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Patrimônio cultural do Rio, Café Lamas completa 150 anos de bons serviços

“Quero um som de fossa da Dolores, uma valsa do Orestes, zum-zum-zum dos Cafajestes, um bife lá no Lamas, cidade sem Aterro, como Deus criou”. Conhecida no vozeirão de Alcione, a canção Rio Antigo traz como compositor um certo Chico Anysio, frequentador, como tantos artistas de sua e de outras gerações, do cantado estabelecimento. A bem da verdade, em relação à referida letra, quando entrou em curso o projeto do aterro da orla no Flamengo, o Café Lamas se aproximava de seu primeiro século de existência.

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Ricardo Macieira
História: casa do século XIX está no Flamengo desde os anos 1970Ricardo Macieira/Riotur

O restaurante que já servia acepipes quando a República tomou o lugar da Monarquia no Brasil, e recebia o presidente Getúlio Vargas para um chá com torradas a caminho do Palácio do Catete, está aberto desde 1874 e leva a fama de ser o mais antigo em atividade no país. Um senhor motivo para se comemorar os 150 anos da casa que começou no Largo do Machado e, por causa das posteriores obras do Metrô, transferiu-se para o vizinho Flamengo, em 1974.

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O endereço da Rua Marquês de Abrantes, 18, resiste com ambiente e cardápio intocados, mais motivos para festejar o dia 4 de abril, data em que houve música ao vivo e palmas no salão cercado de espelhos, por onde circulam garçons de uniforme branco, gravata borboleta e décadas de serviços prestados.

Internet
Início: casa foi inaugurada pelo português Francisco dos Santos LamasInternet/Reprodução

Do mingau à canja de galinha, tudo está por lá, com ênfase nos filés de quatro dedos de altura. Portentos como o Oswaldo Aranha, coberto de alho frito e acompanhado de ótimas batatas portuguesas, arroz branco e farofa de ovos. O prato, é bom que se diga, foi ali muitas vezes pedido pelo próprio diplomata que o batizou no Cosmopolita, salão histórico da Lapa que, infelizmente, ao tempo não resistiu. Para o Lamas, portanto, sopraremos com prazer as velinhas, quem sabe acompanhadas de uma taça de morangos com chantilly?

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Jaguar, o cartunista, cronista e boêmio histórico, conta em livro o dia em que o garçom Maia pisou numa casca de banana, dos tablados de frutas que eram vendidas na calçada, caiu de pernas para cima e não derramou nenhum copo da bandeja. “O bar aplaudiu de pé a performance”, escreveu. Pois hoje aplaudimos todos.

Alexandre Macieira
Resistência: salão atravessou gerações e momentos difíceis como a pandemiaAlexandre Macieira/Riotur

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O impacto da bandeira do arco-íris em estabelecimentos comerciais

Quem chega na Casa Milà (Rua Esteves Júnior, 28 – Laranjeiras) é recebido no salão com duas bandeira em destaque: a da Espanha, país que inspira a gastronomia do gastrobar, e da do arco-íris, que celebra o orgulho LGBTQIA+. Mas o que a segunda faz ali? O proprietário Lucas Leal explica que não estamos em um estabelecimento exclusivo da comunidade queer, mas em entrevista explica a importância da inclusão ao ostentar a bandeira.

Em um ambiente social e político com ânimos acirrados é comum ver alguns estabelecimentos comerciais que até são mais identificados com a comunidade LGBTQIA+ optando em não demarcar território com qualquer simbologia. Ao mesmo tempo em que, exatamente por isso, é importante a conscientização e apoio a comunidade que sofre diariamente com a exclusão social, uma realidade ainda dura no nosso país.

“A gente sempre teve a ideia, desde que abrimos a casa, de colocar algo. Inicialmente seria um adesivo discreto. No carnaval deste ano retomamos a ideia, como uma homenagem à diversidade e inclusão, e foi quando surgiu a bandeira. Desde então ela nunca mais saiu do lugar de destaque”, comenta Lucas.

Bandeira do arco-íris na Casa Milà
Lucas Leal fala sobre a importância de pessoas hétero de posicionarem a favor da inclusão e diversidadeDivulgação/Divulgação

O proprietário da Casa Milà afirma que já teve retorno negativo, ainda que de poucos clientes. Mas faz questão de destacar que isso nunca gerou o pensamento de retirar a bandeira, uma vez que acredita que não se trata de uma causa política e sim humanitária: “Através dessa homenagem queremos expressar que acreditamos e valorizamos a riqueza da diversidade humana. E que é através do respeito, tolerância – e muita comida e bebida boa – que construiremos um mundo melhor”.

Diferentes empresas são acusadas de pinkwashing, quando apenas lembram da comunidade em datas específicas (especialmente em junho, mês do orgulho LGBTQIA+) e visam apenas o dinheiro que as pessoas queer deixam em seus negócios. Ter uma empresa que não só se posiciona de forma ostensiva no ano inteiro, mas também emprega pessoas LGBTQIA+ é ainda, por incrível que pareça, algo a se ressaltar, uma vez que foge do convencional.

“Não temos o objetivo de ser uma casa LGBTQIA+, mas fazemos questão de mostrar que somos inclusivos. Especialmente em nosso país esse tipo de manifestação é importante, porque ainda estamos atrasados nesse sentido. Apesar de ser algo que não me afeta diretamente, por ser hétero, é uma pauta que precisamos levantar, até porque o preconceito vem da gente. Acho até mais importante pessoas que não são afetadas diretamente levantarem a bandeira”, finaliza Leal.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Como começar sua coleção de vinhos

Não existe ex-bebedor de vinho. Esta é uma frase muito repetida entre os apreciadores da bebida. Quem é picado pela mosca azul de Baco, normalmente quer conhecer cada vez mais, montar uma pequena coleção e receber os amigos para sacar com eles algumas rolhas. Para ajudar nesta tarefa preparamos uma pequena sugestão de adega de 36 garrafas.

