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Gastronomia, por Bruno Calixto: tem vinho novo chegando à taça carioca

Tem vinho novo na taça, no festival Vinhos na Vila, no Jockey, sábado e domingo (24 e 25/05). Participam pela primeira vez do evento (em sua 9ª edição) as vinícolas Nova Aliança, Cerro de Pedra, Tramarim, Giovanni Tasca e a Area 15. Além de mais de dez casas produtoras no estado do Rio de Janeiro, nos arredores de Areal (o novo CEP do Sauvignon Blanc e Syrah): Fazenda Bemposta, Borgo del Vino (Família Eloy), Vinus Vale, Vale dos Desejos, Tassinari, Arouca, Mendez, Vale da Bússola, Fazenda São João Penedo, Fazenda Santa Teresa, Di Bento, Dream Farm e Altos do Rio.

Casa Rozental terraços (2)
Casa Rozental./Divulgação
Casa Rozental terraços (1)
Casa Rozental./Divulgação

O público também poderá conhecer a proposta da Taste and Fly Vinhos, do casal Fábio Wright e Roberta Cassiano Fraga — ele, jornalista da área de gastronomia; ela, empresária e sommelière —, que, apaixonados por vinho, durante as muitas viagens que fizeram à Serra Gaúcha, criaram a marca-conceito de vinhos próprios.

Atualmente, o portfólio da Taste and Fly Vinhos conta com nove rótulos, produzidos nas mais diversas regiões da Serra Gaúcha, como Vale dos Vinhedos, Monte Belo do Sul, Altos Montes e Caxias do Sul.

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O Rio Grande do Sul vai marcar presença nesta edição com Fin, Garbo, Luiz Argenta, Miolo, Dom Cândido, Buffon, Vinhetica e Aurora, entre outras marcas da viticultura brasileira.

Além das provas, têm degustações, shows ao vivo, gastronomia artesanal, feira de produtos locais e aquele climinha de festa com taça na mão, amigos na foto e um visual privilegiado para o Cristo.

Vinhos na Vila (5)
Vinhos na Vila./Divulgação
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Vinhos do RJ, uma beleza de cenário

A Associação dos Produtores de Uvas Vitis vinífera da Serra Fluminense (AVIVA) reúne os produtores da região fluminense (serrana ou não), além de dezenas de vinícolas em formação.

Muitos já produzem excelentes vinhos e têm rótulos premiados. As vinícolas realizam o sistema de dupla poda e colheita de inverno, que compreende realizar duas podas anuais na videira, sendo a primeira em agosto e a segunda, em janeiro, o que inverte seu ciclo natural.

“Ainda é imaturo falar de terroir na região”, crava a sommelière Deise Novakoski. “Terroir demanda anos de observação, o que determina um terroir e a repetição de características.”

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Exemplo na Borgonha, sabemos que a Pinot Noir tem aroma de cogumelos em Bordeaux. Sabemos que a Cabernet tem aromas de especiarias, essas características se repetem alí.

No caso de regiões com pouco tempo de cultivo de uma espécie, continua Deise, pode haver determinadas características num ano e no outro não. “Só com o passar das décadas, algumas características se repetem no local, é que podemos afirmar se há um terroir . Assim sendo, ainda não temos, no Rio de Janeiro, tempo de cultivo suficiente, para falar de terroir.”

Todavia, pontua a sommelière, “temos tempo e experiência em cultivo com a espécie Syrah em várias regiões do Brasil, que nos permite começar um cultivo com mais experiência e podendo contornar algumas intempéries.” E dá-lhe Syrah em solo fluminense! Dois em destaque no Vinhos na Vila são das vinícolas Tassinari, de São José do Vale do Rio Preto, e Casa Rozental, de Secretário, um bairro do distrito de Pedro do Rio, em Petrópolis.

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No Vinho na Vila, os produtores da região serrana do Rio estarão presentes para falar sobre seus rótulos e contar mais sobre as novidades da região. A entrada (com dinheiro a taça) é R$ 150 + taxas. Prontos para girar a taça?

tarja calixto
<span class=”hidden”>–</span>Arquivo pessoal/Reprodução
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Comer & Beber – VEJA RIO
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Safra rara: Veuve Clicquot apresenta rótulo de Champagne feito só em anos extraordinários

Hoje um dos rótulos mais celebrados da Veuve Clicquot, o La Grande Dame, criado para celebrar apenas as melhores safras, foi lançado pela primeira vez em 1972. Na época, foram apenas algumas poucas garrafas da safra de 1962, dez anos antes. O ano de lançamento, 1972, celebrava o bicentenário de Barbe-Nicole Clicquot-Ponsardin (1777-1866), a viúva Clicquot, responsável por tantas inovações na elaboração do cobiçado espumante francês. Desde então, algumas edições especiais têm sido lançadas, apenas em safras extraordinárias. E a mais recente, 2018, acaba de chegar ao mercado.

O espumante é elaborado com 90% de pinot noir e apenas 10% de chardonnay. Segundo Emmanuel Gouvernet, integrante do time de 12 enólogos responsável pela marca que esteve no Brasil para o lançamento, trata-se de uma expressão pura da qualidade da Pinot Noir cultivada em vinhedos históricos da família em áreas importantes da região de Champagne. “Esta edição tem um equilíbrio de salinidade e acidez, da mineralidade do norte de Champagne com a textura do sul”, diz Gourmet.

Enquanto a Veuve Clicquot tradicional, de rótulo amarelo, é resultado da mistura (ou blend) cuidadosa em nome da manutenção de um perfil já conhecido e apreciado, a La Grande Dame é resultado de uma safra única, especial. De acordo com o enólogo, a safra de 2018 foi desafiadora, mas de grande qualidade. Teve um inverno chuvoso, e o solo da região, composto por calcário, funciona como uma esponja que acumula água. Apesar disso, houve muita incidência de sol, mas o calor não foi demasiado, o que conferiu boa acidez a fruta. Quando chega o momento ideal da colheita, uma janela de cerca de poucos dias, é preciso mobilizar a equipe para colher cada cacho manualmente, de forma a preservar a matéria-prima.

Depois de sete anos nas caves da vinícola, o La Grande Dame está pronto para ser degustado. Custa R$ 1.600 e tem potencial de guarda de até 15 anos. Segundo Gouvernet, há dois momentos ideais para o consumo. Agora, no momento do lançamento, e daqui a alguns anos, mais evoluída. Por isso, a Maison guarda algumas das garrafas desta edição limitada na cave, e deve relançá-la mais para frente, após mais tempo em contato com as lias (as leveduras mortas que ficam na garrafa após o fim da fermentação), o que confere maior estrutura e complexidade.

Ao contrário das edições anteriores, que tiveram embalagens exclusivas assinadas por artistas plásticas renomadas (em 2015 o design ficou a cargo da italiana Paola Paronetto, e em 2012, da japonesa Yayoi Kusama), desta vez a caixa foi criada pela própria Maison, elaborada com cânhamo. 

Outras duas edições do prestigioso rótulo foram lançadas recentemente. Em 2023, a Veuve Clicquot lançou a La Grande Dame 2015. E no ano passado foi a vez de La Grande Dame Rosé 2015.

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Vinho – VEJA
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Saiba Qual É a Região Vinícola Mais Cara de Portugal

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

As mudanças climáticas já estão influenciando o mercado mundial de propriedades vitivinícolas, com algumas regiões registrando aumento de preços, em detrimento de outras. Portugal não é exceção e, nesse cenário, são as regiões do Douro e dos Vinhos Verdes que vêm apresentando maior valorização das terras. Essa é uma das conclusões do The Wealth Report, estudo anual produzido pela Knight Frank, parceira em Portugal da Quintela e Penalva, que avalia o preço por hectare nas regiões vinícolas mais caras do mundo, como Barolo, na Itália, e Bordeaux, na França.

De acordo com a Quintela e Penalva I Knight Frank, em Portugal tem havido uma grande procura por propriedades no Douro e na região dos Vinhos Verdes, embora os valores por hectare ainda estejam bem abaixo dos praticados nas regiões mais famosas do mundo. O sócio fundador da Quintela e Penalva, Carlos Penalva, detalha que “dependendo da localização e do patrimônio edificado associado, o valor por hectare nessas regiões varia bastante. Pode ir de 10 mil euros até 30 ou 40 mil euros por hectare”.

O The Wealth Report mostra que já não é mais a região de Champagne, na França, mas sim a região de Barolo, na Itália, onde se paga o maior valor por hectare de vinhedo. A região vitivinícola italiana conquistou o status de mais cara do mundo, com um preço por hectare em torno de 2 milhões e 80 mil dólares, registrando uma valorização de 5% em 2024.

A famosa região de Margaux, em Bordeaux (França), aparece em segundo lugar, com o hectare custando 1 milhão e 250 mil dólares (queda de 4%); em terceiro lugar está a região de Rutherford, em Napa Valley, nos Estados Unidos, com o preço por hectare em 1 milhão e 200 mil dólares (preço estável em relação ao ano anterior).

Já na região de Champagne, na França, um hectare de vinhedo custa em média 1 milhão e 40 mil dólares, e ela já não é mais a região francesa mais cara para produção de vinhos — ocupa agora o quinto lugar mundial, ficando atrás da região de Burgundy/Côte de Nuits, cujo preço gira em torno de 1 milhão e 90 mil dólares por hectare.

O mesmo estudo antecipa que “a região do Loire, no sul da Borgonha e Beaujolais, onde o clima está se tornando mais propício à produção de vinho, já é considerada uma das zonas promissoras para a vitivinicultura na França”.

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Notícias e Conteúdos sobre vinhos na Forbes Brasil
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Vem aí o dia do pudim, sobremesa versátil com sabor de infância

Quem resiste a um pudim? Pois é. Reza a lenda que a sobremesa clássica ganhou um dia para chamar de seu: o 22 de maio. A data existe desde 2023, e embora ninguém saiba a origem exata da homenagem e muito menos da receita, os livros de história mostram que desde a Europa medieval já se fazia algo parecido, mas com ingredientes diferentes dos que conhecemos hoje.

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Receita clássica de pudim de leite é do Jurubeba
Tradicional: no Jurubeba (<em>Rua Real Grandeza, 196, Botafogo</em>), a chef Thais Lucchetti  prepara o clássico pudim de leite (R$ 17,00)Rodrigo Azevedo/Divulgação

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Na Grécia Antiga, registros indicam a existência de preparações similares ao pudim, só que em versões salgadas. Com o tempo, as receitas evoluíram, incorporando ingredientes como grãos, ovos e leite, e foram se adaptando às preferências culturais de diferentes regiões. 

Pudim de leite do Labuta Bar: frequentadores dizem que é
Labuta Bar: casa do Centro (<em>Avenida Gomes Freire 256</em>) tem no menu o “melhor do Rio” (R$ 12,00), segundo frequentadoresLabuta Bar/Divulgação

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Durante a Idade Média, o termo “pudim” começou a ser associado a iguarias doces, especialmente na Europa. Na Grã-Bretanha, por exemplo, o “pudding” virou designação genérica para sobremesas, abrangendo desde bolos úmidos até receitas mais cremosas e consistentes.

Puli Trattoria tem pudim de leite lisinho e sem furinhos
Lisinho: pudim de leite sem furinhos (R$ 25) faz sucesso na Puli Trattoria (<em>Rua Marquês de São Vicente, 90, Gávea</em>)Puli Trattoria/Divulgação

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Em Portugal, a sobremesa ganhou destaque na doçaria conventual, com receitas elaboradas por freiras e monges.

Sem Culpa Gastronomia tem no cardápio pudim sem gluten e sem lactose
Repaginado: o Sem Culpa Gastronomia (<em>Rua Governador Irineu Bornhausen, loja R1, Largo do Machado</em>) tem pudim sem lactose e sem gluten (R$16,00), com calda de caramelo e curaçaoSem Culpa Gastronomia/Divulgação
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Um exemplo clássico é o pudim Abade de Priscos, criado pelo famoso abade da localidade próxima à Braga, no norte de Portugal, que combina gemas de ovos, açúcar, vinho do Porto e toucinho. Quem reproduz o Abade de Priscos (R$ 29,00) é o Quinta da Henriqueta (Rua Lopes Quintas, 165), no Jardim Botânico. Por lá também faz sucesso o Pudim Molotof (R$ 29,00), feito de claras com creme de ovos e amêndoas.

Pudim Molotof do Quinta da Henriqueta é feito com claras, creme de ovos e amêndoas
À portuguesa: o Quinta da Henriqueta (<em>Rua Lopes Quintas, 165, Jardim Botânico</em>) tem o Molotof (R$ 29,00), pudim de claras com creme de ovos e amêndoasTomás Rangel/Divulgação

Com o passar dos séculos, a receita atravessou os oceanos e se adaptou aos costumes locais, ganhando a popularidade que tem hoje no Brasil. Por aqui, os pudins nasceram nos navios da Marinha Real, nos séculos XVIII e XIX, com a mistura de farinha e gordura, e evoluíram com o passar do tempo, até chegarem ao doce  popularmente conhecido de hoje. 

O Gabbiano, na Barra da Tijuca, tem pudim de caramelo com coco
Crema caramel con cocco: Gabbiano (<em>Avenida das Américas, 3.255, Barra</em>) tem pudim de leite condensado e coco (R$ 38,00) com calda de carameloPedro Lopes/Divulgação

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Baunilha, chocolate, caramelo,  tapioca, frutas, arroz, milho, coco, pão, queijo. De quase tudo se faz pudim, inclusive salgado, como mandam as receitas do chawanmushi, popular pudim japonês feito com calda de peixe; o fish and custard pudding inglês, com bacalhau no preparo; ou ainda o gratin dauphinois francês, pudim de batata salgado que, além do tubérculo, leva ovos, cebola, queijo e leite.

Pudim de chia do Emporio 1839
Exótico. O Emporio 1839 (<em>Rua Pacheco Leão, 724, Jardim Botânico</em>) tem uma opção original do doce, o pudim de chia com granola, frutas vermelhas, chocolate amargo e mel (R$ 22,00)Nubra Fasari/Divulgação

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Pudim do Éclair Cafeteria e Bistrot
Ação especial: na quinta-feira (22), o dia do doce, quem comprar uma refeição no Éclair Cafeteria e Bistrot (<em>BarraShopping</em>) ganha um mini pudim de caramelo salgado ou de leite de sobremesaSamanta Toledo/Divulgação
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A introdução do leite condensado no século XIX revolucionou a preparação do pudim. Inventado pelo francês Nicolas Appert em 1820, o leite condensado chegou ao Brasil em meados do século XIX, inicialmente importado da Europa e dos Estados Unidos.

O Tropik, em Copacabana, também serve o pudim de leite
Tropik: o beach clube do Fairmont (<em>Avenida Atlântica, 4240, Copacabana</em>) tem pudim de leite com frutas vermelhas (R$ 35,00)  finalizado com calda de baunilhaTropik/Divulgação

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A Nestlé começou a fabricar o leite condensado no Brasil em 1921, na cidade de Araras, em São Paulo. Essa inovação facilitou o preparo do pudim, tornando-o mais acessível e popular entre os brasileiros.

O mini pudim de leite é do Tortamania
Mini pudim: a Tortamania (<em>Rua Vinícius de Moraes, 121, loja D, Ipanema</em>) serve mini pudim  (R$ 18,90) de leiteTortamania/Divulgação
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Embora o pudim de leite condensado seja uma versão tipicamente brasileira, com sua textura cremosa e sabor adocicado, pudins com outros ingredientes e preparos existem não só por aqui, mas também mundo afora.

Preparado com fava de baunilha brasileira, pudim da confeitaria Rio Sucre pode ser feito no formato tradicional ou com doce de leite uruguaio
Rio Sucrée. A confeitaria da Barra da Tijuca (<em>Avenida das Américas, 3.301, bloco 4, loja 120</em>) tem no menu pudim preparado com fava de baunilha brasileira (R$ 14,90) nas versões tradicional ou com doce de leite uruguaioRaphael Nogueira/Divulgação

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Na Inglaterra, por exemplo, o christmas pudding é um prato tradicional servido no Natal, feito com frutas secas, especiarias e até mesmo carne moída.

Gastronomia do Horto tem pudim de caramelo
O Gastronomia do Horto (<em>Estrada de Camorim, 378, Barra Olímpica</em>) também tem promoção: quem optar pelo menu executivo da casa (são duas opções, R$ 45,00 ou R$ 55,00) de segunda (19) a sexta (23) leva um mini pudim de leite condensado com calda de caramelo de cortesiaGastronomia do Horto/Divulgação

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Já na França, o crème caramel é uma sobremesa clássica com uma textura mais firme e sabor caramelizado.

Pudim de leite cru do Massa Trattoria
Massa: casa do Leblon (<em>Rua Dias Ferreira 617, lojas A e B</em>) tem receita de pudim de leite cru (R$29,00) com farofa doce e raspas de laranja com flor de salMassa/Divulgação

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Em Portugal, o pudim de ovos é um dos doces mais populares, feito com gemas, leite e açúcar, e assado em banho-maria.

Toto tem pudim de leite clássico
Toto: restaurante do chef Thomas Troisgros em Ipanema (<em>Rua Joana Angélica, 155)</em> tem o clássico pudim de leite com baunilha (R$ 26,00).Gabriel Mendes/Divulgação

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Nos Estados Unidos, o que chamam de pudim seria mais parecido com o que é o nosso flan. O de chocolate é o mais consumido.

Pudim de chocolate do Guimas
Chocolate: o Guimas (<em>Rua José Roberto Macedo Soares, 5, Gávea</em>) serve pudim de chocolateRodrigo Azevedo/Divulgação

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E na Alemanha, o dampfnudel é um tipo de bolo cozido no vapor, servido com calda quente de frutas vermelhas.

Pudim de leite condensado com maracujá da Le Dépanneur
Versátil: para o Dia do Pudim, a Le Dépanneur (<em>Rua do Catete, R$ 288</em>) preparou uma opção do doce com leite condensado e maracujá (R$10,80)Le Dépanneur/Divulgação

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Pudim de leite condensado da The Slow Bakery vem no potinho
The Slow Bakery: padaria artesanal (<em>Rua General Polidoro, 25, Botafogo</em>) faz pudim de leite condensado (R$ 18,00) de fabricação própriaThe Slow Bakery/Divulgação

A receita doce (R$ 9,00), como tradicionalmente conhecemos, é sucesso por toda a cidade, inclusive em mercearias e mercados que contam com espaço para lanches ou restaurantes o seu interior, como é o caso do Supermercado Zona Sul (Rua Barão da Torre, 220, Ipanema). O pudim de leite com calda de caramelo (R$ 7,95) está disponível em todas as unidade da rede.

Pudim do Supermercado Zona Sul
Supermercado Zona Sul: o pudim de leite com calda de caramelo (R$ 7,95) marca presença em todas as unidades da redeSupermercado Zona Sul/Divulgação

 

Pudim do Al Farabi
Al Farabi: Bar e sebo do Centro (<em>Rua do Mercado, 34</em>) produz o clássico pudim (R$ 21,00), sem furinho, servido com caldaTomás Vélez/Divulgação

 

Pudim do Assador
Assador: Casa do Flamengo (Avenida Infante Dom Henrique, s/n) tem pudim de leite condensado com calda de caramelo (R$ 42,00)Assador/Divulgação

Estrela entre as sobremesas do cardápio do Restaurante Aurora  (Rua Capitão Salomão, 43, Humaitá), o pudim de leite é servido com calda de caramelo e entra nas sugestões para fechar o almoço executivo da casa. Quem pede o prato do recém-chegado menu de almoço de outono/inverno (opções de R$ 34,00 a R$ 48,00), de segunda a sexta, entre 11h e 17h, leva o pudim por R$ 8,00.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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ABC do Vinho: o Que Você Precisa Saber sobre o Cabernet-Sauvignon

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

 

O Cabernet Sauvignon é o vinho tinto mais popular do mundo. Conhecido como “Rei Cab”, o vinho é famoso por sua estrutura tânica, sabores de amora e cassis, e capacidade de envelhecimento. É feito a partir de uvas de casca vermelha que prosperam em uma variedade de climas. Como é relativamente fácil de cultivar e todos gostam de bebê-lo, o Cabernet tem sido plantado em todo o mundo.

O que é Cabernet Sauvignon?
Cabernet Sauvignon é uma uva de vinho de casca vermelha. Apesar da reputação do Cab como rei, ele é, na verdade, o “filho do amor” das variedades francesas Cabernet Franc e Sauvignon Blanc.

De onde vem o Cabernet Sauvignon?
Ele se originou em Bordeaux, na França, onde compõe uma grande porcentagem dos blends tintos produzidos na margem esquerda, conhecida como Médoc. Claro, o Cabernet Sauvignon é cultivado em toda Bordeaux e, de fato, em toda a Europa, da Espanha à Itália e à Áustria. Também é popular no Novo Mundo, encontrado em lugares como África do Sul, Chile, Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia. Por conta de sua popularidade generalizada, o Cabernet Sauvignon agora é considerado uma variedade “internacional”.

Qual é o sabor do Cabernet Sauvignon?
Normalmente, o vinho é seco, encorpado, com acidez média, taninos de moderados a altos e teor alcoólico que varia entre 13% e 15%. O melhor Cabernet Sauvignon possui sabores complexos que incluem grafite, ervas, amoras e cassis, além de notas de cedro e especiarias de confeitaria quando envelhecido em carvalho francês.

