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Festival Sabores da Orla tem mais de 150 quiosques na disputa em 2025

Em sua oitava edição, o concurso Sabores da Orla agita mais de 150 quiosques com inventivas criações. Até o fim de julho, a disputa acontece em seis categorias: prato estrela, pastel do pódio, rei do petisco, sanduba do mestre, sobremesa dos sonhos e caipi das caipis.

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No Clássico Beach Club (Avenida Atlântica, Leme), o concorrente a principal é o terra mar, que traz peixe e camarões frescos cozidos em azeite de dendê e leite de coco (R$ 99,00). No Sel d’Ipanema (Avenida Vieira Souto), uma das apostas é o sanduíche de frango à milanesa crocante, com maionese cítrica, jalapeño, guacamole, coentro fresco e alface romana (R$ 70,00).

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Os vencedores serão revelados no dia 21 de agosto, eleitos por um júri liderado pelo chef João Diamante, que em 2025 terá a sustentabilidade como um critério de avaliação. O cardápio completo está em saboresdaorla.com.br, onde também é possível dar o seu voto. @saboresdaorla.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Elas no comando: chefs cariocas ganham espaço e desafiam o machismo

Em 1998, o jornal New York Times cometeu um ato falho ao noticiar que o chef Alain Ducasse, sucessor de Paul Bocuse (1926-2018) na linhagem masculina da gastronomia francesa, era o primeiro a amealhar seis estrelas do Guia Michelin, divididas em dois endereços. No entanto, 65 anos antes tal feito já havia sido conquistado, e por uma mulher: Eugénie Brazier (1895-1977) alcançou a vitória dupla em 1933, à frente de duas unidades do La Mère Brazier. Eugénie era mãe solteira e trabalhou em casas de famílias até tornar-se chef laureada. Pois alguns dos “leões” que a mãe da culinária francesa degolou estão vivos até hoje. Menos de 10% dos restaurantes condecorados pelo famoso guia são comandados por mulheres. “Somos mais resilientes. Quando entrei no Cipriani, éramos duas na cozinha e, em seis anos, o número quintuplicou”, conta Julia Lottus, 37 anos, hoje brilhando no Sult, em Botafogo, onde um quarteto fantástico de jovens chefs se encontrou, a convite de VEJA RIO, para uma sincera conversa sobre a presença feminina na linha de frente de estabelecimentos premiados. Degustando, entre taças de vinho, o crudo de vieiras do menu de Julia Lottus, completaram a mesa Roberta Antonia, Aline Sasaqui e Julia Guimarães.

 

Cavatelli do Sult
Julia Lottus, do Sult: “Gosto de traduzir histórias e viagens nas minhas invenções na cozinha. O cavatelli ao siri surgiu depois que eu provei um arroz cremoso, delicioso, em Santa Catarina. Resolvi trocar o dendê pelo urucum, adicionei picles de pimenta-de-cheiro e enfeitei com salicórnia”./Divulgação

 

Elas afirmam em uníssono: não é fácil a vida de quem precisa provar todos os dias que é capaz de tomar decisões entre os fogões, mesmo entregando alta performance. Esse traço cruel, no entanto, fortalece talentos femininos. “Se uma menina chora ao falhar no serviço, no dia seguinte ela chega mais cedo para refazer, enquanto um homem tira o avental e vai embora reclamando”, destaca Julia Guimarães, 32. Após um tempo na The Slow Bakery, ela voltou à chefia executiva de confeitaria e outras operações de Babbo Osteria, Jurubeba e a futura Francese Brasserie, ao lado de Elia Schramm.

 

Sobremesa da Baboo
Julia Guimarães, do Babbo Osteria: “Quando criança, adorava ajudar a minha avó a fazer bolos e, durante a faculdade de arquitetura, vendia doces para poder viajar. Desenvolvi a meringata di origine, com tomates, morangos, balsâmico, sorvete de burrata e suspiros, uma sobremesa fora do óbvio, mas seguindo as bases francesas da minha formação”Rodrigo Azevedo/Divulgação

 

Chef do consagrado bar Botica, com passagem pelo estrelado Oro, de Felipe Bronze, Aline Sasaqui, 32 anos, vai além: “Percebo que, muitas vezes, a nova geração masculina erra por não respeitar processos. Mulheres estão mais dispostas a percorrer os caminhos, sabendo que serão longos e com menos reconhecimento.” A legitimação através de prêmios de destaque internacional também pipocou durante o bate-papo.

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Dumplin
Aline Sasaqui, do Botica: “Regado ao molho picante, o dumplin define o momento atual da minha trajetória. Tenho prazer em imprimir, nos pratos, minha ascendência japonesa, apresentando sabores intensos” com pegada divertida e sem formalidades”, resume../Divulgação

 

Instituído em 2002, o The World’s 50 Best Restaurants incluiu a categoria melhor chef feminina nove anos depois. Vencedora em 2016, a francesa Dominique Crenn, primeira a obter três estrelas Michelin nos Estados Unidos, disse à época que não encarava a mudança como positiva. As cariocas concordam com o raciocínio. “É como se as mulheres não pudessem nem concorrer ao posto principal, que fica sempre com os homens. Parece cota”, observa Roberta Antonia, que chefiou Pope e Suru Bar, chegou à aclamada Casa 201, detentora de uma estrela, e pilota agora o bistrô-bar Balcão 201.

 

Pão de queijo frito do Suru Bar: criação de Roberta Antonia
Roberta Antonia, do Balcão 201: “Tenho muito orgulho do trabalho que desempenhei no Suru Bar e dos prêmios que ganhamos por lá. O pão de queijo frito tem massa de queijos canastra e provolone, e é servido com melaço picante, uma homenagem à comida de boteco mineira”, entusiasma-se.rodrigo azevedo/Divulgação
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Os diferentes tratamentos entre os gêneros aparecem ainda, segundo elas, nos ecos nefastos da temida frase “lugar de mulher é na cozinha”, em referência ao âmbito doméstico, enquanto homens são celebrados por uma pretensa “comida afetiva”. “É problemático atribuir essa ternura aos homens, porque a expressão se refere à comida caseira das mães e avós”, observa Aline. “Vejo isso como uma piada”, completa Julia Lottus.

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Assim como os laços afetivos, o vigor e a resistência perpassam a história das principais personagens do setor, que vão da citada Eugénie à americana Alice Waters, criadora do conceito “farm to table”, no final dos anos 1960, que se tornou mandamento nos mais reverenciados restaurantes do mundo. Alice bradava contra a Guerra do Vietnã enquanto gestava o Chez Panisse, até hoje de portas abertas na Califórnia. As mulheres também abriram caminho para a democratização das panelas através da televisão, ponto em que é impossível prescindir de Julia Child (1912-2004), considerada por Anthony Bourdain (1956-2018) “a figura mais influente da história da culinária americana.” Outro ótimo exemplo é a brasileira Rita Lobo, há 25 anos na telinha, passando ao largo de reality shows que glamorizam, de forma exagerada, a profissão. “Gastronomia não é pratinho bonito para fazer foto. Tem que respeitar as bases”, conclui Aline Sasaqui. Combinando talento, bagagem, determinação e pé no chão, a nova geração de chefs mulheres cariocas tem um caminho brilhante pela frente.

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Saca a rolha: bares de vinho trazem boas novas para comer e beber no Rio

1. O Virtuoso (Rua Gomes Carneiro, 130, Ipanema) estreia seu menu de brunch, com pedidas como o gougère recheado com ragu de porco, queijo meia-cura maçaricado e picles de chuchu (R$ 35,00). Na ala das bebidas, cafés especiais quentes e gelados, ou rótulos naturais, a partir de 33 reais a taça, acompanham o delicioso programa. @virtuosovinho.

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Virtuoso: brunch da casa tem pedidas como o gougère recheado com ragu de porco, queijo meia-cura maçaricado e picles de chuchuCaiano Midam/Divulgação

2. No premiado Belisco (Rua Arnaldo Quintela, 93, Botafogo), a régua de degustação de julho (R$ 90,00) propõe uma viagem ao Dão, região vinícola de Portugal, com três produções da Quinta do Correio — dois tintos e um branco. A harmonização é livre: os clientes podem escolher petiscos que vão de frutos do mar às pedidas vegetarianas. @belisco.rj.

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Belisco: régua tem taças de três rótulos de vinho, com harmonização livreThais Barros/Divulgação

+ Pode vir quente: maçarico traz mais aroma e textura às receitas

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3. Em Botafogo, o Libô (Rua Conde de Irajá, 90) apresenta novidades caprichadas para acompanhar os fermentados naturais, como os camarões crocantes mergulhados em molho de salsa e gengibre (R$ 58,00). Já o bao do mar (R$ 39,00) traz peixe empanado, picles de erva-doce e creme de endro para finalizar. @libo_comidaevinho.

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Libô: cardápio etm pedidas como o bao do mar, recheado com peixe empanado, picles de erva-doce e creme de endro./Divulgação

4. Descomplicando o assunto, a rede Vino! (Rua Santa Clara, 8, Copacabana) agora oferece qualquer opção da adega na taça, sem necessidade de comprar a garrafa. Com preços a partir de 12 reais, a ideia é tornar mais acessíveis os brindes no dia a dia. @vino.oficial.

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Vino!: rede oferece qualquer opção da adega na taça, sem necessidade de comprar a garrafa, com preços a partir de 12 reais./Divulgação

5. No Praça7 Wine Bar (Rua Lúcia de Castro Silva, 160, Recreio), às quartas e quintas, os enófilos podem se aventurar nas degustações às cegas, guiadas pelo sócio da casa, Pedro Freitas (R$ 160,00). A partir de quinta, o cardápio também ganha frescor com criações da chef Maria Siniscalchi, como o risoni ao pomodoro (R$ 86,00). @praca7_winebar.

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Praça7: bar de vinhos do Recreio tem pedidas como o risoni ao pomodoroA Receita/Divulgação
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6. As estrelas da Casa Tão Longe Tão Perto (Rua Fernandes Guimarães, 93, Botafogo) são as ostras Santa Clara, vindas de Florianópolis (R$ 32,00, três unidades; R$ 62,00, com seis). Fresquinhas e ideais para acompanhar os vinhos que saem das torneiras, custando a partir de 25 reais. Ótima companhia. @casatltp.botafogo.

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Casa Tão Longe, Tão Perto: bar tem ostras frescas e vinho na torneira./Divulgação
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Dia da Pizza: corredores podem usar a desculpa do famoso carb loading

Se existe uma desculpa oficial para comer pizza sem culpa, é essa: carb loading. E o Dia da Pizza, comemorado hoje, 10 de julho, é mais um bom motivo para prestigiar a redonda, especialmente por quem vai encarar um longão no fim de semana.

Confesso: adoro pizza, mas quase sempre como com culpa, principalmente em véspera de prova (já estou pensando nos 21k da Asics Golden Run, no domingo). Até acredito que a teoria de caprichar nos carboidratos faz sentido para ajudar a garantir energia extra. Mas será que pizza entra nessa conta?

Segundo a nutricionista esportiva Roberta Lima, embaixadora da Maratona do Rio, dá pra comer sim, desde que sejam escolhas mais conscientes. “Olha, pizza não é exatamente o alimento mais indicado quando o objetivo é otimizar o carb loading. Mas se for abrir essa exceção, vale planejar bem: prefira uma massa de fermentação natural, que costuma ter uma farinha de qualidade melhor e, por isso, é mais leve e digere mais fácil”, ensina. 

A cobertura também faz toda diferença para não transformar a pizza em armadilha. “Priorize toppings mais leves, como tomate, rúcula, cogumelos ou um frango desfiado se quiser uma proteína a mais. Recomendo evitar queijos muito gordurosos, embutidos como calabresa, pepperoni, presunto. Molhos muito pesados, tipo quatro queijos, também atrapalham. Quanto mais simples, melhor”, reforça.

E borda recheada, nem pensar: “A borda recheada dobra o valor calórico da pizza e, geralmente, é feita com mais queijo, catupiry, chocolate… São calorias e gordura a mais que a gente não precisa na véspera da prova ou de um longão”.

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No fim das contas, está liberada a pizza para os corredores, mas fica o recado: “Se a gente olhar a composição, a pizza tem, na prática, mais gordura do que carboidrato de qualidade. E isso pode atrapalhar porque a gordura aumenta a saciedade e faz a pessoa comer menos carboidrato do que deveria. Por isso, massas, arroz, batata, aipim, acabam sendo opções mais eficientes na véspera de prova”.

A própria Roberta admite que é do time que não abre mão da pizza, desde que com uma boa dose de equilíbrio. “Adoro pizza e acredito muito que tudo pode entrar no planejamento, desde que não seja rotina. Uma marguerita, com molho de tomate, manjericão fresco e uma boa massa de fermentação natural é a minha preferida”.

No Rio, opções não faltam: das redondas clássicas da Bráz, passando pelas napolitanas do Ella Pizzaria até as pizzas artesanais do Ferro e Farinha, tem endereço para todos os gostos. E quem quiser se inspirar, vale conferir a lista especial da Veja Rio para celebrar em grande estilo.

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5 dicas da nutri: pizza sem sabotar a corrida

1. Vá de massa leve
Fermentação natural e integral facilitam a digestão

2. Esqueça a borda recheada
Mais gordura, mais calorias e nenhum benefício.

3. Toppings inteligentes
Prefira tomate, rúcula, cogumelos, frango magro.

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4. Diga não a embutidos e molhos pesados
Calabresa, pepperoni e quatro queijos podem pesar

5. Uma ou duas fatias bastam
Mais que isso, só atrapalha. O segredo é moderação

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O humor carioca: Casa Porto faz piada com taxação de Trump

O carioca tem mesmo um jeito peculiar de encarar as situações (ainda bem!). Quem passou nesta quinta (10) pelo Largo da Prainha não pode deixar de reparar no quadro de avisos da Casa Porto. Famoso pelo bom humor, o restaurante aproveitou o assunto do momento para fazer graça e uma promoção.

+ A resposta da Fundação Cobra Coral à taxação de Trump

“Mamata Great Again” anuncia o post nas redes sociais que mostra a placa com o aviso que quem pedir a Mamata, batida mais famosa da casa feita com maracujá e gengibre, ganhará mais 50% da bebida.

Raphael Vidal, sócio da birosca, brinca com a situação: “Agora vamos parar de exportar a batida para os Estados Unidos, até porque já está cheio de americano aqui. Ninguém aguenta mais o Trump. Vão ter que vir beber aqui”.

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T.T. Burger reinaugura loja do Leblon com novidades

O mês reúne pelo menos duas boas novidades para os fãs de hambúrguer. Após um período fechado para reformas, o T.T. Burger, primeira hamburgueria artesanal do Rio, criada pelo chef Thomas Troisgros, reinaugura sua unidade do Leblon com eventos na quinta (10) e na sexta (11), música ao vivo, chopes liberados e um novo burger em parceria com a Vitalatte, marca carioca de laticínios.

Para marcar o retorno, a casa promove uma edição do projeto T.T. Convida, na qual o sous-chef Rafael Cavalieri apresenta o inédito BurraT.T.ine — um hambúrguer com 180g de Blend Angus Premium, burratine Vitalatte, tomates confit e pesto de pistache. O queijo será finalizado na hora por um especialista da Vitalatte, garantindo frescor e uma experiência exclusiva para os presentes.

BurraT.T.in
BurraTTine: criação do sous-chef Rafael Cavalieri tem 180g de Blend Angus Premium, burratine Vitalatte, tomates confit e pesto de pistacheFlora Sarahyba/Divulgação

A reinauguração faz parte da estratégia da marca para fortalecer o relacionamento com o público nas lojas físicas. “Desde a criação do T.T. Burger, em 2013, entendemos que as lojas são espaços de conexão direta com o cliente, onde a experiência presencial faz toda a diferença”, diz Thomas Troisgros. A unidade do Leblon reabre com novo ambiente, mais conforto, serviço diretamente nas mesas e torneiras de chope — uma novidade em comparação às outras unidades da rede.

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Mais atrações para os fãs do sanduíche

Enquanto o Leblon celebra a reabertura da hamburgueria, a cidade recebe mais uma edição do Degusta Burger, no VillageMall, de quinta (10) a domingo (13). O evento reúne nove operações gastronômicas nos jardins do shopping (piso L1), incluindo nomes conhecidos como Três Gordos, Fabuloso Burger, Ducadu, Ferreirinha, Nolita e Doma, além da cervejaria Therezópolis e opções de sobremesa.

Nesta edição, o festival firma parceria inédita com a Gastromotiva, ONG liderada pelo chef David Hertz, que promove transformação social por meio da gastronomia. No espaço da ONG, o público poderá experimentar molhos especiais preparados com aproveitamento integral dos alimentos pelo chef Rodrigo Sardinha, do Reffetorio Gastromotiva, projeto que oferece cursos gratuitos e refeições a pessoas em vulnerabilidade social.

Além dos sabores, a música também marca presença no Degusta. A banda Cabula Samba Jazz abre a programação diariamente às 16h. Às 19h, o palco recebe Back2Blues (sexta), Renan Guerra (sábado) e Victor Tadashi (domingo).

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Com duas festas simultâneas, o Rio de Janeiro mostra que o hambúrguer segue em alta — seja com versões gourmet e experiências sensoriais como as do T.T. Burger, seja em eventos democráticos como o Degusta Burger, que celebra a comida de rua com propósito social e boa música.

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Dia da pizza: as novidades para experimentar nos menus cariocas

Que o Rio tem boas pizzarias todo mundo já sabe, mas agora tem até prêmio internacional renomado para comprovar. Seis casas da capital fluminense conquistaram posições no ranking 50 Top Pizza América Latina 2025. A premiação, realizada no Istituto Italiano di Cultura, no Rio, em abril, é considerada o Oscar do segmento. Entre as cariocas premiadas, estão endereços já queridos do público, com Ferro e Farinha, Coltivi e Ella Pizzaria. Elas dividem espaço com outras casas igualmente caprichadas, que investem em ingredientes de qualidade, fermentação natural, criatividade nas coberturas e novidades. No Dia Mundial da Pizza, celebrado nesta quinta (10), uma seleção com redondas imperdíveis na cidade.

Pizza doce do Ferro e Farinha
Nessun Dorma: novidade doce da Ferro e Farinha é feita com mussarela, calda de nocciola (avelã) e chocolate, creme de pistache com chocolate branco, e finalizada com pistaches e avelãs caramelizadas no forno a lenhaRodrigo Azevedo/Divulgação

1. Ferro e Farinha

O americano Sei Shiroma criou sua receita no calor do Rio, quando fermentação natural ainda era rara por aqui e hoje conta com quatro endereços fixos, o mais recente no Shopping Leblon. Para celebrar o Dia da Pizza, o chef apresenta três novos sabores inspirados em suas recentes viagens à Itália. A testa rossa (R$82) combina fior di latte artesanal, tomates assados, mortadela al pistacchio, stracciatella e pesto de pistache. A collana perle (R$ 64,00) traz molho de tomate italiano, alho em lâminas, stracciatella e sal defumado feito no próprio forno. Para fechar, a doce nessun dorma (R$68,00) mistura muçarela, calda de avelã, creme de pistache com chocolate branco e frutas secas caramelizadas. Clássicos da casa, como a classic NY (R$ 62,00), com molho de tomate e pimenta calabresa, e a domenico (R$64,00), versão autoral da marguerita, continuam no cardápio.

Rua Dias Ferreira, 48, Leblon. Dom. a qua., 18h/0h; qui., 18h/1h; sex. e sáb., 18h/2h. @ferroefarinha.

2. Piccola Fattoria

Pequena casa no Recreio fundada em 2020, funcionava apenas por delivery, e hoje funciona numa loja do Le Gusta Centro Gastronomico, no Recreio. Os vinte lugares disponíveis são super disputados, especialmente aos finais de semana. Das pizzas napolitanas, a diavola (R$ 94,00), com molho de tomates pelados italianos, mussarela, pepperoni, azeite de oliva e orégano, é uma pedida obrigatória. Também faz sucesso a stagioni (R$ 93,00), com  molho vermelho de tomates pelados italianos, mussarela fior di latte, azeitonas pretas, presunto de parma, alcachofra, cogumelos, azeite, manjericão fresco e orégano (dividida em 4 partes, cada uma com um sabor).

Rua Professora Luiza Nogueira Gonçalves, 350, Bloco 2, Recreio. Ter. a sáb., 19h/23h. Dom., 18h/22h. @piccola_fattoria

Bento Pizzeria Napoletana: pizzas capricciosa e prosciutto e funghi
Bento Pizzeria Napoletana: as pizzas capricciosa e prosciutto e funghi são destaques na casa./Divulgação
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3. Bento Pizzeria

Farinha Caputo, tomate San Marzano e queijos e embutidos artesanais garantem a qualidade das redondas, servidas conforme as regras da Associazione Verace Pizza Napoletana (AVPN): em tamanho individual e apenas um sabor por pizza.  De delivery a ponto fixo na Tijuca, a Bento Pizzeria Napoletana é a primeira da América Latina com certificado de Pizza Frita Napoletana e selo AVPN.  Graças ao forno elétrico de padrão internacional, delícias como a capricciosa (R$ 55,00) com molho pomodoro pelati, mozzarella fior di latte, presunto royale, alcachofra italiana, ovo caipira cozido, azeitonas pretas e orégano siciliano e a prosciutto e funghi (R$ 58,00), com presunto royale e misto de cogumelos frescos puxados no azeit, saem do forno em até 90 segundos. A casa é a única da Zona Norte na seleta lista 50 Top Pizza 2025 da América Latina: ocupa a 36ª posição.

Rua Afonso Pena, 71, Tijuca. Ter. a dom., 18h/23h. @bentopizzeria

4. Ella Pizzaria

A casa aposta em bases variadas como pesto e panna. Sai do forno a lenha a Olha Ella (R$ 68,00), com bacon, ovo e grana padano.

