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É certo o Guia Michelin esnobar restaurantes da Barra e da Zona Norte?

A prefeitura do Rio de Janeiro não poupou esforços – e dinheiro – para trazer de volta o Guia Michelin para a Cidade Maravilhosa. Foram gastos 4,5 milhões de reais para que estabelecimentos cariocas fossem avaliados pelos inspetores da prestigiada publicação este ano e nos próximos dois anos, 2025 e 2026.

E, para que a cerimônia de premiação fosse realizada aqui, com toda a pompa que a festa merece, mais 1,9 milhões de reais foram investidos no aluguel e a produção do evento no Copacabana Palace. Todos esses dados foram publicados no Diário Oficial.

O contrato, aliás, afirma que o Rio tem direito de preferência em iguais condições com outras cidades do território avaliado, a ser nomeada como Cidade Anfitriã no anos posteriores ao término da vigência do documento.

Foi importante? Sim, foi. O Rio só tem a ganhar com essa ação inédita, em que a Secretaria Municipal de Turismo busca incentivar que visitantes de alto padrão venham ao Rio com regularidade, encontrando aqui um porto seguro de experiências gastronômicas de alto nível.

No entanto, uma coisa chamou a atenção na divulgação de restaurantes estrelados e recomendados pelo clássico guia. Uma região gigantesca da cidade chamada Barra da Tijuca não foi mencionada com nenhum restaurante. Nem estrela, nem indicação. E sabemos que o bairro dispõe de excelentes opções gastronômicas.

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Casa Tua, Ocyá da Ilha Gigoia, Adega Santiago, Shiso, Naga, todos na Barra, foram visitados pelos inspetores do Guia Michelin? A Casa do Sardo, em São Cristóvão, não vale uma visita, assim como o clássico Adegão Português?

Entre os estrelados cariocas, todos estão na Zona Sul (Oteque e Lasai no Humaitá, Oro e San Omakase no Leblon, Cipriani e Mee em Copacabana). Dos sete Bib Gourmand, espécie de categoria “bom e barato”, todos estão na Zona Sul, entre Botafogo e Ipanema. Já na lista de selecionados para o guia, dos 29, apenas 5 estão fora da Zona Sul (Aconchego Carioca, Aprazível, Lilia, Corrientes 348, Térèze, todos na região Central da cidade).

Isso é péssimo quando se fala de Rio de Janeiro, uma cidade com muitos atrativos e regiões. Seria como chegar em Paris e só ser avaliados os endereços do Carré d’Or, uma região de alto padrão de endereços. Isso, inclusive, não converge com a narrativa de um guia que tem sua história baseada em pneus e rotas diversas.

A rapidez na avaliação de um guia deixa questionamentos. As recomendações foram apenas para região Central e Zona Sul ou para toda a cidade? Não vale a pena explorar os sabores da Zona Norte e da Zona Oeste?

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Existe muita comida de perfil prêt-à-porter, se usarmos a linguagem da moda, mas existe muita narrativa autoral de padrão elevado. O Ocyá recomendado foi o do Leblon, que não possui o charme e a autoralidade do original, na Ilha da Gigoia.

O Guia Michelin, apesar da relevância e seriedade, ainda carrega um formato “colonizador x colonizado”, em que a identidade de regiões tenham que se basear em modelos europeus.

Vibramos com os nossos vencedores, mas o questionamento saudável se faz necessário, ainda mais quando existe dinheiro de contribuinte carioca. Afinal, a avaliação deveria ter sido feita em toda a cidade, e não apenas em alguns bairros. Os avaliadores realmente atravessaram os túneis rumo às zonas Norte e Oeste? Experimentaram os sabores e realmente não gostaram do que provaram? Seria ótimo se tivéssemos essas respostas…

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Comer & Beber – VEJA RIO
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O que provar no Brota e no Sult, novos na lista ‘bom e barato’ do Michelin

A edição de 2024 do Guia Michelin, que volta a operar no Rio e São Paulo após quatro anos, trouxe novidades como as duas estrelas para o restaurante Lasai, e a inclusão de dois novos restaurantes cariocas na categoria Bib Gourmand, que contempla estabelecimentos de boa relação entre preço e qualidade: Sult e Brota.