Quanto de álcool tem uma garrafa desse vinho?
O teor alcoólico do Cabernet Sauvignon depende de onde é cultivado, já que o clima influencia o grau de maturação, o que por sua vez afeta o nível de álcool. Cabernet Sauvignon de regiões mais frias, como a França, frequentemente tem entre 13% e 14% de álcool por volume (ABV), mas pode chegar a 14,5% quando cultivado em climas mais quentes, como na Califórnia e na Austrália.

Cabernet Sauvignon é doce ou seco?
O Cabernet Sauvignon é quase sempre produzido em estilo seco. Lembre-se: sentir sabores de frutas como amora não é o mesmo que sentir doçura de açúcar. Um vinho seco significa que, após as uvas serem prensadas, o açúcar do mosto é convertido em álcool pelas leveduras. Quando todo o açúcar é convertido, resulta em um vinho completamente seco.

Às vezes, um pouco de açúcar, chamado açúcar residual (RS), permanece. Isso pode ser intencional, para dar um leve toque de riqueza e doçura ao vinho, ou pode ocorrer porque a levedura não finalizou a fermentação. Alguns gramas por litro de RS ainda são considerados compatíveis com um vinho seco.

Quantas calorias e carboidratos tem o Cabernet Sauvignon?
O Cabernet Sauvignon é normalmente seco (conforme explicado acima). Claro, um vinho com pouco ou nenhum açúcar ainda contém calorias. As calorias do Cabernet Sauvignon vêm do álcool. Normalmente, uma taça de 150 ml de Cabernet Sauvignon tem cerca de 125 calorias, ou 625 calorias em uma garrafa de 750 ml. Se o Cabernet Sauvignon tiver um toque de açúcar residual, o vinho terá carboidratos, mas em pequena quantidade. Vinhos secos geralmente variam entre zero e 4 gramas de carboidratos.

Como devo servir o Cabernet Sauvignon?
Como todos os tintos, ele tem uma faixa ideal de temperatura. Quando está muito quente, o álcool se destaca demais. Muito frio, e os aromas e sabores ficam apagados. A faixa ideal para servir o Cabernet Sauvignon é entre 15,5°C e 18°C, o que pode ser alcançado deixando-o 15 minutos na geladeira. Se você não terminar a garrafa, recoloque a rolha e guarde-a novamente na geladeira. Os sabores se manterão frescos por 2 a 4 dias. Depois disso, o vinho começará a oxidar.

Harmonização com alimentos: o que combina e o que não combina com Cabernet Sauvignon?
As melhores harmonizações com Cabernet Sauvignon consideram o sabor profundo do vinho e seu alto teor de taninos. Essas qualidades fazem do Cabernet um parceiro ideal para carnes vermelhas grelhadas, assadas ou braseadas, carnes de caça e molhos saborosos como pimenta ou demi-glace.

Harmonizações que não funcionam com Cabernet Sauvignon são alimentos leves e delicados. Por quê? O sabor intenso e a estrutura robusta do vinho os sobrepujam. Pense em frutos do mar, mariscos, saladas e vegetais frescos. Claro, há sempre exceções para toda regra.

Qual é a diferença entre Cabernet Sauvignon e Pinot Noir?
Cabernet Sauvignon e Pinot Noir são duas uvas tintas diferentes. O Pinot Noir é uma variedade de casca fina que produz vinhos de cor clara, teor alcoólico de leve a médio, com alta acidez, elegância e aromas de frutas vermelhas (oxicoco, framboesa, cereja vermelha).

O Pinot Noir é há muito tempo famoso entre os amantes de vinho pelos estilos refinados da Borgonha e pelas expressões mais maduras da Califórnia e do Oregon. Já o Cabernet Sauvignon tem mais taninos, corpo, álcool e coloração mais escura, e vem da margem esquerda de Bordeaux, onde ganhou fama com os vinhos do Médoc, especialmente Margaux e Pauillac.

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A saborosa subversão da nova safra de produtores de vinhos nacionais

Se a essa altura você ainda não se convenceu do salto evolutivo e qualitativo do vinho brasileiro, corra, porque está prestes a ser atropelado por uma nova e virtuosa onda. Há uma geração de enólogos, todos com menos de 40 anos, que estão transformando o tradicional mercado com suas produções e modo de trabalhar. Chama atenção o fato de que boa parte dessa turma vem do sul do país, justamente uma das regiões em que ir de encontro a velhas receitas muitas vezes soa como heresia. Trata-se de uma saborosa e bem-vinda subversão, pois os rótulos assinados por eles merecem todos os aplausos. São ousados, divertidos, surpreendentes e, acima de tudo, claro, muito bons de beber.

Um dos expoentes dessa geração vêm da gaúcha Bento Gonçalves. São três amigos que estudaram juntos e resolveram adotar um estilo que chamaram de enologia criativa. Andrei Bellé, Jhonatan Marini e Guilherme Caio comandam a Garbo, vinícola que chama atenção por cortes (blends) inusitados. O Inquieto (R$ 160), por exemplo, mistura Merlot com Sauvignon Blanc. Foi uma ótima sacada, como pude comprovar na mais recente edição Wine South America (WSA), realizada entre os dias 6 e 8 de maio, em Bento Gonçalves (RS).  No blend do Inquieto, a maciez da Merlot ganha frescor e mais acidez da Sauvignon Blanc. O resultado é um vinho extremamente gastronômico e fácil de beber.

Provei também da Garbo um clarete de Pinot Noir, chamado Cherry Bomb (R$ 122), vibrante e fresco, perfeito para ser tomado gelado, ideal para quem não abre mão de tinto nos dias quentes. A vinícola tem um total de vinte rótulos, todos produzidos em esquema de microlotes, que chegam a no máximo 4 000 garrafas de cada rótulo por safra. O desenho das etiquetas harmoniza com irreverência da proposta etílica: nada de brasões, letras em dourado ou castelos. No lugar disso, pode pintar a ilustração de um elefante quando é o caso de chamar atenção para a potência do vinho. Na Garbo esse trabalho também fica a cargo de jovens designers da região.

Recentemente, os rapazes, ou melhor, os guris, compraram seu primeiro vinhedo em Pinto Bandeira, cidade vizinha de Bento Gonçalves que recebeu a primeira Denominação de Origem para espumantes do Brasil. Enquanto a produção com uvas próprias não acontece, eles “alugam” vinhedos de produtores que consideram ter boas práticas e trabalham juntos pelo melhor resultado da colheita. “Desta forma garanto o valor que esse viticultor receberia pela venda das uvas, mas posso interferir no trabalho no sentido de usar menos química possível, por exemplo”, me contou Guilherme Caio. Como ainda não têm a estrutura de vinícola, dizem que produzem uma “enologia cigana”, usando a estrutura de outras casas da região, como uma espécie de coworking.

São uns dos poucos enólogos que falam abertamente sobre seus produtores de uvas na região e esse apreço por eles é sem dúvida inovador. “A comunidade enológica mais tradicional não nos enxerga com os melhores olhos, talvez porque não fazemos nada muito convencional, mas nossa base é a enologia clássica”, explicou Guilherme. As entidades podem até ter seus receios ou considerações sobre essa turma, mas o mercado os adora. O stand deles era um dos mais movimentados da Wine South America.

