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Especial Egito

Visitar o país que foi o berço e o palco de uma das mais importantes civilizações a que tivemos notícia até atualidade sem dúvida é uma enorme viagem na história, cheia de riquezas de informações culturais.

Breve Histórico

A civilização egípcia deixou impresso no curso do tempo incontáveis influências até a época atual, foram responsáveis por implementar inovadoras técnicas como o calendário, o arado, a escrita em papiros, arquiteturas monumentais, a medicina, a agricultura, dentre tantos outros traços que podemos constatar. Alguns detalhes interessantes desses povos e que impressionam é que detinham conhecimentos muito avançados de matemática, física e química e quando observamos a magnitude das suas obras, nos rendemos a uma frase muito dita do Egito em nossos tempos, “o homem teme o tempo e o tempo teme as pirâmides“. Uma civilização tão impactante que deixou um monumental legado a história da raça humana.

Estes povos foram relatados em diversas passagens da Bíblia, livro sagrado dos cristãos. Eles se instalaram na região do extremo nordeste da África por volta do IV milênio A.C., em uma área de desertos e na imensa e fértil planície do rio Nilo, a primeira dinastia deu-se por volta de 3.100 A.C.. Por esta civilização da antiguidade passaram muitos Faraós, figuras consideradas como “semi-deuses” que governavam com o poder absoluto.

O Vinho no Antigo Egito

Egiptólogos, arqueólogos e pesquisadores de diversas áreas da ciência estudaram e estudam o comportamento e hábitos culturais desta civilização. A partir de achados arquitetônicos e inúmeros objetos encontrados nos mais diferentes locais por onde eles viveram e se expandiram, na atualidade podemos conhecer detalhes significativos das suas crenças, dos seus hábitos e da sua história. Uma excelente herança desses povos foi a sua forma de tratar o vinho, chamado por eles de “irep“, elevaram o seu status e deixaram preciosas informações registradas através de pinturas, de hieróglifos e inúmeros objetos, os apaixonados pela cultura vínica hoje podem obter informações preciosas com essas várias riquezas encontradas desta civilização.

Sabe-se que o vinho não foi inventado pelos egípicios, mas eles presaram muito por essa bebida, considerada sagrada. O vinho era oferecido aos deuses como tributo pelos Faraós, também utilizado como tratamentos médicos e em rituais pelos sacerdotes egípcios. O seu consumo apesar de ser um hábito em festivais e no dia a dia, não era permitido para as classes mais baixas da população num certo período da história, só os Faraós e os sacerdotes podiam consumi-lo. Os bárbaros bebiam a cerveja, pois nas margens do rio Nilo eram cultivados vastas quantidades de cereais como cevada e o trigo, o que possibilitava a produção da cerveja em maior escala. Mas depois de um certo período histórico o vinho passou a fazer parte da alimentação diária da população juntamente com a cerveja, esta já consumida em grandes quantidades. Os egípcios das classes mais altas passaram a consumir vinhos comprados dos grandes comerciantes da história, os fenícios, e pagavam em ouro as amphoras de vinho trazidas da Fenícia. Na época esses vinhos tinham melhor qualidade comparado ao que eles produziam e claro que esses vinhos especiais eram os mais valorizados.

Um fato muito interessante é que quando algum Faraó morria, todos os seus luxuosos pertences eram colocados em suas tumbas, há informações de estudiosos que dizem que esses objetos colocados nas tumbas não eram os que eles já estavam em uso, eram sim objetos “novos” colocados para serem utilizados quando acordassem do sono da morte. Eles acreditavam na segunda vida após a morte e por isso imaginavam que precisariam de todos os seus objetos úteis e de grande riqueza para a passagem para a outra vida. Tesouros de valor imensuráveis e que na atualidade sabe-se que provavelmente foram saqueados pelos próprios sacerdotes que eram as únicas pessoas a conhecerem o caminho. Até hoje foram descobertos 67 tumbas e só uma estava completamente intacta, o túmulo de Tut Ankh Amun.

O Túmulo do Faraó Tut Ankh Amun

O único túmulo íntegro e intacto que foi encontrado (1922) foi túmulo de Tut Ankh Amun, o 11º Faraó da XVIII Dinastia do Novo Império, que não teve uma grande expressão durante a sua época de governo. Ele era uma criança quando chegou ao poder e faleceu com 19 anos. Mas a sua contribuição foi de forma magnífica para a ciência e hoje podemos obter tantas informações sobre os hábitos da época.

