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Vinhos da Bairrada se destacam pela aura de modernidade que cativa os consumidores

Portugal, a despeito da sua extensão territorial, apresenta farta diversidade entre as regiões produtoras de vinhos e, ao meu ver, a Bairrada é daqueles que tem a guarda da tipicidade como um de seus valores fundamentais. Como certa vez disse o saudoso Mestre Saul Galvão, a Bairrada é uma terra em transe. O cultivo de uvas por lá ocorre há muito tempo, entretanto a região só foi oficialmente demarcada em 1979. Localiza-se um pouco a oeste do Dão, entre as cidades do Porto e Coimbra. Seu nome vem de “barro”, lama típica que caracteriza seu solo. Quando se fala da Bairrada, como bem destacou Nuno de Oliveira Garcia, “não existe enófilo exigente que não reconheça as qualidades e o forte carácter dos fantásticos vinhos da região”. O consumo dos vinhos da Bairrada têm crescido dia a dia e há algum tempo, tem existido mudança e inovação na Bairrada, e não começou nos dias de hoje. Produtores como Luís Pato e Carlos Campolargo, entre outros, tudo fizeram para que a região, ainda antes dos anos 90 do século passado, mantivesse uma aura de qualidade e modernidade e cativasse consumidores. Do primeiro, surgiram os mais relevantes ensaios com o estágio da Baga em barricas de carvalho francês, e do segundo provieram vinhos apelativos e modernos com base, em muitos casos, em castas menos comuns, algumas estrangeiras.

Seu relevo e clima, têm características planas e litorais com chuvas abundantes e temperaturas médias suaves. Como afirmo acima, a produção de vinhos existe na região desde longo tempo, precisamente, a partir do século X. Foi no século XIX, contudo, que a sua fama no cultivo de vinhas e elaboração da bebida tomou corpo e se estruturou, se mantendo firme e forte até hoje. A principal uva da Bairrada, considerada a casta local, é a Baga, que corresponde a pelo menos 50% das uvas plantadas na região; uma variedade tinta cujos taninos são muito ricos e presentes, garantindo aos seus vinhos uma longevidade elevada. Entre as brancas, a que mais se destaca é a Fernão Pires, que lá recebe o nome de Maria Gomes, resultando na produção de vinhos aromáticos e florais. Lá atrás, a região se tornou famosa pelos seus espumantes que são indissociáveis desta região, até porque as suas uvas de elevado grau de acidez, a par da sua baixa graduação, são perfeitas para a produção do vinho espumante, caracterizado por um aroma bastante fino. Nos vinhos tintos da Bairrada, de cores granada e rubi, predominam um sabor harmonioso e um aroma frutado que, com o tempo, vai evoluindo para outros aromas mais complexos.

Os brancos da Bairrada, longevos, estruturados e gastronômicos, têm lugar especial na mesa dos portugueses, que os apreciam de sobremaneira. O espumante da Bairrada, especialmente o tinto seco, é o grande acompanhante da carne de porco grelhada e há um prato que marca a Bairrada: o leitão. O Leitão à Bairrada é um dos pratos mais apreciados da culinária portuguesa. A origem do prato encontra-se no século XVII, quando a criação de suínos tornou-se excedentária em terras da Bairrada, o que levou a sua comercialização. O documento mais antigo que registra a iguaria é uma receita conventual de 1743, escrita em um caderno de refeitório do Mosteiro de Lorvão. Ele é assado por horas a fio em forno a lenha e é servido com batatas a portuguesa e algumas verduras. Em 2011, o leitão foi reconhecido como uma das sete maravilhas da gastronomia de Portugal, se tornando patrimônio histórico e gastronômico do país. Seu grande companheiro, ao meu ver, é o espumante Murganheira, tinto bruto, que pode ser encontrado aqui no Brasil. O Raposeira Super Reserva Rosé, também é um excelente companheiro para o Leitão à Bairrada. Dos tintos da Bairrada sugiro o Caves Aliança, da casta Baga e de longevidade incrível. O branco da Bairrada que, para mim, está dentre os maiores brancos do mundo é o Palácio de Buçaco, também a venda por aqui. Para aqueles que apreciam o vinho português recomendo especial atenção aos da Bairrada e àqueles que não conhecem, é uma boa oportunidade para transitar por vinhos de tipicidade a toda prova. Salut! 

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vinho – Jovem Pan
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Os rosados cresceram e se multiplicaram

Os dias de glória dos vinhos rosados estão de volta, em mais uma onda pink que está tomando o planeta, desta vez em múltiplos estilos.