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Em outra esquina movimentada da mesma feira estava a Foppa&Ambrosi, dos “guris” Lucas Foppa e Ricardo Ambrosi. A dupla que se conheceu na escola de enologia, no Instituto Federal de Bento Gonçalves, começou a fazer vinho no porão de casa. Hoje, eles têm suas garrafas em hotéis como Unique e Fasano, em São Paulo, além de rótulos com 91 pontos do critico americano James Suckling, a exemplo do Cultura Chardonnay 2023 (R$ 165). Os meninos têm uma filial da vinícola em Nappa Valley, nos Estados Unidos e, no ano passado, firmaram uma parceria com a uruguaia Braco Bosca, que recebeu o título de vinícola do ano em 2025 pelo Guia Descochados. “O que explica eles terem saído da produção de 300 garrafas para 120.000 em apenas cinco anos de operação sem dúvida é a qualidade do vinho, mas a maneira inovadora de trabalhar, sem ter medo de fazer parcerias e colaborações, o que fez toda diferença”, diz Fabiano Maciel, CEO da Interbev, empresa que tem ajudado a colocar essas vinícolas no mapa. Durante 20 anos, ele foi responsável pela exportação da Miolo e garante que o que falta a muitos produtores do Sul é uma “mentalidade de negócio”. “A Cave Geisse é maravilhosa, mas como eles há dezenas de produtores com qualidade impressionante por aqui, verdadeiras pérolas escondidas”, disse ele, referindo-se a uma das mais prestigiadas  marcas de espumantes da região de Pinto Bandeira.

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Lucas Foppa e Ricardo Ambrosil da Foppa&Ambrosi: parcerias internacionaisDivulgação/VEJA

O cenário de pequenos e jovens produtores é tão vibrante que o governo do Rio Grande do Sul subsidiou via edital um quarteirão na entrada da WSA, onde 30 produtores de vinho, azeite e uísque puderam expor seus produtos no modelo rodízio, para que houvesse pelo menos um dia para cada um. Uma das vinícolas nesse espaço era a Terra Fiel, da enóloga Paula Schenato, que orgulhosamente apresentava entre outros vinhos seu TF Terroir Chardonnay. Ele recebeu o título de melhor do país em 2025, com 94 pontos e medalha de Duplo Ouro pelo júri da Grande Prova de Vinhos do Brasil, comandada pelo jornalista Marcello Copello. Esse especialista também estava por lá para fazer duas master classes com os vinhos premiados e para a cerimônia oficial de premiação da prova. “Quando comecei a ranquear os vinhos brasileiros eu pescava cinco vinhos legais, num mar de outros mais ou menos. Este ano, das 1007 amostras que se apresentaram na 15ª edição da prova, tivemos 120 vinícolas e 300 premiados, em 51 categorias. O que mostra que o nível subiu muito, que há mais diversidade de uvas e de estilos, em diversas partes do país, porque tivemos a participação de 10 estados”, contou Copello à coluna AL VINO.

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Paula Schenato: enóloga premiadaDivulgação/VEJA

Também foi lançada na WSA o Corte I (R$ 293), a primeira edição de uma parceria, até então nunca vista naquelas cercanias, comprovando uma mudança de mentalidade e anunciando a chegada de novos tempos. Três amigas, Fabiane Veadrigo (Famiglia Veadrigo), Graziela Boscato (Caetano Vicentino) e Janaína Massarotto (Marzarotto) que estão a frente de três vinícolas da região de Altos Montes, na gaúcha Flores da Cunha, uniram suas castas preferidas para o lançamento do primeiro produto que promete levar a linha Três Enólogas. O vinho  foi produzido com Tannat, Touriga Nacional, Merlot, Cabernet Franc, Pinot Noir e Sangiovese. “Unimos nossos conhecimentos e experiências para criar algo inédito e que traz toda a complexidade da mulher”, disse Fabiana. Segundo as autoras, este primeiro vinho tem potencial de guarda.

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Fabiane Veadrigo (Famiglia Veadrigo), Graziela Boscato (Caetano Vicentino) e Janaína Massarotto (Marzarotto): união feminina para lançar o primeiro produto da linha Três EnólogasDivulgação/VEJA

Que a iniciativa das Três Enólogas seja tão longeva quanto essas parcerias que têm transformado e tornado ainda mais vibrante o mercado do vinho brasileiro!

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Vinho – VEJA
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Radar gastronômico: invasão no Suru Bar, jantar no Lasai e mais delícias

Lasai e A.Mar em jantar especial

O projeto A.Mar, pioneiro na valorização da pesca artesanal e apoio às comunidades de pescadores no litoral de São Paulo, cultuado pelas técnicas de preservação e conservas de frutos do mar, desembarca no requintado balcão do Lasai, do chef Rafa Costa e Silva, para um jantar especial nesta terça (20), às 19h30.

O restaurante apresentará um menu autoral com pescados não convencionais, provenientes da pesca artesanal em cerco flutuante, e tratados com a técnica de japonesa do ikejime, que garante frescor máximo aos peixes, além de ingredientes artesanais produzidos no laboratório do A.Mar em Ilhabela (SP).

São produtos como bottarga, schocara, tonno sott’olio, aliche, katsuobushi, garum, ostras em conserva, defumados e charcutaria do mar.

O jantar custa R$ 2.000,00, com harmonização incluída. Toda a renda será revertida para o Instituto A.Mar, com apoio da Gavinhos, que assina a seleção de vinhos do encontro.

Reservas pelo tel.: (11) 99592-8222. @restaurantelasai

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+ Novos drinques, pratos e ação em família no Vian Cocktail Bar

Baixela e Porco amigo no Suru Bar

Segunda-feira só é ruim pra quem está no lugar errado, como diz o bordão do chefe de bar Igor Renovato, anunciando as boas atrações de início de semana no Suru Bar. No dia 26, os anfitriões Igor, Raí Mendes e Pretinho Cereja, do bar, e Yandara Karuna, da cozinha, convidam os bares Baixela e Porco Amigo para uma “orgia etílico-gastronômica”, a partir das 19h.

O Porco Amigo vai com o petisco porcanal, um bolinho de batata recheado com rabada de porco desfiada e agrião, servido com molho picante à base de tomate e pimentões vermelhos assados (R$ 18,00, a unidade). O Baixela levará seu conhecido pau carnudo, bolinho de carne no espeto (R$ 19,00). Para beber, a batida Saravá tem cachaça da casa, caju, gengibre e arruda (R$ 15,00).

Rua da Lapa, 151, Lapa. @surubar.rj

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Celebrado oficialmente em 22 de maio, o World Paloma Day homenageia o famoso coquetel do México, e o Fairmont Rio se uniu à tequila Patrón para ações em torno do drinque à base de tequila e toranja. O Spirit Copa Bar preparou para o mês de maio três versões do coquetel paloma.

