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O Inesquecível Vinho Jerez

A região vitivinícola do Jerez tem histórico de produção de vinhos muito antes de Cristo, foram os fenícios que introduziram a Vitis por essas terras do sul da Espanha. Uma região que predomina uma mistura de culturas, o sentimento de alegria e a beleza das paisagens ensolaradas. Esta área espanhola é o berço da dança flamengo, da criação e competição eqüestres que fazem parte da identidade deste povo e nestas terras, a joia vínica que brilha é o inigualável vinho Jerez.

Resumo das características da Região Jerez

Jerez é um nome de um vinho, de uma cidade e de uma região. A área regulamentada da região para a produção deste vinho, compreende uma espécie de triangulo que envolve três cidades espanholas que são, Jerez de la Fronteira, Sanlúcar de Barrameda e El Puerto de Santa Maria. O clima predominate é o mediterrâneo com presença de brisas do oceano, no verão o calor pode ultrapassar os 40°C com frequência, se tornando um dos grandes desafios para qualquer cultura. O solo predominante é o albariza, que significa “pedra branca” e que possui uma particularidade de reter e preservar a umidade formando uma espécie de camada protetora. As castas produzidas na região são a Palomino (maior quantidade), Pedro Ximénez e a Moscatel.

Crédito de imagem: Dayane Casal, Bodegas Tradição – Jerez de la Fronteira – setembro 2021

Para os iniciantes pode parecer difícil entender o longo processo de vinificação pelo sistema de soleira e os processos de estágio biológico ou oxidativo e também todos os estilos de vinhos Jerez, mas a seguir deixo um resumo simples das principais características dos estilos e também algumas sugestões para harmonizações com esses vinhos especiais que carregam uma rica história cultural.

Crédito de imagem: Dayane Casal, Bodegas Tradicíon – Jerez de la Fronteira – Setembro 2021

Estilos de Jerez

Fino e Manzanilla

O vinho Jerez Fino é um estilo mais delicado, cor amarelo pálido, fortificado e envelhecido sob o véu de flor e deve ser envelhecido em barrica por um período mínimo de dois anos. Já o Manzanilla é elaborado semelhante ao Fino, com a única diferença é que só pode ser envelhecido na cidade de Sanlúcar de Barrameda. Ambos são produzidos com a casta Palomino. Esses vinhos podem ser harmonizados com caldos, saladas, presunto cru, frutos secos, queijos curados, mariscos, ostras, pescados assados e até com simples azeitonas.

Crédito de imagem: Dayane Casal, Vinho Manzanilla – Sanlúcar de Barrameda – Setembro 2021

Oloroso

Este estilo passa por um longo processo de envelhecimento sem véu de flor, exposto ao oxigênio, diferente do Fino. O processo de oxidação que passa o vinho confere cor intensa, riqueza aromática e corpo, podendo atingir 20% de grau alcoólico. Este estilo pode harmonizar com carnes assadas, chocolate amargo e queijo azul.

Amontillado

Vinho que passa pelo envelhecimento biológico e pelo oxidativo, resultando em características mistas. De cor âmbar e com aromas e sabores que combinam a intensidade de um Fino e a suavidade de um oloroso. Apresenta notas oxidativas e de leveduras. O nome é uma referência aos vinhos fortificados com a flor, produzidos na cidade de Montilla.

Palo Cortado

O início do processo se da com a flor, mas após 6 meses o bodegueiro decide que o vinho é especial e o fortifica a 17% matando a flor, passando o restante do tempo em oxidação.

Crédito de imagem: Dayane Casal, Bodegas Sandeman – Jerez de la Fronteira – Setembro 2021

Pedro Ximénez

Produzido 100% com a casta Pedro Ximénez conhecida por “PX” , neste estilo de vinho as uvas são submetidas ao processo de desidratação por “asoleo” que é a técnica realizada após vindimar os cachos, eles são colocados sobre esteiras ao sol, onde ocorre a perda de água e a concentração de açúcares. Os vinhos PX possuem elevados teores de açúcar residual chegando a 400g/L, alguns provadores o associam com um xarope, tal a concentração de açúcar desse estilo. O PX harmoniza com queijo azul, queijo curado, sobremesas com doce de leite, chocolate e café.

Enoturismo em Jerez

A região é fascinante pelos seus vinhos e com imensas possibilidades de enoturismo, diversos estilos de Bodegas estão bem preparadas para receber aos visitantes e proporcionar os mais variados tipos de experiências. Vale a pena conferir nas suas plataformas digitais qual a que mais se adequa ao seu interesse. Fica a seguir algumas imagens de diversas Bodegas visitadas por mim.

Sandeman

Bodegas Tradicíon

Bodegas Gonzalez Byass ( Tio Pepe )

O processo de vinificação deste especial vinho sem dúvida é uma arte onde a mão do homem, a ação das leveduras e o tempo compõem uma linda sinfonia, resultando num vinho de caráter inesquecível a quem o degusta. O intuito deste artigo é convidar aos amantes desta bebida milenar a se aventurarem a degustarem os mais variados estilos de vinho Jerez, e após os entenderem e o perceberem verificarem qual lhes agrada mais.
Desejo boas novas descobertas e saúde !

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Fonte:

Mundo dos Vinhos por Dayane Casal
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A Califórnia brasileira quer agora ser também o Napa Valley nacional

Em dias mais frescos como os que fizeram esta semana aqui na capital paulista, Ribeirão Preto, situada no nordeste do estado, a 314 km de São Paulo, costuma ter temperaturas máximas que ficaram entre 27 e 31 graus e a mínima de 21. Houve verões com mais de 40 graus e, nos últimos anos, nos meses mais quentes, a sensação térmica costumava ser de fritar ovo no asfalto, obrigando os equipamentos de ar-condicionado a trabalhar no modo máximo, de forma a garantir a sobrevivência.

A partir da década de 80, o desenvolvimento econômico e a renda acima da média nacional fez Ribeirão Preto ser conhecida como a “Califórnia brasileira”.  No campo da gastronomia, a comparação não fazia muito sentido, é verdade. Enquanto a Califórnia original ficou famosa pela região de produção de vinhos de alta qualidade nO Napa Valley, Ribeirão sempre foi a terra da cerveja. Desde 1937, na cidade de terra roxa, solo fértil e seleiro da força do agronegócio nacional, reina a Choperia Pinguim. Segundo reza a lenda, ela serve o líquido que sai da torneira a 1,5 grau, com colarinho que leva dois minutos para evaporar e chega à mesa ainda com 4 graus. Um refresco e tanto para as temperaturas escaldantes.

A tradição do chope continua forte por lá, mas chegou o momento em que a “Califórnia brasileira” tem a pretensão de se tornar também o “Napa Valley nacional”. O esforço para tentar produzir vinhos de alta qualidade num cenário e em condições climáticas improváveis é comandado pela vinícola Terras Altas, que iniciou a produção em 2017.

Tudo começou com o suporte da dupla poda, técnica criada pelo agrônomo mineiro Murillo Regina que inverte o ciclo da vinha e faz com que a colheita seja no inverno – processo que está transformando a história da viticultura do Brasil. Graças a essa técnica, 200 vinícolas estão em funcionamento entre São Paulo e Bahia —  mais outras tantas devem se juntar às pioneiras dentro de poucos anos.

Responsáveis pela Terras Altas, os novos viniviticultores ribeirão-pretenses José Renato Magdalena e Fernando Horta já eram sócios em empreendimentos na construção civil, haras e gado de corte. Neste último, tinham a colaboração do agrônomo Ricardo Baldo, que se uniu à dupla, formando o trio que é proprietário da vinícola no interior de São Paulo.

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As primeiras vinhas da cepa de origem francesa Syrah, compradas do pai da técnica, foram plantadas em um terreno que fica a 250 metros de altitude do centro de Ribeirão — o centro da cidade, por sua vez, está a cerca de 500 metros de altitude do nível do mar. Por lá, segundo Baldo, as temperaturas mínimas podem chegar a 3,5 graus (durante dois dias do ano) e 7 a 12 graus, em uma semana de inverno. Ele diz que a amplitude térmica (diferença entre as máximas e mínimas), graças ao vento, é na média de 20 graus, o que é excelente para maturação das uvas, de maneira a se preservar cor, aromas que dependem desse amadurecimento mais lento.

Nos 10 hectares do terreno foi implantado a vinícola que conta com maquinário de recepção de uvas francesas, da marca Bucher Vaslin, e bombas de vinho italianas Evoneta, reconhecidas por serem uma das mais delicadas hoje no mercado Europeu. As barricas de carvalho são das melhores casas de tonelaria francesas, como François Frères e Taransaud. Para se ter uma ideia, uma única peça custa por volta de 1 000 euros. A sala de barricas da Terras Altas tem 40 unidades. O valor do investimento na indústria do estabelecimento, segundo Baldo, ficou na casa dos 20 milhões de reais.

Para a produção da primeira safra foi escalado o enólogo chileno Cristian Sepúlveda, responsável pelas medalhas internacionais da vinícola Guaspari, de Espírito Santo do Pinhal. E batata! Ou melhor, uva! A primeira safra da Terras Altas já trouxe a primeira medalha da Decanter, um dos principais e mais sérios concursos de vinhos realizado anualmente em Londres.

VINHO HARMONIZADO COM AR-CONDICIONADO

Hoje, a casa produz quatro rótulos, todos da uva Syrah. Um rosé Cava do Bosque 2023 (R$ 120), muito frutado e fresco, que tem no rótulo um desenho de uma das netas de 12 anos de um dos sócios. Entre os tintos estão o Entre Rios (R$ 180), sem passagem por madeira, o Equilíbrio (R$ 220), que no meu paladar mostrou bastante fruta vermelha e de fato equilíbrio no uso de madeira e o Evolução (R$ 310), potente demais para o meu paladar, pelo menos foi a minha impressão num almoço de uma quinta-feira quente em São Paulo.

Reprodução
Um dos rótulos da Terras Altas: primeira safra recebeu medalha da DecanterReprodução/VEJA

Segundo Fernando Horta Jr., filho de um dos proprietários, essa potência não costuma assustar o público da quente cidade. “A turma costuma fechar a casa e aumentar o ar-condicionado para tomar os bons Cabernet Sauvignon”, disse ele, referindo-se aos vinhos encorpados preferidos de seu pai. Durante essa mesma apresentação, Baldo fez questão de dizer que fazem vinhos com “mínima intervenção”, um ativo cada vez mais precioso atualmente. A “mínima intervenção” da Terras Altas, no entanto, como o próprio Ricardo Boldo reconheceu, não abre mão do uso durante o processo de Dormex (um agrodenfesivo usado para quebrar a dormência da planta na ausência do frio, e fazer com que todo vinhedo brote ao mesmo tempo), além das borrifações de fungicidas e de leveduras selecionadas, o que significa “fermentos industriais” para a fermentação.

Independentemente do uso adequado ou não do rótulo de “mínima intervenção”, é fato que os vinhos feitos na Terras Altas são convencionais, com ótimo potencial e qualidade. Além disso, a vinícola já possui estrutura de enoturismo que tem amealhado o público região. Um “wine tour” que mostra o caminho da uva e termina com uma degustação do vinho, acompanhado de queijos da região e azeites brasileiros custa R$ 120, por pessoa. Há também a concorrida festa da colheita, que termina com um almoço harmonizado pelo chef do restaurante da vinícola, por R$ 700, valor do ingresso único. Ou há ainda um brunch, estilo pique-nique harmonizado, montado no gramado com vista para as vinhas por R$ R$ 350, por pessoa. Atualmente a produção da Terras Altas está na casa das 20 mil garrafas por ano e com elas, eles já começam a figurar em cartas de elegantes restaurantes paulistanos como Tre Bicchieri, Figueira Rubayiat e NB Steak. “Como temos o foco em qualidade, vamos até o teto de 100 mil garrafas por ano”, disse Baldo à coluna AL VINO.

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O início da história da Terras Altas mostra que o negócio é promissor e já fez de Ribeirão Preto uma interessante parada gastronômica para se tomar uma boa taça de vinho, além do chope gelado e com o colarinho tradicional da Pinguim – mas só o futuro dirá se a “Califórnia brasileira” poderá ser conhecida um dia também como o “Napa Valley nacional”.

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Vinho – VEJA
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Os vinhos que os europeus bebem no dia a dia

O brasileiro está descobrindo o vinho. O fato é inegável e apoiado por números. O consumo só aumentou desde que me envolvi com esta bebida há mais de 30 anos. Mas enquanto o interesse e consumo são inexoravelmente crescentes, a cultura, ou o hábito de consumo, permanecem os mesmos. No Brasil vinho é uma bebida de ocasião e na Europa é alimento diário. No Brasil ainda apreciamos o néctar de Baco majoritariamente em momentos especiais, fora de nossa rotina. Em países como França, Itália, Espanha, Alemanha ou Portugal, o vinho simplesmente está lá, sempre, todos os dias, em todas as estações do ano, em todas as refeições. Claro que o europeu faz distinção entre o vinho do dia a dia, o da ocasião especial, o do verão ou o do inverno. Mas o vinho está sempre ao seu lado.

 

Este vinho do dia a dia, logicamente tem custo menor e é mais leve. Enquanto o habitante do Piemonte-Itália deixa o Barolo e o tartufo para uma ocasião especial, ele acompanha seu risotto do dia adia, sem cerimônia, com um Dolceto, um Freisa, um Grignolino, sem falar é claro nos vinhos locais, da vila onde vive, que sequer chegam a ser engarrafados. O mesmo se dá na Toscana, onde o Brunello-com-Bistecca é para o sabadão, enquanto faz mais sentido durante a semana um Rosso di Montalcino com um pici al sugo.

 

Esta lógica, quase óbvia, se aplica em todo o continente. Barolos, Brunellos, Amarones, Grand Crus de Bordeaus e da Borgonha, Riojas Gran Reserva, tintos mais estruturados, branco barricados, que normalmente custam mais ao bolso e exigem mais do paladar, pedem ocasião. Enquanto nomes como

Valpolicella, Bardolino, Côtes-du-Rhône, Dolceto, Soave, Beaujolais, Frascatti, Lambrusco, Montepulciano d’Abruzzo, Chanti, Vinho Verde, Vino da Tavola (Itála), Vino de la Tierrra (Espanha), Vin de Pay (França), vinhos regionais em Portugal, sem falar em rosés e espumantes em geral, são menos custosos, mais leves e companheiros de todo o momento.

 

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Vamos brindar! Os bares finalistas de Veja Rio Comer & Beber 2024

São brindes em profusão, ao momento vibrantes dos balcões, petiscos e drinques que movimentam as noites cariocas. Está chegando a hora de conhecer os melhores da cidade, e apresentamos o timaço de indicados na seção de bares do prêmio VEJA RIO COMER & BEBER 2024/25.

+ Veja Rio Comer & Beber: saiba quais são as comidinhas finalistas do prêmio

A 28ª edição do guia mais gostoso da cidade vem aí, apresentando mais de 450 estabelecimentos entre restaurantes, comidinhas e bares. A premiação ocorrerá no dia 13 de novembro, em cerimônia no hotel Fairmont Rio.

Para chegar aos finalistas, VEJA RIO compilou os votos de 30 jurados, entre jornalistas da publicação e profissionais de diferentes áreas, que escolheram, em ordem decrescente, os três melhores em cada uma das 38 categorias

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No disputado cenário dos bares, a categoria dono de bar surge como novidade da edição, que vai premiar também o melhor braseiro e o melhor lugar para encontros românticos. Feijoada? Temos. E roda de samba também.

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Confira as categorias e indicados, na ordem alfabética:

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Braseiro
Braseiro da Gávea
Braseiro Labuta
Galeto Sat’s

Carta de cerveja
Brewteco
Delirium
Rio Tap Beer House

Carta de drinque
Elena
Nosso
Suru Bar

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Feijoada
Academia da Cachaça
Armazém Cardosão
Bar do Momo

Para ir a dois
Celeste
Eleninha
Quartinho

Petiscos
Bar da Frente
Botica
Chanchada

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Quiosque
Ginga
QuiQui
Sel d’Ipanema

Roda de samba
Armazém Senado
Bar do Omar
Beco do Rato

Comer&Beber Rio 2024 é promovido pela VEJA Rio com patrocínio de Baden Baden, BTG, JBS, Nespresso, Prefeitura do Rio e Tramontina, apoio do Governo do Rio e parceria do Hotel Fairmont.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Se eu contar que tem queijo do Rio de Janeiro entre os melhores do Mundo?

Achava lindo devorar uma fatia de goiabada de lata espremida entre duas outras, de queijo prato, lá pela hora da Sessão da Tarde. Na mesma época, havia um queijo minas duro, velho e rançoso, que fazia estranhos aniversários na geladeira, e ninguém parecia ligar. Vez por outra, havia ainda um “queijo de furos”, que ninguém chamava de ‘suíço’.

Não havia luxo, qualidade ou variedade nos queijos da minha infância – ou, ainda, de qualquer amiguinho que nos frequentasse. E não faz tanto tempo assim…

A lembrança me veio a caminho de Valença, região que sempre associei à cafeicultura e que, de uma hora para outra, viu surgir uma vocação inesperada.

Foi a Abolição da Escravatura que levou a mudanças profundas na região, que já foi a maior exportadora de café do mundo, no séc. XIX, mas mergulhou em franca decadência por conta da falta de mão de obra. A salvação da lavoura, literalmente, era o governo começar a incentivar a vinda de imigrantes estrangeiros.

Na passagem para o século XX, eles vinham de toda parte.

Os dinamarqueses que ali se fixaram, tentaram reproduzir, em 1920, o tradicional queijo Danbo, que deu origem ao ‘queijo prato’ afetivo da infância de todo o País. Ali, também se instalaram imigrantes italianos e portugueses, que levaram suas técnicas e desejos à região.

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Fato é que essa turma encontrou em Valença um ambiente ideal. Afinal, além da ilustre participação do animal, do que um queijo é feito? Dos minerais da água, da qualidade do pasto e, também, da terra em que cresce.

Ali, por exemplo, as bactérias propiônicas, que costumam ser compradas para fazer queijos com olhaduras redondas, grandes e regulares (como nos queijos suíços), aparecem espontaneamente na pastagem de Valença graças aos afloramentos rochosos, e… surpresa(!)… se manifestam em furos redondinhos, em alguns queijos maturados.

O tipo de “flor” que recobre os queijos, como um “mofo do bem”, também é outro grande trunfo, capaz de emprestar aromas únicos a cada peça.

Isso tudo é o tal do terroir, que aliado a um crescente investimento em mão de obra e qualidade – especialmente depois da pandemia – tem produzido resultados impressionantes.

 

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DO CAFÉ PARA A PECUÁRIA BOVINA

A cidade é, hoje, a primeira bacia leiteira do Estado do Rio, tanto em volume quanto em qualidade de seus produtos lácteos.

Os números não mentem: no último Concurso de Queijo Artesanal, em São Paulo, entre 1542 produtos de 20 estados, nosso Estado conseguiu 28 medalhas, vindas de 10 queijarias valencianas, sendo duas na categoria máxima: a Super Ouro, com uma banca de juízes de todo o Mundo.

E, ainda, nem nos nossos mais loucos sonhos, acreditaríamos que no último concurso mundial, em Paris, entre os 12 melhores queijos do planeta, havia 10 franceses, 1 suíço e apenas UM não europeu. Sim… era de Valença, Rio de Janeiro.

“O mérito não é meu”, disse Rodrigo do Vale, da queijaria du’Vale, vencedora de inúmeros prêmios. “Que país tem pasto verde o ano inteiro? Vocês viram a capineira, aqui fora? Estou há mais de três meses sem uma gota de chuva e a capineira segue verde! É isso que entra na boca da vaca, que se transforma em leite, que se transforma em queijo. Não é fácil de entender o que faz o melhor queijo do Mundo?”.

