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Celele – o melhor restaurante de Cartagena, na Colômbia

Se tem planos de ir à Colômbia, você precisa conhecer o Celele, restaurante que oferece uma proposta de cozinha caribenha contemporânea, inspirada na rica cultura gastronômica e biodiversidade do Caribe Colombiano. Estive lá recentemente e, de fato, a experiência é fora de série. Reconhecido como um dos melhores restaurantes de Cartagena, é liderado pelo chef Jaime Rodriguez, e ocupa o 16º lugar na lista dos 50 melhores da América Latina.

renata araujo e jaime rodriguez
Renata Araújo e o chef Jaime Rodriguez, do CeleleRenata Araújo/Divulgação

O Celele destaca-se pela culinária que incorpora diversas influências culturais, como a árabe, espanhola, holandesa, africana e indígena. O objetivo é valorizar a cultura local e utilizar ao máximo os ingredientes da região. Além de sua excelência na gastronomia, o ambiente do melhor restaurante em Cartagena é alegre e descontraído, e ele também abre para o almoço. Se você aprecia uma boa refeição, não deixe de conhecer este incrível restaurante em Cartagena das Índias, famosa por suas praias deslumbrantes, arquitetura colonial preservada, rica história e excelente gastronomia.

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Pátio agradável no Celele, em CartagenaRenata Araújo/Divulgação
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Os pratos do Celele refletem a diversidade gastronômica e cultural do paísDivulgação/Divulgação

Jaime Rodriguez, de 37 anos, é reconhecido como um dos melhores chefs da Colômbia, tendo alcançado a 75ª posição na lista dos 100 melhores chefs do “The Best Chef Awards” em 2023. Ao longo de seis anos, ele se dedicou a estudar e promover a importância da culinária e dos ingredientes da região caribenha da Colômbia. Trabalhando em colaboração com pequenos produtores, pescadores e artesãos, Jaime também desenvolve sua pesquisa em parceria com o Jardim Botânico de Cartagena, biólogos e instituições educacionais.

Chef Jaime Rodriguez
Chef Jaime RodriguezDivulgação/Divulgação

Há mais de dois anos o Celele não oferece menu degustação, os pratos são à la carte. No entanto, se o cliente desejar, é possível solicitar um “menu improvisado” com as receitas mais populares da casa. Segundo Jaime, “a proposta do restaurante de alta gastronomia em Cartagena é ser mais acessível e destacar a cozinha de pesquisa, utilizando ingredientes da biodiversidade. Por isso, meus pratos são preparados com técnica e ingredientes frescos. Você pode escolher várias opções ou experimentar apenas uma.”

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Muitas folhas, frutas e sabores colombianosDivulgação/Divulgação

No cardápio à la carte do Celele, há opções de carne, peixe e pratos vegetarianos. Entre as opções, você encontrará uma salada de flores caribenhas com castanhas de caju em conserva e vinagrete de flor de cana. Também é possível saborear lula e mexilhões em um escabeche costeiro, a especialidade “Celele de cerdo”, que é uma terrine de porco confitado acompanhada de banana amassada, feijão caribenho, repolho e caldo de porco, ou milho recheado com salpicón de peixe, camarões e pimentões doces.

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Delicadeza na apresentação dos pratos no CeleleRenata Araújo/Divulgação

Para a sobremesa, experimente o prato de chocolate, que vem com gel de tamarindo e pimenta doce, ou o bolo leve de folha de mandioca e mambe, servido com goiaba azeda e flor de acácia. Todas as receitas são extremamente criativas, repletas de sabor e com apresentações coloridas e impecáveis! Não é à toa que o Celele é considerado o melhor restaurante de Cartagena.

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Algumas das sobremesas do CeleleDivulgação/Divulgação

O Celele também valoriza a coquetelaria, e reúne drinques elaborados para harmonizar com os pratos do menu. As bebidas autorais são inspiradas na Colômbia e em ingredientes da biodiversidade. Entre as opções, destacam-se o Vereda Tropical, que combina rum, vinho rosé e xarope de folha de ameixa, e o Mama Africa, feito com gin, ácido cítrico, aromatizado com flores cítricas e ervas. Todos muito saborosos e refrescantes!

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Drinques autorais no CeleleRenata Araújo/Divulgação

Os projetos sociais

Como jornalista, fui convidada pelo próprio chef Jaime Rodriguez para ir até Cartagena conhecer seu restaurante. Porém, esta não foi uma simples viagem. Como um anfitrião excepcional e orgulhoso de sua terra, Jaime organizou um itinerário inteiramente voltado para a gastronomia. Ao lado de alguns dos melhores chefs da Colômbia, tivemos a oportunidade de explorar excelentes hotéis, restaurantes, mercados e bares em Cartagena, conhecendo a cidade de uma perspectiva diferente. Afinal, além da Cidade Amuralhada, a culinária é um dos grandes destaques da região.

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A charmosa CartagenaRenata Araújo/Divulgação
renata no mercado bazurto
No Mercado de Bazurto, em CartagenaRenata Araújo/Divulgação

Durante a visita, também pudemos conhecer de perto os projetos sociais que Jaime apoia, assim como as áreas de cultivo dos ingredientes que utiliza no Celele. Fiquei admirada ao ver as famílias que se dedicam à agricultura orgânica nos arredores de Cartagena, especialmente na região de Monte de María, que sofreu muito com a violência no passado. Visitamos lares de famílias que recebem suporte para cultivar em seus quintais, aprendendo sobre biopreparos e agroecologia. Esse apoio lhes permite levar seus produtos aos mercados e praticar uma agricultura sustentável com boas técnicas agropecuárias. Em resumo, foram exemplos inspiradores de associações comprometidas com a população mais vulnerável, mostrando como a agricultura pode oferecer novas oportunidades.

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Famílias agrícolas nos arredores de CartagenaRenata Araújo/Divulgação
renata araujo e o chef jaime rodriguez
Renata e o chef Jaime nos arredores de CartagenaRenata Araújo/Divulgação

Sobre o Chef

Jaime é o criador do Projeto Caribe Lab e, ao longo de mais de 14 anos, tem explorado o território colombiano para estudar sua cultura gastronômica e biodiversidade, com o intuito de destacar a relevância da culinária local para o mundo. Essa pesquisa serve de inspiração para o desenvolvimento de seus pratos na cozinha contemporânea. Ele foi incluído na edição de 2021 do livro da Phaidon, “Today’s Special: 20 Leading Chefs Choose 100 Emerging Chefs”, selecionado pelo renomado Chef Virgilio Martínez.

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Chef Jaime RodriguezDivulgação/Divulgação

Jaime Rodriguez representou a Colômbia em eventos importantes, como o Madrid Fusión, na Espanha, em 2016 e 2020; foi capitão da equipe no Bocuse d’Or no México em 2011 e também participou do campeonato mundial de jovens chefs da Chaîne des Rôtisseurs na Turquia no mesmo ano.

Renata Araújo é jornalista, editora do site de turismo e gastronomia You Must Go! e da página do instagram @youmustgoblog

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Radar gastronômico: novos menus, fado na Quinta e brindes com jerez

Chefs no Refettorio

Neste mês de novembro, o Refettorio Gastromotiva comemora um ano de operação com serviço de almoço aberto ao público, em grande estilo. O espaço contará com a presença de chefs renomados do Brasil e do exterior, incluindo estrelas do 50 Best, como Marsia Taha Mohamed, especialista em culinária boliviana, e a dupla Alex Herrera e Garcia Navarro, do Restaurante El Xolo, de El Salvador. Em apenas um ano, mais de 13 mil menus foram vendidos, resultando em mais de 20 mil refeições para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Quase 2 mil voluntários se envolveram nas ações dos jantares solidários, e mais de 80 chefs convidados prepararam pratos que abrilhantaram o primeiro ano de funcionamento ao público.
Os almoços são servidos de segunda a sexta-feira por R$ 45,00, incluindo um menu completo com entrada, prato principal, sobremesa e bebida, todos elaborados por um chef renomado. Todo o valor arrecadado é integralmente destinado aos jantares para pessoas em situação de vulnerabilidade, que podem comer gratuitamente. Assim, ao almoçar no Refettorio Gastromotiva, os clientes ajudam a combater a fome. Mais informações no site do Refettorio.

Rua da Lapa, 108, Lapa. @refettoriogastromotiva

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Refettorio: almoço completo a R$ 45,00, revertido a necessitados no jantar./Divulgação

+ VEJA RIO COMER & BEBER 2024: confira os restaurantes finalistas do prêmio

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Jerez no Emiliano

Os hotéis Emiliano São Paulo e Emiliano Rio se unem ao ‘Sherry Week’, maior festival do mundo dedicado aos vinhos de Jerez, para celebrar a edição de 2024, que acontece entre os dias 4 a 10 de novembro. Nesta semana especial, amantes de coquetéis e vinhos terão a oportunidade de explorar a rica história e a complexidade dos vinhos espanhóis de Jerez. Haverá uma oferta de belos vinhos do gênero servidos em taça: Fino Perdido, de Sanchez Romate (R$ 50,00); Amontillado Monteagudo, de Delgado Zuleta (R$ 68,00); Oloroso, de Barbadillo (R$ 40,00); e Pedro Ximenez Duquesa, de Sanchez Romate (R$ 72,00). Coquetéis também marcarão presença, em receitas clássicas como o Sherry Cobbler (R$ 74,00), um dos coquetéis mais antigos da história. Surgirá em releitura moderna com Jerez Amontillado, xarope de açúcar demerara e abacaxi.

Av. Atlântica, 3.804, Copacabana, tel.: (21) 99255-9920 (WhatsApp). @hotelemiliano

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Primavera na Casa 201

O menu degustação de primavera da Casa 201, no Jardim Botânico, é um dos melhores já feitos pelo chef João Paulo Frankenfeld. Um percurso que reafirma a essência do restaurante com a produção artesanal, ingredientes frescos, o toque autoral e o apuro técnico do chef. Elementos que criam uma experiência única envolvendo a culinária francesa. Em cinco etapas que envolvem diversos aperitivos, entradas e principal (R$ 590,00), traz sabores como a tartelette de azeite, cordeiro, iogurte, pistache, damasco e sumak; o cremeux de foie gras, frutas vermelhas fermentadas e vinagre balsâmico; o raviolo de frutos do mar, molho de espumante com caviar e marmelada de limão siciliano; e o dry aged de peito de pato, texturas de batata, aipim fermentado, alho negro e molho de vinho do Porto com acerola. Além dos queijos artesanais da casa, há doçuras como o entremet de chocolate, caramelo salgado, castanha de caju e maracujá.

Rua Lopes Quintas, 201, Jardim Botânico, tel.: (21) 96707-0201. @201.casa

Tomás Rangel
Quinta da Henriqueta: bacalhau à Brás fadoTomás Rangel/Divulgação

Fado no Quinta da Henriqueta

Em comemoração ao aniversário de um ano, o restaurante Quinta da Henriqueta, no Jardim Botânico, fará um jantar harmonizado com fado nesta quinta (7), às 19h30. O gênero musical português será apresentado pela fadista Ananda Botelho Mendes. Para começar tem pão da casa, pão de enchido, torrada, azeitonas, tremoços, pasta de atum, manteiga de azeitona, manteiga de chouriço, torresminho, chouricinho do Alentejo, queijo fresco da casa e massa malagueta dos Açores.

Para a entrada, carpaccio de anchova negra (lâminas de peixe defumado, servidas com azeite, limão siciliano, pimenta dedo de moça e flor de sal), arancini de bacalhau (bolinho de arroz de bacalhau cremoso, acompanhado de molho aioli de limão) e croquete de leitão (leitão Bairrada recheado com bechamel e segredos do chef).De principal, bacalhau à Brás (lascas de bacalhau, ovos, salsa, alho picado, telha de batata palha e azeitonas portuguesas) e ravioli de alcatra dos Açores (massa recheada, molho de cogumelos selvagens e pangrattato de massa sovada). De sobremesa, pudim molotof com creme de ovos, ou toucinho do céu.

O menu sem harmonização custa R$ 320,00, e com harmonização sai por R$ 420,00.

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Rua Lopes Quintas, 165, Jardim Botânico, tel.: (21) 2137-7493. @quintadahenriqueta

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Novidades de aniversário na Dianna Bakery

Em novembro, a Dianna Bakery, comandada pela chef de confeitaria Dianna Macedo, comemora quatro anos de sucesso e traz diversas novidades para marcar a data. O destaque fica por conta do lançamento do puff brownie (R$ 24,00), uma sobremesa especial de aniversário que envolve o clássico brownie da casa em uma massa folhada leve e crocante, acompanhada de coulis de morango. A novidade estará disponível durante todo o mês. Outra delícia preparada para novembro é a cheesecake de frutas amarelas (R$ 22,00 a fatia), que traz a tradicional receita ao estilo novaiorquino com uma refrescante calda de manga, maracujá e laranja. Além disso, mais uma surpresa para os fãs da confeitaria: as Bags de Aniversário (R$ 168,00) são bonitas bolsas produzidas a partir do reaproveitamento dos primeiros aventais da marca.

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Rua Dona Delfina, 14, Tijuca, tel.: (21) 3129-7006. @diannabakery

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Dianna Bakery: o puff brownie é novidade durante novembro./Divulgação

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Comer & Beber – VEJA RIO
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VEJA RIO COMER & BEBER 2024: confira os restaurantes finalistas do prêmio

O guia mais gostoso da cidade chega à 28ª edição com resenhas de mais de 450 estabelecimento entre restaurantes, comidinhas e bares, e apresenta os aguardados indicados na área dos restaurantes. Os concorrentes ao prêmio VEJA RIO COMER & BEBER 2024/25 representam uma temporada vibrante de inaugurações e evolução nos cardápios.

+ Vamos brindar! Os bares finalistas de Veja Rio Comer & Beber 2024

+ Veja Rio Comer & Beber: saiba quais são as comidinhas finalistas do prêmio

No cenário nobre dos restaurantes, são 18 as categorias contempladas, a exemplo do chef do ano, do chef revelação e do restaurateur do ano. Entre as novidades estão as categorias que elegem o melhor omakase, o requintado menu degustação japonês, e o retorno dos prêmios ao melhor almoço executivo e às melhores sobremesas do Rio.

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A festa está completa com os prêmio de sustentabilidade e causa social, além de um caderno especial com 30 opções no interior do estado, com destaques para os três melhores restaurantes, respectivamente, das regiões de praia, serra, e Niterói.

Teremos as seguintes categorias e indicados, na ordem alfabética:

Asiático
Elena
Mr. Lam
Si-chou

Brasileiro
Rudä
Sofia
Sud, O Pássaro Verde

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Carne
Giuseppe Grill
Malta
Rufino

Cozinha de autor
Lasai
Mesa do Lado
Oro

Cozinha de hotel
Cipriani
Gero
Shiso

Francês
Casa 201
Chez Claude
Signatures

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Italiano
Babbo
Grado
Padella

Omakase
San Omakase
Sushi Vaz
Umai

Peixes e frutos do mar
Escama
Ocyá
Satyricon

Pizzaria
Capricciosa
Ferro e Farinha
Officina Local

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Português
Gajos d’Ouro
Quinta da Henriqueta
Rancho Português

Sobremesas
Koral
Marine
Rancho Português

Menu executivo
Clan
D’Heaven
Tiara

Vale a Viagem:

Niterói
Amana
Gruta de Sto Antônio
Pitanga

Serra
Angá
…Lá,
Sítio Gastronômico

Litoral
74
Bar do Zé
Rocka

Comer & Beber Rio 2024 é promovido pela VEJA Rio com patrocínio de Baden Baden, BTG, JBS, Nespresso, Prefeitura do Rio e Tramontina, apoio do Governo do Rio e parceria do Hotel Fairmont.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Confira a programação da Sherry Week, evento que celebra os vinhos de Jerez, na Espanha

Embora ainda pouco conhecidos pelo público Brasil, os vinhos de Jerez, na Espanha, estão entre os mais fascinantes do mundo. Também conhecidos como xerez, por aqui, ou sherry, nos EUA, são produzidos na região de Andaluzia e passam por um processo longo de maturação e, na maior parte das vezes, de oxidação, que confere características únicas. Há uma ampla variedade de estilos, de secos a extremamente doces, o que os torna extremamente versáteis nas harmonizações. Para ajudar a popularizar esses rótulos, todos os anos acontecem a Sherry Week, uma semana de eventos relacionados ao Jerez.

O evento começou em 2014, de maneira pequena, e foi ganhando o mundo. Dados do ano passado já apontavam a realização de mais de 18 mil degustações em mais de 40 países – incluindo o Brasil. Neste ano, a segunda feira do Jerez nacional será ampliada e contará ainda com uma programação que inclui aulas, workshops, jantares harmonizados e mais.

Confira a programação completa:

No dia 5 de novembro, o tour gastronômico “Jerez de Bar em Bar” leva o público a um roteiro pelos bares de São Paulo, com curadoria de Gabrielle Frizon, a Louca do Jerez, e vinhos da bodega Sanchez Romate. Começando às 18h, no Pirineus Bar, onde Manzanilla e embutidos abrem a noite. Às 19h, o tour segue de van para o Barkatu, com tapas asiáticas de inspiração espanhola, e para no Eximia Bar, conhecido pela alta alta coquetelaria do premiado bartender Márcio Silva e menu assinado pela chef Manu Buffara. Aqui, os convidados terão a oportunidade de experimentar coquetéis à base de Sanchez Romate, antes do jantar especial no Imma, onde uma seleção de Jereces acompanhará o menu do chef Marcelo Giachinni. R$ 350. Inscrições aqui.

No dia 6 de novembro, às 19h30, a experiência Jerez & Tapas reúne cinco estilos de Jerez harmonizados com tapas irresistíveis do cardápio do Elevado Bar. Paulo Brammer, formador homologado del Vino de Jerez e especialista no estilo, conduzirá o evento. No menu, focaccia com tomate e alici, tostada de mexilhão e espetinho glaceado de polvo. R$ 160. Inscrições aqui.

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No dia 7 de novembro, às 19h30, o especialista Jorge Lucki comanda um bate-papo no Huevos de Oro, casa conhecida pela carta de Jerez. A proposta é explorar harmonizações entre tapas e vinhos Jerez de três grandes bodegas: Gonzalez Byass (Tio Pepe Fino em Rama e Solera 1847 Jerez Cream), Sanchez Romate (Oloroso Don José 18 anos e Palo Cortado) e Delgado Zuleta (Manzanilla Goya X e Amontillado). R$ 160. Inscrições aqui.

No dia 8 de novembro, das 18h30 às 22h, uma experiência imersiva no universo dos vinhos de Jerez com a especialista Gabi Frizon, a Louca do Jerez, na escola de vinhos Eno Cultura. Os participantes poderão aprender sobre a História de Jerez, fundamentos técnicos; detalhes da viticultura e vinificação, o mistério da Flor e estilos de Jerez. R$ 450. Inscrições aqui.

No dia 9 de novembro, a segunda edição da Feira do Jerez reunirá 250 participantes no jardim da Oka Caburé entre 15h e 10h para uma imersão no universo dos vinhos de Jerez, com degustações de diversos estilos dos vinhos e as principais bodegas, incluindo Gonzalez Byass, Sanchez Romate, Delgado Zuleta, Barbadillo, Fernando de Castilla, Lustau, Hidalgo e Grupo Estevez. R$ 50. Ingressos no Sympla.

No dia 10 de novembro, a Sherry Week chega ao final com um evento inédito no Brasil. O Cine Jerez exibe o filme Jerez y el Misterio del Palo Cortado na Vinícola Urbana, a partir das 18h. R$ 50 (com direito a taça de Fino Perdido Sanchez Romate e pipoca). Inscrições aqui.

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Vinho – VEJA
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O Inesquecível Vinho Jerez

A região vitivinícola do Jerez tem histórico de produção de vinhos muito antes de Cristo, foram os fenícios que introduziram a Vitis por essas terras do sul da Espanha. Uma região que predomina uma mistura de culturas, o sentimento de alegria e a beleza das paisagens ensolaradas. Esta área espanhola é o berço da dança flamengo, da criação e competição eqüestres que fazem parte da identidade deste povo e nestas terras, a joia vínica que brilha é o inigualável vinho Jerez.

Resumo das características da Região Jerez

Jerez é um nome de um vinho, de uma cidade e de uma região. A área regulamentada da região para a produção deste vinho, compreende uma espécie de triangulo que envolve três cidades espanholas que são, Jerez de la Fronteira, Sanlúcar de Barrameda e El Puerto de Santa Maria. O clima predominate é o mediterrâneo com presença de brisas do oceano, no verão o calor pode ultrapassar os 40°C com frequência, se tornando um dos grandes desafios para qualquer cultura. O solo predominante é o albariza, que significa “pedra branca” e que possui uma particularidade de reter e preservar a umidade formando uma espécie de camada protetora. As castas produzidas na região são a Palomino (maior quantidade), Pedro Ximénez e a Moscatel.

Crédito de imagem: Dayane Casal, Bodegas Tradição – Jerez de la Fronteira – setembro 2021

Para os iniciantes pode parecer difícil entender o longo processo de vinificação pelo sistema de soleira e os processos de estágio biológico ou oxidativo e também todos os estilos de vinhos Jerez, mas a seguir deixo um resumo simples das principais características dos estilos e também algumas sugestões para harmonizações com esses vinhos especiais que carregam uma rica história cultural.

Crédito de imagem: Dayane Casal, Bodegas Tradicíon – Jerez de la Fronteira – Setembro 2021

Estilos de Jerez

Fino e Manzanilla

O vinho Jerez Fino é um estilo mais delicado, cor amarelo pálido, fortificado e envelhecido sob o véu de flor e deve ser envelhecido em barrica por um período mínimo de dois anos. Já o Manzanilla é elaborado semelhante ao Fino, com a única diferença é que só pode ser envelhecido na cidade de Sanlúcar de Barrameda. Ambos são produzidos com a casta Palomino. Esses vinhos podem ser harmonizados com caldos, saladas, presunto cru, frutos secos, queijos curados, mariscos, ostras, pescados assados e até com simples azeitonas.

Crédito de imagem: Dayane Casal, Vinho Manzanilla – Sanlúcar de Barrameda – Setembro 2021

Oloroso

Este estilo passa por um longo processo de envelhecimento sem véu de flor, exposto ao oxigênio, diferente do Fino. O processo de oxidação que passa o vinho confere cor intensa, riqueza aromática e corpo, podendo atingir 20% de grau alcoólico. Este estilo pode harmonizar com carnes assadas, chocolate amargo e queijo azul.

Amontillado

Vinho que passa pelo envelhecimento biológico e pelo oxidativo, resultando em características mistas. De cor âmbar e com aromas e sabores que combinam a intensidade de um Fino e a suavidade de um oloroso. Apresenta notas oxidativas e de leveduras. O nome é uma referência aos vinhos fortificados com a flor, produzidos na cidade de Montilla.

Palo Cortado

O início do processo se da com a flor, mas após 6 meses o bodegueiro decide que o vinho é especial e o fortifica a 17% matando a flor, passando o restante do tempo em oxidação.

Crédito de imagem: Dayane Casal, Bodegas Sandeman – Jerez de la Fronteira – Setembro 2021

Pedro Ximénez

Produzido 100% com a casta Pedro Ximénez conhecida por “PX” , neste estilo de vinho as uvas são submetidas ao processo de desidratação por “asoleo” que é a técnica realizada após vindimar os cachos, eles são colocados sobre esteiras ao sol, onde ocorre a perda de água e a concentração de açúcares. Os vinhos PX possuem elevados teores de açúcar residual chegando a 400g/L, alguns provadores o associam com um xarope, tal a concentração de açúcar desse estilo. O PX harmoniza com queijo azul, queijo curado, sobremesas com doce de leite, chocolate e café.

Enoturismo em Jerez

A região é fascinante pelos seus vinhos e com imensas possibilidades de enoturismo, diversos estilos de Bodegas estão bem preparadas para receber aos visitantes e proporcionar os mais variados tipos de experiências. Vale a pena conferir nas suas plataformas digitais qual a que mais se adequa ao seu interesse. Fica a seguir algumas imagens de diversas Bodegas visitadas por mim.

Sandeman

Bodegas Tradicíon

Bodegas Gonzalez Byass ( Tio Pepe )

O processo de vinificação deste especial vinho sem dúvida é uma arte onde a mão do homem, a ação das leveduras e o tempo compõem uma linda sinfonia, resultando num vinho de caráter inesquecível a quem o degusta. O intuito deste artigo é convidar aos amantes desta bebida milenar a se aventurarem a degustarem os mais variados estilos de vinho Jerez, e após os entenderem e o perceberem verificarem qual lhes agrada mais.
Desejo boas novas descobertas e saúde !

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Desejo boa jornada através desta rica leitura!

Interessados em editar o livro em outros países, entrar em contato com a própria autora (Dayane Casal), através do e-mail dayanecasal@yahoo.com.br ou casaldayane@gmail.com

Fonte:

Mundo dos Vinhos por Dayane Casal
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A Califórnia brasileira quer agora ser também o Napa Valley nacional

Em dias mais frescos como os que fizeram esta semana aqui na capital paulista, Ribeirão Preto, situada no nordeste do estado, a 314 km de São Paulo, costuma ter temperaturas máximas que ficaram entre 27 e 31 graus e a mínima de 21. Houve verões com mais de 40 graus e, nos últimos anos, nos meses mais quentes, a sensação térmica costumava ser de fritar ovo no asfalto, obrigando os equipamentos de ar-condicionado a trabalhar no modo máximo, de forma a garantir a sobrevivência.

A partir da década de 80, o desenvolvimento econômico e a renda acima da média nacional fez Ribeirão Preto ser conhecida como a “Califórnia brasileira”.  No campo da gastronomia, a comparação não fazia muito sentido, é verdade. Enquanto a Califórnia original ficou famosa pela região de produção de vinhos de alta qualidade nO Napa Valley, Ribeirão sempre foi a terra da cerveja. Desde 1937, na cidade de terra roxa, solo fértil e seleiro da força do agronegócio nacional, reina a Choperia Pinguim. Segundo reza a lenda, ela serve o líquido que sai da torneira a 1,5 grau, com colarinho que leva dois minutos para evaporar e chega à mesa ainda com 4 graus. Um refresco e tanto para as temperaturas escaldantes.

A tradição do chope continua forte por lá, mas chegou o momento em que a “Califórnia brasileira” tem a pretensão de se tornar também o “Napa Valley nacional”. O esforço para tentar produzir vinhos de alta qualidade num cenário e em condições climáticas improváveis é comandado pela vinícola Terras Altas, que iniciou a produção em 2017.

Tudo começou com o suporte da dupla poda, técnica criada pelo agrônomo mineiro Murillo Regina que inverte o ciclo da vinha e faz com que a colheita seja no inverno – processo que está transformando a história da viticultura do Brasil. Graças a essa técnica, 200 vinícolas estão em funcionamento entre São Paulo e Bahia —  mais outras tantas devem se juntar às pioneiras dentro de poucos anos.

Responsáveis pela Terras Altas, os novos viniviticultores ribeirão-pretenses José Renato Magdalena e Fernando Horta já eram sócios em empreendimentos na construção civil, haras e gado de corte. Neste último, tinham a colaboração do agrônomo Ricardo Baldo, que se uniu à dupla, formando o trio que é proprietário da vinícola no interior de São Paulo.

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As primeiras vinhas da cepa de origem francesa Syrah, compradas do pai da técnica, foram plantadas em um terreno que fica a 250 metros de altitude do centro de Ribeirão — o centro da cidade, por sua vez, está a cerca de 500 metros de altitude do nível do mar. Por lá, segundo Baldo, as temperaturas mínimas podem chegar a 3,5 graus (durante dois dias do ano) e 7 a 12 graus, em uma semana de inverno. Ele diz que a amplitude térmica (diferença entre as máximas e mínimas), graças ao vento, é na média de 20 graus, o que é excelente para maturação das uvas, de maneira a se preservar cor, aromas que dependem desse amadurecimento mais lento.

Nos 10 hectares do terreno foi implantado a vinícola que conta com maquinário de recepção de uvas francesas, da marca Bucher Vaslin, e bombas de vinho italianas Evoneta, reconhecidas por serem uma das mais delicadas hoje no mercado Europeu. As barricas de carvalho são das melhores casas de tonelaria francesas, como François Frères e Taransaud. Para se ter uma ideia, uma única peça custa por volta de 1 000 euros. A sala de barricas da Terras Altas tem 40 unidades. O valor do investimento na indústria do estabelecimento, segundo Baldo, ficou na casa dos 20 milhões de reais.

Para a produção da primeira safra foi escalado o enólogo chileno Cristian Sepúlveda, responsável pelas medalhas internacionais da vinícola Guaspari, de Espírito Santo do Pinhal. E batata! Ou melhor, uva! A primeira safra da Terras Altas já trouxe a primeira medalha da Decanter, um dos principais e mais sérios concursos de vinhos realizado anualmente em Londres.

VINHO HARMONIZADO COM AR-CONDICIONADO

Hoje, a casa produz quatro rótulos, todos da uva Syrah. Um rosé Cava do Bosque 2023 (R$ 120), muito frutado e fresco, que tem no rótulo um desenho de uma das netas de 12 anos de um dos sócios. Entre os tintos estão o Entre Rios (R$ 180), sem passagem por madeira, o Equilíbrio (R$ 220), que no meu paladar mostrou bastante fruta vermelha e de fato equilíbrio no uso de madeira e o Evolução (R$ 310), potente demais para o meu paladar, pelo menos foi a minha impressão num almoço de uma quinta-feira quente em São Paulo.

Reprodução
Um dos rótulos da Terras Altas: primeira safra recebeu medalha da DecanterReprodução/VEJA

Segundo Fernando Horta Jr., filho de um dos proprietários, essa potência não costuma assustar o público da quente cidade. “A turma costuma fechar a casa e aumentar o ar-condicionado para tomar os bons Cabernet Sauvignon”, disse ele, referindo-se aos vinhos encorpados preferidos de seu pai. Durante essa mesma apresentação, Baldo fez questão de dizer que fazem vinhos com “mínima intervenção”, um ativo cada vez mais precioso atualmente. A “mínima intervenção” da Terras Altas, no entanto, como o próprio Ricardo Boldo reconheceu, não abre mão do uso durante o processo de Dormex (um agrodenfesivo usado para quebrar a dormência da planta na ausência do frio, e fazer com que todo vinhedo brote ao mesmo tempo), além das borrifações de fungicidas e de leveduras selecionadas, o que significa “fermentos industriais” para a fermentação.

Independentemente do uso adequado ou não do rótulo de “mínima intervenção”, é fato que os vinhos feitos na Terras Altas são convencionais, com ótimo potencial e qualidade. Além disso, a vinícola já possui estrutura de enoturismo que tem amealhado o público região. Um “wine tour” que mostra o caminho da uva e termina com uma degustação do vinho, acompanhado de queijos da região e azeites brasileiros custa R$ 120, por pessoa. Há também a concorrida festa da colheita, que termina com um almoço harmonizado pelo chef do restaurante da vinícola, por R$ 700, valor do ingresso único. Ou há ainda um brunch, estilo pique-nique harmonizado, montado no gramado com vista para as vinhas por R$ R$ 350, por pessoa. Atualmente a produção da Terras Altas está na casa das 20 mil garrafas por ano e com elas, eles já começam a figurar em cartas de elegantes restaurantes paulistanos como Tre Bicchieri, Figueira Rubayiat e NB Steak. “Como temos o foco em qualidade, vamos até o teto de 100 mil garrafas por ano”, disse Baldo à coluna AL VINO.

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O início da história da Terras Altas mostra que o negócio é promissor e já fez de Ribeirão Preto uma interessante parada gastronômica para se tomar uma boa taça de vinho, além do chope gelado e com o colarinho tradicional da Pinguim – mas só o futuro dirá se a “Califórnia brasileira” poderá ser conhecida um dia também como o “Napa Valley nacional”.

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Vinho – VEJA
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Vamos brindar! Os bares finalistas de Veja Rio Comer & Beber 2024

São brindes em profusão, ao momento vibrantes dos balcões, petiscos e drinques que movimentam as noites cariocas. Está chegando a hora de conhecer os melhores da cidade, e apresentamos o timaço de indicados na seção de bares do prêmio VEJA RIO COMER & BEBER 2024/25.

+ Veja Rio Comer & Beber: saiba quais são as comidinhas finalistas do prêmio

A 28ª edição do guia mais gostoso da cidade vem aí, apresentando mais de 450 estabelecimentos entre restaurantes, comidinhas e bares. A premiação ocorrerá no dia 13 de novembro, em cerimônia no hotel Fairmont Rio.

Para chegar aos finalistas, VEJA RIO compilou os votos de 30 jurados, entre jornalistas da publicação e profissionais de diferentes áreas, que escolheram, em ordem decrescente, os três melhores em cada uma das 38 categorias

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No disputado cenário dos bares, a categoria dono de bar surge como novidade da edição, que vai premiar também o melhor braseiro e o melhor lugar para encontros românticos. Feijoada? Temos. E roda de samba também.

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Confira as categorias e indicados, na ordem alfabética:

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Braseiro
Braseiro da Gávea
Braseiro Labuta
Galeto Sat’s

Carta de cerveja
Brewteco
Delirium
Rio Tap Beer House

Carta de drinque
Elena
Nosso
Suru Bar

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Feijoada
Academia da Cachaça
Armazém Cardosão
Bar do Momo

Para ir a dois
Celeste
Eleninha
Quartinho

Petiscos
Bar da Frente
Botica
Chanchada

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Quiosque
Ginga
QuiQui
Sel d’Ipanema

Roda de samba
Armazém Senado
Bar do Omar
Beco do Rato

Comer&Beber Rio 2024 é promovido pela VEJA Rio com patrocínio de Baden Baden, BTG, JBS, Nespresso, Prefeitura do Rio e Tramontina, apoio do Governo do Rio e parceria do Hotel Fairmont.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Os vinhos que os europeus bebem no dia a dia

O brasileiro está descobrindo o vinho. O fato é inegável e apoiado por números. O consumo só aumentou desde que me envolvi com esta bebida há mais de 30 anos. Mas enquanto o interesse e consumo são inexoravelmente crescentes, a cultura, ou o hábito de consumo, permanecem os mesmos. No Brasil vinho é uma bebida de ocasião e na Europa é alimento diário. No Brasil ainda apreciamos o néctar de Baco majoritariamente em momentos especiais, fora de nossa rotina. Em países como França, Itália, Espanha, Alemanha ou Portugal, o vinho simplesmente está lá, sempre, todos os dias, em todas as estações do ano, em todas as refeições. Claro que o europeu faz distinção entre o vinho do dia a dia, o da ocasião especial, o do verão ou o do inverno. Mas o vinho está sempre ao seu lado.

 

Este vinho do dia a dia, logicamente tem custo menor e é mais leve. Enquanto o habitante do Piemonte-Itália deixa o Barolo e o tartufo para uma ocasião especial, ele acompanha seu risotto do dia adia, sem cerimônia, com um Dolceto, um Freisa, um Grignolino, sem falar é claro nos vinhos locais, da vila onde vive, que sequer chegam a ser engarrafados. O mesmo se dá na Toscana, onde o Brunello-com-Bistecca é para o sabadão, enquanto faz mais sentido durante a semana um Rosso di Montalcino com um pici al sugo.

 

Esta lógica, quase óbvia, se aplica em todo o continente. Barolos, Brunellos, Amarones, Grand Crus de Bordeaus e da Borgonha, Riojas Gran Reserva, tintos mais estruturados, branco barricados, que normalmente custam mais ao bolso e exigem mais do paladar, pedem ocasião. Enquanto nomes como

Valpolicella, Bardolino, Côtes-du-Rhône, Dolceto, Soave, Beaujolais, Frascatti, Lambrusco, Montepulciano d’Abruzzo, Chanti, Vinho Verde, Vino da Tavola (Itála), Vino de la Tierrra (Espanha), Vin de Pay (França), vinhos regionais em Portugal, sem falar em rosés e espumantes em geral, são menos custosos, mais leves e companheiros de todo o momento.

 

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Dia mundial do veganismo: novidades no Teva Deli e mais delícias no Rio

Teva Deli faz aniversário

O Teva Deli, em Copacabana, prepara uma festa especial em celebração ao seu primeiro ano de funcionamento e ao Dia Mundial do Veganismo, comemorado na sexta-feira, dia 1º de novembro. Uma parceria com a marca Naveia vai trazer promoções aos clientes.

Entre as atrações do evento, a Naveia montará uma estrutura ao ar livre, onde um barista servirá amostras de cappuccino para os passantes, enquanto o Teva Deli oferecerá pequenos pedaços de brownie. Para os que decidirem desfrutar de uma refeição no restaurante, haverá cappuccinos em tamanho normal, e o Teva Deli servirá uma fatia de bolo especial de aniversário para cada dois clientes.

Além disso, todos os visitantes terão a chance de concorrer a uma cesta de café da manhã. Para participar, basta preencher um breve questionário em um tablet disponível no local. Outra promoção exclusiva ocorrerá entre 12h e 17h, onde clientes que trouxerem um amigo e pedirem o prato especial do dia, uma lasanha vegana, receberão 50% de desconto no segundo prato igual.

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Teva Deli. Av. Nossa Senhora de Copacabana, 1334-A, tel.: 97874-0081.

+ Veja Rio Comer & Beber: saiba quais são as comidinhas finalistas do prêmio

Rio Design Leblon vegano

Boas opções sem carne esperam os clientes no shopping do Leblon. No Gurumê, restaurante japonês que tem série de pedidas veganas no cardápio, o Tartare Veg Mê (R$ 29,00) é um tartare de palmito pupunha, tomate italiano assado e guacamole, finalizado com crispy de alho poró e acompanhado de chips de batata baroa. Os pratos com duplas de sushi da casa têm variações como tomate italiano marinado em calda de agave, shoyu, alho e gengibre (R$ 17,00), e tempeh crocante marinado no shoyu, sakê e óleo de gergelim, com toque de maionese de castanha (R$ 19,00).

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Gurumê: sushi de tempeh com maionese de castanha./Divulgação

No Zazá Bistrô Café, há pedidas sem carne com o capricho da casa, como a moqueca de vegetais e banana da terra, acompanhada de arroz de coco e farofa de maracujá (R$ 49,00), e o picadinho de berinjela, com couve, sementes de abóbora e de girassol, arroz branco e farofa de alecrim (R$ 52,00).

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Zazá Café: picadinho vegano é de berinjela./Divulgação

E o Juliette Bistrô também apresenta uma opção saborosa para celebrar a data: o Galeries Lafayette. O prato é composto por um risoto de beterraba com tahine, cogumelos ao roti de legumes e sementes de girassol tostadas (R$ 56,00).

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Juliette: risoto de beterraba com cogumelos./Divulgação

Rio Design Leblon. Av. Ataulfo de Paiva, 270, Leblon.

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Cantô do Grand Hyatt 

O Cantô Gastro & Lounge, restaurante do hotel Grand Hyatt Rio, aberto também a não hóspedes, possui um menu vegano com opções de entradas, pratos principais e sobremesas. Destaque para o risoto de jerimum com rapadura, alho negro e amêndoas laminadas (R$ 75,00), e os chips de raízes da terra (cará, mandioquinha, batata asterix e batata doce) com homus de beterraba fermentada (R$ 35,00). Aos sábados, o restaurante oferece um buffet de feijoada que conta com a versão vegana do prato (R$ 176,00), feita com feijão branco, linguiça apimentada de soja, calabresa de soja, proteína de soja, bacon vegano e cogumelo.

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Cantô: risoto de jerimum tem toque de rapadura./Divulgação

Cantô. Av. Lúcio Costa, 9600, Barra da Tijuca, tel.: (21) 3797-9524.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Se eu contar que tem queijo do Rio de Janeiro entre os melhores do Mundo?

Achava lindo devorar uma fatia de goiabada de lata espremida entre duas outras, de queijo prato, lá pela hora da Sessão da Tarde. Na mesma época, havia um queijo minas duro, velho e rançoso, que fazia estranhos aniversários na geladeira, e ninguém parecia ligar. Vez por outra, havia ainda um “queijo de furos”, que ninguém chamava de ‘suíço’.

Não havia luxo, qualidade ou variedade nos queijos da minha infância – ou, ainda, de qualquer amiguinho que nos frequentasse. E não faz tanto tempo assim…

A lembrança me veio a caminho de Valença, região que sempre associei à cafeicultura e que, de uma hora para outra, viu surgir uma vocação inesperada.

Foi a Abolição da Escravatura que levou a mudanças profundas na região, que já foi a maior exportadora de café do mundo, no séc. XIX, mas mergulhou em franca decadência por conta da falta de mão de obra. A salvação da lavoura, literalmente, era o governo começar a incentivar a vinda de imigrantes estrangeiros.

Na passagem para o século XX, eles vinham de toda parte.

Os dinamarqueses que ali se fixaram, tentaram reproduzir, em 1920, o tradicional queijo Danbo, que deu origem ao ‘queijo prato’ afetivo da infância de todo o País. Ali, também se instalaram imigrantes italianos e portugueses, que levaram suas técnicas e desejos à região.

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Fato é que essa turma encontrou em Valença um ambiente ideal. Afinal, além da ilustre participação do animal, do que um queijo é feito? Dos minerais da água, da qualidade do pasto e, também, da terra em que cresce.

Ali, por exemplo, as bactérias propiônicas, que costumam ser compradas para fazer queijos com olhaduras redondas, grandes e regulares (como nos queijos suíços), aparecem espontaneamente na pastagem de Valença graças aos afloramentos rochosos, e… surpresa(!)… se manifestam em furos redondinhos, em alguns queijos maturados.

O tipo de “flor” que recobre os queijos, como um “mofo do bem”, também é outro grande trunfo, capaz de emprestar aromas únicos a cada peça.

Isso tudo é o tal do terroir, que aliado a um crescente investimento em mão de obra e qualidade – especialmente depois da pandemia – tem produzido resultados impressionantes.

 

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DO CAFÉ PARA A PECUÁRIA BOVINA

A cidade é, hoje, a primeira bacia leiteira do Estado do Rio, tanto em volume quanto em qualidade de seus produtos lácteos.

Os números não mentem: no último Concurso de Queijo Artesanal, em São Paulo, entre 1542 produtos de 20 estados, nosso Estado conseguiu 28 medalhas, vindas de 10 queijarias valencianas, sendo duas na categoria máxima: a Super Ouro, com uma banca de juízes de todo o Mundo.

E, ainda, nem nos nossos mais loucos sonhos, acreditaríamos que no último concurso mundial, em Paris, entre os 12 melhores queijos do planeta, havia 10 franceses, 1 suíço e apenas UM não europeu. Sim… era de Valença, Rio de Janeiro.

“O mérito não é meu”, disse Rodrigo do Vale, da queijaria du’Vale, vencedora de inúmeros prêmios. “Que país tem pasto verde o ano inteiro? Vocês viram a capineira, aqui fora? Estou há mais de três meses sem uma gota de chuva e a capineira segue verde! É isso que entra na boca da vaca, que se transforma em leite, que se transforma em queijo. Não é fácil de entender o que faz o melhor queijo do Mundo?”.

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Modéstia à parte (do produtor), não é só terroir que conta. O ‘saber fazer’ importa, e muito. Seu tataravô, imigrante português, já fazia queijos maturados, especialmente do tipo “parmeson” (como conta um registro de época), e enviava para outros municípios, em lombo de burro ou pela Maria Fumaça, já em 1910.

Hoje, num processo que melhora a cada geração, as peças envelhecem numa cave subterrânea que mantem a umidade alta, e a temperatura, baixa e constante.

“O queijo é uma criança que conta tudo”, diz Rodrigo. “Qualquer imperfeição pode ser rastreada até origem, ou seja, aquilo que a vaca comeu. É um produto vivo, com organismos que trabalham no dia a dia, transformando seu sabor. Daqui a uma semana, é outro queijo.”.

Nenhuma de suas “crianças” me contou nada, além de boas histórias. Provei o Pérola Negra, (vencedor do prêmio Super Ouro no último concurso nacional), feito de leite cru e maturado por 60 dias na cave de pedra, sobre uma tábua de madeira. Tem sabor intenso, picante, frutado e denso e é coberto com pó de café para manter a umidade.

Mais inesquecíveis, ainda, foram um queijo maturado por 6 meses, com casca bem florida (que implorei que fizesse em maior quantidade), e o requeijão de leite puro, feito à moda antiga, denso e untuoso, ali batizado como creme de queijo.

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A verdade é que cheguei à fazenda já com desejo de sobremesa. Afinal, pela primeira vez na história, um doce de leite sai de sua categoria específica numa premiação, e entra no rol dos 5 melhores produtos lácteos do Mundo, entre mais de 2.000 produtos inscritos, com jurados de 20 países.

Sim, é de Valença o título de “Melhor Doce de Leite do Mundo”. Segundo Rodrigo, não há segredo: é o terroir valenciano, leite, açúcar e a paciência de se mexer o produto por 5 horas, num tacho de cobre.

Tive a alegria de sair com dois potes e o infortúnio de vê-los sumir em menos de 24 horas, depois de apresentados à minha família.

Pérola Negra da Queijaria du'Vale, coberto com pó de café e Caprinus do Lago, da Capril do Lago. Entre os melhores do Mundo.
Pérola Negra da Queijaria du’Vale, coberto com pó de café e Caprinus do Lago, da Capril do Lago. Entre os melhores do Mundo.Rogério Resende/Arquivo pessoal

DAS VACAS ÀS CABRAS

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cabras felizes do Capril do Lago
cabras felizes do Capril do LagoLuísa Erthal/Arquivo pessoal

Outro produtor de destaque é Fabrício Vieira, da Capril do Lago; um dentista, filho de outro dentista, que passou a vida em área rural.

Aos 13 anos, pediu uma vaca de presente. Como era grande demais para ele, ganhou uma cabra.

Brotava ali uma paixão que daria origem, em 2023, ao sétimo melhor queijo do Mundo, no Mondial du Fromage, em Paris. Um grande orgulho termos num pódio feito APENAS de queijos europeus, um pecorino valenciano envelhecido por 12 meses.

Fabrício, a quarta geração de criadores de vacas, desde sempre viu o pai, Fabio Vieira, fazer a ordenha às 4 da manhã, almoçar às 11 horas e só depois partir para o trabalho, ritual que cumpre até hoje, aos 75 anos. Seu pai é o único de 9 filhos que manteve a tradição de tirar leite e fazer queijos.

Foi o primeiro da família a se aventurar com cabras e, apenas na pandemia, decidiu fazer disso um negócio. Então, chamou Paulo Henrique Bastos, seu atual mestre-queijeiro, e deram início a uma incessante busca pela qualidade.

Me encantei especialmente com o Mascate, de casca florida e olhaduras perfeitas (viva as bactérias propiônicas!) ou ainda em versão lavada na cachaça. Também achei fantástico o Sapucaia, queijo de massa mole coberto por um tipo de mofo branco que se desenvolve dentro da cuia da árvore da sapucaia, numa maturação de quase dois meses.

São 300 a 400 queijos, diariamente virados, temperados, lavados, vindos de apenas 40 cabras da raça Saanem, além de dois bodes: Fred e Carlos Henrique, o danado capaz de emprenhar 34 cabras em dois dias.

Paulo Henrique, por exemplo, sente falta de cada uma das cabras que morrem ou são vendidas e, também, de cada peça que vê partir depois de ter se dedicado a elas por meses, ou mais que isso…  Cada venda é uma despedida porque as coisas são desse tamanho. E ninguém quer aumentar a produção para não perder a qualidade.

Dessas histórias, que só cabem nessa escala, é feito o queijo valenciano.

Paulo Henrique Bastos, o queijeiro que fez o 7o melhor queijo do Mundo, no último mundial, em Paris, e seu novo Sapucaia, feito na cuia da árvore de sapucaia.
Paulo Henrique Bastos, o queijeiro que fez o 7o melhor queijo do Mundo, no último mundial, em Paris, e seu novo Sapucaia, feito na cuia da árvore de sapucaia.Luísa Erthal/Arquivo pessoal

 

ENQUANTO O SELO ARTE NÃO VEM…

Toda essa poesia podia (e devia) estar espalhada pelas mesas de todo o Brasil, mas hoje esses excelentes produtores contam apenas com o Selo de Inspeção Municipal, o que significa que só podem vender em Valença.

Apenas na semana em que fiz minha visita, quatro queijarias tiveram de fechar as portas porque o mercado local não dá conta de remunerar o investimento em processos caros ou de escoar toda a produção.

A Rota do Queijo foi uma solução excelente e criativa, levando cerca de 80 visitantes a cada rodada, mas ainda não é suficiente.

Vejo uma luz no fim do túnel, graças ao esforço conjunto de um grupo de pessoas que tem tudo para transformar a região na nova Canastra:

Rafael de Souza Pereira, extensionista da Emater-RJ, que me deu riquíssimas aulas sobre a história, formação e evolução da região; Fábio Vicente, médico veterinário do Serviço de Inspeção Municipal de Produtos de Origem Animal (SIMPOA) de Valença; e Bruna Boaretto Durço, médica veterinária do Programa de Apoio ao Produtor Rural do Centro Universitário de Valença, ajudam a orientar e formar novos produtores e agora estudam o longo processo de obtenção do Selo Arte para que os produtos cheguem até nós.

Tive a sorte de acompanhá-los numa visita a Breno Furtado, da Porco Alado (Friburgo), que contou sobre sua experiência e tirou dúvidas como o único produtor fluminense a conseguir o selo, este ano. Agora é esperar que, antes da virada para 2025, algum deles tenha sucesso.

Já rodei o mundo todo, entrevistei muitos produtores e provei mais queijos do que meus quadris gostariam. Posso afirmar sem medo: Valença não deve nada a ninguém.

Enquanto o Selo Arte não vem, nem bem cheguei e já não vejo a hora de voltar.

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Comer & Beber – VEJA RIO