A estrela do cardápio é a Classic Patrón Paloma (R$ 52,00), feita com Tequi Reposado, toranja, agave, limão e água com gás. A Madame Paloma (R$ 52,00) é uma criação do mixologista Cassiano Melo, responsável pela coquetelaria do Fairmont Rio. A receita mistura tequila Patrón, suco de tangerina, cordial de pimenta timur, pó de folha de louro e água com gás. Também há lugar para uma experiência sem álcool: a Paloma Zero (R$ 38,00) é elaborada com suco de toranja, limão, agave, cordial de palo santo, água com gás e um toque de tajín.

Av. Atlântica, 4240, Copacabana. @fairmontrio

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Fairmont: drinque paloma com vista da praia de Copacabana
Fairmont: drinque paloma com vista da praia de Copacabana./Divulgação

As lasanhas da Cucco

Criada por três amigos, dois deles filhos do chef Alessandro Cucco, que esteve à frente por 17 anos da saudosa Osteria Dell’Angolo, a Cucco surge como marca especializada no delivery de lasanhas de qualidade, explorando sabores e receitas de diferentes partes da Itália. A lasanha de bolonhesa é uma das opções, feita com ragu de carne, molho bechamel leve, massa artesanal e parmesão ralado e gratinado (R$ 74,00), assim como a lasanha vegetariana de berinjela, com parmesão e molho fresco de tomates italianos (R$ 69,00). Pedidos pelo link próprio.

Cucco: especializada nas lasanhas de massa caseira
Cucco: especializada nas lasanhas de massa caseira./Divulgação
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Comer & Beber – VEJA RIO
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Procura-se alface: o que se come numa feira 100% vegana

Chegar a um restaurante, perguntar qual é a opção para os veganos e ouvir: “Ah, sim, temos uma ótima salada!” Depois de um almoço ou jantar assim, a sensação que fica muitas vezes, lá no fundo da garganta, é de frustração. Vegana há nove anos, eu sei bem como é essa cena. Mas encontrei logo cedo um verdadeiro refúgio contra esse sentimento: as feiras veganas.

Nunca me esqueço da primeira vez que pisei na feira Vegannezando, em 2018, numa edição realizada na Praça Rádio Amador, em São Francisco, Niterói. Levei meu pai para testemunhar meu entusiasmo ao estar, pela primeira vez, em um lugar onde todas as comidas cheirosas e bonitas eram livres de carne, leite, ovos e outros derivados de origem animal. Me senti na Disney — ou melhor, na Veganlândia. A experiência também abriu mais a mente do meu pai, que ainda tentava entender o que significava uma alimentação vegana. E, acredite: isso não é sinônimo de alimentação saudável.

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Palitos de queijo vegano: friturinha que surpreende da Queijus DuloneLuiza Maia/Veja Rio

Uma dieta balanceada é sempre o que médicos, nutricionistas e outros profissionais da saúde recomendam. Mas, de vez em quando, uma “junk food”, uma coxinha, um bolo bem chocolatudo, é tudo o que a gente precisa pra manter a saúde mental. Trazer uma sensação gostosa pro paladar e pro coração. Foi assim que entendi por que, numa feira 100% vegana, há tantas comidas que fogem daquele estereótipo da salada, dos legumes, das frutas… É porque isso a gente já encontra em todo lugar. O que falta são os queijos e laticínios vegetais, os pães de queijo, hambúrgueres, coxinhas, brigadeiros e afins — e é isso que aparece com força nesses encontros veggies.

Há quem não concorde com o uso de palavras como “queijo”, “carne” e “leite” para se referir a versões vegetais desses alimentos. Há também quem não entenda por que as cozinhas veganas costumam reproduzir receitas convencionais, como feijoada, baião de dois, salpicão ou pão de queijo, ainda por cima usando os mesmos nomes. Mas a explicação é simples: essas adaptações facilitam a transição alimentar de quem está mudando sua dieta para o veganismo. Também ajudam veganos a reviverem aquele gostinho de nostalgia por pratos que amavam, mas deixaram de consumir por não concordarem com o sofrimento animal.

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Brigadeiros: iguais aos convencionais, para adoçar uma tarde de feiraLuiza Maia/Veja Rio

Nos dias 11 e 12 de maio, a feira Vegannezando voltou em grande estilo após um período de pausa pós-pandemia, ocupando o Parque Glória Maria (antigo Parque das Ruínas) com mais de 45 expositores. Zarpei para Santa Teresa num sábado à tarde em busca de delícias veggies, e relato aqui o cumprimento da minha missão. Minha jornada gastronômica passou por uma porção de salgadinhos fritos e assados da Faca Vegiie — incluindo coxinha, enroladinho de salsicha, joelho com presunto vegetal, pão de alho, entre outros —, seguiu para uma torta salgada fria com sabor de infância da cozinheira Carol Soares, e terminou com um bolo equilibrado de massa de maracujá e recheio de brigadeiro de cupuaçu da The Veganices.

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“Acho que esse é o papel das marcas de comida vegana hoje: tornar a transição de quem está começando menos traumática e mais confortável. Seja ‘imitando’ sabor, aparência, forma, cheiro… Porque, entrando na memória afetiva da pessoa, ela consegue virar a chavinha e perceber que não é impossível, se ela souber como comer bem”, diz Daiana Marques, à frente da Faca Vegiie, uma das marcas que fizeram sucesso no evento.

Já para a cozinheira Carol Soares, as comidas que se assemelham a alimentos não veganos têm, sim, um papel importante, mas a cozinha à base de vegetais pode surpreender de outras formas. “Eu prezo por uma cozinha natural e por um preparo bem-feito, com insumos de qualidade e os vegetais como protagonistas. Tem muitas marcas veganas que tentam ‘imitar’ alimentos não veganos, e eu acho isso muito legal. Mas é interessante também trazer uma comida saborosa com protagonismo vegetal, incluindo até opções sem glúten e sem açúcar”, afirma. Estreando na Vegannezando, sua barraca costuma ser um refúgio para veganos que frequentam as edições da feira Junta Local.

Para resumir minha experiência: saí bem satisfeita com a comida e com o reencontro de pessoas que, como eu, decidiram comer delícias sem origem animal sem abdicar do sabor, aproveitando ainda uma tarde ensolarada num dos parques mais bonitos da cidade.

Nos vemos numa próxima feira? 

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Cervejas brasileiras estão entre as mais valiosas do mundo

Prepara o brinde! Duas marcas de cervejas brasileiras aparecem na lista das dez mais valiosas do mundo. O ranking anual da Kantar BrandZ leva em consideração dados financeiros e a percepção dos consumidores. Entre os critérios da consultoria estão reconhecimento da marca, envolvimento emocional, consideração de compra, entre outros.

Brahma e Skol aparecem respectivamente na sexta e oitava colocação entre as maracas de cerveja. O ranking é liderado pela Corona, marca que também pertence a Ambev e recentemente ficou na terceira colocação entre as cervejas no prêmio Os Mais Amados do Rio, entregue anualmente pela VEJA RIO e baseado em votação popular.

Brahma e Skol entre as cervejas mais valiosas do mundo
Brahma e Skol aparecem entre as marcas de cerveja mais valiosas do mundoAmbev/Divulgação

A AB Inbev – controladora da Ambev – conta com oito marcas no top 10: Corona (1º), Budweiser (2º), Modelo (4º), Michelob Ultra (5º), Brahma (6º), Bud Light (7º), Skol (8º) e Stella Artois (9º).