 

Quem tem alguma idade e boa memória, vai lembrar de uma onda dos anos 1970, quanto rosados meio-doces eram os mais chiques e os mais presentes nas taças. Rosé d’Anjou, Lancers e Mateus Rosé eram muito populares. Este último, por exemplo, uma marca portuguesa, explodiu em vendas após a Revolução dos Cravos em 1974, na qual o regime ditatorial foi deposto e a democracia implantada. Neste ano os EUA importaram nada menos que 20 milhões de garrafas deste vinho, tornando-o a época o vinho mais vendido no mundo.

 

Desde então os rosés oscilaram em vendas e em estilos. Depois dos demi-sec, tivemos, nos anos 1990 e 2000 uma onda de rosés de “estilo novo mundo”. Estes tinham cor mais intensa e estilo frutado, e vinham da Califórnia, Chile, Argentina e Austrália, principalmente. Enquanto isso os rosés da Provence-França, muito claros, secos, muito leves e elegantes, mantiveram-se atemporais.

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Na última década vimos dois movimentos no mercado de rosados. Primeiramente uma escalada no consumo. Embora no Brasil o tinto ainda seja mais de 70% do mercado, o rosé, com cerca de 5%, é a tipologia que mais cresce. A Nielsen Consulting divulgou que houve uma alta de 40% na venda de rosados no varejo em durante a pandemia.

 

Depois, uma convergência de estilos. Os frutados do novo mundo perderam espaço e produtores de toda a parte começaram a emular o “estilo Provence”. Hoje temos excelentes exemplares de várias origens, incluindo Brasil, em estilo provençal, de cor mais clara e mais leves.

 

As duas mais recentes ondas, contudo, observadas, nos últimos dois ou três anos, são, primeiramente o consumo masculino nos rosados, e depois a volta dos rosés mais intensos.

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“The real men drink pink” é o slogan em camisetas mundo afora. A onda puxada por astros e produtores de vinhos rosés, como Brad Pitt e Bon Jovi, tem tomado força, principalmente nos EUA.

 

Os rosados mais intensos, como uma resposta ao fato de que a última década ter visto todos os rosados ficarem mais claros e leves, tem agregado riqueza à categoria. Em um recente almoço com um produtor, ao me servir seu rosé ele disse de forma brincalhona e pejorativa, “este não é um simples rosezinho da Provence”, referindo-se a maior estrutura de seu produto.

 

Alguns exemplares desta mais recente onda, de rosados intensos na cor e paladar, chegam a resgatar um nome pouco conhecido, o Clarete. Este era o nome pelo qual os ingleses chamavam os vinhos de Bordeaux na idade média, por sua pouca cor. Hoje nesta região existe uma Appellation d’Origine Contrôlée (AOC) chamada “Bordeaux Clairet”, para rosados mais encorpados, quase tintos.

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Esta multiplicidade de estilos, hoje todos disponíveis, atende uma variada gama de consumidores e também de ocasiões de consumo. O rosé não é mais só mulheres na piscina. Hoje há produtos para que vão dos secos aos meio-doces, dos muito leves aos quase tintos, possibilitando uma ampla gama de possibilidades à mesa ou fora dela.

 

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Taça meio vazia

“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.” Neste ano, a França tem tido provas amargas disso. A verdade dessas palavras de Camões vem se abatendo sobre um dos maiores símbolos do país: o vinho. O governo está pagando aos produtores para que destilem vinho — ou seja, extraiam dele o álcool — e joguem o resto fora, livrando-se assim do excedente de produção.

Não é a primeira crise de oferta agrícola da história. E provavelmente não será a última, pois o pragmatismo é a regra nesse campo. Nós, brasileiros, vamos nos lembrar de situação semelhante com o café nos anos 1930, durante a Grande Depressão mundial, quando estoques eram queimados para tentar fazer subir a cotação internacional do nosso principal produto de exportação.

Há outros exemplos. Nos Estados Unidos, no começo do século passado, uma safra avantajada de laranjas deu origem ao suco industrializado. O invento por sua vez estimulou a produção da fruta, levando, em anos recentes, a novos excedentes, que acabaram destruídos. Mais tarde, no final do século, os europeus tiveram de conter a produção leiteira e transformar leite fresco em pó.

Conheço de perto o orgulho que muitos agricultores têm de seu trabalho, e muito me compadeço com os produtores de vinho. Orgulho mais que compreensível, diante do investimento afetivo colocado, dia após dia, em suas fileiras de plantios. Vistas de fora, podem parecer todas iguais, mas não são.

Na França, cultivos antigos, muitas vezes passados de geração para geração, devem mudar de feição. Pois, com o dinheiro extra do governo, os viticultores prometem adotar uma estratégia radical: desenraizar parte de suas vinhas.

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“Os costumes e as vontades mudam, mas hábitos culturais não morrem tão facilmente”

A preocupação na França não é de hoje. Os problemas vinham se acumulando ao menos nos últimos cinco anos, e não devido ao crescimento da produção (a segunda maior do mundo, depois da italiana). A questão é que o consumo diminuiu. Caíram as importações de grandes compradores, como a China e os Estados Unidos. E caiu também a demanda interna.