 

O critério foi inicialmente buscar um equilíbrio entre tipos e depois separar a coleção em dois grupos. O primeiro para um para ou consumo imediato, no dia a dia, Estes terão menor quantidade, mas serão repostos com maior frequência. Os vinhos do segundo grupo, dos vinhos para alguns anos de guarda, aparecerão em igual ou maior quantidade, mas serão repostos com uma frequência menor.

 

Começando pelos espumantes, sugiro 3 brancos secos e 2 rosados. O brasileiro tem bebido cada vez mais espumantes e os produtos nacionais tem ótimo custo benefício, tornando a compra fácil e assertiva. É também ter ao menos um Moscatel (os brasileiros são os melhores), pois além do custo atrativo e de ser fácli de beber, pode ajudar em harmonizações e agradar à algumas visitas. Aqui em casa não pode faltar Moscatel, para o caso de visita da sogra. Brancos jovens e sem madeira, com um sauvignon blanc chileno, não podem faltar, pois são frescos, bons para praia, piscina e uma diversidade de pratos do mar. Idem para os rosados, sempre de safras recentes. Nos tintos para consumo rápido, sugiro uma quantidade um pouco maior, pois os brasileiros, embora estejam descobrindo as outras tipologias, ainda bebem mais tintos. Que sejam estes com pouca ou nenhuma madeira, ampliando suas possibilidades e ocasiões de consumo.

 

A sugestão de ter 1 garrafa de Jerez Fino é motivada por este vinho merecer ser descoberto. É grande aperitivo e um versátil curinga para harmonizações difíceis, indo do sushi ou curry às azeitonas, aspargos e alcachofras.

 

Na parte dos vinhos para guarda coloquei dois espumantes pensando em Champagnes safrados ou espumantes de maior estrutura de outras origens, que ganharão com os anos em garrafa. Idem para brancos, que podem ser rieslings da Alemanha, ou se seu bolso permitir, um Borgonha de estirpe. Vinhos de sobremesa ou fortificados são os vinhos mais longevos, que evoluem por décadas e podem fechar com chave de ouro um jantar especial.

 

Nos tintos de guarda foi onde a mão pesou na quantidade. Aqui entram tintos de maior estrutura, com amadurecimento em madeira, de regiões clássicas. Afinal é a categoria mais cobiçada, e que vocês os leitores talvez queiram estocar mais e só mesmo tendo mais garrafas você terá a paciência de guardar algumas por mais tempo.

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Coloquei todos com no mínimo 2 na quantidade para evitar a frustração de em alguma ocasião precisar abrir uma 2ª garrafa e não ter. Exceção aberta ao Jerez, por ser algo menos comum por aqui.

 

Percentual maior de tintos pois é o que se bebe mais no Brasil, e mais dos de guarda pois irão girar menos

 

Vale lembrar que esta lista é apenas uma sugestão, que deve ser adaptada a seu gosto e das pessoas de seu convívio, bem como à sua disponibilidade financeira e de espaço físico para guardar as garrafas

 

 

 

CONSUMO RÁPIDO
Espumante branco seco

3

8%

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Espumante rosé

2

6%

Moscatel

2

6%

Rosé

2

6%

Branco jovem sem madeira

2

6%

Jerez Fino

1

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3%

Tinto jovem sem madeira

4

11%

PARA GUARDA
Espumante Brut de Guarda

2

6%

Branco de guarda

2

6%

Tinto de guarda

12

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33%

Sobremesa branco

2

6%

Fortificado tinto

2

6%

36

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100%

 

 

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Quais os vinhos brasileiros campeões em avaliação feita na América do Sul

Na próxima terça, 9, durante o lançamento do Guia Descorchados, publicação que há 20 anos avalia com cuidado e critério as produções de vinho da América do Sul, saberemos quem são os vencedores de 2024. Nos rankings, em uma escala de zero a 100, rótulos com menos de 86 pontos são desprezados e os com mais de 90 recebem menções e medalhas. A coluna AL VINO teve acesso aos vencedores brasileiros deste ano e antecipa aqui, com exclusividade, os resultados dessa categoria.

Os campeões se destacaram em meio a uma safra especial. Em 2022, os provadores tiveram dificuldades em encontrar bons vinhos tranquilos (brancos e tintos de borbulhas) e, das 396 amostras, metade foi descartada. Este ano o cenário ficou bem diferente. Houve um grande salto de qualidade na produção segundo avaliação dos especialistas do guia, com destaque para a Campanha Gaúcha, que apresentou tintos de altíssima qualidade.

Outro destaque da nova publicação é o bicampeonato de um Syrah, o Sabina 2023, da Serra da Canastra Minas Gerais, graças à técnica de pode invertida, ou colheita de inverno. Os brancos seguem evoluindo e com cada vez mais variedades de uvas. Confirmando ou coroando uma tendência de mercado, um rosé da região de Pinto Bandeira (onde temos nossa primeiro Denominação de Origem de espumantes) figura no Descorchados como vinho revelação.

Abaixo os melhores de cada categoria e os mais bem pontuados entre elas.

Melhor branco

92 Luiz Argenta (L.A.Cave 2021) – Sauvignon Blanc – Serra Gaúcha

O Guia faz menção à diminuição da madeira  do vinho, em relação a safra anteriores. Esse Sauvignon Blanc estagia em barricas francesas com borras de Chardonnay por 22 meses. Agora as notas tostadas mais sutis do carvalho ressaltam a complexidade do vinho.

