Depois da abertura da loja que, conforme relatam moradores do bairro, já virou ponto de encontro em Laranjeiras, a rede de padarias Nema acaba de abrir sua segunda loja na Tijuca, ampliando para dezoito o número de unidades no município. O novo endereço da bem-sucedida franquia não tem mesas, e funciona para compras ou consumo rápido. O cardápio enxuto tem pães como o sourdough multigrãos (R$ 21,00) e a baguete rústica (R$ 9,00), e os gostosos pães de queijo da Canastra (R$ 9,00, cinco unidades). As pizzas refrigeradas para a finalização caseira saem a R$ 26,00, ou R$ 24,00 cada uma no combo de quatro, em sabores como pepperoni e margherita.
Rua Barão de Mesquita, 314, Tijuca. 7h/22h.
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Primeiro bar de vinhos especializado no serviço em torneiras, o pequeno e charmoso Tão Longe, Tão Perto chega ao Rio após abrir unidades em São Paulo e no Porto, em Portugal. São seis opções da bebida no esquema, entre brancos, rosés, tintos e laranjas de produção nacional e orgânica, de vinícolas como a Dom Dionysius. As taças têm preço entre R$ 20,00 e R$ 25,00 (R$ 119,00 a R$ 129,00 o litro), incluindo vermutes da casa, e podem ser acompanhadas por uma carta de queijos e frios de primeira linha. Na informalidade que leva cadeiras de praia à calçada, há pedidas como a conserva de lula com alga kombu e shiitake (R$ 78,00) do projeto A.Mar, e o mix de embutidos artesanais da Porco Alado (R$ 96,00), com pão sourdough na escolta.
Uma das principais novidades do Rock in Rio para a edição de 2024 está dando “tilt” e uma certa dor de cabeça aos usuários. A possibilidade de compra antecipada de comida e bebida através do aplicativo do festival é algo a se festejar, mas o sistema parece não ter comportado o volume de inscritos.
O processo, a princípio, é bem simples e conhecido de quem compra ingressos e outros serviços semelhantes online. A compra é feita pelo cartão de crédito, ou via Pix, e um QR Codes é gerado para o pedido. Na Cidade do Rock, basta apresentar o código nos balcões, ou vendedores que se postam à frente dos caixas para agilizar os processos.
As queixas registradas na primeira semana do festival, porém, permanecem. E elas dizem respeito ao funcionamento do aplicativo. Usuários relataram em postagens na internet que compras já feitas desapareceram da área de itens adquiridos, ou foram trocados por itens diferentes. Cervejas se “transformaram” em sanduíches, por exemplo. Ao menos temporariamente.
Os problemas são depois de um tempo corrigidos pelo aplicativo, mas depois que o usuário já fez provavelmente outras compras. É o caso do empresário Pedro Alves, de Barra Mansa (RJ), que adquiriu cervejas com amigos pelo aplicativo. Nesta quinta (19), no retorno das atividades do festival, o grupo relatou que tentou comprar itens durante um dia inteiro e o sistema não respondeu. Pedro conseguiu comprar uma cerveja mas o QR code sumiu do aplicativo, aparecendo mais tarde, quando ele já tinha feito outra compra. “O aplicativo não está legal, mas estamos com as cervejas agora e está tudo certo. O que achei mais chato foi que o vendedor ambulante de cerveja disse que não estava aceitando o QR Code”, afirmou o rapaz, sobre outra cilada na Cidade do Rock, porque os ambulantes têm suas máquinas habilitadas para ler os códigos gerados pelo aplicativo.
Durante a primeira semana do Rock in Rio, sites como o “Reclame Aqui” receberam queixas de pessoas que haviam feito compras superiores a R$ 300,00 já faturadas no cartão de crédito, sem receber o QR Code, conforme o anunciado. As compras fecham às 12h, antes de começar cada dia de rock, e o sistema informa que aquelas feitas e não retiradas no festival serão reembolsadas.
Um fenômeno que altamente positivo ocorreu no mercado no ano que passou. As categorias de vinhos brancos de preço mais alto (acima de R$ 100) registraram um crescimento notável nas importações, acima dos 20%. A chegada da primavera pode ser a ocasião ideal para desarolhar aquele branco especial, mais encorpado, que vai além do branco de praia ou piscina e que oferece muitas possibilidades de harmonização.
Para efeito de análise classificamos as faixas de preço dos vinhos importados em cinco categorias. Sempre contando o preço no atacado na origem (sem impostos, transporte etc), com valores em dólares, por caixa de 12 garrafas. Assim, a categoria Popular vai até US$ 20 (por caixa de 12), a categoria Low vai de US$ 20.01 até US$ 34; Premium de US$ 34.01 a US$ 50.99; Super Premium de US$ 51 a US$ 100.99 e Ultra Premium acima de US$ 101.
Entre 2022 e 2023, a importação de vinhos brancos cresceu 23% nas categorias Premium, e mais de 25% nas categorias Super e Ultra Premium. Mais notável ainda é saber que este desempenho foi em um ano em que o mercado como um todo caiu em cerca de 10% (números da Product Audit).
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Os possíveis motivos deste movimento são, primeiro o estoque alto dos tintos nestas mesmas categorias, que giraram menos, resultando em menor importação para reposição de estoque. Depois, as ondas de calor, que motivam o consumo de brancos, rosados e espumantes. Também, quem sabe finalmente os enófilos brasileiros estão descobrindo que somos um país tropical, com uma costa imensa, suscitando o consumo de todo o tipo de vinho, para todo o tipo de ocasião, com inúmeras possibilidades de harmonização.
Por fim, o mais positivo, este aumento é um indício de amadurecimento e de sofisticação do mercado. Explico: entre profissionais costumamos dizer que quanto mais um consumidor aprende sobre vinhos, mais educa seu paladar, mais vinhos brancos consumirá, em especial os de maior valor.
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Quanto mais experiente o consumidor, mais disposto estará a pagar um valor maior pela qualidade, e mais reconhecerá a qualidade em todos os tipos de vinhos, sejam brancos, rosados, espumantes, vinhos de sobremesa e fortificados, não ficando apenas nos tintos, mas sem esquecer deles, é claro.
Algumas dicas de vinhos brancos acima do básico, ótimos para curtir a entrada da primavera:
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– Santa Rita Floresta Chardonnay (Chile)
– MontGras Quatro branco (Chile), importadora Bruck
“Há milhares de espécies de peixes no oceano. Por que comemos sempre os mesmos?” A provocação do chef-celebridade René Redzepi, do aclamado restaurante dinamarquês Noma, na nova série Onívoros (Apple TV), em que o precioso atum bluefin roda o globo de avião para abastecer altas cozinhas, fez tilintar panelas mundo afora. Em uma era na qual alimentos locais passaram a ser supervalorizados, o conceito conhecido como farm to table (da fazenda à mesa ou do mar ao prato, neste caso), que enaltece o tripé variedade, frescor e sabor, ganhou agora um aliado no Rio, com a abertura do Instituto Bazzar. Funcionando em uma charmosa casa do Jardim Botânico, na Rua Visconde de Carandaí, o projeto foi idealizado pela empresária Cris Beltrão e tem como proposta investigar a história da cultura alimentar no estado e mapear pequenas produções com potencial para chegar às boas casas e ainda impulsionar uma rota turística feita sob medida para uma turma afeita a desbravar aqueles ingredientes capazes de dar a guinada numa receita. “O turismo da gastronomia movimenta 805 bilhões de dólares no planeta. Nosso potencial e paisagens naturais são imensos e precisamos explorar isso”, afirma Cris, que esteve por mais de duas décadas à frente do restaurante Bazzar, pioneiro nestas areias no uso de produtos locais.
Já há iniciativas notáveis a quem vive de garimpar matéria-prima para abrir os horizontes do paladar. Na Lagoa de Araruama, deu-se o “milagre dos peixes”, fenômeno que certamente surpreenderia o nobre cozinheiro dinamarquês, tamanha a profusão de tainhas, carapebas e camarões-rosas de primeira qualidade hoje ali pescados. Essa fartura só foi possível após investimento na dragagem de um canal e na instalação de estações de tratamento — tudo apoiado pelos pescadores, sob a liderança de Francisco Guimarães Neto, o Chico. E começou a dar peixe: a extração já subiu 30% por lá, e a Embrapa iniciou estudos para conceder um selo de qualidade à tainha de Araruama. Do japonês Mitsubá ao premiado Ocyá, comandado pelo chef Gerônimo Athuel, ela está por toda parte. “Pesquei com os locais e fiquei impressionado com o trabalho criterioso. É como na Sardenha, mas as tainhas aqui são ainda melhores, graças à hipersalinidade da Laguna”, avalia o chef italiano Silvio Podda, da Casa do Sardo, citando, com propriedade, sua ensolarada terra natal. Chico, o pescador, retribui: “O reconhecimento dos chefs é uma honra. Ganham clientes, e nós, a chance de poder vender diretamente o produto”, diz.
Na Região dos Lagos, o instituto estabeleceu a ponte entre pescadores e chefs, auxiliando na estruturação do Pescando Tradições, projeto que recebe pessoas para conhecer a atividade e degustar receitas, além de apresentar biojoias feitas com barbatanas e escamas. Está aí uma categoria de turismo que impulsiona economias ao enfatizar identidade territorial, produtos originais e sustentabilidade. No rol dos bons exemplos elencados por Cris, emerge a gastronomia peruana. “É emblemático o trabalho desenvolvido no Peru. O governo percebeu o potencial da gastronomia, investiu nessas frentes, e o turismo expandiu 800% em trinta anos”, conta. Em 2023, o restaurante Central, de Lima, adepto radical dos produtos locais, tornou-se o primeiro latino-americano a conquistar o título de melhor do mundo no The World’s 50 Best Restaurants, que tem outros três peruanos no primeiro escalão.
No terreno da charcutaria, falta pouco para a iniciativa nascida em caves naturais escavadas nas montanhas de Nova Friburgo, na Serra Fluminense (única no Brasil a usar o modelo), invadir mercados e restaurantes premiados como o Sud, o Pássaro Verde, de Roberta Sudbrack, o Lilia, de Lucio Vieira, e o francês Didier — só para citar alguns dos que já provaram e serviram delícias como a coppa negra e o prosciutto de pato da Porco Alado, criada por Breno Furtado. Há anos tentando obter o Selo Arte, que certifica identidade e qualidade, um impulso ao comércio nacional de produtos artesanais que envolve as esferas municipal e federal, ele recebeu apoio do Instituto Bazzar, que produziu laudo com pesquisa histórica sobre a criação de suínos na região. E está perto de obter a decisiva chancela. “O produto do Breno se situa no nível dos melhores do mundo”, elogia Roberta Sudbrack, que já utiliza as linguiças e os embutidos em seus famosos sanduíches. São produtos feitos com porcos da raça moura, do Paraná, criados soltos e se alimentando de frutas e verduras. “A qualidade da matéria-prima muda tudo, da textura à gordura, o sabor e o aroma”, atesta o charcuteiro.
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Em meio ao roteiro, desponta uma deliciosa trilha do chocolate: ela se estende de Paraty, na Costa Verde, a Bom Jesus do Itabapoana, no norte do estado (de um sítio de lá, aliás, vieram as barras com 100% de cacau de agrofloresta que Cris distribuiu em restaurantes como Sud e Lasai). Esta atividade, por sinal, anda muito bem, obrigado, por aqui, na contramão do declínio observado mundo afora. O produtor Carlos Cipriano, da Fazenda do Cacau no Paraíso, em Cachoeiras de Macacu, vendeu quase 1 tonelada no último ano e tem como compradores o Maré Chocolate e a Eko Foods, dona da Bhering. O desafio é manter o foco no cacau fino, que é como ouro para os produtores. “A Bahia também não tinha cacau, que desceu do Amazonas. Nosso clima favorece o cultivo de exemplares com notas de frutas secas, ou frescas, dependendo da torra”, explica Patrícia Nicolau, especialista e consultora que vem capacitando produtores. Em dezembro, ela fará uma apresentação do cacau fluminense a chefs e confeiteiros na sede do Instituto Bazzar. Que venham sobremesas à base do mais puro terroir fluminense.
Tesouros para comer
Produtos fluminenses que estão na mira dos chefs
Arroz anã de Porto Marinho
Cresce na comunidade rural de Porto Marinho, na região serrana, uma variedade única em vias de obter o certificado de Indicação Geográfica (IG). Cultivado de forma orgânica em agricultura familiar, apresenta grãos pequenos e é macio e perfumado.
San Marzano de Paty do Alferes
A versão brasileira dos melhores tomates do mundo encantou chefs como Nello Garaventa, do Grado, e Romano Fontanive, do Gabbiano. As sementes foram trazidas da Itália pela arquiteta Denise Porto, que faz cultivo semiorgânico em estufas. Delicado, o fruto comprido possui polpa carnuda e doçura acentuada.
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Cochon Rouge
A história de Pedro Attayde, que se apaixonou pela charcutaria francesa e montou no Estácio uma fábrica de processos artesanais, certificada pelo município, reflete-se nos inesquecíveis patês en croute, rillettes e presuntos, que já ganharam as mesas de restaurantes como Quitéria, So_lo e Celeste.
Laranja de Tanguá
Maior suculência e doçura, com baixa acidez e cor pronunciada — esses são atributos da fruta que recebeu o selo de Denominação de Origem (DO) em Tanguá, na região metropolitana do Rio. Com adubação orgânica e uso de abelhas na polinização, as laranjas se beneficiam do solo e do clima típicos de lá.
Orgânicos da Fátima
Apreciada por Claude Troisgros e fornecedora de mais de trinta vegetais para os principais restaurantes do Rio, Fátima Anselmo toca a maior horta orgânica urbana do estado, no Itanhangá. Defensora das Pancs e de produtos brasileiros como a taioba e algumas abóboras, ela recebe chefs para colocar a mão na terra e conhecer o cultivo.
O ator Will Smith, que também é cantor de rap e se apresenta no palco Sunset do Rock in na quinta (19), tem causado furor em sua passagem pelo Rio, de garfo e faca na mão. Das carnes à comida nordestina, o astro de filmes como Bad Boys revelou-se muito bom de mesa.
Na terça (17), o ator ganhou um jantar de comida nordestina de primeira, preparado pela chef Dona Carmen Virginia, do restaurante Altar Cozinha Ancestral, de Recife, em evento que contou com a presença de artistas e celebridades como Xamã, Sophie Charlotte e Maju Coutinho.
A refeição teve caldinho de feijoada com torresmo; ensopadinho de sururu com farofa de milho; acarajé, vatapá, camarão seco e vinagrete; salada de picles de chuchu; caju, castanha, brotos e ervas. De prato principal, Will provou arroz caldoso mar, com cocada mole e bolo de rolo pernambucano na sobremesa. Em suas redes sociais, a chef posou com o ator feliz e sorridente, abraçado a ela, que segurava uma bandeja de acarajé, e disse que ele é “uma das pessoas mais simpáticas e carinhosas” que já conheceu.
Will Smith também esteve no Giuseppe Grill, no Leblon, uma das melhores casas de carne da cidade, e fez a festa dos garçons e funcionários, posando para fotos. O ator e rapper não fez por menos e devorou as mais caras e requintadas pedidas da casa: steak wellington; o cobiçado caranguejo centolla da Patagônia Chilena; um T-Bone dry aged, carne maturada em câmaras frias; e a picanha supra sumo, corte especial que é assinatura do restaurante.
Mas não acabou por aí. O ator de Homens de Preto foi curtir o visual da Baía de Guanabara no Baleia Rio’s, no Parque do Flamengo, e passeou pelo cardápio assinado pelo chef Bruno Barros. Acompanhado de cerca de 30 pessoas, entre amigos e seguranças, conheceu sabores como carré de cordeiro com molho demi glace e risoto de açafrão; polvo à galega com batatas ao murro; camarão carabinero grelhado com alho frito e picles de cebola roxa; e ancho grelhado com batata e ervas.
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Completou no começo de setembro um mês da Operação Bordeaux da Receita Federal, que resultou na apreensão de milhares de vinhos importados em São Paulo, lote avaliado em 6 milhões de reais. Os responsáveis pela ação declararam que havia indícios claros de que os rótulos seriam produto de contrabando. Parte dessas garrafas (352) seriam oferecidas num jantar em dos melhores e mais badalados restaurantes da cidade, o Tuju (duas estrelas no Guia Michelin), com ingressos vendidos a 15 000 reais, fora a taxa de serviço de 15%. O estabelecimento integra um grupo que, segundo a mesma investigação, tem uma importadora, a Clarets, e uma distribuidora de bebidas (o Tuju negou à coluna AL VINO fazer parte dessa holding).
Os responsáveis pelo Tuju defenderam-se na época da apreensão dizendo que possuíam as notas fiscais referentes à compra das 352 garrafas que seriam oferecidas no tal jantar. Ainda segundo eles, os vinhos haviam sido adquiridos do “acervo pessoal de um dos sócios do restaurante, que também figura no quadro societário de uma importadora de vinhos”, numa referência ao empresário Guilherme Lemes e a Clarets. Essa importadora, por sua vez, garantiu que era tudo regular e que comprovaria posteriormente a legalidade da procedência da mercadoria apreendida (a maior parte da carga retida pertencia à Clarets).
Os rótulos foram levados para um depósito no bairro do Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, e continuam por lá. Desde então, o mercado que atua na importação de vinhos acompanha com bastante atenção a história, dentro da expectativa de que as autoridades, caso sejam comprovadas as suspeitas, levem até o fim uma ação justa e exemplar contra o contrabando de vinhos. O problema cresceu nos últimos tempos, gerando evasão de impostos e prejuízos no setor com a concorrência desleal. Na página de apresentação da Clarets na internet, a empresa declara que seu modelo é baseado em três grandes pilares: “produtores de excelência, máxima qualidade e preços competitivos”.
DOCUMENTOS INSUFICIENTES
Procurada pela coluna AL VINO para falar a respeito dos desdobramentos do caso, por questões de sigilo, a Receita apenas informou que “as mercadorias não foram devolvidas e seguem apreendidas”. Segundo apurou a coluna AL VINO junto a pessoas ligadas à Operação Bordeaux, a Clarets não teria apresentado até agora documentação suficiente para comprovar a legalidade da importação do lote.
Por isso, o processo se encontra na chamada fase de autuação. Caso não apareça nenhum fato novo, a tendência é que nos próximos meses seja aplicada uma multa pela importação irregular. Se a empresa apresentar recursos contra essa infração e eles não forem aceitos, a sentença se dará de forma definitiva e a mercadoria apreendida terá um destino final, que pode ser um leilão. A coluna AL VINO procurou Guilherme Lemes para comentar o status atual do caso, mas não teve retorno.
O Blue Note Rio, na Avenida Atlântica, estreia nesta domingo (22) o Bossa Nova Brunch, das 11h às 16h. Um trio musical comanda três sets de bossa nova durante o serviço do menu completo que custa R$ 89,90 por pessoa. Entre os itens de café da manhã há frutas como melancia, uva, ameixa, kiwi, carambola e goiaba; queijos como parmesão, gorgonzola e gruyère; frios como presunto de Parma, peito de peru, salame, copa; e pães como croissant, pão de forma e pão de queijo, além de requeijão e manteiga. Tem ainda bolo de cenoura e de laranja, salada de frutas, iogurte e granola.
Na linha das comidinhas, o brunch traz salada grão-de-bico, salada verde, tortillas e cuscuz marroquino, além da torta de frango, torta de palmito, e antepastos como cogumelos glaceados, fonduta de gorgonzola, azeitonas, salmão gravlax e guacamole Entre as sobremesas, tem goiabada e doce de leite; e os queridinhos brownie, cheesecake e torta de limão. Sucos, bebidas alcoólicas e serviço são cobrados à parte.
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Brunch no domingo da PUC
Um brunch gostoso dentro do campus arborizado da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), aberto a todos. Essa é a ideia do Kitchen, que oferece o esquema aos domingos, localizado ao lado da capela. Das 10h às 16h, haverá música ao vivo do Quartetinho Jazz e bufê com pães variados, geleias, mousse de roquefort e aipo, frios, quiches, variedade de preparo de ovos, bolos, frutas e alguns pratos quentes como frango thai e moqueca de palmito. Haverá drinques e bebidas da marca Oceà, cobrados à parte. O brunch sai a R$ 120,00, e R$ 60,00 para crianças até 10 anos. O local conta com estacionamento. Entrada na Rua Marquês de São Vicente, 225, Gávea, tel.: 2239-6001.
Que Clima é Esse? A pergunta é o tema do Plante Rio, evento anual na Fundição Progresso voltado para a questão ambiental. A 6ª edição será na sexta (20) e no sábado (21), com gastronomia pensada com responsabilidade ambiental e uma proposta agroecológica, além de rodas de conversa, programação cultural e oficinas. O almoço da sexta-feira será na Cozinha das Tradições, na ESDI, um programa de pesquisa-ação, formação e extensão em rede que celebra e valoriza a cultura alimentar e tecnológica dos povos e comunidades tradicionais do Brasil.
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Já o café da tarde será do Coletivo Mulheres em Ação da Penha, em parceria com o Centro de Integração na Serra da Misericórdia, que atua com soberania alimentar, educação popular e cidadania no complexo de favelas da Penha, e vai oferecer uma refeição agroecológica. No sábado, o almoço será vendido no refeitório da Fundição pelas agricultoras do GT Mulheres da Articulação de Agroecologia da Serramar. Neste mesmo dia, das 10 às 20h, o evento terá uma feira com expositores diversos de produtos locais e agroecológicos.
Éclair gigante na Barra
Equivalente a cinco éclairs, o tamanho gigante do doce acaba de chegar na Éclair Cafeteria e Bistrô, da chef Millena Sá, no BarraShopping. “A ideia de criar essa versão foi para impressionar nosso público que adora novidades, e para as famílias e grupos de amigos compartilharem uma deliciosa sobremesa”, diz Millena. O novo éclair é preparado com recheio de chocolate branco, morangos frescos e a finalização com calda de cremoux de chocolate preto é feita na mesa pelo próprio cliente. Assim, a pessoa pode colocar a quantidade que desejar de calda. O éclair gigante está no cardápio por (R$ 78,00). O BarraShopping fica na Av. das Américas, 4.666, loja 141, Praça XV, Nível Lagoa, tel.: 3556-9808.
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Novidades no Lima
No cardápio do Lima Cozinha Peruana, em Botafogo, há novos petiscos como o Siri Andino, que são croquetes de siri com quinoa e molho de pimenta de cheiro (R$ 56,00, seis unidades), o Pulpo al Olivo, polvo com vinagrete e alioli de azeitona e pão artesanal (R$ 72,00); o tiradito Caprese (R$ 63,00), com peixe branco, leite de tigre de pesto, parmesão, alcaparras, tomate e pão de fermentação natural; o Chorizo, bife com molho verde e batatas salteadas com cogumelos, edamame e cebola (R$ 89,00); e o Arroz do Mar Clássico, de peixe, camarão, lula, polvo e temperos peruanos (R$ 98,00), entre outros.
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Astros do rock têm fome, e espertos são aqueles que procuram explorar com critério os sabores de uma nova cidade. Em tempos de Rock in Rio, muitas estrelas têm dados as caras nos restaurantes, mas a comida de rua também faz sucesso. Ou melhor, de praia.
Depois de se fartar no Zazá Bistrô, em Ipanema, onde a banda OneRepublic esteve degustando uma dezena de itens do cardápio, o vocalista Ryan Tedder e integrantes da banda pegaram aquela “praiosa” no Posto 9, e provaram o famoso sanduíche de linguiça da Barraca do Uruguay.
Antes da apresentação do grupo no sábado (14), no Palco Mundo do festival, os músicos pediram o pão com linguiça servido há mais de 40 anos pela família dos uruguaios Milton González Gloria González. O sanduíche custa R$ 30,00, com molho chimichurri. Ryan foi na versão mista, que tem carne, linguiça, cebola e molho, a R$ 40,00.
Em seu Instagram, o cantor agradeceu ao chef, escritor e apresentador Anthony Bourdain pela dica. O cozinheiro falecido em 2018 havia visitado o local para um de seus programas.
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É na região do Alto Maipo, aos pés da Cordilheira dos Andes, que são produzidas as melhores uvas Cabernet Sauvignon do Chile. É no terroir de Puente Alto, ao sul da capital, Santiago, que alguns dos principais rótulos do país são feitos. É o caso de Almaviva, Don Melchor e Viñedo Chadwick, entre outros. Ao lado de Puente Alto, a pequena região de Linderos dá origem a outro rótulo de alta gama e potencial semelhante a seus concorrentes famosos, mas ainda pouco popular por aqui. Trata-se do Intriga Máxima, da vinícola MontGras, cuja primeira safra foi feita há exatos dez anos. A mais recente, 2021, chega ao mercado brasileiro em outubro.
A qualidade dos vinhos da região é explicado em boa parte pelas características climáticas locais. Há uma grande variação de temperatura, de até 20°C no mesmo dia, o que é ótimo para a viticultura. Há calor suficiente para amadurecer a uva, e frio suficiente para preservar acidez. Além do clima mediterrâneo, os solos aluviais têm pouca matéria orgânica (o que é ótimo para a produção de grandes vinhos) e boa drenagem, o que garante água para as videiras mesmo nos períodos mais secos. A idade dos vinhedos é outro fator determinante. “As vinhas têm mais ou menos 85 anos. São a sexta geração das plantas originais trazidas diretamente de Bordeaux, na França”, afirma Adolfo Hurtado, CEO e enólogo da MontGras, em visita ao Brasil.
No início, o Intriga Máxima era elaborado de acordo com as tendências da época. Ou seja, passagens mais longas por barricas de madeira e menor frescor. Degustado hoje, o rótulo da primeira safra, 2014, é prova de um estilo clássico de vinificação, potente, mas elegante. Está em ótimo momento para ser apreciado. Com o passar do tempo, no entanto, Hurtado conta que outras técnicas passaram a ser buscadas. “Temos que acompanhar as tendências do mercado e até da culinária”, afirma. “Há 10 anos, por exemplo, não havia a quantidade de restaurantes japoneses que temos hoje. Isso muda o mercado, e temos que acompanhar essa movimentação”. Além disso, o vinho, antes 100% Cabernet Sauvignon, passou a receber pequenas quantidades de outras uvas, como Petit Verdot e Cabernet Franc.
Prova dessa mudança é percebida na safra 2020. Com menos madeira, o vinho mostra mais fruta e muito frescor, com acidez alta e taninos finos. Essa metodologia de produção se reflete também na safra 2021, a mais recente, que começará a ser vendida por aqui no mês que vem. Tem boa fruta e ótimo frescor. Pode ser degustado agora, claro, mas ganhará mais complexidade com alguns anos.
Além do Intriga Máxima, a MontGras têm um portfólio variado que inclui linhas mais clássicas, como a Day One, focada em monovarietais clássicos da viticultura chilena, como Carmenere, Cabernet Sauvignon, Sauvignon Blanc e Chardonnay, e os blends da série Quatro. Há espaço para experimentações, como a interessante linha Handcrafted, em que cada enólogo do time pode elaborar um rótulo com alguma variedade pouco comum no país. Há rótulos de Riesling, Cinsault, Garnacha, Petit Verdot e outros.
A distribuição por aqui é descentralizada. Em São Paulo, os rótulos são importados pela Brooks. Em Santa Catarina e no Paraná, podem ser encontrados na rede de supermercados Angeloni. Em Belo Horizonte, o parceiro é a rede Super Nosso. Em Recife e Alagoas, é o mercado Palato. A vinícola está em busca de parceiros para as outras regiões. O Intriga Máxima é vendido a cerca de R$ 600.