Posted on

Gruta do Fado terá jantar harmonizado com o “Steve Jobs” do vinho

A semana tem eventos com nomes de peso para os amantes de vinhos e da boa mesa no Rio e arredores. Entre os destaques,  o Wine Dinner Cobos 100 Pontos, com a presença do aclamado enólogo Paul Hobbs, no Gruta do Fado; o jantar a quatro mãos no restaurante Amana, em Niterói, que reúne os chefs Leo Guida e Rodrigo Tristão, do badalado Fofoca Búzios; e o menu harmonizado da Puli Trattoria, na Gávea, que propõe uma experiência com vinhos orgânicos de baixa intervenção em combinações cuidadosas da entrada à sobremesa.

+Guimas Brunch & Bar renova a cena da Gávea com comfort food e tradição

Paul Hobbs no Wine Dinner Cobos 100 Pontos

Conhecido como o “Steve Jobs do vinho”, o enólogo americano Paul Hobbs desembarca na cidade para um jantar exclusivo na sexta (4), às 19h30, no restaurante Gruta do Fado, no VillageMall. Promovido pelo Grupo BFW, o evento harmoniza um menu em seis tempos com seis rótulos icônicos da Viña Cobos, vinícola argentina comandada por Hobbs e referência na produção de Malbecs de alta gama.

Compartilhe essa matéria via:

Hobbs foi duas vezes eleito  personalidade do vinho do ano pela Wine Enthusiast e ganhou o apelido de “Steve Jobs do vinho” pela revista Forbes. Desde 1997, dedica-se a revelar o potencial da uva malbec em Mendoza, na Argentina, através da Viña Cobos — vinícola que ajudou a consolidar a imagem do varietal como símbolo da enologia argentina. A visita ao Rio é uma rara oportunidade de ouvir diretamente do próprio Hobbs sobre a história, os terroirs e a filosofia que norteiam a produção de seus vinhos.

+Sabor de julho: restaurantes da Garcia d’Ávila recebem festival de lagosta

Continua após a publicidade

Na taça, os convidados  do jantar na Gruta do Fado poderão degustar o prestigiado chardonnay Vinculum 2023 (95 pontos pelo Vinous), harmonizado com o gamberi all’aglio — camarões à moda do chef, servidos ao azeite, alho e pimenta calabresa, acompanhados de cestinha de pão italiano. Em seguida, o pinot noir Crossbarn by Paul Hobbs 2019 (94 pontos pelo crítico Robert Parker) acompanha a bruschetta al pomodoro e basilico, com pão italiano tostado, tomates assados, manjericão e mozzarella.

+Delícias de inverno! Roteiro de fondue no Rio

O terceiro prato, parma e tartufo — croquete de presunto de parma com fonduta de grana e perfume de trufas — é servido ao lado do aclamado cabernet sauvignon Viña Cobos Hobbs Estate 2021 (98 pontos pelo crítico James Suckling). Já o cabernet franc Viña Cobos Vineyard Designate Chanares 2021 (97 pontos pelo crítico James Suckling) harmoniza com o tortellini di agnello, massa fresca recheada de cordeiro, fonduta de grana padano, geleia de damasco, roti de cordeiro e crumble de parmesão.

+Mondial de la Bière: como será a edição de 2025 da festa dos cervejeiros | VEJA RIO

Continua após a publicidade

Para o quinto e sexto tempos, entram os rótulos de malbec: o Viña Cobos Vineyard Designate Chanares Malbec 2021 (98 pontos pelo crítico James Suckling) e o icônico Cobos Malbec 2021 (100 pontos do crítico Jeb Dunnuck), harmonizados com o confit all’anatra con risotto ai funghi — confit de pato com risoto de cogumelos e queijo grana padano. A sobremesa encerra o jantar com a classica mousse di cioccolato, de chocolate meio amargo e crumble tradicional.

VillageMall. Avenida das Américas, 3900, piso L3, loja 310, na Barra da Tijuca. Sex. (4), 19h30. R$ 1300,00 (inclui jantar harmonizado com seis rótulos, água e café). Ingressos pelo wine.bfw.group

Fofoca Búzios
Rosbife do Fofoca Búzios: prato com finas lâminas de carne, pasta de alho, crocante de massa e grana padano está incluído no roteiroRodrigo Azevedo/Divulgação

Amana recebe Rodrigo Tristão para jantar a quatro mãos

Em Icaraí, o restaurante Amana será palco de um encontro gastronômico animado neste sábado (5), a partir das 19h. O chef da casa, Leo Guida, divide o fogão com o amigo Rodrigo Tristão, do Fofoca, bar queridinho de Búzios. O cardápio reúne pratos criativos para compartilhar, como a empanada de morcilla (R$ 24,00), a lula de Arraial à provençal com velouté de aspargos e edamame (R$ 74,00), o rosbife de carne com pasta de alho, crocante de massa e grana padano (R$56,00) e a porcarola, focinho de porco recheado de copa lombo, ervas, musseline de frango, picles de cranberry e pistache (R$ 76,00).

Continua após a publicidade

+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui

Para adoçar o final da noite, opções como o gelato de fior di latte com amarena e merengue tostado (R$ 32,00) e a chocotorta com doce de leite e ganache de chocolate (R$ 36,00).

Rua Nóbrega, 191, Icaraí, Niterói. Sáb.(5), a partir das 19h.

vinhos orgânicos de baixa intervenção
Vinhos orgânicos: menu harmonizado da Puli Trattoria tem seleção de vinhos orgânicos de baixa intervençãoRodrigo Azevedo/Divulgação
Continua após a publicidade

Menu harmonizado na Puli Trattoria

Para os fãs de vinhos orgânicos e de baixa intervenção, a Puli Trattoria, na Gávea, oferece na quarta (2) um jantar especial com menu harmonizado (R$ 230,00), que percorre entradas, principais e sobremesas em combinações caprichadas. Entre os destaques estão a bruschetta de abobrinha, que pode ser acompanhada por Astros Blanc ou Alsace Munsch Riesling, e o crudo de manzo, sugerido com Bee Syrah ou Domaine Estrade. Nos principais, o nhoque de batata-baroa com ragu de cordeiro harmoniza com Domaine Estrade Tannat, enquanto o tortelli gamberetto al limone vai bem com Alsace Munsch Riesling. Para encerrar, o petit gâteau com coulis de morango e o clássico tiramisù são servidos ao lado do Bee Merlot.

Rua Marquês de São Vicente, 90 (Villa 90), Gávea. Qua. (2), apenas no jantar. R$ 230,00 (menu harmonizado).

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

Mulheres ganham aliado! Marca lança chocolate que regula a TPM

Muitas mulheres que estão na TPM costumam apelar para o chocolate nessa época. Mas agora elas ganham um aliado ainda maior com o lançamento do produto feito especificamente para combater os sintomas.

O consumo de chocolate nesse período, especialmente o amargo, traz benefícios ajudando a aliviar cólicas, inchaço e irritabilidade. A presença de magnésio atua nos dois primeiros sintomas, enquanto a produção de serotonina ao ingerir o produto melhorar o humor.

Mas para amplificar o resultado, a Magic Chocolate desenvolveu uma barra funcional específica. O Rosa Feminine ajuda ao equilíbrio hormonal feminino e tem como um dos seus ingredientes o óleo de prímula, que é rico em ácido gama-linolênico, um dos principais ativos no alívio dos sintomas da TPM e da menopausa.

A ideia da nutricionista Valentina Slàviero, que criou a marca, é oferecer suplementos mas com um apelo gastronômico. “Lá fora temos marcas apostando no sabor aliado à funcionalidade. Mas no Brasil, o mercado ainda está preso ao modelo das cápsulas e pós. Queremos mudar isso com tecnologia e sensorialidade”, explica.

+ Os riscos do uso precoce de Botox como fez a apresentadora Angélica

A Magic Chocolates ainda oferecer produtos para regular o sono, reduzir a ansiedade e aumentar o foco e a energia.

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

Sabor de julho: restaurantes da Garcia d’Ávila recebem festival de lagosta

De sexta (4) a domingo (6), a charmosa Garcia D’Ávila, em Ipanema, se transforma em ponto de encontro para os amantes da boa mesa com a estreia do Festival da Lagosta, promovido pela Frescatto em parceria com a Associação dos Lojistas e do Polo Turístico e Gastronômico da região. Ao todo, oito restaurantes participam do evento, cada um com uma receita inédita feita com a lagosta da marca, reconhecida por sua qualidade e compromisso com a pesca sustentável.

+Arriba! Rio vai ganhar um bar mexicano de verdade (e cheio de charme)

 

Prato do Venga
“Socarrat” de lagosta e edamame foi o prato selecionado pelo Venga para participar do eventoTomas Rangel/Divulgação

Nôa, ViaSete, Rudá, Alessandro & Frederico, Venga, So_lo, La Carioca e Delírio Tropical estão participando do evento. Os pratos exploram diferentes interpretações da iguaria – do clássico lobster roll a versões mais elaboradas, como ravioli artesanal, arroz na brasa e lagosta grelhada com espaguete ao molho de capim-limão.

+Croissants irresistíveis ganham versões em endereços do Rio

Prato do La Carioca
La Carioca: participante apresenta uma lagosta ao aji amarilho com arroz negro colorido e vinagrete trufadoTomas Rangel/Divulgação
Continua após a publicidade

Mais do que uma celebração gastronômica, o festival reforça a importância do consumo consciente e do respeito ao período de defeso da lagosta. O crustáceo servido nos menus vem do sul da Bahia, fruto de uma cadeia produtiva artesanal, certificada e comprometida com práticas que garantem a preservação do ecossistema marinho e a valorização das comunidades locais.

+Guimas Brunch & Bar renova a cena da Gávea com comfort food e tradição

Prato do Noa
Folheado de Lagosta com algas crocantes: prato do Noa tem salada de lagosta com maionese do chef e folhas de alga noriTomas Rangel/Divulgação

“Temos orgulho de ser uma marca carioca. Não há nada mais a cara do Rio do que comer lagosta sustentável e brasileira de bermuda e chinelo”, afirma Thiago De Luca, CEO da Frescatto. “É um prazer trazer o melhor da pesca artesanal nacional, exportada para o mundo inteiro, para o coração da Zona Sul.”

Continua após a publicidade

+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui

Prato do So_lo
Lobster Roll: famoso sanduíche com carne de lagosta é a opção do So_lo para o festivalTomas Rangel/Divulgação

Idealizador do festival, Fred Weissmann destaca o potencial da cidade para experiências gastronômicas ao ar livre: “O carioca valoriza o comércio de rua e merece um calendário de eventos que vá além dos grandes espetáculos. Este festival representa um novo tipo de luxo – mais sensorial, responsável e conectado ao território”.

Compartilhe essa matéria via:

Continua após a publicidade

Confira os pratos participantes

Nôa
• Folheado de lagosta com algas crocantes, uma salada de lagosta com maionese do chef e folhas de alga nori crocantes (R$ 69,00)

ViaSete
• Arroz de lagosta na brasa, com arroz pérola, molho de moqueca, lagosta na brasa e farofa cítrica (R$ 139,00)

Rudá
• Lagosta grelhada com espaguete ao molho de capim-limão, ovas de mujol e limão fresco (R$ 139,00)

Alessandro & Frederico
• Ravioli de lagosta,  recheado com cebola caramelizada, alho-poró, tomilho e batata assada, ao molho de pomodoro confit e perfume de limão-siciliano (R$ 98,00)

Continua após a publicidade

Venga
• “Socarrat” de lagosta e edamame  (R$ 138,00)

So_lo
• Lobster roll (R$ 68,00)

La Carioca
• Lagosta ao aji amarillo com arroz negro colorido e vinagrete trufado (R$ 199,00)

Delírio Tropical
• Salada de lagosta com creme de batata (R$ 48,00)

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

As trufas ganham a mesa carioca

Antes restritas a um público seleto, até pelo valor, as trufas parecem ter caído no gosto dos cariocas. É o que observa o chef Elia Schramm, que mais um ano apresenta um menu feito com a iguaria no Babbo Osteria, com direito a entradas, pratos principais e, acredite, até sobremesa.

O fungo subterrâneo em forma de tubérculo cresce em simbiose com as raízes de determinadas árvores. Por não serem encontradas em muitos lugares, as trufas tem um alto valor de mercado, o que torna seu consumo um momento especial. Mas nem por isso o número de pessoas dispostas a pagar mais caro para experimentá-las deixou de expandir.

Trufas negras no Babbo Osteria
Elia Schramm criou seis opções de pratos com a iguaria para este anoTavinhu Furtado/Veja Rio

+ Brasileiros de olho na verdadeira pizza napolitana

“O azeite trufado ajudou a popularizar a trufa e despertou a curiosidade do público, mas ao mesmo tempo criou uma expectativa de aroma muito forte por ser aromatizado artificialmente que, às vezes, prejudica a percepção da trufa verdadeira”, explica o chef.

Continua após a publicidade

Mas Elia destaca que o sabor da trufa fresca é mais complexo e autêntico e acredita que os comensais ao experimentarem entenderão o toque especial que ela dá nas receitas. Este ano elas acompanham polenta cremosa e carpaccio de vieiras canadenses como opções de entrada no Babbo; Cacio Pepe, Tortelli recheado de burrata e Filé Mignon com foie gras brülée de principais; além da combinação surpreendente com a Tarta Basca com mel trufado.

A expectativa é repetir o sucesso do ano passado e servir cerca de 4 kg de trufas negras no menu especial. E se levar em consideração a aceitação nos primeiros dias do menu sazonal o sucesso está garantido. O Babbo Osteria fica na Rua Barão da Torre, 632, em Ipanema.

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

Mondial de la Bière: como será a edição de 2025 da festa dos cervejeiros

Começa nesta terça (1º) a pré-venda de ingressos para o Mondial de La Bière, maior evento cervejeiro do país, que chega à 12ª edição em 2025, na Praça Mauá. Serão mais de 1500 rótulos nacionais e internacionais, além de drinques, lançamentos exclusivos, harmonizações e experiências gastronômicas.

Compartilhe essa matéria via:

A expectativa para 2025 é de reunir mais de 50 000 pessoas ao longo dos quatro dias de evento. O evento terá ainda locais com open beer, atividades sensoriais, três palcos com programação simultânea, uma praça gastronômica com curadoria especial, espaços imersivos e, pela primeira vez, uma área kids.

As entradas custam a partir de 100 reais e estão disponíveis no Ingresse. As vendas para o público em geral começam na próxima terça, 8 de julho.

Pier Mauá. Avenida Rodrigues Alves, 10, Centro. 11 e 12 de setembro, 16h/0h. 13 de setembro, 14h/0h. 14 de setembro, 13h/21h. Valor a ser divulgado. Ingressos pelo Ingresse.

Continua após a publicidade

+ Para receber VEJA Rio em casa, clique aqui

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

Os grandes destaques da nova invasão portuguesa de vinhos no Brasil

Devido ao crescimento do consumo de vinhos no Brasil nos últimos anos, o mercado nacional ficou ainda mais saboroso para os maiores países produtores. Chile e Argentina lideram com folga o ranking geral de exportadores, com Portugal vindo em terceiro lugar. É difícil desbancar as nações sul-americanas dessas posições, mas o que não falta aos gajos é sede para avançar rapidamente em negócios por aqui. Eles não se cansam de atravessar o Atlântico com novidades. Nas últimas semanas, por exemplo, alguns estados brasileiros receberam uma saborosa, pacífica e voraz invasão lusitana. Resultado: dezenas de novos rótulos foram parar nas prateleiras já repletas de vinhos dessa nacionalidade.

Localizada na região do Douro, a Ramos Pinto é uma das casas que multiplicaram as ofertas. Já bastante conhecida por aqui graças aos seus vinhos do Porto, a empresa acaba de desembarcar dois lançamentos. O Urtiga 2019 (300 euros, ainda em precificação no Brasil) é um blend de mais de 63 castas, originárias de planta pré-filoxera, praga que quase devastou as plantações de vitis viníferas em 1860. Tem bom corpo e uma acidez espetacular. O segundo vinho é o Quinta de Ervamoira 2019 (R$ 1.540), nome do vinhedo de onde são colhidas Touriga Nacional e Touriga Franca, para o qual se faz uma pré-seleção dos cachos ainda no vinhedo, antes da colheita. “Vindimamos apenas a nata da nata”, disse à coluna AL VINO Jorge Rosas, CEO da Ramos Pinto. Ele é filho do criador do incensado Barca Velha e tem o objetivo de produzir outros rótulos que mereçam entrar para a história dos grandes vinhos portugueses. De fato, os produtos da nova safra da Ramos Pinto são rótulos prontos para competir com os grandes do mundo ou para aguentar bons anos nas adegas, de quem resistir a eles. O Urtiga 2019 e o Quinta de Ervamoira 2019 chegam ao Brasil pela Épice.

vinho
O Quinta de Ervamoira 2019, da Ramos PintoReprodução/VEJA

Outra empresa do Douro, o grupo Sogrape, que reúne várias vinícolas, lançou no ano passado em Portugal o Quinta de Azevedo Torre 2022 (R$ 660) e acaba de apresentá-lo no Brasil. Trata-se de um vinho branco da região dos vinhos verdes que é fruto de uma propriedade com valor histórico, onde há uma torre que data da época do descobrimento do Brasil. No caso do Quinta de Azevedo Torre 2022, outra novidade da Sogrape, as castas Alvarinho e Loureiro, típicas de vinhos verdes, ganham uma profundidade ímpar. O mesmo grupo trouxe das vinícolas do Alentejo o Herdade do Peso Revelado (branco e tinto R$ 396) e o Herdade do Peso Parcelas (R$ 1.875), um vinho encorpado, poderoso, mas ainda assim fresco e vivo, feito com 50% Alicante Boucet e 50% de Petit Verdot. Os rótulos da Sogrape são importados pela Zahil.

Quem vê a fartura de ofertas lusitanas não imagina que se trata de um fenômeno relativamente recente. “Até 2009 Angola era o principal mercado para onde Portugal enviava seus vinhos. Depois de uma recessão e da queda do consumo europeu foi preciso buscar novos horizontes”, explica Karene Vilela, presidente da Câmara de Comercio Brasil Portugal. O caminho deu tão certo que, hoje, Portugal fica atrás apenas de Chile e Argentina, respectivamente, sendo que os dois latino-americanos gozam de acordos comercias que os isentam de taxas de importação.

Continua após a publicidade

Tamanha a importância do mercado brasileiro para os portugueses que cresceu o investimento no Brasil da ViniPortugal, agência de promoção dos vinhos portugueses. Em 2025, ele será de 1,26 milhões de euros, um incremento de 28% em relação ao número de 2024. Para se ter uma ideia, esse valor é o segundo maior investimento da entidade no mundo, atrás apenas do aporte realizado nos Estados Unidos, refletindo a prioridade do mercado brasileiro. O “tarifaço” de Trump também tem contribuído para essas ações, já que o principal mercado de Portugal, e de todos os produtores europeus, são os Estados Unidos. “Os americanos têm grande potencial de compra de vinhos premium, por isso há tanto investimento neles, mas, no geral, Portugal é conhecido pelos mercados maduros por produtos com um bom custo-benefício”, diz Karene. Durante sua última temporada na Inglaterra, ela pode perceber que os ingleses não têm tanta empolgação com alguns vinhos que causam frisson aqui no Brasil, como o Barca Velha ou Pêra Manca, por exemplo.

Apesar do percentual de compradores de vinho de alta gama no Brasil ser pequena, o tamanho do país faz com que esse nicho de mercado não seja desprezado. “O consumidor brasileiro dá muito valor ao vinho português, até pela conexão cultural e afetiva que temos com a terrinha” afirma Karene. Isso explica o motivo dos últimos lançamentos mundiais de safras tanto do Pêra Manca (R$ 4.000), ícone do Alentejo, quanto do Barca Velha (R$ 11.000), ícone do Douro, terem sido feitos aqui no país. Inclusive, o Brasil representa 30% do mercado consumidor da Fundação Eugénio de Almeida Cartuxa, os produtores do Pêra Manca.

Considerando-se a multiplicação de novas ofertas, a conexão vinílica entre Brasil e Portugal vai ficar ainda maior — e mais saborosa.

Publicidade

Fonte:

Vinho – VEJA
Posted on

10 endereços para saborear sopas no inverno carioca

Estamos no Inverno, e quando as temperaturas caem no Rio, nada melhor do que o aconchego de uma boa tigela fumegante para espantar o frio. De receitas clássicas a versões criativas e cheias de personalidade, a cidade reúne endereços que servem sopas, caldos e cremes perfeitos para aquecer os dias mais gelados. Confira a seleção!

Adega Santiago

Para os dias mais frios do ano, a Adega Santiago, na Barra, traz de volta sua tradicional temporada de caldos, sopas e cremes, que fica em cartaz até o final de setembro. Entre as opções estão o Caldo Verde (R$ 47 – feito com purê de batata, chouriço, favas verdes, feijão, salsinha e couve) e o Creme de Mandioquinha (R$ 51 – com queijo manchego derretido, alho-poró e creme de leite). As receitas também estão disponíveis para delivery.

Shopping Village Mall – Av. das Américas, 3900 – Barra da Tijuca

Creme de Mandioquinha e Manchego - Creme de Ervilha com Jamon e Caldo Verde_Adega Santiago_Marinho
Cremes e Caldos para o invernoDivulgação/Divulgação

Capricciosa

A casa apresenta uma novidade quentinha que combina com as temperaturas amenas do inverno carioca: o Capeletti in Brodo (R$ 84). A receita segue a tradição, com um caldo cheio de sabor e a massa artesanal feita na casa — daquelas sopas que abraçam.

Jardim Botânico – Rua Maria Angélica, 37
Ipanema – Rua Vinícius de Moraes, 134

Capeletti in brodo_Capricciosa _ Crédito Bruno de Lima
Capeletti in BrodoBruno de Lima/Divulgação
Continua após a publicidade

Casa Ueda

Os amantes da culinária nipônica podem se aquecer com os ramens preparados com macarrão caseiro e caldos ricos em sabor. O chef Eric Ueda sugere o Kare Ramen (R$ 60), com caldo de base mista (suína e frango), legumes, curry, mix de pimentas asiáticas, copalombo, milho e cebolinha. Há ainda o Ramen Vegetariano (R$ 50), com macarrão artesanal de missô e farinha, legumes e verduras.

Rua Hans Staden, 10 – Botafogo

renata araujo casa ueda
Renata Araújo e o Ramen da Casa UedaRenata Araújo/Divulgação

Gero

O chef executivo Luigi Moressa, do Hotel Fasano, elaborou criações inspiradas em memórias afetivas e tradições italianas para o inverno. Entre elas está o clássico creme de cogumelos (R$ 106), feito com champignon, shimeji e shitake. O menu de inverno do Gero será servido até o final da estação, em 22 de setembro.

Avenida Vieira Souto, 80 – Hotel Fasano Ipanema

Gero Rio_Inverno2025_CREME DE COGUMELOS_Rodrigo Azevedo
Creme de Cogumelos do GeroRodrigo Azevedo/Divulgação
Continua após a publicidade

La Villa

O bistrô francês em Botafogo, comandado pelo chef Grégoire Fortat e indicado no Guia Michelin, sugere a sopa de cebola com crostinha de massa folhada (R$ 58) como uma das opções para aquecer neste inverno.

Rua Álvaro Ramos, 408 – Botafogo

La Villa_Sopa de cebola_Crédito divulgação
Sopa de CebolaDivulgação/Divulgação

Gajos D’Ouro

No restaurante português, as noites de inverno ficam mais aconchegantes com a tradicional Sopa Rica de Frutos do Mar (R$165), onde o creme de salmão, camarão, mexilhões e outros frutos do mar é coberto por uma manta de massa folhada, que cresce quando vai ao forno. Outra sugestão é o Creme de Castanha Portuguesa com Bacalhau, Funghi e Trufa Negra (R$105).

Rua Barão da Torre, 472 — Ipanema

Continua após a publicidade

Gajos-D´Ouro_Sopa-de-frutos-do-mar_Credito-Bruno-de-Lima-620x414
Sopa Rica de Frutos do MarBruno de Lima/Divulgação

La Carioca

No cardápio do restaurante, o destaque para os dias frios é o Chupe de Camarones (R$45), sopa de camarão com molho peruano, a base de leite de coco levemente picante e ovo pochê. Há também o Minestrone peruano (R$42), sopa de filet mignon com legumes e molho demi glacê e o Creme de baroa (R$36) com cogumelos, aji amarillo com cogumelos e alho

Jardim Botânico – Rua Maria Angélica, 113
Ipanema – Rua Garcia D’Ávila, 173

LA CARIOCA_Sopas de Inverno_crédito Julia Pantaleão_press
Sopas de InvernoJulia Pantaleão/Divulgação

Le Blond

No bistrô francês, comandado pelo chef Thomas Troisgros desde 2020, uma das pedidas do inverno é a sopa de cebola gratinada (R$ 38), acompanhada de pão levain. Em frente à Praça Cazuza, na rua Ataulfo de Paiva, o restaurante apresenta um menu com clássicos da culinária francesa.

Continua após a publicidade

End: Av. Ataulfo de Paiva, 1321 – Leblon

Le Blond_Sopa de Cebola Gratinada_Crédito Divulgação (4)
Sopa de Cebola GratinadaDivulgação/Divulgação

Nam Thai

Sopas tailandesas e aromáticas são a aposta do chef David Zisman para este inverno. São cinco opções que prometem uma viagem de sabores e sensações, como a Tom Kha Gkhai (R$ 48), uma sopa de frango com capim-limão, galanga, folha kaffir e leite de coco, e a Thai Pot (R$ 70), que traz frutos do mar em um caldo picante com chili, óleo de gergelim torrado, repolho e saquê.

Rua Rainha Guilhermina, 95 – loja B – Leblon

Nam Thai_Sopas_crédito Lipe Borges (1)
Sopas TailandesasLipe Borges/Divulgação
Continua após a publicidade

Talho Capixaba

As três casas do Talho oferecem diversos sabores de sopas para os dias mais frios. É possível escolher entre Sopa de Abóbora com couve, Cebola, Ervilha, Legumes com frango, Batata baroa e Caldo Verde (R$39,50 cada). Todas são servidas com pão francês, completo ou baguete média.

Ipanema: Rua Barão da Torre, 354
Leblon: Avenida Ataulfo de Paiva, 1022 – lojas A e B.
Gávea: Rua Marquês de São Vicente, 10

Sopa de Abóbora com ricota e couve do Talho
Sopa de Abóbora com ricota e couve do TalhoDivulgação/Divulgação

Renata Araújo é jornalista, editora do site You Must Go! e da página no Instagram @youmustgoblog.

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

Arriba! Rio vai ganhar um bar mexicano de verdade (e cheio de charme)

“Seja no Risoto ou no galeto eu caio dentro, na São João Batista vou encher o caveirão…”

Assim dizia um trecho da letra de um dos primeiros sambas do Empolga às 9, gestado ali do lado, na Casa da Matriz, ponto de música e cultura que marcou época na pequena Rua Henrique de Novais. Meninos e meninas, eu vi: tocando surdo de primeira, o colunista que aqui escreve ajudou a criar o bloco que ainda está nas paradas de sucesso carnavalescas.

E não foram poucas as cervejas (e cachaças) no Risoto, o boteco citado no enredo, um agora ex-clássico do bairro que reunia o pessoal numa época que nada mais havia de relevante para se comer e beber por ali.

Pois a esquina que agora se torna, definitivamente, um novo ponto boemio do bairro dono da maior concentração de bares da Zona Sul, receberá no dia 15 de julho o Guadalupe, um “bar e lanchonete” mexicano carregado de boas notícias, ocupando o endereço onde o Risoto reinou.

A primeira delas, e já era de se esperar no negócio capitaneado pela dupla Edu Araújo-Jonas Aisengart, é que o ambiente do boteco será preservado, com os belos azulejos, o balcão e parte grande da estrutura original. E pimentas trazidas pelo Edu do México, onde ficou mais de uma semana para formatar o cardápio, já estão secando para perfumar e arder em salsas e moles.

Continua após a publicidade

Sim, moles. O negócio busca a essência da real cozinha mexicana, sem firulas e com leves adaptações ao gosto carioca, marca indelével do trabalho da turma. Inédito? Me parece que sim, no cenário histórico (e fraco, vamos combinar) do “tex-mex” no Rio.

A coquetelaria, sempre um ponto forte e criativo nas mãos de Jonas, vai colocar na roda o coquetel de “litrão”: versões para compartilhar na mesa de clássicos como mezcalito, margarita, michelada e piña colada. Além de cerveja, é claro, na companhia de tacos servidos em tortilhas de milho e de farinha, tostadas, croquetas, enchiladas, tiraditos e frijoles.

O inverno no Baixo Real Grandeza vai reunir, num raio de cem metros, Guadalupe, Dainer, Jurubeba e Galeto Sat’s. E se andar mais um pouquinho chega no Vian, um senhor bar de coquetéis. Preparem estômagos e fígados.

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

Rubens Menin investe €60 milhões no Douro e quer retorno de 20% ao ano

Acompanho a trajetória de Rubens Menin há muitos anos e sempre o admirei como empresário inquieto e visionário. Seu nome já é sinônimo de sucesso em áreas como construção civil, mídia, finanças e até futebol. Mas foi com surpresa — e curiosidade — que vi seu nome surgir no mundo do vinho. Resolvi, então, conversar com ele sobre essa nova paixão, que de hobby virou negócio milionário.

Com investimentos que já somam €60 milhões em Portugal, Menin construiu a Menin Wine Company com a mesma ambição e precisão com que ergueu seus outros impérios. Falamos sobre retorno financeiro, terroir, barricas de altíssimo padrão e o poder do enoturismo. E, claro, também sobre tempo, paciência e prazer — atributos que o vinho, mais do que qualquer outra atividade, ensina a cultivar.

A seguir, compartilho essa entrevista exclusiva e reveladora, com um dos nomes mais influentes do empresariado brasileiro, agora também enófilo profissional.

 

Marcelo Copello: O senhor construiu sua reputação no setor imobiliário e financeiro. O que o motivou a entrar no mundo do vinho e por que escolheu Portugal como base para esse investimento?

Rubem Menin: Foi numa viagem em 2013 a Portugal. Dei uma passada no Estádio do Dragão, do FC Porto. Descobri que o Douro era um lugar simplesmente espetacular para fazer vinho. Já havia viajado o mundo, mas nada batia a beleza e o potencial desse local. E, olha só, as terras de lá eram muito mais baratas do que o resto da Europa. Foi paixão à primeira vista e uma grande oportunidade de negócio também. A partir daí, começamos a estruturar tudo e iniciamos a operação em 2018.

MC: Qual foi o tamanho do investimento inicial na vinícola portuguesa e qual é o plano de retorno? Trata-se de uma aposta de longo prazo ou há metas específicas de rentabilidade?

Continua após a publicidade

 

RM: O investimento inicial foi de € 30 milhões, hoje já chagou a € 60 milhões. A ideia é ter um ROI de 20% ao ano. O foco está em construir um negócio sólido e sustentável, com crescimento contínuo. E com vinho bom, a margem é excelente. O breakeven está entre 6 e 7 euros por garrafa. Mas desenvolvemos um produto com tanta qualidade que conseguimos vender acima de 20 euros. Portanto a margem é muito boa.

 

 

MC: Como empresário brasileiro investindo no exterior, quais foram os principais desafios regulatórios e operacionais enfrentados ao montar uma vinícola em solo europeu?

Continua após a publicidade

 

RM: Tivemos desafios naturais de qualquer novo empreendimento, como compreender a burocracia local, montar uma equipe qualificada e definir os melhores insumos — incluindo as barricas T5, de altíssimo padrão. Só para se ter uma ideia, custam cerca de 2.200 euros (cerca de R$ 14.000 no câmbio atual). Também foi essencial estruturar com cuidado a produção. Mas, acima de tudo, o ponto mais importante foi entender e respeitar o terroir para produzir um vinho de alta qualidade. Entrar nesse mercado com um produto realmente diferenciado nos permite atuar em um segmento premium, com margem saudável e posicionamento sólido.

 

 

MC: A recente aquisição da Quinta Bulas representa um marco importante para a Menin Wine Company. Quais são os planos específicos para integrar essa nova propriedade ao portfólio e estratégias existentes?

Continua após a publicidade

 

RM: Essa compra foi um golaço estratégico. A vinícola fica na região do Cima Corgo, no Douro, a mais antiga região vitivinícola regulamentada do mundo. São 53 hectares, com nove de vinhas velhas, o que aumenta nosso total para mais de 200 hectares e mais de 29 de vinhas antigas. É uma compra que vai fortalecer nosso portfólio e ainda traz uma uva rara para o grupo, a Rabigato Moreno, inédita nas nossas propriedades. Além disso, reforça nosso foco na produção de vinhos de qualidade e no enoturismo, que é uma frente importante para a gente. Foi um investimento de 6,5 milhões de euros, que mostra o quanto acreditamos no potencial da região e no crescimento da Menin Wine Company. A nova quinta permitirá um aumento de mais de 30% na capacidade de produção atual de garrafas e vem reforçar o investimento e nosso compromisso na valorização do Douro e na projeção dos vinhos portugueses no mundo.

 

 

MC: Enoturismo, marca própria e posicionamento premium: qual é o modelo de negócios da vinícola e quais frentes devem gerar maior receita?

Continua após a publicidade

 

RM: A combinação das três frentes é o que sustenta nosso modelo de negócios e garante potencial real de crescimento. Apostamos firme no vinho premium, focando em qualidade e no terroir. A produção está projetada para cerca de 650 mil garrafas por ano. Entretanto, nosso foco não é volume, mas oferecer um produto de excelência que o consumidor reconhece e valoriza.

Mas o negócio vai além da produção. O enoturismo tem sido uma frente fundamental para a gente. Criamos experiências completas, com degustação e visitas guiadas, que fortalecem o vínculo com o consumidor e ajudam a consolidar nossa marca. Isso também traz receita e valoriza a cultura do vinho e a região onde atuamos. É assim que enxergamos o caminho para crescer de forma sustentável e consistente.

 

 

MC: Quais indicadores de desempenho o senhor acompanha para avaliar o sucesso da operação vinícola? E qual é a sua meta de faturamento para os próximos anos?

Continua após a publicidade

 

RM: Nosso foco principal é o ROI, que buscamos manter em torno de 20% ao ano. Também acompanho de perto a margem EBITDA, que está em um patamar bastante elevado, demonstrando que o negócio não só oferece um retorno atrativo, mas também opera com eficiência e sustentabilidade. Com essa base sólida, temos plena confiança no potencial de crescimento e na capacidade de gerar valor de forma consistente ao longo do tempo. Nossa meta de faturamento acompanha esse ritmo de crescimento, com o objetivo de consolidar a Menin Wine Company como uma referência no segmento.

 

 

MC: O Grupo Menin atua em setores diversos como construção civil, mídia, finanças e futebol. Há sinergias sendo exploradas entre esses negócios e a vinícola — seja em distribuição, comunicação ou relacionamento com clientes de alto padrão?

 

RM: É importante destacar que não constituímos um grupo. Eu, como empresário, investi em diferentes setores. Claro que dá para cruzar as coisas. No fim das contas, tudo tem a ver com geração de valor, seja para o acionista, clientes, a sociedade… Seja construindo estádio, banco digital ou vinho, o princípio é o mesmo: fazer bem-feito, com gente boa e muito qualificada no time. E quando dá, um negócio ajuda o outro.

 

 

MC: Além do prazer pessoal, que ensinamentos empresariais a experiência com o vinho trouxe ao senhor? Há algo que outros setores podem aprender com esse mercado?

 

RM: Com certeza. No vinho, como no futebol, você aprende a respeitar o tempo. Não adianta querer apressar a natureza. É preciso paciência, atenção aos detalhes. Aprendi a observar mais, a escutar mais. E, como em qualquer bom negócio, tem que ter paixão.

 

MC: Para encerrar com leveza: Para brindar um título do Atlético com um grande vinho, qual rótulo escolheria para levantar a taça com o time?

 

RM: Dona Beatriz de qualquer safra disponível.

 

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

Rubens Menin investe €60 milhões no Douro e quer retorno de 20% ao ano

Acompanho a trajetória de Rubens Menin há muitos anos e sempre o admirei como empresário inquieto e visionário. Seu nome já é sinônimo de sucesso em áreas como construção civil, mídia, finanças e até futebol. Mas foi com surpresa — e curiosidade — que vi seu nome surgir no mundo do vinho. Resolvi, então, conversar com ele sobre essa nova paixão, que de hobby virou negócio milionário.

Com investimentos que já somam €60 milhões em Portugal, Menin construiu a Menin Wine Company com a mesma ambição e precisão com que ergueu seus outros impérios. Falamos sobre retorno financeiro, terroir, barricas de altíssimo padrão e o poder do enoturismo. E, claro, também sobre tempo, paciência e prazer — atributos que o vinho, mais do que qualquer outra atividade, ensina a cultivar.

A seguir, compartilho essa entrevista exclusiva e reveladora, com um dos nomes mais influentes do empresariado brasileiro, agora também enófilo profissional.

 

Marcelo Copello: O senhor construiu sua reputação no setor imobiliário e financeiro. O que o motivou a entrar no mundo do vinho e por que escolheu Portugal como base para esse investimento?

Rubem Menin: Foi numa viagem em 2013 a Portugal. Dei uma passada no Estádio do Dragão, do FC Porto. Descobri que o Douro era um lugar simplesmente espetacular para fazer vinho. Já havia viajado o mundo, mas nada batia a beleza e o potencial desse local. E, olha só, as terras de lá eram muito mais baratas do que o resto da Europa. Foi paixão à primeira vista e uma grande oportunidade de negócio também. A partir daí, começamos a estruturar tudo e iniciamos a operação em 2018.