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Brancos bem pontuados

91 Adega Refinaria – Otto Viognier – Serra Gaúcha

91 Adolfo Lona – Adolfo Lona Chardonnay 2021 – Bento Gonçalves

91 Audace Wine – Vosges Gewürztraminer 2023 – Campanha Gaúcha

91 Audace Wine – Tres Reyes Alvarinho, Chardonnay N/V – Serra Gaúcha

91 Casa Valduga – Terroir Exclusivo Riesling 2023 – Serra Gaúcha

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91 Guatambu – Concretum Chardonnay 2023 – Campanha Gaúcha

91 Guatambu – Luar do Pampa Gewürztraminer 2023 – Campanha Gaúcha

91 Luiz Argenta L.A. Cave Chardonnay 2022 – Serra Gaúcha

91 Sacramentos Vinifer – Sacramentos Sabina Sauvigon Blanc 2023 – Serra da Canastra

Melhores Tintos  (corte)

1. 93 Adolfo Lona – Baron Assemblage 2020 (51% Cabernet Sauvignon, 34% Merlot e 15% Tannat) – Campanha Gaúcha

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Para o Guia, ele é um vinho “velha escola”, sutil e elegante, corpo leve, mas muito equilibrado.

2. 92 Audace Wine – Amanhecer Cabernet Franc2022 – Bento Gonçalves

3. 92 Guatambu – Concretum Tannat 2023 – Campanha Gaúcha

4. 92 Guatambu – Lendas do Pampa C. Sauvignon 2023 – Campanha Gaúcha

5. 92 Guatambu – Lendas do Pampa Tempranillo 2023 – Campanha Gaúcha

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2. 92 Luiz Argenta – L.A. Cave Corte Merlot, Marselan, Ancellotta 2020 – Serra Gaúcha

3. 91 Arte da Vinha – Uh! Lálá Gamay 2022 – Serra do Sudeste

4. 91 Audace Wine – Lágrimas do Poeta Marselan, Petit Verdot 2022 – Vale dos Vinhedos

5. 91  Audace Wine – Theos Marselan, Petit Verdot, Merlot, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Tannat N/V – Vale dos Vinhedos

91 Cárdenas Amphora Wine Rebo 2022 – Serra do Sudeste

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Melhores Tintos – Varietal (um único tipo de uva)

1. 3 Sacramentos Vinifer – Sacramento Sabina 2023 – Syrah – Serra da Canastra

Com as vinhas a 1.100 m de altitude, em Minas Gerais, e sistema de colheita de inverno (ou poda invertida, que obriga a planta a modificar o ciclo de maturação), o vinho é 60% fermentado com cachos inteiros. Depois, envelhece em foudres, por 4 meses. Apenas 12% de álcool, o que é surpreendente. Tem boa fruta e frescor permanente, ressalta o Guia.

2. 92 Audace Wine – Amanhecer Cabernet Franc 2022 – Bento Gonçalve

3. 92 Guatambu – Concretum Tannat 2023 – Campanha Gaúcha

4. 92 Guatambu – Lendas do Pampa Cabernet Sauvignon 2023 – Campanha Gaúcha

5. 92 Guatambu – Lendas do Pampa Tempranillo 2023 – Campanha Gaúcha

6. 91 Audace Wine – Agogo Petit Verdot 2022 – Vale dos Vinhedos

7. 91 Cárdenas – Emersão Tannat 2019 – Serra do Sudeste

8. 91 Casa Valduga – Casa Valduga Villa Lobos Cabernet Sauvignon 2020 – Vale dos Vinhedos

9. 91 Manus Vinhas e Vinhos – Manus Touriga Nacional 2022 – Serra do Sudeste

10. 91 Tenuta Foppa & Ambrosi – Brazilian Colletion Cabernet Franc 2022 – Serra do Sudeste

Vinho Revelação  

Vita Eterna – Renoir Rosé 2022 – Pinot Noit – Pinto Bandeira

“Imagine um espumante sem borbulhas e terá ideia deste vinho”. É assim que o Guia ajuda a descrever este rótulo, com base de espumante. Um vinho leve, mas tenso, afiado. Preciso provar.

Melhores da Campanha Gaúcha

1. 93 Guatambu – Blanc de Blanc Nature N/V – Chardonnay – Campanha Gaúcha

Produzido a partir das melhores uvas de um vinhedo de 19 anos pelo método champenoise (que em a segunda fermentação na garrafa), 17 meses em contato com as borras. O Guia diz que permanece com frescor e frutas vivas, mas com complexidade para te levar à mesa.

2.  92 Guatambu – Concretum Tannat 2023 – Campanha Gaúcha

2. 92 Guatambu – Lendas do Pampa Cabernet Sauvignon 2023 – Campanha Gaúcha

3. 92 Guatambu – Lendas do Pampa Tempranillo 2023 – Campanha Gaúcha

4. 91 Audace Wine – Voges Gewürstraminer 2023 – Campanha Gaúcha

Serviço: Guia Descorchados 2024 autor: Patricio Tapia (Inner Editora) 3 volumes – Argentina (567 páginas), Chile (523 páginas) e Brasil, Bolívia, Peru e Uruguai (321 páginas) R$ 295

guia
A nova edição do Guia: avaliação conceituada dos melhores da América do SulDivulgação/VEJA
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Vinho – VEJA
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Começa a comilança: 6 petiscos imperdíveis para provar no Comida di Buteco

Começa nesta sexta (5) a edição de 2024 do Comida di Buteco, que vai até o dia 5 de maio com 143 bares concorrendo com seus petiscos exclusivos. Depois do domínio dos estabelecimentos da Baixada Fluminense, que venceram as sete últimas edições do concurso, o regulamento mudou e haverá três campeões, de acordo com as regiões: Capital, Baixada Fluminense e Niterói.

+ Dez lugares para tomar um excelente café da manhã no Rio em 2024

Todos os petiscos custam R$ 35,00, e a votação é feita pelo público nos bares, além de jurados especializados. O evento conta com mais de 1.100 bares em 40 municípios brasileiros. A seguir, um aperitivo que inclui dois bares de cada área concorrente, um começo promissor da “baratona” que vai movimentar as cidades por 30 dias.

Fernando Salles
El Pescador: pastel em formato diferente com muito cupim no recheioFernando Salles/Divulgação

Estreante em Niterói, o El Pescador (Praia de Itaipu, 27, tel.: 98206-1790) preparou seu “Pastel metido a besta”, que consite em cupim cozido no vinho e envolto em uma massa de pastel crocante, com dois molhos para acompanhar: uma redução do molho da carne e maionese caseira com alho-poró e bacon.

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Fernando Salles
Armazém: feijão branco bem temperado com camarãoFernando Salles/Divulgação

O Armazém do Caranguejo, por sua vez, no Centro de Niterói (Rua Visconde de Itaboraí, 196, loja 4, tel.: 99632-62410), concorre com o “Feliz Bom dia da Nanda”, na linha do feijão com frutos do mar, no caso, o branco com camarão, acompanhado de torrada de pasta de siri.

Fernando Salles
Dida: vatapá diferente com carne seca no Mamma ÁfricaFernando Salles/Divulgação

Na Praça da Bandeira, o Dida Bar (Rua Barão de Iguatemi, 379, tel.: 2504-0841) levanta suas africanidades com o “Mama África”, um vatapá desconstruído recheado com carne seca, ragu suíno e molho de cogumelo, ladeado por um molho pesto de coentro.

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+ A lista completa dos bares participantes do Comida di Buteco 2024

Vem de Copacabana um petisco para matar a fome da família, porque o Traçado Botequim (Rua Ronald de Carvalho, 154-C, tel.: 3734-3248) aposta no “Chambaril da Vó Zezé”. É um ossobuco cozido lentamente com legumes, ervas e bacon, servido com creme azedo de cream cheese e limão siciliano, além de torradas.

Fernando Salles
Bar do Diretor: linguiça, baroa e milho na BaixadaFernando Salles/Divulgação

A Baixada Fluminense chega forte, como sempre, e o Bar do Diretor, em Duque de Caxias (Rua Major Correia de Melo, 353-B, Jardim Vinte e Cinco de Agosto, tel.: 99496-0941) preparou seu “Brasileirinho”. O petisco é composto de linguiça mineira com musseline de mandioquinha, vinagrete de milho e pesto de ervas.

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Fernando Salles
Quintal do Peter: espeto de porco atolado na feijoadinhaFernando Salles/Divulgação

Quarto colocado em 2023, o Quintal do Peter, de Nova Iguaçu (Rua Áurea Fonseca de Jesus, 204, Califórnia, tel.: 2695-5020), entra no jogo com o “Porco atolado”, um espeto de carnes suínas e paio atolado no feijão, finalizado com couve crocante e torresmo.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Radar da boa mesa: festival de galeto, mês do churrasco e 7 anos do Nosso

O Bom Galeto

Prestes a completar 48 anos, restaurante do Largo do Machado (Rua do Catete, 282) lança, nesta quinta (4), o evento Novos Sabores OBG. Será um jantar com menu degustação de quatro etapas assinado pelo chef consultor Phillipe Martins, e música ao vivo. A proposta da noite, às 19h, é apresentar um cardápio com releituras de pratos consagrados utilizando o galeto e outros carros-chefes da casa.

A entrada será a Salada de Galeto, um mix de folhas acompanhado de galeto desfiado, molho e torradas. O primeiro prato tem como opções risoto de galeto ou gnocchi com molho de galeto e tomate assado. Para o segundo prato as sugestões são lasanha de galeto ou carbonara de galeto. Fechando o menu, a sobremesa será um brownie com castanhas, sorvete de creme, calda de chocolate quente e “galetinhos” de chocolate.

O menu sai por R$ 98,90 por pessoa, incluindo bebidas como água, mate e soda da casa, além do drinque caipi ice (cachaça, fruta, gelo e água gaseificada). A atração musical será o músico Gustavo Camardella, que traz no repertório sucessos do pop rock nacional. Reservas pelo link do Sympla ou telefone da casa: 2265-9482.

+ Dez lugares para tomar um excelente café da manhã no Rio em 2024

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D’Heaven com novos pratos

O D’Heaven, restaurante comandado pela Chef Heaven Delhaye, tem novidades na Barra (Village Mall, Piso L3, tel.: 3252-2896). É o caso do Cassoulet de Poulet (R$ 83,00) é tradicional feijoada francesa feita de feijão branco, chorizo artesanal picante, bacon defumado, champignon, minicenouras orgânicas e tomates assados. Acompanha arroz branco e farofa de brioche. A costela suína (R$ 89,00)m por sua vez, é lentamente assada por 9 horas com café, cebolas e especiarias sobre purê de batata trufada, chips de couve e nirá refogados, e molho de mostarda.

