Lançada há menos de um mês, a plataforma “Produtores Gaúchos Unidos” conecta restaurantes, hotéis, pousadas, lojas, empórios e varejos de todo o país a produtos do Rio Grande do Sul. O objetivo é que, mesmo em meio à situação de calamidade do estado, esses empreendedores mantenham sua produção, vendas e empregos.
Já são 224 produtores cadastrados e 93 comércios e hospedagens com acesso aos produtos ofertados. A partir das vendas, o plano é fazer o transporte dos itens através de cargas compartilhadas, auxiliando todos os produtores. Estão cadastrados no site produtores de vinhos, queijos, carnes, nozes, sucos e azeites de oliva.
A iniciativa partiu do produtor de cordeiro Bernardo Barbosa Ibargoyen e de sua esposa, a jornalista Aline Barilli Alves.
A “Produtores Gaúchos Unidos” vem organizando jantares beneficentes em São Paulo para gerar renda para os empreendedores afetados pelas enchentes. Já houve um serviço para 200 pessoas na quinta no Restaurante Café Journal. Haverá outro nesta sexta no Restaurante Loup, também para 200 pessoas, e mais um no sábado, no Bar Sarjeta, para 100 pessoas.
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O chef gaúcho Enio Valli está supervisionando todos os insumos dos produtores cadastrados na plataforma para garantir que os eventos beneficiem diretamente os pequenos produtores.
Além disso, o Sebrae do Rio Grande do Sul está assessorando pequenas agroindústrias que não têm familiaridade com esse tipo de transação e logística, capacitando os produtores em questões como envio, produção de imagens dos produtos para comercialização e burocracia.
O serviço também pretende promover feiras físicas no estado para auxiliar na venda de produtos, principalmente para aqueles produtores que estão com estoques elevados e não conseguem escoá-los.
Neste dia dos namorados, que tal comemorar a data mais romântica do ano com vinhos gaúchos?
O Rio Grande do Sul foi enormemente afetado por enchentes e um dos principais produtos do estado são os vinhos. Muitos viticultores perderam seus vinhedos e o enoturismo, um dos principais motores da indústria do vinho nacional, parou totalmente. É a hora de ajudarmos e de uma forma muito prazerosa, tomando um vinho com quem amamos.
Seja por sua capacidade de criar uma atmosfera de intimidade ou por sua associação com celebrações e ocasiões especiais, o vinho se tornou a bebida predileta para o dia dos namorados.
A complexidade de aromas e sabores do vinho também proporciona uma experiência sensorial única, que pode ser apreciada em conjunto, incentivando a partilha e a conexão entre os casais.
Quando se trata de harmonizações gastronômicas o néctar de baco brilha. Por sua grande gama de tipos e sabores, se torna a bebida rei à mesa em seu jantar romântico.
Vejamos algumas sugestões de vinhos gaúchos para este 12 de junho:
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ESPUMANTES
– Aurora Pinto Bandeira Extra Brut
– Chandon Exellence
– Maria Valduga
– Cave Geisse
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– Don Giovanni Brut
– Valmarino Blanc de Blancs
– Miolo Íride
– La Grande Bellezza 2020 Blanc de Blancs
ROSES
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– Madre Terra Auraz, Rosé Nobre
– Era dos Ventos Clarete
TINTOS
– Miolo Lote 43
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– Don Giovanni Cabernet Sauvignon 1993
– Aurora Millésime Cabernet Sauvignon
– RAR Don Raul
– Canto dos Livres Cantoria
– Lidio Carraro Tannat Grande Vindima
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– Alma Unica Syrah S8
– La Grande Bellezza Audeo
– Giacomo Buffon
– Arte Viva Geodésis 2022
A lista de vinho acima já é um spoiler de meu post de semana que vem, no qual vou anunciar um leilão de vinho, para o qual os vinhos gaúchos acima foram doados pelas respectivas vinícolas. O valor arrecadado será 100% doado às vítimas das enchentes.
Um brinde com vinho gaúcho, feliz dia dos namorados!
Não é todo dia que um vinho “esquecido” nas barricas, no fundo de uma adega, se revela tão especial. O produtor português Alexandre Relvas, da vinícola Casa Relvas, no Alentejo, havia decido fazer um grande vinho elaborado com a casta Arinto, tradicionalmente usadada nos brancos com potencial de envelhecimento. Separou a colheita de 2017 para uma série de testes, com barricas de carvalho diferentes. “Testamos algumas da Borgonha, outras de Bordeaux, algumas com carvalho americano”, conta Relvas. “Fizemos diversas provas ao longo dos meses, até que outras demandas, como a preparação para uma nova vindima, fizeram com que não déssemos o seguimento correto às ensaios”. Foi só meses depois, durante o processo de elaboração de outro vinho, que as barricas daquele branco reapareceram. Ao provar aquelas guardadas em barris da Borgonha, Relvas percebeu seu potencial. Foi assim que nasceu o Esquecido. Em 2019, foi eleito o melhor vinho branco do Alentejo pela prestigiosa revista portuguesa Grandes Escolhas. E, agora, a nova safra, 2022, acaba de chegar ao mercado brasileiro.