Rua Dias Ferreira 617, Lojas A e B, Leblon. Ter. a dom., 18h/23h. @ellapizzaria

5. Coltivi

O chef Meguru Baba prepara pizzas contemporâneas com massas de fermentação natural e farinhas integrais. Uma das pedidas é a Vieiras (R$140), com ovas de tobiko e maionese de funcho.

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Rua Conde de Irajá, 53, Botafogo. Qua. a dom., 18h/23h. @coltivi

Hot pastrami, pizza do QT Pizza Bar
QT Pizza Bar: convidado de evento da Capricciosa do Jardim Botânico apresenta a hot pastrami, criada especialmente para a ocasiãoJefferson Maia/Divulgação

6. Capricciosa

Com mais de 25 anos, a casa aposta em ingredientes importados e massas artesanais e comemora o Dia da Pizza com uma edição especial do projeto Capricciosa Invita. A casa do Jardim Botâncio recebe no sábado (12), o premiado Matheus Ramos, do QT Pizza Bar (SP), eleito melhor pizzaiolo do mundo em 2024. No encontro, Matheus prepara duas receitas queridinhas da casa paulistana: a hot pastrami (R$75,00) com molho de salsicha, catupiry, milho, pastrami, mostarda dijon e chutney de cebola roxa; e a QT mortadela (R$ 72,00), com fondue de grana padano, emental, mortadela defumada e crocante de pistache. Outra novidade da noite será a estreia das montanaras (R$ 42,00), típicas pizzas fritas italianas, no cardápio de entradas da casa.

Rua Maria Angélica, 37, Jardim Botânico. Dom. a qui.m 18h/00h. sex. e sáb., 18h/1h. @capricciosapizzadoc

7. Oggi

Conhecida por suas pizzas de longa fermentação com ingredientes como presunto de parma e gorgonzola, a Oggi Pizza Napoletana, com unidades no Leblon, Tijuca e Botafogo, sugere, para acompanhar as suas redondas, a cerveja especial lançada em parceria com a Brewteco, produzida no Rio. A American Pale Ale (R$ 20, 600ml) traz notas cítricas e foi criada para harmonizar com as pizzas da casa. Entre os sabores, destaque para a Oggi (R$ 66,00).

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Rua Bambina, 145, Botafogo. Ter. a dom., 18h/23h. @oggipizzanapoletana

Pizza de pastrami da Officina Local
Pizza de pastrami é novidade da Officina Local, produzida especialmente em comemoração pelo Dia da PizzaAna Paula Santos/Divulgação

8.Officina Local

A Officina Local celebra a ocasião com a estreia do sabor sazonal pastrami (R$66,00,com 27cm), criado em parceria com o chef Pedro Attayde, do Cochon Rouge. A redonda combina scamorza, brie, parmesão, pastrami defumado, nozes pecãs, rúcula selvagem e mostarda da casa — uma receita potente para os dias mais frios. No mesmo dia, Guilardo Rocha e Attayde montam a pizza ao vivo na cozinha aberta da unidade de Botafogo. Entre os sabores fixos, vale provar a umbria (R$59,00), com cogumelos e alho negro, ou a Copa Negra (R$ 62,00), com queijos e embutidos.

Botafogo: Rua Arnaldo Quintela, 104. Copacabana: Rua Barata Ribeiro, 516. Qua. a dom., 18h/23h. @officinalocal

9. Bráz Pizzaria

Bráz Pizzaria e Bráz Elettrica celebram a data com a pizza brooklyn, inspirada na L’Industrie, pizzaria nº 1 em pizza em fatia nos EUA em 2025. A redonda leva molho San Marzano, burrata, grana padano e manjericão, e será servida por um mês em duas versões: individual na Bráz Elettrica (R$59,00) e oito fatias na Bráz Pizzaria (R$139,00). A parceria traz a união das escolas paulistana e nova-iorquina, com curadoria de Anthony Falco, sócio da Bráz Elettrica e ex-Roberta’s Brooklyn. Endereço:

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seg-qui 18h30-23h30; sex-sáb 18h-0h30; dom 18h-23h30.

Rua Maria Angélica, 129, Jardim Botânico. Seg. a qui., 18h30/ 23h30; sex. e sáb., 18h/0h30; dom., 18h/23h30.@brazpizzaria

10. Fatchia

No estilo Detroit, a pizza quadrada e com borda crocante é carro-chefe do speakeasy de Rodrigo Facchinetti na Glória. Destaques: pepperoni (R$32) e ricota com cebola caramelizada (R$28).

Rua Benjamin Constant, 8, Glória. Qua. a dom., 18h/23h. @fatchia_pizza

11. Mamma Jamma

Desde 2009, com nove endereços, todas as pizzas são assadas em forno a lenha. Destaque para a Mamma Jamma (R$69,50), com linguiça calabresa artesanal, e a Mamma Quaresma (R$72,50), com queijo de cabra e pimenta rosa.

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Praia de Botafogo, 400, Botafogo. Ter. a dom., 18h/23h. @mammapizzeria

12. Domenica Pizza Artesanal

Sucesso na Tijuca desde 2016, com filial em Botafogo, oferece mais de 25 sabores. Destaque para a Carbonara (R$88), com muçarela de búfala, bacon e ovo caipira.

