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É Nóis

Dona Jô, do Morro da Providência, vendia 400 coxinhas de rabada com agrião por mês nas feiras, até ser convidada por João Diamante para o É Nóis, a lanchonete colaborativa do chef na Tijuca. Conseguiu cravar a mesma quantidade em apenas um dia movimentado e está comprando equipamentos, crescendo e aparecendo.

A porta grafitada que reúne empreendedores de áreas mais pobres é só uma ponta do trabalho social vitorioso criado pelo cozinheiro de 32 anos, criado no complexo de favelas do Andaraí, que hoje expande seus negócios pelo viés da inclusão. Nos cinco anos do projeto Diamantes na Cozinha, já são cerca de 3 500 pessoas atendidas, como os 200 alunos recém-saídos de cursos em Madureira, na Zona Oeste, e Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

No recém-aberto Diamante Gastrobar, onde serve pratos com miúdos como as moelas bourguignon, 70% da equipe foram capacitados pela escola que, a disciplinas como plantio, cozinha, confeitaria e marketing, adicionou a matéria diversidade, formando turmas em parcerias com empresas. Em ano marcado por viagem a Benim, na África, para um documentário sobre suas raízes, João alimentou desde moradores de rua, em parceria com a Ação da Cidadania, ao presidente Lula, em jantar com onze chefes de Estado. “Quem cozinhou para o presidente, na verdade, foram todos os pretos, periféricos e favelados do Brasil”, afirma. É Nóis.

Preços checados em outubro de 2023.

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO