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A viagem de Baco pelo Brasil

Dionísio, o deus grego do vinho e das festas, também conhecido como Baco pelos romanos, é uma figura mítica conhecida por ter espalhado a cultura do vinho por onde passou. Segundo a lenda, após ser exilado na Índia, Baco empreendeu uma longa jornada de volta à Grécia, ensinando por onde passava a arte de fazer e apreciar o vinho. Agora, imagine se Baco resolvesse fazer uma viagem semelhante pelo Brasil, ensinando os locais a combinar os pratos típicos brasileiros com vinhos do mundo todo.

 

Baco inicia sua aventura aterrissando no Galeão, no Rio de Janeiro, onde é recebido com uma escola de samba e uma feijoada completa, daquelas com ambulância na porta. Este prato icônico é pesado e saboroso. Baco escolhe um Amarone, tinto italiano feito pelo método de apassimento, que o torna mais robusto e páreo para a feijoada.

 

Seguindo para São Paulo, Baco é convidado a provar um virado à paulista. Este prato tradicional é composto de arroz, tutu de feijão, couve, linguiça, torresmo e banana frita. Para esta combinação rica e complexa nosso deus oferece um Syrah da Serra da Mantiqueira-SP, por seu corpo e estrutura para lidar com a diversidade de sabores e texturas do prato.

 

Em Minas Gerais, claro, lhe deram feijão tropeiro, que ele não demorou a combinar com a acidez e os taninos de um cabernet franc do vale do Loire.

 

No Espírito Santo, a divindade se depara com a moqueca capixaba. Para este ensopado de peixe e frutos do mar, Baco ensina que uma bela opção é um sauvignon blanc do Chile, cheio de frescor e acidez.

 

Paraná lhe deram um barreado, ensopado de carne desfiada, cozido lentamente em uma panela de. Quem diria que ele iria propor um pinot noir, e justo da Borgonha, com sua elegância e complexidade.

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No Rio Grande do Sul, obviamente ele acabou no churrasco gaúcho e não surpreendeu ao propor para esta festa um tannat da Campanha Gaúcha.

 

Na Bahia, “que delícia” ele disse ao morder um acarajé, e ainda de boca cheia falou “isso vai bem com um marsanne”!

 

Em Goiás Baco descobriu o arroz de Pequi, para o qual ele opta por um torrontés da Argentina, com suas notas florais e ponta de doçura, criando uma combinação inusitada e deliciosa.

 

No Pará, Baco é surpreendido com um pato no tucupí e sua escolha é um riesling da Alemanha, por sua acidez e uma certa afinidade aromática com o prato.

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Finalizando sua jornada gastronômica no Ceará, Baco experimenta a buchada de bode. Este prato de sabor forte e marcante, pede um vinho intenso e complexo, com notas picantes, como um blend chileno de syrah com carménère.

 

Antes de se despedir Baco, deixa algumas sugestões mais: de Santa Catarina, ostras com Chablis; de Alagoas, sururu com Vinho Verde; do Maranhão, a caranguejada com albariño espanhol; de Pernambuco, carne de sol com queijo coalho, com bonarda argentino; do Amazonas, o tambaqui com um chenin blanc da África do Sul; do Mato Grosso, caldo de piranha com verdejo espanhol.

 

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Com direito a cerveja verde! A programação de St. Patrick’s Day nos bares

Rio Tap Beer House

Doze dias de celebração esperam os cervejeiros na Rio Tap Beer House, no Flamengo. Entre os dias 11 e 23 de março, a, casa promove sua tradicional festa de St. Patrick’s Day. Durante as celebrações da festa irlandesa, o bar oferece o clássico chope pilsen verde (R$ 10,00 o half pint; R$ 15,00 o pint; R$ 30,00 o growler), além de um prato típico criado para o período: o Irish Chicken (R$ 49,00), com coxas de frango marinadas e caramelizadas em molho de whiskey irlandês, acompanhadas de batatas fritas. Programação especial de sorteios e gincanas completam a festa, além de músicas típicas. No domingo, dia 16 de março, haverá show ao vivo a partir das 16h com a banda Dry Rock. 

Travessa dos Tamoios, 32-C, Flamengo, tel.: (21) 3258-4168. @riotap_beerhouse

+ No radar: chef do melhor restaurante do Chile vai cozinhar no Rio

Julya Oliveira
Rio Tap Beer: coxas de frango marinadas em whiskey irlandêsJulya Oliveira/Divulgação

Hocus Pocus DNA

A Hocus Pocus DNA abre as festividades na segunda (17), com pratos especiais e cervejas inéditas. Os bares próprios da marca e bares parceiros oferecerão um token de sorte para os clientes. Ao comprar a Molly ‘s Dream, cerveja especial feita para a data, o cliente terá a chance de tirar do saquinho uma moeda mágica que pode conter mais uma cerveja Hocus Pocus gratuita, ou um chaveiro-abridor Hocus Pocus, ou um copo especial de St. Patrick. A referida cerveja é uma  IPA com toque de limão, e a ação da moeda da sorte vai até o fim do mês de março, ou enquanto durarem os estoques da cerveja. O cardápio da casa terá pedidas como o Fish ‘n Alma (R$ 46,00), clássico Fish n’ Chips com empanado ne tempura de cerveja Alma, a oat lager da marca; o Stout Burguer (R$ 46,00), no pão australiano com carne e bacon confitado, cebola crispy, queijo cheddar, e barbecue feito com cerveja stout; e o Sanduíche de Cogumelo (R$ 46,00), no pão sourdough com cogumelos, maionese de páprica e gengibre, creme de gorgonzola cremoso, picles de cebola roxa e chicória; entre outras.

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Rua Dezenove de Fevereiro, 186, Botafogo. @hocuspocusdna 

Hocus Pocus: sanduíche de cogumelos está no cardápio especial de São Patrício
Hocus Pocus: sanduíche de cogumelos está no cardápio especial de São PatrícioNay Dias/Divulgação

Bukowski

O Bar Bukowski promove na sexta (24) uma noite para celebrar São Patrício, com a parceria da cerveja Heineken em ações e promoções. Na compra de produtos da marca ao longo da noite, os clientes vão ganhar brindes variados (até durarem os estoques), e haverá também uma ‘roleta etílica’ para os que quiserem tentar a sorte em prêmios em produtos da marca. O duende Leprechaun, figura folclórica irlandesa, estará pelo salão distribuindo doses de bebidas e travessuras com o apoio da Jägermeister, assim como um caça ao tesouro onde quem encontrar o trevo da sorte ganha um ‘vale porre’ de R$ 500,00. O tradicional Karaokê também estará rolando, com premiação de vales-porre para os dois melhores cantores da noite. O bar terá dose dupla de Jägermeister, Moscow Mule e Fitzgerald, além de promoção no balde de cerveja até as 22h.

Rua Álvaro Ramos, 270, Botafogo, tel.: (21) 97727-5715. @barbukowski 

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Bukowski: animação em verde e 'vale porre' entre as promoções
Bukowski: animação em verde e ‘vale porre’ entre as promoçõesLua de Fogo/Divulgação
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Low Fire

O Low Fire, especializado no ‘american barbecue’, celebra a data verdejante com um combo vestido a caráter. Na segunda (17), data oficial da comemoração, a marca terá um hambúrguer verde, feito com pão de pimenta verde, blend bovino defumado de 200 gramas, alface, tomate, cebola caramelizada, queijo, maionese verde e barbecue. Para acompanhar, uma soda artesanal de maçã verde (300 ml) e, como sobremesa, um brownie verde preparado com chocolate branco, servido com uma bola de sorvete de creme. O combo especial será oferecido por R$ 54,90.

Rua da Alfândega, 7, Piso 1, Centro, tel.: (21) 2283-4095. @lowfiresmokehouse

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Brewteco

No dia 17 de março, o Brewteco comemora 12 anos junto com o St. Patrick’s Day. Antecipando a celebração, no domingo (16), a rede de bares vai trazer o tradicional chope verde (R$ 10,00, 300 ml) para suas sete unidades. Como parte da festa, quem chegar vestido de verde ganha um chope verde (190 ml) de cortesia. A programação especial inclui roda de samba nas unidades Gávea, Rosas e Tijuca, a partir das 18h30.

Brewteco Botafogo no Terraço do Botafogo Praia Shopping. Praia de Botafogo, 400, loja 900. @brewteco

Jo&Joe

Na véspera do St. Patrick’s Day, o Jo&Joe Rio preparou uma festa com clima irlandês. No domingo (16), das 16h às 21h, o chope verde este garantido, além de comidas típicas, free shots e brindes especiais. Para animar o público haverá show da banda cover U2 Go Home Tributo, que virá direto de Belo Horizonte. A entrada custa a partir de R$ 22,50, com ingressos no sympla.

Largo do Boticário, 32, Cosme Velho. @joandjoe.rio

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Noi: caldereta comemorativa com chope verde nas lojas das rede./Divulgação

Noi

O tradicional combo que inclui uma caldereta exclusiva cheia de chope pilsen verde está disponível por R$ 38,00 em todas as casas Noi Gastronomia, durante o mês de março ou enquanto durarem os estoques. 

Loja do Norte Shopping (Taste Lab) na Av. Dom Hélder Câmara, 5474, 2º piso, Cachambi.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Os Ingleses e o Mercado de Vinho Global

Ao longo da história os ingleses desempenharam um importante e crucial papel no comércio global dos vinhos. Eles participaram como grandes consumidores, como comerciantes e até influenciando diretamente na produção. Neste último caso, em determinadas épocas históricas praticamente determinavam aos mais diversos produtores de vinhos mundiais como “deveriam funcionar o mercado” observando pelos aspectos de estilo, preço e até distribuição. Neste artigo abordarei algumas das principais contribuições no setor pelos ingleses, transitando por fatos históricos, entidades de qualificação profissional e em algumas curiosidades.

Principais Contribuições Históricas dos Ingleses no Setor dos Vinhos

O casamento histórico no ano de 1152 entre o rei da Inglaterra Henrique II com a francesa Leonor da Aquitânio trouxe bons frutos a região vitivinícola francesa de Bordeaux, colocando na órbita comercial os vinhos bordaleses e impulsionando as importações destes néctares pela Inglaterra, que durante a Idade Média perdurou como os principais consumidores destes vinhos.

Já no século XVII com as guerras entre França e Inglaterra, houve uma procura de alternativas a compra de vinhos franceses. Neste período os ingleses desenvolveram uma forte relação comercial com Portugal, em especial na região que produz o vinho do Porto, o Vale do Douro. Há uma influência inglesa no perfil do vinho do Porto, onde esses ajudaram a definir o estilo na questão da fortificação com aguardente vínica, já que esta o ajudava a estabilizá-lo gerando mais capacidade de resistir ao longo período de transportes marítimos.

No século XVIII os comerciantes britânicos também começaram a incentivar a produção do vinho fortificado na ilha da Madeira, que veio a se tornar um dos vinhos mais consumidos no mundo colonial britânico, onde a América do Norte teve um grande papel. Há várias referências de personalidades históricas que fazem menção a este vinho como Winston Churchill. Na ocasião da independência dos Estados Unidos (1776) foi o vinho Madeira que foi servido. Este vinho tão especial era o favorito de George Washington, Benjamin Franklin, John Adams e Thomas Jefferson, segundo relatos contados em minha visita à ilha da Madeira.

Entre os séculos XIX e XX as colônias britânicas da Austrália e África do Sul tiveram vital influência dos britânicos para a produção de vinhos nestes locais, pois os primeiros produtores eram imigrantes ingleses que ajudaram a moldar a indústria vitivinícola desses territórios, influenciando-os até os dias atuais.

Em pleno século XXI constatamos que Londres se consolidou como um dos maiores centros globais do setor, desde o comércio, os mais prestigiosos leilões, as entidades de maior renome na qualificação profissional da cadeia global dos vinhos e alguns dos maiores críticos de vinhos mundiais são britânicos, tudo isso influenciando as tendências e os preços.

Entidades Inglesas de Qualificação Profissional no Setor dos Vinhos

As entidades inglesas Institute of Masters of Wine (IMW) e o Wine & Spirit Education Trust (WSET) são consideradas as mais conceituadas entidades do setor do vinho global. Desde as suas fundações até a atualidade dominam esta parte da cadeia de qualificação profissional, sendo as mais reconhecidas e mais valorizadas.

O (IWC) foi fundado em 1952 pela Vintner’s Company que tinha o objetivo de melhorar as qualificações de quem operava o setor no Reino Unido, na atualidade é concedida pelo Institute of Masters of Wine (IMW) que tem a sua sede em Londres. Para se ter uma ideia do grau de dificuldade para receber o título de Master of Wine, já foram mais pessoas ao espaço sideral do que existem de Master of Wines no mundo. Que na atualidade são só 419 pessoas, considerados “deuses do vinho” moderno e global.

O Wine & Spirit Education Trust (WSET) foi fundado em 1969 para servir as crescentes necessidades educacionais da indústria do Reino Unido que na época focava na importação, distribuição e no varejo do setor. O financiamento foi fornecido pela Companhia de Vintner’s Company e o WSET assumiram as iniciativas educacionais começaram pelo vinho e bebidas espirituosas da Associação da Grã-Bretanha. Na atualidade as qualificações da WSET estão disponíveis em mais de 70 países em 15 idiomas (Nível 1, 2 e 3), através de uma rede de cerca de 900 provedores de curso, e hoje os estudantes fora do Reino Unido representam mais de 75% dos candidatos WSET a cada ano.

Garrafa de Vidro Como Embalagem de Transporte de Vinho

A invenção das garrafas de vidros são muito antigas e remontam a história a.C., na época eram peças frágeis e rudimentares, utilizadas só para servir a bebida da ânfora para mesa. Foi no século XVII que os ingleses aperfeiçoaram a sua produção, a reforçando e lhes conferindo condições de embalagens de transporte do vinho e outras bebidas.

Imagem captada no WOW da evolução das garrafas ao longo da história
Crédito de imagem : Dayane Casal

Historiadores relatam que este feito inglês foi graças a introdução do uso de carvão nos fornos como combustível, gerando a capacidade de produzir garrafas mais fortes e transparentes. Neste período as garrafas começaram a serem padronizadas em formas e tamanhos, a até a atualidade de modo geral as conhecidas embalagens de 750 ml, seguem os padrões de forma e tamanho desta época.

A Produção do Vinho Inglês em Épocas Atuais

Sussex, Inglaterra – Crédito de Imagem : Dayane Casal

Com o advento das mudanças climáticas temos vistos novas áreas a crescerem em produção da Vitis vinífera, onde antigamente era impensado em produzir essas plantas e obter vinhos qualitativos, e a Inglaterra tem se beneficiado disto. Na região Sul, local cravado fora do que se conhecia das áreas para melhor produção das Vitis, tem se concentrado diversos produtores inclusive vários ligados as mais famosas marcas e casas de Champagne francesas, e receberam em 2022 pelo Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (DEFRA) do Reino Unido, o reconhecimento do status do vinho de Sussex como uma Denominação de Origem Protegida (PDO), a primeira desta pátria. Escrevi um artigo mais detalhado falando sobre isso que você leitor pode ler clicando no link ( Os Vinhos da Terra da Vossa Majestade ).

Em resumo a esta descrição e pontos de observações sobre como os ingleses tiveram um enorme impacto sobre o mercado dos vinhos a nível global ao longo da história pode levantar diversas polêmicas, mas os fatos históricos são inegáveis sobre a sua importância. Espero que você tenha gostado deste conteúdo compilado neste texto.

Desejo boas provas e saúde !

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Fonte:

Mundo de Baco por Dayane Casal
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Gastronomia (Bruno Calixto): por que Monique Gabiatti é uma rainha do mar?

Nem só de sardinhas e bacalhau vive Portugal (olha a rima!!!). Um dos maiores consumidores de polvo do mundo e também de onde vem parte da família da chef Monique Gabiatti, uma craque na arte do preparo de pescados e toda a sorte de frutos do mar. É tanta habilidade que, dois anos depois de inaugurar seu Polvo Bar em Botafogo, ela acabou de abrir o Polvo Marisqueria, pertinho, na calçada em frente, num casarão antigo lindo de esquina.

Polvo por Elvis Camilo
<span class=”hidden”>–</span>Elvis Camilo/Divulgação

São dois andares com ar condicionado tinindo e decor marinha, tipo pousada chique de Búzios: conchas e tons de areia para todo lado. A cozinha é aberta, e na ponta que divide o salão tem uma câmara fria para maturação de peixe, bottarga e tudo que seja do mar. Meu querido companheiro de garfadas e aniversariante da semana se sentou bem ao lado, pisciano que é…

Polvo por Elvis Camilo (2)
<span class=”hidden”>–</span>Elvis Camilo/Divulgação

“A Marisqueira era o que faltava como uma realização pessoal. Um pouquinho de tudo que faz parte da minha vida, receitas de família, de viagens recentes. É para ser muito feliz, e eu estou adorando essa ‘bagunça’ na cozinha, sem muitos conceitos, mas com muito afeto e memórias”, me contou Monique.

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Polvo por Elvis Camilo (5)
<span class=”hidden”>–</span>Elvis Camilo/Divulgação

E seguimos com a seleção do o que há de mais fresco no dia, escalada pela própria chef: lulinhas de Arraial na brasa com homus de feijão vermelho, salsa criolla e óleo de tomate com chorizo espanhol; vieiras com fonduta de couve-flor e bottarga da casa; ceviche de peixe do dia inspirado no gaspacho com conserva de canjiquinha e bastonetes de aipim, mexilhões ao Jerez com limão siciliano e – de principal – arroz de polvo (R$ 119), cozido no caldo do molusco com sofrito, tomate e linguiça portuguesa, servido com tentáculos na brasa.

 

Para compartilhar numa roda de amigos, vão bem taquinho de polvo (R$ 43), feito de alga, arroz tostado, polvo grelhado, bbq japonês, kewpie, katsuobushi e furikake; vôngole à Bulhão de pato (R$ 53); salpicão de caranguejo (R$ 62) com tartelete, ovas e creme de abacate e pastel de chouriço do mar (R$ 38) recheado com embutido de lula e sua tinta, polvo e porco moura; acompanhado de pico de gallo.

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Elvis Camilo
<span class=”hidden”>–</span>Elvis Camilo/Divulgação

Da trilha musical simpática aos rótulos de vinhos naturais, um cardápio bastante autoral, farto em sabores e texturas inusitadas. E tudo com devida procedência. As lulas e vieiras são de Arraial, gordas e deliciosas. O caranguejo vem de Guaratiba.  As ostras carnudas e macias, de Ilha Grande. E os mexilhões? Também.

Polvo por Elvis Camilo (4)
<span class=”hidden”>–</span>Elvis Camilo/Divulgação
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Ela já cozinhou (e encantou) paladares de famosos como Claudia Raia, Ivete Sangalo e André Marques (este estava na noite em que fui ao Marisqueria), saiu consagrada do MasterChef, da Band, e ficou bem mais requisitada depois do Cozinha, no glorioso Be+Co. Diretamente para esta curva em Botafogo onde, vez ou outra, monta sua “paellera” fumegante em frente ao Polvo Bar. A chef sergipana radicada no Rio dá um show no ponto bem pertinho do cemitério. Sua comida é vida!

Elvis Camilo
<span class=”hidden”>–</span>Elvis Camilo/Divulgação

O polvo comum é o fruto do mar mais lucrativo de Portugal – e mais da metade dos animais é encontrada na região do Algarve. Por aqui, que seja eterno enquanto dure na vida e trajetória da chef Monique.

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Rua Dezenove de Fevereiro 194, Botafogo.

tarja calixto
<span class=”hidden”>–</span>Arquivo pessoal/Reprodução
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Comer & Beber – VEJA RIO
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No radar: chef do melhor restaurante do Chile vai cozinhar no Rio

Boragó no Cipriani

O laureado chef chileno Rodolfo Guzmán, do restaurante Boragó, que ocupa a 5ª posição no Latin America’s 50 Best Restaurants, estará ao lado do chef Nello Cassese, do Cipriani, para um jantar a quatro mãos nesta quinta (13), no Belmond Copacabana Palace.

Maior nome da cozinha chilena na atualidade, Guzmán faz da cultura Mapuche e da sazonalidade a base de seu trabalho na cidade de Santiago. Inspirado pelos caçadores-coletores indígenas do Sul do Chile, traz para a cozinha plantas autóctones de sua terra natal coletadas ou plantadas por pequenos produtores e comunidades de todo o país.

Com poucos lugares, o jantar terá o valor de R$ 900,00 (+ 10% de serviço), com possibilidade de harmonização (de R$ 700,00 a R$ 1.200,00). As reservas devem ser feitas com antecedência pelo telefone (21) 2548-7070 ou pelo site do hotel. 

+ Curando a ressaca: um roteiro de saladas e bebidas detox no Rio

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Refettorio: casa recebe o chef Camilo Vanazzi
Refettorio: casa recebe o chef Camilo Vanazzi./Divulgação

Hotel Emiliano no Refettorio

A quinta (13) será de gala no Refettorio da Gastromotiva, que recebe chefs e convidados para almoços com preços justos que têm a renda revertida para o jantar gratuito oferecido a pessoas em situação de vulnerabilidade, no salão da Lapa. O chef Camilo Vanazzi, do Hotel Emiliano, fará com sua equipe um menu completo com entrada, prato principal, sobremesa e bebida, no valor de R$ 67,00 para o almoço, da 11h30 às 15h.

À noite, o chef fará o mesmo menu para o jantar solidário, às 17h, com direito à equipe de hotelaria do Emiliano fazendo o serviço de voluntariado no salão.

Rua da Lapa, 108, Lapa, Rio de Janeiro. @refettoriogastromotiva

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Omolokun faz 10 Anos

A Casa Omolokum, restaurante de axé na Pedra do Sal comandado pela Chef Leila Leão, completa 10 anos em março. Neste domingo (16), um festival de acarajé e a lavagem da Pedra do Sal marcam a celebração dessa data. Para participar é necessário fazer reserva prévia e pagamento antecipado do festival de acarajé, que custa R$ 80,00 por pessoa e dá direito a acarajé à vontade das 14h às 16h. Serão diversas opções de recheio: vatapá de camarão, peixe e bacalhau, e também a versão vegana. Haverá ainda miniporções disponíveis para venda à parte. Estão programadas ainda um roda de tambores com Ogans de Candomblé, cânticos sagrados, roda de samba e jogo de búzios.

Rua Tia Ciata 51, Saúde. @casaomolokum

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Omolokum: em festa com acarajés e tambores na Pedra do Sal./Divulgação

Quintal dos Botecos

O Quintal dos Botecos, evento gratuito e itinerante que reúne música e culinária botequeira, está de volta à Zona Oeste. A 9ª edição vai ocorrer neste fim de semana, de 14 a 16 de março (sexta a domingo), das 12h às 23h (sexta, a partir das 16h), no Parque Shopping Sulacap, com barracas de vários bares do Rio, feira de microempreendedores, área kids e atrações musicais. Entre as atrações, estão confirmados os grupos Cacique de Ramos e Samba do Xoxó, além do cantor e compositor Délcio Luiz. O evento é gratuito. 

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São 11 bares e restaurantes: Bar da Portuguesa, Barcellos Doces Portugueses, Bonifácio & Berenice, Boteco do Teixeira, Caldo de Pinto, Coisas do Nordeste, Do Mar, Dom Costela, Jeitão da Baiana, Nusa Frozen & Drinks, Play Gastronomia, Seu Jão (churrasco) e Villa 182 Hamburgueria. 

Parque Shopping Sulacap. Av. Marechal Fontenelle, 3445, Jardim Sulacap. @quintaldosbotecos

Bar Tero: almôndegas recheadas chegam ao cardápio
Bar Tero: almôndegas recheadas chegam ao cardápioMenta Foods/Divulgação

Novidades no Bar Tero

O Bar Tero, vermuteria de bons drinques e comida gostosa, apresenta novidades no cardápio. Entre as entradas individuais, o destaque vai para a Lula Huancaína (R$ 40,00), uma lula inteira grelhada e servida com molho de pimenta amarela e queijo. O cardápio também passa a contar com a Bolinha de Cogumelo com aioli de páprica (R$ 28,00, duas unidades) e o Tartar de Polvo e Manga, com polvo picado, pimentão vermelho, manga, cebola roxa e limão, servido com chips de banana da terra (R$ 50,00), entre outros. O Camarão Romesco é uma boa opção para dividir, levando camarões grelhados com creme de tomate e amendoim (R$ 52,00).

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Nos pratos principais, o novo Arroz de Mar (R$ 68,00) combina arroz cateto, frutos do mar, quiabo e pimentão, enquanto a Almôndega Recheada (R$ 62,00) traz almôndegas de carne recheadas com queijo ao molho de tomate. 

Nos finais de semana, o Bar Tero vai além da comida e dos drinques. Às quintas, das 20h às 22h, tem música ao vivo, com jazz, tango e outros estilos. No domingo, a Raviolada traz raviolis podem ser recheados com ricota e espinafre ou carne, e os molhos incluem ragù de cogumelos (R$ 55,00 para uma pessoa; R$ 105,00, para duas) e creme de ervas (R$ 49,00 para uma pessoa; R$ 95,00 para duas).

Rua Paulo Barreto, 110, Botafogo, tel.: (21) 97666-8588. @barterorj

Alex Woloch
T.T.Burger: parmegiana é a novidade na rede de hamburgueriasAlex Woloch/Divulgação
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Parmegiana no T.T. Burger

O T.T. Burger tem novidade de acento italiano e estilo consagrado na gastronomia carioca. O T.T. à Parmegiana tem blend de 120 gramas de carnes angus finalizado com uma generosa fatia de queijo mussarela empanado, molho marinara e rúcula. O sanduíche está disponível a partir de R$ 49,90 em todas as unidades da marca. O combo incluindo batatas fritas sai por R$ 59,90.

Loja de Botafogo na Rua Nelson Mandela, 100, loja 125. @t.t.burger

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Semana do Riesling promove vinhos feitos com a mais emblemática uva da Alemanha

Faz muito tempo que a Alemanha deixou a má fama de produtora de vinhos de baixa qualidade e hoje é referência na elaboração de brancos, especialmente aqueles com a uva Riesling, variedade preferida pelos sommeliers do mundo todo por conta de sua complexidade. Para quem quer se aprofundar nos bons vinhos alemães, a Semana do Riesling promove uma série de atividades

Até o dia 16, sete endereços da cidade de São Paulo oferecerão rótulos novos que chegaram ao Brasil em jantares harmonizados ou em “flights”, sequências de degustação com pequenas doses de vários vinhos diferentes. São eles: Sede 261, NOMO Restaurante, Restaurante Banana Verde, Conceição Discos & Comes, Praça São Lourenço, Makoto Cidade Jardim e Ping Yang Thai Bar & Food.

Na quarta-feira, 12, a Enocultura, nos Jardins, recebe uma feira dedicada exclusivamente aos rótulos alemães. A Riesling é a principal variedade oferecida, mas há também outras castas alemãs importantes, como a Sylvaner. O evento acontece das 18h às 21h e o ingresso custa R$ 190 (sendo que R$ 100 são abatidos na compra de vinhos) e dá direito a provar todos os rótulos disponíveis.

A iniciativa é da Weinkeller, única importadora focada exclusivamente em rótulos alemães do Brasil. Inaugurada em 2012, surgiu em um momento completamente diferente do mercado. “Na época, ainda havia muito preconceito com os vinhos alemães e os vinhos brancos eram bem menos consumidos”, afirma Vivien Kelber, sócia da importadora. “Além disso, os rótulos eram considerados muito complicados”. 

A dificuldade em compreender a complexa legislação alemã continua. São muitas graduações de qualidade, de Qualitatswein, a mais baixa, acima apenas dos vinhos de mesa, até Trockenbeerenauslese, ou TBA, para facilitar, que indica vinhos de alto grau de qualidade e altíssimo açúcar residual. É complexo mesmo. Até a questão do açúcar é diferente. Lá um vinho pode ser considerado seco mesmo com uma quantidade de açúcar residual mais alta. Em alguns casos, quando o vinho chega no Brasil, recebe a etiqueta no verso indicando que se trata de um “meio seco”.

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Há, no entanto, uma grande mudança. Os produtores têm se dedicado aos dois extremos: vinhos secos, muito frescos, ou vinhos doces, de sobremesa e alta qualidade. Aqueles no meio do caminho, os tais “meio secos” que fizeram a (má) fama dos vinhos alemães, estão desaparecendo. É uma tendência de mercado. Os jovens querem vinhos mais leves, frescos e com teor alcoólico mais baixo.

Hoje, 40% de toda a produção de Riesling está na Alemanha (há diversos outros países produtores, incluindo o Brasil e o Chile, na América do Sul). A maior região produtora é Pfalz, com quase 6 mil hectares dedicados à variedade branca. Em Rheingau, outra região, a uva representa 78% de todos os vinhedos.

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Vinho – VEJA
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Espumante brasileiro é confundido com champanhe em concurso na França

Há mais de dez anos a enóloga gaúcha Paula Schenato é jurada dos principais concursos de vinhos brasileiros (Avaliação Nacional de Vinhos, Concurso Brasileiro de Espumantes, Brasil Wine Challenge). Neste ano, a Associação Francesa de Enólogos pediu à Associação Brasileira de Enologia que enviasse um representante e ela foi a escolhida. Na edição que começou em 28 de fevereiro e terminou em 4 de março, em Cannes, na França, Paula esteve entre os 106 especialistas de 24 nações que compuseram as bancas da Vinalies, um dos mais prestigiados e reconhecidos do setor. Não há dúvidas que nossa indústria tem se desenvolvido, mas talvez a gaúcha tenha sido o nosso amuleto, um pé de coelho, que fez com que Brasil amealhasse 33 premiações: 6 Gran Medalha de Ouro e 27 Medalhas de Ouro.

Durante cinco dias, os vinhos foram apresentados em baterias de 13 a 20 rótulos, sempre totalmente vedados para que os jurados não pudessem ver nem as garrafas. Eram servidos e levados embora. Foram 2.683 amostras, provenientes de vinícolas de 36 países. A França foi a que mais mandou mais representantes, 1238, seguida da Suíça com 153 e o Brasil com 131 espumantes. Havia também candidatos de regiões inusitadas como Bulgária, Líbano e Tunísia. Todos tratados com o mesmo rigor. “Os jurados foram muitos exigentes, quem conseguiu ganhar medalha está muito de parabéns. Na minha mesa havia uma presidente francesa, um enólogo francês, um norueguês, um eslováquio e eu brasileira. Todos muito rígidos e todos os vinhos eram muito discutidos” contou Paula à coluna Al Vino, ainda no aeroporto Charles de Gaulle, enquanto esperava o voo de retorno para o Brasil.

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A enóloga Paula Schenato//Divulgação

Em um dos dias, na mesa ao lado da de Paula estava o presidente da União Francesa dos Enólogos, Didier Fages, e uma bateria de vinhos deixou os jurados especialmente impressionados. “Eles achavam que estavam degustando champanhe e quando terminaram as experimentações e anunciaram que era espumante brasileiro ficaram todos impressionados”, conta. Para ela, gregos, libaneses e franceses o frescor e personalidade do espumante brasileiro é perceptível, características que o tornam cada vez mais aceito e no mapa do mundo.

A seguir os vinhos e vinícolas que levaram as principais medalhas do concurso francês.

PREMIAÇÕES

Gran Medalha de Ouro

Marchese Premium Syrah 2022 – Marchese Vinhos

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Santa Colina Espumante Prosecco Brut 2024 – Nova Aliança Vinícola Cooperativa

Ponto Nero Live Celebration Glera Glera – Ponto Nero

Triacca Seu Claudino Superiore Syrah 2022 – Villa Triacca Hotel Vinícola

Zanotto Espumante Moscatel – Vinícola Campestre

Jolimont Intendente 2015 – Vitivinícola Jolimont

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Medalha de Ouro

Aliança Espumante Moscatel Rosé 2024 – Nova Aliança Vinícola Cooperativa

Amitié Espumante Moscatel – Amitié Espumantes e Vinhos

Angaco Don Constantino 2022 – Vinícola Constantini

Angaco Enigma 2022 – Vinícola Constantini

Caetano Vicentino Merlot Merlot 2021 – Caetano Vicentino Vinhas e Vinhos

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Casa Valduga 130 Blanc de Blanc Chardonnay – Casa Valduga Vinhos Finos

Casa Valduga 130 Espumante Brut – Casa Valduga Vinhos Finos

Casa Valduga Gran Corte Raízes 2020 – Casa Valduga Vinhos Finos

Casa Valduga Terroir Exclusivo Marselan Marselan 2020 -Casa Valduga Vinhos Finos

Censurato Cabernet Sauvignon 2019 – Vinícola Franco Italiano

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Chandon Blanc de Blanc – Chandon Brasil

Chandon Brut Rosé – Chandon Brasil

Chandon Passion – Chandon Brasil

Cooler com Vinho sabor Pêssego 2024 – Vinícola Galiotto

Garibaldi VG Espumante Blanc de Blanc Chardonnay – Cooperativa Vinícola Garibaldi

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Jolimont Merlot Tradicional Merlot 2020 – Vitivinícola Jolimont

Marchese Duetto Syrah 2022 – Marchese Vinhos

Microlote Merlot Merlot 2022 – Vinícola Uvva

Monte Castelo Syrah 2022 – Vinícola Monte Castelo

Ponto Nero Cult Brut Chardonnay -Ponto Nero

Ponto Nero Enjoy Riesling Renano – Ponto Nero

Ponto Nero Live Celebration Brut Rosé – Ponto Nero

Terras Altas do Cerrado Syrah 2023 – Vinícola Casa Moura

Triacca Seu Claudino Riserva Syrah 2023 – Villa Triacca Hotel Vinícola

Zanotto Espumante Brut – Vinícola Campestre

Zanotto Espumante Moscatel Rosé – Vinícola Campestre

Zanotto Sauvignon Blanc 2022   – Vinícola Campestre

 

 

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Vinho – VEJA
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Cresce a Demanda por Vinhos Finos Italianos no Mundo

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

 

Os vinhos finos italianos, de alta qualidade, elaborados a partir de uvas viníferas nobres (Vitis vinifera), estão cada vez mais requisitados no exterior. E não apenas em termos de volume de vendas, que continuam expressivos, mas também na própria percepção do consumidor: a bebida fermentada do país supera a francesa e seus históricos concorrentes em número de aquisições e preferência.

Dados sobre a comercialização do vinho italiano mostram que 70% do faturamento internacional vem de mercados fora da União Europeia, com um crescimento superior a 130% nos mercados asiáticos nos últimos vinte anos.
Mas o principal destino da iguaria é os Estados Unidos, cujo faturamento dobrou em duas décadas, colocando-a na segunda posição entre as preferências, atrás apenas de rótulos locais.

No país, os vinhos finos italianos ocupam o primeiro lugar em termos de classe e elegância, à frente dos franceses, tradicionalmente considerados o auge da produção enológica. A percepção dessa bebida como referência de sofisticação também tem crescido, indo de 20% para 27%. Esse mercado também conquista os consumidores mais jovens: 16% dos millennials americanos escolhem vinhos finos.

“Os vinhos de prestígio desempenham um papel fundamental na construção da imagem dos estilos de vida típicos da cultura italiana na mente do público”, diz Piero Mastroberardino, presidente do Instituto Grandi Marchi (IGM), associação fundada em 2004 que reúne algumas das vinícolas familiares mais prestigiadas da Itália.

Estados Unidos: principal mercado de exportação

Um estudo recente do Wine Monitor Nomisma, intitulado “20 anos do Instituto Grandi Marchi, 20 anos de vinhos finos italianos no mundo”, destaca que o crescimento do setor atingiu 660 milhões de euros (R$ 3,7 bilhões na cotação atual), com um aumento registrado no último ano de 5% no valor dos vinhos tranquilos engarrafados e de 10% no segmento de espumantes.

Em uma amostra de 2,4 mil consumidores da bebida – selecionados na Califórnia, Nova York, Nova Jersey e Flórida, estados historicamente associados ao público gourmet e de alto poder aquisitivo –, 30% se identificam como “usuários regulares” de vinhos finos.

O grupo é composto principalmente por millennials, homens e integrantes da classe alta. Outros 76% afirmam ter interesse em experimentar esses vinhos.

A imagem dos vinhos finos italianos

“As perspectivas de crescimento dos vinhos finos italianos no mercado americano são concretas. Entre os consumidores entrevistados nos Estados Unidos, 44% planejam aumentar suas compras nos próximos três anos, enquanto 50% pretendem manter o consumo estável e apenas 6% consideram reduzi-lo”, afirmou Denis Pantini, responsável pelo Nomisma Wine Monitor, observatório de mercado especializado no setor vinícola, gerenciado pela Nomisma com dados da Wine Monitor.

Há uma forte conexão percebida entre os vinhos finos italianos e a Itália, seja por laços familiares ou por experiências diretas no país – fatores que exercem um papel essencial na decisão de compra.

A escolha do rótulo, por sua vez, é influenciada principalmente pela notoriedade da marca, pelos prêmios recebidos nos guias especializados e pelo reconhecimento das vinícolas familiares, cujas particularidades são altamente valorizadas.

“Os vinhos de prestígio desempenham um papel fundamental na construção da imagem dos estilos de vida típicos da cultura italiana na mente do público, que está intimamente ligada aos valores positivos transmitidos pela tradição das vinícolas familiares multigeracionais, que são guardiãs dos seus territórios”, declarou Piero Mastroberardino, presidente do IGM.

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Notícias e Conteúdos sobre vinhos na Forbes Brasil
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Harmonização surpreendente: o chá virou o novo melhor amigo do vinho

Em tempo ainda de Carnaval, abram alas para mais uma taça em sua mesa. Ela pode estar entre o branco e o tinto ou entre a comida e o vinho: trata-se de uma taça de chá. Sim, isso mesmo. Não estou falando daquela xícara quente, acolhedora e invernal. A bebida que harmoniza com vinho são os blends de folhas da planta Camellia Sinensis (que dá origem aos chás brancos, verdes e pretos), misturados a frutas e ervas e servidos frio, em temperatura de adega, cerca de 15 graus para os tintos e 6 a 8 para os brancos.

Qual é o segredo dessa harmonização surpreendente? A sutileza dos sabores do chá torna ainda mais evidentes todos os aromas e sabores do vinho. De quebra, diante da crescente demanda por bebidas menos alcóolicas, a combinação é uma maneira muito prazerosa de reduzir o álcool e ganhar em saúde, visto que o chá é repleto de polifenois e antioxidantes, substâncias que combatem radicais livres e o envelhecimento, fazem bem à saúde e ajudam a manter a hidratação. Cá pra nós, muito mais gastronômicos dos que os vinhos sem álcool super doces que tomei ultimamente.

Uma das primeiras experiências com essa combinação surgiu em 2010 com o Sparkling Tea, criação do premiado sommelier Jacob Kocemba, quando trabalhava em um restaurante em Copenhagen, na Dinamarca. A mistura de chás com vinho dá origem a um drink de baixo ou zero teor alcóolico. Entre os “cortes” estavam um a base de vinho branco, chá verde e limão, com apenas 5% de álcool. Na adega onde Kocemba trabalhava, havia mais de 1700 rótulos de vinho disponíveis. O novo drink, no entanto, virou um dos carros-chefes da casa, a ponto de estar no cardápio dela até hoje. No Instagram do produto chama atenção a foto de uma grávida com uma flute de um rosé na mão. Mas respirem, a bebida leva hibisco, chá branco, suco de uva, limão. Zero álcool. Variações da mesma receita aparecem atualmente nas mesas de mais de 50 países em cerca de 100 restaurantes estrelados pelo guia Michelin.

Do Sparkling Tea para a experiência de intercalar taças de chá e vinho durante uma degustação foi o próximo passo lógico. Em São Paulo, uma dupla tem feito esse tipo de harmonização para pequenos grupos e eventos. A tea blender Juliana Zannini e o chef de cozinha/músico Henrique Campos criaram há seis anos a Infusiva, empresa que produz blends, em sua maioria, orgânicos e sem adição de químicos (o que inclui adoçantes), e que tem proposto experiências únicas como a combinação de chás e vinhos.

O negócio surgiu com experiências dentro de casa, que incluíam até  Lucca, o filho do casal hoje com 13 anos. No lugar de refrigerantes, ele ganhava uma taça de chá para que pudesse brindar com os pais. A partir daí, o casal foi se aprofundando nos estudos e as semelhanças entre vinho e chá ficavam cada vez mais evidentes. “Ambos têm terroir. No vinho, a cor dele depende do tempo do contato com as cascas. No caso do chá, a tonalidade é determinada pela torra da folha. As similaridades de sabores e aromas entre as duas bebidas garante uma experiência muito especial’, disse Juliana à coluna AL VINO, enquanto provávamos o chá preto com rooibos, fava de baunilha, ameixa seca, uva passa branca e alecrim criado especialmente para harmonizar com o Madame Rara, o Cabernet Franc da vinícola de Pinto Bandeira (RS), La Grande Bellezza.

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Em um experiência gastronômica completa, o chá entra como um mediador entre o vinho e o alimento. “Imagine que você tem uma superfície engordurada e joga água ali: ela não se mistura, é preciso um limão, um adstringente para dissolver”, explica Campos. O chá, ao contrário da água, ameniza e integra os sabores da comida com muita suavidade, sem quebrar o ritmo da refeição.

Durante a degustação, eu mesma fiquei impressionada. Meu copo d’água, que normalmente é bastante reabastecido durante um jantar, foi lembrado só depois da sobremesa. Enquanto isso, calculo ter tomado o dobro de taças de chá do que de vinho.  “Importante lembrar que não são todos os chás que fazem isso. A maioria dos industrializados podem deixar resíduos, como adoçante stévia e atrapalhar toda experiência”, disse Juliana.

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O Cabernet Franc da La Grande Bellezza e o chá da InfusivaDivulgação/VEJA
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Para os vinhos brancos, as combinações podem levar chás verdes ou brancos e, a depender das notas dos vinhos, hortelã ou capim cidreira, além de frutas como manga e abacaxi. “No blend que fizemos para o Viognier da Guaspari, havia chá verde e jasmim para que houvesse similaridade com o aroma floral do vinho”, explicou Juliana. No caso dos tintos, as folhas de chá preto mais torradas são mais tânicas, assim como uvas como Cabernet Sauvignon. A mistura pode ganhar frutas vermelhas e até goiabada, como chamado no blend chamado Borboleta Transformação, que pode ser o intermediário entre premiados queijo brasileiro Cuestinha da Pardinho, da região de Botucatu, no interior paulista, e um corte de Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc. Vale a sugestão.

Para quem pensa que a entrada no chá é uma espécie de balde de água fria na felicidade trazida pelo vinho, importante lembrar que uma das substâncias do chá preto é a L-teanina, um aminoácido que aumenta os níveis de dopamina e seratonina, que trazem relaxamento e bem estar. Não é exatamente isso que buscamos quando erguemos uma taça?

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Vinho – VEJA
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Pra matar a fome nos camarotes! Restaurante japonês serviu 2 toneladas

Para aguentar as seguidas horas do Desfile das Escolas de Samba é preciso muita energia. Para isso os camarotes investem cada vez mais nos buffets que são servidos ao público que está na Sapucaí assistindo ao espetáculo com todo conforto. Teve até comida japonesa e com números impressionantes.

A cinco anos sendo fornecedor de japonês para camarotes, o restaurante Temakeria teve 1.300kg de salmão, 400kg de atum e 400kg de outros pescados como insumo. Só de arroz foram 600kg para os preparos que são feitos na hora para manter a qualidade.

“Recebemos os insumos no local e produzimos lá mesmo. Por isso, em todos os camarotes que participamos temos como exigência ter um local refrigerado e com água, além de refrigeradores para armazenamento”, explica José Loreto, ator e sócio do restaurante.

Este ano eles forneceram para os camarotes Allegria e Global, ambos no setores ímpares do Sambódromo. Ao todo foram 40 funcionários trabalhando na operação para os dois espaços.

“A missão de levar a Temakeria para os camarotes da Sapucaí, em um evento tão grandioso é um baita desafio. Trabalhamos com um time operacional incrível, garantindo que tudo saía perfeito”, completou Loreto.

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Comer & Beber – VEJA RIO