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Do bacalhau às tortas, onde fazer encomendas para as ceias de fim de ano

Se é complicada a tarefa de bolar uma ceia de Natal, ou de Ano Novo fora de casa, os restaurantes tratam de se fazer presentes no aconchego do lar, com cardápios tentadores do início ao fim. A lista a seguir inclui sugestões especiais de bons empórios e lojas de tortas e doces. Papai Noel, pelo visto, vai querer jantar também.

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Os sabores da Babbo Osteria, por exemplo, do chef Elia Schramm, poderão ser apreciados em casa e nas ceias. O chef pensou em porções para de três a seis pessoas, entre saladas, entradas, principais e sobremesas. Entre 10 opções, há entradas como a caprese aragosta (R$ 340,00, 400 gramas), preparada com uma variedade de tomates, cauda de lagosta da Bahia cozida em dashi ao perfume de capim limão, burrata fior di latte e azeite de manjericão, acompanhada de crostini de focaccia; e a caponata al baccalà (R$ 210,00, 300 gramas), com berinjela, abobrinha, pimentões vermelho e amarelo, alicci, pomodoro, passas brancas e basilico cozidas com azeite extra-virgem, finalizadas com lascas de bacalhau gadus morhua da Noruega. De principal, uma das especialidades é o agnello (R$ 410, 1,2 quilo), paleta de cordeiro em lascas com arroz basmati, molho do cozimento em vinho tinto, passas brancas, tomatinhos e especiarias, acompanhado de coalhada com hortelã e cebola crocante. Entre as sobremesas está o tiramisù frutti di bosco (R$ 250,00, 800 gramas), com pão de ló red velvet, creme de mascarpone e compota de frutas vermelhas. Pedidos até 15 de dezembro, com entregas no dia 24 de dezembro. Encomendas através do WhatsApp: 97434-0376. Taxas de R$ 25,00 para a Zona Sul, e R$ 35,00 para parte da Barra.

Porco Amigo: pernil no capricho vem com três acompanhamentos/Tomás Rangel/Divulgação

Boa notícia de fim de ano, o Porco Amigo está com opções de saladas, principais e sobremesas. O chef Nery Owczarzak oferece itens principais como pernil pra que te quero de (R$ 145,00, para dois, a R$ 480,00, para oito); love me tender (R$ 165,00, para dois, a R$ 570,00 para oito), e o leitão assado 2022 (R$ 660,00, para quatro, a R$ 1.320,00, para oito). Todos os pratos acompanham três acompanhamentos e um molho. Há arroz branco, de brócolis e à grega; farofa Porco Amigo; purê rústico; salpicão; salada Porco Amigo; maionese de batata; e batata calabresa corada na manteiga. E molhos de laranja, maçã ou tamarindo. De sobremesa tem pavê de panetone e rabanada com creme inglês. As encomendas poderão ser feitas entre até o dia 17 de dezembro, com agendamentos de entrega a domicílio ou retirada na loja. Pedidos pelo telefone 99933-6393, e no e-mail: natalporcoamigo@gmail.com.

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A The Slow Bakery também entrou na dança natalina e preparou itens gostosos para a ceia. Entre eles, a salada de bacalhau do tipo morhua (R$ 185,00, 500 gramas, para até quatro pessoas; e R$ 370,00, um quilo, para até 8 pessoas). A salada de 3 grãos é opção vegana que leva arroz negro, trigo da Fazenda Vargem e lentilha rosa (R$ 85,00, 500 gramas, para até quatro pessoas; e R$ 170,00, um quilo, para até 8 pessoas). A deliciosa porchettada casa é barriga de porco recheada com ervas (R$ 350 o quilo), e há outras opções salgadas e doces, caso da caixa de minirabanadas acompanhada de creme inglês (R$ 86,00, 12 unidades). Para as taças, os vinhos éticos da parceria com o projeto Tão Longe, Tão Perto, retirados dos barris na pressão, também poderão ser encomendados em growlers de vidro reutilizáveis, com opções de tinto, rosé e branco (R$ 145,00, o growler e o vinho). As encomendas poderão ser realizadas até 16 de dezembro, com retiradas de 20 a 23 de dezembro, em todas as lojas da The Slow Bakery, com data e horário marcados. Há também a opção de entrega para a Zona Sul, com taxa de R$ 15,00. Pedidos nas lojas ou através do WhatsApp: 97089-9584.

Adega Santiago: arroz de pato bem servido e mousse de chocolateAdega Santiago: arroz de pato bem servido e mousse de chocolate

A Adega Santiago, restaurante de especialidades ibéricas, preparou sua ceia para encomendas e oferece um combinado de arroz de pato e mousse de chocolate, para até quatro pessoas a R$ 494,00. Os pedidos poderão ser feitos até 20/12, para entrega até meio-dia do dia 24/12 (mediante taxa) ou retirada na unidade. Há também a possibilidade de pedir via Ifood ou no delivery próprio da rede. Encomendas pelo telefone 3900-1605, ou por e-mail (delivery@adegasantiago.com.br).

