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Kinjo

A fachada clássica de um restaurante japonês quase engana, mas entre as paredes revestidas por madeira, concreto e ferro promove-se a fusão entre as culinárias do Peru e da terra do sol nascente. Na empreitada de Marco Espinoza, também à frente dos premiados Cantón e Lima, é possível provar um ceviche de sotaque nipônico como o kunsei (R$ 56,00), preparado com atum na brasa, cebolinha, alga nori crocante e molho ponzu. O taco que arde (R$ 36,00, duas unidades), com atum, cogumelos e creme de pimenta sriracha, faz sucesso em dias quentes. Quem precisa de sustança pode apostar no arroz kinjo trufado (R$ 89,00), com vegetais, camarão, lula, polvo e trufa preta. Da carta de drinques, opte pelo inventivo kampai peru (R$ 39,00), com cachaça envelhecida, chocolate branco, creme de coco, abacaxi, limão e bitter de cacau. Antes de partir, uma boa pedida é o cookie ice cream (R$ 36,00), com sorvete de matchá.

Preços checados em outubro de 2023.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Jappa da Quitanda

Nascido no Centro da cidade, em 2019, o negócio chegou rapidamente à Zona Sul, Niterói e, em breve, conquistará o BarraShopping. Os sócios Patrick Szklarz e Patrick Stern — eis o motivo pelo qual o restaurante foi batizado com um “p” a mais — perceberam a lacuna de uma culinária japonesa de qualidade com bom custo-benefício. Todas as unidades contam com rodízio e serviço à la carte. Entre as inventivas peças, destaque para o coral tataki (R$ 69,00, oito unidades), corte gordo de salmão levemente maçaricado, cream cheese, azeite trufado e flor de sal. A croqueta de lagostim (R$ 44,00, quatro peças) faz bonito. Do menu à la carte, prove o japanese risoto (R$ 105,00), com arroz negro, polvo grelhado, camarão e vieira. As lojas do Centro e Copacabana oferecem bufê das 12h às 16h, de segunda a sexta (R$ 149,90 o quilo).

Preços checados em outubro de 2023.

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Hatch

De frente para o Pão de Açúcar, o novo empreendimento de Marcel Nagayama une a tradição da família que trouxe o Naga para o Rio a preços atrativos. Do sushibar comandado pelo chef Josias Souza saem preparos como o shake nuta (R$ 39,00), cinco sashimis de salmão selados com molho tamamissô, gema curada, limão-siciliano, gergelim e ciboulette. Em duplas, pode-se degustar o sushi de vieira selada (R$ 79,00). Outra dica é o autoral hatch rock roll (R$ 58,00, oito peças), com salmão, cream cheese, cebolinha, creme de tarê e açúcar explosivo. O hatchsoba (R$ 75,00), macarrão com molho de queijo cremoso e curry, guarnecido de camarões empanados em farinha panko, chega à mesa ainda fumegante. Até as 15h30, em dias úteis, o menu executivo oferece, por R$ 85,00, salada, tataki de salmão e um combinado de dez peças. O premiado mixologista Alex Mesquita assina a carta de drinques autorais. O velha cuba (R$ 38,00) leva rum, malibu, morango, limão-siciliano e xarope de mel.

Preços checados em outubro de 2023.

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Casa Ueda

Uma estreita rua sem saída em Botafogo abriga desde julho um legítimo representante da culinária nipônica. Filho do mítico Toshihiko “Jacky” Ueda, o chef executa os preparos à vista dos clientes. Para começar, invista no ebiyaki (R$ 50,00, seis unidades), bolinho artesanal de massa leve com camarão e especiarias. O ramen, com massa preparada na casa, é o carro-chefe. A versão ueda leva macarrão, caldo de base mista — porco e frango —, copa lombo, ovo, naruto, agrião e cebolinha (R$ 50,00). Da cobiçada grelha japonesa saem os suculentos robatayakis (ou espetinhos) que derretem na boca, como o de cavaquinha (a partir de R$ 100,00). A seção dos crus opera de acordo com a sazonalidade do mar. Destaque para os sushis de barriga de salmão (R$ 25,00, duas peças) e vieira (R$ 30,00 a dupla). O omakasê (R$ 280,00), servido em oito etapas, mediante reserva, passeia por pratos frios e quentes.

