Posted on

As joias produzidas nos vinhedos centenários da região de Toro, na Espanha

Entre as principais denominações de origem do vinho espanhol, a região de Toro ocupa um lugar curioso. Não tem a fama de Rioja, por exemplo, ou da Ribeira Del Duero, ambas de enorme fama internacional obtida graças a condições climáticas ideais e ao trabalho meticuloso de algunas das maiores vinícolas do mundo. Mas têm uma rica e única história que, agora, vem sendo reconhecida.

Trata-se de uma sub-região de Castilla Y León, no centro-norte da Espanha. Foi lá que os primeiros vinhedos do país foram plantados, ainda na época dos romanos. Tem um clima desafiador. Não à toa, os produtores dizem que são nove meses de inverno e três meses de “inferno”. As temperaturas sobem muito na temporada quente, e podem cair para menos de 10°C no inverno. Nessas condições, as uvas lá plantadas, principalmente a variedade tinta Tinta de Toro, como a Tempranillo é conhecida, se aclimataram de forma muito particular.

Há ainda uma grande quantidade de vinhedos muito antigos, com cem, cento e cinquenta e até duzentos anos, que sobreviveram à filoxera, a praga que devastou as zonas vitivinícolas da Europa no século 19. Apesar do histórico, seus vinhos eram conhecidos pela rusticidade e pela potência, e não pega elegância. Essa situação vem mudando rapidamente.

E uma das maiores responsáveis por transformar a imagem dos vinhos de Toro na Espanha e no mundo é a Bodega Numanthia. A vinícola jovem, fundada em 1998, foi batizada com o nome de uma lendária cidade da região, ao norte de Madri, que sobreviveu por mais de 20 anos aos ataques das tropas romanas. Após duas décadas, o poderio militar superior dos conquistadores se mostrou imbatível, mas antes da derrota final a cidade inteira se suicidou como um gesto simbólico de recusa à dominação.

Reprodução
Bodega Numanthia tem três rótulos no portfólio que mostram a diversidade do terroir da região –Reprodução/Reprodução
Continua após a publicidade

A vinícola foi comprada em 2008 pelo conglomerado de luxo LVMH (dono das Maisons de champagne Veuve Clicquot e Krug, do whisky Glenmorangie e de outras 21 marcas de luxo). A partir daí, começou uma transição focada na elaboração de vinhos mais frescos e elegantes, com menor passagem por barricas de carvalho. A chegada do atual diretor, Lucas Löwi, acelerou o processo.

Hoje, a Numanthia tem apenas três rótulos. Termes, a linha de entrada; Numanthia, vinho intermediário que mostra o potencial da região, e Termanthia, topo da linha, cujo nome é uma referência a outra cidade local que resistiu aos romanos.

As uvas que são usadas nos vinhos Numanthia são provenientes de 100 parcelas, sendo que os vinhedos mais jovens têm 55 anos e os mais antigos, 150. O rendimento dessas plantas está entre os menores do mundo, e Löwi afirma que a vinícola é a única a mesclar uvas dos oito diferentes terroirs de Toro. No caso de Termanthia, os vinhedos mais jovens têm 120 anos e os mais velhos, possivelmente mais de 200.

Continua após a publicidade

Outra estratégia adotada para transformar a imagem de vinhos rústicos é reduzir o tempo em barricas, mas deixá-los mais tempo descansando em garrafas antes de finalmente colocá-los no mercado. “Às vezes, eles só são lançados cinco, seis ou sete anos após a colheita”, conta o diretor da vinícola. “Mas quando chegam ao mercado, estão prontos para beber. Não são vinhos de colecionadores”.

O reconhecimento da crítica parece confirmar que a decisão faz sentido. A safra 2017 de Termanthia recebeu 100 pontos do crítico James Suckling, um dos maiores do mundo, e a safra 2015 foi eleita a melhor representação de Toro pelo Guia Espanha 2023 da revista Adega.

Publicidade

Fonte:

Vinho – VEJA
Posted on

Novos ares: antigo Convento do Carmo, no Centro, é transformado em bistrô

O antigo Convento do Carmo, no Centro, que serviu de moradia para D. Maria I, Rainha de Portugal, ganha nesta quarta (13) um bistrô comandado pela chef Teresa Corção. O projeto do Sesc RJ para o Centro Cultural da PGE, que ocupa o convento na Praça XV, terá cardápio com a proposta de valorizar a agricultura familiar fluminense.

+ Que parceria! A empreitada dos sócios do Café ao Leu e Locale em Botafogo

Com 54 lugares, o Bistrô Sesc Convento do Carmo vai funcionar das 11h às 18h, de segunda a sábado, em projeto cuidadoso na edificação tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelo Instituto Estadual de Patrimônio Cultural (Inepac).

Compartilhe essa matéria via:

Além do couvert com pães artesanais e um “caldinho sustentável”, feito com o produto excedente de agricultores do estado, o bistrô vai oferecer pratos como o ceviche de peixe do dia com leite de tigre e pimenta murupi, tartar de batata doce assada e creme de milho; e o tornedor com derretido de queijos do Rio, batatas batatas rústicas com páprica e cúrcuma, e verdes assados.

+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui

Continua após a publicidade

O Sesc RJ também levará atrações artísticas ao local, e a primeira delas é a exposição Abstrações, composta por obras de mulheres entre gravuras, litografias, serigrafias, e instalações, com abertura prevista para outubro.

Compartilhe essa matéria via:

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

Que parceria! A empreitada dos sócios do Café ao Leu e Locale em Botafogo

A união, mais do que nunca, faz a força na animada cena carioca da gastronomia em 2023. Depois da parceria entre o chef Lucio Vieira e o mixologista Frederico Vian, que inauguram nos próximos dias o Celeste, um bar musical na Lapa, quem chega com projeto de perfil inédito na cidade é a dupla formada por Leonardo Gonçalves, do Café ao Leu, e Guilardo Rocha, da pizzaria Locale (os quatro nomes citados, é bom lembrar, foram campeões em suas respectivas áreas na edição 2022/23 do prêmio VEJA RIO Comer & Beber).

+ No dia da cachaça, as promoções e novidades para brindar com a ‘marvada’

A Officina Local, situada na passarela de sabores e boemia da Rua Arnaldo Quintela, em Botafogo, abrirá as portas em dezembro para unir os cafés especiais da excelente curadoria que Leonardo faz, entre pequenos produtores brasileiros, às pizzas da Guilardo, produzidas também a a partir de bons produtos artesanais.

Compartilhe essa matéria via:

Durante o dia, incluindo as manhãs, um balcão de cafés levará à nova casa o serviço consagrado no Café ao Leu, com reforço na cozinha e itens de café da manhã e brunch. À noite, entram em cena as pizzas e uma carta de drinques que terá o café como parte importante da inspiração.

+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui

Continua após a publicidade

O negócio segue a linha crescente das casas que abrem o dia inteiro, com itens para as diferentes fomes e contextos, e incorporam o movimento noturno dos restaurantes. O imóvel está situado no início da rua, na mesma calçada do João Padeiro.

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

No dia da cachaça, as promoções e novidades para brindar com a ‘marvada’

O Dia da Cachaça será comemorado nesta quarta-feira (13), uma data propícia para degustar exemplos da boa produção nacional, em doses ou drinques que homenageiam a bebida.

+ “Restaurante-galeria”: Braseiro Labuta recebe mostra de arte contemporânea

O Galeto Sat’s, um templo cachaceiro e boemio da cidade, vai celebrar a data em parceria com a Cachaça Coqueiro, num evento na filial de Botafogo (Rua Real Grandeza, 212, tel. 2266-6266) em homenagem ao mestre Derivan Souza, mixologitsa e defensor histórico da bebida que faleceu recentemente. A casa informa aos fregueses que o primeiro coquetel rabo de galo é cortesia para quem comparecer. Um bartender estará no balcão fazendo drinques especiais com o brasileiríssimo destilado.

Compartilhe essa matéria via:

/
Chuva Carioca: drinque do Vegan Vegan//Divulgação

Para harmonizar com as criações dos chefs Thina Izidoro e Jan Carvalho, o Vegan Vegan (Rua Hans Staden, 30, Botafogo, tel.: 97167-7078) aposta em drinques à base de cachaça Quero Chuva, que ficarão em cartaz de quarta (13) a domingo. Armazenada por doze meses em tonéis de amendoim-bravo, a cachaça é base para dinques como o Flamingo (R$ 26,00), feito com suco rosa da casa e uma dose da bebida. O Tropical Limonada (R$ 26,00) leva limonada, leite de coco, cachaça e pimenta rosa; e o Chuva Carioca (R$ 26,00) traz chá mate com limão siciliano, água gasosa e cachaça.

A quarta-feira também será marcada, no Coltivi (Rua Conde de Irajá, 53, Botafogo), pelo evento de pré-lançamento da cachaça Cobra Coral, da cachaçaria Pindorama (R$ 40,00, a garrafa de 600 ml). O evento começa às 19h, com drinques preparados por Yuri Evangelista, chefe de bar da casa. A Cobra Coral é um blend de diferentes lotes de boas prouções artesanais.

