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Os clássicos perduram e celebram datas especiais

 

No vinho, assim como na moda, os clássicos são os que perduram. O novo nos oxigena, proporciona descobertas, visões do mundo. Quase sempre, contudo, de tempos em tempos este dará lugar a um outro novo. Os clássicos são os que chegam e nunca vão embora. Como diria a famosa canção do filme Casablanca (1942), the fundamental things apply, as time goes by.

 

Uma peça clássica, jamais fica ultrapassada, e se bem conservada pode ser passada de pai para filho, como um bom terno Saint Laurent, um sapato Gucci  ou um Rolex.

No vinho não é diferente. Hoje estão na vanguarda os vinhos naturais, ou aqueles elaborados não em barricas de carvalho, mas em ânforas de barro ou em grandes ovos de granito. Mas será que beberemos estes vinhos daqui a 20 anos? Enquanto isso os clássicos de Bordeaux, Porto, Champagne perduram como estilo e, se de boas safras, suas garrafas são passadas de pai para filho.

 

Uma tradição portuguesa, por exemplo, é ao te rum filho, comprar uma caixa de Porto Vintage (o tipo de Porto mais caro e longevo), para presentear ao rebento em sua maioridade.

 

Regalar alguém ou a si mesmo com vinhos do ano de nascimento é uma saudável prática do mundo do vinho. Mas, fique atento, não é qualquer vinho que vive décadas. Elencamos aqui um pequeno guia para quem completa este ano entre 18 anos (nascidos em 2004) e 55 anos (1967).

 

2004 – Grande ano para os brancos da Borgonha, além de Champagem, Mosel, Barolo, Brunello, Espanha e Portugal em geral

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2003 – Safra extremamente quente, difícil, de Bordeaux concentrados, bom Porto Vintage e Rhône

 

2002 – Grande ano para Champagne e Bordeaux, mas fraco para Bordeaux. Boa na Alemanha e Califórnia. Bons Porto Vintage, mais elegantes

 

2001 – Ótimo para Bordeaux, Alemanha,Itália, Espanha e Châteauneuf-du-Pape.

 

2000 – Grande ano em Bordeaux. Bons Borgonha, Châteauneuf-du-Pape, Itália e Porto Vintage

 

1999 – Fraco em Bordeaux, excepcional para Porto Vintage, Champagne, Borgonha, Brasil e Itália

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1998 – ótimos Bordeuax da margem direita. Grandes Veha Sicilia, Alemanha, Pêra-Manca e Châteauneuf-du-Pape

 

1997 – Excelente para Champagne, Califórnia e Itália. Ótimos Pêra-Manca e Veja Sicilia.

 

1996 – Safra histórica para Champagne, também para Bordeaux (Pauillac), Barolo, Veja Sicilia, Alemanha e Austrália (Penfolds Grange).

 

1995 – Grandes Barca Velha e Pêra-Manca. Bordeaux tânicos e longevos. Bons Rhône, Rioja, Toscana e Porto Vintage.

 

1994 – Grandes Veja Sicilia, Barca Velha, Pêra-Manca, Porto Vintage e Cailfornia – o melhor Opus One.

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1993 – Ruim na maior parte do mundo, mas alguns bons Borgonhas, Champagne, Mosel, Barolo e Brunello.

 

1992 – Péssimo em geral, mas bons Porto Vintage e californianos.

 

1991 Ano ruim exceto no norte do Rhône (Hermitage e Côte-Rôtie), Porto Vintage e uma das melhores safras da história no Brasil.

 

1990 – Excepcional na Europa quase toda. Grandes Bordeaux, Borgonha, Champagne, Barolo, Brunello. Médio em Portugal e Espanha.

 

1989 – Ano histórico em Bordeaux, além de ótimos Champagne, Borgonha, Rhône, Rioja e Porto Vintage.

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1988 – Grande ano para Sauternes, Rhône e Barolo. Um dos melhores Sassicaia é o 1988.

 

1987 – No geral um ano fraco, salvam-se Porto Vintage e Califórnia.

 

1986 – Grande ano em Bordeaux, Califórnia e Austrália

 

1985 – Espetacular para Champagne. Ótimos Bordeaux, Porto Vintage, Barca Velha, Barolo e Brunello. O melhor dentre todos os Sassicaia.

 

1984 – Ano péssimo. A solução para sua comemoração é um Porto Colheita, que é sempre bom e feito todos os anos.

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1983 – Ótimo para Bordeaux de Saint-Emilion e Pomerol, mas fraco em geral.

 

1982 – Espetacular em Bordeaux. Grandes Champagne, Barolo, Brunello e Rioja.

 

1981 – Ano muito ruim, salvam-se Rioja e Porto Colheita.

 

1980 – Ano fraco em todo lugar, mas excelente para Porto Vintage.

 

1979 – Em geral ano ruim, porém grandes Champagme, Barolo e Porto Vintage

 

1978 – Borgonha e Barolo monumentais. Bom Barca Velha, Rhône e Portp Vintage.

 

1977 – Grande Porto Vintage. Ótimos Champagne, Alemanha, Alsacia e Califórnia.

 

1976 – Ano histórico para Alemanha (Rieslings ainda excepcionais hoje), Espanha e Austrália.

 

1975 – Ótimo para Bordeaux de Saint-Emilion, Pomerol e Sauternes, além de Alemanha, Toscana e Champagne.

 

1974 – Em geral ano ruim, porém excelente em Portugal, coincidindo com a Revolução dos Cravos.

 

1973 – Ano ruim na Europa, mas top na Califórnia. Foi a safra dos vencedores do Julgamento de Paris, como o Château Montelena e o Stag’s Leap.

 

1972 – Em geral ano ruim. Salvam-se os Porto Colheita.

 

1971 – Bom ao em Bordeaux, um dos melhores Pétrus. Bom na Itália, Champagne e Alemanha.

 

1970 – Safra espetacular para Bordeaux, Rioja, Porto Vintage, Barolo, Rhône e Champagne.

 

1969 – Ano histórico para Borgonha e Champagne.

 

1968 – Grande Veja Sicilia, bons Porto Vintage e californianos. Sassicaia 1968, sua primeira safra, ainda está excepcional hoje.

 

1967 – Grande ano para Barolo, Brunello, Pomerol e Sauternes. Alguns bons Porto Vintage.

 

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Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO