O ano de 2024 promete para o setor de bebidas, especialmente vinhos, uma mudança de gostos e hábitos; vez que 2023 foi repleto de revelações e quebras de paradigmas, especialmente no mercado nacional. Há mais de 15 anos os vinhos naturais vêm tentando obter uma fatia de mercado, vêm tentando “cair no gosto” do consumidor, especialmente o brasileiro. Antes, somente pequenas vinícolas, produtores artesanais, aderiam ao vinho natural, aquele cuja interferência do homem é mínima e a adição de artificialidades, especialmente estabilizantes é quase nula. Os vinhos ibéricos passaram a seguir os caminhos dos produtores de vanguarda franceses e alemães e puseram no mercado vários rótulos naturais e de qualidade ímpar. Este panorama internacional se refletiu no Brasil, com um aditivo: nosso consumidor passou a dar lugar ao produto nacional que, por seu turno, vem dando um salto qualitativo excepcional.
As grandes vinícolas nacionais, Salton, Miolo, Aurora, Góes e Valduga, passaram a consolidar qualidade e continuidade aos seus vinhos; optaram por uma carta que atende desde o público iniciante, que procura vinhos frescos e fáceis de beber, até tintos de guarda. Produtores menores, já presentes no mercado, passaram a disputar, com qualidade, a mesa do brasileiro. Empresas como a Guaspari, a Thera e a Villa Francioni passaram a ter acesso ao consumidor mais distanciado dos vinhos, vez que alguns supermercados e muitas lojas “online” oferecem seus rótulos. Cabe um parêntese: lojas online coma a Costi Bebidas, a Adega Kanguru, a Jack Vartanian Adega ou a La Vigna passaram a ter relevância para o consumidor, seja pela entrega, seja pela boa curadoria na escolha de seus portfólios. E, neste cenário, produtores nacionais não tão conhecidos, alguns regionais mesmo, são, hoje, procurados. Casas como Lemos de Almeida, Família Possamai, Família Bebber, Fabian Vinícola, Don Guerino passaram a ser conhecidos, e os espumantes nacionais, com sua qualidade excepcional e categoria mundial, são a grande opção para brindar o fechamento de 2023, onde Cave Geisse, Salton Evidence Cuveé Brut, Luis Argenta Rose Nature, Panizzon Rosé Brut, Vittra, Estrelas do Brasil Nature Champenoise, dentre tantas outras, também deverão merecer lugar de destaque, protagonistas mesmo, no tilintar das taças para receber 2024. Salut! –
Nas duas casas, de Leblon e Barra, a Academia da Cachaça vai abrir os trabalhos às 12h, e quem quiser pode restaurar as forças com a feijoada completa da casa, que serve duas pessoas com charque, costelinha, lombo, paio e linguiça fina, além de arroz, couve, laranja, torresmo e uma cachacinha com limão e mel. Loja do Leblon na Rua Conde Bernadotte, 26, tel.: 2529-2680.
Para começar o ano perto do mar, com a vista da Baía de Guanabara, o Assador, no Aterro do Flamengo, oferece cortes que vão do bife de chorizo e o assado de tira ao leitão à pururuca. Av. Infante Dom Henrique s/nº, Aterro do Flamengo, tel.: 2018-3235. Das 12h às 17h.
A Babbo Osteria, do chef Elia Schramm, funcionará em horário normal servindo pratos como o nhoque dourado com cogumelos ao molho de trufas, o mais pedido, com carboidratos gostosos para repor as energias. Rua Barão da Torre, 632, Ipanema, tel.: 3197-2801. Das 12h às 16h, e das 19h às 23h.
Babbo: italiano do chef Elias Schramm é destaque em IpanemaRodrigo Azevedo/Divulgação
Braseiro da Gávea
Quem pode resistir à suculenta picanha fatiada na brasa, servida com arroz de brócolis e farofa de banana? O bar e restaurante mais famoso do Baixo Gávea está presente para receber 2024 com chopes na pressão circulando pelo salão. Praça Santos Dumont, 116, Gávea, tel.: 2239-7494.
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Churascaria Palace
Tradicional churrascaria de Copacabana, que além das carnes nobres em mais de 40 cortes é dona do melhor bufê do gênero na cidade, a Palace estará funcionando a poucos passos da faixa de areia onde ocorre uma das mais famosas festas de revéillon do mundo. Rua Rodolfo Dantas, 16, Copacabana (2541-5898).
Ettore
Especializada em massas frescas, a loja da Barra serve pratos como os agnolotti de vitela à parmegiana, que são discos de massa verde recheados com alcatra de vitelo marinada e vinho e especiarias, molho de tomate e mussarela de búfala. Condado de Cascais. Av. Armando Lombardi, 800, Barra. Das 12h às 23h.
Ferro e Farinha: pizzas e drinques para receber 2024Tomás Rangel/Veja Rio
Ferro e Farinha
A pizza mais premiada atualmente da cidade está disponível na alvorada de 2024, com os bons drinques disponíveis na carta. Todos os endereços da marca do chef Sei Shiroma vão abrir as portas, com sugestões de redondas como a Fraz, com molho de tomate, mussarela, linguiça calabresa, erva doce e orégano; e a nova lamborghini, que mescla paleta de cordeiro assada com tâmaras, mussarelas fior di latte e defumada, molho de iogurte e erva shiso. Loja de Botafogo na Rua Arnaldo Quintela, 23. Todas as lojas das 18h à 0h.
Galeto Sat’s
A casa carioca “que nunca fecha” vai funcionar normalmente no primeiro dia do ano, incluindo os três endereços, a partir das 11h30, servindo seus galetos completos, corações de galinha na brasa e caipifrutas de cachaça boa. Loja de Botafogo na Rua Real Grandeza, 212, tel.: 2266-6266. Das 11h30 às 4h30.
In House Bistrô
O restaurante no shopping Rio Design Barra serve entradas como as minilulas peruanas, empanadas e servidas com palitos de aipim, aioli e salsa criolla. Ou os tradicionais escalopes de mignon com molho de mostarda e batatas fritas. Av. das Américas, 7.777, 3º piso. Das 12h às 23h.