Preços checados em outubro de 2023.

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Orzo Pasta Bar

Um restaurante italiano tão informal que os cariocas se sentem à vontade para beber chope trajando chinelos e camiseta. Essa foi a ideia do publicitário Igor Liberato ao abrir o simpático reduto na Tijuca. O clima descontraído está no ambiente, na trilha sonora, que vai de Belchior a Pink Floyd, e no cardápio de preços camaradas. As massas frescas são preparadas com legítima farinha italiana. A lasanha à bolonhesa (R$ 42,00), cortada verticalmente, vem com fonduta de queijo parmesão. Uma novidade é o polpettone recheado de mussarela, escoltado por fettuccine verde, de espinafre (R$ 40,00). Na ala doce, vale provar a rabanada brûlé (R$ 19,90), com brioche molhado no leite com licor de laranja e servida com chantili e geleia de morango. Fica a dica: em dias úteis, das 17h às 20h, as porções de arancino recheado com mussarela (R$ 29,90, cinco unidades) têm 30% de desconto, e o chope orzo, que normalmente custa R$ 8,50, sai a R$ 6,50.

Preços checados em outubro de 2023.

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Amana

A alquimia ocorre em terreno arborizado de Itaipu, onde o vasto gramado cerca o anexo da casa de família transformado em cozinha pelo chef Leo Guida. Técnicas ancestrais como fermentação, defumação e infusões originam sequências de pratos com criatividade em alto grau, no mesmo ritmo da coquetelaria. O cozinheiro trabalha sozinho no balcão de tijolos da pequena sala que exibe conservas e bebidas na estante de ferro, à frente do forno movido a brasa onde nasce o menu de oito etapas (R$ 265,00). Sobressaem surpresas como a trilha defumada sobre linguiça nduja caseira, no brioche tostado com vinagre balsâmico, além de vieiras com lardo, queijo bugio e trufa negra.

A paleta de cordeiro é pendurada perto do calor por oito horas e servida em molho próprio, entre lâminas de beterrabas coloridas. Na sobremesa, o sanduíche de biscoito com gelato caseiro de leite de cabra e mel de abelha jataí recebe a companhia de um vermute artesanal de violetas. Depois de rodar o mundo, cozinhar em estrelados italianos e se destacar no cultuado Boragó, no Chile, Leo encontrou sua veia autoral na região oceânica de Niterói. Essa viagem é rapidinha e vale muito a pena.

Preços checados em outubro de 2023.

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Angá

Quem sobe a serra em direção à casa onde a natureza adentra os pratos pelas mãos de Lydia Gonzalez, que voltou à cidade natal para realizar a conexão desejada com a terra, entende a razão de a chef chamar seu recanto de “ateliê culinário”. Desde os 17 anos trabalhando com cozinha, incluindo uma passagem pelo espanhol El Celler de Can Roca, à época o melhor restaurante do mundo, ela fez até algumas das cerâmicas onde serve o menu de seis etapas (R$ 310,00), versando sobre tradições brasileiras e ingredientes de produtores locais.

São pratos belos e saborosos como a couve-flor com queijo boursin cremoso, folhas tostadas e semente de puxuri ralada. O camarão VG na brasa descansa em molho de tucupi, com banana-da-terra e chibé de farinha amazônica Uarini. Já o chorizo de angus serenado tem denso molho próprio, com cebola assada e tubérculos como cará e inhame. A sobremesa de uva verde, pepino, lavanda e lírio-do-brejo é como uma extensão do jardim pontuado de flores que relaxa o espírito para o brinde.

Preços checados em outubro de 2023.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Rocka

O chef argentino Gustavo Rinkevich vinha de badalado restaurante em Ibiza, depois de cozinhar em diversas partes do mundo, quando, de férias, esteve frente a frente com o visual selvagem da Praia Brava, diante das ondas que quebravam nas pedras a poucos metros da pequena casa onde se estabeleceu. O talento privilegiado aflorou à medida que o Rocka passou a seduzir chefs e clientes de todas as nacionalidades, abrindo caminhos para a hoje venerada gastronomia da península. O cozinheiro pesquisou vegetais e frutas da região, plantou horta e selou parcerias com pescadores para criar menus que acompanham as estações.

