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Especial México

Há cultura vínica na terra dos povos maias ? Essa é uma boa questão para iniciar este artigo. Primeiro é importante entender a área geográfica em que viveram esses povos que habitavam a região central das Américas que atualmente correspondem ao território do sul do México, a Guatemala, o El Salvador, Belize e Honduras. E de forma contundente informo que a cultura vínica não esteve presente nos hábitos desta tão avançada e importante civilização.

1.Importância do México para a História do Mundo dos Vinhos

No entanto o que muitos desconhecem é que o México foi a porta de entrada da cultura vínica nas Américas trazidas pelos povos colonizadores espanhóis. E em terras mexicanas se encontra a vinícola Casa Madero , que na época se chamava Hacienda San Lorenzo, que foi a primeira vinícola fundada das Américas em 1597, e está localizada em Santa Maria de las Parras “Santa Maria das Videiras”, e de forma ininterrupta até a atualidade está em funcionamento produzindo a Vitis e o vinho.

Segundo os dados da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV,2021), o México possui uma área plantada de vinhedos de 35 955 ha, representa 0,2% da produção mundial de vinhos ficando na 36° posição mundial, e apresentou um consumo per capita de 1,1 litros neste período.

2.Área de Produção Vitivinícola do México

A área de produção vitivinícola do México não segue uma regulamentação oficial, não há denominações de origem ainda, mas na prática delimita-se em principalmente três áreas, em que a maior área produtiva ocorre na península de Baja, que detém a maior parte da produção dos vinhos finos e está localizada no mapa logo abaixo da Califórnia. Há a produção numa segunda área onde encontram-se os estados de Coahuila, Durango e Chihuahua, e a terceira área já no centro do México, nos estados de Zacatecas, Aguascalientes e Queretaro.

Crédito de Imagem do Mapa com as Principais Regiões Vitivinícola : Wine Bible, Karen MacNeil

A sua geografia, tipos de solos e climas permitem que a Península de Baja contribua para que esta seja a área que se destaque em quantidade do país. Esta área possui solos ricos em minerais e há a presença da cordilheira da Sierra de Baja Califórnia, que influencia no clima. O clima é mediterrânico sendo os vinhedos arrefecidos pelas correntes de ar frio que chegam do Oceano Pacífico.

Dentro desta área o Vale de Guadalupe se destaca, e há especialistas que o chamam até de Vale do Napa do México. Ele possui um rodovia denominada Ruta del Vino “Rota do Vinho”, onde se distribuem diversas vinícolas. A irrigação é praticamente obrigatória para que possa ter produção, pois a área é extremamente árida e seria muito difícil produzir videiras por aqui sem essa prática. Semelhante de outras áreas do mundo como no Chile há uma enorme preocupação com a falta de água, o que fazem os técnicos enólogos e produtores afirmarem que esse é o principal fator limitante do crescimento vitivinícola do Vale de Guadalupe. Dentre as diversidades de tipos de solos possuem os solos arenosos e inférteis, há outros compostos de granito erodido e decomposto lavado há milênios das montanhas próximas. E uma interessante característica evidente é a salinidade que adiciona a famosa “mineralidade” ao degustarmos os seus vinhos. Há outros vales que também tem produção como o San Antonio, Ojos Negros, Santo Tomás, San Vicente e Llano Colorado.

Conforme mencionei o México não possui sistema de denominação de origem e nem segue nenhuma especificidade de produção, portanto são produzidas imensas variedades de Vitis e realizados lotes nunca vistos em nenhuma parte do mundo, o que torna uma tarefa muito difícil poder reconhecer um vinho mexicano em prova cega. Algumas das variedades tintas produzidas são a Tempranillo, a Nebbiolo, a Cabernet Sauvignon, a Syrah, a Merlot, a Cabernet Franc, a Malbec, a Pinot Noir, a Mourvèdre, a Grenache e a Petite Sirah. Já entre as brancas as clássicas Sauvignon Blanc, a Chardonnay, a Viognier e a Chenin Blanc. 

3.Algumas Vinícolas Destacadas

Algumas vinícola vem se destacando dentre as produções do país, tentando melhorar a cada momento suas áreas produtivas de Vitis e todo o processo que envolve a parte da enologia com o objetivo de levar seus vinhos para serem conhecidos em outros lados do mundo.

Monte Xanic Bodega Vinícola

Este produtor está localizado no Vale do Guadalupe na Península de Baja, possui uma bela área para enoturismo e se orgulha em produzir vinhos ultra premium do México. Receberam diversos prêmios com o vinho Monte Xanic Gran Ricardo 2021, um blend de 60% Cabernet Sauvignon, 30 %Merlot e 10% Petit Verdot e também medalha de ouro na Mexico Internacional Wine Competition 2021 com o seu Monte Xanic Chardonnay 2022.

Bodegas de Santo Tomás

A Bodegas de Santo Tomás está localizada no Vale de Santo Tomás, tem se dedicado a aprimorar a cada safra seus vinhos e possui uma linha de vinhos especiais com varietais como Merlot, Barbera, Tempranillo e Sauvignon Blanc, o seu vinho Gran Reserva Unico, um blend de Cabernet Sauvignon e Merlot é um dos destaques desta empresa.

L.A. Cetto Viñedos y Boutiques

Um dos produtores mexicanos que vem ganhando destaque depois da década de 90, onde a produção vitivinícola mexicana começou a ganhar um salto qualitativo. Algo interessante deste produtor é que ele produz espumantes.

Casa Madero

O produtor mais antigo das Américas desde 1597, passou por muitos momentos históricos e no decorrer do tempo entre altos e baixos ultrapassaram-se todos e até a atualidade produz vinhos. A Casa Madero ganhou um novo gás de produção e visando uma nova etapa a partir da década de 80, onde foram implantados novos vinhedos com diversas novas variedades. O lugar é lindíssimo e com uma paisagem que encanta, possuem disponibilidade para um enoturismo de excelente qualidade. Produzem diversas linhas de vinhos e como muitos produtores estão vislumbrando novos olhares do mundo para seus produtos.

Visitando a terra da Tequila, não provei nenhuma, pois fui mesmo atrás de degustar o néctar de Baco “o vinho” e conhecer um pouco mais das características e história deste país vitivinícola, que promete surpreender Bacolovers à mesa. Espero que você leitor tenha gostado destas curiosidades e informações sobre o México partilhadas aqui, desejo um ano novo cheio de novas possibilidades de ganhos de conhecimentos neste mundo mágico e encantador que é a cultura através do Mundo de Baco.

Saudações Báquicas !

Fonte:

Mundo dos Vinhos por Dayane Casal
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Vinho Merlot Blanc

Vinho Merlot Blanc

Merlot Blanc é uma obscura variedade de uva branca que, surpreendentemente, não tem relação com o Merlot. É cultivado principalmente em Bordeaux, embora raramente apareça em qualquer outra coisa além de vinhos brancos misturados. Como um vinho varietal, um punhado de esquisitices é produzido na Alemanha, Itália e Estados Unidos.

Vinho feito de Merlot Blanc carece de fortes sabores de frutas e diz-se que tem um sabor fraco de framboesa. O suco tem um tom rosado e vem de cachos médio-grandes de bagas. Merlot Blanc é geralmente considerada uma videira altamente produtiva, mas de baixa qualidade.

As folhas do Merlot Blanc lembram as do Merlot, que provavelmente é a origem do nome da uva. As duas variedades têm pouco mais em comum.

Sinônimos incluem: Merlau Blanc.