Diversas ânforas de vinho foram encontradas em muitos lugares onde viveram esta civilização, um dos locais e objetos mais famosos e importantes foram as 36 ânforas encontradas no túmulo do Tut Ankh Amun, em que em algumas continham até informações do tipo do vinho, onde ele era produzido, o proprietário do vinhedo e quem o produziu, evidenciando que detalhes tão preciosos e utilizados até os nossos dias contemporâneos já eram considerados importantes para esta civilização.

A Atualidade da Cultura Vínica no Egito

Na atualidade a produção é quase insignificante, concentrada praticamente na iniciativa de pequenos produtores que tentam ressuscitar essa cultura e vislumbram através do turismo dar a conhecerem ao mundo um pouco da história dos seus antepassados.

A cultura vínica foi praticamente extinta no Egito há 1500 anos atrás quando o Islã passou a ditar as normas religiosas e culturais ao qual abominam o consumo de qualquer bebida alcoólica. Até a chegada do poder do Presidente Abdel Nasser na década de 70, a pequena industria do vinho era administrada por estrangeiros, entretanto com a postura de nacionalizar todos os setores produtivos, o setor entrou em decadência, tendo como último golpe fatal a restrição através do governo de limitar o consumo local de álcool e a venda nas lojas. E só após o ano 2000 começou um pequeno movimento para retornar a produção de vinhos, essa ação muito voltada a atender o setor do turismo e os cristãos que vivem no país.

Pasmem quando um turista adentra o Egito, ele tem 48 horas para efetuar alguma compra de uma bebida alcoólica em alguma loja de Duty-free, isso uma ou no máximo duas garrafas de vinho ou de outra bebida que contenha álcool, essa informação é anotada manualmente no passaporte sobre o visto de entrada, impossibilitando que o turista compre mais garrafas. O consumo está liberado em cafés, restaurantes e hotéis onde possam eventualmente comercializar essas bebidas.

Segundo dados da Organização Internacional da Vinha e do Vinho OIV(2021) o Egito está na 88º posição de consumidor de vinho do mundo com a marca de 0,1 L per capta, e na 58º posição de produtor, dados praticamente zerados em porcentagem a nível global, mas possui uma área de 91 633 ha dedicados a produção de uvas de mesa e a uvas passas, ficando assim na 21º posição mundial de produção de Vitis. A maioria dos vinhos egípcios são produzidos com uvas de vinhedos da região de Alexandria, um exemplo de produtor nesta área é o Gianaclis Vineyards e também se produz na região do Egito Médio na área do El Gouna, particularmente o produtor Koroum do Nilo.

Os Raros Vinhos Egípcios

Não é algo fácil encontrarmos vinhos do Egito a venda pelo mundo, e isso ocorre devido a pouquíssima produção e as inúmeras dificuldades que a pequena indústria enfrenta para retomar esse setor produtivo no país. As principais castas utilizadas para os vinhos tintos são a Cabernet Sauvignon, a Syrah, a Grenache, a Bobal e a Tempranillo, enquanto Sauvignon Blanc, Viognier, Chardonnay, Vermentino e Muscat são usados para vinhos brancos.

A Koroum do Nilo, uma vinícola baseada em El Gouna, cultiva uma variedade de uva indígena conhecida como Bannati que é usada em seu vinho branco Beausoleil.
Hoje, as marcas de vinho popular no país incluem Omar Khayyam, Ayyam, Shahrazade, e Beausoleil, que são servidas em muitos hotéis do Egito, resorts e cafés em alguns dos bairros mais superiores do país.

Um Pequeno Relato Pessoal da Visita ao Egito Atual

Visitar o Egito foi uma das experiências mais incríveis de viagem que já fiz, uma magnífica imersão nas pegadas de uma das civilizações mais importantes no curso da humanidade. Conectar esta civilização com a cultura vínica me fez ter muito mais certeza da importância de ter estado in loco neste cenário milenar.

Poder fazer uma viagem tão especial, tão rica em momentos incríveis, repleta de aprendizados e descontração só foi possível por estar ao lado de um grupo extraordinário de pessoas das mais diferentes idades e que a vida estava reservando de presente para mim conhecê-los, e que agora se tornaram a minha nova FAMÍLIA egípcia.