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Malta Beef Club
O templo das carnes transforma poteínas em muito sabor e vai abrir no dia 1º, das 12h às 18h, na loja do Leblon. Aposte no denver steak, entre os diversos cortes da casa, com batatas fritas classudas e alguma das farofas feitas com farinha do Norte, como a de castanhas e passas. Av. General San Martin, 359, Leblon, tel.: 2323-6919.
Malta Beef Club: porto seguro para cortes nobresTomas Rangel/Divulgação
Maria e o Boi
Além do repertório de carnes bem tratadas, com especilidades como os corações de pato, a chef Vanessa Rocha apresenta receitas como o parmegiana do cerrado, preparado com carne de sol, molho de tomate defumado e pequi, e purê de banana-da-terra com queijo de coalho frito. Rua Maria Quitéria, 111, Ipanema, tel.: 3502-4634. Das 13h às 23h.
Nosso
O fim de tarde em Ipanema ganha o charme do Nosso, que une a cozinha do chef Bruno Katz à coquetelaria de Daniel Estevan. O ano começa com novidades no menu e na carta de drinques, e boa pedida é o ceviche de peixe branco com pimenta-de-cheiro, batata-doce, milho tostado e azeite de coentro. Rua Maria Quitéria, 91, Ipanema. Das 17h30 à 0h.
Nosso: steak tartare estará à disposição no dia 1º de janeiroiAteliê Belê/Divulgação
Pici Trattoria
O restaurante italiano descontraído e de toques contemporâneos de Ipanema abre com seus clássicos, a exemplo do espaguete à carbonara, com molho de gema caipira, bochecha suína e queijos grana padano e pecorino. Rua Barão da Torre, 348, Ipanema, tel.: 99757-9160. Das 12h à 0h.
Sardinha Taberna
Camarão à bulhão pato; lulinhas fritas; e bolinhos de alheira estão entre os petiscos lusitanos da Sardinha, acompanhados de vinhos portugueses em taça e carta de drinques. Rua Aristides Espinola, 101, Leblon. Das 12h às 23h.
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Suibi
O criativo restaurante japonês do chef Sei Shiroma abre com pedidas como o usuzukuri de salmão aos molhos hollandaise e ponzu de yuzu; e rolls como o steak frites (R$ 32,00, porção com quatro), um rolinho de wagyu, cebola caramelizada, batata palha, cebolinha, molho de tomate e karê, versão japonesa do curry.
O complexo de bares criados pelo chef Pedro de Artagão na Rua Dias Ferreira manterão a animação habitual no primeiro dia de 2024: a Taberna Rainha (número 233) e seu delicioso cardápio ibérico de muitas tapas e pratos substanciais; o Boteco Rainha (número 247), com pratos clássicos do repertório carioca feitos com sabedoria, a exemplo do steak diana; e o vizinho boteco princesa (Rua João Lira, 148), de linha semelhante e servindo o obrigatório torresmo de barriga que demora três dias para ficar pronto. As casas abre das 12h às 23h.
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Na cidade dos verões que anunciam novidades, janeiro de 2024 chega com inaugurações de peso nas áreas dos bares e restaurantes, com duas aguardadas aquisições de cardápios autorais, além de encontros regados a cervejas, cavacos e pandeiros onde os botequins pedem passagem.
Suru Bar
Nos primeiros dias do ano, já estará na ativa o Suru Bar, estabelecimento na Rua da Lapa que une dois talentosos mixologistas de muitas boas histórias, agitos e cartas de drinques nas noites cariocas: Igor Renovato e Raí Mendes levantam a bandeira da “coquetelaria popular carioca” em casarão antigo do bairro decorado com as cores verde e rosa da Mangueira.
Entre acepipes de botequim e comida caseira de acento mineiro nas panelas, ganharão os copos drinques como o Surupinga, unindo cachaça, jurupinga e frutas da estação. O bar terá como gerente de salão o também bartender Luis Rosalvos, que se destacou à frente dos drinques do restaurante Ocyá, e traz entre os sócios Edu Araújo e Jonas Aisengart, de sucessos como os bares Chanchada e Quartinho.
A onda dos botecos também vem forte em eventos como o Quintal dos Botecos, itinerante e gratuito, que ocorrerá uma vez por mês, de sexta a domingo, com a presença de um time diversificado de bares, feira de moda, DJs e rodas de samba e choro. A estreia será na Praça do Lido, nos dias 19, 20 e 21 de janeiro, com roda de samba comandada por Marcelle Brito, no sábado (20). Estarão na praça os petiscos de Deza Botequim, Santo Remédio, Pescados na Brasa, Seu Jão, Bar da Portuguesa, Amir, Ceviche da Fabi, Diamante Gastrobar e Botecô (do chef francês Didier Labbé).
Circuito Salgueirense dos Botequins
Em toada semelhante, amplificada pela bateria da escola de samba, o Circuito Salgueirense dos Botequins vai reunir um timaço de 10 bares para servir seus petiscos e comandar os agitos culturais na quadra do Salgueiro, uma vez por mês. Haverá shows com nomes destacados do samba carioca, sem falar na apresentação final de cada tarde, com a Bateria Furiosa, além de exposição e bate-papos. A programação da primeira edição, no dia 7 de janeiro, terá Gabriel da Muda, Marina Iris e Nego Álvaro no comando musical.
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O ator e escritor salgueirense Haroldo Costa, e o professor e escritor Luiz Antônio Simas inauguram o projeto, falando sobre os 70 anos da Academia do Samba. Haverá distribuição de brindes e sorteios e área para as crianças.
O grande elenco de bares terá Bar da Frente, Baixela, Bar do Momo, Botero, Bar da Gema, Cine Botequim 2, Bar da Portuguesa, Groen, Pescados na Brasa e Bode Cheiroso.
Pedro Coronha: chef premiado pela VEJA RIO abre o Koral./Divulgação
Koral
Da “botecagem” aos restaurantes de repertório requintado, quem inaugura em Ipanema é o esperado Koral, que revelará pela primeira vez, com total liberdade, a cozinha autoral do jovem chef Pedro Coronha, premiado nos tempos em que esteve à frente do Mäska.
O restaurante parte de influências das cozinhas sul-americana, nórdica e asiática, do conceito da casa ao menu, definido pelo chef como “divertido, casual e moderno”. Na cozinha, a brasa terá presença constante, das entradas e snacks aos principais, além de preparos crus, frutos do mar, carnes selecionadas e coquetelaria autoral.