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Guimas: o bacalhau Wellington é destaque na ceia//Divulgação

Outro restaurante de sucesso e bela história na Gávea, o Guimas retorna com seu cardápio de encomendas de fim de ano. Além do tradicional bacalhau espiritual e do querido patê Guimas, a casa oferece novidades, como a salada de frutos do mar com arroz negro (480,00, um quilo); o bacalhau wellington, desfiado e cremoso, com legumes, envolto em massa folhada (480,00, de seis a sete pessoas); e o arroz de cordeiro, feito com a paleta de cordeiro cozida lentamente em lascas, além de legumes, arroz, hortelã, molho do próprio cordeiro e amêndoas laminadas (480,00, um quilo); entre muitas outras opções de entradas, guarnições e sobremesas. Caso da torta de nozes com ovos moles (R$ 380,00, de 8 a 10 porções). As encomendas de Natal poderão ser feitas até o dia 16 de dezembro, e as de Réveillon até o dia 27. As entregas de Natal serão feitas entre os dias 23 e 24; e as do Réveillon no dia 30. Pedidos de segunda a sexta, das 9h às 17h, pelos telefones 2529-8300 / 99176-1329, ou pelo e-mail: isabel@guimasrestaurante.com.br. Pedido mínimo no valor de R$ 500,00.

O supermercado Zona Sul convocou para a ceia os “experts” da marca, e o vasto menu é assinado pelos chefs Christophe Lidy, Carlos Ohata e Dominique Guerin. Na ala dos principais há pratps como o lombo suíno porchettado, com molho de calda de caramelo e especiarias, minicebola caramelizada, batata calabresa assada e maçã amanteigada (R$ 199,90, de quatro e cinco pessoas). O bacalhau com nata é dessalgado em lascas com batatas laminadas, alho poró, e cebolas em molho bechamel gratinadas com parmesão (R$169,90, de duas a três pessoas). E o chester assado é recheado com pão de nozes e frutas secas. Leva maçã e pera assadas, uvas rubi e itália, e louro em folhas (R$ 379,00, serve de quatro a seis pessoas). Há também tender assado com abacaxi e glaze de romã, além de folhas de hortelã (R$ 229,90, de quatro a cinco pessoas). Há diversas opções e acompanhameto e, na ala das sobremesas, uma das opções é a torta de cheesecake com mirtilo, de Dominique Guerin, tem dacquoise de amêndoas, compota de frutas vermelhas, mousse de cream cheese e cobertura de geleia de mirtilo (R$ 119,00, de cinco a seis pessoas). Os pedidos para o natal podem ser feitos até o dia 18. Já para o ano novo, até o dia 25. As entregas podem ser agendadas para os dias 23 e 24 (natal) e 30 e 31 (ano novo). As encomendas são exclusivas pelo site (www.zonasul.com.br) ou aplicativo do Zona Sul. 

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Amir: ceia completa com sabores do Oriente Médio/Ana Cecilia/Divulgação

A ceia do Oriente Médio preparada pelo premiado Amir traz fartura em opções que servem seis pessoas. Dos pratos principais, destaque para o pernil de cordeiro assado (dois quilos, R$ 490, 00) e a paleta de cordeiro assada no forno e servida com molho de hortelã (R$ 490, 00), acompanhados de arroz marroquino com amêndoas ou arroz com lentilha e cebola frita do Amir. O Peru Natalino (R$ 420,00) e o filé mignon ao molho madeira (R$ 550,00) são as outras excelentes opções de pratos quentes para seis bocas, que podem vir acompanhados de arroz marroquinho com amêndoas ou de batata libanesa. Há inúmeras opções de salgados e pastas libanesas. As clássicas homus (grão de bico), babaganouch (berinjela defumada), coalhada seca e coalhada seca temperada (com pepino, alho e hortelã) custam R$ 130, 00 cada, servindo cerca de 15 pessoas, e vão com pão árabe. As encomendas podem ser feitas até o dia 20, para o Natal, e até o dia 28, para o Réveillon, entregues em toda a Zona Sul. Informações e encomendas: 2275-5596/2542-7039 e amir@amirrestaurante.com.br.

Talho: quiche de salmão com aspargos está na longa lista de sabores/Rodrigo Azevedo/Divulgação

No empório Talho Capixaba, variedade é o que não falta no menu de Natal e final de ano. Das tradicionais Rabanadas (R$ 37,00, cinco unidades) e fios de ovos (R$ 45,00, 250 gramas), às várias opções de bacalhau: bolinhos (R$ 25,20, quatro unidades); o bacalhau com natas (R$ 215,00); torta de bacalhau com ovos, batata, salsa, coentro e azeitona (R$ 176,00, pequena), e R$ 292,00, a grande); entre outras. Também tem pernil de cordeiro (R$ 375, para até três pessoas); e clássico peru (R$ 570, 00, para seis pessoas; R$ 795,00,de 10 a 12 pessoas); entre outros. Quiches, salgados, pães e sobremesas sortidas também fazem parte do time natalino da casa. As encomendas terão um valor mínimo de R$ 200,00. Os pedidos para os dias 24 e 31 de dezembro serão agendados para o período da manhã (8h às 12h) ou da tarde (12h às 17h). Encomendas nos telefones 3037-8638 (loja de Ipanema) e 2512-8760 (loja do Leblon).

Amor no Copo: a guirlanda que vai à mesa é feita de gostosuras//Divulgação

Em matéria de chocolate, vai dar o que falar a guirlanda de brownie criada pela chef Suelen Alves, da confeitaria Amor no Copo. Sim, uma guirlanda feita com brownie macio, úmido e crocante por fora, coberto com brigadeiro de chocolate e decorada com brigadeiros, cerejas e bombons natalinos em formato de miniárvores de natal. Custa R$ 130,00 e rende média de 15 fatias. A confeiteira oferece também deliciosos panetones e doces variados. A loja fica na Av. Genaro de Carvalho, 1209, no Recreio, mas atende em todo Rio pelo delivery. As encomendas podem ser feitas até o dia 16 de dezembro pelo WhatsApp: (21) 98370-4728.

Cake & Co: torta sino é uma festa de sabores cobertos por nozes//Divulgação

A Cake & Co, infalível na qualidade de suas tortas, resgatou dois sucessos natalinos: a torta sino quebra nozes, preparada com massa de farinha de rosca envolvida em nozes, molhada ne baba de moça e com cobertura de baba de moça e nozes picadas (R$ 230,00); e a torta guirlanda, feita com massa de chocolate molhada em calda de chocolate, cobertura de brigadeiro e finalizada com miçangas (R$ 190,00). Na série de tortas pequenas há exemplos como a tortinha rudolph, um bolo de nozes recheado com calda de chocolate, confeitado com cereja, nozes e chocolate (R$ 35,00 a unidade). As encomendas podem ser feitas até o dia 21 de dezembro. Pedidos pelo site www.cakeco.com.br, pelo aplicativo da loja, no iFood ou pelos telefones: 2286-4769 e 96604-9468 (WhatsApp).

MP: o bolo especial de Natal é coberto de frutas frescas da estação/Fernando Frazão/Divulgação

A MP Tortas Boutique, na Barra, também já abriu as encomendas para o Natal, com seus ótimos doces e salgados. O especial de frutas é um bolo cítrico recheado com geleia artesanal de damasco e chocolate branco, coberto com frutas da estação (R$ 360,00), e há tortas como a alemã (R$ 140,00), e a de sorvete de iogurte com rabanadas e frutas (R$ 200,00). Para as empanadas de bacalhau com azeitonas e tomatinhos o pedido é mínimo 20 unidades (R$ 250,00). Encomendas pelo WhatsApp: 99500-4920 ou 99922-7825.

Torta & Cia: figo com mascarpone traz elegância à mesa do Natal/Rodrigo Azevedo/Divulgação

Além das diversas tortas doces e salgadas do cardápio fixo, a Torta & Cia oferece sabores especiais para as festas de fim de ano, com destaque para a torta de figo com mascarpone, novidade de 2022 (R$ 198,00). Outras típicas da época são a torta de ovos moles com amêndoas e cereja, em base de amêndoas, coberta com ovos moles e geleia de cereja, e envolta em marzipan (R$ 178,00), e a torta de rabanada, a tradicional rabanada de Natal em formato de torta e assada no forno (R$ 168,00), entre outras. A quiche de bacalhau traz a massa recheada com creme de lombo de bacalhau da Noruega (R$ 248,00). Não é necessário encomendas prévias. As lojas ficam abertas diariamente, das 09h às 20h. Loja do Humaitá até às 19h: Rua Capitão Salomão, 14 D, tel.: 2537-8484/98264-1783. Dias 24/12 e 31/12, das 9h às 18h; 25/12 e 1/1, das 11h às 17h.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Cinco cervejas que você deve beber no Mondial de la Biére

O Mondial de la Bière está no ar, ocupando a Marina da Glória até domingo (11) com mais de mil cervejas diferentes disponíveis em chope, ou seja, frescas e saindo das torneiras na pressão. Uma festa de estilos, cores e sabores nos copos. Há bebidas para todos os gostos e predileções, e separamos cinco exemplares que merecem a visita, entre os degustados no primeiro dia do festival.

+ Muito além das cervejas, Mondial de la Bière terá comidinhas estreladas

Cervejaria única no Brasil, em sua pesquisa e abordagem de cervejas históricas, desconhecidas e esquecidas, a Sun Dog promove uma viagem no tempo através dos copos, com as receitas recriadas com fidelidade e apuro notáveis. Um dos lançamentos desse ano é a Burukutu (6% de teor alcoólico), inspirada em bebida ancestral africana feita com sorgo e milheto, dois grãos típicos das regiões de Kenya, Togo, Etiópia, Burundi e Nigéria, segundo os cervejeiros. Envasada direto da fermentação e sem filtragem, é dourada e turva, maltada e com o gosto de cereais pulando no boca, e a tal da drinkability dando as caras. Ou melhor, os goles. Vale a pena provar.

Sun Dog: as “valquirias” da marca a postos no estande do Mondial//Reprodução

Corra na sexta-feira, enquanto é tempo, para provar o Bolo de Laranja da Tia Mey. É o nome da cerveja da OverHop que ganhou a medalha de platina, premiação principal do MBeer Contest, o concurso cervejeiro do Mondial. É a base da Aeternum, a cerveja do estilo Russian Imperial Stout da marca, feita com cacau e baunilha, encorpada e achocolatada, com aromas de caramelo e café, a agora com a adição de laranja na receita. Lembra um belíssimo bolo de chocolate escuro com laranja. E calda alcoólica, já que a dita cuja vem com expressivos 10%.

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OverHop: a cerveja Aeternum vem com laranja na versão premiada no Mondial//Divulgação
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No balcão da cervejaria Masterpiece, de Niterói, um dos mais bonitos do Mondial, há quadros feitos com as latas, a exemplo da reprodução da “Noite Estrelada” de Van Gogh. E o nome do pintor é o mesmo da cerveja que os amantes das “sours” devem provar, ou aqueles que pretendem descobrir bons achados no gênero. Trata-se de uma dark sour com mirtilo e framboesa, de contidos 5,1% no teor alcoólico. O toque tostado e de chocolate recebe muito bem os aromas de frutas vermelhas, com acidez moderada. Não ganhou diversos prêmios por acaso, essa escurinha.

Masterpiece: cervejaria tem coisa boa dentro e fora das latas//Reprodução

Disposto a levar o paladar para um passeio longe das referências sensoriais cotidianas? É fã das chamadas “selvagens”, fermentadas com as leveduras brettanomyces? Então ande até o final do galpão e encontre o pequeno estande da cervejaria Pakas. A Wild PaKasdrupel (8,2%), é a cerveja do estilo quadrupel da marca que foi refermentada em barril com a referida levedura. Entenda o significado olfativo do termo “funky”, com aromas leves de couro e “celeiro”, e uma acidez provocante e vínica na boca que não esconde o fundo aromático de frutas escuras como ameixa seca, proveniente das leveduras belgas do estilo original. E acredite: com toda a complexidade da feitura, é uma cerveja equilibrada, que não vai aos extremos sugeridos pela ficha técnica.

Pakas: estilo belga de mosteiro com leveduras selvagens//Reprodução

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Mas não apenas de cervejas complexas a alcoólicas vive o Mondial, e há boas ideias para uma degustação com leveza. Logo na entrada do pavilhão está a Brass Brew, vinda de São Paulo, com estilos clássicos bem feitos, sem invencionices, e a Hop Lager Tangerina foi uma grata surpresa, ótima para começar os trabalhos e, como dizem nas mesas de bar, “lavar a serpentina”. A cerveja não tem fruta na receita, mas sim os lúpulos aromáticos summit e sorachi ace, perfumando o copo com aromas de frutas cítricas e amarelas, corpo leve e refrescante, com 5% de teor alcoólico.

Brass: cervejaria tem bar em São Paulo e traz bons rótulos//Reprodução
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Bar Xavier

O botequim ocupa o ambiente onde funcionou por meio século o Bar do Manel — já há quatro anos sob o comando do tijucano Felipe Machado. Cria da região, ele deu carta branca ao filho, o chef Cezar Cavaliere, para vestir à sua maneira receitas típicas dos melhores botecos da cidade.

Expoente da gastronomia carioca com passagens por cozinhas renomadas, ele serve acepipes bem-feitos e com preço justo neste autêntico pé-sujo familiar. Empadinhas de queijo ou frango (R$ 8,00 cada uma) e porções de quiabo grelhado com farofa e vinagrete (R$ 17,00) fazem a alegria da clientela. As mesas dispostas na “Praça dos Cavalinhos” são um charme à parte e já compõem a paisagem.

Lá, também são servidos os croquetes de carne (R$ 6,50 a unidade) e a suculenta carne assada (R$ 31,00), com molho de fundo de panela, cebolinhas caramelizadas e farofa da casa. No copo, cervejas de garrafa geladas (R$ 10,00 a Brahma; R$ 15,00 a Heineken, entre outras) e doses de cachaça artesanal (R$ 8,00).

Preços checados em novembro de 2022.

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Ipanema de garfo e faca: restaurantes de peso chegam ao bairro em 2023

Bairro campeão na inauguração de bons restaurantes em 2022, Ipanema mantém o ritmo e a temporada de verão promete fortes emoções perto do mar, com a Rua Barão da Torre entrando de vez para o time das vias históricas da restauração carioca, palco de comes e bebes requintados e de estilo mediterrâneo.

+ Um jantar no Tiara, o novo restaurante do chef Rafa Gomes no Leblon

O ano de 2023 verá a abertura de um restaurante de tons asiáticos que envolve nomes como o do chef Elia Schramm, do sucesso Babbo Osteria, em parceria com Menandro Rodrigues, do premiado Haru Sushi. Será na Barão da Torre, próximo à Rua Garcia D’Ávila.

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À Garcia, aliás, está chegando também o Nôa, restaurante descontraído que visitará na cozinha pontos diversos do Mediterrâneo. É dos mesmos donos do Via Sete, que, por sua vez, abrirá nova unidade na Praça Nossa Senhora da Paz, em versão mais leve e com foco no café e lanches.

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E tem mais. Depois de inaugurar o Nino e anunciar o Da Marino, de arquitetura praiana inspirada no sul da Itália, o poderoso Grupo Alife Nino, de casas lideradas pelo chef Rodolfo de Santis, deverá abrir um terceiro endereço em Ipanema. Fontes do meio empresarial informam que há mais um endereço nas mãos do grupo. Podemos apostar na chegada de uma casa como o Porto Luna, por exemplo, bar em estilo lounge que combina com a atmosfera praiana do bairro, decorado com palha e galhos, com a presença, em São Paulo, de músicos e malabaristas no salão.

+ Olha que coisa mais linda: a gastronomia renova Ipanema

O endereço da antiga Termas Leblon, no número 522 da Barão da Torre, também vai prestigiar a gastronomia italiana, na linha das casas “instagramáveis” e que oferecem experiências divertidas além do prato, com a inauguração do sexto restaurante do grupo 14zero3, o de maior investimento num time que tem Bisou Bisou, Spicy Fish e Posì Mozza & Mare entre outros na região.

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Nos últimos sete meses, é bom lembrar, abriram a porta em Ipanema o italiano Nino Cucina, o espanhol Izär, os franceses Bisou Bisou e Didier, e a pizzaria Ferro e Farinha.

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Conheça a carta de vinhos do Chez Claude, exclusivamente em taça

Marcelo Copello: Vocês têm sommelier(ère)? Qual o nome dele(a)? Senão quem é o responsável pelos vinhos?

Chez Claude: Haroldo Nunes

 

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MC: Quantos rótulos aproximadamente tem sua carta de vinhos?

CHEZ CLAUDE: Temos 21 rótulos, todos em taças de 120ml, em máquinas Enomatic, que preservam a qualidade dos vinhos abertos

 

MC: Qual o rótulo mais barato e qual o mais caro da carta?

CHEZ CLAUDE:

Mais barato: CT Cuvée Claude Troisgros Garibaldi Brasil Brut R$ 37 a taça

Mais caro: Château Puycarpin Bordeaux Supérieur, 2017 R$ 72 a taça

  

MC: Quais são os vinhos mais vendidos?

CHEZ CLAUDE:

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CT Reserva Merlot, 2018 Dom Abel Serra Gaúcha Brasil R$ 41 a taça

CT Chardonnay Reserva Dom Abel Serra Gaúcha R$ 41 a taça

 

 

MC: Quanto custa a taxa de rolha?

CHEZ CLAUDE: R$ 80,00

 

MC: Qual a harmonização campeã de prato do menu com vinho da carta?

CHEZ CLAUDE:

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Carbonara de Paleta de Cordeiro, Mostarda – R$ 132 Château Puycarpin Bordeaux Supérieur, 2017 R$ 72 a taça

 

Endereço: Rua Conde de Bernadotte 26 Leblon

Telefone para reservas:

21 35791185 e 21 96629-5342

Obs: preços são do dia 06/12/2022, após esta data os preços podem sofrer alteração

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Tô Careca de Saber

Xará do humorista que morreu neste ano, o José Soares deste bar não é de fazer muita piada. Ele leva seu botequim, que começou como um trailer e hoje domina quase um quarteirão na Rua Cachambi, muito a sério.

O lugar reú­ne, inclusive, algumas das maiores paixões da Zona Norte: chope (R$ 7,00 a tulipa), churrasco e papo ao ar livre, com padrão de qualidade acima da média. Os comensais podem escolher as carnes, frescas e bem temperadas, para assar na brasa ou pré-prontas no bafo — como a costela, que demora sete horas (R$ 89,90, para dois).

Para abrir os trabalhos, decida entre o pastel de jiló com linguiça (R$ 8,50 a unidade) e os croquetes de costela (R$ 27,00, com quatro). Outra caprichada sugestão traz uma tábua de carne de sol com cebola-roxa e aipim (R$ 69,90, para até três) no capricho.

Preços checados em novembro de 2022.

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Evento de gastronomia promete agitar o Horto

Dia 10 de dezembro, o Prosa na Cozinha vai receber a primeira edição do Prosa Curadoria. No Horto, Manu Zappa reúne pequenos produtores e chefs do Rio e de outras cidades para um evento gastronômico com comidinhas exclusivas.

Charcutaria, queijos premiados, vinhos naturais da Cave Léman passando por criações do Guimas, Grado, Frédér. ic Épicerie, Dianna Bakery, Cochon Rouge, Quitu Empório, Dona Farofa e Sorvetiño, entre outros. O espaço contará ainda com uma área de exposição do design brasileiro, sob curadoria de Tulio Mariante.

O Prosa na Cozinha constantemente revela pequenos produtores e já contribuiu na consolidação de diversos nomes na gastronomia. “Já tínhamos feito uma feira nos mesmos moldes em 2013 e, de lá para cá, amadurecemos bastante os moldes de nossa relação com nossos parceiros, que sempre foram muito mais que parceiros, somos todos amigos”, diz Manu.

