Posted on

O ano da cenoura: a nova proposta de harmonização da Maison Krug

Antes de trabalhar na Moet Hennessy, a divisão de bebidas do conglomerado de luxo LVMH, o executivo francês Manuel Reman viajou pelo mundo para conhecer diferentes países produtores de vinho. Durante um ano, passou por vários países. Na América Latina, visitou Uruguai, Chile, Argentina e o Brasil, onde conheceu os espumantes feitos na Serra Gaúcha. Essa experiência o ajudou em sua trajetória. Há 21 anos na Moet Hennessy, desde 2022 é presidente da Krug, uma das mais tradicionais Maisons da região de Champagne, na França. Continuou viajando, acompanhando a maneira como diferentes mercados consomem os rótulos da Krug. E isso inclui o Brasil.

Reman passou pelo país para uma série de eventos cujo objetivo era promover três novos rótulos e uma nova edição do projeto Krug in the Kitchen, que propõe que as Embaixadas da Krug, restaurantes espalhados pelo mundo que oferecem a Champagne em suas cartas, criem uma receita específica com um ingrediente selecionado. Neste ano, o escolhido é a cenoura. No Kinoshita, restaurante japonês na Vila Nova Conceição, a única embaixada da Krug na América Latina, o vegetal é a estrela de um tempurá, crocante por fora e macio e levemente adocicado por dentro. Em anos anteriores, o projeto, antes conhecido como Single Ingredient, destacou alimentos como o limão, o arroz e a cebola, entre outros.

Krug com o ingrediente do ano: as cenouras
Krug com o ingrediente do ano: as cenourasKrug/Divulgação

Os rótulos são as edições anuais da Grand Cuveé, o principal champagne elaborado pela Maison, e o Rosé, além de um Vintage, com indicação de safra. O Grand Cuvée está atualmente na 173ª edição, elaborado com um blend de 150 vinhos de 13 anos diferentes, sendo o mais novo de 2017 e o mais antigo, de 2001. O Rosé, atualmente na 29ª edição, é um blend de 29 vinhos de 5 anos diferentes, sendo o mais novo de 2017 e o mais velho de 2010. Ao contrário das cuvées, que misturam o Vintage 2011 é um olhar sobre a safra daquele ano, que teve “estações invertidas”, com ondas de calor. É um blend de Pinot Noir (46%), Chardonnay (37%) and Meunier (17%).

Com tanta tradição, o método de produção na Krug não mudou nada. Afinal, os rótulos são extremamente cobiçados e há certa expectativa do que uma champagne da Krug deve oferecer. Mas Reman conta que sua experiência ao redor do mundo, vendo diferentes regiões produtoras, afetou a maneira como ele comunica a marca e seus lançamentos. “Não queremos que a Krug seja servida apenas em restaurantes com estrelas Michelin. Há embaixadas nos Estados Unidos que servem ‘finger foods’, por exemplo”, diz Reman. “Isso abre novos mercados. Como o Brasil, mas também outros na América Latina e na Ásia, que antes não existiam”, completa.  

Continua após a publicidade

Manuel Reman, presidente da Krug
Manuel Reman, presidente da KrugKrug/Divulgação

Para o executivo, é fundamental estar presente em mais mercados. Nem todos podem ser tão relevantes em volume, mas ter uma presença na região amplia a visibilidade da marca. “Não estamos na África, mas estamos conversando com amantes de vinho que questionam porque não podem comprar Krug lá. Então é algo que estamos olhando”, afirma Reman.

Publicidade

Fonte:

Vinho – VEJA