Locale: pizzaria vai ganhar novidades em salão espaçosoAna Paula Santos/Divulgação
Officina Local
Em fevereiro, uma outra abertura vai dar o que falar na Rua Arnaldo Quintela, a atual passarela gastronômica de Botafogo. A Officina Local será uma versão turbinada da Locale, a premiada e pequenina pizzaria de Guilardo Rocha, em Copacabana. Além das pizzas, a curadoria atenta de pequenos produtores artesanais se extenderá a pratos e sobremesas de maior capricho, assim como as bebidas trabalhadas no bar de coquetelaria.
O símbolo das celebrações da virada do ano são os vinhos Espumantes, e estes são chamados em outros locais do mundo de Champagne , de Franciacorta, de Cava, de Corpinnat, de Sparkling Wine, de Prosecco , de Sekt, de Crèmant entre outros termos. São bebidas associadas a festas, comemorações e alegria, mas que na verdade são as bebidas mais democráticas do Mundo de Baco, e que podem ser consumidas em qualquer ocasião da vida cotidiana, inclusive é de fácil harmonização podendo iniciar e ir até o final de uma refeição.
Um costume muito antigo ao qual existem várias referências históricas em diversas civilizações é o ato de brindar. Na Geórgia antiga por exemplo o uso da “Tamada”, objeto produzido a partir de cornos de animais eram as suas “taças/copos” e o mestre das cerimônias guiava os brindes, acompanhado por um discursos filosóficos ou de poesias, afinal beber vinhos com amigos era e ainda é um estilo de vida, uma tradição importante e o ato de brindar, torna-se inclusive uma espécie de ato sagrado.
Na Grécia antiga inúmeros brindes eram elevados ao deus do vinho grego, Dionísio. Já os romanos derramavam um pouco do vinho ao chão no momento do brinde com o objetivo de compartilhar a bebida com os seus deuses, sobretudo com Baco, deus do vinho dos romanos. Há narrativas na história que relatam que esse ato também selava o fim de conflitos, pois na época era muito trivial envenenar o inimigo com veneno nas bebidas, então o ato de brindar forte onde se passava a bebida para a outra taça, era uma demonstração de paz, que a bebida não estava envenenada.
Já na atualidade é prática comum o vinho com perlages está em praticamente todas as festas, sobretudo no momento especial do Réveillon, onde celebra-se a passagem de ano abrindo garrafas de espumantes no momento da virada elevando brindes com a família, com os amigos ou mesmo sozinho. Essa ação tem como simbolismo, o desejo de um Ano Novo cheio de prosperidade, de esperança e otimismo de um ano novo muito melhor.
São inúmeras as cores, as origens e os estilos de espumantes disponíveis no mercado aos consumidores e claro que essas inúmeras variáveis repercutem nos preços desses produtos. Há consumidores que se interessam por cada detalhes de como essas bebidas foram elaboradas, já há outros, onde foram produzidas e para outros qual é o processo de vinificação é a informação mais importante. Independente de que tipo de consumidor você se enquadra, espero que se divirta neste mundo mágico das “bolhinhas”, que simbolizam e os diferenciam dos outros vinhos tranquilos pelo desprendimento de anidrido carbônico, “as perlages “.
Não esqueça de se atentar a temperatura de servir o espumante para não pecar ou comprometer a degustação da bebida, ele deve ser servido entre 6ºC à 8ºC de modo geral. Atenção ao momento da abertura, lembre-se que há uma pressão e que se não souber abrir com os devidos cuidados pode causar algum acidente. Eles podem ser servidos desde o welcome drink, acompanhando uma refeição completa, à beira da piscina, nos passeios de barcos, nos encontros com os amigos e óbvio está presente no momento do Revéillon.
As festas findam e ficam as inúmeras recordações dos momentos maravilhosos vividos juntos aos familiares e amigos. Uma das formas de guardar as lembranças são as coleções de rolhas degustadas que os enófilos colecionam e que sem dúvida são o retrato físico de quantos momentos alegres e divertidos foram desfrutados na vida. Desejo Feliz Ano Novo a todos os leitores e inúmeros néctares de Baco em suas taças. Saudações Báquicas!
Recentemente, tive a oportunidade de experimentar o menu degustação do Mira Mira, que tem assinatura do chef duas estrelas Michelin, Ricardo Costa, e fica no quarteirão cultural WOW (World of Wine) na Cidade do Porto, em Portugal. O cardápio de nove tempos, harmonizados com seis vinhos é uma ode à gastronomia portuguesa e vale cada centavo dos 300 euros investidos.
Um dos pratos principais, claro, foi um bacalhau, servido com feijões temperados com óleos de chouriço. O peixe veio na forma de uma posta alta, tenra, que derretia na boca. Xavier Gomes, o sommelier português responsável pelo serviço da noite, nos ofereceu com esse prato um Proibido à Capela, da região do Douro, safra 202. Um vinho tinto, feito com 10% de uvas brancas e 90% de uvas tintas, proveniente de vinhas com mais de 50 anos, com baixa intervenção, boa acidez e frescor delicioso. E, claro, sem madeira.
Qual não foi minha surpresa quando um dos comensais, perguntou: “Tinto?”.
Sim, era um tinto leve, com fruta exuberante e fresco. Foi a harmonização perfeita para aquele preparo ao forno com o caldo de choriço e feijões, enchendo a boa e completando os sabores para uma mordida única. Gomes ainda explicou ao meu colega de refeição que um tinto mais amadeirado certamente roubaria todo sabor delicado daquele peixe.
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O Proibido à Capela, safra 202Marianne Piemonte/VEJA
Portanto, os amantes dos superpoderosos Malbec ou Cabernet Sauvignon de Napa Valley certamente arruinariam a refeição. Mas um Pinot Noir, Gamay, Ciliegiolo (italiana da Ligúria) são sempre ótimas pedidas para quem não abre mão dos tintos. “Até um Syrah de médio corpo (sem passagem por madeira) pode cair bem com esse peixe com molhos mais untuosos, ou acompanhados de carne”, disse.
E os vinhos verdes?
Saladas com bacalhau com grãos, lascas com folhas e molhos cítrico ou até para os assados com legumes, são a combinação ideal para os vinhos originários do Minho, região norte de Portugal. Produzidos com uvas quase maduras, podem ser levemente frisantes e muito refrescante. Dica: prove os rosés desse estilo, são tão frescos quanto os brancos, só que mais frutados e caem muito bem com bacalhau ou entradinhas leves como crudites ou queijinhos brancos, com mussarelas de búfala ou burratas.
