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A curiosidade é laranja: tudo sobre o vinho milenar que seduz a juventude

“Eu estou aqui para confundir e não para explicar”. Chacrinha era genial, mas a cena está mais para Porta dos Fundos. Foi num fim de tarde com vista para a Lagoa da Barra, no lançamento de um prestigiado guia de vinhos, que estendi a taça para um chileno “naranjo”, conforme anunciava o rótulo no estande da importadora conceituada. Sorridente e jovem, na linha contratada para seduzir, a atendente se adiantou: “Esse vinho é diferente, ele é feito com cascas de laranja”. Inspira. Expira. Precisamos conversar.

O insólito fato ocorreu em 2024, mais ou menos uma década depois que o termo “vinho laranja” foi pronunciado nas europas após o renascimento de uma técnica de vinificação datada de milênios. No Rio, porém, a cena curiosa veio alguns meses antes da chegada de certos bares de caminhos arejados e rejuvenescidos, onde os tais laranjas tiram onda com seções próprias nas cartas e vaga nas listas dos mais bebidos.

Paixão e confusão, eis a questão. O cenário me autoriza a arriscar dois goles de prosa, e tirar do balde de gelo um velho clichê: o verão carioca de 2025, agora sim, de fato e de direito, é dos vinhos laranjas. E, pasmem, eles são feitos apenas de uvas.

O meu é com a casca, por favor

O vinho laranja é um vinho de uvas brancas fermentadas junto com as cascas. Ponto. Do mesmo jeito que são feitos os tintos. A maceração de casca e suco pode durar dias ou meses, dependendo da proposta. O resultado são brancos mais encorpados, intensos e complexos, com novo espectro de aromas e cores. Lembram dos taninos, aqueles caras adstringentes e valiosos na estrutura e conservação dos tintos? Eles moram também nos laranjas. A conversa na boca é outra.

Podemos viajar nas sensações: frutas cítricas e suas cascas, mel, gengibre, frutas secas, ervas e especiarias a rodo. Vibração e acidez. Alguns são mais frutados, florais e comportados. Outro desafiam com toques de oxidação, levando nariz e boca à playlist de Lou Reed, não sei se me faço entender, honey, take a walk on the wild side.

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Uau. Então esses vinhos são todos cor de laranja, que nem o uniforme da seleção holandesa? Nem sempre. O termo, a rigor, não define uma cor de vinho, mas um jeito de fazê-lo. Falamos de tonalidades, uma paleta que sobe de amarelos intensos para o alaranjado e o âmbar. Chama-se ‘Amber Revolution‘ o excelente livro do inglês Simon J Woolf, um dos mais importantes escritos sobre vinho neste século.

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Cores: a uva escolhida e o tempo de contato com as cascas influenciam na tonalidadeInternet/Reprodução

O herói das ânforas

A história recente começa em meados dos anos 1990, na região italiana de Friul-Veneza Júlia, na fronteira com a Eslovênia, onde vive o cidadão Josko Gravner, um vitivinicultor italiano de sangue sloveno que foi de louco a gênio quando resolveu nadar na contramão e fazer vinhos como seus antepassados. Na Geórgia, o berço de tais caldos feitos em ânforas de terracota, enterradas no solo, há coisa de 5 mil anos, ele arrematou os recipientes gigantescos e fez o mesmo nas terras de sua família. Plantou ribolla gialla, uva ancestral do território, e fez um vinho que fica seis meses no barro, com cachos inteiros embaixo da terra, sem qualquer perturbação ou controle de temperatura. Garrafas hoje cultuadas como pedras preciosas. A saga laranja começou ali, o método e a filosofia se propagaram e há mais de 40 países na produção.

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Maurizio Frullani/Gravner family
Josko Gravner: ânforas da Geórgia na fronteira entre Itália e EslovêniaMaurizio Frullani/Gravner family/Reprodução

Esse é para casar

O laranja é um senhor partido na ideia de harmonizar. Diferentes portas de sabor, nuances e intensidades vivem abertas para um vinho que reúne poderes de brancos e tintos. Refrescante e complexo, leve e estruturado. Paradoxos do requinte. As desafiadoras cozinhas indiana, tailandesa e asiáticas em geral, de pimentas, especiarias e agridoces, beijam-lhe os pés. Charcutaria, queijos, ostras e frutos do mar também. Quem sabe sobremesas menos doces, à base de frutas?

Às mesas. Sugiro uma brincadeira boa no bar Tão Longe, Tão Perto, em Botafogo, que trabalha com brasileiros nas torneiras. Lá, o vinho da gaúcha Dom Dyonisius aparece nas versões branco e laranja, feito de duas formas com a uva lorena. Podemos beber os dois e perceber a diferença (R$ 25 a taça). Combine com as ostras defumadas em conserva do projeto A.mar e ame à vontade.

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No Libô, do mesmo bairro, parceria de Roberta Ciasca, a chef, e Maíra Freire, a sommelière, solicite o Soler Tres Naranjo, um argentino de Mendoza da uva moscatel amarillo, com 20 dias de maceração e cinco meses de amadurecimento, disponível em taça. Fica lindo com o escabeche de peixe branco, ou a seleção de queijos brasileiros. É só golaço, com trocadilho.

Também adoro o Belisco, dobradinha da chef Monique Gabiatti e a sommelière Gabi Teixeira. Vou nas lulinhas de Arraial grelhadas com azeite de alho assado e gremolata, de mãos dadas com o uruguaio Elefante El Pisador 2022, da uva traminer aromático, de apenas uma semana em contato com as cascas. Um negócio esse casamento.

Para deixar o mar, vamos na tortilla de porco e sour cream, picles de cebola roxa e coentro do Virtuoso, em Ipanema. Laranja é o que não falta por lá. Chame o Lazy Winemaker Orange, um sauvignon blanc chileno fermentado com as cascas por 60 dias. Depois me conte.