Há quatro meses, de casa e cara nova, numa rua do Horto com jeitinho de vila do interior, o Prosa resgatou sua verdadeira identidade, que em 2022 completa 15 anos.

Prosa Curadoria
Sábado, 10 de dezembro, das 10h às 20h
Rua Alberto Ribeiro, 26, Horto – 99777-2585

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Quintal do Stuart

Mais novo integrante do nascente polo gastronômico da Rua Cachambi, o negócio de Rodrigo Stuart e sua família segue a linha da comida sem miséria, inaugurada há duas décadas pelo vizinho Cachambeer.

Num imenso e agradável quintal sombreado e pavimentado, os barris de chope comum são tratados com cuidado para que as tulipas de Heineken (R$ 9,99), Amstel (R$ 7,50) e Brahma (R$ 8,10) saiam à perfeição para a turma.

Entre um gole e outro, bolinhos de feijão-branco com camarão são uma boa dica (R$ 9,90 a unidade). Mas são as carnes na parrilla que matam fomes mais abastadas, como a fraldinha com queijo parmesão gratinado, escoltada de farofa de ovos e batata frita (R$ 125,00, para dois).

Nove opções de caipirinha (R$ 22,00) e cinco de gim-tônica (R$ 30,00) completam a festa no céu, ou melhor, no quintal.

Preços checados em novembro de 2022.

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Os melhores vinhos da Sicília para acompanhar o final de “White Lotus”

Divulgação/HBO

Divulgação/HBO

A 2ª temporada de “White Lotus” se passa em Taormina, na Sicília, no maior estilo dolce vita

Se você está em dia com a série sucesso da HBO “White Lotus” sabe que a segunda temporada, que chega ao fim hoje (11), se passa ao longo dos penhascos cênicos de Taormina, na Sicília.

No quinto episódio, vimos alguns dos personagens principais indo para os vinhedos vulcânicos da região para saborear o Etna Bianco – um estilo local de vinho branco feito predominantemente de Carricante. Um deles ainda alude especificamente a um rótulo popular, conhecido como Eruzione.

De fato, o Etna DOC (denominação de origem controlada), se apropriando do lado leste de seu vulcão homônimo, continua sendo uma das mais conhecidas da Itália. Mas ela representa apenas uma seção transversal pequena e relativamente estreita do que esta ilha maravilhosamente variada tem a oferecer.

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Para um sabor mais amplo, devemos voltar nossa atenção para a Sicília DOC, estabelecida em 2012 para consagrar a qualidade da produção em toda a região. Hoje, já inclui mais de 500 vinícolas e 23.400 hectares de uvas plantadas.

Além da incrível diversidade demonstrada em toda a paisagem, também há um valor incrível para ser apreciado aqui. Estamos falando de vinhos deliciosos com muita complexidade, todos com valores mais acessíveis.

Então, vamos dar uma olhada mais de perto no que a ilha faz de melhor, com algumas garrafas específicas para ter em casa para assistir a série favorita sobre hóspedes e funcionários de hotéis de luxo.

Nero D’Avola

Forbes USA

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Vinho Nero d’Avola

Você não pode falar sobre o vinho siciliano sem mencionar o Nero D’Avola – a uva vermelha mais plantada na ilha. Na garrafa, a uva expressa-se frequentemente com ameixas, alguma especiaria e taninos suaves. Exemplos elegantes são muito caros para serem listados. Mas a Siciliana, da Vinícola Di Giovanna, é um lugar sensato para começar sua exploração. É uma expressão fresca, sem carvalho (e orgânica) que realmente mostra a acessibilidade característica da categoria. Tudo isso por menos de US$ 15 a garrafa.

Quando estiver pronto para mergulhar mais fundo nas águas do Nero, adquira uma garrafa de Omnis da Funaro Winery. Ele bate mais pesado com notas de alcaçuz e pimenta preta, ideal para combinar com as proteínas mais robustas de um prato.

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Frappato

De casca fina e parente distante da Sangiovese, esta uva pode ter baixos rendimentos. É por isso que muitos produtores de vinho evitam trabalhar com ela. Mas como alguns produtores astutos estão provando, vale a pena espremer seu suco. Como um varietal indígena, combina muito especificamente com o terroir do sul da Itália e tem notas de morango e lavanda em seu perfil vibrante

A maior parte vem de Vittoria Frappato – um pequeno DOC no canto sudoeste da Sicília. Uma seleção de destaque daqui é a safra orgânica 2021 da Azienda Agricola COS. É leve e ligeiramente ácido, por isso muitos locais colocam na geladeira antes de servi-lo com tudo, desde lulas a salame. Uma ótima alternativa vermelha de clima quente para Pinot Noir ou Beaujolais. E esta oferta especialmente elegante custará apenas US$ 30.

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Zona rural perto da vila de Santa Domenica Vittoria, Nebrodi Park, Sicília

Grillo

Agora vamos falar de alguns vinhos brancos. Esta variedade de uva é mais conhecida por seu papel principal no famoso vinho fortificado da região, o Marsala. Mas é relativamente recente que apreciadores modernos começaram a reconhecer seus méritos como um vinho de mesa. Especialmente quando expresso graciosamente sob a curadoria de um enólogo talentoso.

Esse é claramente o caso da safra 2021 de Tenute Orestiadi. É fresco, mas encorpado, com o toque floral da flor de laranjeira no nariz e a profundidade da argila e ardósia no final. É robusto o suficiente para resistir a um par de anos de adega. E é cerca de US$ 10 a garrafa.

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Catarrato

Esta versátil uva branca foi plantada na Sicília por milhares de anos. No Etna DOC é tipicamente misturado com Carricante. Em toda a ilha, no entanto, os produtores sicilianos têm explorado todo o seu potencial cítrico como um varietal independente. Um ótimo exemplo pode ser encontrado na garrafa de US$ 22 da Feudo Montoni, que convida algumas interessantes notas de melão e toranja para a festa do paladar. Um complemento perfeito para qualquer frutos do mar mais leves em sua mesa – e comédias mais sombrias em sua TV.

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Notícias sobre vinhos – Forbes Brasil
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Bilionário setor vinícola dos EUA diz que enfrentará mudanças climáticas

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Cachos de uvas Cabernet Sauvignon crescendo no Napa Valley da Califórnia

A mudança climática representa uma ameaça significativa para toda a agricultura, mas tem um potencial particularmente perturbador para a indústria do vinho. Isso ocorre porque a qualidade do vinho está intimamente ligada ao clima e, por consequência, ao seu valor. Mesmo mudanças relativamente sutis no clima têm o potencial de perturbar a ordem existente no mercado de vinhos, principalmente no segmento premium.

A indústria vinícola de US$ 46 bilhões (R$ 240 bilhões na cotação atual) da Califórnia certamente está ameaçada pelas mudanças climáticas, mas tem mais potencial para se adaptar porque não é tão tradicional quanto as famosas regiões vinícolas da Europa. A indústria da Califórnia também deve se beneficiar de seu foco de longo prazo na sustentabilidade.

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Uma recente revisão de dados de safras em Napa e Bordeaux mostra que já existe uma tendência de temperaturas mais altas, mas que até agora isso poderia ajudar na qualidade do vinho em Bordeaux e ainda não atingiu níveis severamente prejudiciais em Napa. No entanto, os autores deste estudo concluem que estamos nos aproximando do “ponto de inflexão” e provavelmente veremos safras futuras sofrendo em qualidade por causa das temperaturas mais altas. A adaptação será a chave para o futuro. No curto prazo, algum grau de resiliência climática pode ser alcançado por meio de mudanças na gestão dos vinhedos, mas pode ser necessário tomar medidas mais radicais, como mudar as variedades de uva cultivadas ou misturar com uvas de locais mais diversos.

CAGETTY

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Vinhedos do Condado de Sonoma, na Califórnia

Mas qual a importância disso tudo? As uvas para vinho são uma indústria importante na Califórnia, envolvendo 250.000 hectares de vinhedos. Com base no Relatório Crush de 2021, os produtores receberam mais de US$ 3 bilhões (R$ 15 bilhões) por suas frutas e o Wine Institute informa que as vinícolas do estado enviaram 271,2 milhões de caixas com um valor de varejo estimado em US$ 45,6 bilhões (R$ 238 bilhões). O instituto também documentou o fato de que a indústria cria 325.000 empregos no estado e 786.000 no total. O turismo relacionado com o vinho também é um grande negócio. Por exemplo, em 2015 houve 24 milhões de visitas turísticas a regiões vinícolas.

Como as mudanças climáticas afetam os vinhedos e o vinho?

Há muitos impactos potenciais a serem considerados. A mudança climática, provavelmente, significará secas mais frequentes e severas, como a que a Califórnia está experimentando atualmente. A disponibilidade de água subterrânea ou superficial varia muito entre as regiões do estado, mas é possível que esse problema iniba qualquer plantio posterior e torne alguns vinhedos inoperáveis. Picos severos de temperatura podem levar a queimaduras solares e perda de rendimento/qualidade da fruta e esses eventos provavelmente se tornarão mais comuns.

A exposição à fumaça tem sido um problema nos últimos anos, quando incêndios florestais ocorreram nas colinas próximas aos vinhedos. É provável que os problemas de pragas se tornem mais desafiadores com o tempo, pois os insetos passam por mais ciclos de vida em condições mais quentes, assim como o patógeno fúngico, o oídio. Se os invernos ficarem mais quentes, a falta de dormência resultante pode levar a uma “brotação” desigual que alterará o rendimento posterior e a uniformidade da colheita.