As uvas são provenientes de um único vinhedo de quatro hectares, localizado junto a uma ribeira, com solos de xisto. “A Arinto lá produzida é muito especial, e dependemos do que o vinhedo nos dá aquele ano”. Em 2022, recorde de produção, foram feitas 27 mil garrafas. No ano anterior, foram apenas nove mil. “Engarrafamos o que a natureza nos dá”, diz Relvas. A fermentação é iniciada em uma cuba de inox, para garantir a padronização, mas depois continua em barricas. O vinho fica entre 16 e 18 meses em carvalho, sempre barricas novas, mas que passam por um processo que reduz o sabor aportado pela madeira na bebida.
O Esquecido faz parte do topo de gama do portfólio da Herdade de São Miguel. Entre os tintos, um dos mais importantes é o Pé de Mãe, elaborado principalmente com a variedade Trincadeira, conhecido por sua potência e pela consistência com que recebe boas avaliações da crítica. Mas a vinícola produz uma variedade de rótulos, incluindo vinhos mais simples, para consumo no dia a dia, como o Ciconia.
O vinho Esquecido, da Herdade de São Miguel –Cantu/Divulgação
Além dos vinhos, a vinícola tem uma preocupação com a sustentabilidade. Em 2022, foi a primeira das 10 maiores empresas produtoras de vinho do Alentejo a receber Certificação de Produção Sustentável. “Começou de forma natural. Queríamos usar menos água, queríamos tratar bem as pessoas que trabalhavam conosco e ter lucro no final do ano”, diz o produtor. Quando fizeram a primeira avaliação, perceberam que várias das metas já estavam sendo cumpridas. “Foi melhor do que esperávamos”.
Passaram a adotar outras práticas, como a introdução de ovelhas nas vinhas. Por conta da pastagem no inverno, conseguiram reduzir o uso de herbicidas e de adubos químicos, com 50% da fertilização feita de composto animal e de resíduos orgânicos da adega. Há também uma preocupação social em garantir boas condições aos trabalhadores. “Estamos em uma região muito desfavorecida e é preciso cuidar das pessoas. Assim conseguimos também manter os talentos”, diz Relvas.
A Casa Relvas está inserida no agronegócio português há cinco gerações, mas a Herdade de São Miguel é mais recente, comprada por Alexandre em 1997. São 350 hectares de vinhas, além de 97 hectares de sobreiros, as árvores com as quais se faz as rolhas dos vinhos. “Começou como uma empresa familiar, mas já somos 140 pessoas. Temos uma grande estrutura”, afirma Relvas. Hoje, a produção anual é de 7 milhões de garrafas. Quase 70% da produção é exportada para 30 países, e o Brasil é seu principal mercado.
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O produtor Alexandre Relvas, da Casa Relvas –./Reprodução
Para o produtor, apesar da boa aceitação do vinho português no país, há certa dificuldade em comunicar a diversidade que existe, mesmo no Alentejo, uma região razoavelmente nova. “Há muitas marcas, ainda mais com o fenômeno das importações independentes, e às vezes o consumidor fica perdido”, diz Relvas. “Mas no fundo, pode não ser tão fácil comunicar, mas essa é uma vantagem para nós”.
O Brasil será um mercado importante, ainda mais em um momento em que o consumo per capita na Europa, onde já existe muita tradição, vem caindo. “Acredito que o Brasil vai continuar tendo uma evolução”, afirma. “E é aqui que se melhor serve o vinho nos restaurantes. É claro que não é em todo lugar que se bebe vinho, como botecos e lanchonetes. Mas onde há uma carta, em restaurantes, é, talvez o melhor serviço do mundo”, conclui.
Ana Lovaglio Balbo, 37 anos, diretora de marketing da vinícola argentina Susana Balbo Wines e co-fundadora do hotel boutique Susana Balbo Unique Stays, esteve no Rio de Janeiro recentemente para o lançamento do novo Guia Michelin. Ana cresceu vendo sua mãe, a enóloga Susana Balbo, criar vinhos premiados e construir uma adega de luxo. Depois de se formar em Administração pela Universidade de San Andrés, em Buenos Aires, trabalhou como consultora e, em 2012, voltou às raízes ao regressar a Mendoza e se juntar à equipe da empresa familiar, dessa vez como Gestora de Marketing e Comunicação. Em conversa com a coluna GENTE, Ana fala sobre o amor pelos vinhos e das inúmeras crises econômicas que atingem seu país.
HISTÓRIA FAMILIAR. “Minha mãe foi, em 1981, a primeira mulher da Argentina a ter um título acadêmico em tecnologia, sempre teve uma mentalidade pouco típica para a época e para seu gênero, e sempre foi fiel aos seus talentos. Foi aí que ela disse: ‘Nunca mais vou ser empregada. Tenho que empreender’. Voltou a Mendoza e tentou. Minha mãe era a única universitária da família. Seus pais tinham apenas o ensino primário e meu avô nunca se formou”.
PRIMEIROS PASSOS. “Meus avós eram cordoveses, do centro da Argentina. Quando se mudam para Mendoza, porque acharam uma linda cidade para ter família e viver, ele consegue um trabalho em uma loja. Minha avó estava grávida. Meu avô foi logo depois demitido. Ele então foi ao dono de uma fábrica que o conhecia por ter trabalhado tantos anos e pede um empréstimo. Minha avó sempre desenhou muito bem. Aí fizeram um conjunto de toalhas, lençóis, e foram de porta em porta vendendo. Assim se tornou uma pequena empresa que cresceu muito”.
PIONEIRISMO. “Minha mãe foi estudar e se tornou a primeira enóloga, fez sua carreira. Meus avós não sabiam o que fazer com meu tio, porque ele não trabalhava. Com o dinheiro desse empreendimento, compraram uma vinha para ele. Chamaram minha mãe e perguntaram se ela queria vir para a empresa familiar. Minha mãe diz: ‘Bem, tenho dois filhos pequenos, salário estável’. Mas decidiu aceitar. Fica apenas seis meses trabalhando com eles, não se dava bem com meu tio. A vinícola estava focada no volume e em vinhos baratos. Meu avô lhe dá um dinheiro para recomeçar. Graças a isso, chegou tão longe, porque desde pequena sempre gostou de estudar, investigar, ler”.
VÁRIOS RECOMEÇOS. “Ela (Susana) já tinha um nome muito bom como enóloga. Fez consultorias, fazia dupla colheita, ia e vinha entre Estados Unidos e Argentina. Até que em 1999, começa o que hoje é nosso projeto. Entre vários recomeços, em 2009, quando produzíamos menos de 60 mil garrafas, de repente há um boom. Começamos a crescer, fizemos vinhos mais conhecidos, sucesso com produtos.
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ENTRE CRISES. “Entrei em 2012 na vinícola. Fiz produção, depois me interessei em setor de vendas. Tenho formação em administração. Na última administração, enquanto minha mãe trabalhava, foi a época em que a Argentina, de tantas crises que tivemos, passou por uma hiperinflação. Minha mãe ficou um ano sem receber salário, porque pegavam o dinheiro e o colocavam no mercado financeiro. Não é fácil empreender com tanta crise”.
LEGADO. “Fazemos milhões de iniciativas relacionadas à sustentabilidade em todos os sentidos, desde do trabalho com a terra às pessoas e a comunidade. Há outra ONG muito conhecida na Argentina que se chama Un Techo para mi País. Tenho um produto específico para eles que vendemos e arrecadamos para fazer casas. O que conseguimos em 25 anos de trajetória é assombroso. Acredito que é o sonho de qualquer vinicultor ou empreendedor, porque cedo ou tarde você quer que seu projeto cresça para que as contas sejam sustentáveis”.
Acaba de ser revelada a lista dos 50 Melhores Restaurantes do Mundo, uma das mais relevantes premiações da gastronomia mundial, que acompanhei pessoalmente em Las Vegas. O evento de gala aconteceu no hotel Wynn e contou com 1.200 participantes. O grande vencedor da noite foi o Disfrutar, em Barcelona, eleito o melhor restaurante do mundo! Há 9 anos que uma casa espanhola não conquistava este feito. Os chefs catalães Mateu Casañas, Oriol Castro y Eduard Xatruch oferecem pratos criativos e delicados. Emocionados, os sócios agradeceram o apoio da família e o trabalho árduo da equipe diariamente. E olha que eu já tinha comentado aqui que o Disfrutar era um dos melhores restaurantes do mundo, excepcional em todos os sentidos.
Disfrutar, o melhor restaurante do mundoⒸCamilaAlmeida/DivulgaçãoRenata e Eduard Xatruch, um dos chefs do DisfrutarRenata Araújo/Divulgação
O Prêmio 50 Best Restaurants, criado há 22 anos, é um dos eventos mais aguardados e prestigiados do setor, considerado o “Oscar da Gastronomia’’. Anualmente, a academia reconhece os melhores restaurantes ao redor do globo, destacando a excelência culinária e a inovação gastronômica. Entre os premiados, destacam-se restaurantes de diversas partes do mundo, cada um com sua própria identidade e proposta gastronômica. Desde casas tradicionais que preservam a culinária local até estabelecimentos inovadores que exploram novas técnicas e ingredientes.
Renata Araújo no World’s 50 Best Restaurants, em Las VegasRenata Araújo/Divulgação
A noite da grande premiação começou com um coquetel super elegante, black tie, em um dos salões do hotel Wynn, com bufê do hotel e ativação de vários patrocinadores, como San Pelllegrino, Gin Mare, Jamon Serrano, Café Illy, Tequila Ocho, entre outros. Uma banda de música em estilo vintage, com vocalistas, deu o tom de animação apropriado ao ambiente.
Coquetel de abertura do 50 BestRenata Araújo/DivulgaçãoRenata Araújo no 50 BestRenata Araújo/Divulgação
Resultados
A Espanha não só alcançou o 1º lugar, como ganhou também o 2º, com o Asador Etxebarri, que fica entre Bilbao e San Sebastian, e o 4º, com o Diverxo, em Madri, do ousado chef Dabiz Muñoz, e onde já tive uma experiência gastronômica fora de série. No 3º lugar ficou o Table by Bruno Verjus, de Paris, liderado pelo chef Bruno Verjus, e fechando o top 5 está o peruano Maido, de Lima, considerado o melhor restaurante da América do Sul.
O 2º lugar, Asador EtxebarriRenata Araújo/DivulgaçãoO irreverente Diverxo, em MadriRenata Araujo/DivulgaçãoTable, em Paris, ficou em 3º lugarRenata Araújo/Divulgação
O também peruano Central, dos chefs Virgilio Martínez e Pía Leon, liderou o ranking no ano passado, e em 2024 entra para o seleto grupo “Best of the Best”, uma galeria de ícones da gastronomia. Já que, segundo as regras do prêmio, o 1º lugar não pode mais ser repetido. Ah, e o Central é o primeiro fora da Europa e Estados Unidos a integrar esta lista.
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O Central entrou na galeria Best of the BestRenata Araújo/Divulgação
Brasil na lista
Entre os 50 melhores restaurantes do mundo, tivemos duas casas brasileiras agraciadas! A Casa do Porco, em São Paulo, dos chefs Jefferson Rueda e Janaína Torres, ficou na 27ª posição, enquanto o carioca Oteque, de Alberto Landgraf, ocupa o 37º lugar no ranking. Na lista estendida do prêmio, que consagra 100 restaurantes, há também o Lasai, do chef Rafa Costa e Silva, no Rio, que se manteve na 58ª posição.
A Casa do Porco em 27º lugarRenata Araújo/DivulgaçãoAlberto Landgraf; Jefferson Rueda; Rosa Moraes, presidente para o Brasil do 50 Best; João Diamante e Renata AraújoRenata Araújo/Divulgação
Prêmios Especiais
A noite contou também com alguns prêmios especiais, e entre eles, dois chefs brasileiros saíram vitoriosos. A chef Janaína Torres, d’A Casa do Porco e Bar da Dona Onça, foi considerada a Melhor Chef Mulher do Mundo pelo The World’s 50 Best Restaurants. Ativista, sommelier e chef, Janaína foi uma das precursoras do movimento de renovação da cena gastronômica e cultural do Centro de SP, e se tornou uma figura de destaque na cena culinária da cidade brasileira. Reconhecimento mais do que merecido!
Janaína Torres, a melhor chef mulher do mundoCAMILA_ALMEIDA/Divulgação
Já o chef e empreendedor social carioca João Diamante venceu o prêmio Champions of Change (Campeões da Mudança), pelo seu projeto social Diamantes na Cozinha. Fundado em 2016, o programa utiliza a formação profissional em gastronomia como ferramenta de inclusão, e já impactou mais de 3 mil pessoas. É a primeira vez que um chef brasileiro é contemplado pelo prêmio nesta categoria.
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O chef João Diamante orgulhoso com seu prêmioRenata Araújo/Divulgação
De fato, o Brasil foi muito bem representado com estes dois prêmios, entregues a dois profissionais que tiveram uma trajetória de vida parecida, e lutaram muito para chegar onde estão. São exemplos de perseverança e generosidade para as novas gerações!
Renata Araújo e Janaína TorresRenata Araújo/Divulgação
Há também o Prêmio Resy One To Watch, que reconhece um restaurante estrela em ascensão. O vencedor foi o Kato, em Los Angeles, que oferece uma experiência asiático-americana. Já a Melhor Chef Pâtissier do mundo foi a parisiense: Nina Métayer.
Kato, de Los AngelesCamila Almeida/Divulgação
E a animada After Party foi no beach club do hotel Wynn, onde chefs, empresários, jornalistas e profissionais da indústria confraternizaram noite adentro no forte calor de Las Vegas.
After Party do 50 BestRenata Araújo/DivulgaçãoBeach Club do WynnRenata Araújo/Divulgação
Eventos Paralelos
Alguns dias antes, aconteceu o 50 Best Talks, onde profissionais da indústria dão palestras, contando experiências próprias sobre seus negócios. Entre os participantes desta edição, estavam o chef nova-iorquino Kwame Onwuachi, o chef pioneiro à base de plantas Daniel Humm e a pesquisadora culinária Malena Martínez.
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No 50 Best TalksRenata Araújo/Divulgação
Além disso, tive o privilégio de ser a única jornalista brasileira convidada para o glamuroso jantar de imprensa, em que sete chefes premiados cozinharam em um cenário digno de filme, com uma longa mesa ornada com belos arranjos de flores e lugares personalizados, no hotel Venetia. Thomas Keller, Olivier Dubreuil, Wolfgang Punk, entre outros, apresentaram suas criações fora de série na noite batizada de La Dolce Vita.
Mesa linda no jantar La Dolce VitaRenata Araújo/DivulgaçãoRenata Araújo e o renomado chef Thomas KellerRenata Araújo/Divulgação
Para conferir a lista completa do 50 Best Restaurants 2024,clique aqui.
Foram dias festivos e de confraternização em prol da gastronomia, em que chefs do mundo inteiro se reencontraram, trocaram ideias e comemoraram seus títulos.
Mari Nicodemus, Maria Vargas, Sócia da Documennta, e Renata Araújo no 50 BestRenata Araújo/Divulgação
Pouco depois de festejar a manutenção de suas duas estrelas no Guia Michelin, o restaurante Oteque, do chef Alberto Landgraf, em Botafogo, voltou a figurar entre os 50 melhores do mundo, surgindo na 37ª posição da The World’s 50 Best Restaurants, lista de maior prestígio na atualidade.
A cerimônia do prêmio ocorreu em Las Vegas, nos EUA, na noite de quarta (5), e consagrou o Disfrutar, de Barcelona, como melhor restaurante do mundo. No Brasil, o outro restaurante a constar entre os 50 melhores foi o paulistano Casa do Porco, dos chefs Jefferson Rueda e Janaína Torres, que ficou na 27ª posição do ranking.
Janaína, à frente também de casas como o Bar da Dona Onça, em São Paulo, já havia sido eleita a melhor chef do mundo, em março, e subiu no palco para receber o prêmio da Casa do Porco.
A Rio Restaurant Week está em cartaz até o dia 23 de junho, em 50 restaurantes da cidade. A edição segue o padrão de valores fixos para cada menu. No tradicional, o almoço custa R$ 54,90 e o jantar R$69,90. No plus, o almoço sai a R$68,90 e o jantar custa R$89,90. Na categoria premium, sai por R$ 89,00 o almoço, e R$ 109,00 o jantar.
No Loire Bistrô, restaurante francês no shopping Vogue Square, na Barra (Av. das Américas, 8585), o almoço de R$ 89,00 oferece, de entrada, as opções: salada de queijo boursain (mix de folhas, queijo de cabra boursain empanado, tomate seco, picles de abóbora, passas pretas, amêndoas laminadas e azeite temperado com limão e tomilho); dupla de croquete de parma. De prato principal tem escalopinho de filé mignon com fettucinne artesanal ao molho de grana padano; ou espague ao carbonara com guanciale. De sobremesa as opções são strudel de massa semifolhada, maçã, nozes, passas, creme inglês e canela; ou sorbet de frutas silvestres.
O Parla, em Copacabana (Rua Aires Saldanha, 98, 3439-9188), tem almoço a R$ 68,00 com as entradas: bruschetta caprese; ou nhoque popeye frito. De principal, o cliente pode optar pelo fettuccine ao molho que queijo com frango caprese; ou escalope de carne com parpadelle ao molho branco; ou aligot de batata baroa com caponata de berinjela, opção vegetariana. De sobremesa tem panna cotta de frutas vermelhas; ou sorvete de queijo com calda de goiabada.
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Loire: espaguete à carbonara leva o tradicional guanciale./Divulgação
No shopping Rio Sul, a rede Abraccio oferece, no jantar de R$ 89,90, um menu com entrada de salada caesar (alface romana, croutons de ciabatta com ervas finas, queijo parmesão e molho caesar); ou três bolinhos de risotto feitos com arroz arbóreo e pancetta. De principal tem nhoque ao molho Alfredo, acompanhado de tiras de filé mignon com cogumelos salteados e prosciutto crocante; ou linguine preparado ao molho de tomate cubetti temperado, servido com camarões grelhados e lula; ou nhoqque de batata ao molho de parmesão com um toque de camarão, acompanhado de camarões frescos grelhados e finalizado com prosciutto crocante. De sobremesa tem torta de palha italiana de chocolate meio amargo e chocolate branco; ou fatia de bolo de chocolate recheado com ganache de chocolate meio amargo, coberto por calda de chocolate.
E o francês Didier, em Ipanema (Rua Vinícius de Moraes, 124, 3624-7960), oferece no almoço de R$ 89,00 um percurso que tem croquetes de carne e molho cocktail; ou bruschetta de queijo de cabra gratinado; ou salada de quinoa, palmito, rúcula, repolho roxo, champignons, tomate confitado, castanhas de caju, azeite extra virgem e limão, de entrada. Como principal, casa oferece filé de frango à milanesa, purê de batatas com azeitonas e salsa, ao molho de alecrim; ou espaguete carbonara e ervilhas; ou massa vegetariana com vinagrete provençal, rúcula, pesto e crumble de parmesão. De sobremesa as opções são musse de chocolate; ou fruta da estação.
A boulangerie que oferece produtos variados de alta qualidade apresenta, em edição limitada, o croissant bicolor, recheado de creme belga e geleia de frutas vermelhas feita na casa (R$ 25,00). Outro lançamento para a data é o fondue Artesanos, um Kit com 4 versões: pistache, Ninho com o. Nos acompanhamentos tem brownie de pistache, minidonuts, cookies, minichurros, brownie de chocolate e morangos. O valor do kit de fondue é R$ 199,00 (para pedidos feitos até 10/06), e R$ 219,00 (pedidos feitos nos dias 11 e 12/06). A Artesanos fica na Rua São João Batista, 26, Botafogo; e na Av. Genaro de Carvalho, 1.435, Recreio. Tel.: (21) 99467-1111.
Artesanos: croissant bicolor é criação para a dataGabriel Ávila/Divulgação
Café Cardin
A coleção de cestas montadas pelo café para a data é grande, e traz opções como a de café da manhã dos namorados (R$ 320,00): 1 minibaguete de fermentação natural, 1 minibaguete tradicional, 1 ciabatta integral, 1 ciabatta tradicional, 1 croissant queijo e presunto, 1 broinha, 1 pacote de palitinhos de queijo (90 g), 1 pacote de pizza branca (90 g), 1 pacote de palmier (90 g), 1 fatia de bolo de cenoura com chocolate, 1 caixa de palha italiana, 1 brownie recheado com brigadeiro, 1 empanada integral, 1 porção de morango com Nutella, peito de peru, queijo gruyère, geleia, requeijão, manteiga e 2 envelopes de drip coffee. Acompanha um coração escrito “te amo”. Os produtos estarão disponíveis durante toda a semana dos namorados. O Cardin fica na Rua Constante Ramos, 44, Copacabana (tel.: 21-96703-5262) e na Rua Carlos Góis, 327, Leblon (tel.: 21-99748-4617)
Com loja virtual para encomendas e loja física no 1º piso do Shopping Leblon, a Chocolat du Jour tem linha de produtos de requinte feitos com o chocolate de fazenda própria de cacau da marca. A caixa beijos traz bombons de chocolate ao leite e escuro recheados nos sabores caramelo, praliné de amêndoas e caramelo praliné (R$ 144,00), e o teddy love é um ursinho feito com puro chocolate ao leite e detalhes em chocolate escuro, sobre barra e coração de chocolate nougat (R$ 265,00). A loja virtual está no endereço www.chocolatdujour.com.br.
Da Thábata: torta em forma de coração e calda de goiabadaLipe Borges/Divulgação
Da Thábata
Para a data romântica, Thábata Tubino criou um tamanho especial de sua premiada tarta basca, ideal para duas pessoas em formato de coração (R$ 75,00). O sabor tradicional da torta de queijo ganha em sabor e charme para a data se acompanhado da calda artesanal de goiaba da Dona Nika, pequena produtora local de Secretário, disponível em pote de 40 ml por R$ 7,50, ou de 150 ml por R$ 29,00. As encomendas podem ser feitas até o dia 10 de junho. A Da Thábata fica no Shopping da Gávea, na Rua Marquês de São Vicente, 52, 3º piso (tel.: 21-97497-1991).
O Medovik
O delicioso bolo russo a base de biscoito artesanal e mel, com recheio de creme “smetana” da casa, ganha sabor especial para o Dia dos Namorados. Única loja dedicada ao estilo na cidade, a Medovik, em Ipanema, lança um bolo para a data com sabor de chocolate ruby e cereja. As encomendas podem ser feitas até o dia 8 de junho, podendo inckluir os bolos fechados (R$ 330,00, 16 cm; R$ 415,00, 20 cm), ou em fatia (R$ 39,00). A Medovik fica na Rua Visconde de Pirajá, 156, sobreloja 203, Ipanema (tel.: 21-99579-9904).
Medovik: bolo russo de chocolate e cereja une sabor e personalidadeRodrigo Azevedo/Divulgação
As chefs irmãs Carol e Marcela Franco, da confeitaria Sweet November, apostam em doce fondue para conquistar os apaixonados. É um bowl feito com massa de cookie, com diversos acompanhamentos: ganache, morangos e uvas higienizados, cubinhos de palha italiana e brownie. A tentação está disponível sob encomenda na loja ppor R$ 209,00. Além do fondue, as chefs prepararam um catálogo que tem pedidas como mini naked brownie (R$ 79,00), caixa coração lapidado com doces (R$ 119,00), urso de chocolate (R$ 149,00), e caixa de bombons de morango e brigadeiros avulsos (a partir de R$ 32,00). As encomendas podem ser feitas através do whatsApp: (21) 99281-9206. A Sweet November fica na Rua Professor Hermes Lima, 30, Recreio dos Bandeirantes.
Sweet November: a cestinha comestível é feita de cookie./Divulgação
BAIXE O APP COMER & BEBER E ESCOLHA UM ESTABELECIMENTO:
– Não aguento essa “modinha”!! Você viu que vários restaurantes que ganharam estrelas no guia Michelin são asiáticos?
Ao que respondi, claro:
– Sinto dizer, mas você está velha.
Nem todo mundo gosta de comer tanto quanto eu e você, que nos encontramos aqui nesse quadrado para falar das delícias do estômago. Para nós, fanáticos, “asiático é tão século passado, já…”, mas há quem se espante, ainda.
Não que eu seja ‘xófen’, muito pelo contrário, mas o interesse por gastronomia mantém meu olhar fresco.
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Minha geração cresceu eurocêntrica.
Para além da gastronomia dos nossos colonizadores, a nossos avós ainda viram cardápios escritos inteiramente em francês – a referência gastronômica da época – e falavam “saumon” e “restaurant” caprichando no acento. Para quem podia viajar, os principais destinos de sonho eram Paris ou Roma. Daí chamarmos de cozinha afetiva um “spaghetti al pomodoro” ou bolonhesa, um bife com fritas, uma canja…
Mas a Ásia – e minha amiga não notou – já faz parte de nossa mesa, há tempos. Não o que se convencionou chamar de “restaurante asiático”, que é tão somente a Ásia sínica e japônica (uma baita injustiça com um continente tão diverso), mas a Ásia libanesa, síria ou armena, com suas coalhadas, tabules, falafels, homus ou pães sírios estão há muito em nosso dia a dia. Sem falar, obviamente, dos curries indianos, que nunca saíram de moda. Isso tudo é a Ásia que alguns restaurantes parecem esquecer. Por ora.
E falando da Ásia japônica, pouca gente sabe que o primeiro restaurante japonês do Brasil “aconteceu” em São Conrado, em 1939. Então “moda” não é.
O que chamamos de “moda” na gastronomia não é questão de originalidade, somente; é também um reflexo de poderio econômico. E países poderosos são grandes exportadores de tendências, não só para o Brasil. O guia Michelin não tem um viés asiático; apenas reconhece um fato. Com o absurdo crescimento da China, ainda vamos juntar muitas receitas sínicas ao nosso caderninho. E, é claro que, o que seus filhos chamarão de “comfort food” pode ser um lámen e não um spaghetti al pomodoro. A bússola afetiva mudou.