E aí entram os costumes. Há setenta anos, um francês bebia 130 litros de vinho ao ano. Agora, são apenas 40. Até fatores em que não costumamos pensar desincentivam o consumo, como o fato de que há muitos lares em que os filhos são criados por apenas um dos pais. O que isso teria a ver com o consumo de vinho? Bem, sem outro adulto por perto, é menos convidativo sacar a rolha de uma garrafa inteira no jantar. Além disso, os novos padrões de consumo dos jovens indicam a preferência cada vez maior pelos drinques.

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Aliás, por falar em drinques, as regras para a destilação do vinho francês deixam claro que o álcool obtido desse processo não pode ser destinado a outras bebidas, para não estimular a concorrência. Por ora, ele só pode ser usado em outro produto típico francês: os perfumes.

Apesar das adversidades, no entanto, o vinho francês há de resistir. Os costumes e as vontades podem se modificar, mas, nem que seja por nostalgia, hábitos culturais não morrem tão facilmente. Um copo meio vazio é também um copo meio cheio. O mesmo vale para uma taça — de malbec, merlot, chardonnay, pinot noir, carménère e tantos outros vinhos. Santé!

Publicado em VEJA de 8 de setembro de 2023, edição nº 2858

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Vinho – VEJA
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Guia MICHELIN: como os restaurantes do Rio serão avaliados?

Em meio ao anúncio de que avaliadores do Guia MICHELIN estariam no Rio de Janeiro novamente, muitas duvidas surgiram. Donos de restaurantes, chefs, restaurateurs passaram a buscar o caminho para a tão sonhada avaliação. Quando e como um restaurante será avaliado? Pensando em sanar dúvidas, nossa coluna entrou em contato com  Gwendal Poullennec, Diretor Internacional do Guia MICHELIN, e fez questionamentos sobre a avaliação.

Como é feita a seleção de restaurantes que serão visitados pelo Guia na Cidade?

Os inspetores do Guia MICHELIN são totalmente independentes na escolha dos restaurantes a visitar. O seu conhecimento do panorama gastronômico local, aliado a um sólido corpo de investigação, acompanhamento e documentação, constituem a base para a identificação dos estabelecimentos que pretendem visitar. Não existe set list e eles estão constantemente em busca de novas tendências culinárias em todo o mundo. No Guia MICHELIN não há cotas, nem nos tipos de cozinha, nem no número de restaurantes recomendados.

Muitas operações foram abertas de um ano para cá. Como é feita essa triagem ou indicação aos avaliadores?

O trabalho de inspetor MICHELIN é de tempo integral e uma das principais qualidades é ser capaz de detectar e experimentar os melhores restaurantes de um destino. Graças à sua experiência, ele detém o conhecimento do cenário gastronômico do RJ e SP e mantém a sua mente aberta para o que há de mais interessante nessas duas cidades. Os inspetores testam restaurantes anonimamente, comportando-se como qualquer outro cliente. A escolha de restaurantes é feita pelos inspetores MICHELIN. A partir da visita, existem cinco critérios imutáveis adotados em todo o mundo são a qualidade dos ingredientes, o domínio das técnicas culinárias, a harmonia dos sabores, a personalidade do chef expressada na cozinha e a consistência tanto no menu como nas visitas regulares. A metodologia do Guia MICHELIN existe há 130 anos e ainda se baseia em visitas de campo anônimas realizadas por equipes de inspeção. Estes critérios são os mesmos em todo o mundo, o que dá força às recomendações. Uma Estrela MICHELIN na Bélgica tem o mesmo valor que uma Estrela MICHELIN no Rio, em São Paulo ou em Singapura.

Personagens do setor de gastronomia da cidade alertaram a este colunista de que avaliadores do guia já estariam no Rio de Janeiro. Isso procede?

Os inspetores estão em campo nesse momento e a fase de inspeção vai até dias antes da revelação da seleção em 2024.

 

Guia Michelin retoma suas avaliações no Rio de Janeiro
<span class=”hidden”>–</span>Divulgação/Divulgação

O Guia MICHELIN retornou ao Rio de Janeiro através de um acordo celebrado entre as Prefeituras do Rio e São Paulo. Segundo dados publicados em diário oficial, os avaliadores estarão na cidade nos próximos três anos. Um montante de 4,5 milhões de reais foi aplicado pela secretaria de turismo do RJ, como garantia de que a cidade terá  a sua publicação nos anos de 2024, 2025 e 2026. A próxima edição será lançada em março de 2024.  Vale ressaltar que desde 2020, a cidade não vinha sendo avaliada pelo renomado Guia.