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Modéstia à parte (do produtor), não é só terroir que conta. O ‘saber fazer’ importa, e muito. Seu tataravô, imigrante português, já fazia queijos maturados, especialmente do tipo “parmeson” (como conta um registro de época), e enviava para outros municípios, em lombo de burro ou pela Maria Fumaça, já em 1910.

Hoje, num processo que melhora a cada geração, as peças envelhecem numa cave subterrânea que mantem a umidade alta, e a temperatura, baixa e constante.

“O queijo é uma criança que conta tudo”, diz Rodrigo. “Qualquer imperfeição pode ser rastreada até origem, ou seja, aquilo que a vaca comeu. É um produto vivo, com organismos que trabalham no dia a dia, transformando seu sabor. Daqui a uma semana, é outro queijo.”.

Nenhuma de suas “crianças” me contou nada, além de boas histórias. Provei o Pérola Negra, (vencedor do prêmio Super Ouro no último concurso nacional), feito de leite cru e maturado por 60 dias na cave de pedra, sobre uma tábua de madeira. Tem sabor intenso, picante, frutado e denso e é coberto com pó de café para manter a umidade.

Mais inesquecíveis, ainda, foram um queijo maturado por 6 meses, com casca bem florida (que implorei que fizesse em maior quantidade), e o requeijão de leite puro, feito à moda antiga, denso e untuoso, ali batizado como creme de queijo.

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A verdade é que cheguei à fazenda já com desejo de sobremesa. Afinal, pela primeira vez na história, um doce de leite sai de sua categoria específica numa premiação, e entra no rol dos 5 melhores produtos lácteos do Mundo, entre mais de 2.000 produtos inscritos, com jurados de 20 países.

Sim, é de Valença o título de “Melhor Doce de Leite do Mundo”. Segundo Rodrigo, não há segredo: é o terroir valenciano, leite, açúcar e a paciência de se mexer o produto por 5 horas, num tacho de cobre.

Tive a alegria de sair com dois potes e o infortúnio de vê-los sumir em menos de 24 horas, depois de apresentados à minha família.

Pérola Negra da Queijaria du'Vale, coberto com pó de café e Caprinus do Lago, da Capril do Lago. Entre os melhores do Mundo.
Pérola Negra da Queijaria du’Vale, coberto com pó de café e Caprinus do Lago, da Capril do Lago. Entre os melhores do Mundo.Rogério Resende/Arquivo pessoal

DAS VACAS ÀS CABRAS

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cabras felizes do Capril do Lago
cabras felizes do Capril do LagoLuísa Erthal/Arquivo pessoal

Outro produtor de destaque é Fabrício Vieira, da Capril do Lago; um dentista, filho de outro dentista, que passou a vida em área rural.

Aos 13 anos, pediu uma vaca de presente. Como era grande demais para ele, ganhou uma cabra.

Brotava ali uma paixão que daria origem, em 2023, ao sétimo melhor queijo do Mundo, no Mondial du Fromage, em Paris. Um grande orgulho termos num pódio feito APENAS de queijos europeus, um pecorino valenciano envelhecido por 12 meses.

Fabrício, a quarta geração de criadores de vacas, desde sempre viu o pai, Fabio Vieira, fazer a ordenha às 4 da manhã, almoçar às 11 horas e só depois partir para o trabalho, ritual que cumpre até hoje, aos 75 anos. Seu pai é o único de 9 filhos que manteve a tradição de tirar leite e fazer queijos.

Foi o primeiro da família a se aventurar com cabras e, apenas na pandemia, decidiu fazer disso um negócio. Então, chamou Paulo Henrique Bastos, seu atual mestre-queijeiro, e deram início a uma incessante busca pela qualidade.

Me encantei especialmente com o Mascate, de casca florida e olhaduras perfeitas (viva as bactérias propiônicas!) ou ainda em versão lavada na cachaça. Também achei fantástico o Sapucaia, queijo de massa mole coberto por um tipo de mofo branco que se desenvolve dentro da cuia da árvore da sapucaia, numa maturação de quase dois meses.

São 300 a 400 queijos, diariamente virados, temperados, lavados, vindos de apenas 40 cabras da raça Saanem, além de dois bodes: Fred e Carlos Henrique, o danado capaz de emprenhar 34 cabras em dois dias.

Paulo Henrique, por exemplo, sente falta de cada uma das cabras que morrem ou são vendidas e, também, de cada peça que vê partir depois de ter se dedicado a elas por meses, ou mais que isso…  Cada venda é uma despedida porque as coisas são desse tamanho. E ninguém quer aumentar a produção para não perder a qualidade.

Dessas histórias, que só cabem nessa escala, é feito o queijo valenciano.