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Faz tempo que o sashimi tomou o pódio do carpaccio ou tartare, as algas andam mais presentes que as folhas, que o ponzu é o novo vinagre balsâmico, que o bao é o novo pão de hambúrguer, e tempurá é o novo pastel. E não, não é “modinha de asiático”. O único fator que limita a cópia de receitas de fora é a disponibilidade de ingredientes. Sempre foi assim e acho tudo muito interessante.
Alguns especialistas projetam um crescimento notável para a Indonésia, Turquia e Egito. Vou pegar a pipoca e esperar um koshari (arroz com lentinha e macarrão egípcio) virar o novo lámen. Já temos todos os ingredientes aqui, mas espere um pouco, que a gente gosta mesmo é de pertencer a time que está ganhando…
Aliás, o Brasil também está na lista de grandes economias do futuro. Só falta a gente olhar para o umbigo e descobrir que o ouro de amanhã pode estar enterrado bem aqui no nosso quintal.
Resta saber se não teremos esquecido tudo que somos.
No Páreo (Rua Mário Ribeiro, 410, tel.: 2540-9017), o destaque nos fondues que servem duas pessoas vai para o de salmão crocante, envolto na farinha panko, acompanhando batata rosti e seis molhos (R$ 239,00). O de filé mignon traz as mesmas guarnições (R$ 198,00), o de queijo vem com cesta de pães, aipim, cenoura e brócolis (R$ 198,00), e o de chocolate traz morango, uva, banana, pera e maçã (R$ 94,00). os fondues são servidos com reserva, a partir das 18h, de terça a domingo.
O rodízio de fondue do Fazendola, na Praça General Osório (Rua Jangadeiros, 14, Ipanema), está em cartaz e tem preço promocional até este sábado (1), no valor de R$ 94,90. É preciso entrar no perfil do restaurante no Instagram e fazer um print da postagem sobre a promoção. O rodízio pinta nas versões de queijo, carne, e linguiça, além de chocolates preto e branco com morango, uva, abacaxi e banana. O esquema funciona de terça a quinta, das 18h30 à 0h; e sexta e sábado até 1h.
Gato Café: delicadezas na versão de chocolate./Divulgação
No Gato Café (Rua das Palmeiras, 26, Botafogo, tel.: 21-99068-3036), o cardápio de inverno está em cartaz e os fondues se destacam, com vinhos em taça. Entre as opções, o de queijo (R$ 50,00) é servido com pães, tomatinhos e pães de queijo. Já o de chocolate, seguindo a linha das ótimas doçuras da casa, é acompanhado por morangos, banana fatiada e marshmallows (R$ 40,00). O combo de dois fondues diferentes sai por R$ 84,00. A taça de vinho, com opções de escolha, custa R$ 22,00.
A chef Millena Sá, da Éclair Cafeteria e Bistrô, no BarraShopping (Av. das Américas, 4666, loja 141, Praça XV, Nível Lagoa), preparou a ação Fondue – Um amor para ser vivido, que estará em cartaz nos meses de junho e julho, servindo para duas pessoas. A receita tem versão salgada de queijo com os acompanhamentos: degustação éclair (massa), camarão selado, carne selada, frango selado, pães selados e mini batatas calabresas (R$ 140,00). A opção doce tem três versões: pistache com pistaches picados; caramelo salgado com amêndoas e flor de sal; e chocolate preto com raspas de chocolate. Acompanham banana, uva, morango, kiwi, degustação de éclair (massa) e marshmallow (R$ 130,00). Na compra de dois fondues, ganha-se duas taças de vinho tinto para o brinde.
Éclair: delícias variadas como camarão para mergulhar no queijoSamanta Toledo/Divulgação
Ainda na Barra, o fondue do Loire Bistrô, no Vogue Square (Av. das Américas, 8585, tel.: 97999-3403 está disponível todos os dias e serve duas pessoas, em figurino francês. O savoyarde (R$ 289,00) é feito com mix de queijos gruyère, emmental, gouda e um toque de kirsch, servido com batata noisette, legumes, cogumelo shitake, pera e pães; e a versão tartufo (R$ 349,00) leva um toque de salsa trufada. O bourguignonne (R$ 289,00) tem cubos de filé mignon e sete molhos (bernaise, poivre, roti, mostarda, maionese trufada, ketchup e chutney de maçã, acompanhado de batata noisette. Entre os doces estão os de toblerone; Ninho com Nutella; e Baileys com chocolate meio amargo, todos servidos com frutas da estação, nozes e marshmallows (R$ 179,00).
Na Tijuca, o tradicional rodízio de fondues do Otto (Rua Uruguai 380, tel.: 2268-2000) oferece as versões de carne, queijo e chocolate, com batata rosti, legumes e frutas para acompanhar (R$ 139,00 por pessoa).
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