Botafogo: Rua Capistrano de Abreu, 45. Tijuca: Rua São Francisco Xavier, 18. Ter. a dom., 18h/23h. @domenicapizzaria

Pizzas da Broto
Trio de novidades da Jotabê: formaggi (acima), parma e cogumelos trufados./Divulgação

13. Jotabê

Após anos no delivery, a casa abriu loja no Jardim Botânico com pizzas artesanais de fermentação natural e farinha italiana. Para o Dia da Pizza (10/7), há sabores especiais como a parma rufada (R$ 92,00), com fior di latte e azeite trufado; a formaggi trufada (R$ 86,00), com um mix de queijos — fonduta de parmesão trufado, fior di latte, provolone, gorgonzola e crocante de parmesão; e a cogumelos trufados (R$ 89,00), feita com fonduta de parmesão trufado, fior di latte, mix de cogumelos, parmesão e azeite trufado. Entre as novidades salgadas, destaque para a aliche (R$ 92,00) e a tuga (R$ 74,00).  E entre as doces, migliole dolce (R$64) ou blondie de chocolate branco belga (R$ 30,00).

Avenida Alexandre Ferreira, 196, Jardim Botânico. Qua. a dom., 18h/23h. @jotabe.pizzeria

14. Forneria Carioca

A Forneria Carioca também faz promoçã0 no dia 10: a calabresa giga sai por R$1,00 usando o cupom DIADAPIZZA. Nas compras acima de R$150, a pizza doce Banana Nevada (25 cm) é grátis com o cupom TOMANEVADA. Promoções válidas apenas no site ou app da marca, com limite por loja.

Pedidos pelo site www.forneriacariocaoficial.com.br ou app Forneria Carioca. Qui., 10/7. @forneriacarioca

pizza da Broto
Marília, novidade da Broto: com pera, mussarela, gorgonzola, nozes e melAlex Woloch/Divulgação

15. Broto

No Dia da Pizza (10/7), quem pedir qualquer sabor ganha uma taça de vinho da casa. Ação válida nas unidades de Botafogo, Tijuca, Icaraí e São Francisco. Entre os destaques do cardápio, a Cabra Da Pesto (R$65,00), com mussarela, queijo de cabra, presunto de parma e molho pesto. E opções veganas como a rústica (R$ 61,00), com queijo vegano de castanha de caju, tomate confitado, azeitona preta, parmesão vegano e basílico. Uma opção vegana caprichada, cheia de sabor e textura.

 Rua Major Ávila, 456, Tijuca. Mais três endereços. Diariamente, 18h/23h. www.brotopizza.com | @broto.pizza

16. Puli Trattoria

Nesta quinta (10), a Puli Trattoria, na Gávea, oferece uma taça de vinho de cortesia para quem pedir qualquer pizza. Para a ocasião, a casa lança três sabores inéditos disponíveis até domingo (13): boscaiola (R$80,00), com cogumelos, gorgonzola e guanciale; boursin (R$ 68,00), com mussarella de búfala, queijo de cabra e pesto; e aliche (R$74,00), com aliche, tomate fresco e lascas de grana padano. As pizzas são feitas em forno napolitano, com massa fina, leve e de longa fermentação. O cardápio fixo inclui clássicos como Caprese (R$64), Puli (R$77), com stracciatella fria e azeite trufado, e Calabresa Especial (R$62).

Rua Marquês de São Vicente, 90, Gávea. Dom. a qui., 12h/23h; sex. e sáb., 12h/0h. @puli.trattoria

17. Supermercado Zona Sul

O Supermercado Zona Sul  entra no ritmo da ocasião e celebra o Dia da Pizza com promoções em todas as pizzarias da rede. Entre os destaques o combo calabresa + pepperoni ceratti + Sprite por R$59,99 (antes R$72,77); pizza 4 queijos + Fanta por R$31,99 (antes R$38,99). E na quinta (10), burratine por R$39,99 e 50% off em pizzas doces (a partir de R$10,99).

Rua Dias Ferreira, 290, Leblon. Aberto 24 horas.

18. Talho Capixaba

O Talho Capixaba, com endereços em Ipanema e na Gávea, destaca suas pizzas de fermentação natural, com sete sabores como pepperoni (R$45,00), marguerita com parma (R$48,00) e pastrami com cebola (R$ 48,00). Há opções vegetarianas, como cabra com abobrinha (R$48,00). Todas acompanham azeite aromatizado ou molho pesto feitos na casa e são servidas das 18h às 22h.

Rua Barão da Torre, 354, Ipanema. Seg. a sex., 7h/22h
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Comer & Beber – VEJA RIO
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Menu do Brics: as inusitadas exigências dos chefs de estado

Responsável por alimentar as delegações que participam da cúpula do Brics no Rio, o chef Rafa Costa e Silva, do premiado restaurante Lasai, comanda uma operação grandiosa — com direito a vigilância sanitária dentro da cozinha e pedidos nada convencionais dos convidados.

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As refeições — cerca de 1.200 por dia — chegarão às mãos dos líderes e suas equipes em belas bandejas individuais de madeira brasileira, com louças de qualidade e taças de cristal. Nada de mesas montadas: os participantes comem enquanto seguem nas conversas.

Rafa Costa e Silva
Rafa Costa e Silva: chef premiado assina o menu do Brics./Divulgação

Os pratos foram preparados no Lasai, em Botafogo, sob rigoroso controle: seguranças e agentes sanitários acompanharam tudo de perto. “Quando ainda havia a possibilidade de o presidente Vladimir Putin vir, a tensão foi ainda maior. Provaram tudo, até as torradinhas”, conta Rafa.

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Lacrados no sábado, os alimentos seguiram em caminhonetes refrigeradas para o Museu de Arte Moderna (MAM), onde serão finalizados. A equipe, porém, se deparou com um desafio inesperado: o espaço que abrigava o antigo restaurante Laguiole estava vazio, sem estrutura. “Precisamos montar uma cozinha do zero, até máquina de lavar pratos  foi alugada”, lembra o chef.