Percorrer tantas distâncias dentro do país de avião, de ônibus, de barco e tantos outros meios alternativos de transportes, partindo do Cairo e chegando quase na fronteira com o Sudão, entrando em tantas cidades, inúmeros monumentos e locais históricos, navegando sobre o Nilo, o maior rio do mundo, andando de balão e visualizando a beleza da paisagem e o nascer do sol, são lembranças que jamais sairão da minha memória.

Gostaria de fazer um agradecimento especial ao egiptólogo e guia Bassam el Stefie, um egípcio que tanto se dedicou nesses dias que estive em sua terra para que a experiência fosse a mais completa possível.

Espero que você leitor Bacolover tenha gostado desta partilha sobre esta civilização tão especial para a história do vinho, que possamos estar sempre conectados para a troca de conhecimentos multiculturais e podermos aprender com a história a não repetirmos os mesmos comportamentos cíclicos que dizimam a cultura de um povo. Desejo excelentes provas e novas descobertas vínica. Saudações báquicas!
Sahhaha !
Saúde! Cheers! Santé !

Contato do Guia Bassam el Stefie
e-mail : bswefi@yahoo.com
WhatsApp: +201005682780
@bassamelwefi

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Mundo dos Vinhos por Dayane Casal
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Em sintonia: Casa Milà e A Marisqueira promovem jantares harmonizados

Com a Espanha correndo nas veias, a Casa Milà, em Laranjeiras (Rua Esteves Júnior, 28), realiza um jantar harmonizado em parceria com a importadora Casa Flora, nesta terça (25), a partir das 20h.

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Para a entrada serão servidas as tapas: kebab de polvo com batata calabresa e tomate confitado ao beurre blanc de açaí; e croqueta de camarão, com aipim da roça, catupiry, tomate assado e especiarias espanholas ao aioli defumado. De principal virá o arroz negro defumado com tagliatas de mignon e telha de parmesão. Para encerrar, o crumble diet de frutas vermelhas e calda de figo.

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O menu assinado pelo chef Fernando Almeida será acompanhado por quatro rótulos espanhóis: Cava Don Román Rosé; Nuestro Verdejo; Marques de Tomares Excellence; e Pescador Rosé.

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O valor do jantar é R$ 165,00 por pessoa, mais 10% de taxa de serviço. Reservas pelos telefones 3586-7460 ou 99574-5830 (Whatsapp).

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Do alto de seus 70 anos de tradição, A Marisqueira (Rua Barata Ribeiro, 232, Copacabana) passou por reformas recentes e ganhou eventos como jantares harmonizados. Na quinta (27), às 19h30, quem combina vinhos clássicos portugueses com os pratos da casa é o sommelier Paulo Nicolay, que assim apresenta a noite:

Sardinha e bolinho de bacalhau com vinho verde Adega de Monção para início; prato de bacalhau com tinto Tapada do Fidalgo, do Alentejo; cordeiro com tinto Porca de Murça, da região do Douro; e pastel de nata com vinho do Porto Dom José.

O jantar harmonizado custa R$ 250,00 por pessoa, mais 10% do serviço. Reservas: pelos telefones 2547-3920 ou 98397-4275.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Após sucesso em Ipanema, restaurante La Fiorentina abre as portas na Barra

Conforme foi anunciado pelos donos da marca, depois que o endereço histórico do restaurante fechou, no Leme, devido a uma dívida milionária dos proprietários do imóvel com o Banco Cédula, a La Fiorentina dá seu primeiro passo para virar uma rede de endereços nacionais e também no exterior. Após abrir seu salão em Ipanema, para onde foram levados móveis e quadros do endereço original, a casa que se notabilizou como ponto de encontro da classe artística carioca inaugura na Barra da Tijuca sua primeira filial.

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Anunciando uma cozinha italiana simples e de preços acessíveis, o restaurante já funciona na Avenida Lucio Costa 1.996, com 250 lugares. O ambiente segue a linha da casa de Ipanema, com sofás, tons de madeira e parede azul-marinho. Nas novas pilastras, os autógrafos de personalidades são reproduzidos em papel de parede, com espaço para novas assinaturas reais que já foram feitas por nomes como a cantora Rosemary, o saxofonista Leo Gandelman e Marcos Braz, vice-presidente de futebol do Flamengo.

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Na Barra, está à frente da cozinha o chef Maguila, com passagens por cozinhas do Grupo Fasano e o Casa Tua Cucina. É ele o responsável por fortalecer o menu de pratos que levam nomes de celebridades, como o Espaguete Mediterrâneo do Ziraldo, com frutos do mar, e o Ravióli di Burrata Paolla Oliveira.

O empresário Omar Peres, dono da marca, anuncia a abertura do La Fiorentina em Lisboa, em agosto, além de mais três lojas no Rio e uma em Belo Horizonte para 2024.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Portela em lata: escola de samba ganha cerveja para ‘chamar de sua’

A bebida “oficial” do samba, onde quer que o ritmo se encontre, chega personalizada às maiores escolas do Rio, e a Portela é a lata da vez. Depois da Mangueira, que ganhou uma pilsen verde e rosa feita pela Antuérpia, cervejaria de Juiz de Fora (MG), a Azul de Branco de Oswaldo Cruz ganhará duas cervejas próprias, produzidas pela Masterpiece, fábrica de Niterói que ostenta o título de cervejaria mais premiada do estado.

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O lançamento das latinhas com a águia da Portela no rótulo será no dia 5 de agosto, um sábado, durante a famosa feijoada na quadra da escola. Serão duas bebidas denominadas como pilsen, com o mesmo teor alcoólico de 4,5% ABV, leve para que se possa cair no samba sem perder a linha.

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Enquanto a primeira terá corpo mais leve e sabor menos pronunciado, seguindo a linha das cervejas mais consumidas na cidade, e de forma massiva durante os festejos do Carnaval, a segunda traz no rótulo o status de “premium”, mais próxima do pilsen verdadeira, de acordo com os guias oficiais de estilos cervejeiros. Uma cerveja com o sabor do malte mais presente e corpo ligeiramente superior. Na quadra, custarão R$ 8,00 (Pilsen) e R$ 8,50 (Pilsen Premium). Também serão vendidas em packs de 6 e 12 unidades nas lojas da Portela.

A parceria ocorreu após um convite para André Valle, CEO da Masterpiece, visitar a quadra da escola, ocasião em que levou diversas cervejas de sua marca. A ideia foi levada a cabo com uma história pronta e significativa: a cervejaria e a escola são as mais premiadas do Rio. Diga-se de passagem, a cor azul é também determinante na identidade visual de ambas.

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A Masterpiece se destaca na cena brasileira da cerveja artesanal pela variedade e a criatividade em seus estilos, com produções sazonais e de linha que exploram territórios distintos de sabor, e rótulos que homenagaiem artistas e obras de arte. A fábricade Niterói é também um exemplo notável de produção sustentável, com energia solar, captação de água da chuva e reaproveitamento do bagaço de malte, entre outras ações.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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EUA, China e Canadá estão consumindo mais vinhos do Vale do Rhône

Jill Barth/Forbes EUA

Jill Barth/Forbes EUA

Vinhas íngremes em Crozes-Hermitage, no norte do Vale do Rhône, na França, onde uvas brancas são cultivadas em condições desafiadoras

Os vinhedos do Vale do Rhône representam a segunda maior denominação de origem de vinhos na França, de acordo com a Inter Rhône, organização que representa os produtores de vinho e comerciantes da região. Isso inclui Côtes du Rhône, 15 crus, vinhos de nível de vila e várias outras denominações dentro de um contexto maior do Vale do Rhône, abrangendo uma área que se estende das proximidades de Vienne, ao norte francês, até quase Arles, ao sul. Estima-se que cerca de 13% desses vinhedos estão certificados como orgânicos até a safra de 2021. A grande maioria dos vinhos produzidos nesta área é tinto – em 2021, representaram 76% das uvas colhidas nas vinhas do Vale do Rhône, lideradas pelas variedades Grenache e Syrah.

No entanto, com o crescente interesse global em vinhos brancos e rosés, os produtores do Vale do Rhône têm como prioridade aumentar a produção dos brancos. “O Vale do Rhône possui uma proporção modesta de vinhos brancos, representando 7% das vendas totais de vinhos tranquilos”, de acordo com um comunicado de dezembro de 2022 da Inter Rhône. “O crescimento tem sido positivo, com aumento de 1,1% ao ano nos últimos dez anos, mas o ganho em volume ainda é baixo, em comparação com o mercado global.” O relatório indica que a produção global de vinhos brancos é de aproximadamente 36%, com base em dados da análise de mercado de bebidas da consultoria inglesa IWSR, uma das mais relevantes do setor.

“O objetivo para essa categoria é dobrar os volumes atuais”, indica a Inter Rhône. “Essa ambição em relação aos vinhos brancos se refere principalmente aos vinhos tranquilos, mas também aos vinhos espumantes.” Trata-se de um ajuste que representa um crescimento anual de 5,6%, passando de 7,4 milhões de litros comercializados em 2020/2021 para 30 milhões de litros até 2031.

No caso dos consumidores dos Estados Unidos, eles devem ver esse esforço traduzido nas prateleiras das lojas e nas plataformas de comércio eletrônico, pois os produtores do Vale do Rhône identificam o país como um mercado prioritário, juntamente com o Canadá e a China. Os Estados Unidos são o “primeiro mercado em termos de faturamento de exportação para o Vale do Rhône e o terceiro em volume, com um aumento de 3,5% ao ano desde 2014”, de acordo com a Inter Rhône.

Os vinhedos do Vale do Rhône são divididos em dois segmentos, Norte e Sul, e dependendo de onde o produtor está cultivando, diferentes uvas brancas se destacam, com diferentes regras de produção e plantio. Atualmente, em muitas das denominações da região, os vinhos brancos representam uma pequena fração dos vinhedos e do volume produzido. No entanto, nesses lugares, muitos produtores estão interessados no potencial que poderia resultar de um aumento no plantio de variedades de vinho branco.

Crozes-Hermitage, por exemplo, é uma denominação de origem cru do Norte do Rhône que produz principalmente Marsanne, com uma presença crescente de Roussanne para vinhos brancos – essas são as únicas duas uvas brancas permitidas pelas regras da denominação. Yann Chave é um viticultor de segunda geração e líder do sindicato de Crozes-Hermitage. Ele produz um Crozes-Hermitage blanc feito com 70% de Marsanne e 30% de Roussanne. Chave diz que tem notado mais interesse dos consumidores por vinhos brancos e que a Roussanne está aumentando sua área porque mantém acidez diante de estações de crescimento mais quentes.

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Cairanne, por outro lado, é uma denominação de origem cru do Sul do Rhône que se destaca pela Clairette (que deve representar 30% ou mais do vinho), seguida pela Grenache Blanc e Roussanne para a produção de vinhos brancos. Cairanne também impõe um limite para o uso de enxofre e exige colheita manual; máquinas são proibidas. O produtor Loïc Massart, dono do Domaine Les Chemins de Sève, diz que, embora os vinhos brancos de Cairanne sejam raros, eles podem competir com vinhos brancos de “sabor mais refinado” de todo o mundo.

De acordo com a previsão da BevAlc Insights 2022 para a categoria de vinho branco “todas as subcategorias de vinho branco de crescimento mais rápido representam variedades de uva mais desconhecidas” no mercado dos EUA – embora Marsanne, Roussanne, Clairette e Grenache Blanc não sejam necessariamente “desconhecidas”. Por isso, eles podem ser um trunfo nas mãos dos principais vendedores de Sauvignon Blanc, Chardonnay e Pinot Grigio, em busca de diversificação. Isso é promissor para os vinhos brancos do Vale do Rhône, que possuem uma variedade de opções satisfatórias, desde vinhos frescos e jovens até vinhos texturizados e potentes. “Os vinhos brancos franceses – há muito tempo a quarta origem mais popular –, estão em ascensão, ganhando dois pontos percentuais de participação até agora este ano”, de acordo com o relatório da BevAlc Insights – reforçando a posição de que os vinhos brancos do Vale do Rhône estão satisfazendo a demanda dos consumidores.

*Jill Barth é colaboradora do Forbes EUA e master na Wine Scholar Guild. Também escreve para USA TODAY 10Best, Wine Enthusiast, Decanter, VinePair, Relais & Châteaux Instants Magazine, SevenFifty Daily, France-Amérique, Palate Press, Luxe Provence, Courrier International, Provence WineZine e Perfectly Provence (tradução: João Pedro Isola).

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Notícias sobre vinhos – Forbes Brasil
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Brinde ao friozinho: uma seleção de vinhos com bom custo-benefício no Rio

Na Mercearia Dom Luiz, na Cobal do Humaitá (Rua Voluntários da Pátria, 448, lojas 10 e 11), há um achado imperdível da região portuguesa do Douro. É o tinto Tecedeiras Lilás 2020. Um vinho muito bem feito e delicioso com as castas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca, típicas da região. A garrafa custa R$ 98,00 e há promoção progressiva: duas saem por R$ 160,00, e a caixa com seis custa R$ 390,00.