O salão aberto como um deque é cercado de namoradeiras e ombrelones, formando um lounge irresistível ao ar livre, por onde circulam pratos como a cauda de lagosta confit com ajo blanco de coco, tartare de frutas verdes e azeite de alho negro (R$ 79,00) ou o peixe grelhado com refrito de alho, purê de banana-da-terra, farofa de castanha-do-pará, bok choy e chuchu no bafo de cachaça (R$ 129,00). A tábua de charcutaria própria, com queijos brasileiros, pão com tomate e mel (R$ 119,00, para dois), é um perfeito exemplo do primoroso trabalho à beira-mar.

Preços checados em outubro de 2023.

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Babbo

O chef Elia Schramm esperou dezesseis anos para ter o próprio negócio, que chegou misturando lembranças da infância europeia à leitura do estilo carioca em Ipanema, onde as modernas trattorias — de cozinha descontraída, tradicional, mas antenada — se multiplicam. A Babbo Osteria iluminou um quarteirão menos frequentado do bairro, fazendo do ponto destino de cerca de 10 000 clientes mensais, que se espalham pelos salões e varandas nos dois andares de decoração pinçada de antiquários, referências de uma Itália clássica e divertida.

A cozinha segue a mesma linha, fincada em fundamentos da boa mesa, como se percebe no molho de tomate de toque adocicado a permear o cardápio: da berinjela crocante ao pomodoro, burrata e basílico (R$ 37,00) ao ragu com vinho cozido por doze horas e servido com pappardelle fresco (R$ 77,00). No rol dos números grandiosos, 50 quilos diários de batata são utilizados para o concorrido nhoque dourado com cogumelos e molho de trufas (R$ 79,00).

A produção é artesanal, destacando massas frescas como o ravióli aberto de camarões com texturas de abóbora, fonduta, alho negro e amêndoas (R$ 86,00). Trunfo na Babbo, os times afinados de salão e cozinha são os mesmos desde a abertura, e a casa cultiva a simpatia da rolha livre. Para adoçar, a choux com creme de pistache, caramelo salgado e anglaise de limão-siciliano (R$ 39,00) é delícia da confeiteira Júlia Guimarães. Mangia che te fa bene!

Preços checados em outubro de 2023.

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Ocyá

A história já seria incrível se Gerônimo Athuel não fosse um chef à frente de dois restaurantes. Todo dia, bem cedinho, ele sai para pescar em uma lancha de 16 pés, a 12 quilômetros da costa, de arpão ou anzol. Reside na intimidade com o mar a sedução do Ocyá, que pôs o Leblon a comer peixes pouco usuais nas cozinhas cinco estrelas, como paru, carapeba e sororoca.

Na casa nova, aberta em 2023, o pescador-cozinheiro escalou um degrau de requinte e, além da grande câmara de maturação aberta para a rua, onde os pescados descansam com umidade controlada que amacia as fibras, instalou outras menores no salão para a cura dos embutidos marítimos, como a linguiça de peixe defumada, protagonista do choripan com queijo meia cura, maionese de chimichurri e cebola agridoce (R$ 38,00).

Assim como na matriz, que permanece acessível de barco, na Ilha Primeira da Barra, a brasa é fundamental no trabalho, dando crocância extra à pele desidratada na maturação dos pescados. E turbinando receitas de poucos elementos com surpreendentes resultados, caso da lula de caramelização intensa com uvas fermentadas e azedinha (R$ 65,00) e do pescado maturado com vagem e espuma de queijo Canastra (R$ 73,00). Uma gostosa brincadeira para enlaçar a experiência é o picolé de coco ao chocolate branco, ganache de chai e coco queimado (R$ 34,00). É doce viver no mar do Ocyá.

Preços checados em outubro de 2023.

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Comer & Beber – VEJA RIO