Entre os pedidos mais inusitados está o de um integrante da comitiva brasileira, que só bebe líquidos em um tipo específico de copo, com bojo maior e haste curta. Foi encontrado objeto semelhante na loja Casa & Vídeo, segundo Malena Cardiel, mulher e parceira de Rafa. O nome do autor do pedido? “Segredo de estado”, desconversa o chef, antes de confidenciar: “Os brasileiros deram mais trabalho do que os estrangeiros”.

O cardápio oferece duas opções por bandeja, entre carnes, peixes, sopas e saladas. Neste domingo, os presentes puderam escolher entre peixe ao molho beurre blanc com palmito grelhado e brócolis, ou costela de vitelo com canjiquinha gratinada ao queijo meia-cura. Na sobremesa, pannacotta de leite de castanha com frutas frescas brasileiras. No café da manhã, bolinhos de milho, laranja e aipim completam a experiência.

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Rótulo da Uvva
Cordel: rótulo tinto da vinicola baiana Uvva será oferecido à cúpula do BricsInternet/Reprodução

Os vinhos, nacionais, foram selecionados por Maíra Freire, sommelière do Lasai. “Sugeri à equipe de eventos três rótulos: um espumante extra brut, um chardonnay e o tinto, todos da Vinicola Uvva, da Chapada Diamantina. O tinto é o Cordel, um corte de syrah, cabernet sauvignon, merlot e malbec”, diz Maíra. Entre os mais vendidos da casa baiana, o Cordel foi lançado na safra 2019 com um corte de cabernet sauvignon (65%), merlot (20%) e malbec (15%). Alcançou 91 pontos no Guia Descorchados e a partir de 2020, passou a incluir o syrah como protagonista do blend (65%), ao lado de cabernet sauvignon (22%), merlot (12%) e malbec (1%), reforçando seu estilo maduro, elegante e com potencial de guarda.

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O serviço do Brics também foi ensaiado: os garçons treinaram durante quatro horas para que todas as bandejas fossem entregues ao mesmo tempo no salão. Tudo para garantir que, mesmo em meio às negociações, a refeição fosse impecável — na bandeja e no prato.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Quando vale a pena levar seu próprio vinho a um restaurante

Diante de cartas de vinhos com valores turbinados (infelizmente, ainda há estabelecimentos com margens abusivas, que chegam a 250% sobre o produto), levar de casa uma garrafa parece uma ideia sedutora — e econômica. Parece também uma matemática simples, mas, quando se trata de vinho, nem sempre dois e dois são quatro.

A taxa de rolha foi criada para custear o serviço oferecido pelo restaurante na hora de servir o vinho trazido de casa, o que inclui o atendimento dos garçons, taças, abertura da garrafa e a refrigeração correta do rótulo. O primeiro fator a levar em conta na equação custo-benefício é o preço dessa taxa. Em São Paulo, esse valor varia, em média, de R$ 60 a R$ 200, mas pode chegar a R$ 350, o que demonstra, no mínimo, pouca simpatia do lugar em relação a essa prática.

Os valores parecem altos, mas são bem parecidos com os praticados na Inglaterra, por exemplo. De acordo com a revista inglesa The Drinks Business, a taxa média de rolha é de cerca de 12 a 15 libras por garrafa (algo entre R$ 95 e R$ 115). Já a publicação Restaurant encontrou casas em Londres cobrando mais de 100 libras por garrafa (quase R$ 800).

Quando essa conta da rolha começa a ser vantajosa para o consumidor nos restaurantes? A equação é a seguinte: valor do vinho + valor da taxa de rolha = valor menor do que o cobrado na casa pelo mesmo rótulo. A qualidade da carta de vinhos do estabelecimento também deve ser levada em consideração. Se as opções forem de rótulos sem nada de especial (com cifrões a mais na coluna da direita), vale realmente carregar algo de casa e pagar a taxa de rolha.

Mas atenção: os melhores sommeliers adoram contar, em tom de piada — mas baseados em fatos reais —, histórias de fregueses que chegam orgulhosos aos restaurantes carregando aquele vinho comprado em promoção no supermercado, achando que estão fazendo o negócio da China ao pagar a taxa de rolha para fugir da carta de vinhos do estabelecimento. Nada contra as promoções (muitíssimo bem-vindas!), é claro. Ocorre que a melhor maneira de arruinar um jantar especial é investir pesado, escolhendo a dedo um prato naquele restaurante bacana e, na hora de harmonizar com a bebida, fazer a chamada economia burra. Isso é mais comum do que se imagina. Quando conheci o menu de 25 anos do D.O.M., Alex Atala contou histórias de clientes que levam grandes rótulos — notoriamente falsificados — e pagam a rolha de R$ 200, por puro preconceito em relação aos vinhos nacionais, que agora brilham no menu.

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Claro que há casas que abusam nos preços, mas os estabelecimentos honestos (a maioria deles, aliás) não cobram apenas pelo serviço na hora dos vinhos. São lugares que costumam ter menus e cartas de vinhos pensados para harmonizar com o que se serve, o que eleva a experiência gastronômica a um patamar único. Cada vez mais, acredite, temos bons profissionais fazendo verdadeiras curadorias, buscando produtores especiais, com custos possíveis e que valem quanto pesam. Esta colunista que vos fala ainda não conseguiu experimentar os crudos do Sororoca, em São Paulo, restaurante que tem como um dos chefs o paraense Thiago Castanho, mas tive acesso à carta de vinhos, assinada pela dupla Daniela Bravin e Cássia Campos, e fico sonhando com aquelas combinações de Rieslings com crudos ou peixes espalmados na brasa. Certamente esse serviço tem valor, o qual faço questão de pagar.