Tecedera: português do Dão em promoção progressiva
Tecedera: ótimo português do Dão em promoção progressivaInternet/Reprodução

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Na loja da Wine do Leblon (Rua Dias Ferreira, 228), há dicas espertas como o chileno U by Undurraga Valle Central Red Blend 2021 (R$ 69,30), feito com as uvas Cabernet Sauvignon, Syrah e Malbec, passando em 15% por barris usados de carvalho americano. Vinho fácil, aromático e perfeito para abrir entre amigos e petiscos.

Undurraga: linha U mescla Cabernet Sauvignon, Syrah e Malbec
Undurraga: mescla de Cabernet Sauvignon, Syrah e MalbecInternet/Reprodução
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Na Wine está disponível também o espanhol Esteban Martín D.O.P. Cariñena 2021 (R$ 50,47), que mescla as uvas Garnacha e Syrah. Um vinho expressivo e premiado mais de uma vez, com aromas de frutas vermelhas e toque de especiarias, feito com práticas sustentáveis e orgânicas na vinícola.

Esteban Martin: espanhol premiado que vale a visita
Esteban Martin: espanhol premiado que vale a visitaInternet/Reprodução
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Na Tasca da Mercearia (Rua Assis Bueno, 26, Botafogo, tel.: 3556-1425), casa de gastronomia portuguesa em Botafogo, os vinhos podem ser pedidos na mesa, direto da prateleira, ou levados para casa. O Vinho Verde Bico Amarelo (R$ 99,00) é fresco, frutado e mineral, um notável exemplar do gênero.

Bico Amarelo: adorável vinho verde para o cair da tarde
Bico Amarelo: adorável vinho verde para o cair da tardeInternet/Reprodução

Na rede de restaurantes Vino! (loja de Copacabana na Rua Santa Clara, 8, tel.: 99434-7952), as prateleiras estão repletas de garrafas para acompanhar o almoço ou serem levadas para casa, a exemplo do tinto argentino El Colectivo (R$ 93,00), com aromas de frutas escuras e vermelhas maduras, perfeito para um churrasco.

El Colectivo: expressão de frutas escuras maduras do malbec argentino
El Colectivo: expressão de frutas escuras maduras do malbec argentinoInternet/Reprodução

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E a rede de supermercados Zona Sul, com a ótima curadoria do sommelier Dionísio Chaves, oferecem farta seleção de rótulos com preços atrativos para a qualidade que entregam. Ele sugere o tinto argentino Argento Cabernet Franc (R$ 56,80), de taninos maduros, encorpado e com aromas de cerejas, framboesas e groselhas; e o Notte Rossa Primitivo di Salento (R$ 68,50), encorpado e de perfume que lembra ameixa e cerejas, com notas de alecrim e baunilha.

Notte Rossa
Notte Rossa: italiano feito com as uvas Primitivo em SalentoInternet/Reprodução
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Assista à final do Tour de France brindando com estes vinhos

Tim de Waele/Getty Images

Tim de Waele/Getty Images

O Tour de France é uma das provas de ciclismo mais famosas do mundo

Uma das provas de ciclismo mais importantes do mundo, o Tour de France encerra sua 110ª edição neste domingo (23). A corrida de ciclismo de estrada teve início dia 1 de julho, em Bilbao, na Espanha, e termina em Paris, após ter passado por grandes regiões viníferas da França, como Bordeaux, Vale do Loire, Jura e Beaujolais.

Para brindar a reta final, os sommeliers Bautista Casafús, do restaurante Arturito, Diego Cartier, da vinícola Vivente e Guilherme Giraldi, do Cais, indicam alguns de seus vinhos preferidos produzidos nas terras que receberam os atletas de elite e que podem ser encontrados no Brasil. Veja a seguir:

Bautista Casafús – Sommelier do restaurante Arturito

Bruno Geraldi

Bruno Geraldi

Bautista Casafús

  • Château d’Argan 2016 (Bordeaux)

“Produzido pelo Chateau d’Argan com uvas cabernet sauvignon, merlot e petit verdot, este é um belíssimo exemplar de Cru Bourgeois, no qual a madeira não é a estrela e sim um acessório. Elegante e com um preço imbatível.”