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Tales Hidequi
Nosso: o Negroni com cogumelo ianomami da casaTales Hidequi/Divulgação

Nosso faz aniversário

O gastrobar Nosso (Rua Maria Quitéria, 91, Ipanema) completa sete anos e celebra no domingo (7), convidando dois campeões da Campari Bartender Competition, Igor Renovato e Lucas Gomez, para noite de drinques promissora. Na ocasião, a casa abre às 18h30 e, a partir das 20h, o anfitrião Daniel Estevan, campeão de 2022 da Campari Bartender Competition, e embaixador global da marca em 2023, prepara dois drinques. Entre eles, o Negroni Cunhã Puca, coquetel que lhe rendeu o título da competição.

Igor Renovato, atualmente no comando do Surubar, na Lapa, vai fazer o Mango Salato Negroni, feito com Campari, vermute de manga, tintura de cumaru de solução salina. E Lucas Gomez,  head bartender do Balako Bar, em Florianópolis, apresenta o El Tano, com Campari, vermute tinto, gim com infusão de chá de earl grey e angostura, entre outros. No evento, os coquetéis da noite custam R$ 38,00 e o chef e sócio Bruno Katz servirá ostras com sorbet de campari, receita criada especialmente para a comemoração.

Jo&Joe com rodízio de petiscos

As tradicionais noites de quarta dedicadas ao futebol no Jo&Joe (Largo do Boticário, 32, Cosme Velho) ganharão um pré-jogo, das 19h às 21h, com open bar de chope e rodízio de aperitivos (R$ 77,00), seguido da transmissão dos jogos no pub. Duas vezes por mês, haverá stand up comedy no local, das 20h às 21h30. A estreia no dia 11/04 terá como atrações Paulo Franco, Bruna Campelo, Cláudio Torres Conzaga e Saimon Reck. Quem quiser chegar antes, entre 18h e 20h, haverá combos especiais de petisco com chope e dose dupla de caipirinha e gin para aquecer. Venda de ingressos pelo Sympla (R$ 30,00, inteira; R$ 40,00, combo casal).

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Fogo de Chão: Porterhouse no rodízio por tempo limitado./Divulgação

Porterhouse no Fogo de Chão

No mês de abril, quando se comemora o Dia do Churasco (24), o robusto Porterhouse passa a fazer parte do rodízio na Fogo de Chão, assado no próprio osso. Da peça, são retirados suculentos trechos de filé mignon, alcatra e o chamado New York Strip. O restaurante de Botafogo fica na Av. Repórter Nestor Moreira, s/nº, tel.: 2542-1545.

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Nova pizza no Sova

Chama-se Porquinho da Índia a pizza do mês na Sova, em Copacabana (Rua Xavier da Silveira, 34, tel.: 2147-7158). Com massa de longa fermentação, a redonda é assada no forno à lenha e tem molho de tomate pelati italiano, mussarela fior di latte, porco desfiado, cebola roxa, chutney de manga e rúcula, temperada com azeite extra virgem, flor de sal e pimenta do reino (de R$ 42,00, pequena; a R$ 76,00, grande). É servida a partir das 17h.

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Sova: porco desfiado e chutney na nova pizza./Divulgação

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Dez lugares para tomar um excelente café da manhã no Rio em 2024

Absurda

A premiada confeitaria que funciona em charmosa casinha no Horto, e está a caminho do Leblon para a primeira filial, passará na nova loja a servir em todos os dias o concorrido café da manhã, onde oferece seus ótimos produtos caseiros, com destaque para bolos, babkas e artigos de viennoiserie, a exemplo do cinnamon roll (R$ 26,50). O queijo quente de pão sourdough da casa leva minas padrão e requeijão (R$ 28,70), e o brioche com pasta de ovo caipira e maionese caseira também faz sucesso (R$ 27,60). Sem falar na coleção de doces irresistíveis do confeiteiro Henrique Rossanelli. Rua Pacheco Leão, 792, Horto, tel.: 99193-3440.

+ Sai Slow Bakery, entra Absurda: confeitaria premiada a caminho do Leblon

Artesanos Bakery

A Artesanos nasceu no Recreio e chegou recentemente a Botafogo em loja espaçosa de três ambientes, com os fornos e parte da produção à mostra, balcões e estantes de delícias. Há pães como o sourdough multigrãos (R$ 32,00), feito com trigo paranaense de alta qualidade. Para um bom café da manhã, o pão de queijo com gruyère (R$ 12,00, três unidades) e os ovos benedict com bacon caramelizado (R$ 20,00) são deliciosos, entre muitas outras opções. Rua São João Batista, 26, Botafogo (120 lugares).

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18 do Forte: café bem servido e repleto de delícias sobre o mar
18 do Forte: café bem servido e repleto de delícias sobre o marTomás Rangel/Divulgação

Café 18 do Forte

O visual do café instalado sobre as pedras e o mar de Copacabana é inigualável, e comida é boa em todas as horas do dia. Pela manhã, o café do forte traz seleção de pães, manteiga, avocado cream, frios de pequenos produtores, pães de queijo canastra, banana bread, panelinha de ovos orgânicos mexidos e farofa de bacon, iogurte com granola da casa e frutas, bolo do dia, bolinhos de chuva, doce de leite e geleia, mais duas bebidas quentes (R$ 158,00, para dois). Há sugestões individuais como como o grego (R$ 28,00): iogurte cremoso com granola feita na casa, acompanhado de frutas frescas do dia, mel e chia. Praça Coronel Eugênio Franco, 1, Forte de Copacabana.