O PERIGO DOS VINHOS EM TAÇA

No entanto, sinto-me desrespeitada quando vejo garrafas que valem cerca de R$ 50 no mercado sendo vendidas por R$ 165 em menus da cidade. O exagero (para não dizer algo pior) fica mais grave em vinhos em taça, que deveriam ajudar ou impulsionar os consumidores a descobrir novos estilos e uvas. Infelizmente, vinhos de qualidade em taça só são realidade em alguns wine bars; no mais, são vinhos que não valem o quanto pesam. Já vi taça do branco português Alandra, que custa cerca de R$ 45 a garrafa, custar R$ 40 a taça no restaurante. Faz sentido?

Há ainda um fenômeno que se multiplica nos restaurantes do país: os vinhos de “marca própria” ou, como se diz, private label. Em parceria com vinícolas — normalmente casas que produzem em volume e negociam condições quase sempre bastante vantajosas aos restaurateurs —, criam rótulos de entrada vendidos a valores “acessíveis”, cerca de R$ 120. Já ouvi donos de estabelecimentos dizerem que é uma forma econômica de proporcionar aos clientes a oportunidade de descobrir novos vinhos. Só que eu ainda não tomei nada que me desse vontade de repetir. Portanto, nem sempre os vinhos da casa têm bom custo-benefício, como os vinhos de mesa ou da távola, mais simples e realmente mais acessíveis, que encontramos em restaurantes europeus, por exemplo.

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Como todo negócio, restaurante precisa ter lucro, e a bebida é um item fundamental na contabilidade. “Cartas de vinhos de restaurantes que dão foco à bebida — com sommelier e brigada bem treinada para vender vinho — podem ser responsáveis por cerca de 30% do faturamento e por um percentual ainda maior da lucratividade do estabelecimento”, afirma Eduardo Paes Andrade, diretor da importadora carioca ASA. Só não pode ter lucro explorando os fregueses mais incautos, certo?

Para resumir o dilema de levar ou não o vinho de casa a um restaurante, considere, portanto, o seguinte:

Vale pagar a rolha quando a carta de vinhos é pobre, com valores exagerados, e a taxa não tem um preço exorbitante. Nesses casos, desembolsar o valor é até uma forma de protesto, que eu banco com prazer!

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— Invista em levar a garrafa de casa quando ela for realmente especial, tiver um valor sentimental, não tiver equivalente na carta de vinhos e combinar com o menu servido no restaurante.

— Esqueça a rolha quando o almoço ou jantar for em um lugar no qual há bons profissionais encarregados da carta e valores justos para todos.

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Vinho – VEJA
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Mineiro de alma carioca: oito pães de queijo saborosos no Rio

Patrimônio do estado de Minas Gerais, o pão de queijo ganha versões incrementadas pela cidade.

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Além de doces e bolos, a Louzieh (Rua Visconde de Pirajá, 444, loja 119, Ipanema) oferece o quitute bem crocante e com requeijão cremoso no meio, em porções de seis unidades (R$ 30,00). @louziehdoces.

A versão de tapioca coberta com parmesão da marca Yuca (R$ 14,00, cinco unidades) é a pedida do bistrô Natureba (Estrada dos Três Rios, 1173, G3, Freguesia), ótimo acompanhamento para os cafés especiais da casa. @natureba_banana.

Prensadinhos de brigadeiro
Cirandaia: sucesso na casa, os prensadinhos de brigadeiro custam R$ 14,90./Divulgação
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Em Botafogo, a cafeteria Cirandaia (Rua Voluntários da Pátria, 416) dedica uma página inteira do menu ao assunto. Um sucesso, os prensadinhos (R$ 14,90) são recheados com lombo artesanal, Catupiry e minas padrão, três queijos ou brigadeiro. @cirandaia.

pão de queijo do So_lo
So_lo tem versão recheada com creme de queijo feta./Divulgação

Entre os carros-chefes do SO_Lo (Rua Francisco Sá, 5, Copacabana), café e restaurante de cardápio orgânico, está o pão com creme de queijo feta (R$ 38,00, seis unidades). @so_lo.cafe.

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Padaria artesanal e delicatessen de São Conrado, a Zona Zen (Estrada da Gávea, 636), serve o tradicional (R$ 8,00) ou na chapa (R$ 10,00), mais pedido. A delícia também está presente nos combos de café da manhã (R$ 23,90, com açaí). @zonazen.

Estrela do Empório Farinha Pura (Rua Voluntários da Pátria, 446, loja 1, 2º piso, Cobal do Humaitá), o recordista de vendas é feito de tapioca e servido em porções com cinco unidades (R$ 12,90). @emporiofarinhapura.

Pão de queijo do Emporio Jardim
Pão de queijo do Emporio Jardim: criação foi eleita a melhor do Rio pelo VEJA RIO COMER & BEBER 2024Tomas Rangel/Divulgação
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Campeão em COMER & BEBER VEJA RIO, a criação do Empório Jardim (Rua Visconde da Graça, 51, Jardim Botânico) tem inspiração francesa na massa tipo choux, e sabor marcante de gruyère. @emporiojardimrio. 

Pão de tapioca com queijo
O pão de tapioca com queijo é da Dianna Bakery, na Tijuca./Divulgação

Confeitaria e padaria, a Dianna Bakery (Rua Dona Delfina, 14, Tijuca) faz uma releitura da receita original com tapioca, além de parmesão e mussarela (R$ 6,00), que pode vir com molho de goiabada (R$ 26,00, quatro unidades). @diannabakery.

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Comer & Beber – VEJA RIO