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Como o Azerbaijão Está Reescrevendo sua História no Mundo do Vinho

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

 

Quarenta anos atrás, no Azerbaijão, localizado na região sul do Cáucaso, na Ásia Ocidental, a morosa e ineficiente produção soviética de vinho a granel foi severamente impactada por uma destruição planejada de vinhedos. O resultado deixou os produtores incertos sobre como seguir em frente. Hoje, o país está redefinindo sua identidade na produção vinícola, combinando variedades de uvas internacionais com influências locais e regionais.

Durante a era soviética, quando o Azerbaijão era uma das 15 repúblicas que compunham a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), a quantidade de vinho produzido era priorizada em detrimento da qualidade. No auge da produção, em 1984, a então república produzia anualmente 26 milhões de galões da bebida, por meio de 120 vinícolas e 420 fazendas vitivinícolas.

Foram fabricados 56 tipos de vinho e 10 conhaques, refletindo uma preferência por vinhos doces e fortificados. Em 1985, Mikhail Gorbachev, o então Secretário-Geral do Partido Comunista da União Soviética, instituiu uma campanha para reduzir a produção e o consumo de álcool. Essa era, conhecida como “A Lei Seca de Gorbachev”, resultou na destruição sistemática de mais de 32 mil hectares de vinhedos no Azerbaijão.

Com a dissolução da União Soviética em 1991, muitos viticultores e produtores de vinho se mudaram para cidades como a capital Baku, em busca de sustento. A indústria vinícola, então, colapsou.

“O sistema sob o comunismo era controlado pelo governo central, e os vinhedos não nos pertenciam. Após o fim da União Soviética, as pessoas perderam o interesse pelos vinhedos e foram trabalhar em Baku”, diz Penah Abdullayev, consultor de vinhos do Azerbaijão.

O Renascimento

Desde o ano 2000, a produção de vinhos no Azerbaijão tem passado por um renascimento, agora com foco na qualidade. Em 2017, até 2 mil hectares de novos vinhedos estavam sendo plantados anualmente, e em 2018 foi criada a Escola de Vinhos de Baku para a formação de sommeliers. Apesar do esforço, os destilados de frutas ainda são mais populares no país do que vinho, cerveja ou vodca.

Tom Mullen

Barris da vinícola Goygol, fundada em 1860 por colonos alemães

Hoje, o Azerbaijão cultiva uma mistura de três tipos de uvas viníferas — internacionais (como Pinot Noir e Viognier), autóctones do Azerbaijão (como a tinta Madrasa e a branca Bayan Shira) e variedades indígenas do Cáucaso (como a tinta Saperavi e a branca Rkatsiteli, originárias da Geórgia).

O país não possui um sistema de denominação de origem para seus vinhos. As principais regiões produtoras incluem, em sentido anti-horário a partir da capital: Baku-Absheron, Litoral do Cáspio, Shirvan e Sopés do Cáucaso, Ganja-Gazakh, Nakchivan e Lankaran-Astara.
Entre as ações de promoção do vinho está o quarto Festival Anual da Uva e do Vinho, que acontecerá ainda este ano na vila de Meysari. A edição anterior durou três dias consecutivos, contou com representantes de 24 vinícolas e recebeu cerca de 4 mil visitantes por dia.

Modernidade

Evidências arqueológicas de sementes de uva, resíduos de vinho e recipientes de armazenamento indicam que o vinho já era produzido no Azerbaijão em 6.000 a.C.

Vestígios de tecnologias antigas para produção da bebida entre os séculos III e I a.C. incluem uma tina de pedra com fundo texturizado para prensagem das uvas — escavada na vila de Khynysly, no distrito de Shamakhi, a algumas horas a oeste da cidade de Baku.

Hoje, Shamakhi é o local de produção da marca Meysari, criada pela Shirvan Wines. Ela exemplifica a moderna produção de vinho em grande escala, combinando variedades francesas com uvas locais e do Cáucaso e foi a primeira vinícola do Azerbaijão a produzir vinhos orgânicos.

Fundada em 2014, a Shirvan Wines produz um milhão de litros de suco por ano a partir de 160 hectares de vinhedos. Seu blend branco aromático Sadaf inclui uvas do sul da França — Grenache Blanc, Roussanne, Marsanne e Clairette — além da local Bayan Shira. Já o blend tinto Marcan combina as francesas Marselan, Cinsault, Carignan, Grenache e Mourvèdre, com o reforço da regional Saperavi, da Geórgia.

A Influência Alemã

A região vinícola de Ganja-Gazakh, no oeste do Azerbaijão, oferece um contexto histórico para a produção de uvas. A rodovia que sai de Baku em direção a Ganja passa por chamas de torres de petróleo, gado magro, casas com telhados de zinco enferrujado e vistas distantes das montanhas do Cáucaso cobertas de neve. A estrada é ladeada por uma linha ferroviária ao norte e por oleodutos paralelos ao sul.

O clima torna-se continental temperado à medida que se avança para o oeste, e a paisagem aberta lembra uma versão verdejante do interior do estado norte-americano de Wyoming. A vegetação delicada ao sul da cidade de Ganja remete ao Parque Nacional Craters of the Moon, no estado de Idaho.

Após as Guerras Napoleônicas na Europa, alemães da região de Württemberg, no sul da Alemanha, começaram a se estabelecer no Azerbaijão em 1817, atraídos pela promessa do Império Russo de terras gratuitas, isenções fiscais e liberdade religiosa. Esses imigrantes introduziram variedades europeias de uvas e tecnologias de vinificação. No fim do século 19, o Azerbaijão era o principal produtor de vinho e conhaque da região do Cáucaso.

A cidade de Goygol fica a cerca de vinte minutos ao sul de Ganja — segundo maior município do país. A vinícola Goygol foi fundada em 1860 por colonos alemães. Durante o período soviético, produziu o maior volume de espumantes da URSS.

Hoje, a vinícola é dividida ao meio pela estrada principal da cidade. Em um lado, é produzido vinho; no outro, vodca. As caves de tijolos, altas e construídas à mão, estão localizadas a 16 metros de profundidade e abrigam barris desativados, de grandes dimensões, esculpidos há muito tempo por alemães utilizando carvalho local.

Até recentemente, seus vinhos eram todos varietais, incluindo os internacionais Cabernet Sauvignon e Chardonnay, além dos locais Madrasa e Bayan Shira. Agora, a produção abrange 13 variedades de uvas e inclui blends. A linha Karabakh da vinícola inclui um espumante e um Chardonnay seco, um Madrasa frutado e um Pinot Noir envelhecido em carvalho.

“Estamos tentando ser inovadores, mas também preservar o legado herdado dos alemães. Nossa singularidade está na história, pois muitas outras vinícolas do Azerbaijão são recentes”, diz Rasim Omarov, explicou o enólogo-chefe da vinícola Goygol.

Outra vinícola que se destaca no país é a Savalan Aspi, nomeada em homenagem a uma vila no vale de Savalan, no norte do Azerbaijão, e está localizada no meio do caminho entre as fronteiras leste e oeste, na região vinícola de Shirvan e Sopés do Cáucaso.

A Savalan Aspi produz 23 vinhos diferentes, a maioria exportada para a Rússia e para restaurantes da Europa. Curiosamente, o enólogo é italiano, assim como o arquiteto, e os equipamentos usados para processar uvas internacionais da Itália, França e Espanha também são italianos.