Paulo Henrique Bastos, o queijeiro que fez o 7o melhor queijo do Mundo, no último mundial, em Paris, e seu novo Sapucaia, feito na cuia da árvore de sapucaia.
Paulo Henrique Bastos, o queijeiro que fez o 7o melhor queijo do Mundo, no último mundial, em Paris, e seu novo Sapucaia, feito na cuia da árvore de sapucaia.Luísa Erthal/Arquivo pessoal

 

ENQUANTO O SELO ARTE NÃO VEM…

Toda essa poesia podia (e devia) estar espalhada pelas mesas de todo o Brasil, mas hoje esses excelentes produtores contam apenas com o Selo de Inspeção Municipal, o que significa que só podem vender em Valença.

Apenas na semana em que fiz minha visita, quatro queijarias tiveram de fechar as portas porque o mercado local não dá conta de remunerar o investimento em processos caros ou de escoar toda a produção.

A Rota do Queijo foi uma solução excelente e criativa, levando cerca de 80 visitantes a cada rodada, mas ainda não é suficiente.

Vejo uma luz no fim do túnel, graças ao esforço conjunto de um grupo de pessoas que tem tudo para transformar a região na nova Canastra:

Rafael de Souza Pereira, extensionista da Emater-RJ, que me deu riquíssimas aulas sobre a história, formação e evolução da região; Fábio Vicente, médico veterinário do Serviço de Inspeção Municipal de Produtos de Origem Animal (SIMPOA) de Valença; e Bruna Boaretto Durço, médica veterinária do Programa de Apoio ao Produtor Rural do Centro Universitário de Valença, ajudam a orientar e formar novos produtores e agora estudam o longo processo de obtenção do Selo Arte para que os produtos cheguem até nós.

Tive a sorte de acompanhá-los numa visita a Breno Furtado, da Porco Alado (Friburgo), que contou sobre sua experiência e tirou dúvidas como o único produtor fluminense a conseguir o selo, este ano. Agora é esperar que, antes da virada para 2025, algum deles tenha sucesso.

Já rodei o mundo todo, entrevistei muitos produtores e provei mais queijos do que meus quadris gostariam. Posso afirmar sem medo: Valença não deve nada a ninguém.

Enquanto o Selo Arte não vem, nem bem cheguei e já não vejo a hora de voltar.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Dia mundial do veganismo: novidades no Teva Deli e mais delícias no Rio

Teva Deli faz aniversário

O Teva Deli, em Copacabana, prepara uma festa especial em celebração ao seu primeiro ano de funcionamento e ao Dia Mundial do Veganismo, comemorado na sexta-feira, dia 1º de novembro. Uma parceria com a marca Naveia vai trazer promoções aos clientes.

Entre as atrações do evento, a Naveia montará uma estrutura ao ar livre, onde um barista servirá amostras de cappuccino para os passantes, enquanto o Teva Deli oferecerá pequenos pedaços de brownie. Para os que decidirem desfrutar de uma refeição no restaurante, haverá cappuccinos em tamanho normal, e o Teva Deli servirá uma fatia de bolo especial de aniversário para cada dois clientes.

Além disso, todos os visitantes terão a chance de concorrer a uma cesta de café da manhã. Para participar, basta preencher um breve questionário em um tablet disponível no local. Outra promoção exclusiva ocorrerá entre 12h e 17h, onde clientes que trouxerem um amigo e pedirem o prato especial do dia, uma lasanha vegana, receberão 50% de desconto no segundo prato igual.

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Teva Deli. Av. Nossa Senhora de Copacabana, 1334-A, tel.: 97874-0081.

+ Veja Rio Comer & Beber: saiba quais são as comidinhas finalistas do prêmio

Rio Design Leblon vegano

Boas opções sem carne esperam os clientes no shopping do Leblon. No Gurumê, restaurante japonês que tem série de pedidas veganas no cardápio, o Tartare Veg Mê (R$ 29,00) é um tartare de palmito pupunha, tomate italiano assado e guacamole, finalizado com crispy de alho poró e acompanhado de chips de batata baroa. Os pratos com duplas de sushi da casa têm variações como tomate italiano marinado em calda de agave, shoyu, alho e gengibre (R$ 17,00), e tempeh crocante marinado no shoyu, sakê e óleo de gergelim, com toque de maionese de castanha (R$ 19,00).

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Gurumê: sushi de tempeh com maionese de castanha./Divulgação

No Zazá Bistrô Café, há pedidas sem carne com o capricho da casa, como a moqueca de vegetais e banana da terra, acompanhada de arroz de coco e farofa de maracujá (R$ 49,00), e o picadinho de berinjela, com couve, sementes de abóbora e de girassol, arroz branco e farofa de alecrim (R$ 52,00).

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Zazá Café: picadinho vegano é de berinjela./Divulgação

E o Juliette Bistrô também apresenta uma opção saborosa para celebrar a data: o Galeries Lafayette. O prato é composto por um risoto de beterraba com tahine, cogumelos ao roti de legumes e sementes de girassol tostadas (R$ 56,00).

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Juliette: risoto de beterraba com cogumelos./Divulgação

Rio Design Leblon. Av. Ataulfo de Paiva, 270, Leblon.

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Cantô do Grand Hyatt 

O Cantô Gastro & Lounge, restaurante do hotel Grand Hyatt Rio, aberto também a não hóspedes, possui um menu vegano com opções de entradas, pratos principais e sobremesas. Destaque para o risoto de jerimum com rapadura, alho negro e amêndoas laminadas (R$ 75,00), e os chips de raízes da terra (cará, mandioquinha, batata asterix e batata doce) com homus de beterraba fermentada (R$ 35,00). Aos sábados, o restaurante oferece um buffet de feijoada que conta com a versão vegana do prato (R$ 176,00), feita com feijão branco, linguiça apimentada de soja, calabresa de soja, proteína de soja, bacon vegano e cogumelo.

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Cantô: risoto de jerimum tem toque de rapadura./Divulgação

Cantô. Av. Lúcio Costa, 9600, Barra da Tijuca, tel.: (21) 3797-9524.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Veja Rio Comer & Beber: saiba quais são as comidinhas finalistas do prêmio

A contagem regressiva está aberta para os Oscar dos sabores. Uma seleção tentadora de delícias concorrem ao prêmio VEJA RIO COMER & BEBER 2024/25. A mais aguardada publicação gastronômica da cidade traz mais de 400 endereços entre restaurantes, bares e estabelecimentos de comidinhas, representando a excelência da boa mesa carioca.

+ Toasts para todos os paladares em rápidas e deliciosas refeições

Para chegar aos finalistas, VEJA RIO compilou os votos de 30 jurados, entre jornalistas da publicação e profissionais de diferentes áreas, que escolheram, em ordem decrescente, os três melhores em cada uma das 38 categorias.

A gostosa e aguardada seção de comidinhas traz como novidade a escolha do melhor vegetariano, além da melhor cafeteria, valorizando a bebida diária das manhãs, que está melhor a cada dia, e bem acompanhada por gostosuras variadas nas boas casas do ramo. O prêmio de melhor melhor bolo também promete dar o que falar, e o que morder. O nível é alto na disputa!

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Teremos as seguintes categorias e indicados, na ordem alfabética:

Bolo
Absurda Confeitaria
Bel Trufas
Medovik

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Brunch
Dainer
Empório Jardim
SO_Lo

Cafeteria
Absurda Confeitaria
Cirandaia
SO_Lo

Kebab
Baduk
Balcão
Basha

Salgado
BB Lanches
La Guapa
Rotisseria Sírio Libaneza

Sorvete
Bacio di Latte
Mil Frutas
Momo Gelato

Vegetariano
Esperança.eco
Pura Rio
Teva Deli

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Comer&Beber Rio 2024 é promovido pela VEJA Rio com patrocínio de Baden Baden, BTG, JBS, Nespresso, Prefeitura do Rio e Tramontina, apoio do Governo do Rio e parceria Hotel Fairmont.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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5 sanduíches para experimentar no Burger Fest, competição nacional

A 19ª edição do Burger Fest entra em cartaz no dia 1° de novembro e reúne mais de 100 restaurantes, bares e hamburguerias em cinco estados brasileiros. As casas participantes criarão um hambúrguer e um acompanhamento, a preço livre, em receitas que poderão ser incrementadas com diferentes versões de molhos da marca Heinz, patrocinadora do evento.

+ Veja Rio Comer & Beber: saiba quais são as comidinhas finalistas do prêmio

Em 2024, o ranking Burger Fest elegerá os 50 melhores hambúrgueres do Brasil por meio da curadoria do festival e pelo voto popular, através do site: www.burgerfest.com.br.

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Lipe Borges
Malta: casa de carnes tem burguer dry aged com emmentalLipe Borges/Divulgação

No Rio, entre outros participantes, o Malta Beef Club (Rua Saturnino de Brito, 84, Jardim Botânico) apresenta o Da Roça: pão brioche, burger dry aged, queijo emmental, tempurá de milho e Honey Mustard Heinz (R$ 48,00). Acompanha batata à provençal (R$ 12,00).

Já o Encarnado (Rua General Polidoro, 141, Botafogo) traz o Robertão: dois smashs de 80 gramas, american cheese, alface, cebola, molho especial com ketchup Heinz Picles e Tabasco chipotle, acompanhado de batata frita (R$ 52,00).

O Culto Bar (Rua Arnaldo Quintela, 89, Botafogo), por sua vez, oferece o Cebolinha: Blend da casa, cheddar, cebola crispy, bacon, onion rings, e ketchup Heinz Bacon e Cebola Caramelizada, no pão brioche (R$ 50,00).

Lipe Borges
Encarnado: casa aposta nos smashes e molho feito com pimenta Tabasco chipotleLipe Borges/Divulgação

Na casa Os Filhos da Mães! (Av. Salvador Allende, 6700, loja 140, Recreio dos Bandeirantes), a pedida é O Bello: hambúrguer de 180 gramas de Angus coberto por maionese de trufas, cogumelos portobello sautée e queijo parmesão da cidade mineira de Lima Duarte (R$ 49,90). Acompanha batatas fritas com maionese de trufas, picles de pepino preparados na casa e uma fina cobertura de queijo parmesão (R$ 24,90).

A Fire House (Rua Francisco Real, 375, Bangu) criou o Biquinho: pão brioche com gergelim, geleia de pimenta biquinho, blend Angus de 150 gramas, queijo brie, cebola crispy e maionese de alho (R$ 44,99). Acompanha snacks de queijo camembert empanado (R$ 14,99).

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Bom para o bolso! Festival dá descontos no Bar Urca, Al Farabi e mais

A 18ª edição do festival Bar em Bar ocorre de 31 de outubro a 17 de novembro, envolvendo 50 bares cariocas que servem petiscos com preços promocionais.

+ Beba sem moderação: os mocktails estão em todas as cartas

No evento promovido pela Abrasel, o Bar Urca traz o petisco filezinho aperitivo de mignon (R$ 70,00, para duas pessoas). São 400 g de filé mignon cortado com cebolas fatiadas. O Al Farabi, no Centro, oferece o croquete de jiló com carne louca (R$ 10,00 a unidade). É massa leve à base de jiló assado, recheado com carne assada desfiada e temperada, servido com geleia de pimenta da casa.

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Bar Urca: casa tradicional vai de filezinho aperitivo no capricho./Divulgação
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A lista completa dos bares e petiscos está em www.barembar.com.br.

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Trabuca Tinto, Um Baga com Caráter Marcante

O vinho Trabuca foi idealizado e produzido pelo grande enólogo bairradino Eng. Pedro Guilherme Andrade, o néctar carrega o nome da alcunha do seu pai o Sr. Trabuca, ao qual o filho lhe presta uma linda homenagem com um dos vinhos de Baga mais inesquecíveis desta casta rainha da região da Bairrada.

Crédito de Imagem: Dayane Casal, 2024

O enólogo faz parte da quarta geração de vitivinicultores e o projeto familiar possui sete hectares de vinhas localizadas no Vale do Boi (Anadia – Portugal), que englobam castas brancas e tintas, dentre estas a Baga.

A Casta Baga

Baga é uma Vitis vinífera autóctone de Portugal que apresenta-se com abrolhamento em época média e maturação tardia, o que requer muita atenção nas vinhas. Alguns descritores ampelográficos da Baga são, folhas adultas apresentam tamanho médio, de forma pentagonal com a presença de 5 lóbulos. Seus cachos são de tamanho médio, cônico, compacto, pedúnculo de comprimento médio. O bago desta uva é de tamanho pequeno, compacto, arredondado, de cor negro-azul e com película de boa espessura.

Esta magnífica casta da Bairrada produz desde espumantes elegantíssimos de longa guarda, espumantes de consumo rápido, espumantes tintos, espumantes rosés, espumantes blanc de noir, espumantes blends, vinhos brancos tranquilos “blanc de noir”, vinhos rosés, vinhos tintos de consumo contemporâneo e vinhos tintos de longa guarda, este último foi como ela ficou mais conhecida, por seus vinhos de décadas em garrafas.

Entender detalhes sobre a sua vinificação permite perceber como os enólogos e produtores a trabalham desde quando está na vinha, vislumbrando o estilo de vinho que desejam elaborar. As suas características moleculares são o fator chave do trabalho com a Baga, e claro que para isso é preciso conhecimento técnico especializado e muita experiência, e isso os BACOS bairradinos o tem de sobra e a trabalham na perspetiva de tirar o seu melhor.

O Vinho Trabuca Tinto

O vinho Trabuca Tinto é um vinho distinto qualitativamente, produzido a partir de 100% Baga, matéria-prima provinda de vinhas com 95 anos de idade, muito adaptadas ao terroir e que produzem cachos com atributos especiais para a produção de grandes vinhos. Este vinho é vinificado de forma especial, estagia entre 4 a 5 anos em barrica de carvalho francês e depois mais 2 anos em garrafa em cave.

Em aspecto ele apresenta-se limpo, intensidade média e cor rubi, com presença de lágrimas. No nariz mostra-se limpo, intensidade pronunciada e com características de aromas complexos com ameixa preta, caruma de pinheiro e especiarias. Em boca um vinho com taninos presentes mais muito bem polimerizados, ótima acidez, sabores que se confirmam com os aromas sentidos ao nariz, possui um final longo e se destaca pela elegância e pelo equilíbrio admirável entre álcool, acidez, corpo e taninos. Um vinho com um grande potencial para o envelhecimento.

Sugestão de Harmonização

Este vinho bairradino encantador tem a capacidade de harmonizar com diversos pratos e momentos. Fica a minha sugestão para fazer pairing com uma coxa de pato ao molho com redução de vinho, balsâmico e ervas com purê de batata.

Apreciar um bom vinho à mesa é sempre um bela forma de avaliarmos a sua performance e sobretudo extrairmos o melhor dele por muito mais tempo, junto da família e dos amigos. Fica a minha sugestão de vinho para prendas e para também estar nas suas festas de fim de ano.

Desejo boas provas, saudações báquicas e saúde !

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Desejo boa jornada através desta rica leitura!

Interessados em editar o livro em outros países, entrar em contato com a própria autora (Dayane Casal), através do e-mail dayanecasal@yahoo.com.br ou casaldayane@gmail.com

Fonte:

Mundo dos Vinhos por Dayane Casal