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Pré-mercado: semana terá Copom e FED

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Bom dia. Estamos na segunda-feira, 29 de julho.

Cenários

A semana terá duas reuniões de bancos centrais. No Brasil, a do Comitê de Política Monetária (Copom). E nos Estados Unidos a do Federal Open Market Committee (Fomc). Apesar da coincidência das datas (30 e 31 de julho), os cenários são bastante diferentes.

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Por aqui, o Copom está lidando com uma piora nas expectativas e nos índices de inflação. O IPCA-15 de julho mostrou uma inflação acumulada de 4,45% em 12 meses, apenas 5 pontos-base (centésimos de ponto percentual) abaixo do teto da meta. E as expectativas para a taxa de câmbio no fim de 2024 estão subindo de maneira gradual e sistemática.

Nos Estados Unidos, apesar da resiliência do mercado de trabalho e do crescimento robusto do Produto Interno Bruto (PIB), a inflação está gradualmente convergindo para a meta de 2% ao ano, o que permite prever o início do processo de suavização da política monetária ainda neste terceiro trimestre.

Perspectivas

É bastante provável que o Copom mantenha a taxa referencial Selic no patamar atual de 10,50% ao ano e que emita um Comunicado duro, indicando a necessidade de manutenção da política monetária apertada devido à deterioração das expectativas e à piora da situação fiscal.

Já nos Estados Unidos, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (FED), o banco central americano, deverá confirmar (ou indicar como bastante provável) o começo do corte dos juros na reunião do Fomc agendada para setembro, o que pode destravar valor nas bolsas e reduzir a pressão de alta sobre o dólar.

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Indicadores

  • Brasil

Relatório Focus

IGP-M (Jul)

Esperado: 0,47%

Anterior: 0,81%

  • Estados Unidos

Sem indicadores relevantes

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Especialistas criam passo a passo para vencer o medo de fracassar

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O “fear-setting” permite que você enfrente seus medos de frente; veja como fazer

O medo do fracasso pode ser extremamente paralizante, impedindo o indivíduo de iniciar seu projeto dos sonhos, voltar a estudar, falar em público, mudar de carreira, aprender uma nova habilidade e muito mais.

A simples ideia de falhar em algo é um mecanismo de proteção, que visa nos manter seguros das consequências negativas que acreditamos que surgirão ao agirmos em direção aos nossos objetivos. No entanto, esse medo muitas vezes causa mais mal do que bem, pois pode nos impedir de arriscar em nós mesmos desde o início.

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Um novo estudo publicado em junho no Journal of Happiness Studies descobriu que um exercício chamado “fear-setting” (configuração do medo) pode reduzir a vergonha e o constrangimento antecipados associados ao medo do fracasso.

“Quando crenças razoáveis se tornam vieses, como ‘eu não consigo fazer isso’ ou ‘eu vou falhar’, se tornam debilitantes,” escrevem os pesquisadores.

Os pesquisadores descobriram que esse artifício pode aumentar sentimentos positivos e a percepção da probabilidade de sucesso de uma pessoa, incentivando-a a esperar resultados melhores para suas ações. Isso, por sua vez, a motiva a começar a agir em direção a seus objetivos. Esses efeitos podem ser sentidos até uma semana após a realização do exercício.

“Nosso estudo fornece evidências de que pensar deliberadamente sobre objetivos pessoalmente significativos e descobrir maneiras de alcançar esses objetivos aumenta o afeto positivo, especialmente sentindo-se empolgado, inspirado e animado,” acrescentam os pesquisadores.

Veja como o “fear-setting” pode ajudar você a enfrentar seus medos e começar a perseguir seus objetivos, de acordo com o estudo.

O Exercício de Fear-Setting

Esse processo é baseado em seis etapas. São elas:

  1. Defina um objetivo: escolha um objetivo e defina-o especificamente. Por exemplo, imagine que deseja iniciar um pequeno negócio online vendendo artesanatos feitos à mão, dentro do próximo mês.
  2. Explore seus medos: escreva dez ou mais resultados negativos que teme que estejam associados ao seu objetivo. Em seguida, classifique cada medo em uma escala de 1 a 10, com base na probabilidade de se tornar realidade, sendo “1” muito improvável e “10” muito provável. Isso permite que você os aborde adequadamente e talvez perceba que alguns são bastante improváveis. Por exemplo, você pode temer que o negócio falhe completamente e classifique isso como um 6, ou que você será julgado por outros, e classifique isso como um 5.
  3. Pense em medidas preventivas: escreva todas as coisas que pode fazer para reduzir a probabilidade desses medos se tornarem realidade. Isso permite que você aborde diretamente e se prepare para quaisquer problemas que possam surgir. Por exemplo, criar um plano de negócios sólido, buscar aconselhamento de especialistas financeiros e usar as redes sociais para alcançar um público mais amplo.
  4. Envolva-se na resolução de problemas: escreva todas as coisas que pode fazer ou a quem pode pedir ajuda para “reparar o dano” se os resultados temidos realmente acontecerem. Por exemplo, aprender com os erros, contratar ajuda, pensar em uma nova estratégia de marketing ou reavaliar o modelo de negócios.
  5. Mude sua perspectiva: considere o que aconteceria se tomasse uma atitude hoje. Escreva sobre o seguinte: como se beneficiaria e o que ganharia? Como seria um sucesso parcial? Isso ajuda a se concentrar nos benefícios de tentar, em vez do medo de fracassar. Por exemplo, você pode experimentar um aumento na autoestima e realização pessoal, ganhar experiência útil para empreendimentos futuros e se beneficiar financeiramente criando um modelo de negócios sustentável e escalável.
  6. Reflita sobre o custo da inação: finalmente, reflita sobre o custo de permanecer na mesma situação. O que perderia, emocionalmente, fisicamente e financeiramente, se continuar a resistir à mudança? Como a procrastinação e a falta de ação o afetaram até agora? Por exemplo, você pode perceber que continuará trabalhando em um emprego que não gosta, perderá a oportunidade de ser seu próprio chefe ou se arrependerá de não seguir sua paixão.

“A intervenção envolve gestão de risco e planejamento através da premeditação do que fazer diante dos desafios e, portanto, mudando as cognições debilitantes (‘tenho medo de que x aconteça, mas se eu fizer y, isso se torna menos provável’ ou ‘se isso acontecer, eu farei x ou pedirei apoio a y’),” explicam os pesquisadores, destacando a importância de se concentrar no que pode controlar e aprender a confiar que poderá sobreviver ao resultado, não importa qual.

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Um estudo de 2022 descobriu que ter uma “mentalidade de crescimento” e acreditar que as habilidades podem ser desenvolvidas e aprimoradas ao longo do tempo está associado a uma redução no medo do fracasso. Essa mentalidade permite enxergar seu potencial em vez de se sentir sobrecarregado pelos obstáculos percebidos.