  • Moulin à Vent Les Trois Roches 2020 (Beaujolais)

“A região de Beaujolais tem muito a nos oferecer. Este é um ótimo exemplo de como um vinho pode ser crocante, rico e delicioso sem ser encorpado demais. Produzido pela Domaines Chermette.”

Diego Cartier – Co-fundador da vinícola Vivente

Marcelo Curia

Marcelo Curia

Diego Cartier, da Vivente, passou pela França diversas vezes e, na última viagem, visitou produtores na Borgonha e Champagne

  • Festejar (Auvergne)

“Espumante delicioso e surpreendente de uma região que eu adoro, ainda com poucos exemplares no Brasil. O nome dado pelo produtor Patrick Bouju já diz tudo: borbulhas delicadas, fresco e frutado.”

  • DD, 2019 (Jura)

“Aquele vinho que não tem erro. Não importa a safra, sempre agrada. Fluído, gastronômico e fácil de beber. Uma garrafa é pouco. Não pode faltar na adega. Produzido pela Domaine Tissot.”

  • Côteaux de Tupin, 2016 (Rhône)

“Um dos meus vinhos favoritos dentro do que temos disponível no Brasil. Intenso, macio, equilibrado e persistente. Um tinto feito por Jean-Michel Stéphan, cheio de energia.”

Guilherme Giraldi – Sommelier e sócio do restaurante Cais

Bruno Geraldi

Bruno Geraldi

Guilherme Giraldi

  • Savagin, 2017 (Jura, AOC Arbois)

“Belíssimo vinho branco produzido pela Domaine Tissot, no tradicional estilo oxidativo (non-ouillé) da região. Este vinho é feito por um dos produtores referência do Jura e que tem uma mão incrível para esse estilo. Imperdível para os fãs de jerez.”

Matura por 32 meses sob véu de flor, o que dá uma enorme potência e complexidade para o vinho. No nariz, explode em especiarias (curry principalmente), o que transmite a impressão de ser um vinho pesado em boca, porém a incrível acidez e mineralidade trazem um caráter vertical, tornando-o muito versátil.

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Onde beber rabo de galo, alçado à lista dos principais drinques do mundo

Antes de adentrar o copo nas sugestões de onde tomar o drinque do momento, cabem algumas notas sobre a história de um coquetel nascido nos anos 1950, quando a fábrica da Cinzano instalou-se em São Paulo disposta a popularizar seu vermute no casamento com nossa cachaça, celebrado nos balcões populares dos botequins. O rabo de galo, que no Rio foi chamado de traçado, vem desde então assumindo formas diversas nas mãos dos bartenders do século 21.

+ Com cachaça: confira a receita campeã do concurso estadual de rabo de galo

Por que elegemos como drinque do momento a receita que pede apenas, na forma clássica, duas partes de cachaça para uma de vermute? A resposta está na lista da IBA (International Bartenders Association), seleto grupo de cerca de 100 drinques clássicos do mundo inteiro, com base em diversos destilados, onde o Brasil figurava apenas com a caipirinha. Figurava.

Depois de um trabalho intenso e de muitos anos, levado a cabo pelo mestre Derivan Ferreira, decano dos balcões de drinques no Brasil, e criador de um concurso nacional de rabo de galo, envolvendo bartenders de todo o território nacional, o coquetel entrou finalmente, neste mês de julho da 2023, para a sagrada lista etílica.

Quis o destino que Derivan, uma das figuras mais importantes da coquetelaria brasileira, nos deixasse em maio, antes de ver o sonho realizado. O mestre faleceu aos 68 anos, em Portugal, para onde havia levado um concurso internacional de rabo de galo. O coquetel brasileiro, a bem da verdade, ainda não havia entrado na lista devido a uma guerra de vaidades na Associação Brasileira de Bartenders (ABB), que se fez pequena durante o processo.

“A evolução na coquetelaria desde a criação do rabo de galo foi enorme, da qualidade das bebidas aos copos, técnicas e até o gelo. Hoje o coquetel está em muitas cartas internacionais, com releituras, e vai entrar na lista da IBA. É uma questão de tempo”, disse Derivan, à Veja Rio, um mês antes de falecer.

Vamos às boas.

