Definido pelos criadores como um “pizza disco bar”, o Fatchia tem clima de festa em casa e dança com os amigos, ambiente intimista em bonito sobrado da Glória com abajures, quadros, coleção de vinis e DJs convidados. A casa é fruto de parceria entre os empresários Edu Araújo e Jonas Aisengart com o DJ Rodrigo Facchinetti, que começou fazendo em sua casa, para amigos, as pizzas de fatias retangulares, massa aerada e muito queijo. Para se comer com as mãos, há sabores como a pepperoni (R$ 32,00), que leva molho de tomate, mel picante e parmesão; e a kale caesar (R$ 28,00), com couve crocante e molho caesar. A apple pie traz maçã caramelizada e chantilly de mascarpone (R$ 24,00). Na taça, o Frutilly amarelo (R$ 34,00) diverte com Absolut Vanilia, maracujá, manga, xarope simples e iogurte.
Rua Benjamin Constant, 8, Glória (50 lugares). 19h/1h (qua. e qui. até 0h; dom. 17h/23h; fecha seg. e ter.).
BAIXE O APP COMER & BEBER E ESCOLHA UM ESTABELECIMENTO:
Reforçando uma das mais boêmias regiões da cidade, no encontro das Ruas Prado Júnior e Barata Ribeiro, em Copacabana, o Portinha traz ambiente animado e um vasto cardápio de acepipes exibidos em balcão de vidro. O salão comprido tem na frente um telefone público decorativo, fotos de personagens como Elke Maravilha, e um banheiro com trilha sonora própria de funks “safados”. O menu traz quitutes como a pizza de sardinha (R$ 24,90, a fatia), e porções como o vinagrete de camarão, lula e polvo (R$ 59,90). O espeto “sacanagem” da casa tem queijo, ovo de codorna, tomate seco e salaminho (R$ 25,90, quatro unidades; foto), boa companhia para o chope Brahma (R$ 8,90). A carta de drinques de Thiago Teixeira traz um belo caju amigo (R$ 29,00), com cachaça, suco de caju, limão e compota de caju.
Av. Prado Júnior, 281, Copacabana (60 lugares). 17h/4h (sex. a dom. 12h/4h; fecha ter.).
BAIXE O APP COMER & BEBER E ESCOLHA UM ESTABELECIMENTO:
Um centro de diversões com diferentes caminhos de sabor na paisagem do Horto, terraço e vista para o Corcovado. A Casa Horto chegou com dois andares e opções como o espaço P’Alma, um terraço descontraído para provar petiscos como os camarões em massa crocante com manjericão e molho de amendoim (R$ 54,00, quatro unidades) e a coquetelaria de Jessica Sanchez, presente em drinques como o maquiavel (R$ 44,00), de tequila prata, cordial de maçã verde, licor de flor de sabugueiro, cítricos e panc. No 1º andar, o espaço Pátio destaca a parrilla e pratos na brasa, a exemplo do assado de tira (R$ 169,00, 400 gramas). Há também uma área no estilo speakeasy e o Empório 1839, para pães, queijos, embutidos e vinhos para levar.
Fundado há quatro anos por Giovanna Molinaro e a mãe, a veterinária Branca, o Gato Café amplia os domínios de suas delícias, e as possibilidades de adoção de gatinhos, depois das mais de 600 já facilitadas pela marca. A terceira unidade da cafeteria abriu no NorteShopping com o conhecido ambiente instagramável e a parceria com a ONG Miaus Carioca. O catpuccino (R$ 13,80) é a bebida mais pedida, com café e leite vaporizado, e a torrada gatópolis (R$ 20,90) é a versão da Petrópolis no pão em formato dos felinos e mix de queijos derretidos. A casa oferece também sanduíches, waffles, bolos e milk-shakes, além de itens como canecas, bótons e blusas.
NorteShopping. Avenida Dom Hélder Câmara, 5080, Cachambi, 2º piso (48 lugares). 10h/22h (dom. a partir das 11h).