As partidas de comida para o Merlot Blanc incluem:

  • Brócolis com molho de ostra
  • Enguia defumada
  • Cuscuz com carne e passas
Fonte:

Tudo Sobre Vinho
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Malbec e Merlot: Uma mistura de duas variedades de uvas nativas de Bordeaux

Malbec e Merlot: Uma mistura de duas variedades de uvas nativas de Bordeaux

Malbec e Merlot são uma mistura de duas variedades de uvas nativas de Bordeaux, mas que agora são encontradas em diversas regiões vinícolas do Novo Mundo. O Malbec, o pilar vibrante e incorporado de Cahors e Mendoza, é muitas vezes melhorado com os sabores arredondados e de ameixa do Merlot. Os blends Malbec e Merlot tendem a representar um estilo moderno de vinificação, com até mesmo produtores franceses criando exemplares com características frutadas.

Tanto o Malbec quanto o Merlot fazem parte da tradicional mistura vermelha de Bordeaux, e ambos são oficialmente sancionados para uso nas denominações mais famosas da região. No entanto, enquanto o Merlot ainda domina as plantações de vinhedos (ao lado do Cabernet Sauvignon), o Malbec foi totalmente erradicado dos vinhedos da região. Em 1956, uma forte geada ocorreu, causando danos irreversíveis a muitas vinhas na região. A geada atingiu especialmente as variedades mais sensíveis ao frio, como a Malbec, que já havia sofrido com a praga da filoxera no século XIX. Muitos produtores de Bordeaux optaram por substituir a Malbec por outras uvas mais resistentes, como a Merlot e a Cabernet Sauvignon, reduzindo drasticamente a presença da Malbec nos vinhos bordaleses.

Agora, a casa francesa de Malbec está nos vinhedos de Cahors, que podem ser encontrados um pouco a sudeste de Bordeaux. Aqui, o Malbec deve compor a maior parte do blend, com o Merlot (junto com o Tannat) atuando como uma espécie de apólice de seguro. Malbec – As misturas de Merlot de Cahors tendem a ter um estilo mais rústico do que os exemplos de outras partes do mundo, mas as tendências em mudança viram uma mudança para vinhos mais limpos e de estilo mais moderno.

O blend é amplamente encontrado na Argentina, embora o Merlot mais uma vez seja encontrado em pequenas quantidades, sendo o Malbec a base do vinho. O Merlot é usado onde o Malbec precisa de amaciamento, proporcionando um componente suculento e arredondado ao perfil do vinho. Estes vinhos são frequentemente envelhecidos em barris de carvalho, e alguns dos exemplares mais premium podem ser armazenados por muitos anos.

Os blends Malbec e Merlot estão ganhando popularidade na Nova Zelândia, embora o Merlot tenda a ser o protagonista neste caso. O Malbec é comumente utilizado para conferir estrutura aos vinhos à base de Merlot das regiões de Hawke’s Bay e Auckland, onde alcançar uma maturação completa às vezes pode ser um desafio. Essa combinação também é produzida em todas as regiões mais quentes dos EUA, incluindo Texas High Plains e Alexander Valley.

As combinações de alimentos para vinhos Malbec – Merlot incluem:

  • Caçarola de carne tradicional
  • Bife de lombo grelhado
  • Pitas de cordeiro com cominho
Fonte:

Tudo Sobre Vinho
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Vai um caju aí? Um roteiro para provar a fruta mais falada no Rio em 2024

“O puro suco do fruto do meu amor”. É assim que o empolgante samba da Mocidade Independente de Padre Miguel para o Carnaval 2024 se refere ao caju. E quem pode negar? O samba enredo chegou à primeira posição no Viral Spotify Rio, seção da plataforma musical que lista o que está bombando na cidade, e o reinado da fruta brasileira (sim, senhoras e senhores) no verão já começou. O samba “Pede caju que dou… Pé de caju que dá” é assinado por 12 compositores, entre eles, o ator e humorista Marcelo Adnet. Vamos “cajuar”?

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Fã da coquetelaria, o chef Sei Shiroma tem nas cartas do pizza bar Ferro e Farinha (loja de Botafogo na Rua Arnaldo Quintela, 23, tel.: 99349-4285) pedidas como o Ih Ferrou! (R$ 39), feito com vodka, licor saint germain, suco de caju fresco, basilico, suco de limão tahiti, e ginger ale.

Rafael Mollica
Ferro e Farinha: suco de caju fresco no drinque de vodcaRafael Mollica/Divulgação
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No novo Baleia Rio’s (Av. Infante Dom Henrique s/nº, Aterro do Flamengo, tel.: 2018-3235), que funciona em anexo do Assador, diante da Baía de Guanabara, o cardápio do chef Bruno Barros tem pedidas como o Ceviche Tropical, que leva peixe do dia, cebola, coentro, leite de tigre de caju e pedaços de caju (R$ 68,00).

Fábio Rossi
Baleia: pedaços de caju e o suco na receita de cevicheFábio Rossi/Divulgação

Entrada perfeita para estação na cozinha de tons brasileiros do Rudä (Rua Garcia d’Ávila, 118, Ipanema, tel.: 98385-7051), o Trio de Ostras (R$ 49,00) é temperado com vinagrete de caju e picles de maçã verde.

Fábio Rossi
Diamante: elegância no espumante com caju e cumaruFábio Rossi/Divulgação

No ótimo Gastrobar Diamante (Rua Visconde de Itamarati, 42, Tijuca, tel.: 97361-1382), que serve delícias de comer e beber com ingredientes brasileiros, o bartender Jorge Salcedo apresenta o drinque Cajumaru: espumante brut com infusão de caju e cumaru (R$ 39,00).

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Sorvete Brasil: a fruta brasileira em refrescante sorbet//Divulgação

Entre os cerca de 60 sabores fabricados pela Sorvete Brasil (Rua Maria Quitéria, 74, loja 21, Ipanema, tel.: 22478404), destaca-se no verão o sorbet (feito sem leite) de caju, que traz pedacinhos da fruta (R$ 23,00, uma bola).

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Hocus Pocus: cerveja com caju para o Grupo Irajá//Divulgação

Está em cartaz nas casa do Grupo Irajá, em endereços variados como Boteco Rainha, Irajá Redux e Boteco Princesa, a cerveja feita pela Hocus Pocus para a turma do chef Pedro de Artagão. A Já é uma lager com caju que tem toque de aveia na receita para conferir suavidade, e leves 4,5% de teor alcoólico para ser bebida à vontade.

Diana Cabral
Yujo: taça com gim, caju, limão siciliano e xarope de gengibreDiana Cabral/Divulgação

Recém chegado ao Jardim Oceânico, o japonês Yujo (Rua Aléssio Venturi, s/nº, Barra da Tijuca, tel.: 3866-3125) tem cozinha contemporânea e carta de drinques com criações como o Gin Kashu, preparado com gim, caju, limão siciliano e xarope de gengibre (R$ 52,00).

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Tomás Rangel
Xepa: o Surubão é adornado com um doce cajuzinhoTomás Rangel/Divulgação

E no Xepa Bar (Rua Arnaldo Quintela, 87, Botafogo, tel.: 99869-4769), o drinque Surubão de Noronha (R$ 31,00) é um dos mais pedidos na casa, onde a fruta se combina com gim, mel, limão cravo, guaraná e bitter nº1. Um doce cajuzinho faz parte da guarnição.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Para manter a tradição: onde comer ou encomendar a rosca do Dia de Reis

Cardin

O bolo de reis (R$ 60,00, inteiro, e R$ 13,00, a fatia) é recheado com frutas cristalizadas, uva passas e possui uma medalha de São Bento no Cardin (loja de Copacabana na Rua Constante Ramos, 44, tel.: 96703-5262), que promete trazer sorte para quem encontrá-la. A cobertura é de fondant, uva passas, damasco, frutas cristalizadas e nozes.

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Cardin: bolo e rosca de reis de coberturas caprichadas//Divulgação

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Doces do Eurico

Casa da família portuguesa que trabalha com encomendas, a Doces do Eurico tem no bolo de reis (R$ 190,00 o quilo) seu produto mais famoso, feito com frutas cristalizadas embebidas em vinho do Porto, vinho moscatel, rum, passas, nozes e amêndoas. No interior há uma fava seca e um brinde embrulhado em papel manteiga. Encomendas pelo WhatsApp: (21) 99623-5336 ou no telefone: 2599-1025.

Alexander Landau
Eurico: fábrica de família portuguesa tem receita tradicionalAlexander Landau/Divulgação
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Empório Jardim

No Empório Jardim, as encomendas devem ser feitas até esta quarta (4) para a deliciosa galette de reis (R$ 175,00) da chef Paula Prandini, uma torta feita de massa folhada recheada com creme de amêndoas, com brinde de porcelana no interior. Pedidos podem ser feito através do site do Empório Jardim.

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Empório Jardim: tem brinde de porcelana dentro da linda galette//Divulgação

Frédèric Epicerie

Só pode resultar em gostosura a parceria entre os chefs Frederic Monnier e Frédéric De Maeyer, que se juntaram para oferecer o bolo de massa folhada e recheio de creme de amêndoas que inclui um bonequinho de porcelana trazido da França, além da coroa de papel. Está disponível em duas opções: R$ 200,00, 23cm; e R$ 160,00, 16cm. Encomendas pelo telefone: 96981-4314.

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Frédèric: massa folhada e recheio de creme de amêndoas//Divulgação

Talho Capixaba

No Talho Capixaba (loja de Ipanema na Rua Barão da Torre, 354, tel.: 3037-8638), há três opções para o fim de semana: o tradicional bolo de reis (massa doce com frutas cristalizadas, seguindo a receita portuguesa (R$ 82,00); o bolo rainha, de massa doce com frutas secas e uva passa (R$ 82,00); e a galette de rois, de massa folhada com recheio a base de amêndoas (R$ 96,00), originária da França. Os bolos reis e rainha oferecem de brinde a tradicional fava. Já a gallete vem com um personagem do presépio em cerâmica.

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Thiago Bezerra
Tortamania: passas e frutas cristalizadas no pão macioThiago Bezerra/Divulgação

Tortamania

Os Reis Magos recebem a sua homenagem na Torta Mania (loja de Ipanema na Rua Vinícius de Moraes, 121-D, tel.: 3273-0333) através da gostosa rosca de reis (R$ 29,90), que tem massa de pão fofinha e úmida, com frutas cristalizadas e passas.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Principais aeradores de vinho

Principais aeradores de vinho

Dez anos atrás, era incrivelmente difícil comprar um aerador de vinho devido ao fato de que existiam muito poucos. Hoje, é uma história completamente diferente. Digitando ‘aerador de vinho’ na Amazon você terá mais de 3.000 produtos diferentes, criando uma dor de cabeça absoluta quando você precisar tomar uma decisão. Como alguém que construiu uma carreira ajudando os bebedores de vinho a tomar as melhores decisões possíveis quando se trata de descoberta de vinhos, quero ajudá-lo a se sentir confiante ao comprar não apenas vinho, mas também todos os complementos de vinho que tornam o consumo de vinho ainda mais agradável. Com isso dito, tenho o prazer de compartilhar uma lista dos melhores aeradores de vinho com você – aqueles que experimentei em primeira mão e posso atestar com orgulho como o crème de la crème da categoria.

Aerador de Vinho Top Pick

Caso você precise de um curso intensivo sobre o que é aeração em primeiro lugar, confira minha explicação aqui. TRIbella é sem dúvida um dos aeradores de vinho mais exclusivos do mercado. Na minha opinião ele atinge três caixas de seleção: Praticidade, estética e qualidade. Seu tamanho pequeno e estojo compacto permitem que ele seja transportado com facilidade, enquanto o sistema de aeração/derramamento de três bicas produz o derramamento mais impressionante que já testemunhei em um aerador. Em termos de praticidade, faz uma diferença significativa em termos de aeração na hora de abrir aqueles vinhos que precisam de um empurrãozinho para atingir o pico.

O aerador de vinho tradicional

Simplificando, Vinturi é o ‘Padrinho’ da aeração do vinho. Eles foram uma das primeiras empresas a deixar sua marca no espaço de aeração e criaram um produto de alta qualidade. O grande número de réplicas copiadas no mercado pode criar alguma incerteza (já que todas são parecidas), mas fique tranquilo: se o produto estiver em seu site oficial, é genuíno. Sua base central é composta por três aeradores: vinho tinto, vinho tinto de reserva (para as safras mais antigas) e vinho branco (acredite ou não, alguns vinhos brancos podem ser aerados).

Assim como a Vinturi, a Rabbit foi uma das primeiras marcas de aeradores de vinho em cena e é uma das mais reconhecidas no espaço. No total, eles possuem uma seleção de cinco aeradores de vinho premium (The Pourer, Super Aerator, Rabbit Aerator, Houdini Pourer e Houdini on Glass Aerator). Cada um é elegante, sexy e moderno em design, tornando-se o dispositivo perfeito se você quiser economizar os centavos, mas optar por uma marca respeitada.

O aerador de vinho tecnologicamente experiente

Minha próxima escolha fará os céticos levantarem uma sobrancelha, mas se dermos um passo atrás e olharmos para a exploração do vinho em geral (fundindo os limites da tecnologia e do vinho para atrair mais pessoas interessadas), para as pessoas certas, esta é uma ideia brilhante. Somm é um dispensador de vinho aerador que ajustará automaticamente a aeração e a temperatura dos vinhos que abriga. Ele também manterá os vinhos completamente frescos, dada a forma como são embalados – e quando você estiver cansado de beber o mesmo, basta colocá-lo de volta na prateleira de vinho e colocar outro. Para os mais loucos por tecnologia entre nós, é um dispositivo de aeração – a única limitação é que, no momento, não há uma quantidade enorme de vinhos disponíveis para uso. De qualquer forma, é um conceito legal e algo que ninguém mais pensou até hoje.

Üllo é uma espécie de híbrido entre um decantador de vinho e um aerador, com seu ponto de venda exclusivo sendo um redutor de sulfito embutido para permitir que os vinhos atinjam um nível ideal de frescor.

O filtro de polímero embutido na parte superior do decantador atua como um aerador e purificador para quebrar o excesso de sulfitos e abrir o vinho através de seu processo de oxidação. Além disso, o decantador artesanal é bonito o suficiente para ser usado sozinho.

O aerador de vinho ‘experimental’

Todos nós parecemos estar usando um dispositivo para arejar o vinho em um copo, mas o que acontece se o próprio copo for o arejador? Este design exclusivo de Dillon Burroughs garante isso, incorporando dimensões únicas na construção do copo para criar uma aeração perfeita para o vinho. É simples e coloca a gravidade para trabalhar em prol de um vinho melhor.

Pode parecer um pouco com um polvo, mas não se engane pensando que o Vinaera não faz justiça ao seu vinho. Sendo o único aerador de vinho no mercado que mantém especificamente os sedimentos no fundo da garrafa, ele também despeja a quantidade perfeita de vinho para caber em um copo com o simples apertar de um botão.

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Tudo Sobre Vinho
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Champagne, explicado: um guia sem esnobismo para o melhor do espumante

Champagne, explicado: um guia sem esnobismo para o melhor do espumante

Se Champagne como categoria é intimidante para você, você certamente não está sozinho. Na verdade, está realmente com sorte – Nicolas Rainon, enólogo da produtora familiar Champagne Henriet-Bazin, diz que o champanhe é mais fácil de compartilhar com os novatos, porque “na maioria das vezes, eles não têm preconceito”.

“Champagne é minha alma, simplesmente porque é apenas o ritmo da minha vida, [como] as batidas do meu coração. Eu vejo a natureza e todos os dias através do champanhe – as estações são atraídas pelas vinhas e pelo vinho”, explica Rainon. “O clima é interpretado de acordo com o seu impacto na minha propriedade. Trabalho o solo, cuido das vinhas, respeito a natureza, vindi, faço a vinificação e vendo as minhas garrafas, por isso tenho mesmo que dizer que é simplesmente toda a minha vida.”

Com a sabedoria de Rainon, que é coproprietário e produz vinhos ao lado de sua esposa Marie-Noëlle Rainon-Henriet (quinta geração do Champagne Henriet-Bazin) e da filial americana do Champagne Bureau, aqui está tudo o que você precisa saber sobre Champagne e como é feito.

O que é champanhe?

Champagne é um vinho espumante que leva o nome da região de onde vem. Mais especificamente, para ter o nome em seu rótulo, um Champagne deve ser feito de acordo com uma longa e rigorosa lista de requisitos que regem todas as etapas do processo de produção, da uva à taça. Isso abrange detalhes como as variedades de uvas permitidas, sobre as quais entraremos um pouco mais adiante, além de poda, rendimentos de uvas, método de vinificação (método Champenoise ou Método Tradicional), teores mínimos de álcool, período mínimo de armazenamento (15 meses) antes do lançamento e muito mais.

Como é feito o champanhe?

Vamos mergulhar mais fundo no Méthode Champenoise – o processo pelo qual o Champagne é feito há séculos, e um fator importante que diferencia a região e a categoria de outros vinhos espumantes como o Prosecco , que passa por um processo de fermentação dupla muito diferente dentro de um tanque pressurizado. Em ambos os cenários, a primeira fermentação é a criação do vinho base seco e tranquilo, e a fermentação secundária é desencadeada pela introdução de uma mistura de levedura e açúcar, chamada na França de “licor de tirage”.

Segundo Rainon: “No Champagne, você deixa que a natureza crie o processo de efervescência durante a segunda fermentação, que acontece dentro da garrafa – o gás carbônico natural resultante da fermentação não pode escapar porque a garrafa está selada, então naturalmente misturar com o vinho e torná-lo espumante. Quando você deixa a natureza trabalhar, é sempre melhor!”

De acordo com o Bureau de Champagne (Comité Champagne), existem aproximadamente 16.000 viticultores, 4.300 produtores e 370 casas, ou empresas que produzem champanhes com uvas de vários produtores, na região. Produtores e casas são respectivamente denotados por dois termos franceses principais: Récoltant-Manipulant e Négociant-Manipulant. Um Récoltant-Manipulant, independentemente faz seus vinhos no local sob sua própria marca usando uvas cultivadas exclusivamente nas vinhas da casa (Rainon e sua esposa se enquadram nesta definição). Os vinhos desses produtores são coloquialmente chamados de “champanhes de produtores” e representam uma parcela muito pequena do mercado internacional.

Um Négociant-Manipulant – como Veuve Clicquot, Moët Chandon e outras grandes e conhecidas marcas – é definido pelo US Champagne Bureau como “uma pessoa ou entidade legal que compra uvas, mosto de uva ou vinho para fazer champanhe em suas próprias instalações e comercializá-lo sob seu próprio rótulo.” Como esses champanhes compõem a maior parte do mercado em geral, se você experimentou apenas alguns rótulos diferentes, é mais provável que eles pertencessem à categoria NM. Esses produtores também são conhecidos como “grandes marcas”.

Dica profissional: se você não tiver certeza sobre em qual categoria uma garrafa se enquadra, basta procurar as letras “RM ou NM” no rótulo.

Quais uvas são usadas para fazer champanhe?

Simplificando, embora existam sete variedades de uvas que podem ser usadas em Champagne, apenas três uvas principais compõem a maior parte desses vinhos como os conhecemos. “Pinot Noir, Chardonnay e Meunier são os mais usados, e na Champagne Henriet-Bazin temos a sorte de ter essas variedades”, explica Rainon. “Como agricultores orgânicos, nosso objetivo é colher uvas que carregam o sabor do solo de onde elas vêm – isso significa que nossos perfis de sabor dependerão da variedade de uva, mas também do solo, subsolo, gradiente e todos os elementos do terroir das videiras envolvidas na mistura.”

Na região de Champagne, localizada no nordeste da França (a cerca de uma hora e meia de carro de Paris), o subsolo (ou a camada abaixo do solo superficial) é principalmente calcário com afloramentos de rochas sedimentares de calcário, giz e marga, dependendo na localização de um vinhedo na região. Esta composição do solo não só serve como um sistema de drenagem eficaz para as videiras, mas também produz uma mineralidade única no produto final que diferencia o Champagne de seus pares espumantes, entre muitas outras qualidades.

Champagne também é conhecida por seu clima duplo oceânico-continental e encostas íngremes que oferecem ótima exposição solar durante o dia. Cada parcela de vinhedo, de acordo com o Champagne Bureau, tem seu próprio perfil único como resultado dos ambientes variados do terroir.

Quais áreas compõem a região de Champagne?

Geograficamente, a região de Champagne é dividida em três sub-regiões (Grand Est, Hauts-de-France e Île-de-France), que são divididas em cinco departamentos (Aube, Aisne, Haute-Marne, Marne e Seine-et-Marne). Dentro deles, existem quatro áreas principais de cultivo: a Montagne de Reims, a Côte des Blancs et the Côte de Sézanne, o Vallée de la Marne e a Côte des Bar e, finalmente, essas quatro áreas contêm 319 aldeias, ou crus (sim, é muito). Você também pode reconhecer Reims e Épernay, que são duas das principais cidades de Champagne.

Qual é a diferença entre os estilos de champagne?

Não tenha medo da palavra “açúcar” quando se trata de champanhes e outros vinhos espumantes – é uma prática totalmente normal e aceita adicionar dosagem, ou uma quantidade específica de açúcar que é incorporada em um vinho espumante antes de sua rolha final. Podemos olhar para os níveis de doçura do champanhe como uma escala, com dosagem medida em gramas por litro:

“Natureza Bruta” ou “Zero/Sem Dosagem”: dosagem 0 ee <3g açúcar/litro

  • Extra Brut: 0-6g de açúcar/litro
  • Brut (estilo mais comum): <12g de açúcar/litro
  • Extra Seco/Seco: 12-17g de açúcar/litro
  • Seg: 17-32g de açúcar/litro
  • Demi-Sec: 32-50g de açúcar/litro
  • Doux: >50g de açúcar/litro

Champanhes na extremidade mais seca (menos doce) do espectro são extremamente populares dentro da comunidade vinícola no momento, e em relação às últimas centenas de anos, o paladar do bebedor de vinho médio tende a ser um pouco seco. Champagnes mais doces eram muito populares nos séculos 18 e 19, mas a dosagem foi reduzida ao longo dos anos com base na demanda. No entanto, não bata os doces até experimentá-los – um champanhe mais doce pode ser muito agradável quando combinado com sobremesas.

Você também notará que, em geral, alguns champanhes levam um ano no rótulo, enquanto outros não. Quando se especifica um determinado ano, denota-se que o vinho foi produzido com uvas exclusivamente de uma colheita, representando assim uma única colheita. Champagnes não-vintage (ou NV) são feitos com uvas de várias colheitas. Esta última categoria compõe a maior parte do mercado, enquanto os champanhes vintage são produzidos mais raramente, pois dependem de condições excepcionais de crescimento durante seus respectivos anos e devem passar três anos em garrafa (o mínimo para champanhes não vintage é de 15 meses).

Outro fator diferenciador na produção de Champagne é a cor da uva – ou seja, preta (ou vermelha) e branca – bem como a do produto final (o Champagne pode ser um vinho branco ou rosé). Muitas vezes você encontrará termos como Blanc de Blancs, que se traduz como “branco dos brancos”, ou um vinho branco feito apenas de uvas brancas, que em Champagne é principalmente Chardonnay; há também o Blanc de Noirs (um vinho branco feito exclusivamente de uvas pretas), que são em grande parte feitos com uvas Pinot Noir e Meunier em Champagne. As garrafas que não especificam nenhum desses termos geralmente são uma mistura de uvas pretas e brancas.

Qual é o sabor do champagne?

Talvez tenhamos guardado a melhor pergunta para o final: qual é o sabor do champanhe? Bem, depende das uvas utilizadas (que deve ser alguma combinação das sete uvas permitidas mencionadas acima), bem como seu terroir e o toque do enólogo, mas os champanhes são geralmente conhecidos por sua acidez brilhante e corpo leve e vivo, muitas vezes com uma qualidade de brioche e/ou noz graças ao envelhecimento mínimo exigido sobre as borras ou células de levedura mortas. Em Champagnes, você encontrará uma grande variedade de notas frutadas, florais e de especiarias no olfato e no paladar, mas é impossível conter esses vinhos em uma caixa única. Como diz Rainon, “para experimentar verdadeiramente o Champagne, você só precisa beber”.

Fonte:

Tudo Sobre Vinho
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Cadeg comemora 62 anos com promoções e apresentação de escola de samba

O Cadeg começa a celebração dos seus 62 anos em ritmo de carnaval. O Mercado Municipal do Rio terá 42 ofertas exclusivas no período de 5 de janeiro a 5 de fevereiro. Os festejos começam com a presença do Prefeito do Rio, Eduardo Paes, abrindo as comemorações com ritmistas de escola de samba, neste sábado (6).

+ Janeiro quente: novidades gastronômicas e etílicas que vão sacudir o Rio

No dia 9 de janeiro, data oficial do aniversário, às 11h, uma missa será realizada no auditório, onde convidados especiais cantarão parabéns para o tradicional mercado, referência em gastronomia, flores e cultura portuguesa no estado. Ao longo do mês haverá outras atrações.

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“A nossa história se mistura com a da cidade. Aqui, reunimos diferentes pessoas, sotaques, culturas… E, por isso, chegou a hora de comemorar este grande marco, com quem está com a gente o ano todo, os nossos clientes”, diz André Lobo, Diretor Social do Cadeg.

Com a programação de aniversário e o pré-carnaval, o Cadeg pretende receber 20% a mais de público neste início de ano.

Confira algumas das muitas ofertas, na área da gastronomia:

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Arte dos Vinhos: linha completa do espumante Místico com a garrafa a R$ 29,85.

Barsa: bacalhau à Gomes de Sá, individual de R$ 69,90 por R$ 54,90; e para 2 pessoas de R$ 139,90 por R$ 99,90. Lascas de bacalhau e batatas fatiadas, banhadas com cebolas e alho refogados, ovos cozidos, azeitonas portuguesas, alcaparras e pimenta biquinho. Acompanha arroz de brócolis.

Boteco Português: porção de joelho de porco assado com aipim na manteiga (R$ 79,00).

Brasas Show: arroz de camarão, de R$ 139,90 por R$ 89,90.

Café Dellas: café expresso gourmet e fatia de torta do dia por R$ 20,00.

Cantinho das Concertinas: empada de bacalhau a R$ 8,00 (a unidade).

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Costelão do Cadeg: brochete misto, de R$ 180,00 Por R$ 99,00 (para 2 pessoas). Dois escalopes de filé mignon, galeto desossado e linguiça suína, tomate e cebola na brasa, com três acompanhamentos: arroz de brócolis, farofa de ovos e batata canoa com parmesão ralado.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Região Vitivinícola de Setúbal

Guia de viagem para a região vinícola de Setúbal

Região Vitivinícola de Setúbal

A Península de Setúbal situa-se ao sul de Lisboa e faz fronteira com a região vinícola do Tejo. Esta região fica do outro lado do estuário do Tejo e é o local perfeito para passar o tempo explorando as belezas naturais e apreciando os excelentes vinhos locais. Isso é devido ao clima marítimo idealmente quente. Uma viagem pela Península de Setúbal significa também a oportunidade de descobrir alguns dos vinhos excelentes de Portugal. Não se esqueça de harmonizar estes vinhos com pratos locais, pois Setúbal é conhecida pela sua gastronomia. A Península de Setúbal oferece a melhor experiência de enoturismo português tanto para apreciadores de vinho como para apreciadores de vinho casuais.

Terra dos Vinhos Fortificados

Os vinhos da Península de Setúbal são reconhecidos internacionalmente pelas suas notáveis ​​e marcantes qualidades. O mais famoso da região vinícola de Setúbal é o Moscatel de Setúbal, um vinho sublime que não se pode perder.

Dentro da Península de Setúbal existem duas sub-regiões: Setúbal e Palmela. A maior parte da região vitivinícola de Setúbal é constituída por terrenos planos com solos arenosos e extensas fileiras de vinhas. A parte mais alta da região vinícola fica ao longo da Serra da Arrábida, onde as vinhas foram plantadas em solos argilosos calcários.

CAIXA DE HISTÓRIA: Os livros de história da região vinícola de Setúbal mostram que a vinha foi introduzida na região por volta de 2000 AC. Estas vinhas foram trazidas para a região para que o vinho pudesse ser utilizado no comércio. A região vinícola da Península de Setúbal foi oficialmente reconhecida como região vinícola em 1908.

Vinhos de Carvalho de Setúbal

A maioria dos vinhos de Setúbal são deixados para amadurecer em barricas de carvalho por pelo menos quatro a cinco anos. Durante este tempo, o vinho adquire uma cor laranja queimada. Também desenvolve um sabor picante e cheira semelhante a um delicioso bolo de Natal assando. Os vinhos premium de Setúbal passam quatro vezes mais tempo na barrica, eles então se tornam mais amarronzados.

Os vinicultores desta região costumam adicionar cascas de uva Moscatel à mistura ao fazer seus vinhos. Estas cascas de uva são então deixadas por até 6 meses durante os quais maceram com os vinhos. O resultado disso é o Moscatel de Setúbal extremamente pungente e com aromas florais pesados.