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Pedro Landim
Tom sobre tom: vinho laranja e crudo de peixe no VirtuosoPedro Landim/Arquivo pessoal

PS. Para quem ficou interessado na ideia estranha do vinho feito com laranja, sugiro a mimosa: suco da fruta e espumante na taça, meio a meio, bem gelados. Mexa e enfeite com a casca.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Cantora Country Dolly Parton Cria Um Vinho para Celebrar o Dia de São Valentim

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

Dolly Parton, a icônica cantora country estadunidense, de 79 anos, chegou a tempo para estar presente nas mesas do Dia dos Namorados de muitos casais com o lançamento de seu novo Pinot Noir. Sedoso e fresco, o vinhos é perfeito para um brinde entre apaixonados.

Trata-se da expansão de sua linha de vinhos Dolly Wines e, embora pareça apenas mais uma cor de vinho em sua marca, há uma longa história por trás dele. Em seu anúncio no Facebook, nesta semana, a artista contou que não gostava da cor vermelha porque lhe lembrava a mulher que tentou roubar seu marido, como canta em sua popular música Jolene. No entanto, ela disse que seu novo vinho curou suas feridas e que agora voltou a gostar da cor do amor.

E que momento melhor para isso do que perto do Dia dos Namorados, o Valentine’s Day, comemorado em cerca de 100 países, embora a forma e a data da celebração variam. A versão mais popular, que é de hoje (14), ocorre principalmente em países como EUA, Canadá, Reino Unido, França, Itália, Espanha, Portugal, Alemanha, Austrália, Japão, Coreia do Sul, Filipinas, México e vários outros países da América Latina, Europa e Ásia. No Brasil, a data oficial é 12 de junho e o 14 de fevereiro é comemorado parcialmente.

Além disso, o lançamento do Pinot Noir coincide com o aniversário do álbum Jolene, lançado em fevereiro de 1974. Neste ano, a canção completa 52 anos desde seu lançamento como single, em outubro de 1973. O vinho é descrito como um Pinot sedoso e fresco, com notas de frutas vermelhas e um toque de baunilha, ideal para acompanhar pratos festivos como peru ou uma tábua de queijos entre casais apaixonados, amigos ou familiares. A garrafa vem decorada com uma embalagem azul e borboletas.

Em outro vídeo, desta vez em seu Instagram, Dolly pediu a seus seguidores que fizessem um brinde ao seu novo Pinot Noir, descrevendo-o como uma “estrela cadente”. Por sua vez, Ming Alterman, diretor de marketing da Accolade Wines, Americas, expressou o orgulho da empresa por esse lançamento.

O vinho de Dolly Parton está em lojas físicas, como a Kroger, Total Wine & More, Publix e Cost Plus World Market, e também online. Com um preço de cerca de US$ 15 (R$ 87), este vinho serve para conquistar os fiéis seguidores da artista.

Você sabe o que é a Dolly Wines?

A Dolly Wines é a linha de vinhos em colaboração com a Parton Family Cellars e a Accolade Wines. A coleção foi criada em junho de 2024 e inclui variedades como Chardonnay, Rosé, Prosecco e, mais recentemente, Pinot Noir.

A Accolade Wines é uma das maiores empresas de vinhos do mundo, com sede em Old Reynella, no sul da Austrália. É dona de um portfólio diversificado de cerca de 50 marcas renomadas, incluindo Hardys, Grant Burge Wines, Banrock Station, Petaluma e St Hallett. Fundada em 1853 como Thomas Hardy and Sons, a empresa passou por várias  aquisições e fusões, até se tornar a Accolade Wines. Atualmente, é controlada por um consórcio de investidores liderado pela Bain Capital.

Em julho de 2024, a Accolade Wines anunciou a aquisição da maior parte do portfólio de vinhos internacionais da Pernod Ricard, incluindo marcas conhecidas como Jacob’s Creek, Campo Viejo e St Hugo. Essa transação, sujeita a aprovações regulatórias, está prevista para ser concluída no segundo semestre deste ano.

Com operações em mais de 80 países, a Accolade Wines abrange toda a cadeia de valor do vinho, do fornecimento de insumos e produção às vendas, marketing e distribuição.  É vista como um projeto sustentável na produção de vinhos, comprometendo-se com práticas que garantem a preservação ambiental e a responsabilidade social em todas as suas operações globais. Além da Austrália e EUA, a empresa possui instalações na Nova Zelândia, Reino Unido, Europa, África do Sul e Ásia.

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Notícias e Conteúdos sobre vinhos na Forbes Brasil
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O Chatêau Petrus pode custar 200 000, mas sai por 1 400 na Grande SP

Grandes ícones do mundo dos vinhos não são para os bolsos de qualquer um. Como alternativa a quem não quer ou não pode fazer tamanho investimento, que tal gastar bem menos para ter o gostinho de colocar na boca uma preciosidade, ainda que na forma de uma pequena dose? A ideia parece um tanto quanto maluca, mas foi colocada em prática no ABC paulista e faz um tremendo sucesso.

No Mont Cristo Wine Bar, em Santo André, há quem pague 1400 reais por uma dose de 30ml do famoso Chatêau Petrus. Parece uma exorbitância, mas pode ser entendido como uma pechincha de luxo: uma garrada do Château Petrus, que é produzido com a uva Merlot, proveniente de um pequeno vinhedo no Pomerol, na margem direita de Bordeaux, na França, pode chegar a 200 000 reais. “Há quem ajoelhe ao lado da máquina com a taça na mão”, contou-me Rouflan Oliveira, sommelier da casa. Vale lembrar: 1 400 reais por apenas 30ml do precioso líquido na taça. Dá para encher a boca com um gole — e acabou.

O negócio virou uma tradição do wine bar de Santo André. Uma vez por ano, sempre no mês de aniversário da casa, o proprietário César Marchetti, que é também um empresário do ramo farmacêutico, coloca nas máquinas que porcionam os vinhos em taças algumas preciosidades de sua adega pessoal. Entre os ícones que se pode escolher em medidas de 30 ml, 60 ml e 120 ml já estiveram disponíveis L’Angelus (1970), Petrus (1973), Cheval Blanc (1975), Lafite Rothschild (1975), Grands Echezeaux (1976), Chateau Mouton Rothschild (1976), Sassicaia (2016) e o Vega Sicilia Único Reserva Especial. Confira aqui o vídeo com as máquinas do estabelecimento:

Na minha visita ao Mont Cristo, em que provei um vinho Búlgaro, da uva Muvrud, ótimo, mas bem mais econômico (cerca de 120 reais, a garrafa), pude assistir duas amigas que almoçavam e chamaram o garçom à mesa para saber quando o ícone da Toscana, o Sassicaia, voltaria para uma daquelas máquinas. Elas chegaram a deixar o telefone e reforçaram: “Assim que você ligar, chegamos em 20 minutos”.

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A casa conta com 5 máquinas de vinho no andar de baixo, cada uma elas têm espaço para 4 rótulos — e mais 4 equipamentos do tipo destinados aos vinhos mais complexos e especiais no andar superior. Há brancos, tintos, rosés e os de sobremesa, que normalmente têm pouca saída no Brasil, mas que lá, assim fracionados, fazem grande sucesso. Aos sábados, o sommelier Oliveira conta que o ponto alto do almoço ou jantar é o momento de fazer o auto serviço e tirar o vinho na máquina. “Eu estou sempre aqui para auxiliar e dar sugestões, mas os próprios clientes indicam, uns aos outros, e surgem até paqueras por aqui”, disse.

Para quem se interessou por esse tipo de confraternização, fica a dica de brindar o match com um Chatêau Petrus a preço promocional.

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Vinho – VEJA
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Gastronomia: Bruno Calixto prova as mineirices de São José das Três Ilhas

A igreja de São José das Três Ilhas
A igreja de São José das Três IlhasBruno Calixto/Divulgação

Ana Carolina Mendes e Janete Santos se revezam, tocando o sino da Igreja São José das Três Ilhas (MG), uma imponente construção de pedra terminada em 1828. “Quando a gente esquece, os moradores reclamam no WhatsApp”, me contou Ana, que se diverte quando é a sua vez. “Duas badaladas rápidas são para anunciar a missa e duas mais espaçadas significam morte.”

São José queijaria 2
<span class=”hidden”>–</span>Bruno Calixto/Divulgação

Essa relação íntima e pessoal (apesar do Zap) dá o sabor especial ao doce de leite premiado da Leila, ao queijo ultrarrequisitado da Gabriela (La Porta), à goiabada do Jardel (filho da doce Lucila), ao café Ferreira e à cachaça da família Botti, além da rosca da Lúcia, dos biscoitos da Ângela e do macramê da Isabel. Tudo isso a 170 km do Rio (2h30 de carro), na pequena São José das Três Ilhas, na cidade de Belmiro Braga, Minas Gerais. É aquela escapada que a gente ama.

São José das Três Ilhas
<span class=”hidden”>–</span>Bruno Calixto/Divulgação
São José das Três Ilhas1
<span class=”hidden”>–</span>Bruno Calixto/Divulgação
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<span class=”hidden”>–</span>Bruno Calixto/Divulgação

O vilarejo já foi cenário de duas produções do cinema nacional: “Lavoura Arcaica” e “O Menino Maluquinho 2”. Apenas uma rua, uma igreja, uma lojinha com todas essas delícias e séculos de memórias preservadas pelo patrimônio. São José é o centro histórico mineiro mais perto do Rio, tombado pelo  Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA, em 1997). Basta uma volta para encontrar os casarios lindos, coloridos, preservados, onde, pouco a pouco, cabecinhas vão surgindo nas janelas, para ver o tempo aqui fora. Típico de um domingo de sol antes da missa. São apenas 200 moradores nessa raridade cheia de lindezas. As meninas do sino já estão a postos, esperando à porta da igreja.

Goiabada do Jardel, feita por Dona Lucila
Goiabada do Jardel, feita por Dona LucilaBruno Calixto/Divulgação

Mas é sobre a gastronomia mineira local de que vamos tratar. É na casa cheia de plantas onde mora com a mãe, que Jardel faz e acontece, reverenciando a doceria mineira, com sua famosa goiabada feita no tacho de cobre: 10 kg da fruta para 5kg de açúcar no fogo alto por 3  horas. Ele vem durinho, mas gruda na faca, ideal para besuntar em cima do queijo e deixar a felicidade agir. O menor, cariocas, sai por R$ 18.

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São José das Três Ilhas vacas queijaria
<span class=”hidden”>–</span>Bruno Calixto/Divulgação
São José queijaria 1
<span class=”hidden”>–</span>Bruno Calixto/Divulgação

Pelas redondezas, a expert Gabriela La Porta celebra a união estável perfeita entre a potência do queijo mineiro e a delicadeza do paladar. Isso porque suas mais de cem vacas são da raça Jersey, de origem do Canal da Mancha, na Inglaterra, capaz de produzir um leite com uma porcentagem maior de gordura do que as vacas holandesas, mais habituais no Brasil. Detalhe: as vacas são divididas em três grupos para a ordenha, só comem capim e ficam no bem-bom, levando coçada de uma geringonça que parece lava-jato.

Ano passado, a empresária do ramo lácteo voltou da França com uma medalha de bronze para o seu “Belmiro Blu”, segundo os especialistas, “de perfume típico de casca natural que remete às florestas, misturado ao gosto amanteigado e à picância delicada do fungo penicillium roqueforti”. Gabriela é uma craque!

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Para dar conta de um queijo tão incrível, somente o doce de leite da Leila, o mais procurado na  Barraca Colaborativa, que comercializa tudo o que São José das Três Ilhas tem de mais gostoso. A receita segue a tradição mineira do doce de leite mais caseiro, bem clarinho, escorregadio na colher, bem diferente do colonial, de sabor intenso, caramelizado e mais cremoso.

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Cachaça Du BottiBruno Calixto/Divulgação
Cachaça Du Botti1
Cachaça Du BottiBruno Calixto/Divulgação
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A vinícola TassinariBruno Calixto/Divulgação
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Vinho Tassinari1
Vinho TassinariBruno Calixto/Divulgação

Ir a Minas e não tomar cachaça é pior do que não ver o papa em Roma (tá pensando o quê?). Um dos nomes de maior prestígio por trás dessa produção é a família Botti. Para ser bem sincero, a Du Botti ouro, quase uma raridade engarrafada, passa por madeira jatobá, o que confere suavidade na boca, delicadeza no aroma e um belo visual amarelado. Presente que agrada fácil!

São José casa do Barão
Casa do BarãoBruno Calixto/Divulgação

Um bate-volta de fim de semana é o suficiente para começar. Há duas boas opções de hospedagem.  A melhor delas é a Casa do Barão, um imóvel histórico de fachada azul e branca, piscina e conforto sem presunção (32 99900-2237 – R$ 890, a diária para até dez pessoas). A outra é a Pousada São José, com pensão completa (R$ 790 o casal).

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Na volta para o Rio, atenção para uma porteira diferente, uma das mais recentes vinícolas da Serra Fluminense, a Tassinari, São José do Vale do Rio Preto, já tradicional no cultivo de café especial (quase todo exportado), mas que, de uns anos para, cá vem se lançando no mundo dos vinhos: Syrah, Marselan, Cabernet Sauvignon e Tempranillo estão na paleta de castas plantadas pela família a mais de 900 metros de altitude. A primeira safra saiu em 2021, mas a vinificação foi feita numa outra vinícola, na vizinha Secretário. Atualmente acontece ali mesmo e, em 2022, o primeiro reconhecimento nacional: uma medalha de ouro no ViniBraExpo para o Syrah. A visitação com prova de três rótulos dura menos de duas horas e sai por R$ 155. Tim-tim a São José das Três Ilhas, a um pulo do Rio!

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<span class=”hidden”>–</span>Arquivo pessoal/Reprodução
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Comer & Beber – VEJA RIO
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No radar: hambúrguer de Gonzalo Vidal no T.T. e frutos do mar no Rufino

Gonzalo Vidal no T.T. Burger

A loja do Leblon do T.T. Burger viverá uma noite de sabores intensos nesta quarta (12), quando o chef argentino Gonzalo Vidal vai assumir a chapa com sanduíches promissores. A partir das 19h, Gonzalo vai preparar de entrada as Smash empanadas, que são empandads fritas de hambúrguer com cheddar, cebola e picles (R$ 16,90 a unidade). E mais: o Smash do Gonza leva burguer de 80 gramas de blend Angus em dois discos prensados, duas fatias de queijo cheddar, mortadela, ovo frito e molho hollandaise aerado no pão brioche (R$ 44,90).

Em fevereiro, T.T. Burger traz mais duas novidades para o cardápio, disponíveis durante o mês. O T.T. À Parmegiana leva queijo mussarela empanado, blend Angus de 120 gramas, molho marinara e rúcula no pão pintado (R$ 69,90 o combo com batata e refrigerante); e o Gordelícia é burger desenvolvido em parceria com o DJ carioca Rapha Lima, composto por 80 gramas do blend Angus em dois ultra smash prensados com cebola, queijo cheddar derretido e picles de jalapeño no pão brioche (R$ 54,90 o combo).

Av. Ataulfo de Paiva, 1240, Leblon. @t.t.burger

+ Radar de delícias vai de novo menu da Casa 201 a pizza de João Diamante

Pizzas brasileiras no Sud

O mestre pizzaiolo Alexandre Xavier, de São José dos Campos (SP), criador da “pizza contemporânea brasileira”, estará ao lado da chef Roberta Sudbrack para criar pizzas a quatro mãos na sexta (14), no Sud, o Pássaro Verde. “Fomos buscar esse cara lá na sua casinha em São José dos Campos, porque a gente ama dividir o nosso forno de barro com pessoas geniais”, postou Roberta em suas redes sociais. Reservas pelo WhatsApp: (21) 97383-6725.

Rua Visconde de Carandaí, 35, Jardim Botânico. @sudopassaroverd

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Sud: casa recebe as pizzas de Alexandre Xavier
Sud: casa recebe as pizzas de Alexandre XavierInstagram/Reprodução
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Frutos do mar no Rufino

As brasas da parrilla do Rufino, casa de carnes argentinas no Leblon, vão receber frutos do mar nesta quinta (13), uma noite especial com o chef argentino Augustin Brañas no comando. Às 19h, ingredientes como camarões e peixes, a exemplo do desejado atum bluefin, serão grelhados em receitas exclusivas.

Rua Tubira, 43, Leblon, WhatsApp (21) 3043-7888. @rufinoparrilla

Baixela ganha cachaça

A noite é da cachaça boa no Baixela, em Copacabana, que recebe o seu rótulo próprio com dois coquetéis exclusivos feitos pelo bartender Thiago Teixeira. O Saravá leva batida de caju, gengibre e arruda (R$ 16,00), e o Bebeth leva cachaça Baixela, vermute seco, vermute doce e solução salina (R$ 23,00). A cachaça branca é produzida em parceria com a Cachaçaria Arbórea, com notas de amburana e pau-brasil (R$ 80,00, a garrafa; R$ 13,00 a dose).

Av. Rainha Elizabeth, 85, Copacabana. @baixela.rio

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Baixela: cachaça da casa será tema de drinques exclusivos
Baixela: cachaça da casa será tema de drinques exclusivos./Divulgação

Refettorio recebe chefs

O Refettorio Gastromotiva, na Lapa, tem programação especial a partir desta terça (11), envolvendo chefs premiados, talentos formados pela Gastromotiva e embaixadores da organização que faz importante trabalho social através da gastronomia. No dia 11, o chef João Paulo Frankenfeld, da Casa 201, abre a temporada; no dia 14 é a vez de Vanessa Rocha, do restaurante Maria e o Boi; e no dia 19 o convidado é o chef Cadu Freitas que assinará o menu do dia. Diversos outros cozinheiros estão na programação do mês, e no dia 24 uma dobradinha vai unir Roberta Antônia, da Casa 201, e Raquel Dantas, do Surubar, que ficará responsável pela carta de bebidas.

Os almoços dos chefs, da entrada à sobremesa, funcionam de de segunda a sexta, das 11h30 às 15h, e custam R$ 45,00. Todo o valor arrecadado é revertido para os jantares solidários, que atendem beneficiários em situação de vulnerabilidade.

Rua da Lapa, 108, Lapa. @refettoriogastromotiva

Refettorio: João Frankenfeld cozinha na Lapa
Refettorio: João Frankenfeld cozinha na Lapa./Divulgação
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Vino tem peixes e vinhos

Vinhos e frescores marinhos é a boa ideia do Circuito do Mar no Vino! Copacabana. O cardápio traz entradas como o Tartare de Salmão (R$ 58,00), com ervas finas, maçã verde, mostarda dijon e chips de batata doce; ou o Ceviche! (R$ 58,00), que leva peixe branco, manga e cebola roxa. Entre os principais, a Pescada (R$ 79,00) é servida com purê de mandioquinha e vinagrete. Os vinhos brancos acompanham bem.

Rua Santa Clara, 8-A, Copacabana. Tel.: Tel: (21) 99434-7952. @vino.copacabana.rj

Vino: o tartare de salmão está na casa de Copacabana
Vino: o tartare de salmão está na casa de Copacabana./Divulgação

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Sobremesa romântica no Térèze

O clima e o cenário ajudam, com o luxo rústico e natural do restaurante Térèze, do hotel Santa Teresa MGallery. A casa preparou seu Valentine’s Day nesta sexta (14), quando vai oferecer uma sobremesa exclusiva: o entremet de espumante rosé com morango e coco (R$ 60,00). O prato estará disponível no almoço e no jantar comandados pela chef Luanna Malheiros.

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Rua Almirante Alexandrino, 660, Santa Teresa. Tel.: (21) 3380-0200. @santateresamgallery

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Pura Rio

Situado entre o Canal de Marapendi e a Pedra da Gávea, o estabelecimento cercado por natureza é um recanto para quem busca desacelerar, aproveitar atividades ao ar livre e degustar um brunch saudável. A decoração colorida e repleta de plantas da casa, indicada entre os melhores vegetarianos por VEJA RIO COMER & BEBER 2024, combina com os variados tons do menu plant-based e orgânico. A tapioca com massa cor-de-rosa e recheada com queijo de castanha-de-caju (R$ 32,00) e a toast com pão de fermentação natural, homus, fatias de abacate, tofu mexido e parmesão vegano (R$ 34,00) estão entre os destaques para começar o dia. Já o surpreendente croissant traz crocante de nozes na cobertura, manteiga de macadâmia e geleia de morango da casa (R$ 32,00). Para além do restaurante, aulas de ioga, passeios de lancha e uma lojinha com produtos de surfe estão entre os serviços oferecidos por ali.

Preços checados em outubro de 2024.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Como Escolher um Bom Vinho sem Gastar Muito?

Como Escolher um Bom Vinho sem Gastar Muito?

Escolher um bom vinho sem gastar muito pode parecer um desafio, mas com algumas dicas práticas e conhecimento, qualquer pessoa pode se tornar um expert. Neste artigo, vamos explorar como escolher um bom vinho sem gastar muito, combinando conceitos técnicos com dicas culturais e sensoriais para tornar sua experiência muito mais envolvente e econômica.

Compreendendo a Qualidade do Vinho

Para escolher um vinho de qualidade, é essencial entender seus componentes. A qualidade é influenciada por fatores como solo, clima e práticas de vinificação. Vinho de regiões como Borgonha ou Bordeaux, por exemplo, são conhecidos por suas características distintas devido ao terroir único. No entanto, é possível encontrar vinhos de alta qualidade de regiões menos conhecidas a um preço mais acessível.

Considere explorar vinhos de regiões emergentes, onde o custo pode ser significativamente menor, mas a qualidade ainda alta.

Ao escolher um vinho, a variedade de uva e a região de origem podem fornecer pistas sobre o estilo e sabor do vinho. Uvas como a Malbec da Argentina ou o Tempranillo da Espanha costumam oferecer ótimo custo-benefício. Conhecer estas combinações ajuda na hora de encontrar um vinho que agrade o paladar sem estourar o orçamento.

Dicas Práticas para Economizar em Vinhos

Para economizar, comece analisando a safra: anos não tão renomados podem oferecer ótimos vinhos a preços mais baixos. Procure também por marcas próprias de supermercados, que tendem a ter um preço mais acessível. Participar de clubes de vinho ou aproveitar promoções pode também ser uma forma de descobrir vinhos de qualidade por menos.

O Aspecto Sensorial: Sabores e Aromas

Um dos prazeres do vinho é a experiência sensorial completa que proporciona. Quando experimentar um vinho, preste atenção nos aromas que você identifica – frutas, especiarias, notas florais – e na sensação que ele oferece ao paladar. Mesmo vinhos mais simples podem oferecer experiências ricas e satisfatórias se você souber como encontrá-las.

Incorporando o Vinho na Cultura e Emoção

O vinho é mais do que uma bebida; é uma forma de se conectar com culturas e tradições ao redor do mundo. Reserve um momento para apreciar toda a história que um vinho pode conter. De festas a refeições cotidianas, o vinho pode tornar cada momento especial, mesmo sem esvaziar sua carteira.

A escolha de um bom vinho sem gastar muito envolve conhecimento, paciência e curiosidade. Ao explorar novas regiões e variedades, prestar atenção ao aspecto sensorial e aplicar dicas práticas, você poderá desfrutar de excelentes vinhos com confiança e economia. Pronto para fazer sua próxima escolha de vinho? Experimente algo novo hoje mesmo!

Perguntas Frequentes

Como posso identificar um vinho de boa qualidade?

Identifique um vinho de boa qualidade considerando a região de produção, o ano da safra e a variedade de uva. Leia avaliações e experimente explorar rótulos de vinícolas menos conhecidas.

Quais são algumas regiões menos conhecidas que produzem bons vinhos a preços acessíveis?

Regiões como o Vale do Maule no Chile, Alentejo em Portugal e Mendoza na Argentina são ótimas para encontrar vinhos acessíveis e com ótima qualidade.

O que devo considerar ao comprar vinho em supermercados?

Procure pelas marcas próprias dos supermercados, que geralmente oferecem uma boa relação custo-benefício. Além disso, fique atento às promoções e às recomendações de funcionários que possam ter mais conhecimento sobre os produtos.

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Tudo Sobre Vinho
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ABC do Vinho: O Guia Essencial do Chardonnay

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

O Chardonnay é o vinho branco mais popular do mundo, e por um bom motivo. Ele é produzido a partir de uvas de casca verde que se adaptam a uma variedade de climas, resultando em vinhos versáteis e em diversas faixas de preço. O Chardonnay pode ser fresco e vibrante ou rico e amadeirado. Há algo para todos os gostos, o que explica por que essa uva é tão amada.

Qual é o sabor do Chardonnay?

O Chardonnay é conhecido como a uva dos enólogos porque pode ser cultivado em muitos climas e é fácil de trabalhar na vinícola. Ele permite que o enólogo tenha liberdade criativa para produzir um vinho leve e elegante ou encorpado e amanteigado. O sabor do Chardonnay pode variar dependendo do local onde é cultivado e de como é produzido. No entanto, geralmente é um vinho seco, de corpo médio a encorpado, com acidez e teor alcoólico moderados. Seus sabores variam de maçã e limão a mamão e abacaxi, e também pode apresentar notas de baunilha quando envelhecido em carvalho.

Quais são os sabores do Chardonnay?

Primários: Os sabores do Chardonnay variam desde raspas de limão e mineralidade calcária até maçã assada e frutas tropicais como abacaxi. Existem duas razões para essa ampla gama de sabores: o clima e a data da colheita. Quanto mais frio o clima, mais evidentes se tornam as notas cítricas da uva. O mesmo ocorre com as uvas colhidas mais cedo. Em climas mais quentes e colheitas tardias, as uvas desenvolvem mais açúcar e perdem parte da acidez. Seus sabores evoluem para frutas mais maduras e intensas. Esses são chamados de sabores primários, pois derivam diretamente da uva.

Secundários: O Chardonnay também possui sabores secundários, ou notas, que vêm do processo de vinificação. O primeiro grupo inclui coco, baunilha e especiarias como canela e noz-moscada. Esses sabores surgem do uso do carvalho. Fatores que influenciam o perfil aromático e sua intensidade incluem a origem da madeira (francesa ou americana), o formato do carvalho (barris, lascas ou ripas), o nível de tosta e o tempo de contato com a madeira.

Outro sabor derivado da vinificação é o diacetil, responsável pelo caráter amanteigado frequentemente mencionado por especialistas. O diacetil é um subproduto de um processo chamado fermentação malolática (MLF). As uvas contêm ácido málico, que tem um gosto semelhante ao de maçãs verdes ácidas. Quando uma bactéria benéfica chamada Oenococcus oeni converte o ácido málico em ácido lático, seja naturalmente ou com a intervenção do enólogo, a nota de maçã verde suaviza ou desaparece, enquanto o diacetil – a nota amanteigada – aumenta. Os enólogos incentivam essa conversão para reduzir a percepção de acidez intensa em favor da textura mais arredondada e cremosa do ácido lático, que remete à manteiga.

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Plantação de uvas chardonnay

Por que o Chardonnay é tão popular?

Essa uva branca tem uma longa e nobre história, que começa com suas raízes no Velho Mundo, na Borgonha. Alguns dos Chardonnays mais cobiçados – e, portanto, mais caros – do mundo vêm dessa região da França. O Chardonnay também é uma das três uvas-base do Champagne e é a única uva usada no Champagne Blanc de blancs.

Eventualmente, a uva chegou à Califórnia, onde se tornou a variedade branca mais amplamente plantada do estado. Os americanos se apaixonaram pelo Chardonnay porque ele produz um vinho que agrada a um público amplo.

Qual é a diferença entre Chardonnay com e sem carvalho?

Você provavelmente já viu enólogos ou marcas promovendo seu Chardonnay como envelhecido em carvalho (oaked) ou sem carvalho (unoaked). Um enólogo que deseja que seu Chardonnay tenha um sabor fresco e vibrante geralmente usa tanques de aço inoxidável para fermentar e armazenar o vinho antes do engarrafamento. Isso limita a influência do oxigênio e preserva o caráter fresco do vinho.

Quando um enólogo busca criar um vinho mais encorpado, com sabores secundários de baunilha e especiarias, ele pode fermentar e envelhecer o vinho em carvalho ou fermentá-lo em aço inoxidável e depois envelhecê-lo em carvalho. O Chardonnay envelhecido em carvalho muitas vezes passa por fermentação malolática total ou parcial enquanto está no barril, além de ter contato com as borras (leveduras mortas). O sabor de baunilha e especiarias, somado à textura arredondada e cremosa resultante da micro-oxigenação, do contato com as borras e da fermentação malolática, produz um vinho estilisticamente oposto ao Chardonnay sem carvalho.

Onde são produzidos os melhores?

Não existe um “melhor Chardonnay”. Uma pergunta melhor seria: que estilo de Chardonnay você gosta de beber? As diferenças entre os vinhos de diferentes regiões devem-se, em grande parte, ao clima e às tradições de vinificação.

Chardonnay de Clima Frio

Regiões mais frias produzem Chardonnays com maior acidez, sabores cítricos e mineralidade, além de serem mais leves em corpo e teor alcoólico.

Velho Mundo: Borgonha (França), Champagne (França), Alemanha, Áustria, norte da Itália.

Novo Mundo: Ontário (Canadá), Sonoma Coast (Califórnia), Anderson Valley (Califórnia), Willamette Valley (Oregon), Tasmânia (Austrália), Mornington Peninsula (Austrália), Nova Zelândia, Casablanca e Leyda Valley (Chile).

Chardonnay de Clima Quente

A maioria das regiões produtoras de Chardonnay de clima quente está no Novo Mundo. Esses vinhos tendem a ter menor acidez e sabores mais maduros, de frutas como pêssego amarelo, mamão e abacaxi. São geralmente mais encorpados e com maior teor alcoólico.