BAIXE O APP COMER & BEBER E ESCOLHA UM ESTABELECIMENTO:
Cervejas de excelência, brasileiras e de diversas partes do mundo, merecem comida boa para acompanhar. E a Rio Tap Beer House sai na frente ao convocar o chef Kiko Faria (do ótimo Bão, em Copacabana) para a feitura do novo cardápio. Há mais de 200 rótulos disponíveis na casa do Flamengo, e a diversão cresceu, assim como as possibilidades de harmonização, com a presença de petiscos como os croquetes de carne assada na cerveja stout com mostarda em grãos e picles de cebola roxa (R$ 29,00, três unidades). Entre os sanduíches, o pig bun (R$ 40,90, duas unidades) é pão chinês cozido no vapor com porco empanado e chutney de abacaxi picante. Na ala doce, a le cointreau (R$ 35,00) traz torta de chocolate com laranja, licor, doce de leite argentino e sorvete de leite.
Travessa dos Tamoios, 32-C, Flamengo (63 lugares). 17h/1h (ter. e qua. até 23h; dom. 16h/23h; fecha seg.).
BAIXE O APP COMER & BEBER E ESCOLHA UM ESTABELECIMENTO:
A chef Millena Sá está por trás das delícias da cafeteria Éclair, no BarraShopping (Avenida das Américas, 4666, loja 141, Praça XV). A banana não poderia ficar de fora da especialidade local, com doce de leite, chantilly e cacau (R$ 11,00, mini; R$ 22,00, grande).
Empório Jardim: banana caramelada no iogurte incrementadoTomas Rangel/Divulgação
Recém-chegada à Barra e ao Leblon, a rede Empório Jardim (Casa Firjan. Rua Guilhermina Guinle, 211, Botafogo) capricha nos itens de café da manhã, disponíveis o dia todo, como o parfait com iogurte, geleia de morango, chia, granola e banana caramelada (R$ 22,50).
Nanica: banana fresca na torta de Nutella./Divulgação
Nascida para homenagear a banana em sua linha de doçuras, a Nanica (Avenida Armando Lombardi, 800-F, Barra) lista guloseimas como a torta nutella (R$ 22,00), que leva creme de avelãs, massa de bolacha ao leite, bananas frescas, chantilly e leite em pó.
Absurda Confeitaria: bolo de banana com canela./Divulgação
Entre tantos doces gostosos do premiado repertório da Absurda Confeitaria (Rua Pacheco Leão, 792, Jardim Botânico), comandada por Henrique Rossanelli, o bolo de banana (R$ 17,00 a fatia; R$ 44,00, inteiro) é companhia perfeita para o café.
Dainer: creme de banana na releitura do banoffeeVini Bordalo/Divulgação
Chama-se magnolia feelings, em homenagem ao famoso doce criado em Nova York, a sobremesa de creme gelado de banana no estilo musse, com biscoito de manteiga e doce de leite (R$ 28,00), preparada pelo Dainer (Rua Real Grandeza, 193, Botafogo).
Louzieh Doces: banoffee de caixa faz a festa na sobremesaRicardo Pereira/Divulgação
O banoffee de caixa é um colosso que vem no acrílico revelando suas camadas: um quilo e meio do doce com bolo de baunilha, doce de leite, banana caramelada e chantilly (R$ 145,00). Sobremesa da Louzieh Doces (Rua Visconde de Pirajá, 444, loja 119, Ipanema).
Continua após a publicidade
Atelier dos Sabores: torta integral para manter a formaRenan Blaute/Divulgação
A banana é musa inspiradora de diversas pedidas no Atelier dos Sabores (Rua Hilário de Gouveia, 88, Copacabana), das achocolatadas às mais leves, como a torta de banana integral, com açúcar mascavo e granola (R$ 21,00, a fatia; R$ 155,00, inteira).
BAIXE O APP COMER & BEBER E ESCOLHA UM ESTABELECIMENTO:
Primeiro bar de vinhos especializado no serviço em torneiras, o pequeno e charmoso Tão Longe, Tão Perto chega ao Rio após abrir unidades em São Paulo e no Porto, em Portugal. São seis opções da bebida no esquema, entre brancos, rosés, tintos e laranjas de produção nacional e orgânica, de vinícolas como a Dom Dionysius. As taças têm preço entre R$ 20,00 e R$ 25,00 (R$ 119,00 a R$ 129,00 o litro), incluindo vermutes da casa, e podem ser acompanhadas por uma carta de queijos e frios de primeira linha. Na informalidade que leva cadeiras de praia à calçada, há pedidas como a conserva de lula com alga kombu e shiitake (R$ 78,00) do projeto A.Mar, e o mix de embutidos artesanais da Porco Alado (R$ 96,00), com pão sourdough na escolta.