 

Site: guide.michelin.com 

•             Facebook: @guiamichelinbr 

•             Instagram: @michelinguide 

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Comer & Beber – VEJA RIO
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As sobremesas cariocas que você precisa experimentar no dia do brigadeiro

O Dia do Brigadeiro é celebrado em 10 de setembro, que cai no domingo para a felicidade dos chocólatras e demais amantes desse doce brasileiro que se transforma em muitos. Temos boas dicas para os festejos.

+ Radar gastronômico: petiscos em pizzaria, desconto em japonês e muito mais

Raph's: o querido brownie da casa recebe farto brigadeiro
Raph’s: o querido brownie da casa recebe farto brigadeiroInternet/Reprodução

Na Raph’s Patisserie (Rua Jardim Botânico, 126, tel.: 3576-9008), os brigadeiros branco e preto aparecem como opções de recheio em bolos que podem ser montados na hora pelo cliente, mas o grande sucesso está no brownie da casa recheado e coberto com brigadeiro de chocolate ao leite (R$ 13,00).

Belo cartão de visitas da Absurda Confeitaria (Rua Pacheco Leão, 792, Horto, tel.: 99193-3440), o bolo com massa de cacau intenso e brigadeiro de chocolate amargo no recheio (R$ 25,90, a fatia) é um dos mais pedidos na série de gostosuras do confeiteiro Henrique Rossanelli.

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Sorvete Brasil: brigadeiro gelado na casquinha
Sorvete Brasil: brigadeiro gelado na casquinha//Divulgação

Há uma série de sabores achocolatados entre as delícias geladas do Sorvete Brasil (Rua Maria Quitéria, 74, Ipanema, tel.: 98495-1791), e o brigadeiro é a bola da vez R$ 17,00, uma bola, R$ 73,00, 700 mililitros).

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Leve: pistache é opção no brigadeiro de tâmara//Divulgação

Dona de doces veganos que encantam, a Leve Brigaderia (loja do Shopping da Gáve na Rua Marquês de São Vicente, 52, 1º piso) faz brigadeiros à base de tâmaras importadas, sem glúten e lactose. O Kit degustação contém 12 brigadeiros sortidos nos sabores amêndoa, amendoim, avelã, cacau, canela, castanha de caju, castanha do Pará, coco queimado, nozes, pistache e tradicional (R$ 69,00), e o kit mini mix vem com seis brigadeiros nos sabores amêndoa, avelã, castanha de caju, castanha do Pará, nozes e pistache (R$ 39,00).

Ella: pizzaria tem sobremesa tentadora à base de brigadeiro
Ella: pizzaria tem sobremesa tentadora à base de brigadeiro//Divulgação
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No cardápio da Ella Pizzaria (Rua Pacheco Leão, 102, Jardim Botânico, tel.: 3559-0102), do chef Pedro Siqueira, a Palha é sobremes tentadora que consiste em brigadeiro cremoso com biscoito de pizza, raspas de limão e fio de azeite (R$ 32,00).

Gula Gula: casa aposta no doce de 100% cacau
Gula Gula: casa aposta no doce com cacau 100%Tomás Rangel/Divulgação

Sempre afeito aos clássicos cariocas, o Gula Gula (loja da Lagoa na Av. Alexandre Ferreira, 220, tel.: 98861-0781) oferece tortas inteiras como a de brigadeiro de cacau 100%, sobre base de granola (R$ 190,00, com aproximadamente 10 fatias). A pedida está disponível sob encomenda, nas lojas ou pelo site do Gula Gula.

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Caramelle Lu: uma aquarela de sabores variados em kits
Caramelle Lu: uma aquarela de sabores variados em kits//Divulgação

Explorar novos sabores de brigadeiros é a intenção da Caramelle Lu (Est. dos Três Rios, 426, Freguesia de Jacarepaguá, tel.: 96898-7313), que criou três linhas como o amado doce. A gourmet é constituída dos sabores belga ao leite, belga meio amargo, nozes, capuccino, pistache, frutas vermelhas, brulée, palha italiana e cookies and cream (R$ 3,80 a unidade, no pedido de 25 unidades.

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MP: cupcakes de chocolate cobertos com brigadeiro
MP: cupcakes de chocolate cobertos com brigadeiro//Divulgação

Casa de cupcakes famosos pela qualidade, a MP Tortas Boutique (Av. das Américas 15.000, San Francisco Top Town, Recreio, tel.: 3592-3330) tem sabores para o bolinho como o que vem com brigadeiros por cima, a exemplo do feito com chocolate belga (R$ 15, 00, a unidade).