Faço questão do branco com peixe!
Verdade, essa é a harmonização tradicional, básica, mas hoje sabemos que tudo depende do tipo de preparo e do estilo da bebida. Há uma vinificação atual que privilegia a fruta, passa em madeira com parcimônia e mantém a acidez elegante do vinho, com esses até um carpaccio de polvo cairia muito bem. Mas, caso você seja um purista, eles são uma uma excelente opção para acompanhar o tradicional bacalhau ao forno com azeite, batatas, ovos e brócolis. Os clássicos Sauvignon Blanc ou Chardonnay, são uma ótima opção para pratos de bacalhau grelhado, enquanto os vinhos brancos mais frutados, como Riesling ou Gewurztraminer, harmonizam bem com pratos de bacalhau cozido com legumes. Eu acrescentaria a essa lista o Encruzado do Douro e sempre um Viognier, aromático e de médico corpo, mas muito delicado e, portanto, um belo par com o peixe que faz as receitas mais populares de Portugal.
Há muitas maneiras de classificar os vinhos. Uma delas é em relação à sua composição de uvas. Os vinhos feitos com 100% ou com predominância de apenas uma casta/uva são chamados de “varietais” ou, como é comum chamar em Portugal, de “mono-castas”. Pela legislação brasileira um vinho para ser varietal e estampar o nome de uma única casta no rótulo, precisa ter ao menos 75% desta casta em sua composição.
Os demais vinhos, misturas de castas, são os chamados “cortes”, “lotes” ou “blends”. A tradição, sobretudo a europeia, é de vinhos de corte, uma arte onde a maestria dos enólogos se expressa. Através dos blends, buscasse obter mais complexidade e equilíbrio nos vinhos, tirando o melhor de cada casta. Um melhor exemplo vem do corte mais famoso do universo de Baco, o corte bordalês. As castas tintas permitidas em Bordeaux são as estrelas cabernet sauvignon e merlot, e as coadjuvantes cabernet franc, petit verdot, carménère e malbec, contudo as duas primeiras são no geral as que dominam a maior parte dos vinhos. O cabernet sauvignon agrega taninos, estrutura, longevidade, enquanto a merlot dá mais aromas frutados, mais corpo, e sensação mais aveludada no paladar.
Além disso a merlot é colhida cerca duas semanas antes que a cabernet sauvignon, além de preferirem climas e solos diferentes. Isso significa que alguns anos serão melhores para uma, e em outras safra a outra se dará melhor. Assim, uma mistura das duas, em proporções que variam conforme as características climáticas daquele ano, poderá ser benéfica. Este corte clássico cabernet-merlot, com ou sem as coadjuvantes, é imitado em todo o mundo
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Outro corte clássico é o da região de Champagne, dominado pela tinta pinot noir e a branca chardonnay, igualmente replicado ao redor do planeta em muitos espumantes. A pinot noir dá mais estrutura, mais acidez, frutas vermelhas e às vezes até uma ponta de taninos, enquanto a chardonnay aporta elegância, corpo e aromas de frutas amarelas.
Ainda na França podemos citar o corte típico mediterrâneo, das tintas grenache, syrah e murvèdre, conhecido como GSM. Na Itália, todo tifosi (torcedor fanático) do vinho sabe de cor o corte do Amarone, como quem sabe a escalação da azzurra. Corvina, molinara e rondinella são as castas clássicas do Amarone (embora não as únicas). O mesmo acontece no Chianti, a sangiovese, por lei, domina, podendo receber a ajuda de até 20% de outras tintas.
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Na Espanha os tintos da Rioja são um casamento entre a vedete tempranillo, que normalmente predomina, com apoio de mazuelo, graciano e garnacha. No Priorato a exponha dorsal dos tintos costuma vir da cariñena e da garnatxa (carignan e garnacha/grenache em suas grafias locais), muitas vezes acrescidos de castas francesas como sytah e cabernet sauvignon, o que é permitido por lei.
Portugal com suas mais de 200 castas locais, tem muitos cortes clássicos, como no Alentejo: alicante bouchet, trincadeira e aragonês, ou no Douro: touriga nacional, touriga franca e tinta roriz (entre outras).
Imagem do Mister Baga com a irreverência que lhe é peculiar, por Dayane Casal (Dez-2023)
Inteligente, visionário, com um espírito irreverente e descontraído, o Mister Baga (Eng. Luís Pato) adora fazer careta para posar para fotografias para os apaixonados pelos seus vinhos. Ele é engenheiro químico de formação, faz parte da sexta geração da família que produz vinho em solos argilo calcários e arenosos na região vitivinícola da Bairrada em Portugal. Em sua trajetória de winemaker já se passaram 43 anos, pois começou a fazer seus próprios vinhos a partir do ano de 1980, e de lá para cá tornou-se o bairradino mais conhecido do mundo. Hoje ele possui 60 hectares de vinhas, divididas em 15 parcelas diferentes, e oferece a 30 países em que os seus produtos estão presentes, 30 referências de vinhos diferentes.
1. A Baga
Ele recebeu este carinhoso apelido “Mister Baga” da jornanista britânica e a mais conhecida e influente Master of Wine do mundo, Jancis Robinson . Ela apreciava a maneira com que o Eng. Luís Pato defendia e defende a casta rainha da Bairrada, a Baga.
Luís Pato em gravação ao episódio do BacoCast partilhou que antigamente 90% do encepamento da região da Bairrada era com a casta Baga. Explicou que no seu início de trabalho tinha duas hipóteses, ou se tornava um produtor de vinhos típico no novo mundo, plantando outras variedades, ou preservava a própria tradição da região, a aperfeiçoando e a melhorando em suas qualidades e características, tornando a Baga uma casta de reconhecimento mundial.
O interessante destas partilhas são as evidências que o produtor coloca para a análise do resultado do seu próprio trabalho. Lembra que o vinho melhor pontuado da região da Bairrada é um dos seus vinhos da Quinta do Ribeirinho, safra 2008, produzido em solo arenoso, em pé franco, com a casta Baga, pelo influente Robert Parker .
2. Sua Filosofia
Mister Baga diz que com o tempo tem evoluído e na atualidade não faz mais vinhos como antigamente. Tem uma visão com muito mais maturidade e experiência sobre o mundo dos vinhos, sobre a região da Bairrada e sobre a própria Baga.
Na atualidade dedica-se a dois grupos de perfis de vinhos, um com filosofia minimalista com menos intervenção possível e a outra buscando conservar a tradição “o clássico “, mas aliando práticas alternativas diminuindo o uso de herbicidas nas vinhas e na adega minimizando o uso de sulfitos.
3. O Vinho Branco da Bairrada
Em conversa, o Eng. Luís Pato afirma que a região da Bairrada possui características muito peculiares para produção de grandes vinhos, inclusive para os vinhos brancos, pois expressam-se em qualidade ímpar com excelente acidez, frescura e capacidade de longevidade. A colheita das castas brancas ocorrem antes do período de precipitações inesperadas e indesejadas nesta fase final do ciclo, tornando-as mais estáveis a nível qualitativo, proporcionando excelentes vinhos brancos anualmente.
Um bom exemplo desta sua defesa é um dos seus vinhos, o Luís Pato Branco da safra 1990, um fantástico blend com as castas Bical, Maria Gomes, Cercial e Sercialinho com 11% de álcool. Um vinho que foi degustado neste mês de dezembro de 2023 e que impacta aos amantes de grandes vinhos por apresentar-se ainda com tanta elegância, complexidade em boca e riqueza aromática.
4. Visão do Futuro
Quando perguntado, como o senhor “Mister Baga” vê o futuro para daqui a 10 ou 20 anos para a região da Bairrada? Ele prontamente responde:
“A Bairrada vai ser a região referência mundial em termos de vinhos de altíssima qualidade brancos, espumantes e tintos provindos de Baga com rendimentos baixos.”
– Luís Pato –
Ele acredita e defende esta sua afirmação, devido ver na Bairrada condições ideias para produção de vinhos brancos e espumantes todos os anos. Enfatiza que a Bairrada pode produzir vinhos espumantes datado “vintage” todos os anos, já a região de Champagne não. Defende também que no caso dos vinhos tintos precisam ser vinhos muito valorizados, vinhos “boutique” e únicos, porque os rendimentos precisam ser baixos de duas a três toneladas / hectare, podendo ser uvas oriundas de vinhas velhas ou vinhas com manejo de duas colheitas por safra.
5. Sugestões Para as Festas
Chegando próximo das datas festivas do Natal, o Eng. Luís Pato afirma que estará presente em sua mesa o que é tradicional da época e da região. Na noite da consoada ou ceia de Natal haverá Bacalhau Cozido e para acompanhar essa iguaria portuguesa será servido o seu branco Vinhas Velhas 1990. No almoço de Natal haverá Cabrito Assado de Forno, um vinho tinto Vinha da Barrosa 1997 e vários outros vinhos de diferentes produtores. Ele diz que aproveita a ocasião para provar vinhos diferentes junto da família.
Ele sugere aos Bacolovers que tenham sempre espumantes nesta data, que pode ser para começar, intervalar ou finalizar a refeição e no meio ter vinhos brancos que harmonizem bem com a comida que será servida e também um tinto e no final ter um vinho especial de sobremesa.
E para finalizar Mister Baga deixa uma mensagem de fim de ano desejando Boas Festas a todos e faz referência a uma citação de Carlos Drummond de Andrade “de 31 de dezembro para 01 de janeiro só muda a esperança”. Segundo o Eng. Luís Pato é preciso manter a esperança, manter a parte positiva e celebrar com vinhos espumantes, brancos, tintos ou vinhos de sobremesa de qualquer parte do mundo.
Mensagem da Autora
Espero que você leitor tenha gostado desta partilha Especial de Natal com o Mister Baga, um dos nomes do Mundo de Baco que nos inspira e nos diz muito. Desejo boas festas, saúde e muitos momentos repletos de felicidades ao lado das pessoas que você leitor ama. E que possamos renovar a ESPERANÇA como mencionou o engenheiro em suas palavras, a esperança de um ano novo melhor, mais justo e com mais respeito ao próximo. Saudações Báquicas !
A Adega Santiago selecionou a bacalhoada à lenha para as encomendas de ceias de fim de ano. A receita é preparada com cebola, batata, pimentão, tomate, ovo cozido, azeitonas e feijão branco em porções que servem de uma (R$ 230,00) a duas pessoas (R$ 394,00). O restaurante aceita pedidos para o Natal até o dia 22/12, e para o Réveillon, até o dia 28/12. A casa funciona no dia 24 até as 16h. A bacalhoada deve ser retirada no local e a embalagem fornecida vai direto ao forno. A Adega fica no Village Mall, na Av. das Américas, 3900, 2º piso, Barra da Tijuca, tel.: (21) 3900-1605.
Adega Santiago: bacalhaus da casa podem ser encomendados//Divulgação
Uma guirlanda natalina que vai direto para a mesa e muda o clima na hora da sobremesa. Ela é feita de brownie de casquinha crocante, coberto com brigadeiro de chocolate e decorado com brigadeiros, bombons natalinos, flocos de neve e ramos de alecrim. Destaque da confeitaria Amor no Copo, custa R$ 149,90 e dá para aproximadamente 20 pessoas. Disponível para entrega até o dia 23/12 ou para retirada na loja até o dia 24/12. A Amor no Copo está localizada na Av. Genaro de Carvalho, 1209, no Recreio dos Bandeirantes. Atende em todo o Rio pelo delivery no perfil do Instagram: @amornocopo.oficial.
Amor no Copo: guirlanda de brownie é uma atração na mesa//Divulgação
Com filial recém-aberta em Botafogo, a Artesanos aceita encomendas até 22/12, com retirada para o Natal nos dias 23 e 24 (até 12h), e retirada para Ano Novo nos dias 30 e 31 (até 12h). Há produtos como o kit rabanada de brioche francês assadas em forno de lastro (R$ 79,00, 10 unidades); e a pavlova de Natal, feita com merengue francês, crocante por fora e macia por dentro, recheada com creme belga e calda de frutas vermelhas da casa, finalizada com chantilly e frutas vermelhas (R$ 99,00, para até 6 pessoas). A nova unidade fica na Rua São João Batista, 26, Botafogo, tel.: (21) 99467-1111.
Aurora
A chef Ana Beatriz Capão incluiu novidades no menu de encomendas para as Festas em 2023. Além dos tradicionais bolinhos de bacalhau (R$ 65,00, 12 unidades), e do bacalhau à lagareiro (R$ 400,00, para 4 pessoas), a chef apresenta o bacalhau com natas (R$ 180,00, para 2 pessoas; R$ 270,00, para 4 pessoas). Há outros sabores no cardápio, com encomendas de Natal até 22/12, e Réveillon até 29/12. O Aurora fica na Rua Capitão Salomão, 43, Humaitá. Pedidos e reservas pelos tels.: (21) 2537-2755/ 99567-0163.
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Aurora: bolinhos de bacalhau para a ceia//Divulgação
Farrapos
No Farrapos Wine Bar, bistrô português localizado no Bairro Peixoto, em Copacabana, o menu do chef Pedro Freitas tem boas opções de bacalhau. Entre as opções de entrada, há bolinhos de bacalhau (R$ 72,00, 12 unidades); salpicão de frango (R$ 78,00 o quilo); e salada de polvo (R$ 240,00). Para principal (todos em porções para quatro pessoas), tem bacalhau com natas (R$ 260,00), com lascas de bacalhau gadus morhua, batata, cebola e creme de leite, gratinado ao forno; bacalhau espiritual (R$ 260,00), refogado com cebola, alho e azeite, pão adormecido, com cenoura ralada, queijo parmesão, entre outros. Para o Natal, as encomendas devem ser feitas até o dia 23, às 12h, e a retirada será no dia 24, das 15h às 17h. Para o ano novo, pedidos até 30/12 e retirada no dia 31, das 15h às 17h. É necessário pagamento antecipado para confirmação da reserva, pois os itens são numerados e limitados. Encomendas pelos tels.: 3518-2654 e 99890-6629.
Farrapos: o lagareiro é um dos muitos bacalhaus bem feitos da casaFabio Rossi/Divulgação
Fresh & Good
O cardápio é vasto na casa de Ipanema, tem bolinhos de bacalhau (R$ 95,00, 20 unidades), pastéis de gruyère (R$ 120,00, 20 unidades), ceviche de peixe branco com frutas da estação e crispies de batata doce (R$ 240,00, para 4 pessoas). Também tem salpicão de frango com milho, aipo, cenoura e maionese, acompanhando batata palha (R$ 160,00, para 4 pessosa). De principal há pratos como o salmão grelhado com mel e redução de shoyu (R$ 380,00, para 4 pessoas); e o lombinho de porco assado coberto com queijo meia cura (R$ 240,00, para 4 pessoas), entre outros. O meio leitão assado (R$ 640,00), para 6 pessoas pode ser acompanhado pelo purê de batata doce (R$ 110,00, para 4 pessoas). Cardápio completo e encomendas até dia 23/12 através do Instagram: @freshandgood, ou WhatsApp: (21) 98114-1522. Retiradas no local. A Fresh fica na Rua Garcia D’Ávila, 56, Ipanema.
Fresh: encomenda de cardápio variado até o dia 23/12//Divulgação
Gajos D’Ouro
No reduto de culinária lusitana, as encomendas para o Natal podem ser feitas até 22/12. Além da ceia presencial nas noites de Natal e Ano Novo, os Gajos também estão oferecendo sua tradicional ceia por encomenda. O menu conta com saladas, entradas, receitas clássicas das festividades, receitas da casa, acompanhamentos e doces. Para iniciar, os tradicionais bolinhos de bacalhau (R$ 98,00, 30 unidades), e a tigelinha de bacalhau à moda das madres (R$ 270,00, para 2 pessoas), desfiado com creme de leite, cebola e cenoura gratinados. Entre a seleção de pratos principais entram receitas de bacalhau como o bacalhau ao forno (R$ 405,00), preparado em postas com azeite, alho, cebola, batatas, ovos cozidos e brócolis. Para o Ano Novo os pedidos vão até 29/12. Mais informações e pedidos pelo tel.: (21) 99386-1763.
Gajos: o famoso arroz de pato da casa na mesa de NatalTomás Rangel/Divulgação
Peixoto Sushi
Para quem quer sair da caixa e se deliciar com uma ceia japonesa, o Peixoto Sushi oferece os combinados Peixoto Gold (R$ 300,00), com 60 peças, ideal para 3 pessoas (10 sashimis salmão, 5 sashimis atum, 5 sashimis peixe branco, 5 sushis de salmão selado, 5 sushis atum selado, 5 sushis peixe branco, 5 joy especial, 8 salmão shitake roll, 8 filadélfia, 4 tekamaki). E o Peixoto Premium (R$ 600,00), com 100 peças, ideal para 5 pessoas (10 sashimis de salmão, 10 sashimis de atum, 5 sashimis de polvo, 5 sashimis de haddock, 5 sashimis de peixe branco, 5 sushis de salmão, 5 sushis de atum, 5 sushis peixe branco, 5 sushis de camarão, 5 sushis de vieiras, 8 Joy especial, 8 uramaki salmão shitake roll, 8 Filadélfia, 8 atum Spicy, 8 shakemaki). O restaurante aceita encomendas até dia 23/12 para a ceia de Natal, e 30/12 para o Ano Novo. As entregas serão até às 16h, nos dias 24 e 31. O Peixoto fica na Rua Conde de Bernadotte, 26, Leblon, tel.: (21) 99839-3895.
Talho Capixaba
Até o dia 24, quando as lojas abrem até as 18h, e enquanto durarem os estoques, o Talho Capixaba disponibiliza para levar na hora receitas e quitutes como bacalhau com natas (R$ 275,00, na travessa de cerâmica por mais R$ 40,00), e torta de bacalhau com ovos, batata, salsa, coentro e azeitona (R$ 176,00, a pequena; e R$ 292,00, a grande). O pernil de cordeiro é sugestão de assado (R$ 397,00, para 3 pessoas), e as guarnições são variadas, como a farofa natalina, feita com castanha de caju e passas (R$ 46,00, 500 gramas), e o arroz com amêndoas (R$ 52,00, 500 gramas). Na ala doce tem rabanadas tradicionais (R$ 39,50, 5 unidades) e fios de ovos (R$ 47,50, 250 gramas), entre outros. Disponíveis nas lojas de Ipanema (3037-8638), Leblon (2512-8760), e Gávea (2422-1270).