Café do Alto

No casarão em Santa Teresa, a atração principal é o brunch porreta (R$ 80,00, crianças de 5 a 10 anos pagam metade), servido de quarta a domingo, das 9h às 13h, num rodízio com mais de 30 itens que inclui opções veganas. Há frutas, frios, inhame cozido, queijo de coalho, carne-seca, tapiocas, aipim, ovo mexido e inúmeras especialidades com acento nordestino. Entre opções avulsas, o cuscuz de milho pode vir com leite de coco ou manteiga (R$ 18,00), ovo orgânico (R$ 28,00) e ovo com carne seca (R$ 32,00). Rua Paschoal Carlos Magno, 143, Largo dos Guimarães, Santa Teresa, tel.: 2507-3172.

Cardin: cuscuz com ovos e bacon no cardápio
Cardin: cuscuz com ovos e bacon no cardápio./Divulgação

Cardin

A rede que tem casas de ambiente inspirado em boulangeries europeias tem pedidas como o combo de café da manhã solo, que inclui bebida quente, minibaguete ou croissant simples, porção de manteiga, geleia e requeijão (R$ 32,00). Entre os cafés, o coado especial cardin (R$ 16,00) ou o cappuccino caramelo (R$ 11,00) são boas escolhas. Tem destaque ainda o sanduíche Rio, que leva carpaccio de salmão defumado, cream cheese, abobrinha italiana e mix de folhas, no pão à escolha (R$ 50,00), e ideias como o cuscuz com ovo e bacon, e sachê de manteiga (R$ 26,00). Loja do Leblon na Rua Carlos Góis, 327.

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Cirandaia

A lojinha de charmoso mezanino com abajur antigo, cadeiras de design e parede em cobogó tem quitutes caseiros como o ótimo pão de queijo (R$ 9,50), que ganha recheios como os de catupiry com melado, ou goiabada (R$ 14,50). A fatia do bolo de cenoura é coberta com ganache de chocolate e café (R$ 16,00), e a bebida de grãos moídos na hora chega em métodos como o Chemex (R$ 114,00, ou R$ 25,00, paraa dois). As tapiocas podem ser montadas em mais de 20 sabores, e o queijo quente leva cebola caramelizada (R$ 23,90). Rua Voluntários da Pátria, 416, Botafogo, tel.: 3798-8376.

Cirandaia: torrada com queijo e tomatinhos entre as delícias da casa de Botafogo
Cirandaia: torrada com queijo e tomatinhos entre as delícias da casa de Botafogo./Divulgação

Da Casa da Táta

O clima de aconchego reina no pequeno salão e no cardápio caseiro da goiana Marta Jubé, a Táta. Sugestão recente, o bolo de banana com aveia e farinha de castanha-do-pará (R$ 17,00, a fatia) faz boa companhia para um café coado (R$ 5,00). O café no quintal (R$ 137,00) serve duas pessoas com 2 bebidas quentes, 2 sucos, iogurte com fruta e granola, cesta de pães, geleia e manteiga, queijos mineiros, ovos mexidos, pão de chocolate e fatia de bolo. Rua Professor Manoel Ferreira, 89-N/O, Gávea, tel.: 2511-0947.

Dianna Bakery

Situada em charmosa casa arejada na Tijuca, a confeitaria tem opções gostosas como a torta de nozes (R$ 20,00), campeã de vendas, boa companhia para o café latte caramelo (R$ 16,00), com leite, expresso e caramelo, servido quente ou frio. O pão de tapioca com queijo e presunto é boa pedida, assim como o brioche simonal: fatia de brioche caramelizada com manteiga e açúcar, com doce de leite (R$ 16,00). Na seleção de sandubas, o tijucroque vem no brioche com mussarela, cream cheese, peito de peru e pesto de manjericão (R$ 34,00). Rua Dona Delfina, 14, Tijuca, tel.: 3129-7006.

Dianna Bakery: waffle pode levar sorvete e calda
Dianna Bakery: waffle pode levar sorvete e caldaInternet/Reprodução

Empório Jardim

Tendo à frente a chef Paula Prandini, o mais premiado café da manhã do Rio chegou em 2023 ao belo jardim da Casa Firjan, em Botafogo. São mais de 100 opções de pães, sanduíches, tapiocas, omeletes, frios, bolos, doces, iogurtes, sucos e cafés. Só de ovos são 12 possibilidades, como os beneditinos com salmão defumado (R$ 37,50). O joelho da casa leva queijo gruyère, presunto royale e catupiry (R$ 17,50). E a tapioca vegana leva mix de cogumelos, guacamole e brotos picantes (R$ 28,90). Loja da Casa Firjan na Rua Guilhermina Guinle, 211, Botafogo.

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Lamego

A rede que chegou recentemente a Ipanema tem deque arejado com mesinhas na calçada, ao lado da estação de metrô General Osório. A casa funciona 24 horas e tem vasta coleção de pães, doces, salgadinhos, sanduíches e tortas para o horário matinal. O bufê de café da manhã (R$ 79,99, o quilo) vai da linguiça ao suflê de queijo, com variedade grande de frutas e frios. E o sanduíche italiano é feito com presunto cru, queijo, tomate e manjericão (R$ 14,99). A ala doce sugere o mil-folhas de doce de leite (R$ 11,99). Loja de Ipanema na Rua Visconde de Pirajá, 62.

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Masterchef versão carioca: concurso busca novos talentos da gastronomia

O Prêmio Chef do Coração é o novo concurso da gastronomia carioca, destinado aos apaixonados pela cozinha e estudantes da área. O projeto é da rede de supermercados Zona Sul, com o apoio da escola Le Cordon Bleu, que sediará as finais da disputa. A ação pretende premiar novos talentos e abrir espaço para quem está começando no setor.