Velho Mundo: Grande parte da Espanha, sul da Itália (embora essas distinções estejam mudando com o aquecimento global).

Novo Mundo: A maior parte da Califórnia, sul da Austrália, grande parte da África do Sul.

O Chardonnay contém açúcar? E quanto a calorias e carboidratos?

O Chardonnay geralmente é produzido em estilo seco. Isso significa que, após as uvas serem prensadas, o açúcar do mosto é convertido em álcool pelas leveduras. Quando todo o açúcar é consumido, obtém-se um vinho totalmente seco.

Às vezes, um pouco de açúcar residual (RS – residual sugar) é deixado para dar um toque de riqueza e doçura ao vinho, ou porque a fermentação não foi concluída. No entanto, um vinho com alguns gramas por litro de RS ainda é considerado seco.

Isso não significa que o vinho não contenha calorias. O álcool tem calorias. Normalmente, uma taça de 150 ml de Chardonnay tem 120 calorias, e uma garrafa de 750 ml contém cerca de 625 calorias. Se um Chardonnay tiver um leve teor de açúcar residual, conterá uma pequena quantidade de carboidratos. Vinhos secos costumam ter entre 0 e 4 gramas de carboidratos.

Como devo servir esse vinho?

Como todos os vinhos brancos, o Chardonnay deve ser servido gelado. Se estiver muito quente, o álcool se destaca e os sabores ficam confusos. Se estiver muito frio, os aromas e sabores são atenuados. A faixa ideal de temperatura é de 10–13°C, que pode ser alcançada com duas horas na geladeira ou 30–40 minutos em um balde com gelo e água.

Se não terminar a garrafa, tampe-a e volte a colocá-la na geladeira. O vinho permanecerá fresco por 2–4 dias. Depois disso, começará a oxidar e será melhor aproveitado para cozinhar.

Quais alimentos combinam melhor com esse vinho?

A versatilidade do Chardonnay permite harmonizações variadas. Versões leves e sem carvalho combinam bem com ostras, frutos do mar e queijos frescos. Já os mais encorpados e amadeirados harmonizam com carnes brancas, queijos curados e pratos com molhos cremosos.

Como o Chardonnay se diferencia do Pinot Grigio e do Sauvignon Blanc?
Cada um desses vinhos é feito de uma variedade de uva distinta. Quando um vinho é produzido a partir de uma única uva, ele é chamado de vinho varietal.

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Como as Mulheres Estão Transformando o Mercado de Vinho?

Como as Mulheres Estão Transformando o Mercado de Vinho?

No vasto e apaixonante universo do vinho, um movimento significativo tem chamado atenção: como as mulheres estão transformando o mercado de vinho? De vinícolas comandadas por mulheres a somelières premiadas, esse grupo de visionárias está redefinindo o setor com inovação, sensibilidade e estratégia. Neste artigo, exploramos essa revolução através de uma lente multidimensional, considerando aspectos técnicos, culturais e sensoriais.

A Influência das Mulheres na Vinicultura

As mulheres vêm desempenhando papéis cruciais na vinicultura, desde a gestão de vinícolas até a inovação em técnicas de produção. Estudos mostram que empresas lideradas por mulheres tendem a apresentar maior sustentabilidade e diversidade. A introdução de práticas agrícolas orgânicas e biodinâmicas é um exemplo da contribuição feminina para a produção de vinhos mais saudáveis e ecológicos.

No Napa Valley, por exemplo, mulheres já lideram cerca de 10% das vinícolas, uma cifra que continua a crescer.

Aspectos Culturais e Históricos: Uma Jornada de Resiliência

Historicamente, o papel das mulheres no vinho foi minimizado, mas isso está mudando. Mulheres têm enfrentado e superado barreiras culturais, desafiando preconceitos para se estabelecerem como líderes respeitadas no setor. Instituições como a “Women in Wine Industry” estão promovendo a igualdade e o reconhecimento através de programas de mentoria e workshops.

Experiências Sensorial e Estética dos Vinhos Produzidos por Mulheres

Vinhos criados por mulheres são frequentemente elogiados por suas características únicas que sublinham equilíbrio e complexidade. As somelières relatam que vinícolas lideradas por mulheres costumam focar em uma abordagem mais holística no processo de degustação, apresentando sabores e aromas que evocam emoções e conexões pessoais.

“Os vinhos são como obras de arte; eles ressoam profundamente com a alma”, comenta Jane Anson, crítica de vinhos renomada.

O Futuro e a Educação no Mercado de Vinho

Como podemos apoiar as mulheres no mercado de vinho? Educar é a chave. Cursos específicos para mulheres, como a certificação WSET, estão mais acessíveis e adaptados, preparando-as para papéis de liderança. Além disso, iniciativas de networking e apoio mútuo são essenciais para criar um ambiente mais inclusivo e progressista.

O impacto das mulheres na transformação do mercado de vinho é inegável e promissor. À medida que mais mulheres se envolvem e inovam, o setor se torna mais dinâmico e diversificado. Nós, como consumidores e participantes, podemos apoiar esse movimento prestigiando vinícolas lideradas por mulheres e promovendo a educação contínua no setor. Vamos embarcar juntos nessa emocionante jornada vinícola!

Perguntas Frequentes

Como as mulheres conseguem destaque na indústria do vinho?

As mulheres estão se destacando ao assumir papéis de liderança, implementar práticas sustentáveis e inovar nas técnicas de vinicultura. Programas de educação e redes de apoio também ajudam a promover seu crescimento no setor.

Quais são as características sensoriais dos vinhos produzidos por mulheres?

Vinhos produzidos por mulheres frequentemente apresentam um equilíbrio notável e uma complexidade que reflete um enfoque cuidadoso e intuitivo na degustação e produção.

Que ações podem ser tomadas para apoiar as mulheres na vinicultura?

Apoiar vinícolas lideradas por mulheres, participar de eventos e redes de apoio, além de incentivar o ensino e desenvolvimento de habilidades são maneiras eficazes de promover essa transformação no mercado de vinhos.

Qual a importância das redes de apoio para as mulheres no vinho?

Redes de apoio fornecem mentoria, oportunidades de crescimento, troca de experiências, e uma plataforma para enfrentar e superar desafios comuns na indústria do vinho.

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Tudo Sobre Vinho
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Piemonte não é só Barolo e Barbabarsco: conheça os vinhos de Langhe, um dos principais polos vinícolas da Itália

Barolo e Barbaresco, diz-se, reinam no Piemonte, e é verdade. Entretanto, a região de Langhe nos entrega muitos mais vinhos que não só estes dois icônicos piemonteses. A viticultura em m Langhe remonta há séculos, com registros que indicam a produção de vinhos desde a época romana. Ao longo dos anos, a região consolidou-se como um dos principais polos vinícolas da Itália, combinando técnicas tradicionais com inovações modernas para produzir vinhos de alta qualidade. Localiza-se na região noroeste da Itália, no baixo Piemonte, entre o Rio Pó e os Apeninos da Ligúria, acerca de uma hora ao sul de Turim, capital do Piemonte. Cabe ressaltar que Alba destaca-se como a principal cidade produtora de vinhos em Langhe. Situada no coração da região, é um centro vital para a produção e comércio de vinhos, além de ser famosa por suas trufas brancas.

Sobre as denominações de origem, é importante ressaltar que as denominações “Barolo” e “Barbaresco” são reservadas para vinhos tintos produzidos exclusivamente a partir da uva Nebbiolo, seguindo regras rigorosas de produção e envelhecimento, dentro de uma área geográfica específica que inclui 11 comunas, como Barolo, Serralunga d’Alba e La Morra. Já a denominação “Langhe” é mais ampla e flexível, permitindo a produção de vinhos tintos, brancos e espumantes a partir de diversas variedades de uvas, abrangendo uma área geográfica maior dentro do Piemonte. O Langhe produz vinhos tintos a partir de uvas como Dolcetto, Freisa, Barbera  e Nebbiolo. O Dolcetto resulta em vinhos frutados, com taninos suaves e acidez moderada, tornando-os agradáveis para consumo jovem.

Já os vinhos de Nebbiolo, fora das denominações Barolo e Barbaresco, apresentam notas de frutas vermelhas, flores e especiarias, com estrutura tânica marcante e bom potencial de envelhecimento. Os Barberas são notáveis por sua acidez, e os Freisas, pela delicadeza. Os vinhos brancos do Langhe são frequentemente elaborados a partir das uvas Arneis e Cortese. O Arneis  origina vinhos aromáticos, com notas de frutas de caroço, flores brancas e uma acidez equilibrada. O Cortese, por sua vez, produz vinhos leves, frescos e com toques cítricos.

A região, também, é conhecida pela produção do Moscato d’Asti, um espumante doce e aromático, elaborado a partir da uva Moscato Bianco. Apresenta aromas intensos de frutas como pêssego e damasco, além de flores brancas, com uma doçura equilibrada e baixo teor alcoólico. Os vinhos tintos de Langhe, elaborados a partir de uvas como Dolcetto e Freisa, geralmente são destinados ao consumo mais jovem, apresentando uma longevidade menor em comparação aos robustos Barolo e Barbaresco. Esses vinhos tendem a ser consumidos entre 2 a 5 anos após a safra, mantendo sua vivacidade e frescor. Os viticultores de Langhe adotam práticas que valorizam a sustentabilidade e a expressão do terroir. Há uma tendência crescente em direção ao cultivo orgânico e biodinâmico, visando a manutenção da biodiversidade e a saúde do solo.

A colheita é predominantemente manual, permitindo uma seleção cuidadosa dos cachos. A escolha do momento ideal para a colheita é crucial, especialmente para variedades como a Arneis, garantindo o equilíbrio entre acidez e maturação fenólica. Após a colheita, as uvas passam por desengace e prensagem suave. A fermentação é conduzida em temperaturas controladas para preservar os aromas varietais. No caso dos brancos, como os de Arneis, a fermentação ocorre em tanques de aço inoxidável, mantendo a frescura e a pureza aromática. Embora a produção de vinhos varietais seja predominante, alguns produtores de Langhe elaboram vinhos de corte (assemblage),  sendo que merecem destaque os de Monferrato Rosso (DOC) e os ditos Langhe Rosso. Esses vinhos de corte refletem a versatilidade e a capacidade dos produtores de Langhe em harmonizar tradição e inovação, resultando em rótulos que agradam a diversos paladares.

Vou sugerir alguns vinhos do Langhe, todos mais acessíveis e mais fáceis de beber que seus nobres irmãos Barolo e Barbaresco. E começo pelo Abbona Marziano Langhe Barbera Casaret, tinto fresco e com ótima acidez, por conta da casta Barbera. O  Langhe Nebbiolo DOC Firagnetti, é um tinto encorpado, produzido por vinificação  sustentável e que acompanha muito bem massas recheadas e carnes bem temperadas. O Brandini Filari Lunghi Dolcetto D Alba é uma ótima pedida para se conhecer os tintos desta uva meio marginalizada por aqui; ele é fácil de beber, dotado de ótima acidez e segue muito bem com carnes grelhadas, polpetone com molho de tomate fresco e risottos em geral. Um branco excepcional do Langhe é o Pio Cesare Chardonnay L’Altro, que segura bem uma lagosta ao molho cremoso de estragão, o risotto de açafrão com abóbora e gorgonzola e o delicioso vitello tonnato. Da casta nativa Cortese, sugiro um vinho simples e muito bom, o Toso Piemonte Cortese DOC, que vai bem com pratos frio  em geral, inclusive ostras ao natural. E, encerrando as sugestões, um espumante que vai bem com sobremesas doces, queijos fortes e até sorvetes: o Espumante Asti Patrizi  DOCG (Manfredi), da casta Moscato. Langhe, vale a pena conhecer e explorar seus vinhos. Salut!!

Fonte:

vinho – Jovem Pan