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Tero: vermute artesanal, bitter de laranja e solução vegetal
Tero: vermute artesanal, bitter de laranja e solução vegetal//Divulgação
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Primeira vermuteria da cidade, que faz na casa versões da bebida aromárica, o Bar Tero (Rua Paulo Barreto, 110-A, Botafogo, tel.: 97666-8588) apresenta seu rabo de galo (R$ 29,00) feito com cachaça Quinta carvalho, bitter cajueiro, vermute rosé da casa, bitter de laranja e solução salina vegetal.

Katz-Su: o coquetel virou rabo de carpa no asiático
Katz-Su: o coquetel virou rabo de carpa no asiáticoVini Bordalo/Divulgação

No Katz-Sū (Rua Von Martius, 325, Jardim Botânico), com todo o Oriente e o bom humor da casa comandada pelo chef Bruno Katz, está na carta o rabo de carpa (R$ 21,00), versão do bartender Daniel Estevan com cachaça amburana, vermute, Cynar e wasabi.

Vian: versão da casa leva infusão de cajá, mantendo a essência do drinque
Vian: versão da casa leva infusão de cajá, mantendo a essência do drinque//Divulgação

O premiado bartender Frederico Vian faz em seu charmoso balcão a versão clássica (R$ 35,00), mas também releituras como o rabo de galo taperebá(R$ 40,00), feito com cachaça envelhecida, Campari, Cynar, Averna e infusão de cajá. No Vian (Rua Paul Redfern, 32, Ipanema, tel.: 97490-0078).

Traçado: coquetelaria de Boteco em Copacabana
Traçado: coquetelaria de Boteco em CopacabanaTomás Rangel/Divulgação

Bebida que dá nome à casa, o traçado leva cachaça branca, Campari, Cynar e um “segredo do bar” (R$ 24,90). Dá para pedir também o traçadinho (R$ 11,90), servido em forma de shot. O Traçado fica na Rua Ronald de Carvalho, 154-C, tel.: 3734-3248.

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Para provar a versão clássica, o Maria e o Boi (Rua Maria Quitéria, 111, Ipanema, tel.: 3502-4634) faz seu rabo de galo (R$ 28,00) com cachaça envelhecida, vermute rosso e Cynar.

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Bola ou bolo? Craque Arrascaeta abre confeitaria na Barra

Ídolo da torcida do Flamengo, o meia uruguaio Giorgian De Arrascaeta mostrou que é bom de bola e bolo. Foi dele a ideia de colocar doce de leite (ou dulce de leche) no bolo gelado de coco que é sucesso na vitrine da Rio Sucrée, inaugurada pelo jogador em sociedade com a mulher, a modelo uruguaia Camila Bastiani. À frente da produção está outro craque, o alagoano Emanuel Pinheiro, que foi chef confeiteiro do Le Cordon Bleu do Rio. O doce citado, também conhecido como “bolo do Arrasca”, está disponível em fatia (R$ 23,00) e inteiro (R$ 250,00). O gâteau ópera (R$ 23,00) é um clássico francês com camadas de creme de café, biscuit e chocolate, e são especialidade da casa tarteletes como a de frutas vermelhas e creme de baunilha de Madagascar (R$ 23,00).

Barra Business Center. Av. das Américas, 3301, bloco 4, loja 120, ☎ 99800-1414 (12 pessoas). 10h/19h (fecha seg.).

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Beco oriental: Eskanbo abre no espaço colaborativo

A invasão oriental continua, felizmente, na descontração de bares e izakayas que configuram uma das mais fortes tendências cariocas do ano, agora com a promissora consultoria de Alissa Ohara, que por décadas esteve à frente do Azumi, o templo japonês que fechou as portas. O Eskanbo é novidade no espaço colaborativo Be+Co, respeitando as diferentes culturas asiáticas da forma que se expressam na comida de rua. O ebi kari kari traz porção de camarão crocante com molho picante (R$ 38,00), e no rafute há barriga de porco cozida em receita familiar da chef, com kimchi e arroz japonês gohan (R$ 43,00). O tradicional pho bo também está presente: trata-se de um caldo vietnamita, bom para os dias mais frios, com especiarias, carne em lâminas, noodles e ervas frescas (R$ 29,00).

Be+Co. Rua da Matriz, 54, Botafogo, ☎ 2148-6261 (120 lugares). 17h/23h (sex. até 0h; sáb. 12h/0h; dom. 12h/20h30; fecha seg.).

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