A vinícola conta com duas atrações notáveis para impulsionar o enoturismo no Azerbaijão: um museu interativo de vinho e o maior barril de madeira em uso no mundo. Construído com carvalho eslavônico pelo fabricante italiano Garbellotto, o barril tem 4,75 metros de diâmetro e comporta 66.579 litros de vinho — o equivalente a 295 barris de Bordeaux ou mais de 88 mil garrafas.

“Nos últimos cinco anos, o vinho do Azerbaijão se tornou mais popular”, diz Aygün Atayeva, gerente de vendas da vinícola Savalan Aspi e a primeira mulher sommelier do país. “O número de visitantes russos está aumentando, e os turistas voltam para casa e promovem nosso vinho”.

Tom Mullen

Aygun Atayeva é a primeira mulher sommelier do Azerbaijão

Vinho artesanal

Ao norte de Baku, o clima de estepe semiarido caracteriza a região vinícola do litoral do Cáspio, onde crescem avelãs, cerejas e maçãs. É nessa região que está localizada a vinícola F.A. Valley, co-fundada por Farhad Ağayev, formado em cirurgia vascular pela Academia Militar de São Petersburgo, na Rússia, e também em Nuremberg, na Alemanha. Essa vinícola talvez seja a que mais incorpora uvas e tecnologias italianas no país.

Ağayev continua atuando como médico, mas também produz vinhos com seis variedades italianas de uvas tintas — Pugnitello, Colorino, Sagrantino, Aglianico, Nero d’Avola e Sangiovese. Ele e seu irmão Farid contrataram consultores da Toscana para ajudar a implantar seis hectares de vinhedos e estruturas de produção. “Gosto de vinhos italianos”, diz Ağayev quando questionado sobre sua escolha de uvas.

Localizada entre o Mar Cáspio e as Montanhas do Cáucaso, a região tem clima mediterrâneo quente e pouca chuva. O solo contém argila azul com calcário abaixo, e as videiras recebem cerca de 300 milímetros de chuva por ano — um terço do volume que cai na Toscana, ou metade do registrado na Sicília. O resultado é que Ağayev só precisa tratar suas vinhas contra doenças quatro ou cinco vezes ao ano, enquanto no norte da Itália são necessárias até 15 intervenções.

“Apenas solo, videira, vinho e garrafa. Muito simples. O vinho não é uma bebida. É filosofia, energia e alimento. Quero fazer vinhos honestos, saudáveis e também mostrar que o Azerbaijão pode produzir grandes vinhos”, diz ele.

Quando Ağayev começou a cultivar uvas, os fazendeiros locais disseram que era tolice não buscar lucros rápidos. Mas sua paciência começa a dar frutos. O vinho Ragazzaccia 2020 da F.A. Valley, feito com a uva Aglianico, conquistou recentemente uma medalha de prata no Sommeliers Choice Awards, um dos concursos mais conhecidos com esse nome, realizado anualmente em San Francisco, nos Estados Unidos.

Dentro da vinícola, o suco escoa por gravidade até tanques de cimento, onde é fermentado. Nenhum processo de clarificação ou filtração é utilizado, e as uvas são expostas a leveduras indígenas em vez de comerciais.

Os vinhos são então envelhecidos de maneiras diferentes — rosés e espumantes em aço inox, Sangiovese em grandes tonéis de carvalho eslavônio, e Aglianico e Nero d’Avola em barricas de carvalho francês.

Ağayev também utiliza ânforas de argila de Alto Adige, no norte da Itália. Ele prefere essas aos vasos de terracota da Geórgia, pois acredita que o produto italiano permite menor infiltração de oxigênio. Entre vários rótulos, ele produz três vinhos naturalmente frisantes de excelente custo-benefício (conhecidos como “pet nat” ou pétillant naturel), cada um feito com uma uva diferente — Sangiovese, Colorino e Nero d’Avola.

Ağayev representa o arquétipo do vinicultor artesanal: alguém que não herdou equipamentos nem conhecimento familiar, mas que aprendeu sozinho a produzir vinhos de qualidade robusta.

Tom Mullen

Quando Farhad Ağayev começou a cultivar uvas, fazendeiros locais disseram que era tolice.

Origem das uvas

Embora predominantes, respeitadas e adaptadas às condições locais, é improvável que as variedades internacionais de uvas sustentem sozinhas os vinhos do Azerbaijão no futuro. As uvas locais e regionais oferecem perfis aromáticos únicos que ajudam a estabelecer a identidade dos produtores. Seus sabores também harmonizam bem com a rica culinária do país.

O enólogo Marco Catelani, da Toscana, na Itália, mudou-se para o Azerbaijão há 15 anos. Desde 2016, ele, Andrea Uliva e Panakh Abdullayev trabalham com uvas internacionais e locais na vinícola Chabiant. Ele se dedica à promoção das uvas autóctones do Azerbaijão e diz que gostaria de ver o país adotar rótulos de vinho com algum tipo de indicação geográfica. Ele também acredita que seria benéfico cultivar essas uvas em diversas regiões do país.

“Nosso foco está nas variedades locais do Cáucaso e em promover o caráter do Azerbaijão. Com Madrasa e Bayan Shira, estou promovendo materiais autênticos do país. Hoje, as pessoas estão mais orgulhosas das variedades locais”, diz Catelani.
O Azerbaijão possui mais de 450 variedades de uvas autóctones, das quais apenas algumas são atualmente utilizadas na produção de vinho.

A uva branca Bayan Shira origina vinhos frescos, vibrantes, semi-complexos e fáceis de beber, com acidez marcante, notas tropicais suculentas, mineralidade e, às vezes, um leve toque de mel no meio do paladar. Neste caso, é semelhante a um blend de Sauvignon Blanc/Sémillon de Bordeaux, mas com um acento mais cítrico. Ou, pense em um Sauvignon Blanc que encontra um Riesling seco e um Chablis.

A uva Madrasa de casca grossa, originária do Azerbaijão, produz vinhos com uma estrutura tânica leve, aromas e sabores de chocolate e frutas vermelhas, que podem ser complexos, frutados, com especiarias sutis e acidez firme. Pense em algo entre o norte do Vale do Rhône e a margem direita de Bordeaux.

A Saperavi, nativa da Geórgia, tem raízes genéticas relacionadas à Syrah, o que se revela nos aromas de chocolate amargo, além de sua estrutura equilibrada e acidez. Seus sabores se assemelham aos da Baboso Negro das Ilhas Canárias, e sua cor é tão escura quanto a do vinho feito com a uva Croatina.

O futuro dos vinhos do Azerbaijão parece promissor — graças à disponibilidade de variedades locais distintas e a indivíduos dedicados e ávidos por elaborar vinhos.

Assim como a vinícola Clos Apalta, no Chile, criou um corte ao estilo Bordeaux francês, mas adicionou o suco da uva Carménère para dar um toque local, o Azerbaijão poderia produzir seu próprio blend característico tendo a uva Madrasa como componente essencial.

* Tom Mullen é colaborador da Forbes EUA, especializado em vinhos, destilados e enoturismo.

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Fonte:

Notícias e Conteúdos sobre vinhos na Forbes Brasil