+ Rua da Cerveja também terá projetos voltados a uísque, cachaça e kombucha

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas entre os dias 26 de março e 26 de abril, no site do Prêmio. Podem concorrer estudantes e recém-formados de qualquer curso gastronômico, que devem enviar a receita e a foto do prato de sua autoria, preencher formulário on-line e apresentar suas habilidades diante do júri, caso seja selecionado.

“Estudantes de gastronomia e profissionais recém-formados vão poder mostrar seus trabalhos para um grupo influente no segmento”, diz Maria Helena Esteban, curadora do prêmio, contando que haverá categorias exclusivas para os funcionários do supermercado.

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Cada concorrente poderá inscrever sua receita em uma das três provas. A talento gastronômico é destinada a estudantes atuais e ex-estudantes de qualquer curso de gastronomia que tenham se formado entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2024, e oferece três categorias: Prato com Proteína Animal, Prato com Pescado ou Prato Vegetariano. A revelação Zona Sul é destinada exclusivamente a funcionários atuais do supermercado Zona Sul, mesmo sem formação em gastronomia, e oferece quatro categorias: Prato com Proteína Animal, Prato com Pescado, Prato Vegetariano e Bar do Rio, destinada a drinque. E a revelação Le Cordon Bleu é destinada exclusivamente a estudantes atuais ou ex-estudantes de qualquer curso Le Cordon Bleu Brasil, e oferece as categorias: Cuisine e Pâtisserie.

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A revelação dos resultados, com premiação, acontecerá na flagship do Zona Sul, na unidade Santa Mônica (Barra da Tijuca), no dia 6 de julho. Os três primeiros colocados de cada categoria receberão uma placa-troféu, além de participar com suas receitas no e-book Chef do Coração. O vencedor de cada categoria receberá os seguintes prêmios: 1 Vale-compras Zona Sul no valor de R$ 5.000,00; 1 Short Course Le Cordon Bleu de um dia com utilização em 2024; 1 dólmã personalizada; participação em reportagem na revista de gastronomia Estação Zona Sul.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Conheça Joana Maçanita, enóloga que está transformando os vinhos do Douro

Para a enóloga portuguesa Joana Maçanita, a entrada no mundo do vinho não foi óbvia. Ela entrou na faculdade para cursar engenharia. O irmão, Antonio, um ano mais velho, cursava enologia. Quando concluiu o curso, foi fazer seu primeiro vinho e pediu ajuda a Joana. Foi naquela vindima desafiadora que decidiu mudar de rumo. Voltou à faculdade, trocou de curso e passou a estudar viticultura e enologia. Criou uma empresa de consultoria para ajudar os produtores que tinham uvas, mas não sabiam o que fazer com elas. Atuou em diferentes regiões de Portugal, até que decidiu criar um projeto próprio, ao lado do irmão, no Douro, a histórica região que antes produzia principalmente os fortificados vinhos do Porto, mas há algum tempo passou a se dedicar também aos vinhos tranquilos. “No início, tentamos fazer o estilo que se esperava do Douro. E nem eu e nem meu irmão estávamos satisfeitos”, diz Maçanita, em entrevista exclusiva a VEJA durante uma passagem recente pelo Brasil. “Em 2014, paramos para pensar e entendemos que não queríamos ir a uma região e fazer os mesmos vinhos que todos estavam fazendo. Isso não nos entusiasmava.”

Decidiram fazer um trabalho de mapeamento do Douro, de todos os seus terroirs e das castas autóctones da região. Além da riqueza natural, há outro fator. “Quando trabalhamos no Alentejo, o negócio principal é cereal e gado. O vinho é um extra. No Douro, a região respira vinho. Todo mundo tem uma parcela de vinha e fala sobre isso no café, no correio, na farmácia”, diz ela. Lá, passou por um período de aprendizado, entendendo onde fazer os melhores vinhos.

Foi a partir dos estudos de solo e clima do Douro que identificou, de forma geral, o potencial de cada uma das três tradicionais regiões vitivinícolas. No Baixo Corgo, onde a influência atlântica é maior, o clima é mais fresco. “É de lá que tiramos os brancos com mais mineralidade e frescor”, diz ela. No Cima Corgo, no centro do Douro, o clima é mais temperado próximo ao rio, e fica mais fresco em áreas de maior altitude. “É onde faço todos os meus tintos. Faço nessa zona porque ela oferece o equilíbrio ideal entre o frescor e o calor”, conta. Se quer fazer um vinho mais tradicional, com potência, elaborado com a uva touriga nacional, busca vinhedos próximos ao rio. Na montanha, consegue produzir vinhos mais elegantes. E o Douro Superior, mais próximo da fronteira da Espanha, é a zona ideal para o vinho do Porto. “Porque queremos mais maturação, mais tanino, mais cor”, afirma.

E para melhor expressar a originalidade e as características do terroir, a vinificação deve acompanhar essa visão. “Não queremos fazer vinho do meu jeito ou como acho que deve ser, mas ele deve ser, tecnologicamente, o mais próximo daquele terroir”, afirma. Isso significa preservar ao máximo os aromas da fruta, tanto nos brancos quanto nos tintos. No caso dos tintos, por exemplo, a fermentação é longa, muitas vezes passando dos 40 dias. “Isso faz com que a uva vá calmamente extraindo a cor e o tanino, além do volume. E vá ganhando complexidade. É o que chamamos de polímeros de grande volume. São taninos redondos. Mas é preciso calma. Às vezes, quando se faz a prova durante o processo, os taninos estão agressivos. Um enólogo menos experiente pensaria que já está extraído demais. Mas o processo é demorado”, diz.