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Como startup do Rio desenvolveu bolinho de carne de peixe em laboratório

Um ano depois da visita feita pela VEJA RIO ao laboratório localizado no câmpus do Inmetro, em Xerém, na Baixada Fluminense, quando o biólogo Marcelo Szpilman e sua equipe exibiram em tubos de ensaios o cultivo das células retiradas de peixes vivos como linguado, tainha e robalo, o sonho transformou-se em realidade, e a caixa de e-mails de Marcelo vem recebendo mensagens com pedidos que vão de bares do Rio a supermercados da Califórnia, interessados nos primeiros bolinhos de carne de peixe cultivada produzidos no Brasil, com tecnologia fluminense.

+ “Invasión de sabores”: evento no peruano Lima recebe timaço de hermanos

Os protótipos da empresa foodtech Sustineri Piscis, produzidos com a massa proteica do robalo, foram degustados na semana passada em evento fechado, em restaurante do Rio. A conquista fechou com chave de ouro a primeira fase do projeto, que demandou três anos de pesquisa e teve entre os investidores a Frescatto Company.

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“Daqui a dois anos espero poder atender à demanda e ter a carne de peixe por cultivo celular nos melhores restaurantes de Rio e São Paulo. Nosso biorreator é pequeno, de apenas dois litros, então a primeira leva foi medida em gramas”, diz Marcelo, sobre o equipamento alemão de 700.000 reais utilizado para a composição do tecido celular. “Iniciamos a fase de captação para um biorreator de 100 litros, e vamos produzir quilos de carne de peixe”, projeta.

É bom ressaltar que não estamos falando de um produto “plant based” como os trabalhados por diversas startups do mercado, que imita as carnes através do processamento de vegetais, como é o caso da famosa Fazenda Futuro, que tem a cantora Anitta com sócia, mas de carne verdadeira produzida através de células retiradas dos animais, sem a necessidade do abate.

Não estamos fazendo comida de astronauta. É peixe genuíno sem precisar pescar, produzido com inteligência e inovação”, afirma Marcelo Szpilman, que também é diretor-presidente do AquaRio.

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Os primeiros bolinhos de carne de robalo cultivada pela Sustineri Piscis foram feitos com a adição de ingredientes como batata, fécula de mandioca, proteína de ervilha, limão, pimenta e sal, para aprimorar textura e sabor, e depois empanados em farinha e ervas, e fritos no óleo de soja.

Se a comercialização futura das carnes de laboratório desponta como realidade no Brasil, ela depende ainda da autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), meta que está sendo trabalhada com o auxílio do The Good Food Institute (GFI), organização que trabalha a nível global para acelerar a inovação do setor de proteínas alternativas.

Recentemente, a Food and Drug Administration (FDA) autorizou nos Estados Unidos a comercialização do frango de cultivo celular, o que é visto com facilitador para a empresa brasileira. No Oriente Médio, a meca do bife de laboratório, a israelense Future Meat despontou em 2021 como a primeira fábrica de carne cultivada, e desde então já conseguiu reduzir mais de quatro vezes o valor do filé de frango, por exemplo, fruto de alta tecnologia na etapa final de produzir um trecho de carne compacto e com fibras.

Há uma década, a título de lembrança, o primeiro hambúrguer de laboratório, produto de uma pesquisa que consumiu 330 000 dólares (mais de 1,7 milhão de reais), foi custeado por Sergey Brin, cofundador do Google. Nessa seara, um dos maiores investidores é o bilionário Bill Gates, que põe dinheiro atualmente em sete foodtechs.

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A necessidade de encontrar caminhos alternativos para a produção de proteínas animais está explicada em dados como o da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), indicando que, para alimentar os 10 bilhões de habitantes esperados na Terra em 2050, a produção precisará crescer 70%. Algo inviável no sistema atual de criação, pesca e abate, saturado e nocivo ao meio ambiente.

Em 2022, entrevistado pela VEJA RIO a respeito do assunto, o jovem chef Thomas Troisgros afirmou: “O futuro da carne está no laboratório, que sairá cada vez mais de lá com sabor e bom preço”.

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“Invasión de sabores”: evento no peruano Lima recebe timaço de hermanos

Um time latino-americano dos sonhos, entre chefs de trabalhos premiados no estado, vai se reunir em Botafogo para um evento inédito a 12 mãos, além de cinco bartenders e um DJ para a festa ficar completa no Lima Cocina Peruana (Rua Visconde de Caravelas, 113), do anfitrião Marco Espinoza.

+ Da costela à comida de rua, 4 feiras com delícias para provar no feriado

Na próxima terça (12), a partir das 18h, estarão presentes, juntos e misturados, os chefs argentinos Gonzalo Vidal (74 Restaurant) e Gustavo Rinkevich (Rocka), de trabalho destacado em Búzios, assim como o chileno Félix Sánchez, do Místico. O uruguaio Esteban Mateu é outro convidado no grupo que se completa com o peruano Espinoza e o carioca (e filho de argentino) Bruno Katz, do Nosso.

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As coqueteleiras também vêm forte no evento comemorativo dos 10 anos do Lima, e o bartender da casa, Geral Garcia, vai receber Sebastian Alarcon, do 74 Restaurant; Jonas Aisengart, do Chanchada; Ygor Soares, do Rocka; e Felipe Monteiro, do Místico.

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Entre as gostosuras da noite estarão o Arroz de pato defumado com aioli de rocoto e huacatay (R$ 35,00) de Marco Espinoza; o milanesa à parmegiana com aioli, agrião e mortadela no pão brioche com sementes de girassol (R$ 30,00) de Gonzalo Vidal; e o toast de quinoa com guacamole: lagosta confitada (R$ 35,00) de Gustavo; e o crudo de vieiras em concha com uva e maionese de aji amarillo (R$ 35,00), de Félix, entre outras opções.

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Radar gastronômico: petiscos em pizzaria, desconto em japonês e muito mais

Nas comemorações do quarto aniversário, o Jappa da Quitanda inaugura em breve um terraço na unidade de Ipanema, com vista da Praça Nossa Senhora da Paz e acesso através de um elevador privativo, e faz promoções para os clientes em todas as lojas, no mês de setembro. O Jappa Fest terá quatro ações, uma por semana, de segunda a sexta. Na primeira semana, quem visitar qualquer uma das lojas e postar uma foto na casa no perfil do seu Instagram marcando o @jappadaquitanda, ganha um drink (moscow mule, gim tônica ou caipivodka). Na segunda semana, podem ser retirados no Funil da Sorte prêmios que vão de um Rodízio Premium até descontos variados. Na terceira semana, quem baixar e se cadastrar no app de fidelidade do Clube do Jappa vai ganhar uma sobremesa para partilhar com os amigos na mesa. Na quarta e última semana, o Jappa em Dobro será um cardápio especial com opções em dose dupla, com a segunda de cortesia. A marca tem unidades no Centro (Rua da Quitanda, 75), Copacabana (Av. Nossa Senhora de Copacabana, 920), Ipanema (Rua Barão da Torre, 422) e Niterói (Plaza Shopping, 4º Piso, Expansão).

+ Da costela à comida de rua, 4 feiras com delícias para provar no feriado

Há também boas novas nos menus dos restaurantes, como é o caso da premiada pizzaria Ferro e Farinha (loja de Botafogo na Rua Arnaldo Quintela, 23, tel.: 99349-4285), que ganhou novas receitas do chef Sei Shiroma, todas preparadas na lenha. A começar pelo Ferro Beef Wellington (R$ 62,00), versão do chef da tradicional receita, preparada com uma base de massa folhada, coberta por cogumelos, mostarda Dijon e lâminas de rosbife assados na lenha. Ainda nas entradas, o Gnocchi Dourado (R$ 56,00), é feito na frigideira de ferro com molho cremoso de cogumelos portobello e sálvia; e até o sashimi é selado na lenha com creme de queijo borsin, nirá e torradas (R$ 58,00). Para as redondas, Sei trouxe um novo sabor: paleta de cordeiro assado com tâmaras, fior di latte, mussarela defumada, molho de iogurte e siso, batizada de Lamborghini (R$ 67,00).

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Rudä: o frango com quiabo da casa está na fórmula do almoço
Rudä: o frango com quiabo da casa está na fórmula do almoçoTomás Rangel/Divulgação

No Rudä (Rua Garcia D’Ávila, 118, Ipanema, WhatsApp 98385-7051), o chef Danilo Parah tem novidades na fórmula de almoço com duas sugestões de entrada e prato principal, e uma de sobremesa. O Frango com Quiabo está entre os principais, com sobrecoxa de frango prensada e laqueada com barbecue de goiaba, concassé de quiabo com tomate assado, polenta cremosa, molho roti de limão e quiabo tostado. O esquema com entrada, principal e sobremesa sai por R$ 89,00, servido de terça a sexta-feira, exceto feriados.

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Kitchin: temaki aberto para o cliente montar na mesa
Kitchin: temaki aberto para o cliente montar na mesa//Divulgação

Japonês de alto nível situado no primeiro piso do Shopping Leblon, o Kitchin (Av. Afrânio de Melo Franco, 290, tel.: 3190-7166) também lançou novos pratos em seu menu.O Hand Roll (R$ 68,00) é um temaki aberto para ser montado na mesa pelo cliente, com arroz e alga nori, e opções de recheio como pescados do dia, ouriço e ovas, dependendo da disponibilidade. O Yakimeshi de Polvo e Camarão (R$ 84,00) é feito com arroz gohan, camarão, polvo e legumes, e finalizado com pó de nori e flocos de katsuobushi. E o Crispy Rice Kitchin (R$ 38,00) leva robalo picado na ponta da faca e temperado com molho à base de ostras, sweet chili e nirá.

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Da costela à comida de rua, 4 feiras com delícias para provar no feriado

Nos dias 9 e 10 de setembro, sábado e domingo, a Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, receberá uma versão da feira O Fuxico dedicada à comida de boteco, recheada de atrações musicais. A entrada é gratuita e o evento ocorre das 12h às 20h. Haverá delícias como bolinhos de feijão, aipim, bacalhau, espetinhos e outros quitutes. A feira anuncia um reforço de expositores, e subirão ao palco grupos musicais como Confraria Carioca, e o forró da Comadre Forró.

+ Sucesso em São Paulo, Sushi Vaz traz caprichado menu degustação ao Leblon

Nos mesmos sábado e domingo, em Botafogo, das 13h às 21h, a feira Carioquíssima comemora 9 anos de vida com seu time de expositores na Rua Mena Barreto, 150. É o endereço da antiga Furnas, onde será construído o edifício Iconic By Yoo, parceiro nesta edição do evento que reúne moda, gastronomia, artesanato e shows musicais a partir das 18h, além de atrações como espaço kids e tatuadores.

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Na Zona Norte, o Shopping Jardim Guadalupe (Avenida Brasil, 22.155, Guadalupe) recebe o Festival da Costela e Chopp, com entrada gratuita e show musicais no estacionamento para animar a festa que ocorre de quinta (7) a domingo (10). Das 12h às 22h, haverá opções como costela de chão, costela no bafo, pastel de costela, coxinha de costela, além de chope artesanal, drinques, hambúrgueres e outras receitas. No palco, destacam-se os ritmos pop, rock e sertanejo.

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Já o Shopping Nova América, em Del Castilho, também de quinta (7) a domingo (10), promove o festival Comida di Rua, no espaço do estacionamento. Com entrada franca e petiscos a partir de R$ 5,00, haverá mais de 35 expositores, entre food trucks e barracas, oferecendo opções como a carne de sol do Baixinho de Bangu, o cachorro-quente do Gaúcho, a famosa Batata de Marechal, e o hambúrguer de 1 quilo. Atrações musicais estão programadas, com espaço kids e diversos brinquedos. O evento ocorre das 13h às 23h, e até as 22h no domingo.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Enólogo propõe transformar investidores em produtores do próprio vinho

Divulgação

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Cota de vinhas do projeto do argentina Eduardo Tuite

O empresário e enólogo argentino Eduardo Tuite montou um negócio no qual oferece a investidores a oportunidade de se tornar um produtor de vinhos em troca de um baixo investimento. O caso da família Ramos, a primeira a ousar tornar-se sócia acionista, produziu e já vendeu 600 garrafas da sua primeira colheita.

Até algum tempo atrás, ser produtor de vinho era um sonho exclusivo de produtores rurais, milionários e aventureiros dispostos a abdicar de tudo pela paixão pelo vinho. Mas desde que o empresário do turismo Eduardo Tuite entrou no ramo do vinho, a oportunidade de concretizar esse tipo de sonho nunca esteve tão próxima.

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Assim afirma o novo enólogo da região de Pilar, na província de Buenos Aires, o sommelier e empresário Ignacio Ramos que, junto com sua esposa Luli Mazzucchi, decidiram investir na proposta de Eduardo Tuite em “Gamboa Viñas y Bodega”, no Departamento de Campana, a apenas 45 minutos da cidade de Buenos Aires.

Na vinícola Buenos Aires, localizada junto à Rota 9, mais precisamente no Km 65, Tuite iniciou um projeto vitivinícola em 2010, apostando nas primeiras plantas de malbec, pinot noir, cabernet franc e chardonnay. “Não foi um capricho ou uma aventura, para isso consultei a agrônoma e enóloga Gabriela Celeste, diretora da consultoria e laboratório EnoRolland”, diz ele.

“Primeiro eram seis hectares e depois mais quatro hectares de vinha pinot gris, semillón e mais cinco vinhas adicionais, em solo franco-argiloso” conta o empresário e explica que “há dois anos o projecto cresceu com a incorporação de um restaurante ao vinhedo dirigido pelo chef irlandês Edward Holloway.

Com um design sustentável, o restaurante tem capacidade para mais de 150 lugares, uma ampla sala de degustação e uma adega que abriga vinhos próprios da Bodega Gamboa, além de outros rótulos de destaque de vinícolas de Mendoza, Salta, San Juan, Río Negro e , claro, da província de Buenos Aires.

Ao mesmo tempo que o restaurante começou a ser construído, também começou a ser vendido o projeto “Mi Finca Gamboa”, a oportunidade para os amantes do vinho e bons investimentos que consiste na compra de parcelas da vinha e sua respetiva produção de uvas.

Para além de poder desfrutar das vinhas, do restaurante e dos vinhos da Gamboa, Tuite garante que adquirir um terreno na vinha é uma variante original de investimento da economia real.