É essencial lembrar que não estamos necessariamente “presos” em nossas vidas, e sempre podemos aprender algo novo e continuamente desenvolver e aprimorar nossas habilidades através do esforço, perseverança, aprendizado com a experiência e contando com orientação e suporte. Portanto, da próxima vez que se sentir preso, reserve um tempo para refletir e começar o “fear-setting”. O que você descobrir pode te surpreender.

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Rayssa Leal: pontuação recorde garante 2ª medalha aos 16 anos

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Rayssa Leal durante vitória nos jogos olímpicos de Paris

Na final, Rayssa bateu o próprio recorde com 92.88 na etapa de manobras

A brasileira Rayssa Leal ganhou a medalha de bronze no skate street dos Jogos Olímpicos de Paris neste domingo, sua segunda medalha olímpica, conquistada ainda aos 16 anos.

Coco Yoshizawa, do Japão, conquistou a medalha de ouro na prova e sua compatriota Liz Akama ficou com a prata.

Rayssa, prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio, começou errando as duas primeiras voltas na bateria de Paris e precisava de notas altas nas manobras. Ela então conseguiu a maior nota da história do skate street olímpico até aquele momento com 92.68 e avançou em sétimo lugar.

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Na final, a brasileira terminou a fase de voltas em quinto lugar, com 71.66. No momento das manobras, ela bateu o próprio recorde na segunda tentativa e fez 92.88. Rayssa errou a primeira, a terceira e a quarta tentativas. Na última, conseguiu um 88.83 para garantir o bronze em Paris.

Essa foi a terceira medalha brasileira nos Jogos de Paris, depois que Willian Lima levou a prata e Larissa Pimenta ficou com o bronze, ambos no judô, neste domingo (28).

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Balões, K-pop e K-drama: a arte da guerra entre as Coreias

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Balões norte-coreanos voltaram a aterrissar ao Sul do território nesta semana, esquentando a “guerra dos balões” ao redor do Paralelo 38 Norte, que divide a Coreia em duas desde 1953. O conflito inflável tem como armas uma variedade de lixo enviado através da fronteira, de um lado; e folhetos anti-Pyongyang, vídeos de K-pop e K-drama, de outro. 

Desde maio, a Coreia do Norte enviou balões com sacos repletos de resíduos de papel e plástico, cigarros e fezes, causando transtornos ao vizinho. Pyongyang alega retaliação contra uma campanha de desertores e ativistas, que lançaram balões contendo folhetos contra o líder Kim Jong Un, notas de dólares e pen drives com músicas e vídeos.

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Coreia do Norte envia balões com sacos repletos de resíduos de papel e plástico, além de cigarros e fezes, ao vizinho do Sul

A batalha inusitada faz lembrar uma série coreana de sucesso da Netflix. “Pousando no Amor” conta a história de uma jovem herdeira sul-coreana que sofre um acidente de parapente após ser atingida por um tornado durante o voo. Ela acaba sendo jogada para fora da fronteira sul, caindo em solo norte-coreano. O episódio deve ter inspirado telespectadores na vida real.

A série, que estreou em 2019, foi o quarto programa de TV mais visto na história da Coreia do Sul. As cenas entraram na mente dos fãs, causando um turismo indesejado de asiáticos à Suíça — a pequena vila de pescadores de Iseltwald, na margem sul do Lago Brienz, foi local de filmagens. 

Mas o sucesso das produções culturais não se restringe apenas ao turismo nem à diplomacia sul-coreana. O estilo rende cerca de US$ 5 bilhões (cerca de R$ 30 bilhões) ao ano à economia da Coreia do Sul. Ou seja, músicas e novelas surtem efeito no PIB, que passou de US$ 500 bilhões para US$ 1,650 trilhão entre 2000 e 2020. 

Cultura-K

Além de movimentar a economia local, trata-se também de um bem de exportação, gerando consumo. Para se ter uma ideia, fora da Ásia, o Brasil é o segundo país que mais consome K-dramas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Com isso, o fenômeno cultural vindo da Coreia do Sul ganhou um nome e é chamado de “onda coreana” – ou “hallyu” na língua local. O movimento é formado por uma variedade de produções artísticas e culturais, tendo na crista o K-pop e o K-drama. 

Kevin Winter/Getty Images

Kevin Winter/Getty Images

Fenômeno cultural vindo da Coreia do Sul é chamado de “onda coreana”, tendo na crista o K-pop e o K-drama

Apesar desse tsunami que abrange 225 milhões de pessoas no mundo, o surgimento dessa onda foi algo planejado. Tudo começou no fim dos anos 1990, quando o governo de Seul passou a estimular a indústria de entretenimento. 

O objetivo era se recuperar da crise dos “Tigres Asiáticos”, de 1997. A partir daí, a verba pública passou a apoiar a cultura popular com subsídios e políticas de incentivo ao investimento privado, como empréstimos a juros baixos e fundos voltados a uma vasta gama de produção.

Mas essa maré só chegou ao Ocidente em 2012, com o hit Gangnam Style, de Psy. O vídeo foi o primeiro na história da internet a ultrapassar um bilhão de visualizações e permaneceu como o mais visto no Youtube até julho de 2017. A expressão que dá nome à música refere-se a um estilo de vida associado ao bairro nobre de Gangnam, na capital. 

Qualquer semelhança não é mera coincidência

A arte da ficção de representar a realidade expõe os desejos da reunificação – tida como um consenso nos dois lados da fronteira. Ao mesmo tempo, expõe os desafios de unir um país que era único desde a antiguidade e que deixou de ser um há cerca de 70 anos.

“Esse fenômeno do Hallyu é um tipo de soft power [do lado de Seul] que consiste em fazer com que outros queiram o que você deseja. Isto é, tornar atrativo e desejável os próprios objetivos da Coreia [do Sul]”, observa Paulo Gala, economista e professor da FGV.

“Soft power” ou poder brando é o termo usado para falar da influência que um país exerce através do seus produtos culturais e estilo de vida. Daí porque o governo sul-coreano trata a indústria “K” como um bem valioso, que precisa ser protegido – e disseminado, diz Gala.  

Fenômeno é um tipo de soft power do lado de Seul que consiste tornar atrativo e desejável os objetivos da Coreia do Sul

Outro K-drama que ilustra bem os obstáculos no processo de reunificação é a versão coreana de “A Casa de Papel”. A produção adapta o roteiro original europeu de sucesso e traz à luz as grandes diferenças políticas e econômicas entre o Norte e o Sul, cuja história enquanto nação é anterior à Era Cristã, quando três reinos disputavam a soberania. 

Um deles, Goryeo, deu o nome à Coreia e governou desde o ano 935 d.C até o século 14. Em 1392 teve início a dinastia Joseon, a última e mais longa da história coreana, que reinou até 1910 e sucumbiu às invasões do século 20. Foi durante a Guerra Fria que se consolidou a divisão da Coreia através de um tratado válido até os dias atuais que estabelece uma linha imaginária devido à falta de concordância sobre qual ideologia o país deve seguir.