+ Guia Michelin 2024: Lasai conquista segunda estrela, San Omakase ganha uma

Ambos estão localizados no bairro de Botafogo, o segundo na região do Humaitá. É o Brota (Rua Conde de Irajá, 98), vegetariano da chef Roberta Ciasca, instalado em bela casa antiga, com quintal e cenário arborizado. Recentemente, a chef lançou o esquema de almoço, de terça a domingo, com um PF de R$ 49,00. Há opções como o arroz com caldinho de feijão, abóbora assada, couve e vinagrete de legumes crocantes; e a tigela de arroz cateto e quinoa servida com legumes tostados e creme de manjericão. Fazem sucesso também as Brotinhas, que são bolinhos fritos de arroz integral e recheios como o de tomate, pesto e azeitonas.

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O Sult (Rua Fernandes Guimarães, 77), por sua vez, que já faz sucesso do outro lado do oceano, com a recém-aberta filial portuguesa em Cascais, atrai com ambiente despojado e cercado por garrafas de vinho, a cozinha toda aberta ao fundo do salão e uma culinária de frescor e ingredientes de qualidade. Das lambretas de Recife com gremolata (R$ 59,00), deliciosa entrada do mar, à carne cruda com avelãs e grana padano (R$ 54,00). O milanesa de vitelo com purê de batata roxa acompanha tomates cereja assados e rúcula (R$ 87,00), e o spaghetti alle vongole (R$ 74,00) é outro prato que merece a visita.

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Guia Michelin 2024: Lasai conquista segunda estrela, San Omakase ganha uma

A gastronomia carioca está em festa com o anúncio dos restaurantes selecionados e premiados no Guia Michelin, que voltou à cidade após quatro anos.

A cerimônia, no hotel Copacabana Palace, foi apresentada pela atriz Guilhermina Guinle.

Veja, abaixo, a lista de laureados.

Restaurantes cariocas com duas estrelas Michelin:

Oro, de Felipe Bronze e Oteque, de Alberto Landgraf mantiveram suas duas estrelas Michelin, enquanto o chef Rafa Costa e Silva, à frente do Lasai, ganhou mais uma, se juntando à seleta lista.

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Restaurantes cariocas com uma estrela Michelin:

Dois mantiveram sua estrela: Cipriani e Mee, ambos no Copacabana Palace. O primeiro, voltado à culinária italiana, é comandado pelo chef Nello Cassesse. O segundo, asiático, está sob a batuta do chef Alberto Morisawa.

A novidade foi o San Omakase, comandado pelo chef André Kawai, que estreou na lista.

Maíra Freire, do Lasai, ganhou o prêmio de sommelière Michelin.

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Também foi anunciada a lista dos restaurantes selecionados na categoria Bib Gourmand, que valem a pena ser visitados pelo nível da cozinha, e de boa relação entre preço e qualidade.

Cinco deles já tinham figurado na lista. São eles:

Artigiano
Didier
Maria e o Boi
Miam Miam
Pici Trattoria

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E dois entraram na seleção em 2024: Brota, vegetariano de Roberta Ciasca, e Sult, comandado pelo chef Nelson Soares.

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Entre os restaurantes cariocas recomendados, 14 se mantiveram a lista. Veja abaixo:

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Aconchego Carioca
Aprazível
Chez Claude
Giuseppe Grill
La Villa Rio
L’Étoile
Lilia
Marine Restô
Mr. Lam
Oia Cozinha Mediterrânea
Rubayat Rio
Sud, o Pássaro Verde
Sushi Leblon
Térèze

E 15 foram selecionados pela primeira vez:

Clan BBQ
Corrientes 348
Escama
Haru Sushi
Henriqueta
Izär
Mäska
Mesa do Lado
Nôa
Nosso
Ocyá – Leblon
Rudä
Spicy Fish
Tiara
Toto

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Bar do Zeca Pagodinho – finalmente – abre filial na Zona Norte do Rio

Na onda do “deixa a vida me levar”, Zeca Pagodinho foi longe no negócio dos bares, e já estava na hora de estrear na Zona Norte, região importante para os sambas e a carreira do artista nascido no Irajá. O Bar do Zeca Pagodinho abre nesta quinta (23) a filial do NorteShopping.

+ Direto de Manaus: Manicumã apresenta o “x-caboquinho”

A nova loja da rede do grupo BFW tem cerca de 870 metros quadrados, com capacidade para até 500 pessoas, mantendo a vocação espacial para os shows de samba e a gastronomia de boteco, as feijoadas e homenagens no ambiente à trajetória de Zeca Pagodinho. Há de fotos de shows, entrevistas, prêmios e outros objetos pessoais.

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O cardápio da rede é assinado por Toninho Momo, também do tijucano Bar do Momo, com carta autoral de drinques elaborada pelo mixologista Dom Colombia. A programação da primeira semana, com couvert artístico a R$ 20,00, reúne artistas e grupos como Balacobaco, André Pressão, Grupo Arruda, Samba do Xoxó e Marcelinho Moreira. A casa no 3º piso do NorteShopping funciona de domingo a terça, das 12h à 0h; quarta a sábado até 1h.

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Álcool que te quero doce: a era dos licores voltou com força máxima

Se afirmassem para um profissional de bar, há poucos anos atrás, que um drinque de dois ingredientes, a base de café e Licor 43, seria responsável por uma febre desenfreada de consumo em bares pelo Brasil, provavelmente a reação do bartender seria uma bela gargalhada. Não desmerecendo a mistura, porém, entre a febre do Aperol Spritz e Gin Tônica que já tomam conta dos bares há alguns anos, seria uma aposta pouco provável, como aquelas casas de jogos de azar, onde de vez em quando algo improvável “quebra a banca“, na gíria dos apostadores.

Pois bem, o mercado de bebidas destiladas surfou um 2022/23 com muita instabilidade. Olhando para os gráficos e análises de venda/faturamento, categorias como gin perderam seu protagonismo. Porém, os números das bebidas licorosas são impressionantes.

A marca espanhola Licor 43 (na mistura 43 ingredientes secretos) é o grande fenômeno de consumo e de faturamento. Sozinha, puxou uma fila de produtos e marcas e posicionou o produto, em 2022, como a maior fatia de vendas/consumo/faturamento. Foi a única marca do mundo que alavancou mais de vinte milhões de dólares de faturamento para um único produto, dentro da categoria. Mas o que aconteceu? Como, quando, e, principalmente, por que uma mistura de café expresso e licor à base de baunilha e tantos outros ingredientes passou a ser um fenômeno?

Para explicar esse mistério, nem mesmo os profissionais que trabalham com a marca espanhola têm uma informação oficial. As origens da mistura remetem aos domínios espanhóis no Caribe, quando os soldados ganhavam “doses de coragem”  para enfrentar as batalhas contra os piratas. Uma mistura à base de rum misturada com café. Como licor 43 é um produto fabricado somente em Cartagena, na Colômbia, a substituição do rum pelo licor foi uma ocorrência típica de quem procurava algo mais doce e palatável para consumo. Não se sabe ao certo como essa mistura invadiu os bares pelo globo, mas desde 2021 é o maior fenômeno de consumo que ressuscitou uma categoria até então adormecida. O nome deste drinque: Carajillo.

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Fenômeno baladeiro

Quando falamos em licores tradicionais, “old school”, temos que enaltecer o licor de laranja francês mais famoso do mundo: Cointreau. Feito há mais de cem anos no mesmo lugar e sempre presente na coquetelaria, ou como um refrescante digestivo. Muitos são os drinques clássicos que carregam Cointreau na mistura. Dos tradicionais mais usados na coquetelaria, a marca francesa é a mais adorada. Algumas marcas brasileiras começam a assanhar uma concorrência ao famoso licor francês. Marcas como San Basile e a até então desconhecida Schluck licores já produzem licores finos, principalmente de laranja, para entrar de vez no mercado nacional. São produtos de qualidade, com preço inferior aos importados, porém ainda com pouca força de marca. O futuro, aos bartenders pertence.

Mas neste primeiro semestre de 2024, duas marcas roubaram a cena etílica de consumo de bebidas adocicadas, de sabores excêntricos, com menor concentração alcoólica e muita cremosidade. O que ambas as marcas têm em comum: são pertencentes a empreendedores e entusiastas, sem aporte de empresas multibilionárias e um acerto perfeito: caiu no gosto da juventude.

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Nosso primeiro fenômeno nasceu na Bahia em 2018 e atende pelo nome carinho de Don Luíz. A ideia inicial foi muito simples: levar álcool para o mais tradicional doce da culinária brasileira: doce de leite. Muitas tentativas depois, nasce o licor de doce de leite Don Luíz, o primeiro a engarrafar essa mistura que hoje é um fenômeno de vendas em baladas, boates, clubs. Puro com ou sem gelo, no shot ou na sobremesa, não importa: é gostoso demais. Surfando essa mesma onda do sabor doce de leite, temos o licor Bardêra. Marca que tem outros produtos no portifólio, como vermutes branco e tinto, excelentes para misturar.

O carnaval deste ano foi a rendição para outra marca jovem de empreendedores. Não teve bloco de carnaval ou camarote na Sapucaí que não oferecia shots de tequila com morango. Estou falando da garrafa rosa mais famosa da atualidade. Ballena. Todo mundo que prova não se contem e descreve a sensação de estar bebendo Danoninho com tequila, embora eu particularmente ache um exagero. A marca não tem tradição em produção de bebidas, mas está causando um frisson na garotada. Pra não deixar de comentar, esse ritual de shot de bebidas adocicadas tem um pai: Fireball. Licor de uísque com canela que detém o pioneirismo de shots gelados para celebrar, abrir ou fechar um encontro.

Novos sabores, novas tendencias

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Os brasileiros estão, aos poucos, se rendendo aos produtos etílicos made in Brazil. Isso é fantástico. Temos uma cultura etílica importada e nossa coquetelaria tem essa influência desde o início dos anos 90. Tudo que era bom era importado. De certa maneira, isso ocorreu pelo fato de que os poucos produtos necessários para abastecer um bar de drinques não tinham fabricação no Brasil (gin, licores, vermutes, etc) e os que existiam não tinham conhecimento do público ou, na maioria dos casos, eram de baixa qualidade.

Mas as coisas mudaram. Novos investimentos, novas tecnologias e empreendedores corajosos e audaciosos ousam, a cada dia, enfrentar as multinacionais e, com produtos de qualidade e diferentes tendências de consumo, hoje chegam aos bares e à mesa do consumidor. Caso de marcas como a também baiana Royal Charlotte. Ainda desconhecida do público do Sudeste, a marca já ganhou medalha de ouro no aclamado World Drink Awards, na Inglaterra. Seu sabor é único: trata-se de uma fórmula exclusiva do mel de cacau, iguaria ainda um segredo para muitos. Suas especiarias secretas são cuidadosamente infundidas por sessenta dias, criando uma harmonia perfeita com o mel de cacau. Em breve teremos esse produto diferenciado por aqui. Eu provei e achei algo extremamente diferente de tudo que já havia degustado. É uma experiencia única.

Outra marca que se destaca lentamente é o Kabralab. Dos mesmos produtores da cachaça Quero-Chuva, este licor de café vem em uma garrafa digna dos melhores perfumes franceses. Uma mistura de extrema sabedoria, com diferentes aromas e uma cremosidade excelente. Sua única barreira é o preço. Ainda não estamos preparados para produtos nacionais mais caros que os importados. Quando isso acontece, é comum as marcas importadas famosas serem a escolha natural do consumidor. Não se trata de qualidade, e sim de percepção de status.

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Chegou chegando

Em quase todo grande concurso internacional de bebidas, tem um ou mais brasileiros nas cabeças. Não importa a competição. Seja de destilados, café, vinhos, vermutes ou até mesmo de azeite, é notório que o país reúne o que há de melhor em uma boa mesa. Agora, o Brasil tem também o melhor vermute dry e o melhor licor de avelã do mundo, eleitos pelo respeitado World Drink Awards. O resultado saiu na última semana. A marca Schluck está chegando aos poucos aqui no Sudeste brasileiro e promete chegar chegando. Eu já provei o licor de avelã e o que mais me chamou a atenção, além do sabor, foi sua cremosidade. Dá pra passar no pão.

O vermute seco, também da Schluck Licores, ganhou na categoria dry e surpreendeu a avaliação do concurso pelo amargor equilibrado pela doçura, com alta acidez. “Grandes aromas de frutas tropicais com baunilha e notas cítricas. Conduzem a um corpo suculento com leves notas de pimenta. É moroso com limão brilhante e frutas de pomar antes de desenvolver um final limpo e fresco de maçã e ameixa. Final amargo”, diz a análise feita pelos jurados da competição inglesa.

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O licor de avelã eleito o melhor do mundo também é da Schluck. Trata-se do Haselnuss Likör, lançado no ano passado. No total, a marca catarinense arrematou 21 prêmios em 14 produtos. O vermute seco é um dos mais novos lançamentos da empresa. Ele chegou ao mercado em 2023, em uma linha que marca sua estreia no mercado de vermutes e bitters.

Uma coisa é certa: estamos trabalhando as marcas brasileiras de todos os rincões nacionais como nunca antes. Tem espaço para todos. Sabores, aromas e especiarias brasileiras são o futuro, opa, o presente. A cachaça foi nosso pai, o gim nacional nossa mãe. E desta união começam a nascer os nossos filhos, doces, cremosos, apetitosos e de sabores regionais, assim como a feijoada, o baião de dois, o churrasco, a moqueca e o torresmo. Enfim, o Brasil.

Cheers

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Os detalhes sobre a festa do Guia Michelin, que volta ao Rio após 4 anos

O mais antigo e prestigiado guia de gastronomia do mundo, criado no início do século 20 como um livro turístico pela famosa empresa fabricante de pneus, numa época em que o carro era o transporte nobre e mais usado em viagens dentro da França, o Guia Michelin faz nesta segunda (20) o lançamento de sua edição 2024 para Rio e São Paulo.

+ Tasca da Mercearia chega à Praça São Salvador

Depois de uma pausa de quatro anos em suas atividades no Brasil, o célebre avaliador de restaurantes com as cobiçadas estrelas faz a sua festa no hotel Copacabana Palace, reunindo uma constelação de chefs, empresários e agentes do setor da gastronomia. A cerimônia será transmitida ao vivo, a partir das 19h, pelo canal do Guia Michelin no YouTube.

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Na ocasião, serão anunciados os poucos estabelecimentos a ganhar estrelas (de uma a três, embora nunca um brasileiro tenha recebido mais do que duas), mas também a lista de casas que marcarão presença na nova edição do guia, e os escolhidos na categoria Bib Gourmand: restaurantes que valem a pena ser visitados pelo nível da cozinha, e de boa relação entre preço e qualidade.

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Segundo anuncia o guia, as seleções são feitas por um time de inspetores especializados e anônimos, que atuam no mundo todo. As avaliações seguem cinco critérios: a qualidade dos produtos, a harmonia dos sabores, o domínio das técnicas culinárias, a personalidade da cozinha, e a consistência ao longo do tempo e através do menu como um todo.

No Rio, apenas três restaurantes ganharam uma estrela: Cipriani, do chef Nello Cassese; Lasai, do chef Rafa Costa e Silva; e o oriental Mee. E outros dois conseguiram duas estrelas: Oteque, do chef Alberto Landgraf; e Oro, do chef Felipe Bronze.

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Como ocorre em outras cidades, as prefeituras de Rio e de São Paulo vão destinar R$ 9 milhões para a presença do Michelin nas cidades até 2026.

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Desastre no Sul: o grito de socorro vindo dos produtores gaúchos de vinhos

Com mais de meio milhão de pessoas em abrigos, 150 mortos e mais de 100 desaparecidos (dados atualizados até sábado, 18), o Rio Grande do Sul terá ainda pela frente o desafio de reconstrução. Não foi possível estimar até agora a conta exata dos estragos, mas já há uma rede de solidariedade em ação para atuar em várias frentes de ajuda, incluindo o comércio. Um dos focos atuais de preocupação é com a indústria de vinhos. Os rótulos gaúchos são feitos por cerca de 800 famílias da região Sul e a produção equivale à metade dos vinhos nacionais comercializados. Apesar do volume, os rótulos brasileiros ocupam apenas 10% do volume de vinho fino consumidos por aqui. O restante do mercado é dominado pelos importados.

A Emater/RS-ASCAR, órgão de promoção do desenvolvimento rural, calcula que cerca de 500 hectares de plantações de uva foram afetados. Embora seja um número nada desprezível, a verdade é que o estrago poderia ser bem maior, considerando-se os mais de 50.000 hectares de cultivo no estado. Se as chuvas tivessem caído um mês antes, o cenário seria de terra arrasada. “As colheitas já haviam sido feitas e as uvas para suco e vinho já estão nas vinícolas”, diz Daniel Panizzi, presidente da União brasileira de Vitivinicultura, a Unibra. Portanto, não há perigo algum de desabastecimento de produtos, como afirmam alguns posts fakes que circulam nas redes. “Não vai falar vinho brasileiro, não existe essa preocupação”, completa Panizzi.

Preocupa muito mais no momento a situação do enoturismo local. Cerca de 80% das vinícolas daquele estado dependem diretamente das vendas feitas a pessoas que visitam suas dependências. O movimento turístico ligado à cultura do vinho também representa a maior fonte de receita de municípios duramente atingidos, como Gramado. Por isso, a campanha #comprevinhogaúcho criada pelo portal Brasil de Vinhos ganhou tanta relevância e repercussão nacional. Vários chefs renomados engrossaram o apelo. A campanha tem como objetivo conectar vinícolas daquela região a consumidores de outros estados. Além de garantir renda para as famílias envolvidas na produção, o movimento nasceu para ajudar a manter os empregos de toda a cadeia que suporta esse setor.

reprodução
O apelo aos consumidores de todo o Brasilreprodução/VEJA

Como é possível ajudar? Um caminho é pesquisar no site brasildevinhos.com.br, no qual há 221 vinícolas gaúchas catalogadas. “Ou então vá no Google e digite ‘vinho gaúcho loja online’ e entre no site de uma das mais de 800 vinícolas do Rio Grande do Sul. Escolha um rótulo, peça, pague e sorria: acabaste de colaborar para a reestruturação de uma das regiões mais belas do Rio Grande do Sul”, diz a jornalista Lucia Porto, uma das responsáveis pela campanha. E completa: “Pode demorar para chegar – certamente vai demorar para chegar, mas vai chegar”.

O desastre climático veio justamente num momento de ascensão dos produtores do Sul. Eles nunca foram tão reconhecidos pela qualidade, não apenas no Brasil. Atualmente, cerca de 50 países do mundo compram vinho gaúcho. Se você ainda é da turma que não descobriu o vinho nacional, saiba que aqui no Brasil a barreira hoje é apenas mercadológica. “Hoje não se fala mais em qualidade. Temos um produto de ponta. Precisamos é chegar nas gôndolas dos mercados nas demais regiões do Brasil com competitividade, precisamos de espaço”, diz Panizzi.

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Nesse sentido, portanto, a campanha #comprevinhogaúcho pode ajudar novos consumidores a descobrir o que turma do vinho já sabe: nosso vinho é bom e não poderia existir melhor momento para os consumidores fazerem um brinde de solidariedade, comprando os produtos locais. A turma do Brasil de Vinhos tem algumas sugestões de regiões, uvas e estilos para você fazer o seu pedido:

– Tannat potente da Campanha Gaúcha

– Merlot com assinatura do Vale dos Vinhedos

– Nebbiolo, essa uva italiana, que é produzida lindamente na Serra do Sudeste

– Sauvignon Blanc dos Campos de Cima da Serra

– Cabernet Franc do terroir de Altos Montes

– Moscatel de Farroupilha

– espumantes de Pinto Bandeira, foram eles que colocaram nossas borbulhas no mapa do mundo

– Chardonnay, com ou sem madeira, de qualquer uma das partes do estado

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Vinho – VEJA
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Tasca da Mercearia chega à Praça São Salvador

Um sobrado antigo de Laranjeiras, no animado ponto de encontros da Praça São Salvador, é o endereço da segunda unidade da Tasca da Mercearia, nascida em Botafogo. Em dois andares separados por charmosa escada antiga de madeira, os ambientes seguem a linha do aconchego e têm toalhas de mesa penduradas com as cores de Portugal. Os vinhos, em variedade notável, podem ser escolhidos pelo cliente na prateleira, com garrafas de 750 mililitros a partir de R$ 79,90. A punheta de bacalhau com pão da casa (R$ 54,90) está na seleção de entradas, assim como o croquete de alheira (R$12,90). De bacalhau há sete opções, da lasanha (R$ 74,90) à moda lagareiro (R$129,90): posta de 200 gramas com cebola-roxa, batatas ao murro, tomatinhos e azeitona preta. O pastel de nata e amêndoas (R$16,90) encerra com louvor.

Rua São Salvador, 72, Laranjeiras (70 lugares). 12h/0h (sex. e sáb. até 1h.).

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A multiplicação dos chopes em novas fronteiras

Era um sábado em plena alta temporada europeia, e os turistas faziam fila na recém-­aberta filial da sanduicheria Casa Guedes, em Lisboa. Tudo corria bem, até que Antônio Rodrigues recebeu a notícia de que teria de encerrar o expediente mais cedo porque o esgoto estava entupido. “Perguntei onde era a tampa na rua, arrumei um ferro e uma marreta na obra ao lado e pedi que segurassem minhas pernas que eu ia descer.” Missão cumprida, e logo o proprietário, sujo e encharcado, recebia entusiasmados aplausos da clientela. A cena ilustra o modus operandi do cearense que aportou no Rio com 16 anos, sonhando ser garçom, e hoje é dono de mais de vinte estabelecimentos em dois continentes, incluindo a rede Belmonte. Além da fama de salvador da pátria boêmia, após ressuscitar patrimônios cariocas como Nova Capela, Amarelinho e Cervantes, Antônio está alçando novo e ambicioso voo, saltando das empadas de mesa no boteco ao rigoroso Azumi, agora no Leblon, cujo leme da cozinha ficará nas mãos de Alissa Ohara, antiga proprietária da família japonesa. Como se não bastasse, ele inaugurou, no fim de abril, o vistoso italiano Il Piccolo, abrigado em um dos últimos casarões da Avenida Vieira Souto.

arte gastronomia

Quando a reportagem de VEJA RIO foi a seu encontro, num fim de tarde “sob encomenda”, à frente do mar de Ipanema, Antônio tratava com um fornecedor de frutos do mar numa frenética troca de áudios no telefone, transmitia orientações a funcionários e resumia o espírito do negócio: “Deixar o cliente feliz com o atendimento é o ponto mais importante para a rentabilidade. Pode ser bar ou restaurante, a qualidade do serviço tem que ser a mesma”, afirma, com a convicção de quem ganhou fama multiplicando o faturamento de um bar falido no Flamengo. Na semana anterior à abertura da casa, uma cliente lhe perguntou, bem-humorada: “Nesse italiano vai ter empada de tiramisu?”. A piada acabou indo parar no convite para a estreia por ideia de Silvana, sua mulher, braço direito e decoradora do salão. A profícua fase sugere amadurecimento, revirando a bagagem das inúmeras viagens ao exterior que Antônio faz, sempre embaladas pela boa mesa. No início do ano, voou com a família para Nova York para ver o show da Madonna. Na Europa, frequenta estrelados restaurantes e, depois de hastear sua bandeira em Portugal, onde caminha com sócios para a quinta filial da Casa Guedes, avisa que pretende inaugurar um bar em Barcelona — seu lugar preferido no mundo para comer.

Na rede portuguesa, Antonio repete com louvor uma tática que foi decisiva para o sucesso do Belmonte no Brasil. Porém, no lugar das empadas, entram em cena os croquetes feitos com os descartes da cozinha envolvidos no preparo de um sanduíche de pernil com queijo de ovelha (que, aliás, ele levou ao menu do Cervantes). “Peguei as aparas da carne e a casquinha do queijo e fiz um croquete que passa na bandeja. É o que mais vende, não dá trabalho e dobra a fatura”, explica. O fôlego para seguir ampliando o leque vem de bem-sucedidas apostas, como a recuperação do tradicional Mosteiro, no Centro. No Leblon, onde já gastou mais de 1 milhão de reais para instalar janelas de proteção acústica em apartamentos vizinhos ao Belmonte e acabar com as justificadas reclamações, sua veia empreendedora mira a Pizzaria Guanabara. Um dos imóveis do ponto já é dele, e as conversas estão adiantadas para o regresso de mais um clássico. Planejando uma casa moderna de cafés e lanches que funcione 24 horas por dia, Antônio também avança nas tratativas com os donos da tradicional Padaria Ipanema. E tem um sonho: “Não perco a esperança e vou reabrir o Bar Luiz”.

Salvador da pátria boêmia: depois de Cervantes e outros bares, ele ressuscitou o Mosteiro
Salvador da pátria boêmia: depois de Cervantes e outros bares, ele ressuscitou o MosteiroDivulgação/Divulgação

A carga de trabalho é puxada, umas quinze horas por dia. Aos 55 anos, Antônio acorda às 5h20, faz café, vai para a academia, caminha e engata na labuta até a meia-noite, de quinta a domingo, visitando a cada dia o máximo de estabelecimentos que consegue. “Com vinte minutos em cada lugar, eu vejo coisas que ninguém está vendo, observo os detalhes”, conta. Ele aprecia cozinhar, se aventurando por um cardápio que vai da massa ao pesto a um polvo com brócolis e batata. Tudo orgânico, segundo ele, que não é muito chegado a petiscos e come carne apenas uma vez por semana. Em raros momentos de folga, ele não impõe restrições alimentares quando está nas mesas que admira, como a do concorrente Velho Adonis. “O An­tô­nio é um fenômeno não só pelo que faz pelos bares antigos, mas pelo quanto emprega e ensina aos funcionários. Ele domina todas as pontas do negócio”, avalia o empresário João Paulo Campos, responsável pela recuperação do Adonis, o histórico restaurante de Benfica.

Nascido em Hidrolândia, no Ceará, onde conta ter vendido uma ovelha para chegar ao Rio, Antônio morou em cortiço e trabalhou como faxineiro e garçom por uma década até virar dono de bar. O primeiro dos famosos foi o Carlitos, no Centro, com sua infalível batida de gengibre. Ao procurar apartamento na Zona Sul, Silvana, sua esposa, esbarrou com um antigo bar do Flamengo de nome Belmonte, que à época tentava passar o ponto. O investimento promoveu uma radical mudança de rumos. “Hoje, se eu quisesse abrir um negócio todo dia, tinha gente para botar dinheiro. Mas, para mim, um bar ou um restaurante é muito mais do que isso”, pondera. Buscando estreitar laços culturais, ele fez do Amarelinho, na Cinelândia, um local de bom samba com artistas como Nego Álvaro e a turma do Cacique de Ramos. Amigo de longa data, o músico Moacyr Luz volta e meia aparece para cantar. “Antônio tomou gosto pelos desafios impossíveis e recupera os bares com glamour. É o maior empresário de restaurantes do Rio”, elogia Moacyr, padrinho de consideração de Pedro, o primogênito do empresário. Hoje com 22 anos, ao lado dos dois irmãos gêmeos de 18, o jovem tem planos de abrir uma casa de música eletrônica para 3 000 pessoas. Se o pai aprova a ideia? “Acho ótimo e estou dentro”, avisa Antônio, com a cabeça sempre voltada para as cenas do próximo negócio.

Da lula ao chope

As dicas de viagem — e boa comida — de Antônio

Paco Meralgo
No Paco Meralgo, em Barcelona, não perde as lulas com feijão-branco./Divulgação

 

Peter Luger Steak House
Como melhor carne, em Nova York, ele elege a Peter Luger Steak House, no Brooklyn./Divulgação

 

Velho Adonis e o Braseiro da Gávea
No Rio, fica com pontos tradicionais, como o Velho Adonis e o Braseiro da GáveaTomás Rangel/Divulgação
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Comer & Beber – VEJA RIO
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Hambúrgueres exagerados

A carne é moída com bacon no Bucaneiros (Rua Constante Ramos, 93, Copacabana), que coloca dois discos de 160 gramas no brioche na versão dupla do buca burger (R$ 53,00), com cebola na manteiga, queijo, aïoli e bacon.

Le Max
Le Max: não perca a conta dos discos empilhados./Divulgação

Duro de matar: o nome do sanduíche do Le Max (loja de Botafogo na Rua Nelson Mandela, 100) faz jus aos cinco hambúrgueres de 100 gramas de costela empilhados, com queijo derretido, alface americana, tomate e fatias de bacon no alto (R$ 57,99).

Seu Vidal
Seu Vidal: recheio e molho por dentro do pão./Divulgação

Um dos smashes do Seu Vidal (loja da Barra na Avenida do Pepê, 700-A), o prensadinho (R$ 28,90) traz dois hambúrgueres de 50 gramas e dois pães tipo brioche recheados com queijo cheddar, picles de pepino, catchup e mostarda, além de cebola na chapa.

Hell’s Burguer
Hell’s Burguer: criatura bíblica nomeia o hambúrguer com linguiça./Divulgação

Leviatã batiza um hambúrguer de 150 gramas de filé de costela bovina no Hell’s Burguer (loja de Ipanema na Rua Teixeira de Melo, 21), que por cima da carne recebe linguiça de pernil suíno defumada, aïoli e queijo cheddar no brioche (R$ 48,90).

Hamburgueria da Alfândega
Hamburgueria da Alfândega: cachoeira de cheddar na mesa./Divulgação

O volcanic 2.0 (R$ 43,90) recebe um balde de cheddar por cima do pão. O acontecimento na Hamburgueria da Alfândega (Rua do Senado, 40, Centro) inclui cebola caramelizada, crispy de bacon e molho de bacon, com 160 gramas de carne no brioche.

Hob Hamburgueria
Hob Hamburgueria: catupiry empanado e bacon, que tal?./Divulgação

A Hob Hamburgueria (loja da Tijuca na Rua Mariz e Barros, 184) cresceu e ganhou fama sem medo de ousar dentro do pão, e o catupiry (R$ 42,00) é um convite à gula com disco de carne sob naco de queijo Catupiry empanado na farinha panko, bacon e maionese.

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Encarnado
Encarnado: ampliando as fronteiras do hambúrguerNubra Fasari/Divulgação

O Encarnado (Rua General Polidoro, 141, Botafogo) serve o blend de 160 gramas do enxuxado (R$ 60,00) com cheddar, mostarda, bacon e picles no brioche, e batatas fritas sobre um molho de carne assada para “xuxar” o sanduíche.

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Comer & Beber – VEJA RIO