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Tasca Carvalho: pataniscas são alternativas deliciosas aos bolinhosFábio Rossi/Divulgação
A tasca de Copacabana vai de bacalhau para as encomendas finais. Entre as opções, tem punheta de bacalhau (R$ 299,00, 1 kg); e pataniscas (R$ 79,00 12 unidades) para entrada. Para principal, em versões para 4 pessoas, tem bacalhau à lagareiro (R$ 340,00), refogado com cebola, acompanhado de batatas ao murro, brócolis, ovo, azeitonas e regado no azeite extra virgem; e o bacalhau à tasca (R$ 360,00), à doré, com batatas coradas e coberto com cebolada de camarão, entre outros. Pedidos para Natal até 22/12, com retirada dia 24, das 14h às 16h. Para ano novo, pedidos até 30/12, com retirada no dia 31, das 14h às 16h. A Tasca fica na Rua Ronald de Carvalho, 266, Copacabana. Encomendas pelos tels.: 99957-9845 e 96991-3352.
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Se você deixou para escolher os espumantes das festas na última hora, não se preocupe. Preparamos um guia com dez opções, com preços a partir de R$ 40, para todos os gostos. Há rótulos doces, secos, nacionais e internacionais, que representam uma amostra do que o mercado tem a oferecer neste momento.
Todos foram degustados ao longo do ano e foram escolhidos por oferecerem uma experiência excepcional dentro de sua faixa de preço. Sempre que possível, o preço indicado se refere ao valor cobrado diretamente no site da vinícola ou da importadora.
E embora seja comum abrir um espumante para celebrar o Natal e o Revéillon, as borbulhas são extremamente versáteis e são uma excelente opção para o ano inteiro, especialmente nos próximos meses de muito calor.
Monte Pascoal Moscatel Rosé (R$ 40)
Para quem prefere um espumante mais doce, este Moscatel Rosé produzido pela vinícola Monte Pascoal, de Monte Bérico, no Rio Grande do Sul, entrega um dulçor equilibrado por boa acidez. Aromas de frutas vermelhas frescas tornam o espumante um coringa em harmonizações e vai bem tanto com canapés quanto com sobremesas.
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Seleção de espumantes para celebrar o Natal e o Ano Novo –Divulgação/Divulgação
Aurora Pinto Bandeira (R$ 90)
O Brasil recebeu a primeira D.O. (Denominação de Origem) para espumantes do hemisfério sul para o terroir de Altos de Pinto Bandeira, no Rio Grande do Sul. E os primeiros rótulos produzidos lá, já com a certificação, começaram a chegar ao mercado neste ano. É o caso deste extra brut da Aurora, produzido pelo método tradicional (o mesmo usado em champagne, com segunda fermentação em garrafa) com um blend de Chardonnay, Pinot Noir e Riesling Itálico que passa 12 meses em contato com as leveduras para garantir mais complexidade e estrutura.
Hermann Lírica Crua Rosé (R$ 106)
O rótulo Lírica Crua, da vinícola brasileira Hermann, foi um lançamento extremamente importante no mercado brasileiro por ter sido um dos primeiros espumantes Sur Lie, ou seja, que não passa pelo processo de retirada das leveduras (chamado “degorgement”), que continuam dentro da garrafa. Por isso, continua evoluindo e tem uma turbidez própria. Em 2023, a Hermann lançou a versão rosé, que mantém a qualidade do rótulo clássico. Vai muito bem com frutos do mar, especialmente camarão. É vendido pela Decanter.
Tosti Prosecco Rosé DOC Brut (R$ 111)
Quem busca um espumante internacional descomplicado e com preço convidativo pode optar pelo Tosti, prosecco Rosé produzido pela vinícola Tosti na Itália e vendido pela La Pastina. É fresco e leve, com aromas de frutas vermelhas frescas. Vai bem como entrada ou acompanhando saladas.
Chandon Cuvée 50 anos (R$ 139)
Neste ano, a Chandon celebrou 50 anos no Brasil. A vinícola teve um papel fundamental na consolidação da produção de espumantes na região sul do país. E, para celebrar a data, lançou uma edição limitada, de 50 mil garrafas, deste Cuvée especial, que passou 50 meses sobre leveduras em suspensão. O resultado é um espumante mais complexo, bem estruturado e muito frutado.
Estrelas do Brasil Nature 2017 (R$ 170)
Destaque entre os vinhos avaliados pelo Guia Adega do Brasil 2024, recebeu a maior pontuação entre todas as amostras degustadas. Produzido com as variedades Chardonnay, Trebbiano, Riesling Itálico e Viognier usando o método tradicional, também conhecido como champenoise, ficou 50 meses sobre as leveduras. O longo processo de maturação confere boa estrutura e cremosidade e aromas complexos de frutas, especiarias, mel e amêndoas, com ótimo potencial gastronômico.
Vollereaux Brut Reserve (R$ 307)
Para quem quer celebrar com um verdadeiro champagne e busca uma boa relação custo-benefício, o Vollereaux Brut Reserve, da Chez France, é imbatível. É um blend das três variedades clássicas da região, Chardonnay, Pinot Noir, Pinot Meunier, que passa quatro anos em garrafa antes de chegar ao mercado. É delicado, frutado e com boa densidade. É uma boa introdução para quem busca entender o que torna a região francesa tão especial.
Colet Navazos Extra Brut 2018 (R$ 326)
A Equipo Navazos é conhecida pelos grandes vinhos de Jerez, mas tem um portfólio amplo que vai além dos fortificados e inclui tanto vinhos tranquilos quanto espumantes. É o caso do Colet Navazos Extra Brut 2018, que chega agora ao mercado pela importadora Cave Léman. É produzido com a uva Xarel-Lo (que entra no corte dos tradicionais espumantes espanhóis de cava) pelo método tradicional, com segunda fermentação em garrafa, fica 30 meses em contato com as leveduras e recebe Amontillado e Palo Cortado da Navazos no licor de expedição após o degorgement (a retirada das leveduras), aproximando o universo do jerez e do champagne. É muito aromático, bastante seco e bem fresco.
Os vinhos Franciacorta são produzidos na região da província de Bréscia, na Lombardia, Itália. Vêm chamando a atenção dos enófilos pela alta qualidade dos espumantes feitos pelo método clássico com três variedades de uva: Chardonnay, Pinot Noir (ou Nero, como é chamada por lá) e Pinot Bianco. Este rótulo é feito pela Marchese Antinori, potência responsável pelo ícone supertoscano Tignanello e é delicado, com grande cremosidade e aromas de frutas brancas e fermento, tradicional desse tipo de espumante, e importado pela Berkmann. Para acompanhar vegetais, peixes ou carnes brancas delicadas.
Este rótulo, importado pela Anima Vinum, é uma ótima oportunidade de degustar um champagne de um pequeno produtor que coloca a variedade Pinot Meunier em primeiro plano. Ela representa 75% do blend, completo com 20% de Pinot Noir e apenas 5% de Chardonnay. Tem aromas frutados, florais e de fermento e frutos secos, além de grande cremosidade e acidez muito alta. Complexo e elegante, para fazer bonito à mesa.
Veuve Clicquot La Grande Dame (R$ 1.500)
Tradicionalmente, os espumantes da região de Champagne, na França, não levam a indicação da data em que foram produzidos. São feitos para que o consumidor encontre sempre o mesmo perfil de sabor, independente do ano em que ele foi engarrafado. Existem, no entanto, versões safradas. É o caso do Veuve Clicquot La Grande Dame 2015, rótulo lançado apenas em safras especiais, que chegou ao Brasil neste ano. Segundo o enólogo Emmanuel Gouvernet, trata-se de uma expressão das oito melhores parcelas da propriedade. Como é tradição, uma artista diferente assina o design da caixa e do rótulo. Neste ano, a escolhida foi a italiana Paola Paronetto.
Nas lojas da Brasil Cacau, recheio é o que não falta no panetone Brigadeiro Brasilidades, que traz gotas de chocolate e recheio de brigadeiro, coberto com chocolate ao leite (R$ 84,90, 680 g) . Na mesma categoria de chocolatudos destacam-se o Trufado (R$ 94,90,00, 760 g) e o Duo, de chocolate branco e ao leite (R$ 84,90, 690 g). À venda nas lojas da marca de no site da Brasil Cacau.
Brasil Cacau: gotas de chocolate e recheio de brigadeiro//Divulgação
Casa Bauducco
A clássica Casa Bauducco vem para o Natal com o inédito Chocottone Speculoos (R$ 99,90, 550 g), que tem recheio de caramelo e especiarias, gotas de doce de leite e cobertura de chocolate branco. À venda nos supermercados e lojas especializadas, ou através do site da Casa Bauducco.
Creamy Patisserie: crosta de cumaru, avelãs e amêndoasTomás Rangel/Divulgação
Creamy Patisserie
O chocotone da Creamy Patisserie faz a linha irresistível, com o requinte do chef Itamar Araújo. A receita de fermentação longa leva favas de baunilha, toque de laranja e gotas de chocolate belga, com uma crosta crocante de cumaru, avelãs e amêndoas (R$ 110,00, 500 g). Encomendas pelo WhatsApp: (21) 97504-0783.
Envidia: blend de ganaches e versão zero açúcar//Divulgação
Envidia
Os tradicionais panetones da Envidia (Rua Dias Ferreira, 106, Leblon) são recheados com blend de ganaches de chocolate ao leite e amargo, além da cobertura de chocolate ao leite. Estão disponíveis nos tamanhos P (R$ 40,00, 130 g) e G (a partir de R$ 85,00, 700 g), além da versão zero açúcar (R$ 100,00). Mais informações pelo telefone: (21) 2512-1313.
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Filone: Cioccolato Black é disputado nas mesas de NatalTomás Rangel/Divulgação
Filone
A padaria artesanal e virtual Filone mantém a tradição de produzir seus panetones em processo de longa fermentação, com destaque para o Cioccolato Black (R$ 155,00, 660 g). É um panetone delicioso e de produção limitada, já premiado em concursos. A massa escura e aerada é elaborada com cacau e recheada com gotas de chocolate belga ao leite e meio amargo, de forma equilibrada. O aplicativo da marca para a compra pode ser baixado no site da Filone, no Google Play ou na Apple Store. Informações pelo WhatsApp: (21) 99138-3903.
Grâu: gotas de chocolate 50% cacau na massa artesanalDiana Cabral/Divulgação
Grâu Artesanal
A Grâu Artesanal (Rua Conde de Bernadotte, 26, loja 121, Leblon) se destaca pela deliciosa produção de variados pães, doces ou salgados, e é carro-chefe da marca o panetone de massa leve com gotas de chocolate 50% cacau (R$ 76,00; ou R$ 92,00 na embalagem para presente). Mais informações pelo telefone: (21) 2487-3083.
Lindt
Uma das maiores marcas de chocolate do mundo e com linha vasta de panetones para o fim do ano, a Lindt oferece produtos como o que leva recheio de creme de avelã e cobertura de chocolate ao leite (R$ 159,00, 1 kg). Outro sucesso da marca é o panetone de laranja e gotas de chocolate amargo (R$ 109, 90, 600 g). À venda nas lojas da marca ou no site da Lindt.
Louzieh Doces
Na Louzieh Doces, em Ipanema (Rua Visconde de Pirajá, 444), há desde o panetone artesanal com recheio de doce de Leite (R$ 99,90, 800 g), ao chocotone artesanal com gotas de chocolate belga e recheio de Nutella (R$ 129,90, 850 g). Encomendas na loja ou pelo telefone: (21) 99494-8667.
Zona Sul: versão italiana no supermercado traz chocolate e peraInternet/Reprodução
Melhor Pedaço
A chef Manu Monteiro, à frente do Melhor Pedaço, em Copacabana Rua Barata Ribeiro, 181-N), aposta em novidades como o Brownietone (R$ 88,90, 1 kg; R,90, 400 g; R$ 24,90, 180 g), cheio de pedaços de brownie, que também está disponível recheado com doce de leite (R$ 92,90, 1 kg). Informações e encomendas pelo tel.: (21) 99146-4620.
A rede de supermercados Zona Sul traz da Itália delícias como o panetone Borsari Pera e Chocolate (R$ 139,50), de massa clássica e elegante, com a combinação de chocolate e pera. Vendas nas unidades da rede e no site do Zona Sul.
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