Há ainda um cuidado em promover as variedades tradicionais da região. “Quando se pensa no Douro, nossa memória coletiva fala de uvas como a touriga nacional, tinta roriz e touriga franca“, afirma Maçanita. Mas ao analisar os vinhedos antigos, com mais de 150 anos, há outras tantas, bem menos conhecidas, mas muito interessantes. “Encontramos cornifesto, tinta carvalha, tinta bastardinha, casculho. São variedades que não se ouve nos vinhos do Douro. E nem mesmo enólogos de Portugal conhecem”, diz ela. No processo que ela chama de desconstrução do Douro, a enóloga quer descobrir o verdadeiro perfil da região. “São os vinhos mais potentes e alcóolicos feitos de touriga nacional ou é essa mistura de castas que produzem um vinho de cor mais clara, com muita elegância e profundidade?”

O trabalho é maior, já que envolve a educação dos consumidores, que pouco conhecem dessas variedades. Mas tem dado frutos e desde 2018 ela vem colecionando prêmios e reconhecimentos. Foi nomeada Jovem Enóloga do Ano pelo crítico Anibal Coutinho em 2018. No ano seguinte, a Revista dos Vinhos a escolheu como Enóloga Revelação. Em 2021, entrou no ranking de 100 Mulheres Mais Influentes de Portugal elaborado pela revista Sábado.

Além disso, como pioneira em abrir caminhos para as mulheres na enologia portuguesa, tornou-se referência e inspiração. “Quando comecei, há 20 anos, de fato haviam poucas mulheres. E havia uma forma de falar. Comigo, era “venha cá, menina. Depois, com os rapazes, se referiam a eles como engenheiros”, conta Maçanita. “Eu sempre trabalhei duro para ser a pessoa com maior conhecimento na sala. Quem discutia comigo estava errado, porque eu costumava dar um baile nos homens que queriam discutir enologia comigo”. Hoje, ela diz que a situação melhorou e há uma participação feminina muito maior no mundo do vinho, especialmente em regiões como o Douro, que têm uma visão mais moderna da produção. “Mas não vou mentir. Uma mulher vai ter que trabalhar duas vezes mais para ter o mesmo reconhecimento que um homem”.

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Vinho – VEJA
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Páscoa e vinho: saiba qual a bebida apropriada para cada tipo de chocolate

O tema “harmonização de vinho e chocolate” é antigo, recorrente e, entretanto, continua polêmico. Os céticos insistem ser impossível tal harmonização, exceto com o vinho feito para o chocolate: Banyuls. Pessoalmente não me alinho com esta corrente, pois penso que há muitos vinhos que podem harmonizar bem como o chocolate, sempre se levando em conta o tipo do chocolate e do vinho, é claro. Os chocolates meio-amargos e amargos, aqueles que levam em sua composição mais de 65% de cacau puro, ao meu ver, vão muito bem com vinhos do Porto envelhecidos, especialmente aqueles que trazem na garrafa os anos de envelhecimento, a exemplo do Taylor’s Tawny 10 Anos ou do Murças 10 anos Tawny. Estes vinhos, refrescados, são excelentes companheiros dos chocolates com mais de 65% de cacau.

Chocolates que levem amêndoas em sua composição, por seu turno, harmonizam muito bem com o vinho Marsala, cujo nome é derivado da expressão árabe Marsah-el-Allah, que significa “Portão de Deus”, siciliano, é um dos grandes vinhos fortificados do mundo. O Marsala Superiore Pellegrino Branco Seco ou o Marsala Florio Vecchioflorio valem a pena serem provados com chocolates com amêndoas, ou mesmo trufados. O chocolate ao leite, aquele mais comum e que é utilizado para a confecção da maior parte dos ovos de Páscoa, já pedem um espumante extra-brut, inclusive champagne. A acidez destes tipos de espumante costuma neutralizar o excesso de dulçor deste tipo de chocolates e fazer o paladar se tornar agradável. Um Crémant de Bourgogne Extra Brut, por exemplo do Raoul Clerget, ou um  Salton Ouro Extra-Brut, são excelentes pedidas para ancorar o ovo de Páscoa. 

Mas e o “Banyuls”? Este é um vinho fortificado francês produzido com as uvas Grenache e Grenache Gris na região do Languedoc e que, por excelência, é considerado o que melhor acompanha qualquer chocolate. E esta é uma verdade. O nome Banyuls quer dizer “banho” e vem de uma cidade homônima localizada na costa mediterrânea da França, muito próxima à Catalunha (Espanha). A primeira menção escrita da cidade data de 981, então chamada “Balneum” ou “Balneola”. Em 1074, a grafia muda para “Bannils de Maritimo” para distinguir a cidade de “Banyuls-dels-Aspres”, a 20 km de distância. O termo “Marenda” é mencionado em 1197 (“Banullis de Maredine”) e em 1674 (“Banyuls del Marende”). Desde o século XIX, existe o atual nome catalão “Banyuls de la Marenda”. Os vinhos de lá são doces naturais e fortificados com aguardente vinífera; são longevos e devem ser refrescados para um consumo mais agradável. De fato, casam muito bem com qualquer chocolate. Sugiro dois disponíveis no Brasil, o Gérard Bertrand Banyuls Traditionnel e o Domaine de la Rectorie Cuvée Léon Parcé Banyuls, ambos de excelente qualidade e agradabilidade ímpares; cujas características os fazem serem grandes companheiros dos chocolates e de doces que levam o cacau em sua composição, com preponderância. Vale lembrar, entretanto, que a regra que deve imperar é o gosto do consumidor. Salut! 

Fonte:

vinho – Jovem Pan