Castas Tintas: Moscatel Roxo, Afrocheiro, Trincadeira, Cabernet Sauvignon, Touriga Nacional, Syrah

Castas brancas: Arinto, Fernão Pires, Moscatel de Setúbal

O que esperar dos vinhos de Setúbal

Dentro da região vinícola da Península de Setúbal, o DOC Palmela é muito conhecido pela produção de vinhos tintos. A alta qualidade destes vinhos tintos deve-se ao amadurecimento tardio da casta Castelão. Essa uva cresce muito bem nos solos arenosos de Palmela onde também é muito quente. A maturação tardia da uva confere-lhe um sabor complexo com extrema profundidade. A DOC Setúbal é mais conhecida pela produção de vinhos doces e fortificados. Estes vinhos são feitos principalmente com a uva Moscatel. Quando o Moscatel constitui mais de 85% da mistura de vinhos, pode então ser rotulado como Moscatel de Setúbal. O Moscatel de Setúbal tem sabores de laranja cristalizada e passas. Quando o vinho é deixado para envelhecer ao longo do tempo, seus sabores evoluem e adquirem notas de nozes e um nível mais profundo de complexidade. Juntamente com o Moscatel de Setúbal, os vinhos licorosos são produzidos em pequenas quantidades na região vinícola de Setúbal. Esses licores são elaborados com a uva Moscatel Roxo.

Vinícolas para visitar

Caso se hospede em Lisboa e queira fazer uma viagem de um dia, ou viajar por Portugal, visitar a região vitivinícola de Setúbal e descobrir os seus vinhos no meio rural, é uma experiência que deve colocar na sua lista de lugares imperdíveis.

A região vinícola da Península de Setúbal oferece um leque de fantásticas provas e experiências de vinhos e é o ícone do enoturismo em Portugal.

Vinícola Fernão Pó

A Adega Fernão Pó é uma adega familiar que produz vinho há gerações. O foco desta adega é produzir vinho português o mais próximo possível da natureza. Todos os que visitam Fernão Pó sentem-se em casa pela família. Essa casa oferece uma variedade de experiências de enoturismo, incluindo degustações de vinhos, harmonizações de comida e vinho e refeições tradicionais.

Quinta Do Piloto

A adega da Quinta Do Piloto e a propriedade situam-se na bonita vila de Palmela. Esta adega familiar tem mais de 200 hectares de vinhas plantadas no melhor terroir da região. Para os visitantes da Quinta Do Piloto, há experiências de degustação de vinhos, eventos vínicos e uma fantástica loja de vinhos. Para aqueles que procuram prolongar a sua estadia, a Quinta Do Piloto oferece instalações de alojamento acolhedoras e calorosas.

Vinhos Ribafreixo

A adega do Ribafreixo é uma das mais modernas instalações vitivinícolas da região de Setúbal. A adega de última geração inclui uma loja de vinhos, restaurante que serve pratos tradicionais locais e uma área de degustação de vinhos. A Adega Ribafreixo oferece experiências à medida das necessidades de cada visitante.

Descubra mais Adegas na Península de Setúbal.

Mergulhe na Cultura e Natureza de Setúbal

Lugares para visitar na Península

Costa da Caparica – Paraíso na Terra

A Costa de Caparica é uma praia localizada a apenas 20km de Lisboa. Este paraíso à beira-mar é o local perfeito para passar os dias quentes de verão e também para aprender mais sobre a cultura portuguesa local. A atração mais popular da Costa de Caparica é a Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica.

Esta área protegida é um paraíso para caminhadas, pesca e desfrutar do melhor e mais fresco marisco português. Outra zona da Costa de Caparica imperdível é o Bairro dos Pescadores ou o Bairro dos Pescadores. Aqui você pode experimentar a cultura pesqueira portuguesa em sua essência e saborear o melhor peixe fresco diretamente do oceano. Se puder, não deixe de caminhar pelas praias da Costa de Caparica ao pôr do sol para vistas verdadeiramente inesquecíveis.

Setúbal – Uma Antiga Cidade Industrial de Incrível Beleza

A cidade de Setúbal é um movimentado porto e centro de pesca comercial. Setúbal situa-se nas margens do Rio Sado, a 40kms de Lisboa. Historicamente Setúbal já foi o centro de pesca mais importante de Portugal. Hoje, no entanto, a maioria dos centros de pesca e fábricas fecharam e o local tornou-se um polo de turismo. Os visitantes vêm a Setúbal para experimentar as belas paisagens naturais. Um dos locais mais populares da localidade é o Parque Natural da Serra da Arrábida. Este parque oferece aos visitantes acesso a algumas das melhores praias do Oceano Atlântico e à natureza completamente intocada.

Ao visitar a cidade não deixe de ficar atento à colónia local de golfinhos que vivem no rio Sado. A cidade de Setúbal tem algo a oferecer a todos os visitantes, desde resorts de praia de luxo de 5 estrelas a cabanas de praia descontraídas com vistas gloriosas. Certifique-se de adicionar Setúbal ao seu itinerário para uma experiência maravilhosa à beira-mar.

Palmela – A Ligação ao Portugal Antigo

Palmela é conhecida por muitos como uma das vilas mais charmosas de Portugal. Esta cidade foi construída em torno do castelo da Quinta do Picão, que fica a 1200 metros de altura. O castelo está situado na extremidade da serra da Arrábida. Sua localização proporciona aos visitantes algumas das melhores vistas sobre as quintas circundantes e o estuário do Sado. Há quem diga que consegue ver até Lisboa!

Os habitantes de Palmela consideram esta pequena vila uma terra de história, excelentes petiscos e vinho ainda melhor. Além de apreciar os vinhos locais, há uma série de outras atrações para visitar em Palmela, uma delas é a Igreja de São Pedro. Os visitantes podem entrar na igreja e ver a escultura em madeira do Peregrino de Santiago, esta escultura está presente na igreja desde o século XVI. Para os melhores petiscos e vinhos locais, não deixe de visitar a Casa Mãe de Rota dos Vinhos.

Tesouro Escondido de Setúbal

A albufeira do Alqueva, na península de Setúbal, é um dos tesouros escondidos do lugar. O lago Alqueva é um dos maiores lagos artificiais da Europa, é o lugar perfeito para desfrutar de uma série de atividades ao ar livre, que incluem esqui aquático, vela, wakeboard, canoagem e caiaque. Para quem prefere ficar em terra, também há trilhas maravilhosas para caminhadas e mountain bike. O lago do Alqueva é o refúgio perfeito para quem procura um dia em família ou uma minipausa romântica. As belas casas flutuantes no lago são o local perfeito para uma noite romântica observando as estrelas.

Setúbal é o lugar perfeito para explorar a natureza

As paisagens em mudança desta região vinícola proporcionam cenas de tirar o fôlego, pois estão em constante mudança. Graças ao clima perfeito da região há sol sem fim e dias longos. Aproveite o melhor da natureza e explore as paisagens da Península de Setúbal.

Reserva Natural do Estuário do Sado

A Reserva Natural do Estuário do Sado é uma reserva natural que protege o Estuário do Sado. Essa reserva natural é constituída por uma rede de zonas úmidas que se estendem a nascente e a sul de Setúbal. É o local perfeito para quem gosta do ar livre e da vida selvagem. O local abriga mais de 250 espécies diferentes de aves. Para quem gosta de passar o dia na natureza ali também encontra-se uma boa quantidade de pequenos trilhos pedestres para explorar as zonas úmidas.

Formas incomuns de formação rochosa fóssil

A Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica é uma área protegida na Costa de Caparica. Esta área é protegida por abrigar os Fósseis da Arriba. Os fósseis estão embutidos em uma série de rochas sedimentares que datam de 10 milhões de anos atrás. A Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica é hoje um destino turístico popular onde os visitantes podem caminhar por trilhos marcados e explorar as rochas incrustadas de fósseis. A melhor época para visitar o parque de fósseis é ao entardecer, quando o sol lança um brilho dourado sobre as imponentes formações rochosas.

Parque Natural da Arrábida – Natureza intocada no seu melhor

O Parque Natural da Arrábida é um parque natural situado ao longo da costa da Península de Setúbal, este parque é feito de uma coleção de colinas verdes, falésias afiadas e trechos dourados de praias. O Parque Natural da Arrábida tem 350km de extensão e acompanha o percurso da Serra da Arrábida. A área é estritamente protegida por causa de sua riqueza de fauna e flora intocadas. Caminhe pelo Parque Natural da Arrábida e descubra intermináveis ​​campos de lavanda, camomila, pistache e oliveiras. Este é realmente o lugar perfeito para se reconectar com a natureza.

Top 3 pratos que você deve experimentar em Setúbal

Como o coração da indústria pesqueira portuguesa, a Península de Setúbal é mais famosa por seus frutos do mar frescos. Pare em qualquer restaurante da região vinícola de Setúbal e garantimos-lhe o melhor e mais fresco marisco a preços extremamente acessíveis. Não perca a oportunidade de provar as famosas e deliciosas sardinhas de Setúbal acompanhadas de um vinho branco local fresco e crocante.

Quaijo de Azeitão – Queijo Premiado

Em 2014, o Quaijo de Azeitão foi nomeado pelos Great Taste Awards como um dos 50 melhores produtos gastronômicos do mundo!

O Quaijo de Azeitão é um queijo produzido exclusivamente na região vinícola de Setúbal. A produção do Quaijo de Azeitão na região de Setúbal remonta ao século XIX. Este queijo local é semi-mole e é feito de leite de ovelha não pasteurizado. O leite que é usado na fabricação do queijo é retirado apenas de ovelhas que pastam na vegetação natural da região.

As ovelhas são ordenhadas usando apenas métodos manuais. Depois disso, o leite de ovelha é misturado com uma planta de cardo local para começar a coagular. Depois de coagulado, adiciona-se sal à coalhada e a mistura é trabalhada manualmente com panos de musselina. Os sabores do Quaijo de Azeitão são salgados e azedos com notas de ervas. É mais bem servido com pão fresco, mas também pode ser uma ótima sobremesa com frutas.

Choco Frito – Choco da Península de Setúbal

Choco Frito é o prato local mais famoso da Península de Setúbal. O nome do prato parece que pode conter chocolate, mas na verdade é uma espécie de lula frita. Depois de fritos, os chocos são normalmente servidos regados com limão e acompanhados de batatas fritas, salada ou batatas fritas.

Na preparação do Choco Frito, os chocos são primeiro cozidos em alho e louro. Depois disso, eles são marinados em vinho e suco de limão. Depois de deixar marinar por tempo suficiente, eles são revestidos com centáurea temperada e depois fritos até ficarem dourados e perfeitos. Para um verdadeiro sabor de Setúbal, morda um Choco Frito crocante, crocante e suculento.

Farinha Torrada – A sobremesa tradicional de Setúbal

O nome Farinha Torrada significa farinha torrada. Esta sobremesa tradicional da região vinícola de Setúbal tem uma longa e interessante história. A guloseima surgiu da necessidade de fazer uma sobremesa deliciosa, que durasse muito e fosse nutritiva para que os pescadores pudessem levá-los ao mar. A Farinha Torrada é feita de ovos, açúcar e farinha de trigo. Esses ingredientes são combinados para formar uma massa que também pode ser aromatizada com canela, limão e chocolate. Depois de cozida, a Farinha Torrada é normalmente servida cortada em quadrado. Este mimo local é tão importante para a região de Setúbal que até foi registado pela Câmara Municipal local.

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Tudo Sobre Vinho
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Vinhos de produtores da Geórgia disparam no mercado global

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A Vazisubani Estate tem agora 33 hectares de vinha em cultivo

A Geórgia, um país na interseção da Europa com a Ásia e uma das regiões produtoras de vinho mais antigas do mundo, sob domínio soviético sofreu um declínio devastador na viticultura. Hoje, porém, o país não só renovou as suas vinhas, mas também está produzindo vinhos que podem competir no mercado global. A Forbes entrevistou Lado Uzunashvili, enólogo-chefe da Vazisubani Estate, uma das vinícolas mais antigas do país e que foi restaurada, sobre o estado atual da indústria na Geórgia. Confira:

Forbes: Quando começou a produção de vinho na Geórgia? O que significa “qvevri”?
Lado Uzunashvili:
A evidência científica diz que a Geórgia é o berço da Vitis Vinifera, a família de uvas na qual a moderna indústria vinícola internacional se mantém firme. A evidência também indica que temos a origem georgiana ocidental, bem como a origem georgiana oriental de Vitis Vinifera do mesmo período da história, provando assim que não houve oportunidade para estas espécies serem introduzidas no nosso país a partir de outros locais.

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Além disso, a história mostra que Israel (e toda a área do Levante) foi nosso parceiro contemporâneo, durante esse período, na adaptação da Vitis Vinifera há nove mil anos. Com o aumento da popularidade e da demanda pelo vinho, grandes vasos de cerâmica chamados qvevri também cresceram de tamanho. Para mantê-los intactos e evitar que desabassem sob seu próprio peso, os qvevris foram enterrados; você poderia esconder seu vinho de intrusos, o que nosso país tem tido em grande número. O processo sobreviveu por oito mil anos e ainda hoje é usado em uma escala ainda maior do que talvez em qualquer outra época anterior, devido à crescente popularidade do vinho feito em qvevri, bem como a crescente popularidade da Geórgia como destino para vinhos únicos e culinária tremendamente diversificada e deliciosa.

F: Quais são as variedades originárias da Geórgia?
LU
: Temos 525 variedades nativas que ainda sobrevivem ao teste da história. Destes, até onde sei, até 70 são agora cultivados comercialmente, enquanto acrescentamos mais à lista. Os nomes são realmente novos para o mundo e em alguns casos requerem grandes esforços para memorizá-los e ainda mais para pronunciá-los, por exemplo, Saperavi, Saperavi Budeshuri, Shavkapito, Otskhanuri Sapere, Tavkveri, Tamaris Vazi, Simoaseuli para tintos; e Rkatsiteli, Mtsvane, Khikhvi, Kisi, Mstvivani, Grdzelmtevana, etc, para brancos.

F: Como funciona a Vazisubani?
LU:
Nos anos 1800, esta esplêndida propriedade pertencia a um nobre renomado, Sulkhan Chavchavadze. Pioneiro na vinificação, construiu a propriedade e as vinhas em 1891. A sua contribuição para o desenvolvimento cultural e educacional na Geórgia, especialmente em Kakheti, é fundamental. Com o tempo, o outrora próspero palácio e os vinhedos de Chavchavadze deterioraram-se.

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Lado Uzunashvili, enólogo-chefe da Vazisubani Estate, vê interesse global nos vinhos da Geórgia

Em 2013, os visionários por trás da Vazisubani Estate decidiram revitalizar a propriedade abandonada e transformá-la num destino icônico enraizado na sua rica história, tradição vinícola ininterrupta, cozinha e hospitalidade excepcionais. Pensando nisso, as vinhas foram replantadas e uma antiga adega restaurada. O palácio foi reformado e agora é um requintado hotel boutique com 19 quartos.

F: O que aconteceu quando os soviéticos assumiram o controle?
LU:
Com a invasão da Rússia Soviética em 1921, primeiro destruíram a família, até mesmo o cachorro. Hoje não temos vestígios do cemitério da família. A propriedade foi então transformada em campo de recolha varietal no âmbito do recém-criado Instituto de Investigação de Viticultura e Enologia. Isso durou 77 anos. Com o colapso da URSS, ele foi privatizado e depois revendido aos atuais proprietários em 2014. Este é o ano em que começa a sua nova e impressionante vida.

F: Quando as vinhas foram restauradas?
LU:
Limpamos imediatamente restos de vinha mal conservados e replantomo-los em 2015 e 2016, cobrindo o total de 33 hectares sob seis castas:

• Saperavi e Saperavi Budeshuri tintos, considerados o futuro dos vinhos tintos não apenas na Geórgia.

• Rkatsiteli, Mtsvane, Khikhvi e Kisi, os líderes mais conhecidos, bem como os mais adaptados à região. Por exemplo, Rkatsiteli e Mtsvane são essenciais para a Denominação de Origem Controlada local. Agora, temos uma ferramenta local e aborígine perfeita para entregar os vinhos mais autênticos da forma como temos feito nos últimos oito mil anos, bem como para oferecer aos internacionais vinhos de estilo moderno das mesmas variedades. Para isso, utilizamos a nossa adega qvevri e a adega de última geração, que construímos em 2020.

F: Como a propriedade foi desenvolvida para o turismo?
LU:
Idealmente localizada no sopé da Cordilheira do Cáucaso, a cerca de duas horas de carro da capital, a Vazisubani Estate está rodeada por vinhas que se estendem por 33 hectares e um magnífico parque, lar de algumas das espécies de árvores mais antigas e raras. Desde 2014, quando criamos um lugar, uma casa fica longe de casa, onde as pessoas vêm reviver a história, saborear o vinho da quinta, reencontrar-se com a natureza e consigo mesmo, celebrar a vida e fazer parte de uma experiência memorável.

F: Quais são os diferentes rótulos (categorias) atuais?

LU: A empresa produz três linhas de produtos:

• Vinhos qvevri tradicionais sob a propriedade Vazisubani

• Vinhos de estilo moderno da Estate Collection

• Misturas únicas que são incomuns na indústria sob a Georgian Sun

F: Para onde são exportados e quanto do vinho permanece na Geórgia?
LU:
Os vinhos da Vazisubani Estate são exportados para 22 países – do Brasil aos EUA e Canadá, do Reino Unido aos países bálticos em toda a UE, também para alguns outros países da ex-URSS e, finalmente, no Extremo Oriente, Japão e China. Vendemos 60% de nossa produção de 200 mil garrafas no exterior, oferecendo apenas os 40% restantes localmente.

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A Geórgia é um país pequeno para vendas de vinho engarrafado. Torna-se ainda menor se tivermos em consideração a forma como os georgianos veem o fenômeno do vinho: “O vinho que faço é o melhor de todos”. Assim, a maioria das pessoas, que têm mesmo uma ligeira ligação com a uva, ou têm esse interesse, fazem o seu próprio vinho para consumo doméstico. Vale a pena mencionar que observamos o amor genético e herdado da Geórgia pelos hóspedes por trás disso. Eles devem servir vinho aos convidados, pois acham que os próprios convidados representam os deuses. Embora isto tenha mudado para percepções modernas, eles ainda ficam felizes em usar esta tradição para tornar a vida alegre e bela.

F: Como a guerra na Ucrânia afetou a propriedade?
LU
: A guerra na Ucrânia afetou todos os aspectos das nossas vidas, naturalmente. A propriedade não é uma exceção. O que observamos são as mudanças demográficas dos visitantes, bem como a quantidade de pessoas. A geografia de nossas vendas tem sido muito diversificada. A guerra na Ucrânia diz-nos para diversificarmos ainda mais os nossos mercados, com ênfase nos mercados ocidentais e asiáticos.

A procura de vinho georgiano está aumentando em todo o mundo, o que nos dá uma boa oportunidade de fornecer mais, uma vez que a imagem dos nossos vinhos é muito elevada.
O site winesgeorgia.com afirma que existiam mais de 100 mil vinícolas familiares na Geórgia em 2019.

F: O que permitiu que esse enorme crescimento acontecesse?
LU:
A resposta é muito curta. Foi a cultura do vinho, que historicamente está nos nossos genes, que permitiu que este enorme crescimento acontecesse. Esse número não se refere necessariamente a adegas, mas sim a caves familiares, um fenômeno muito comum no nosso país. O crescimento também é visto graças à flexibilização das regulamentações para a entrada de pequenos competidores no jogo, ajudando assim esta parte da nossa vida a se tornar tão forte quanto historicamente merece.

F: Quais são as perspectivas de aumento da produção?
LU:
Atingimos vendas de 200 mil garrafas em 2022 e ainda temos uma capacidade de produção de 150 mil garrafas adicionais, graças ao potencial de produção das nossas vinhas.

Num momento em que o mercado global está inundado de vinho, penso que a Geórgia é um caso único e é isso que atrai as pessoas para os nossos vinhos. Quando dizemos:

• Nosso qvevri tem oito mil anos e sua tradição ininterrupta é reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade

• Temos 525 variedades de uvas indígenas (contra 1.400) neste pequeno país

• Somos reconhecidos como o berço da primeira videira cultivada – Vitis Vinifera, a base da indústria vinícola moderna do mundo

Todas essas coisas impulsionam profundamente as emoções das pessoas. Imediatamente você tem amigos para a vida toda. Eles querem ouvir todas essas histórias incomuns sobre como as uvas e seus produtos derivados são essenciais para o nosso estilo de vida durante todos esses milênios. Fazemos não só vinho a partir do sumo de uva, mas também uma série de outros produtos deliciosos e cheios de nutrientes para energizar o corpo humano.

F: Como as mudanças climáticas afetaram as vinícolas?
LU:
Como todos podem imaginar, também somos afetados pelas mudanças climáticas. Tal como em outras partes do mundo, as descrições das nossas Zonas de Denominação Controlada estão mudando, e este é um grande dilema para os produtores persuadirem os compradores. Porém, cada vez mais pessoas entendem que isso é inevitável e que temos que enfrentar essa mudança. A natureza dita! Só podemos estudar as suas novas formas de comportamento e, na melhor das hipóteses, conseguir adaptar-nos às suas exigências.

Embora, até agora, tenhamos uma aparência muito melhor do que outras regiões vinícolas, por exemplo, a famosa França. As nossas variedades com os seus genes mais antigos apresentam uma adaptabilidade excepcional. Ao conversarmos com os nossos colegas de outros países, pensamos conjuntamente que, por exemplo, o Saperavi (tinto) pode salvar muitas regiões do mundo replantando vinhas ou utilizando-o como uma poderosa ferramenta de mistura ao lado das suas variedades atuais.

Estou certo de que também podemos encontrar algo semelhante entre os brancos georgianos, pelo que o local de origem da Vitis Vinifera ajuda outras regiões a recuperar mais uma vez a sua resiliência para produzir esses vinhos excepcionais. Os seres humanos aprendem rapidamente e, desta vez, esperamos que também encontremos a nossa forma de minimizar os efeitos climáticos.

*John Mariani é um escritor e jornalista com 40 anos de experiência. É autor de 15 livros. Por 35 anos foi correspondente de culinária e viagens da Esquire Magazine e colunista de vinhos da Bloomberg News por 10 anos. Sua Enciclopédia de Comida e Bebida Americana foi aclamada como a “American Larousse Gastronomique”.

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Fonte:

Notícias sobre vinhos – Forbes Brasil