Continua após a publicidade

Na Academia da Cachaça do Leblon, uma nova carta de cachaças será apresentada neste dia 13 de setembro, com festejos e roda de chorinho. O menu etílico tem textos assinados por Felipe Januzzi, criador do site Mapa da Cachaça, para 11 rótulos novos que foram acrescentados à seleção anterior que teve colaboração de experts como Celio Alzer e Deise Novakoski. Foram criados três trios de degustação que estarão disponíveis durante o mês de setembro no Leblon e na Barra. São eles: Cachaças do RJ: Soledade umburana, Magnífica soleira e Maria Isabel (R$ 77,50); Cachaças de Minas Gerais: Encantos da Marquesa, Áurea Custodio 5 anos, Salinas (R$ 65,90); Cachaças de outros estados brasileiros: Companheira Gatinha, Princesa Isabel, e Weber Haus (R$ 42,50).

/
Caju: casa se especializou em batidas de sabores originais//Divulgação

No Caju Gastrobar (Praça Demétrio Ribeiro, 97-C, Copacabana, tel.: 3264-3713), são boas pedidas as batidas que têm fama na casa, feitas com a cachaça Sete Engenhos Bálsamo (R$ 18,00, 150 ml), ou na versão engarrafada (R$ 85,00, 750ml). Há sabores como Querido Caju, com purê artesanal de caju e limão; Mandobim, com creme de leite e paçoca; Amigo eu nunca fiz bebendo leite, com purê artesanal de morango, leite de coco e limão; e Meu limão, meu limoeiro com leite condensado, suco de limão e gengibre.

/
Hilton Barra: degustação de cachaças de todo o Brasil com petisco de pancetta//Divulgação

O hotel Hilton Barra (Av. Embaixador Abelardo Bueno, 1430, WhatsApp 96738-7848) preparou uma degustação especial com cinco tipos de cachaças premiadas, harmonizadas com a pancetta crocante com especiarias e limão siciliano, petisco criado pelo chef executivo Felipe Moreira. Na régua de degustação (R$ 105,00, incluindo a pancetta) haverá bebidas de excelência como a paraense Indiazinha Cristal; a Yaguara Ouro, do Sul, envelhecida em carvalho americano, cabreúva e mesclada a uma cachaça curtida em amburana; a fluminense Tellura Amburana, envelhecida por dois anos em barris de amburana e jequitibá-rosa; a baiana Matriarca Blend Tropical, armazenada por dois anos em barris de Goiabeira, Jequitibá-Rosa e Louro Canela; a Hilton Barra Extra Premium, parceria com alambique goiano, envelhecida em barris de amburana por cinco anos. Moradores da Barra, Recreio e Jacarepaguá têm 15% de desconto.

Continua após a publicidade

Itahy: coquetel sugerido pela casa tem cachaça, mel e maracujá
Itahy: coquetel sugerido pela casa tem cachaça, mel e maracujá//Divulgação

E no Botequim Itahy (unidade Leblon na Av. Ataulfo de Paiva, 1060, tel.: 2247-3356), um quarentão carioca, a seleção de cachaças conta com dez rótulos e a casa sugere para este dia 13 o drinque Mel do Itahy (R$ 32,00), que leva cachaça Leblon, xarope de mel, licor Fireball, suco de limão siciliano, concentrado de maracujá e espuma de gengibre com maçã.

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

“Restaurante-galeria”: Braseiro Labuta recebe mostra de arte contemporânea

Sucesso com as carnes na brasa, o Braseiro Labuta começa a mostrar com maior intensidade sua face voltada para as artes. O restaurante do chef e empreendedor Lúcio Vieira, que tem entre os sócios o artista Raul Mourão, abre nesta sexta (15) a Coleção Labuta de Arte, exposição de pinturas, fotografias, gravuras e uma obra em neon de artistas de diferentes gerações nas paredes da casa do Centro.

+ Após sucesso na Barra, chef Heaven Delhaye inaugura restaurante na Tijuca

A mostra estará aberta no salão das 18h às 21h, com a curadoria de Raul Mourão, e ficará exposta no ambiente de encontros e gastronomia do Braseiro Labuta.

Compartilhe essa matéria via:

“É uma exposição em permanente transformação e sem data para acabar. Uma experiência que insere arte na vida real, usando o restaurante como suporte para mostrar um conjunto de trabalhos num espaço radicalmente diferente do cubo branco de uma galeria ou museu. Esse conjunto de obras vai mudando ao longo do tempo. Entrando no link da exposição o visitante terá acesso a informações sobre os artistas e as obras e, inclusive, poderá comprar algumas delas através das respectivas galerias ou online”, diz Mourão.

+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui

Continua após a publicidade

Na montagem inaugural serão obras de 25 artistas de diferentes gerações. São eles: André Griffo, Anísio Couto, Bel Pedrosa, Cabelo, Cazé, Daniel Murgel, Deborah Engel, Felipe Abdala, Gabriel Giucci, Geraldo Marcolini, Herbert Zampier, Joana Uchoa, José Bechara, Joshua Callaghan, Luiz Alphonsus Guimarães, Marcos Chaves, Marcus Vinicius Bispo, Maria Laet, Rafael Alonso, Rato Branko, Raul Mourão, Rubem Grilo, Tomás Cunha Ferreira, Walter Carvalho, Zemog.

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

Como Snoop Dogg está quebrando as regras do mercado de vinhos

Divulgação

Divulgação

O rapper Snoop Dogg criou a Cali by Snoop em 2020 e já tem rótulos tintos e rosés

Após 30 anos do lançamento de “Doggystyle”, seu álbum de estreia, Snoop Dogg se tornou conhecido por muito mais do que sua música.

O icônico rapper expandiu sua marca pessoal, indo para a indústria do entretenimento em geral, firmas de capital de risco (com a Casa Verse Capital), marcas de cannabis (a Leafs by Snoop). Nos últimos anos, até deu um passo inesperado no mundo dos vinhos.

“Se você normalmente não bebe vinho e quer experimentar, ou se você já bebe e quer variar, o Cali by Snoop é a realidade. Minha marca é sobre quebrar as regras”, diz ele.

Divulgação

Divulgação

O primeiro lançamento da marca, o Cali Red

A empresa, que faz parte de uma parceria de vários anos com a marca australiana de vinho 19 Crimes, lançou sua primeira garrafa, a Snoop Cali Red, em abril de 2020, surpreendendo a indústria.

Embora cada rótulo tenha uma foto do rosto de Snoop (como muitas outras marcas de vinho de celebridades que fracassaram), o que está dentro da garrafa é o que importa.

O blend de vinho tinto inclui 65% de Petite Syrah, 30% de Zinfandel e 5% de Merlot, todos originários de Lodi, na Califórnia, por US$ 12 a garrafa – R$ 140, em média, no Brasil. Com frutas deliciosas e distintas, uma pitada de acidez e taninos suaves, ele não é apenas um vinho de celebridade… é um vinho decente. Um vinho que você poderia servir em praticamente qualquer lugar.

Leia também:

“Eu garanti que o Cali Red combine com tudo, para que você possa sempre bebê-lo, não precisa ser com comida sofisticada”, diz Snoop. “Ele é doce, com um toque de carvalho e defumado que combina muito bem com churrasco”, completa.

Em princípio, a parceria quebrou estereótipos de que o vinho era reservado para alguns poucos. O homem que transformou gin e suco (“Gin and Juice” é o nome de uma das suas músicas) em um marco cultural não apenas compartilhou seu amor pelo vinho, mas o tornou mais acessível a um público que provavelmente teria continuado com bebidas mistas pelo resto de suas vidas – tudo isso sem comprometer a qualidade.

Divulgação

Divulgação

Com 30 anos de carreira, Snoop Doog vai muito além do rap: é empresário e empreendedor de várias marcas

“Eu não bebia muito vinho quando era mais jovem, mas aprendi que é uma bebida que todos podem compartilhar uns com os outros. E há uma história por trás de cada garrafa. Gosto de contar histórias, e essa é a maneira mais fácil de fazer isso: deguste e relaxe”, diz Snoop.

“O que me deixou animado com este projeto é que tivemos a chance de criar algo que homenageia aqueles como eu, que superaram adversidades e permanecem fiéis a si mesmos”, continua ele. “O Cali by Snoop é audacioso, cheio de caráter e representa o estilo de vida descontraído da Califórnia. É um vinho com alma californiana”, completa.

Inicialmente, a empresa previa vendas “robustas” de 125 mil caixas nos primeiros 12 meses, número que foi ultrapassado em apenas seis semanas.

E, desde o Cali Red, outros produtos têm sido lançados. No final de 2022, a empresa-mãe da 19 Crimes (Treasury Wine Estates) estreou o Cali by Snoop no mercado do Reino Unido, seguido meses depois pelo primeiro rosé da marca, o Cali Rosé. A novidade ajudou a 19 Crimes a se tornar a principal contribuidora no crescimento na categoria de vinhos de toda a Treasury Wine Estates.

“Eu nunca fui um especialista em vinhos e não queria que o Cali by Snoop fosse algo que as pessoas achassem pretensioso”, diz o rapper. “Nesse mundo, falam sobre iguarias, idade e vários detalhes que você não precisa saber para realmente apreciá-lo. Eu escolhi um vinho da Califórnia, que me lembra das minhas raízes na costa oeste e tem um sabor fresco e frutado. Foquei no sabor e em trazer o estilo de vida californiano para o produto, e deixei os especialistas fazerem o seu trabalho”, explica.

Snoop vende, e ninguém sabe disso melhor do que ele mesmo. Suas garrafas até apresentam tecnologia de realidade aumentada (AR) de ponta que dá aos consumidores a oportunidade de fazer perguntas ao “Doggfather” por meio de QR codes.

“Você pode seguir tendências, mas, se não as seguir a longo prazo, não adianta. Você tem de seguir em frente”, diz o rapper e empresário.

Ele é incrivelmente apaixonado por ver o Cali by Snoop evoluir, apesar das lutas da indústria em superar tarifas crescentes, disputas comerciais e a demanda decrescente por vinhos acessíveis.

“Eu amo que as pessoas estejam animadas com o que está por vir”, diz ele. “Temos algumas coisas legais vindo por aí, um branco e alguns espumantes. Então espero poder continuar trazendo novos sabores para os fãs.”

Snoop, como esperado, não mostra medo quando questionado sobre os desafios que estão por vir. “Confie, nada está fora dos limites”, ele brinda.

Veja também: Os melhores restaurantes do mundo em 2023

Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação

O post Como Snoop Dogg está quebrando as regras do mercado de vinhos apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Fonte:

Notícias sobre vinhos – Forbes Brasil
Posted on

As mudanças climáticas vão alterar a qualidade do vinho que tomamos?

Eventos climáticos extremos são uma realidade. Os verões incandescentes do Hemisfério Norte, ou as chuvas que colocam estados debaixo d’água ao sul do Brasil têm transformado a realidade das regiões e também irão provocar mudanças profundas na produção de vinhos e, por consequência, na maneira que apreciamos a bebida.  “Certamente haverá restrições de cultivo em regiões tidas tradicionais, como na França e Itália, que sofrem com o impacto da falta de água”, explicou à coluna Al Vino o especialista Henrique Pessoa dos Santos, que é pesquisador de fisiologia de produção da Embrapa – Uva e Vinho. Isso não quer dizer que tais regiões serão extintas, mas que a maneira de se fazer vinho deverá ser modificada e produtos famosos podem receber “atualizações”, por exemplo. “Colheitas passarão a ser feitas antes ou blends serão mais necessários”, completou Santos.
Outra característica observada com essas mudanças é que elas são migratórias, ou seja, elas se movem e influenciam outras regiões. Enquanto umas enfrentarão dificuldades, outras poderão colher benefícios. A Inglaterra está no time das regiões que podem se dar bem. Antes conhecido pela neblina e pelo clima frio e muito úmido, o país é a esperada bola da vez como nova região de excelência para o cultivo de uvas. Segundo o pesquisador da Embrapa, muitos investimentos nesse sentido já têm sido feitos esperando os próximos anos de clima mais seco e amplitude térmica alta, que protegem e permitem a maturação perfeita das uvas. Assim, os britânicos têm tudo para fazer num futuro próximo um novo brinde: God save the grape!

Aqui no Brasil, a falta de chuva nos últimos três anos na região Sul estava sendo festejada pelos viniviticultores. “É preciso 450 a 500mm de chuva para que a videira feche um ciclo desde que começa a brotar a colheita. Nossa média é de 1500mm ao ano, ou seja, sempre sobra chuva, o que aumenta a presença de fungos. A falta de sol também diminui a fixação dos pigmentos e por fim a falta de amplitude diminui a quantidade de acidez, que é muito importante para qualidade do vinho”, conta Santos, da Embrapa. Ocorre que o período de seca foi sucedido pela passagem do último ciclone. Para se ter uma ideia, em uma única chuva foram despejados dos céus 170 mm.

Não há ainda uma contabilidade precisa dentro das vinícolas, mas o fenômeno certamente afetou pequenas propriedades próximas às beiras de rio, mas não os grandes vinhedos que estão começando a brotar para a colheita de Chardonnay e Pinot Noir, que deve ser realizada em janeiro de 2024. No caso dos bons espumantes produzidos naquela área, cuja colheita é feita com a uva mais verde, de forma a preservar mais acidez, o que garante o frescor deste tipo de vinho, as chuvas não causarão grandes mudanças. Já para os tranquilos, como se denominam os tintos tradicionais, deve haver alguma alteração no padrão quanto ao nível de acidez e pigmento. O que certamente deverá ser corrigido com produtos enológicos, já que a fruta não trouxe tais características, ou serão necessárias adaptações no produto.
Uma das uvas que consegue manter bom nível de acidez, mesmo em locais de noites menos frias, sem grande amplitude térmica, é a Syrah. Por isso, ela é a mais plantada pelo sistema de poda de inverno, ou dupla poda, em regiões como Serra da Mantiqueira, em SP, Minas Gerais e até Goiás. Deverá ser essa cepa francesa a queridinha desses lugares.
Agora, as grandes vinícolas do Sul, que em meados desse ano anunciaram aos quatro ventos que iniciaria uma produção mais “orgânica”, contando com a estabilidade de “La Niña”, faltou mesmo combinar com “a menina”. “Me parece que esses planos deverão ficar para depois, não há como fugir de cuidar das vinhas para se evitar fungos e fazer controle sanitário sem remédios”, afirma o especialista da Embrapa.

Fonte:

Vinho – VEJA
Posted on

Após sucesso na Barra, chef Heaven Delhaye inaugura restaurante na Tijuca

A face italiana do trabalho da chef Heaven Delhaye, com os toques contemporâneos que gosta de imprimir aos pratos, chega ao bairro da Tijuca na segunda unidade do Heaven Cucina, com a matriz no shopping Vogue Square, na Barra da Tijuca.

+ Guia Michelin: como os restaurantes do Rio serão avaliados?

O restaurante está localizado no Shopping Tijuca e será o primeiro fora da Zona Oeste da chef que está à frente do D’Heaven, no shopping Village Mall, e do Nonna Per Heaven, no shopping Park Jacarepaguá.

Compartilhe essa matéria via:

A casa nova abre nesta terça (12) com capacidade para aproximadamente 120 pessoas, e nas duas primeiras semanas vai funcionar no estilo soft opening, de segunda a sábado, das 12h às 23h, e domingos até as 22h.

+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui

Continua após a publicidade

Pode-se esperar pratos de sucesso do Heaven como a costela bovina prensada no próprio caldo e servida com nhoque fresco recheado com queijos, ao molho pesto e com espuma de parmesão. Ou o risoto de fruto do mar com burrata e crocante de calabresa, chips de tomate e abobrinha.

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

Rio de vinho toma ruas de cidade em Portugal; veja vídeo

A cidade de Anadia, localizada a 30 quilômetros de Coimbra, em Portugal, viveu um episódio curioso neste fim de semana. Isso porque dois depósitos de vinho da destilaria Levira estouraram e provocaram um grande vazamento da bebida. Uma das ruas da pequena cidade foi completamente tomada por um ‘rio’ de vinho. Em nota, a destilaria confirmou o episódio e informou que ninguém ficou ferido durante o vazamento. Além disso, a empresa assumiu a responsabilidade pelo caso e pela reparação de danos causados pelos vazamentos. “As causas do incidente estão a ser apuradas pelas entidades competentes. Assumimos total responsabilidade pelos custos associados à limpeza e reparação dos danos, tendo equipas disponíveis para o fazer de imediato. Estamos empenhados em resolver esta situação o mais rapidamente possível”, disse a destilaria em comunicado. Vídeos do episódio viralizaram nas redes sociais.

Confira registro do vazamento:

Fonte:

vinho – Jovem Pan
Posted on

Vega Sicilia: Como a vinícola espanhola construiu um império de sucesso

Divulgação

Divulgação

Pablo Álvarez, CEO do grupo Tempos Vega Sicilia: “Não queremos entrar nas modas do vinho”

CEO do grupo Tempos Vega Sicilia, Pablo Álvarez calcula passar cerca de 120 dias por ano viajando a trabalho. Em junho, durante um jantar de apresentação de seus vinhos no Hotel Rosewood, em São Paulo, ele falou em tom baixo, discretamente, e manteve a dieta: em vez de comer, só perguntou sobre o sabor da torta de cupuaçu, curioso em saber se iria bem com os vinhos de sobremesa Tokaji, de sua vinícola na Hungria. Mas teve momentos de empolgação ao descrever detalhes da produção, como o minucioso processo de seleção de rolhas, falar mal de modismos ou comentar a viagem no tempo que é abrir uma garrafa guardada por 150 anos. “Uma coisa mágica”, diz ele.

Pablo aposta que os vinhos que produz hoje também têm potencial para chegar às próximas gerações – e armazena alguns para que, no futuro, seus bisnetos e tataranetos tomem ou vendam. Está desde 1990 no cargo de CEO da Vega Sicilia, fundada em 1864 e adquirida pela família Álvarez em 1982. Considerada uma das melhores do mundo, a vinícola tem três rótulos: Vega Sicilia Único, com mais de 15 anos de envelhecimento em carvalho; Valbuena, envelhecido por cinco anos; e Vega Sicilia Reserva, que traz uma seleção de safras do Vega Sicilia Único.

Leia também:

Em junho de 2023, o site da importadora Mistral vendia por R$ 9.390,97 o Vega Sicilia Único Reserva Especial Año 2022 (corte das safras 2008, 2010 e 2011), com 99 pontos do crítico James Suckling e 98 pontos de Robert Parker. Já o Vega Sicilia Unico 2010 (99 pontos James Suckling e 98 pontos Robert Parker) estava anunciado por R$ 7.732,76, e o Vega Sicilia Valbueña 5° 2016 (96 pontos Robert Parker e 95 pontos James Suckling), por R$ 2.758,15.

Divulgação

Divulgação

Vega Sicilia Único Reserva Especial Año 2022

Mas nem só de Vega Sicilia se faz o grupo Tempos Vega Sicilia. Nos seus mais de 30 anos à frente da empresa, Pablo a expandiu com a criação de quatro novas vinícolas: Alión, Pintia, Benjamin de Rothschild & Vega Sicilia, na Espanha, e Tokaj-Oremus, na Hungria. Também modernizou a produção e a levou a outros mercados, chegando hoje a 150 países.

Até o vinho Vega Sicilia mudou – transformações, segundo o produtor, “não grandes, mas importantes”, em relação à qualidade da uva e da vinificação, levando a uma bebida mais fresca e complexa. Só não lhe venham falar em tendências do momento. “Vega Sicilia sempre buscou manter sua personalidade e se manter distante das modas”, diz Pablo. Pablo Álvarez, CEO do grupo Tempos Vega Sicilia: “Não queremos entrar nas modas do vinho”

A seguir, o produtor fala à Forbes sobre tendências no vinho – inclusive as que não segue –, os passos para o sucesso da Vega Sicilia e seu projeto de uma nova vinícola na Galícia.

Forbes – Qual é o segredo – ou os passos – para o sucesso da Vega Sicilia?

Pablo Álvarez – Sempre buscar a qualidade dos vinhos, o que pressupõe qualidade no vinhedo e na adega. Se não houver uma uva de qualidade, dificilmente será possível fazer um grande vinho. O patrimônio da Vega é seu vinhedo em Ribeira del Duero, criado em 1864, com variedades perfeitamente adaptadas ao clima e ao solo. Isso juntamente com o fato de a Vega Sicilia sempre ter buscado manter sua personalidade e se manter distante das modas. No mundo do vinho, antes havia menos modas, mas agora elas estão mudando constantemente, assim como no vestuário, em que neste ano a cor amarela está na moda e no próximo ano é o vermelho.

Divulgação

Divulgação

A Vega Sicilia produz seus três vinhos – Valbuena, Vega Sicilia Único e Vega Sicilia Reserva – em 150 hectares de vinhedos na região de Ribeira del Duero

Como você descreve a personalidade de Vega Sicilia?

Duas características fundamentais são complexidade e elegância. Não são vinhos carregados de madeira, nunca foram, mesmo que envelheçam por longos períodos. Houve um jornalista francês que disse que Vega Sicilia tinha a força do Bordeaux e a complexidade e a elegância da Borgonha. Vindo de um francês, isso é realmente bom.

Como a vinícola foi evoluindo?

A única coisa que fizemos foi adotar as melhores técnicas que conhecemos. Hoje cada parcela tem seus próprios tanques, de modo que cada parcela e cada solo podem ser elaborados separadamente. No final, lidamos com uns 40 lotes diferentes, por variedades e por parcelas. Isso nos permite mesclar as parcelas e refinar a qualidade. E não utilizamos todas as uvas que temos a cada ano. Sempre há alguma parcela que, devido à natureza, que varia de ano para ano, não consideramos de qualidade suficiente. Temos quantidade suficiente de vinhedo para fazer isso. Gerenciamos 150 hectares de vinhedos na Vega e, no total, entre todas as vinícolas, 650 hectares. Cuidamos muito bem deles. Somos ecológicos ou orgânicos há muitos anos e agora estamos buscando a certificação. Tentamos cuidar de todos os detalhes, porque acredito que, em todas as profissões, quanto mais cuidarmos de cada detalhe, melhor será o resultado.

E em termos de marketing e comercialização, como trabalham para manter o nome da vinícola?

Na Espanha, a Vega Sicilia tem mais de 3 mil clientes diretos: 80% são clientes particulares e o restante são comerciantes e restaurantes. Não temos distribuidores nem representantes. Mus molorem poribusam inientet rectem hilla doluptur aliquistisFatum tandum ius et L. Ao longo dos anos, temos feito muitas mudanças com as exportações. Acredito na diversificação dos mercados. Sempre pode haver algum país com problemas, mas temos outros esperando.

Divulgação

Divulgação

Ribeira del Duero

Como se definem os preços?

É uma história todos os anos, porque vendemos tudo e temos mil pessoas em lista de espera para se tornarem clientes. Então, sempre aumentamos os preços. Mas não sou favorável a grandes aumentos. É melhor aumentar 5%, 10%, 12%. Depende de cada ano e de cada vinho. Também me preocupo porque não quero chegar ao ponto de não vendermos. Com os preços dos vinhos, às vezes as pessoas ficam loucas, e eu não quero ficar louco. O que eu quero é que você, que o comprou a esse preço, esteja disposto a pagar um pouco mais no ano seguinte, porque gosta e acha que é um bom vinho. Isso faz com que o preço acompanhe a qualidade e o prestígio do vinho.

Qual é o volume de produção? Há pressão para produzir mais?

Em Vega Sicilia, não podemos produzir mais nem plantar mais. É uma propriedade de mil hectares, dos quais 150 são vinhas. O restante do solo consideramos que não é adequado e lá plantamos árvores. Agora isso está na moda, mas nós estamos há 30 anos plantando árvores. Temos 60 mil sobreiros [a árvore a partir da qual se que produz cortiça], 10 mil nogueiras e meio milhão de carvalhos – agora não sei se serão barris, mas pelo menos as florestas vão fornecer frescor ao vinhedo. Em Vega Sicilia, podemos produzir 340 mil garrafas no máximo entre os três vinhos. Mas, em alguns anos, precisamos diminuir a produção ou até mesmo não produzir se o ano não for bom.

É uma decisão difícil?

Sim, mas é comunicada e ponto. Não há discussão. É uma questão técnica.

Leia também:

Pode falar sobre a relação de pioneirismo e moda?

Nos últimos anos, tornou-se moda o vinho rosé. E nós não vamos fazer rosés. Viemos da época de Robert Parker [crítico], em que tudo era concentração, cor, excesso de tudo. Agora é o oposto. Parece que todo mundo tem que fazer vinhos estilo Borgonha. Eu não entendo. Ninguém espera tomar um vinho da Borgonha e encontrar um Bordeaux, ou encontrar um vinho de Toro na Borgonha. Cada vez é mais difícil distinguir as regiões. Há 60 anos, os vinhos eram absolutamente claros: o que era Borgonha, o que era Bordeaux, o que era Rhône, o que era La Rioja. Acredito que uma coisa é que sejam mais refinados, com menos influência da madeira. Mas a personalidade não vamos mudar. Também estão na moda os vinhos naturais. O vinho é um ser vivo que tem uma microbiologia. Bem, é como se parássemos de nos lavar ou tomar banho, não? O vinho precisa ser controlado, ou seja, não é que precisamos mudá-lo, mas simplesmente não deixar que o equilíbrio microbiológico se rompa. Recentemente, um francês me disse que agora na França o que está sendo valorizado são os vinhos com defeitos. Não me parece certo. Acredito que essas são modas do vinho, e nós não queremos entrar nisso. Mas queremos continuar inovando. Sempre devemos evoluir. Os vinhos de hoje em nada se assemelham aos de há 100 anos.

Quais são as diferenças entre um Vega Sicilia atual e um Vega Sicilia de 100 anos?

É o mesmo vinho, mas o que fizemos em nossos 40 anos foi mudar um pouco o processo de envelhecimento. Antigamente, os vinhos eram apreciados quando mais evoluídos, mais elaborados. Hoje o gosto mudou. As pessoas preferem vinhos mais frescos, com mais fruta. Também reduzimos o uso de madeira. As mudanças não são grandes, mas são importantes: a qualidade da uva, a qualidade da elaboração e produção de vinhos mais frescos e complexos.

Reportagem originalmente publicada na edição 109 da revista Forbes Brasil, de junho de 2023

O post Vega Sicilia: Como a vinícola espanhola construiu um império de sucesso apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Fonte:

Notícias sobre vinhos – Forbes Brasil