de bacalhau, atum de escabeche e risoles de camarão de entrada. São oferecidos como prato principal o caldo verde e o bacalhau à lagareiro. O rocambole de laranja é a sobremesa escolhida para fechar a refeição, que custa R$320 por pessoa.
O inverno começa oficialmente nesta quarta (21) e o frio, que já vinha batendo à porta mesmo antes da mudança oficial de estação, promete aumentar nos próximos dias. Uma ótima pedida para a aquecer são as sopas, cremes e caldos, que se espalham pelos cardápios cariocas nesse período, indo das receitas clássicas a novidades.
A Artesanos Bakery (Avenida Genaro de Carvalho, 1435, Recreio, tel.: 96691-0169) acaba de incluir duas sopas no menu. Uma delas é o creme de tomates italianos assados no lastro emulsionado vegano (R$ 35,00), que pode vir acompanhado por queijo-quente no brioche (R$ 45,00 o combo), um clássico americano. Outra pedida é o creme de abóbora sergipana com queijo gorgonzola, acompanhado de croutons artesanais (R$ 35,00).
O tradicional Talho Capixaba (Avenida Ataulfo de Paiva, 1022, Leblon, lojas A e B, tel.: 2512-8760) oferece diversos sabores de sopas e caldos em suas quatro unidades. Entre as opções, estão sopa de abóbora com couve, de ervilha, de frango com aipim, de legumes, de aspargos, de batata-baroa, de cebola e caldo verde (R$ 33,70 cada). Elas são servidas com pão francês ou baguete média.
No Caju (Praça Demétrio Ribeiro, 97, Copacabana, tel.: 3264-3713), as sugestões são caldo de feijoada, caldo verde, canjiquinha com moela, creme de frango com aipim e sopa de ervilha (R$ 32,00 cada). Já o Casurca (Avenida Portugal, 96, Urca, tel.: 98217-9213), comandado pelo chef Pedro Mattos, aposta no caldinho de feijão com espuma de couve (R$ 25,00) e no caldinho de moqueca (R$ 25,00).
O Encontro Nordestino (Shopping Jardim Guadalupe, Avenida Brasil, 22.155, 1º piso, tel.: 99571-7118), por sua vez, oferece o caldo de abóbora, que é feito com camarão (R$ 28,90) ou com carne-seca (R$ 26,90). As duas receitas são acompanhadas por torradas.
Os loucos pela sopa de lámen, tradicional receita chinesa, vão encontrar sugestões do prato no Dim Sum Rio (Largo do Machado, 48, tel.: 99434-4264), comandado pelo chef Vladmir Reis. Entre as opções, o tradicional chinês Chow Mein (R$ 52,16 0 vegetariano, R$ 57,85 o de porco, R$ 54,10 o de frango e R$ 63,83 o de camarão), com macarrão artesanal, vegetais orgânicos, molho shoyu, gengibre e alho, e o Beef Chow Mein (R$ 46,20), com macarrão artesanal, vagem francesa, broto de feijão e filé mignon.