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Medalha de ouro: confira o valor do prêmio máximo da Olimpíada de Paris

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10.500 atletas participarão de 32 esportes em 329 eventos durante a Olimpíada de Paris 2024. Todos estão competindo pelo prêmio máximo: a medalha de ouro.

O valor de uma medalha olímpica para um atleta que passou grande parte da vida sonhando com ela é imensurável. Mas os materiais utilizados para fabricá-la, são perfeitamente calculáveis.

A medalha de ouro de 2024 custa aproximadamente US$ 950 (R$ 5.361), com base no preço à vista do ouro na manhã do dia 24 de julho.

É possivelmente o valor mais alto de qualquer medalha de ouro na história dos jogos olímpicos modernos, principalmente devido aos preços recordes do ouro. No entanto, nota-se que as medalhas anteriores tiveram seus preços valorizados com base no custo do metal precioso.

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Todas as medalhas têm 85 milímetros de diâmetro e 9,2 milímetros de espessura.

Ferro da Torre Eiffel e 6 gramas de ouro

A medalha de ouro da Olimpíada de Paris 2024 pesa 529 gramas, sendo que mais de 95,4% dela é feita de prata (505 gramas). Apenas seis gramas consistem em ouro puro, que é utilizado como revestimento externo, e 18 gramas consistem em ferro, de acordo com vários relatórios.

Se a medalha de ouro fosse feita de ouro puro, seu valor seria de aproximadamente US$ 41.161 (cerca de R$ 232 mil). É por isso que medalhas de ouro puro foram entregues pela última vez em 1912.

A medalha de prata, por sua vez, pesa 525 gramas, com 507 gramas de prata e 18 gramas de ferro. Seu valor, com base no preço à vista da prata e do ferro em 24 de julho, é de aproximadamente US$ 486 (R$ 2.742). O terceiro colocado fica com a medalha de bronze, que vale US$ 13 (R$ 73,37), composta por 415,15 gramas de cobre, 21,85 gramas de zinco e 18 gramas de ferro.

Foto da medalha de ouro da Olimpíada de Paris 2024

Ao determinar o valor intrínseco da medalha olímpica, o design geralmente não é incluído no preço. No entanto, para estas medalhas, isso pode mudar.

O ferro não é um metal normalmente usado na fabricação de medalhas olímpicas, mas não é um ferro comum. Ele vem da Torre Eiffel, símbolo universal de Paris e da França.

O metal veio especificamente de seções do monumento que foram removidas para modernizar o elevador em algum momento do século XX. O ferro foi refinado nas forjas da cidade de Pompey, no leste da França, por meio de um processo chamado “puddling”. Uma vez removido o excesso de carbono do material fundido, o que permanece é “um ferro quase puro e extremamente robusto”, de acordo com o site oficial da Olimpíada.

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Ao determinar o valor intrínseco da medalha olímpica, o design geralmente não é incluído. No entanto, para estas medalhas, isso pode mudar, pois foram desenhadas pela histórica casa de alta joalheria francesa, Chaumet. Fundada no século XVIII, a joalheria, com suas oficinas na igualmente histórica Place Vendôme, em Paris, é conhecida por produzir joias e tiaras para a realeza francesa e britânica. Em um comunicado, a LVMH, a holding francesa de luxo que possui a Chaumet, disse que é a primeira joalheria na história dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos a desenhar as medalhas.

*Anthony DeMarco é colaborador da Forbes EUA. Especialista em em alta joalheria e relógios, o jornalista trabalha para diferentes publicações ao redor do mundo.

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Olimpíada de Paris: hora de comemorar a história do Champagne

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Christian Petersen _Getty

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O Champagne é uma bebida secular e símbolo de celebração

O início das Olimpíadas de Paris mostrou uma França inundada de comemorações. Pode-se contar com pessoas te servindo, com exclusividade, um Champagne. Por que? Porque eles têm feito isso há séculos. Os vinhos tranquilos do nordeste da França, incluindo a região que se tornaria famosa pelo Champagne, eram produzidos já na era romana.

O primeiro rei francês, Clóvis, foi batizado em Reims por volta de 496 e dizia-se que carregava um barril de Remois abençoado pelo bispo, que supostamente não secou até que o novo rei retornasse a Reims após várias batalhas vitoriosas.

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No século 14, as técnicas de vinificação tinham progredido tanto que estes vinhos eram cobiçados por reis e príncipes. O vinho Remois foi uma das bebidas proeminentes servidas na coroação de Luís XIV, em 7 de junho de 1654. Mais tarde, o rei presenteou o seu rival Carlos II da Inglaterra com as premiadas garrafas. Assim começou uma tradição de coroações na Catedral de Reims, com jantares luxuosos e vinhos Remois, bem como a prática de presentear os cobiçados vinhos Remois a outros membros da realeza e dignitários de alto nível.

A aclamação foi tanta que os historiadores passaram a chamar o vinho Remois de “a bebida comum de reis e príncipes”. Quando os produtores de vinho se depararam com a inovação do vinho espumante no final do século 17, os vinhos Remois já estavam preparados para se transformarem de cobiçados vinhos tranquilos em uma sensação global de espumante.

Certamente isso não aconteceu da noite para o dia e houve desafios ao longo do caminho, mas o Champagne acabou se tornando o brinde da cidade e sinônimo da ideia de “celebração”.
Assim como o Champagne e as celebrações têm uma longa história, o mesmo acontece com as suas bolhas e os esportes.

Spyridon Louis foi o vencedor da primeira maratona olímpica nos Jogos inaugurais de 1896. Algumas anedotas sugerem que ele parou para tomar uma bebida enquanto perdia a corrida. Um detalhe: isso nunca foi confirmado.

Mas parar durante uma maratona olímpica para tomar uma bebida (e até mesmo vencer) não foi por acaso. Como observa Katherine Alex Beaven, da AtlasObscura, os atletas do início do século 20 consideravam o álcool e, em particular, o Champagne, semelhante às bebidas energéticas desportivas de hoje. Eles eram vistos como motor de uma explosão de energia por causa do alto teor de açúcar e à diversão da efervescência.

“Em 1908, o vencedor da Maratona de Chicago, o zelador que virou corredor Albert Corey, creditou sua vitória a um suprimento constante de Champagne”, relata Beaven. “Na Maratona Olímpica de 1908, pelo menos alguns corredores beberam álcool ou coquetéis de estricnina durante a corrida – incluindo os quatro primeiros a cruzar a linha de chegada.”

Beber e maratonas não ficam apenas nos livros de história. Até hoje existe uma maratona, que atravessa a região vinícola francesa, que homenageia esta herança. A Le Marathon des Chateaux du Médoc é um trajeto por cerca de 60 vinhedos, e o vinho é servido ao longo do percurso de corrida. E mais: os corredores são incentivados a usar roupas engraçadas. Os organizadores observam: “Com mais de 90% dos competidores fantasiados, este evento é mais um teatro ao vivo do que uma competição atlética”.

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Outra tradição que junta Champagne e esportes e que ocorre no mundo todo? Estourando garrafas e borrifando vinho em um pódio depois de ganhar um título importante é uma cena familiar para muitos fãs de esportes e provavelmente acontecerá durante os Jogos (mesmo que não seja necessariamente televisionada). De onde vem a tradição?

Os pilotos de Fórmula 1, Jo Siffert e Dan Gurney, são os responsáveis ​​por transformar o Champagne em uma forma ativa de celebração. Segundo a lenda, Siffert venceu a corrida de 24 horas de Le Mans em 1966. Foi presenteado com uma garrafa de Champagne, tradição que logo se tornaria habitual. A garrafa, por causa do calor ou por ter sido chacoalhada acidentalmente, soltou a rolha e banhou as pessoas que estavam nas proximidades. Isso foi considerado um acidente. Porém, quando os americanos venceram no ano seguinte, o piloto Dan Gurney sacudiu intencionalmente uma garrafa e encharcou seu companheiro de equipe, Carroll Shelby, e seus patrocinadores, Henry Ford II e sua esposa. Foi assim que nasceu mais uma tradição.

O que está reservado para as celebrações durante os Jogos Olímpicos de Verão de 2024 em Paris deste ano? Ninguém pode dizer ainda ainda, mas é justo que haja muito Champagne, espumante e comemorações.

* Elva Ramirez é colaboradora da Forbes EUA. Escreve sobre vinhos, destilados e suas histórias do campo à taça.

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Rebeca Andrade pode nomear novo salto e levar ouro na Olimpíada de Paris

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Rebeca Andrade

Laurence Griffiths/Getty Images

Rebeca Andrade pode trazer o ouro para casa na Olimpíada de Paris com sua ginástica tão bela quanto difícil

Rebeca Andrade está sob os holofotes neste domingo (28) com sua estreia na Olimpíada de Paris 2024. A atleta disputa a classificação feminina na ginástica artística ao lado da equipe brasileira na subdivisão 5 a partir de 16h10 (horário de Brasília).

Após uma performance de destaque na Olimpíada de Tóquio em 2021, a atleta de 25 anos rapidamente se tornou um nome conhecido e pode mudar o jogo nesta edição dos Jogos. Na quinta-feria (25), Rebeca apresentou um vídeo de um salto inédito ao Comitê Técnico da FIG (Federação Internacional de Ginástica), que categorizou o elemento com dificuldade 6.0.

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Salto Andrade

O salto apresentado pela atleta, um Yurchenko com tripla pirueta, só vale menos que o Biles 2, da norte-mericana Simone Biles, com dificuldade 6.4. O elemento pode ganhar o nome de Rebeca Andrade se a ginasta apresentá-lo em uma competição oficial.

Apesar das expectativas para a Olimpíada, a ginasta ainda não confirmou se vai testar a novidade em Paris. Ela não apresentou o novo salto no treino oficial das seleções antes da competição, na quinta-feira, e treinou apenas os elementos com os quais já tem histórico.

Superando lesões

Campeã olímpica e mundial, Rebeca Andrade quebrou recordes na ginástica brasileira, mas seu sucesso não veio fácil. Sua carreira foi marcada por lesões, incluindo três rupturas de LCA (ligamento cruzado anterior), em 2015, 2017 e 2019.

Esses momentos a impediram de participar de campeonatos internacionais. “Tive várias oportunidades e momentos para desistir, mas não desisti”, disse Rebeca Andrade à FIG (Federação Internacional da Ginástica), em 2021.

Sua estreia olímpica aconteceu no Rio 2016. A então adolescente capturou a atenção do mundo ao se classificar em terceiro lugar para a final individual geral, superando a lenda russa da ginástica, Aliya Mustafina. Embora tenha enfrentado dificuldades na final, terminando em 11º lugar, ela chamou a atenção do mundo da ginástica.

O ano de 2017 parecia ser o ano de destaque de Rebeca Andrade. Ela entrou no campeonato mundial como uma das favoritas ao título individual geral, mas rapidamente se retirou após romper seu LCA durante os treinos. Os fãs se perguntavam se ela iria se aposentar devido às lesões, mas a atleta continuou a treinar.

As temporadas seguintes foram desafiadoras. Após finalmente competir em seu primeiro campeonato mundial em 2018, Rebeca Andrade sofreu sua terceira ruptura de LCA no Campeonato Nacional Brasileiro de 2019. Retornar de uma ruptura de LCA é extremamente difícil na ginástica. Duas? Inimaginável. Três? Nunca havia sido feito.

Virada em Tóquio

Na ausência de Rebeca Andrade, o Brasil teve dificuldades no Campeonato Mundial de 2019 e não conseguiu qualificar uma equipe completa para a Olimpíada de Tóquio. Parecia que as coisas não estavam destinadas a acontecer.

No entanto, a pandemia de Covid-19 adiou Tóquio 2020 para 2021. Embora o objetivo parecesse inviável na época, a próxima Olimpíada estava subitamente ao alcance.

Em Tóquio, Rebeca Andrade entrou para os recordes do esporte. Com sua segunda colocação atrás da americana Sunisa Lee na prova individual geral, Andrade se tornou a primeira mulher brasileira a ganhar uma medalha olímpica na ginástica. Quatro dias depois, ela se tornou a primeira mulher brasileira a conquistar o ouro olímpico na ginástica, vencendo no salto sobre a norte-americana Mykayla Skinner. Seu momento finalmente havia chegado.

Mais conquistas

Alguns meses depois, Andrade acrescentou mais conquistas ao currículo no Campeonato Mundial de Ginástica de 2021, também no Japão. Optando por competir apenas no salto, nas barras assimétricas e na trave para dar o descanso necessário ao joelho, Rebeca Andrade saiu de Kitakyushu com uma medalha de ouro no salto e uma prata nas barras assimétricas. Em apenas três meses, ela passou de uma possível estrela a uma campeã olímpica e mundial realizada.

O ano de 2022 trouxe mais uma conquista notável. Andrade chegou a Liverpool, Inglaterra, para seu terceiro campeonato mundial e saiu como a ginasta número um do mundo. Na final individual geral feminina, ela superou a estrela emergente dos EUA, Shilese Jones, para se tornar a primeira campeã mundial individual geral da América do Sul.

Confronto com Simone Biles

Mas 2023 trouxe um novo desafio: Simone Biles. O tão esperado confronto entre as duas no campeonato mundial não decepcionou, com ambas as estrelas saindo de Antuérpia, na Bélgica, com cinco medalhas cada. Embora Biles tenha vencido nas provas individual geral e no solo, Andrade conquistou seu segundo título mundial no salto após Biles cair em sua habilidade característica.

No entanto, das cinco medalhas de Rebeca Andrade nesses campeonatos, uma de suas medalhas de prata foi provavelmente a mais impactante. Em uma noite histórica para a ginástica, Andrade liderou o Brasil para sua primeira medalha mundial na ginástica artística, conquistando a prata sobre a França.

O que torna Rebeca Andrade tão grande?

Além de sua resiliência e tenacidade inegáveis, Rebeca Andrade possui uma combinação de alta dificuldade e execução impecável. Tanto Biles quanto Andrade fazem um dos saltos mais difíceis do mundo, o “Cheng”, com a versão de Andrade frequentemente sendo considerada a melhor já executada.

Em apenas poucos anos, ela levou seu país do 7º lugar (2018) ao 4º (2022) e ao 2º (2023). A atleta não apenas se catapultou para a fama, mas impulsionou a ginástica brasileira à relevância internacional. Com Rebeca Andrade e sua companheira de equipe Flavia Saraiva à frente, o Brasil emerge como o principal concorrente dos Estados Unidos em Paris.

Expectativas para Paris 2024

Olhando para Paris, Andrade é, sem dúvida, a chave para o sucesso do Brasil com a primeira medalha olímpica no evento por equipes. A atleta de 25 anos também deve desafiar Biles por várias medalhas. Assim como a concorrente, Andrade não tem um evento fraco. Desde seus saltos que desafiam a gravidade até suas solturas nas barras executadas com facilidade, sua ginástica é tão bela quanto difícil. Os fãs podem esperar que ela dispute o ouro olímpico no individual geral, no salto e no solo, além de lutar por medalhas nas barras assimétricas e na trave.

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Embora a vantagem esteja a favor de Biles devido à sua maior dificuldade, Rebeca Andrade eliminou qualquer margem para erro. Com essa combinação de dificuldade e execução, a brasileira reduziu a distância entre a norte-americana e o resto do mundo. Independentemente do resultado, os fãs antecipam performances dignas de medalha de ambas as grandes ginastas.

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Cenário olímpico da Globo reúne referências do game e cinema

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Credito: Globo/Thais Magalhães

Uma área de 1,1 mil pessoas esta responsável por parte do projeto iniciado há mais de um ano (Credito: Globo/Thais Magalhães)

Recriar a cidade de Paris nublada, com sol, chuva e até  na hora do pôr do sol apenas pelos comandos de um tablet. Essas são algumas das possibilidades do estúdio hiper realista criado pela Globo no Rio de Janeiro para a apresentação de dois de seus principais programas relacionados às Olimpíadas de Paris.

O investimento feito pela emissora não é pontual e visa o longo prazo. O objetivo é usar todas as tecnologias relacionadas para gravação de séries e novelas em um futuro próximo. Na prática, a área de tecnologia da Globo evoluiu os conceitos de nuvem, realidade aumentada e inteligência artificial de suas últimas coberturas esportivas, o que inclui principalmente Copa do Mundo e Jogos Olímpicos.

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Duas tecnologias se destacam nessa versão do projeto: o Unreal, plataforma por trás do jogo Fortnite que permite a inserção de elementos virtuais no cenário de forma dinâmica. A tela ao fundo já é utilizada com muita frequência por estúdios de Hollywood, principalmente na gravação de cenas que abrem mão da tela verde ao fundo chamada chroma key e que traz mais realidade para as gravações.

Reprodução

Tecnologia utilizada pela Disney em Mandalorian é semelhante a que esta sendo aplicada pela emissora

“Tudo começou na pandemia, quando nos vimos diante de vários desafios de deslocamento da nossa equipe para estar nas Olimpíadas de Tóquio, criamos um estúdio de vidro e fomos evoluindo uma série de experimentos virtuais e interativas que passaram por outros grandes eventos esportivos que foram cobertos pela Globo, como a Copa do Qatar, por exemplo”, explicou, no evento de apresentação da tecnologia, no Rio, Renato Ribeiro, Diretor de Esporte da Globo.

Fernando Alonso, Diretor de Plataformas de Pós-Produção da Globo, lidera uma equipe de 1,1 mil pessoas e de áreas que integram design, tecnologia e serão cruciais no desenvolvimento de narrativas durante os jogos. “Temos uma estrutura que permitirá, de forma muito rápida, recriar e contar o que está acontecendo em Paris por meio de muita tecnologia”, destaca Alonso.

Para a Forbes Brasil, o executivo detalha que o estudo se baseia em tecnologias que evoluíram muito ao longo do tempo e que permitem, atualmente, muita interatividade. “Além de Hollywood, temos muitas tecnologias que são aplicadas na Sphere, em Las Vegas e na parte gráfica e interativa aplicada em games tão relevantes quanto Fortnite. Tudo isso para permitir que a gente possa recriar de forma simultânea tudo aquilo que a imaginação permitir e as histórias das Olimpíadas demandarem”, explica.

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O Unreal, usado em Fortnite, permite recriar e inserir elementos virtuais

De acordo com o executivo, o processo recente da Globo em migrar seus servidores para a nuvem também contribui para que as tecnologias aplicadas ao estúdio possam ser usadas em seu potencial. “Redução de latência e velocidade de processamento são elementos essenciais para que a experiência seja a melhor possível para quem está em casa”, destaca Alonso.

Inspiração nos games

A Globo vem evoluindo a forma como aplica a tecnologia inspirada em games como o Unreal. Em 2021, a empresa a utilizou para uma interação ao vivo entre a Lu, do Magalu, e a cantora Anitta. Na ocasião, a interação contou com várias tecnologias de realidade mista, 3D e técnicas imersivas inspiradas no mundo dos games e do cinema. O projeto desenvolvido pelo Centro de Design da Globo, área fruto da integração de canais da empresa, com mais de 300 profissionais, levou três meses para aprimorar o processo que contou com releitura visual da Lu e uma coreógrafa que teve seus movimentos espelhados em tempo real e ao vivo.

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João Guilherme almeja lançar sua própria marca até 2027

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Em 2023, João Guilherme conversou com a Forbes sobre sua sociedade com a marca Filadelfio

Caçula do cantor Leonardo, o ator, cantor e autor João Guilherme lida bem com os holofotes desde a infância. Nascido em 2002, ele ganhou notoriedade atuando em novelas como “Cúmplices de um Resgate” e “As Aventuras de Poliana“, além de lançar diversos singles e álbuns que combinam pop e sertanejo. Autor de livros que refletem sua vida e carreira, João também foi incluído na lista Under 30 da Forbes, destacando-se como uma figura influente de sua geração. Agora, aos 22 anos, o artista volta seus olhos para o empreendedorismo.

“Confesso que é um momento de prosperar, de plantar algumas sementes”, disse João em entrevista à Forbes. Em 2023, ele revelou o início de sua sociedade com a marca Filadelfio, focada em roupas básicas de qualidade. Agora, em 2024, apesar dos frutos colhidos, ele ainda almeja mais.

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“Alteramos algumas estratégias no posicionamento da marca e no direcionamento dos novos produtos, uma área que eu queria explorar mais. Queria trocar ideias com as pessoas por trás das criações e trazer algo mais próximo da geração Z, que é o público que queremos alcançar. Queremos criar produtos que, além de confortáveis e básicos, tenham uma identidade. Isso, às vezes, não é tão simples, mas estamos trabalhando para alcançar esse objetivo”, disse João.

Mas, para além da parceria, o artista visa ter sua própria marca. O objetivo é que, até completar 25 anos, ele tenha um negócio de que goste muito e que esteja funcionando bem – só falta decidir qual será o segmento. “Tenho vontade de abrir negócios na área de roupas e confecção, por exemplo. Mas também sou uma pessoa apaixonada por comida e por experimentar novas culinárias. Viajo o mundo em busca de comidas, restaurantes e sobremesas. Então, sou louco para abrir algo na área gastronômica, como uma sorveteria, que acho muito legal, ou talvez um restaurante de alguma culinária oriental, pela qual sou apaixonado”, conclui.

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Conheça o bilionário cujo sanduíche devora franquias nos EUA

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Nos últimos cinco anos, as vendas da Jersey Mike’s cresceram em média 20,2% ao ano (Foto: Divulgação)

Peter Cancro arregaça as mangas da sua camisa azul da Brooks Brothers e entra na primeira posição da linha de montagem de sanduíches. Com um movimento rápido devido à prática, o proprietário e CEO da Jersey Mike’s, de 67 anos, corta um pão fresco de  quase 40 centímetros. À sua direita, um funcionário com um avental azul-marinho trabalha com um bloco de carne rosa contra uma fatiadora.

Eles estão fazendo o “Cancro Special”, uma camada de provolone coberta com uma pilha de rosbife e pepperoni, polvilhada com alface e tomate ralados, e depois temperada com a mistura exclusiva da rede de óleo, vinagre e orégano. Cada sub na Jersey Mike’s é preparado à vista dos clientes, com carne de alta qualidade fatiada ou grelhada na hora. “Você anda pelo país e ninguém está fazendo isso”, gaba-se Cancro, enquanto embrulha seu almoço cuidadosamente em papel manteiga.

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Cancro faz sanduíches nesta loja de subs em Point Pleasant, na costa de Jersey, desde 1971, quando tinha 14 anos. Esta é a Jersey Mike’s original, escondida em uma pequena rua lateral atrás de uma fachada discreta de tijolos marrons. A loja, que foi inaugurada em 1956, é agora um centro de treinamento onde Cancro e sua equipe ensinam novos franqueados a operar suas lojas como delicatessens familiares de qualidade. Os trainees até fazem uma aula sobre a história de New Jersey.

“As pessoas nos veem como a loja de subs local. Elas não nos consideram uma rede”, diz Cancro, que insiste que sua abordagem de alto contato é o segredo que ajudou a transformar a Jersey Mike’s em uma das marcas de fast-food de crescimento mais rápido do país, a caminho de atingir quase US$ 4 bilhões (R$ 22,56 bilhões) em receita anual com 3.000 locais (99% deles franqueados).

Isso também fez de Cancro um bilionário. Somando o valor do negócio quanto sua participação nos dividendos pagos ao longo dos anos, o único proprietário da Jersey Mike’s vale cerca de US$ 5,6 bilhões (R$ 31,58 bilhões). Isso é mais do que Mark Cuban ou Steven Spielberg, e o dobro do fundador da Jimmy John’s, Jimmy John Liautaud. “A marca Jersey Mike’s de Peter Cancro é espetacular”, diz Liautaud. O concorrente bilionário rival de sanduíches vendeu sua participação para a Inspire Brands, uma subsidiária da firma de private equity Roark Capital, em 2019, quando deixou o comando da Jimmy John’s. “Ele me superou.”

Nos últimos cinco anos, as vendas da Jersey Mike’s cresceram em média 20,2% ao ano segundo a consultoria de serviços alimentícios Technomic. A receita saltou de US$ 1,3 bilhão (R$ 7,33 bilhões) em 2019 para US$ 3,3 bilhões (R$ 18,61 bilhões) em 2023. Apenas outras quatro redes alimentícias nos EUA cresceram mais rápido: a lanchonete de fast-casual mediterrânea Cava, a rede de frango Raising Cane’s e dois vendedores de café drive-through, Scooter’s e Dutch Bros.

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Jim Salera, analista de alimentos e bebidas do banco de investimento Stephens, diz que a Jersey Mike’s e várias outras se beneficiam da ascensão de um fast food de “luxo acessível”. “Os clientes procuram a interseção entre qualidade e preço”, diz Salera. Ele acrescenta que o cliente típico da Jersey Mike’s provavelmente tem uma renda mais alta do que aqueles que vão ao McDonald’s e Burger King. É por isso que as lojas da Jersey Mike’s podem cobrar até US$ 19 (R$ 107,16) por seus maiores subs e ainda assim obter um lucro líquido médio de quase US$ 160 mil (R$ 902.368) por ano, segundo estimativas da Forbes.

Cancro está aproveitando o momento, planejando abrir mais 5 mil lojas nos próximos cinco anos e 300 no Canadá na próxima década. O objetivo é ter mais de 10 mil lojas (o Subway ainda teria cerca do dobro nos EUA). Cancro está apoiando a expansão com uma agressiva campanha publicitária, gastando quase US$ 600 milhões (R$ 33,83 bilhões) nos últimos três anos em marketing, como anúncios de TV com o conterrâneo Danny DeVito, que estreou como primeiro porta-voz da Jersey Mike’s em 2022.

A grande questão é por quanto tempo a Jersey Mike’s pode manter uma sensação de cidade natal enquanto se multiplica pelo país e, sem dúvida, luta contra ofertas tentadoras de aquisição. Seus três maiores rivais – Subway, Jimmy John’s e Firehouse Subs – foram vendidos para grandes investidores nos últimos cinco anos. O próprio Cancro parece estar se preparando para seguir em frente. Ele se mudou para Miami, onde passa seis meses por ano quando não está visitando franqueados.

Houve rumores no início deste ano de que a Blackstone estava oferecendo US$ 8 bilhões (R$  45,12 bilhões) para Cancro pela Jersey Mike’s. Ele nega que tenha chegado perto de um acordo, mas admite que conversou com muitas pessoas ao longo dos anos. Apesar do tamanho, a empresa continua de muitas maneiras um assunto de família. Tatiana, sua esposa há 11 anos, trabalha lá, assim como três de seus quatro filhos e seu irmão de 70 anos, John. Também na folha de pagamento estão vários amigos e vizinhos (quase todas as 185 pessoas que trabalham na sede da Jersey Mike’s em Manasquan, New Jersey, são da região). “Foi como entrar na máfia”, brinca Stephen Reid, chefe de publicidade da Jersey Mike’s e ex-prefeito de Point Pleasant Beach, que trabalhou na loja original e voltou a trabalhar para Cancro em tempo integral em 2019.

Cancro é um cara de Jersey, apesar de sua provável mudança motivada por impostos para o sul. Ele ainda tem uma casa em Spring Lake, a pouco menos de dez quilômetros da loja original em Point Pleasant, que fica a apenas oito quilômetros da sede da Jersey Mike’s. O mais novo de três filhos, ele cresceu em uma casa de classe trabalhadora em Point Pleasant. Seu pai era mecânico de automóveis; a mãe cuidava das crianças. Presidente de sua turma no último ano da Point Pleasant High School e zagueiro no time de futebol americano, ele era popular, atlético e inteligente. Indo para o último ano em 1975, ele havia planejado um futuro brilhante longe de New Jersey. O plano básico: jogar futebol na Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill antes de se tornar advogado.

Mas então a Mike’s Subs, a loja de sanduíches em que trabalhava meio período desde os 14 anos, foi colocada à venda. Cancro diz que sua mãe sugeriu que ele comprasse o negócio. Seu irmão John, que também trabalhava na Mike’s, lembra das coisas de maneira diferente. John diz que um amigo lhe disse que a loja estava à venda e sugeriu que ele a comprasse. “Eu ri e disse: ‘Não há como eu comprar a loja. Não quero fazer sanduíches pelo resto da minha vida.’”

Naquela noite, ele contou ao irmão sobre a oportunidade. Peter, que nem tinha idade suficiente para fatiar frios (de acordo com as leis trabalhistas nacionais, você deve ter 18 anos para operar máquinas de corte), faltou à escola na semana seguinte, procurando freneticamente por um patrocinador financeiro. Depois de entrar em contato com amigos da família, finalmente convenceu um de seus antigos treinadores de futebol, Rod Smith, vice-presidente do banco local Ocean County National Bank, a emprestar-lhe US$ 125 mil (R$ 705 mil) à taxa de juros de 10%.

Ele passou os últimos quatro meses do ensino médio e começou a trabalhar como um maníaco, recrutando amigos e familiares para ajudar. “Fui para a formatura e depois para o trabalho na loja”, diz ele. Logo ele pagou o empréstimo, e a Mike’s Subs estava vendendo quase US$ 1 milhão (R$ 5,64 milhões) em sanduíches por ano. “Ele era um filho pródigo até então”, diz John Hughes, um nativo de Point Pleasant que começou a trabalhar para Cancro em 1984 e agora supervisiona o treinamento de franqueados da Jersey Mike’s.

Cancro abriu sua segunda delicatessen em 1980, mas a vendeu em 18 meses. Em 1987, ele teve a ideia de começar a franquear depois de perceber quantas pessoas estavam embrulhando seus sanduíches para voar de volta para a Califórnia ou até mesmo Londres. Ele pegou um bloco de notas e começou a pensar em novos nomes para o negócio que destacariam suas raízes em Jersey: New Jersey Mike’s, New Jersey Subs, Jersey Mike’s. Ele circulou o último.

A maioria das grandes redes de fast-food operam em um modelo de franquia, o que permite crescer depressa e a baixo custo. Os operadores locais pagam uma taxa inicial e uma grande comissão para obter a licença. A Jersey Mike’s cobra US$ 18.500 (R$ 104 mil) de taxa e 6,5% de comissão. Em troca, eles recebem um conceito comprovado de geração de lucro, além de suporte e treinamento. “Foi aí que realmente começamos a crescer”, diz Cancro.

O Jersey Mike’s adicionou cerca de 30 lojas nos quatro anos seguintes, expandindo para Ohio e Tennessee, onde seu cunhado abriu uma loja. Uma breve recessão e a subsequente crise de crédito em 1991 afetaram o Jersey Mike’s, que estava superalavancado para financiar a expansão. Cancro teve de demitir todos os seis funcionários corporativos, incluindo seu irmão, que brevemente trabalhou lavando carros. Arrependido, ele redobrou seus esforços e em 1994 ele havia tirado o Jersey Mike’s do buraco e recontratado todos.

No fim da década a rede havia crescido para cerca de 100 lojas e o faturamento ultrapassou U$1 bilhão (R$ 5,65 bilhões) em 2018, somando lojas próprias e franqueadas. Dois anos depois veio a pandemia. “Todos disseram ‘Pare, não faça nada, guarde seu dinheiro’”, lembra Cancro. Ele fez o oposto. “Sou do tipo de pessoa que vai na direção contrária.”

Em março de 2020, enquanto a maior parte do país entrava em lockdown, Cancro escreveu e estrelou seu primeiro comercial de TV. Não era a típica propaganda de fast-food. Em vez disso, Cancro agradeceu aos franqueados por tudo que estavam fazendo para ajudar hospitais e socorristas. Ele também disse a cada loja que a empresa-mãe do Jersey Mike’s cobriria os custos para que doassem até mil subs para hospitais, bancos de alimentos e qualquer pessoa necessitada.

E em seguida Cancro fez uma aposta muito maior. Ele captou US$ 500 milhões (R$ 2,8 bilhões) em uma securitização e gastou mais de US$ 150 milhões (R$ 850 milhões) remodelando as 1.700 lojas do Jersey Mike’s durante a pandemia. Normalmente são os franqueados que pagam por tais melhorias, mas não neste caso. Cancro também gastou US$ 40 milhões (R$ 225,59 milhões) atualizando o aplicativo e o site da empresa. Ele até comprou um jato particular para poder viajar pelo país visitando lojas em um momento em que as viagens estavam quase paralisadas.

O impacto  foi impressionante: “As vendas aumentaram 65%”, diz ele. O faturamento de 2021 foi de US$ 2,2 bilhões (R$ 12,41 bilhões) ante US$ 1,3 bilhão (R$ 7,33 bilhões) em 2019. As vendas médias por loja franqueada passaram de US$ 850 mil (R$ 4,8 milhões) para US$ 1,3 milhão (R$ 7,33 milhões), cerca de um terço a mais do que um Jimmy John’s típico e mais que o dobro do Subway, segundo a QSRmagazine.

Talvez o Jersey Mike’s pudesse ter crescido mais rápido se Cancro não fosse tão exigente sobre quem pode administrar cada unidade. A empresa afirma que apenas cerca de 1% das pessoas que se candidatam a uma franquia do Jersey Mike’s são aprovadas; se isso for verdade, é mais difícil conseguir uma franquia do Jersey Mike’s do que ser admitido em Harvard, cuja taxa de aceitação para 2024 foi de 3,6%.

“Passamos as pessoas por um rigoroso processo de seleção”, explica Hughes, chefe de treinamento do Jersey Mike’s. Cancro procura “proprietários-operadores” dispostos a colocar a mão na massa e aderir de corpo e alma à cultura da empresa, que inclui um foco no engajamento comunitário e na caridade. Cancro se orgulha de que todos os franqueados doam voluntariamente um dia inteiro de vendas durante o “opcional” Dia de Doação anual da empresa.

Dalton Stewart passou quatro anos tentando garantir a primeira franquia do Jersey Mike’s no Texas, mas foi recusado. “Eles me disseram: ‘primeiro.,você não tem dinheiro suficiente, e segundo, ainda não estamos prontos para estar no Texas.’” Finalmente, em 2001, ele conseguiu uma reunião com Cancro e o convenceu a lhe dar uma oportunidade. Agora, ele possui nove lojas em todo o Texas, o estado com o terceiro maior número de locais do Jersey Mike’s, depois da Califórnia e Flórida. Nova Jersey está em quinto lugar com 131 lojas.

Qual a melhor maneira de conseguir uma franquia do Jersey Mike’s? Trabalhar no Jersey Mike’s. Até agora, Cancro concedeu cerca de 75 franquias a ex-funcionários e gerentes. Ele até torna-se fiador dos contratos de aluguel dessas lojas e empresta dinheiro aos novos franqueados para cobrir os custos iniciais. “Sabemos que serão centenas, esperamos que milhares de pessoas conseguindo suas próprias lojas”, ele diz.

Cada novo proprietário do Jersey Mike’s e pelo menos um de seus funcionários devem passar por 360 horas de treinamento, um total de oito semanas durante as quais “vão cheirar a sub” por trabalhar na linha de sanduíches, de acordo com Hughes. Isso inclui cinco dias no centro de treinamento de Point Pleasant ou, quando as sessões são muito grandes, em um hotel local onde aprendem sobre o “Orgulho de Jersey”. “Falamos um pouco sobre a Costa de Jersey em particular—e não a versão da MTV”, acrescenta Hughes, reconhecendo que pode levar algum tempo para desfazer as concepções errôneas das pessoas sobre o estado de New Jersey, que alguns chamam de axila da América.

Cada loja é cuidadosamente coreografada. Há uma fatiadora e uma grelha (para subs quentes ou cheesesteaks) à vista. Os interiores são projetados para evocar a Costa, com murais de praia, pranchas de surf ou painéis de madeira nas paredes. Até mesmo coisas que não parecem planejadas são planejadas—como as porções ligeiramente variáveis de carne devido à fatiagem, para criar a sensação autêntica de delicatessen.

Essa atenção meticulosa aos detalhes parece funcionar. Apenas cerca de 100 lojas, ou 3,5% de suas localizações nos EUA, foram fechadas ou vendidas para novos proprietários, segundo documentos públicos de divulgação de franquias. Isso se compara a 10,2% no Jimmy Johns. “[Cancro] não encerrará uma franquia até fazermos tudo que pudermos por aquela pessoa”, diz o COO Mike Manzo, cujo irmão mais velho jogou futebol americano no ensino médio com Cancro. Isso inclui comprá-los ou encontrar um novo proprietário.

Apesar de pagar bem aos trabalhadores—os gerentes das lojas recebem entre US$ 125 mil (R$ 705 mil) e US$ 175 mil (R$ 990 mil), e os franqueados são incentivados a pagar o mesmo—o Jersey Mike’s tem custos trabalhistas bem abaixo da média do setor. Isso porque ele precisa empregar apenas de 12 a 15 pessoas em cada loja em todos os turnos; um McDonald’s típico emprega de 20 a 50 pessoas. Cancro credita o formato de linha de montagem como o diferencial. Como resultado, o Jersey Mike’s gasta cerca de 25% das vendas brutas em mão-de-obra, cinco pontos abaixo da maioria dos rivais.

Se Cancro fosse atropelado por um proverbial ônibus amanhã, sua filha Caroline Jones, de 36 anos, assumiria como CEO. Jones é casada com o filho de Hoyt Jones, um ex-executivo da Domino’s Pizza que é presidente do Jersey Mike’s. “Desde seus anos de adolescência, ela viajou pelo país comigo”, diz Cancro, que foi parcialmente inspirado a desenvolver um plano de sucessão após assistir ao Subway lutar após a morte de seu cofundador Fred DeLuca.

DeLuca morreu de leucemia em 2015, aos 67 anos. Ele não fez muitos planos para o futuro de sua empresa. Após sua morte, o Subway entrou em uma crise de liderança e fechou cerca de 7,7 mil de suas quase 45 mil lojas globais em meio a preocupações com a qualidade dos alimentos e à prisão de seu porta-voz Jared Fogle por acusações de pornografia infantil.

Embora Cancro afirme não ter um cronograma, ele sabe que agora seria um momento inteligente para vender. O Jersey Mike’s é mais popular do que nunca. As cadeias de restaurantes têm mudado de mãos por preços incrivelmente altos. O Subway, o concorrente mais óbvio do Jersey Mike’s, foi vendido para a Roark no início deste ano por mais de US$ 9 bilhões (R$ 50,76 bilhões). “Vimos o Popeye’s vender por US$ 1,8 bilhão (R$ 10,15 bilhões)”, diz Cancro. “Vimos o Panera Bread vender para a JAB por US$ 7,5 bilhões (R$ 42,30 bilhões ). Então o Dunkin’ foi vendido por US$ 11,3 bilhões  (R$ 63,73 bilhões). “É um momento interessante, múltiplos interessantes.”

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Se o Jersey Mike’s mudar de mãos, há a questão de como uma firma financeira elegante de Manhattan como a Blackstone pode lidar com suas raízes em Jersey. Cancro desconsidera preocupações, citando a Domino’s Pizza como um bom exemplo. (Seu fundador, Tom Monaghan, é um mentor.) Monaghan vendeu sua participação de mais de 90% na Domino’s para a Bain Capital por quase US$ 1 bilhão em 1998 (US$ 1,9 bilhão ou R$ 10,8 bilhões atualmente), e essa marca prosperou, diz Cancro. “As pessoas vendem o tempo todo e dá certo.”

Ele certamente parece estar preparando o terreno para uma vida pós-sanduíche. Em 2021, ele e Tatiana, sua segunda esposa, gastaram quase US$ 40 milhões (R$ 225 milhões) em uma casa de 1,4 mil metros quadrados com 19 quartos na orla de Indian Creek Island, o exclusivo enclave de Miami onde seus vizinhos incluem Jeff Bezos, Tom Brady e o casal Jared Kushner e Ivanka Trump.

Cancro e a esposa possuem pelo menos quatro casas em Miami, Nova York e Nova Jersey. Além disso, ele embolsou cerca de US$ 600 milhões (R$ 33,83 bilhões) em dividendos antes de impostos nos últimos quatro anos, segundo cálculos da Forbes. Ele está aberto à ideia de comprar um time esportivo como seu amigo Monaghan fez com os Detroit Tigers. Mas primeiro ele teria que parar de pensar no Jersey Mike’s o tempo todo. “Somos um dos principais patrocinadores da Liga Nacional de Hóquei, e quando assisto aos jogos, não vejo o hóquei. Eu procuro nosso logo no gelo”, diz Cancro. Por isso, quando se trata de sua eventual saída, ele está adotando uma postura firme: “Quando eu sair, eu saio.”

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