“Há milhares de espécies de peixes no oceano. Por que comemos sempre os mesmos?” A provocação do chef-celebridade René Redzepi, do aclamado restaurante dinamarquês Noma, na nova série Onívoros (Apple TV), em que o precioso atum bluefin roda o globo de avião para abastecer altas cozinhas, fez tilintar panelas mundo afora. Em uma era na qual alimentos locais passaram a ser supervalorizados, o conceito conhecido como farm to table (da fazenda à mesa ou do mar ao prato, neste caso), que enaltece o tripé variedade, frescor e sabor, ganhou agora um aliado no Rio, com a abertura do Instituto Bazzar. Funcionando em uma charmosa casa do Jardim Botânico, na Rua Visconde de Carandaí, o projeto foi idealizado pela empresária Cris Beltrão e tem como proposta investigar a história da cultura alimentar no estado e mapear pequenas produções com potencial para chegar às boas casas e ainda impulsionar uma rota turística feita sob medida para uma turma afeita a desbravar aqueles ingredientes capazes de dar a guinada numa receita. “O turismo da gastronomia movimenta 805 bilhões de dólares no planeta. Nosso potencial e paisagens naturais são imensos e precisamos explorar isso”, afirma Cris, que esteve por mais de duas décadas à frente do restaurante Bazzar, pioneiro nestas areias no uso de produtos locais.
Já há iniciativas notáveis a quem vive de garimpar matéria-prima para abrir os horizontes do paladar. Na Lagoa de Araruama, deu-se o “milagre dos peixes”, fenômeno que certamente surpreenderia o nobre cozinheiro dinamarquês, tamanha a profusão de tainhas, carapebas e camarões-rosas de primeira qualidade hoje ali pescados. Essa fartura só foi possível após investimento na dragagem de um canal e na instalação de estações de tratamento — tudo apoiado pelos pescadores, sob a liderança de Francisco Guimarães Neto, o Chico. E começou a dar peixe: a extração já subiu 30% por lá, e a Embrapa iniciou estudos para conceder um selo de qualidade à tainha de Araruama. Do japonês Mitsubá ao premiado Ocyá, comandado pelo chef Gerônimo Athuel, ela está por toda parte. “Pesquei com os locais e fiquei impressionado com o trabalho criterioso. É como na Sardenha, mas as tainhas aqui são ainda melhores, graças à hipersalinidade da Laguna”, avalia o chef italiano Silvio Podda, da Casa do Sardo, citando, com propriedade, sua ensolarada terra natal. Chico, o pescador, retribui: “O reconhecimento dos chefs é uma honra. Ganham clientes, e nós, a chance de poder vender diretamente o produto”, diz.
De primeira linha: o cacau fluminense, a tainha de Araruama e a charcutaria da Porco Alado./Divulgação
Na Região dos Lagos, o instituto estabeleceu a ponte entre pescadores e chefs, auxiliando na estruturação do Pescando Tradições, projeto que recebe pessoas para conhecer a atividade e degustar receitas, além de apresentar biojoias feitas com barbatanas e escamas. Está aí uma categoria de turismo que impulsiona economias ao enfatizar identidade territorial, produtos originais e sustentabilidade. No rol dos bons exemplos elencados por Cris, emerge a gastronomia peruana. “É emblemático o trabalho desenvolvido no Peru. O governo percebeu o potencial da gastronomia, investiu nessas frentes, e o turismo expandiu 800% em trinta anos”, conta. Em 2023, o restaurante Central, de Lima, adepto radical dos produtos locais, tornou-se o primeiro latino-americano a conquistar o título de melhor do mundo no The World’s 50 Best Restaurants, que tem outros três peruanos no primeiro escalão.
No terreno da charcutaria, falta pouco para a iniciativa nascida em caves naturais escavadas nas montanhas de Nova Friburgo, na Serra Fluminense (única no Brasil a usar o modelo), invadir mercados e restaurantes premiados como o Sud, o Pássaro Verde, de Roberta Sudbrack, o Lilia, de Lucio Vieira, e o francês Didier — só para citar alguns dos que já provaram e serviram delícias como a coppa negra e o prosciutto de pato da Porco Alado, criada por Breno Furtado. Há anos tentando obter o Selo Arte, que certifica identidade e qualidade, um impulso ao comércio nacional de produtos artesanais que envolve as esferas municipal e federal, ele recebeu apoio do Instituto Bazzar, que produziu laudo com pesquisa histórica sobre a criação de suínos na região. E está perto de obter a decisiva chancela. “O produto do Breno se situa no nível dos melhores do mundo”, elogia Roberta Sudbrack, que já utiliza as linguiças e os embutidos em seus famosos sanduíches. São produtos feitos com porcos da raça moura, do Paraná, criados soltos e se alimentando de frutas e verduras. “A qualidade da matéria-prima muda tudo, da textura à gordura, o sabor e o aroma”, atesta o charcuteiro.
Continua após a publicidade
Em meio ao roteiro, desponta uma deliciosa trilha do chocolate: ela se estende de Paraty, na Costa Verde, a Bom Jesus do Itabapoana, no norte do estado (de um sítio de lá, aliás, vieram as barras com 100% de cacau de agrofloresta que Cris distribuiu em restaurantes como Sud e Lasai). Esta atividade, por sinal, anda muito bem, obrigado, por aqui, na contramão do declínio observado mundo afora. O produtor Carlos Cipriano, da Fazenda do Cacau no Paraíso, em Cachoeiras de Macacu, vendeu quase 1 tonelada no último ano e tem como compradores o Maré Chocolate e a Eko Foods, dona da Bhering. O desafio é manter o foco no cacau fino, que é como ouro para os produtores. “A Bahia também não tinha cacau, que desceu do Amazonas. Nosso clima favorece o cultivo de exemplares com notas de frutas secas, ou frescas, dependendo da torra”, explica Patrícia Nicolau, especialista e consultora que vem capacitando produtores. Em dezembro, ela fará uma apresentação do cacau fluminense a chefs e confeiteiros na sede do Instituto Bazzar. Que venham sobremesas à base do mais puro terroir fluminense.
Tesouros para comer
Produtos fluminenses que estão na mira dos chefs
Arroz anã de Porto Marinho
Cresce na comunidade rural de Porto Marinho, na região serrana, uma variedade única em vias de obter o certificado de Indicação Geográfica (IG). Cultivado de forma orgânica em agricultura familiar, apresenta grãos pequenos e é macio e perfumado.
San Marzano de Paty do Alferes
A versão brasileira dos melhores tomates do mundo encantou chefs como Nello Garaventa, do Grado, e Romano Fontanive, do Gabbiano. As sementes foram trazidas da Itália pela arquiteta Denise Porto, que faz cultivo semiorgânico em estufas. Delicado, o fruto comprido possui polpa carnuda e doçura acentuada.
Continua após a publicidade
<span class=”hidden”>–</span>./Divulgação
Cochon Rouge
A história de Pedro Attayde, que se apaixonou pela charcutaria francesa e montou no Estácio uma fábrica de processos artesanais, certificada pelo município, reflete-se nos inesquecíveis patês en croute, rillettes e presuntos, que já ganharam as mesas de restaurantes como Quitéria, So_lo e Celeste.
Laranja de Tanguá
Maior suculência e doçura, com baixa acidez e cor pronunciada — esses são atributos da fruta que recebeu o selo de Denominação de Origem (DO) em Tanguá, na região metropolitana do Rio. Com adubação orgânica e uso de abelhas na polinização, as laranjas se beneficiam do solo e do clima típicos de lá.
Orgânicos da Fátima
Apreciada por Claude Troisgros e fornecedora de mais de trinta vegetais para os principais restaurantes do Rio, Fátima Anselmo toca a maior horta orgânica urbana do estado, no Itanhangá. Defensora das Pancs e de produtos brasileiros como a taioba e algumas abóboras, ela recebe chefs para colocar a mão na terra e conhecer o cultivo.
Um fenômeno que altamente positivo ocorreu no mercado no ano que passou. As categorias de vinhos brancos de preço mais alto (acima de R$ 100) registraram um crescimento notável nas importações, acima dos 20%. A chegada da primavera pode ser a ocasião ideal para desarolhar aquele branco especial, mais encorpado, que vai além do branco de praia ou piscina e que oferece muitas possibilidades de harmonização.
Para efeito de análise classificamos as faixas de preço dos vinhos importados em cinco categorias. Sempre contando o preço no atacado na origem (sem impostos, transporte etc), com valores em dólares, por caixa de 12 garrafas. Assim, a categoria Popular vai até US$ 20 (por caixa de 12), a categoria Low vai de US$ 20.01 até US$ 34; Premium de US$ 34.01 a US$ 50.99; Super Premium de US$ 51 a US$ 100.99 e Ultra Premium acima de US$ 101.
Entre 2022 e 2023, a importação de vinhos brancos cresceu 23% nas categorias Premium, e mais de 25% nas categorias Super e Ultra Premium. Mais notável ainda é saber que este desempenho foi em um ano em que o mercado como um todo caiu em cerca de 10% (números da Product Audit).
Continua após a publicidade
Os possíveis motivos deste movimento são, primeiro o estoque alto dos tintos nestas mesmas categorias, que giraram menos, resultando em menor importação para reposição de estoque. Depois, as ondas de calor, que motivam o consumo de brancos, rosados e espumantes. Também, quem sabe finalmente os enófilos brasileiros estão descobrindo que somos um país tropical, com uma costa imensa, suscitando o consumo de todo o tipo de vinho, para todo o tipo de ocasião, com inúmeras possibilidades de harmonização.
Por fim, o mais positivo, este aumento é um indício de amadurecimento e de sofisticação do mercado. Explico: entre profissionais costumamos dizer que quanto mais um consumidor aprende sobre vinhos, mais educa seu paladar, mais vinhos brancos consumirá, em especial os de maior valor.
Continua após a publicidade
Quanto mais experiente o consumidor, mais disposto estará a pagar um valor maior pela qualidade, e mais reconhecerá a qualidade em todos os tipos de vinhos, sejam brancos, rosados, espumantes, vinhos de sobremesa e fortificados, não ficando apenas nos tintos, mas sem esquecer deles, é claro.
Algumas dicas de vinhos brancos acima do básico, ótimos para curtir a entrada da primavera:
Continua após a publicidade
– Santa Rita Floresta Chardonnay (Chile)
– MontGras Quatro branco (Chile), importadora Bruck
Uma das principais novidades do Rock in Rio para a edição de 2024 está dando “tilt” e uma certa dor de cabeça aos usuários. A possibilidade de compra antecipada de comida e bebida através do aplicativo do festival é algo a se festejar, mas o sistema parece não ter comportado o volume de inscritos.
O processo, a princípio, é bem simples e conhecido de quem compra ingressos e outros serviços semelhantes online. A compra é feita pelo cartão de crédito, ou via Pix, e um QR Codes é gerado para o pedido. Na Cidade do Rock, basta apresentar o código nos balcões, ou vendedores que se postam à frente dos caixas para agilizar os processos.
As queixas registradas na primeira semana do festival, porém, permanecem. E elas dizem respeito ao funcionamento do aplicativo. Usuários relataram em postagens na internet que compras já feitas desapareceram da área de itens adquiridos, ou foram trocados por itens diferentes. Cervejas se “transformaram” em sanduíches, por exemplo. Ao menos temporariamente.
Os problemas são depois de um tempo corrigidos pelo aplicativo, mas depois que o usuário já fez provavelmente outras compras. É o caso do empresário Pedro Alves, de Barra Mansa (RJ), que adquiriu cervejas com amigos pelo aplicativo. Nesta quinta (19), no retorno das atividades do festival, o grupo relatou que tentou comprar itens durante um dia inteiro e o sistema não respondeu. Pedro conseguiu comprar uma cerveja mas o QR code sumiu do aplicativo, aparecendo mais tarde, quando ele já tinha feito outra compra. “O aplicativo não está legal, mas estamos com as cervejas agora e está tudo certo. O que achei mais chato foi que o vendedor ambulante de cerveja disse que não estava aceitando o QR Code”, afirmou o rapaz, sobre outra cilada na Cidade do Rock, porque os ambulantes têm suas máquinas habilitadas para ler os códigos gerados pelo aplicativo.
Durante a primeira semana do Rock in Rio, sites como o “Reclame Aqui” receberam queixas de pessoas que haviam feito compras superiores a R$ 300,00 já faturadas no cartão de crédito, sem receber o QR Code, conforme o anunciado. As compras fecham às 12h, antes de começar cada dia de rock, e o sistema informa que aquelas feitas e não retiradas no festival serão reembolsadas.