Após uma reunião em que os sócios do bar Jurubeba, em Botafogo, se comprometeram a se adequar às regras da prefeitura, a secretaria de Ordem Pública (Seop) revogou a cassação do alvará de funcionamento do estabelecimento comandando pelo chef Elia Schramm.
De acordo com o órgão, os donos do empreendimento da Rua Real Grandeza, em Botafogo, apresentaram o plano de isolamento acústico e de adaptação do licenciamento de mesas e cadeiras na calçada. Em caso de novos descumprimentos, outras sanções poderão ser aplicadas ao estabelecimento.
O bar comemorou a decisão com uma postagem no Instagram:
“Com imensa alegria no coração, anunciamos que o alvará de funcionamento do Jurubeba foi restabelecido pela Prefeitura. Prestamos todas as informações ao Poder Público e, com o acolhimento do nosso recurso, temos de volta o direito de existir, abrir as portas e seguir celebrando a vida como sempre fizemos: com amor, comida gostosa e aquele chopp gelado. Depois de dias intensos, de mobilização coletiva, trabalho e muita fé, temos a honra de convidar todos os nossos clientes, amigos, colaboradores e parceiros para a reabertura do Jurubeba, que acontece hoje, quinta (3), a partir das 17h”, afirma o comunicado, compartilhado também via assessoria de imprensa.
O alvará de funcionamento do bar havia sido cassado na última segunda (30), por decisão da Secretaria Municipal de Ordem Pública, após diversas denúncias de perturbação do sossego e ocupação irregular do espaço público com mesas e cadeiras na calçada. O estabelecimento já tinha sido multado sete vezes.
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A semana tem eventos com nomes de peso para os amantes de vinhos e da boa mesa no Rio e arredores. Entre os destaques, o Wine Dinner Cobos 100 Pontos, com a presença do aclamado enólogo Paul Hobbs, no Gruta do Fado; o jantar a quatro mãos no restaurante Amana, em Niterói, que reúne os chefs Leo Guida e Rodrigo Tristão, do badalado Fofoca Búzios; e o menu harmonizado da Puli Trattoria, na Gávea, que propõe uma experiência com vinhos orgânicos de baixa intervenção em combinações cuidadosas da entrada à sobremesa.
Conhecido como o “Steve Jobs do vinho”, o enólogo americano Paul Hobbs desembarca na cidade para um jantar exclusivo na sexta (4), às 19h30, no restaurante Gruta do Fado, no VillageMall. Promovido pelo Grupo BFW, o evento harmoniza um menu em seis tempos com seis rótulos icônicos da Viña Cobos, vinícola argentina comandada por Hobbs e referência na produção de Malbecs de alta gama.
Hobbs foi duas vezes eleito personalidade do vinho do ano pela Wine Enthusiast e ganhou o apelido de “Steve Jobs do vinho” pela revista Forbes. Desde 1997, dedica-se a revelar o potencial da uva malbec em Mendoza, na Argentina, através da Viña Cobos — vinícola que ajudou a consolidar a imagem do varietal como símbolo da enologia argentina. A visita ao Rio é uma rara oportunidade de ouvir diretamente do próprio Hobbs sobre a história, os terroirs e a filosofia que norteiam a produção de seus vinhos.
Na taça, os convidados do jantar na Gruta do Fado poderão degustar o prestigiado chardonnay Vinculum 2023 (95 pontos pelo Vinous), harmonizado com o gamberi all’aglio — camarões à moda do chef, servidos ao azeite, alho e pimenta calabresa, acompanhados de cestinha de pão italiano. Em seguida, o pinot noir Crossbarn by Paul Hobbs 2019 (94 pontos pelo crítico Robert Parker) acompanha a bruschetta al pomodoro e basilico, com pão italiano tostado, tomates assados, manjericão e mozzarella.
O terceiro prato, parma e tartufo — croquete de presunto de parma com fonduta de grana e perfume de trufas — é servido ao lado do aclamado cabernet sauvignon Viña Cobos Hobbs Estate 2021 (98 pontos pelo crítico James Suckling). Já o cabernet franc Viña Cobos Vineyard Designate Chanares 2021 (97 pontos pelo crítico James Suckling) harmoniza com o tortellini di agnello, massa fresca recheada de cordeiro, fonduta de grana padano, geleia de damasco, roti de cordeiro e crumble de parmesão.
Para o quinto e sexto tempos, entram os rótulos de malbec: o Viña Cobos Vineyard Designate Chanares Malbec 2021 (98 pontos pelo crítico James Suckling) e o icônico Cobos Malbec 2021 (100 pontos do crítico Jeb Dunnuck), harmonizados com o confit all’anatra con risotto ai funghi — confit de pato com risoto de cogumelos e queijo grana padano. A sobremesa encerra o jantar com a classica mousse di cioccolato, de chocolate meio amargo e crumble tradicional.
VillageMall. Avenida das Américas, 3900, piso L3, loja 310, na Barra da Tijuca. Sex. (4), 19h30. R$ 1300,00 (inclui jantar harmonizado com seis rótulos, água e café). Ingressos pelowine.bfw.group
Rosbife do Fofoca Búzios: prato com finas lâminas de carne, pasta de alho, crocante de massa e grana padano está incluído no roteiroRodrigo Azevedo/Divulgação
Amana recebe Rodrigo Tristão para jantar a quatro mãos
Em Icaraí, o restaurante Amana será palco de um encontro gastronômico animado neste sábado (5), a partir das 19h. O chef da casa, Leo Guida, divide o fogão com o amigo Rodrigo Tristão, do Fofoca, bar queridinho de Búzios. O cardápio reúne pratos criativos para compartilhar, como a empanada de morcilla (R$ 24,00), a lula de Arraial à provençal com velouté de aspargos e edamame (R$ 74,00), o rosbife de carne com pasta de alho, crocante de massa e grana padano (R$56,00) e a porcarola, focinho de porco recheado de copa lombo, ervas, musseline de frango, picles de cranberry e pistache (R$ 76,00).
Para adoçar o final da noite, opções como o gelato de fior di latte com amarena e merengue tostado (R$ 32,00) e a chocotorta com doce de leite e ganache de chocolate (R$ 36,00).
Rua Nóbrega, 191, Icaraí, Niterói. Sáb.(5), a partir das 19h.
Vinhos orgânicos: menu harmonizado da Puli Trattoria tem seleção de vinhos orgânicos de baixa intervençãoRodrigo Azevedo/Divulgação
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Menu harmonizado na Puli Trattoria
Para os fãs de vinhos orgânicos e de baixa intervenção, a Puli Trattoria, na Gávea, oferece na quarta (2) um jantar especial com menu harmonizado (R$ 230,00), que percorre entradas, principais e sobremesas em combinações caprichadas. Entre os destaques estão a bruschetta de abobrinha, que pode ser acompanhada por Astros Blanc ou Alsace Munsch Riesling, e o crudo de manzo, sugerido com Bee Syrah ou Domaine Estrade. Nos principais, o nhoque de batata-baroa com ragu de cordeiro harmoniza com Domaine Estrade Tannat, enquanto o tortelli gamberetto al limone vai bem com Alsace Munsch Riesling. Para encerrar, o petit gâteau com coulis de morango e o clássico tiramisù são servidos ao lado do Bee Merlot.
Rua Marquês de São Vicente, 90 (Villa 90), Gávea. Qua. (2), apenas no jantar. R$ 230,00 (menu harmonizado).
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Muitas mulheres que estão na TPM costumam apelar para o chocolate nessa época. Mas agora elas ganham um aliado ainda maior com o lançamento do produto feito especificamente para combater os sintomas.
O consumo de chocolate nesse período, especialmente o amargo, traz benefícios ajudando a aliviar cólicas, inchaço e irritabilidade. A presença de magnésio atua nos dois primeiros sintomas, enquanto a produção de serotonina ao ingerir o produto melhorar o humor.
Mas para amplificar o resultado, a Magic Chocolate desenvolveu uma barra funcional específica. O Rosa Feminine ajuda ao equilíbrio hormonal feminino e tem como um dos seus ingredientes o óleo de prímula, que é rico em ácido gama-linolênico, um dos principais ativos no alívio dos sintomas da TPM e da menopausa.
A ideia da nutricionista Valentina Slàviero, que criou a marca, é oferecer suplementos mas com um apelo gastronômico. “Lá fora temos marcas apostando no sabor aliado à funcionalidade. Mas no Brasil, o mercado ainda está preso ao modelo das cápsulas e pós. Queremos mudar isso com tecnologia e sensorialidade”, explica.
De sexta (4) a domingo (6), a charmosa Garcia D’Ávila, em Ipanema, se transforma em ponto de encontro para os amantes da boa mesa com a estreia do Festival da Lagosta, promovido pela Frescatto em parceria com a Associação dos Lojistas e do Polo Turístico e Gastronômico da região. Ao todo, oito restaurantes participam do evento, cada um com uma receita inédita feita com a lagosta da marca, reconhecida por sua qualidade e compromisso com a pesca sustentável.
“Socarrat” de lagosta e edamame foi o prato selecionado pelo Venga para participar do eventoTomas Rangel/Divulgação
Nôa, ViaSete, Rudá, Alessandro & Frederico, Venga, So_lo, La Carioca e Delírio Tropical estão participando do evento. Os pratos exploram diferentes interpretações da iguaria – do clássico lobster roll a versões mais elaboradas, como ravioli artesanal, arroz na brasa e lagosta grelhada com espaguete ao molho de capim-limão.
La Carioca: participante apresenta uma lagosta ao aji amarilho com arroz negro colorido e vinagrete trufadoTomas Rangel/Divulgação
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Mais do que uma celebração gastronômica, o festival reforça a importância do consumo consciente e do respeito ao período de defeso da lagosta. O crustáceo servido nos menus vem do sul da Bahia, fruto de uma cadeia produtiva artesanal, certificada e comprometida com práticas que garantem a preservação do ecossistema marinho e a valorização das comunidades locais.
Folheado de Lagosta com algas crocantes: prato do Noa tem salada de lagosta com maionese do chef e folhas de alga noriTomas Rangel/Divulgação
“Temos orgulho de ser uma marca carioca. Não há nada mais a cara do Rio do que comer lagosta sustentável e brasileira de bermuda e chinelo”, afirma Thiago De Luca, CEO da Frescatto. “É um prazer trazer o melhor da pesca artesanal nacional, exportada para o mundo inteiro, para o coração da Zona Sul.”
Lobster Roll: famoso sanduíche com carne de lagosta é a opção do So_lo para o festivalTomas Rangel/Divulgação
Idealizador do festival, Fred Weissmann destaca o potencial da cidade para experiências gastronômicas ao ar livre: “O carioca valoriza o comércio de rua e merece um calendário de eventos que vá além dos grandes espetáculos. Este festival representa um novo tipo de luxo – mais sensorial, responsável e conectado ao território”.
Nôa • Folheado de lagosta com algas crocantes, uma salada de lagosta com maionese do chef e folhas de alga nori crocantes (R$ 69,00)
ViaSete • Arroz de lagosta na brasa, com arroz pérola, molho de moqueca, lagosta na brasa e farofa cítrica (R$ 139,00)
Rudá • Lagosta grelhada com espaguete ao molho de capim-limão, ovas de mujol e limão fresco (R$ 139,00)
Alessandro & Frederico • Ravioli de lagosta, recheado com cebola caramelizada, alho-poró, tomilho e batata assada, ao molho de pomodoro confit e perfume de limão-siciliano (R$ 98,00)
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Venga • “Socarrat” de lagosta e edamame (R$ 138,00)
So_lo • Lobster roll (R$ 68,00)
La Carioca • Lagosta ao aji amarillo com arroz negro colorido e vinagrete trufado (R$ 199,00)
Delírio Tropical • Salada de lagosta com creme de batata (R$ 48,00)
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Antes restritas a um público seleto, até pelo valor, as trufas parecem ter caído no gosto dos cariocas. É o que observa o chef Elia Schramm, que mais um ano apresenta um menu feito com a iguaria no Babbo Osteria, com direito a entradas, pratos principais e, acredite, até sobremesa.
O fungo subterrâneo em forma de tubérculo cresce em simbiose com as raízes de determinadas árvores. Por não serem encontradas em muitos lugares, as trufas tem um alto valor de mercado, o que torna seu consumo um momento especial. Mas nem por isso o número de pessoas dispostas a pagar mais caro para experimentá-las deixou de expandir.
Elia Schramm criou seis opções de pratos com a iguaria para este anoTavinhu Furtado/Veja Rio
“O azeite trufado ajudou a popularizar a trufa e despertou a curiosidade do público, mas ao mesmo tempo criou uma expectativa de aroma muito forte por ser aromatizado artificialmente que, às vezes, prejudica a percepção da trufa verdadeira”, explica o chef.
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Mas Elia destaca que o sabor da trufa fresca é mais complexo e autêntico e acredita que os comensais ao experimentarem entenderão o toque especial que ela dá nas receitas. Este ano elas acompanham polenta cremosa e carpaccio de vieiras canadenses como opções de entrada no Babbo; Cacio Pepe, Tortelli recheado de burrata e Filé Mignon com foie gras brülée de principais; além da combinação surpreendente com a Tarta Basca com mel trufado.
A expectativa é repetir o sucesso do ano passado e servir cerca de 4 kg de trufas negras no menu especial. E se levar em consideração a aceitação nos primeiros dias do menu sazonal o sucesso está garantido. O Babbo Osteria fica na Rua Barão da Torre, 632, em Ipanema.
Começa nesta terça (1º) a pré-venda de ingressos para o Mondial de La Bière, maior evento cervejeiro do país, que chega à 12ª edição em 2025, na Praça Mauá. Serão mais de 1500 rótulos nacionais e internacionais, além de drinques, lançamentos exclusivos, harmonizações e experiências gastronômicas.
A expectativa para 2025 é de reunir mais de 50 000 pessoas ao longo dos quatro dias de evento. O evento terá ainda locais com open beer, atividades sensoriais, três palcos com programação simultânea, uma praça gastronômica com curadoria especial, espaços imersivos e, pela primeira vez, uma área kids.
As entradas custam a partir de 100 reais e estão disponíveis no Ingresse. As vendas para o público em geral começam na próxima terça, 8 de julho.
Pier Mauá. Avenida Rodrigues Alves, 10, Centro. 11 e 12 de setembro, 16h/0h. 13 de setembro, 14h/0h. 14 de setembro, 13h/21h. Valor a ser divulgado. Ingressos pelo Ingresse.
Devido ao crescimento do consumo de vinhos no Brasil nos últimos anos, o mercado nacional ficou ainda mais saboroso para os maiores países produtores. Chile e Argentina lideram com folga o ranking geral de exportadores, com Portugal vindo em terceiro lugar. É difícil desbancar as nações sul-americanas dessas posições, mas o que não falta aos gajos é sede para avançar rapidamente em negócios por aqui. Eles não se cansam de atravessar o Atlântico com novidades. Nas últimas semanas, por exemplo, alguns estados brasileiros receberam uma saborosa, pacífica e voraz invasão lusitana. Resultado: dezenas de novos rótulos foram parar nas prateleiras já repletas de vinhos dessa nacionalidade.
Localizada na região do Douro, a Ramos Pinto é uma das casas que multiplicaram as ofertas. Já bastante conhecida por aqui graças aos seus vinhos do Porto, a empresa acaba de desembarcar dois lançamentos. O Urtiga 2019 (300 euros, ainda em precificação no Brasil) é um blend de mais de 63 castas, originárias de planta pré-filoxera, praga que quase devastou as plantações de vitis viníferas em 1860. Tem bom corpo e uma acidez espetacular. O segundo vinho é o Quinta de Ervamoira 2019 (R$ 1.540), nome do vinhedo de onde são colhidas Touriga Nacional e Touriga Franca, para o qual se faz uma pré-seleção dos cachos ainda no vinhedo, antes da colheita. “Vindimamos apenas a nata da nata”, disse à coluna AL VINO Jorge Rosas, CEO da Ramos Pinto. Ele é filho do criador do incensado Barca Velha e tem o objetivo de produzir outros rótulos que mereçam entrar para a história dos grandes vinhos portugueses. De fato, os produtos da nova safra da Ramos Pinto são rótulos prontos para competir com os grandes do mundo ou para aguentar bons anos nas adegas, de quem resistir a eles. O Urtiga 2019 e o Quinta de Ervamoira 2019 chegam ao Brasil pela Épice.
O Quinta de Ervamoira 2019, da Ramos PintoReprodução/VEJA
Outra empresa do Douro, o grupo Sogrape, que reúne várias vinícolas, lançou no ano passado em Portugal o Quinta de Azevedo Torre 2022 (R$ 660) e acaba de apresentá-lo no Brasil. Trata-se de um vinho branco da região dos vinhos verdes que é fruto de uma propriedade com valor histórico, onde há uma torre que data da época do descobrimento do Brasil. No caso do Quinta de Azevedo Torre 2022, outra novidade da Sogrape, as castas Alvarinho e Loureiro, típicas de vinhos verdes, ganham uma profundidade ímpar. O mesmo grupo trouxe das vinícolas do Alentejo o Herdade do Peso Revelado (branco e tinto R$ 396) e o Herdade do Peso Parcelas (R$ 1.875), um vinho encorpado, poderoso, mas ainda assim fresco e vivo, feito com 50% Alicante Boucet e 50% de Petit Verdot. Os rótulos da Sogrape são importados pela Zahil.
Quem vê a fartura de ofertas lusitanas não imagina que se trata de um fenômeno relativamente recente. “Até 2009 Angola era o principal mercado para onde Portugal enviava seus vinhos. Depois de uma recessão e da queda do consumo europeu foi preciso buscar novos horizontes”, explica Karene Vilela, presidente da Câmara de Comercio Brasil Portugal. O caminho deu tão certo que, hoje, Portugal fica atrás apenas de Chile e Argentina, respectivamente, sendo que os dois latino-americanos gozam de acordos comercias que os isentam de taxas de importação.
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Tamanha a importância do mercado brasileiro para os portugueses que cresceu o investimento no Brasil da ViniPortugal, agência de promoção dos vinhos portugueses. Em 2025, ele será de 1,26 milhões de euros, um incremento de 28% em relação ao número de 2024. Para se ter uma ideia, esse valor é o segundo maior investimento da entidade no mundo, atrás apenas do aporte realizado nos Estados Unidos, refletindo a prioridade do mercado brasileiro. O “tarifaço” de Trump também tem contribuído para essas ações, já que o principal mercado de Portugal, e de todos os produtores europeus, são os Estados Unidos. “Os americanos têm grande potencial de compra de vinhos premium, por isso há tanto investimento neles, mas, no geral, Portugal é conhecido pelos mercados maduros por produtos com um bom custo-benefício”, diz Karene. Durante sua última temporada na Inglaterra, ela pode perceber que os ingleses não têm tanta empolgação com alguns vinhos que causam frisson aqui no Brasil, como o Barca Velha ou Pêra Manca, por exemplo.
Apesar do percentual de compradores de vinho de alta gama no Brasil ser pequena, o tamanho do país faz com que esse nicho de mercado não seja desprezado. “O consumidor brasileiro dá muito valor ao vinho português, até pela conexão cultural e afetiva que temos com a terrinha” afirma Karene. Isso explica o motivo dos últimos lançamentos mundiais de safras tanto do Pêra Manca (R$ 4.000), ícone do Alentejo, quanto do Barca Velha (R$ 11.000), ícone do Douro, terem sido feitos aqui no país. Inclusive, o Brasil representa 30% do mercado consumidor da Fundação Eugénio de Almeida Cartuxa, os produtores do Pêra Manca.
Considerando-se a multiplicação de novas ofertas, a conexão vinílica entre Brasil e Portugal vai ficar ainda maior — e mais saborosa.
Estamos no Inverno, e quando as temperaturas caem no Rio, nada melhor do que o aconchego de uma boa tigela fumegante para espantar o frio. De receitas clássicas a versões criativas e cheias de personalidade, a cidade reúne endereços que servem sopas, caldos e cremes perfeitos para aquecer os dias mais gelados. Confira a seleção!
Adega Santiago
Para os dias mais frios do ano, a Adega Santiago, na Barra, traz de volta sua tradicional temporada de caldos, sopas e cremes, que fica em cartaz até o final de setembro. Entre as opções estão o Caldo Verde (R$ 47 – feito com purê de batata, chouriço, favas verdes, feijão, salsinha e couve) e o Creme de Mandioquinha (R$ 51 – com queijo manchego derretido, alho-poró e creme de leite). As receitas também estão disponíveis para delivery.
Shopping Village Mall – Av. das Américas, 3900 – Barra da Tijuca
Cremes e Caldos para o invernoDivulgação/Divulgação
Capricciosa
A casa apresenta uma novidade quentinha que combina com as temperaturas amenas do inverno carioca: o Capeletti in Brodo (R$ 84). A receita segue a tradição, com um caldo cheio de sabor e a massa artesanal feita na casa — daquelas sopas que abraçam.
Jardim Botânico – Rua Maria Angélica, 37 Ipanema – Rua Vinícius de Moraes, 134
Capeletti in BrodoBruno de Lima/Divulgação
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Casa Ueda
Os amantes da culinária nipônica podem se aquecer com os ramens preparados com macarrão caseiro e caldos ricos em sabor. O chef Eric Ueda sugere o Kare Ramen (R$ 60), com caldo de base mista (suína e frango), legumes, curry, mix de pimentas asiáticas, copalombo, milho e cebolinha. Há ainda o Ramen Vegetariano (R$ 50), com macarrão artesanal de missô e farinha, legumes e verduras.
Rua Hans Staden, 10 – Botafogo
Renata Araújo e o Ramen da Casa UedaRenata Araújo/Divulgação
Gero
O chef executivo Luigi Moressa, do Hotel Fasano, elaborou criações inspiradas em memórias afetivas e tradições italianas para o inverno. Entre elas está o clássico creme de cogumelos (R$ 106), feito com champignon, shimeji e shitake. O menu de inverno do Gero será servido até o final da estação, em 22 de setembro.
Avenida Vieira Souto, 80 – Hotel Fasano Ipanema
Creme de Cogumelos do GeroRodrigo Azevedo/Divulgação
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La Villa
O bistrô francês em Botafogo, comandado pelo chef Grégoire Fortat e indicado no Guia Michelin, sugere a sopa de cebola com crostinha de massa folhada (R$ 58) como uma das opções para aquecer neste inverno.
Rua Álvaro Ramos, 408 – Botafogo
Sopa de CebolaDivulgação/Divulgação
Gajos D’Ouro
No restaurante português, as noites de inverno ficam mais aconchegantes com a tradicional Sopa Rica de Frutos do Mar (R$165), onde o creme de salmão, camarão, mexilhões e outros frutos do mar é coberto por uma manta de massa folhada, que cresce quando vai ao forno. Outra sugestão é o Creme de Castanha Portuguesa com Bacalhau, Funghi e Trufa Negra (R$105).
Rua Barão da Torre, 472 — Ipanema
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Sopa Rica de Frutos do MarBruno de Lima/Divulgação
La Carioca
No cardápio do restaurante, o destaque para os dias frios é o Chupe de Camarones (R$45), sopa de camarão com molho peruano, a base de leite de coco levemente picante e ovo pochê. Há também o Minestrone peruano (R$42), sopa de filet mignon com legumes e molho demi glacê e o Creme de baroa (R$36) com cogumelos, aji amarillo com cogumelos e alho
No bistrô francês, comandado pelo chef Thomas Troisgros desde 2020, uma das pedidas do inverno é a sopa de cebola gratinada (R$ 38), acompanhada de pão levain. Em frente à Praça Cazuza, na rua Ataulfo de Paiva, o restaurante apresenta um menu com clássicos da culinária francesa.
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End: Av. Ataulfo de Paiva, 1321 – Leblon
Sopa de Cebola GratinadaDivulgação/Divulgação
Nam Thai
Sopas tailandesas e aromáticas são a aposta do chef David Zisman para este inverno. São cinco opções que prometem uma viagem de sabores e sensações, como a Tom Kha Gkhai (R$ 48), uma sopa de frango com capim-limão, galanga, folha kaffir e leite de coco, e a Thai Pot (R$ 70), que traz frutos do mar em um caldo picante com chili, óleo de gergelim torrado, repolho e saquê.
Rua Rainha Guilhermina, 95 – loja B – Leblon
Sopas TailandesasLipe Borges/Divulgação
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Talho Capixaba
As três casas do Talho oferecem diversos sabores de sopas para os dias mais frios. É possível escolher entre Sopa de Abóbora com couve, Cebola, Ervilha, Legumes com frango, Batata baroa e Caldo Verde (R$39,50 cada). Todas são servidas com pão francês, completo ou baguete média.
Ipanema: Rua Barão da Torre, 354 Leblon: Avenida Ataulfo de Paiva, 1022 – lojas A e B. Gávea: Rua Marquês de São Vicente, 10
Sopa de Abóbora com ricota e couve do TalhoDivulgação/Divulgação
“Seja no Risoto ou no galeto eu caio dentro, na São João Batista vou encher o caveirão…”
Assim dizia um trecho da letra de um dos primeiros sambas do Empolga às 9, gestado ali do lado, na Casa da Matriz, ponto de música e cultura que marcou época na pequena Rua Henrique de Novais. Meninos e meninas, eu vi: tocando surdo de primeira, o colunista que aqui escreve ajudou a criar o bloco que ainda está nas paradas de sucesso carnavalescas.
E não foram poucas as cervejas (e cachaças) no Risoto, o boteco citado no enredo, um agora ex-clássico do bairro que reunia o pessoal numa época que nada mais havia de relevante para se comer e beber por ali.
Pois a esquina que agora se torna, definitivamente, um novo ponto boemio do bairro dono da maior concentração de bares da Zona Sul, receberá no dia 15 de julho o Guadalupe, um “bar e lanchonete” mexicano carregado de boas notícias, ocupando o endereço onde o Risoto reinou.
A primeira delas, e já era de se esperar no negócio capitaneado pela dupla Edu Araújo-Jonas Aisengart, é que o ambiente do boteco será preservado, com os belos azulejos, o balcão e parte grande da estrutura original. E pimentas trazidas pelo Edu do México, onde ficou mais de uma semana para formatar o cardápio, já estão secando para perfumar e arder em salsas e moles.
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Sim, moles. O negócio busca a essência da real cozinha mexicana, sem firulas e com leves adaptações ao gosto carioca, marca indelével do trabalho da turma. Inédito? Me parece que sim, no cenário histórico (e fraco, vamos combinar) do “tex-mex” no Rio.
A coquetelaria, sempre um ponto forte e criativo nas mãos de Jonas, vai colocar na roda o coquetel de “litrão”: versões para compartilhar na mesa de clássicos como mezcalito, margarita, michelada e piña colada. Além de cerveja, é claro, na companhia de tacos servidos em tortilhas de milho e de farinha, tostadas, croquetas, enchiladas, tiraditos e frijoles.
O inverno no Baixo Real Grandeza vai reunir, num raio de cem metros, Guadalupe, Dainer, Jurubeba e Galeto Sat’s. E se andar mais um pouquinho chega no Vian, um senhor bar de coquetéis. Preparem estômagos e fígados.
Quem cresceu frequentando a Chaika, confeitaria icônica de Ipanema que marcou gerações com seus sundaes, tortas e sanduíches, vai se emocionar com as novidades da Polis Sucos Mais, no mesmo bairro. a loja acaba de receber um reforço de peso: o antigo confeiteiro da casa, Luiz monteiro, nome por trás das receitas que adoçaram por cinco décadas a infância dos cariocas. Com 35 anos de experiência, ele resgata delícias do antigo balcão, como as tortas de abacaxi com coco (R$ 20,00, a fatia; e R$ 200,00, a inteira), de limão (R$, 16,00 e R$ 160,00), de brigadeiro (R$ 15,00 e R$ 150,00), entre outras. Sob encomenda, há ainda um cardápio especial com mais quinze clássicos daquela época, incluindo a torta floresta negra, o pavê de morango e o lendário rocambole com a fruta. Uma doce (e deliciosa) novidade.
Rua Visconde de Pirajá, 447, Ipanema (60 lugares). 7h/22h.
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