Mas a maior ameaça relacionada com as alterações climáticas tem a ver com a qualidade do vinho. Em cada estação de crescimento há um estágio chamado “veraison” após o qual o teor de açúcar da uva aumenta, a acidez diminui e as características principais de cor, sabor e aroma se desenvolvem. Durante esse período crítico do amadurecimento à colheita, a qualidade do vinho envolve o que poderia ser chamado de fenômeno Goldilocks de vários níveis, no qual as vinhas precisam de condições “ideais” em termos de temperaturas moderadas, dias ensolarados, noites frescas ou manhãs de nevoeiro e leve estresse hídrico. Quanto mais próximo o ambiente de cultivo estiver do “certo” – maior será o valor das uvas e do vinho. Por exemplo, as uvas do relativamente ideal Napa Valley, na Califórnia, valem entre US$ 3.000 e US$ 8.000 por tonelada, enquanto as do Central Valley, muito mais quente, são vendidas por US$ 3-600/ton.

Em uma área de cultivo premium, os vinhos produzidos com a mesma variedade de uva cultivada no mesmo vinhedo, e produzidos pelo mesmo enólogo, podem diferir de valor em até vinte vezes em função das condições climáticas específicas em um determinado ano ou “safra” (Ashenfelter, 2010). As regiões que desfrutam consistentemente de condições mais “certas” são tradicionalmente definidas como “denominações”, como Bordeaux, Borgonha, Reingau, Toscana, Rioja na Europa ou Napa, Sonoma ou Central Coast na Califórnia.

Existe um conceito fundamental da indústria do vinho chamado “terroir” que é a combinação ideal da variedade de uva, do solo e do clima da área de cultivo – algo que é comprovado ao longo do tempo, altamente valorizado e depois nunca alterado. As alterações climáticas ameaçam o cerne destas tradições, mas isso não significa que uma região não possa continuar a fazer um bom vinho. Mas pode ser que tenha de ser outro. As variedades de uva diferem em termos de faixa de temperatura ideal e, portanto, uma opção de adaptação chave é mudar as variedades.

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Indústria faz uma imensa oferta de vinhos aos consumidores e quer continuar assim

A Califórnia e outras regiões de cultivo do novo mundo usam as mesmas variedades de uva que são cultivadas há séculos na Europa, mas eles têm a flexibilidade de usar qualquer uma que funcione bem em seu ambiente. Assim, os australianos foram capazes de criar seguidores para Shiraz (na verdade, Syrah) e os argentinos promoveram à fama a variedade menor de blending Bordeaux e Malbec. Mas mesmo que essas variedades tenham força, existe a possibilidade de mudança.

Por exemplo, embora o Napa Valley tenha construído sua reputação em torno do Cabernet Sauvignon, originário da região de Bordeaux, ele pode mudar para algo como Zinfandel para lidar com temperaturas mais altas. A maioria dos produtores europeus de uva não teria essas opções de acordo com as regras e leis atuais. Os produtores australianos e sul-americanos também compartilham a opção um tanto aberta da Califórnia de mudar a variedade.

A outra maneira pela qual a indústria do vinho pode se adaptar está nas mãos do enólogo. Uma forma de obter um vinho com uma mistura desejável de componentes é misturar uvas ou vinhos acabados de diferentes áreas de cultivo e/ou de diferentes castas. Essa foi a estratégia empregada pela vinícola Bronco para fazer o que veio a ser conhecido como “Two Buck Chuck” – um vinho de mesa razoavelmente bom para o dia-a-dia vendido na rede de mercearias Trader Joe’s, sob o rótulo Charles Shaw, originalmente por US$ 1,99/garrafa (agora é vendido por US$ 3). Qualquer tipo de mistura multi geográfica seria um anátema para a maior parte da indústria europeia mas, na Califórnia, um vinho com um rótulo de variedade específico só precisa conter 75% desse tipo de uva, e os 25% restantes podem ser usados ​​para misturar em outras variedades para lidar com vários desafios de qualidade.

A indústria da uva para vinho da Califórnia está caminhando para este futuro tênue, com uma preparação significativa como parte de seu foco na sustentabilidade. A CAWG (California Association of Winegrape Growers) e o Wine Institute lançaram a organização sem fins lucrativos California Sustainable Winegrowing Alliance, em 2003, e desde 2010 oferecem uma certificação de terceiros. Os participantes medem coisas como o uso de água e nitrogênio em vinhedos, e uso de energia, água e emissões de gases de efeito estufa da vinícola. No total, são consideradas 71 práticas específicas, 30 das quais são “hot spots” climáticos. O foco na eficiência do uso da água é uma das formas pelas quais a indústria já vem se preparando para as mudanças climáticas.

A literatura científica e econômica está repleta de estudos sobre mudanças climáticas e uva/vinho. Muitos dos membros do corpo docente da University of California, Davis, nos departamentos de Viticultura e Enologia e Economia, fazem pesquisas sobre esse tópico.

O resultado final é que a indústria vinícola da Califórnia provavelmente sobreviverá, assumindo algum grau de ação climática global para evitar mudanças catastróficas. Pode haver mudanças em termos de, exatamente, o que é produzido em cada sub-região, mas os amantes do vinho continuarão a ter opções premium e acessíveis. Irá a indústria europeia do vinho adaptar-se? Isso continua em aberto.

* Steven Savage é colaborador da Forbes EUA, biólogo pela Universidade de Stanford e doutor pela Universidade da Califórnia, em Davis.

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Notícias sobre vinhos – Forbes Brasil