“A oferta da Gamboa não é uma simples compra de um terreno, é uma possibilidade muito séria de investir numa vinha, de se tornar produtor de vinho, de fazer vinhos e de fazer negócios com a produção de uvas”, explica o empresário.
Há dois anos, o investimento inicial era de US 10 mil (R$ 49,5 mil na cotação atual). Neste ano, o valor subiu para US$ 12 mil (quase R$ 60 mil) e com o tempo a taxa vai aumentando de acordo com a evolução das vinhas e de todo o projeto.

Atualmente, a adega conta com espaços próprios e outros exclusivos para sócios, sendo que no final do ano os proprietários poderão eles próprios decidir sobre a arrumação na adega e seus cacifos. Além disso, a adega aumentará sua capacidade de armazenamento para 3.000 garrafas, às quais os associados poderão acessar e compartilhar seus próprios vinhos e outros – de origem diferente – de propriedade da Gamboa.

No âmbito do programa “Mi Finca Gamboa” para sócios, o enólogo pode participar nos trabalhos da vinha como a colheita e poda da sua própria parcela e desfrutar da adega como parte dela, contanto com as pipas com as marcas que cada sócio pode desenvolver com rótulo apoiados por um enólogo e profissionais de marca e design.

“A idéia de converter investidores em produtores de vinho este ano cresceu, mas acredito que podemos ir além das proximidades de Campana – que conta com cerca de 40 hectares para sua expansão –, e sim a poucos quilômetros de Pinamar, no Partido de la Costa, onde há três novos hectares de vinhedos prontos”, disse Tuite, que já planeja outros investimentos para replicar o fenômeno ocorrido nas terras da reserva Cardales, em Campana.

Investidor e empresário do vinho

Ignacio Ramos e sua esposa Luli Mazzucchi moram a menos de 20 quilômetros de seus vinhedos “Gamboa Viñas y Bodega”, onde, desde o ano passado, vêm e vão não apenas nos finais de semana, mas também nos dias úteis.

“Desde que nos conhecemos, gostamos muito da boa gastronomia acompanhada de bons vinhos”, diz Mazzucchi, a executiva administrativa do casal, de 39 anos, que com a safra 2023 de seu vinho denominado “Atelier” – idealizado com assessoria de Gabriela Celeste – já vendeu quase toda a safra garrafada e, além disso, conquistou uma medalha de ouro na última feira de vinhos de Buenos Aires, realizada nas Malvinas Argentinas.

Como tudo começou? “Vimos uma oportunidade e não a deixamos passar”, diz ela. “Criamos um espaço no Instagram e a partir do @ateliervinoscatados começamos a organizar degustações, primeiro online e depois para pequenos grupos de amigos e conhecidos interessados ​​em vinho.”

Quando a situação social começou a se normalizar, “no verão de 2022, planejamos bem e nos organizamos para continuar desenvolvendo um negócio que não existia até antes da pandemia”.

“Em 2022, por meio de um amigo sommelier, conheci o projeto Gamboa Viñas y Bodega. Fomos com minha esposa conhecer os vinhedos de Campana e assim que passeamos pelos vinhedos nos olhamos e imediatamente percebemos que aquelas conversas de quando tínhamos 25 anos poderiam deixar de ser um sonho”, conta Ignacio. “Sou uma pessoa muito determinada, em quase todos os aspectos da minha vida.”

Os Ramos não demoraram a tomar a decisão, tinham poupanças e não duvidaram que as vinhas da zona de Cardales eram uma grande oportunidade e não podiam deixar passar. Eles investiram US$ 10 mil no primeiro terreno da Bodega y Viñas Gamboa, tornando-se sócio nº 1 do empreendimento imobiliário vitivinícola da província de Buenos Aires.

“Estamos muito próximos [ele mora em Pilar], poderia continuar trabalhando na empresa e junto com minha esposa continuar atendendo o negócio de vendas online, degustações e, além disso, continuar estudando”, explica Ramos. Mas esclarece: “apostamos no negócio juntos, porque não era só pensar em colher uva para tantas garrafas e vender e começar a recuperar o investimento. Não, com a Luli pensamos mais como um negócio imobiliário e também poder desfrutar do processo de fazer o nosso próprio vinho com a minha família, meus filhos e meus pais”.

Este ano os Ramos já compraram outro lote e não descartam outros investimentos futuros. Atualmente, o projeto “Mi Finca Gamboa” já conta com mais de 20 sócios/acionistas, entre empresários, investidores, diplomatas e, claro, outros entusiastas do vinho e da vinha.

*Reportagem publicada originalmente na Forbes Argentina (tradução ForbesAgro)

O post Enólogo propõe transformar investidores em produtores do próprio vinho apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Fonte:

Notícias sobre vinhos – Forbes Brasil