MC: Qual foi o tamanho do investimento inicial na vinícola portuguesa e qual é o plano de retorno? Trata-se de uma aposta de longo prazo ou há metas específicas de rentabilidade?

Continua após a publicidade

 

RM: O investimento inicial foi de € 30 milhões, hoje já chagou a € 60 milhões. A ideia é ter um ROI de 20% ao ano. O foco está em construir um negócio sólido e sustentável, com crescimento contínuo. E com vinho bom, a margem é excelente. O breakeven está entre 6 e 7 euros por garrafa. Mas desenvolvemos um produto com tanta qualidade que conseguimos vender acima de 20 euros. Portanto a margem é muito boa.

 

 

MC: Como empresário brasileiro investindo no exterior, quais foram os principais desafios regulatórios e operacionais enfrentados ao montar uma vinícola em solo europeu?

Continua após a publicidade

 

RM: Tivemos desafios naturais de qualquer novo empreendimento, como compreender a burocracia local, montar uma equipe qualificada e definir os melhores insumos — incluindo as barricas T5, de altíssimo padrão. Só para se ter uma ideia, custam cerca de 2.200 euros (cerca de R$ 14.000 no câmbio atual). Também foi essencial estruturar com cuidado a produção. Mas, acima de tudo, o ponto mais importante foi entender e respeitar o terroir para produzir um vinho de alta qualidade. Entrar nesse mercado com um produto realmente diferenciado nos permite atuar em um segmento premium, com margem saudável e posicionamento sólido.

 

 

MC: A recente aquisição da Quinta Bulas representa um marco importante para a Menin Wine Company. Quais são os planos específicos para integrar essa nova propriedade ao portfólio e estratégias existentes?

Continua após a publicidade

 

RM: Essa compra foi um golaço estratégico. A vinícola fica na região do Cima Corgo, no Douro, a mais antiga região vitivinícola regulamentada do mundo. São 53 hectares, com nove de vinhas velhas, o que aumenta nosso total para mais de 200 hectares e mais de 29 de vinhas antigas. É uma compra que vai fortalecer nosso portfólio e ainda traz uma uva rara para o grupo, a Rabigato Moreno, inédita nas nossas propriedades. Além disso, reforça nosso foco na produção de vinhos de qualidade e no enoturismo, que é uma frente importante para a gente. Foi um investimento de 6,5 milhões de euros, que mostra o quanto acreditamos no potencial da região e no crescimento da Menin Wine Company. A nova quinta permitirá um aumento de mais de 30% na capacidade de produção atual de garrafas e vem reforçar o investimento e nosso compromisso na valorização do Douro e na projeção dos vinhos portugueses no mundo.

 

 

MC: Enoturismo, marca própria e posicionamento premium: qual é o modelo de negócios da vinícola e quais frentes devem gerar maior receita?

Continua após a publicidade

 

RM: A combinação das três frentes é o que sustenta nosso modelo de negócios e garante potencial real de crescimento. Apostamos firme no vinho premium, focando em qualidade e no terroir. A produção está projetada para cerca de 650 mil garrafas por ano. Entretanto, nosso foco não é volume, mas oferecer um produto de excelência que o consumidor reconhece e valoriza.

Mas o negócio vai além da produção. O enoturismo tem sido uma frente fundamental para a gente. Criamos experiências completas, com degustação e visitas guiadas, que fortalecem o vínculo com o consumidor e ajudam a consolidar nossa marca. Isso também traz receita e valoriza a cultura do vinho e a região onde atuamos. É assim que enxergamos o caminho para crescer de forma sustentável e consistente.

 

 

MC: Quais indicadores de desempenho o senhor acompanha para avaliar o sucesso da operação vinícola? E qual é a sua meta de faturamento para os próximos anos?

Continua após a publicidade

 

RM: Nosso foco principal é o ROI, que buscamos manter em torno de 20% ao ano. Também acompanho de perto a margem EBITDA, que está em um patamar bastante elevado, demonstrando que o negócio não só oferece um retorno atrativo, mas também opera com eficiência e sustentabilidade. Com essa base sólida, temos plena confiança no potencial de crescimento e na capacidade de gerar valor de forma consistente ao longo do tempo. Nossa meta de faturamento acompanha esse ritmo de crescimento, com o objetivo de consolidar a Menin Wine Company como uma referência no segmento.

 

 

MC: O Grupo Menin atua em setores diversos como construção civil, mídia, finanças e futebol. Há sinergias sendo exploradas entre esses negócios e a vinícola — seja em distribuição, comunicação ou relacionamento com clientes de alto padrão?

 

RM: É importante destacar que não constituímos um grupo. Eu, como empresário, investi em diferentes setores. Claro que dá para cruzar as coisas. No fim das contas, tudo tem a ver com geração de valor, seja para o acionista, clientes, a sociedade… Seja construindo estádio, banco digital ou vinho, o princípio é o mesmo: fazer bem-feito, com gente boa e muito qualificada no time. E quando dá, um negócio ajuda o outro.

 

 

MC: Além do prazer pessoal, que ensinamentos empresariais a experiência com o vinho trouxe ao senhor? Há algo que outros setores podem aprender com esse mercado?

 

RM: Com certeza. No vinho, como no futebol, você aprende a respeitar o tempo. Não adianta querer apressar a natureza. É preciso paciência, atenção aos detalhes. Aprendi a observar mais, a escutar mais. E, como em qualquer bom negócio, tem que ter paixão.

 

MC: Para encerrar com leveza: Para brindar um título do Atlético com um grande vinho, qual rótulo escolheria para levantar a taça com o time?

 

RM: Dona Beatriz de qualquer safra disponível

 

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO