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Novembro negro: 5 bares e restaurantes para celebrar a herança africana

Borogun

As matrizes africanas estão no alicerce do Borogun, que no berço de Vila Isabel se enfeita com atabaques, imagens de umbanda e capas de discos . No cardápio de petiscos há pedidas como o esculacho, releitura do popular espetinho sacanagem, feito com linguiça de camarão (R$ 28,00), além do rabo de touro, um croquete de rabada marinada no vinho por 24 horas, servido com coalhada (R$ 14,00). A carta de drinques celebra com o preto velho, feito com cachaça Soledade 5, água de mel, limão-taiti e carvão vegetal (R$ 25,00). O axé está garantido com rodas de samba frequentes.

Rua Barão de Cotegipe, 280, Vila Isabel. @borogunbar 

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Borogun: o vinagrete de camarões é opção de petisco em Vila IsabelInstagram/Reprodução
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Dida Bar

Referência em gastronomia preta, a chef Dida Nascimento esteve na África e oferece pratos como o kruger (R$ 69,00), costelinha suína da África do Sul; e a moqueca de banana com farofa de amendoim (R$ 57,00). Na casa arejada da Praça da Bandeira, a carta de drinques traz pedidas como o (almirante negro) João Cândido (R$ 35,00), feito de gim com calda de morango, limão, hibisco e pink lemonade. Shows de jazz e jantares africanos com receitas de diferentes países estão na programação mensal.

Rua Barão de Iguatemi, 408, Praça da Bandeira. Tel.: (21) 2504-0841. @didabar.erestaurante 

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Dida: sorrisos e receitas típicas de países africanosInstagram/Reprodução
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Yayá Comidaria

As receitas cheias de mandinga da chef e pesquisadora Andressa Cabral conduzem o desfile de referências à herança africana. O cardápio é de brasilidade com olhar moderno, trazendo sabores como o pastel de polvo com vatapá (R$ 13,00 a unidade). Inspirada na festa de Ibeji, a patota de cosme (R$ 32,00) reúne miniacarajé, acaçá, omolokum, caruru e vatapá. O arrumadão de picanha de sol com pirão de queijo (R$ 150,00, para dois) chega com farofa e salada de feijão-fradinho.

Rua Gustavo Sampaio, 361, Leme. Tel.: (21) 3496-7754. @yayacomidaria 

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Yayá: a patota de cosme é reunião de delícias, inspirada na festa de IbejiInstagram/Reprodução

Botica

No Botica, um bar especial de comidas e bebidas imperdíveis em Botafogo, a carta de drinques é uma homenagem ao candomblé e à herança africana, trazendo ingredientes brasileiros, assim como destilados. As receitas feitas em parceria com a escola Bar Skull, e o bartender Igor Renovato, incluem pedidas como o água de inaiê (R$ 28,00), com gim, sidra da casa e pétala de rosa branca. Ou o levante de ossain (R$ 28,00), que leva vermute de levante, Paratudo, bitter de laranja, tônica da casa, erva cidreira e folha de levante.

Rua Fernandes Guimarães, 30, Botafogo. @obarbotica 

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Tomás Rangel
Botica: coquetel com vermute de levante e erva cidreiraTomás Rangel/Divulgação

Casa Omolokun

Localizada entre a Pedra do Sal e o Morro da Conceição, a casa batiza seus pratos em homenagem a orixás. A chef Leila Leão se inspirou em comida de terreiro para elaborar os preparos, que variam a cada semana e fazem parte de um menu completo (R$ 80,00), com direito a entrada e sobremesa. Carro-chefe, o omolokum combina feijão-fradinho cozido, cebola, camarão defumado e moqueca, que pode ser de peixe, camarão ou shiitake. O acarajé (R$ 25,00) figura como opção de abre-alas, mas também pode ser pedido separadamente.

Rua Tia Ciata, 51, Saúde. @casaomolokun 

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Rio terá dois jantares asiáticos a quatro mãos; saiba como participar

A Ásia está com tudo nos cardápios da cidade, e duas noites especiais têm como palco restaurantes japoneses que receberão chefs de diferentes vertentes, versados nos sabores orientais.

+ VEJA RIO COMER & BEBER 2024: confira os restaurantes finalistas do prêmio

Elia Schramm no Shiso

No Shiso, o japonês do hotel Grand Hyatt Rio, o chef Guilherme Campos recebe Elia Schramm para o jantar desta quinta (7), às 19h30. O chef convidado comanda duas operações na cidade: o asiático Si-Chou e italiano Babbo Osteria. Com início às 19h30, o menu terá seis tempos e uma sobremesa criada especialmente para a ocasião pela chef pâtissier Paula Peixoto. O jantar será harmonizado em todas as etapas (R$ 670,00 por pessoa), com reserva antecipada através do link do Grand Hyatt.

Av. Lucio Costa 9 600, Barra da Tijuca.

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Cardápio de Elia Schramm para o Rock in Rio
Elia Schramm: chef vai exercitar o lado oriental com Guilherme CamposRodrigo Azevedo/Divulgação
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Noite estrelada no San

Já o restauranta San, no Leblon, reunirá na mesma noite de quinta (7) dois chefs cujas casas receberam uma estrela do Guia Michelin. O anfitrião André Kawai, à frente também do San Omakase, receberá o chef Morisawa Hideo, do Mee, asiático localizado no Copacabana Palace. O jantar de 14 etapas será servido em dois turnos de 16 pessoas, às 19h e 21h30, com o preço de R$ 650,00 (e mais R$ 350,00 para harmonização com saquês premium).

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Rua Humberto de Campos, 827, Leblon. Reservas pelo WhatsApp: (21) 3094-5066.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Argentina em dose dupla: novas vinícolas passam a oferecer seus vinhos no Brasil

Seja pela proximidade geográfica, pela relação custo-benefício ou simplesmente pelo grande momento que vive a produção vitivinícola no país, os rótulos argentinos têm conquistado espaço crescente no mercado brasileiro. Segundo dados da consultoria Nielsen, o volume de garrafas importadas da Argentina ao Brasil cresceu 16,9% e 17% em valor. Nesse cenário, grandes importadoras do país estão buscando novas vinícolas com potencial de expansão por aqui. E é assim que a Casarena e a Vistalba passam a ter seus rótulos oficialmente oferecidos por aqui.

A Casarena é a principal aposta da Winebrands para cativar o público em busca de rótulos argentinos de custo-benefício extremamente competitivo. Embora já tenha sido importada anos atrás, de forma tímida, agora é oficialmente apresentada ao Brasil. É um projeto recente que surgiu a partir do interesse de um casal americano, Karen e Peter Darling, por Mendoza. Em 2005, visitaram a região e ficaram encantados. Voltaram dois anos depois e compraram uma propriedade de 1937, totalmente reformada. Hoje, a Casarena tem quatro vinhedos distintos, três em Agrelo, na região de Luján de Cuyo, e um em Perdriel, também em Luján de Cuyo.

Os rótulos são assinados pelo enólogo Agustín Alcoleas e começam na linha 505, mais simples, sem passagem por madeira e com maior expressão da fruta. Há brancos, tintos e rosés, vendidos na faixa dos R$ 99 para os consumidores finais. A linha Estate, posicionada acima (por R$ 129), tem vinificação similar, mas os vinhos são mais concentrados e de maior intensidade. Há a linha Appelation (R$ 159), em que as uvas vêm de uma única região, como Agrelo, por exemplo, a Synergy (R$ 249), cujos vinhos vêm de uma única finca, mas é feito um blend de variedades, e, por fim, a topo de game, Single Vineyard (R$ 419), em que as uvas vêm exclusivamente de um dos quatro vinhedos: Owen, Lauren, Jamilla e Naoki (este último o mais recente, plantado em 2010).

A estratégia da Winebrands é, mais uma vez, se fortalecer no mercado brasileiro. Embora tenha uma longa história e seja peça importante do cenário há 16 anos, está passando por um momento de transição. O portfólio está sendo repensado, e ficará menos europeu. Serão cerca de 50 produtores de 12 países. Juntos, representarão cerca de 400 rótulos. Alguns terão um apelo de nicho, como os franceses e italianos, voltados para restaurantes. Outros, como a Casarena, vão cativar o consumidor final.

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Tradição centenária
Já a Vistalba é a nova vinícola argentina do portfólio da Qualimpor, importadora conhecida principalmente por trazer os vinhos portugueses do Esporão ao Brasil. Por muito tempo, trabalhou com a Kaiken, mas desde sua saída ficou com uma lacuna no portfólio. Agora, os rótulos da Vistalba chegam para preencher o espaço.

Bodega Vistalba é o projeto pessoal de Carlos Pulenta fundada em 2003
Bodega Vistalba é o projeto pessoal de Carlos Pulenta fundada em 2003Vistalba/Reprodução

A família Pulenta, responsável pela vinícola, chegou à Argentina nos anos 1900. Está há pouco mais de cem anos fazendo vinho. A Vistalba foi oficialmente fundada em 2003 como um projeto pessoal de Carlos Pulenta, representante da terceira geração. Segundo ele, houve um importante salto rumo à qualidade nos últimos anos. “É um processo que não termina nunca, mas que acontece em ritmo acelerado”, conta ele. A equipe de enologia é comandada por Fernando Colucci. E a filha de Carlos, Paula Pulenta, cuida da operação.

A Qualimpor está trazendo 18 rótulos da Vistalba, divididos em três linhas: de entrada, intermediária e premium. A uva Malbec, claro, é a grande estrela de rótulos como o Vistalba Gran Malbec. Mas há ótimas opções de vinhos brancos, como o Gran Tomero Semillon e o Autóctono Chardonnay. Na terminologia usada pela vinícola, Vistalba é usado apenas quando as uvas são da propriedade; Tomero faz referênca a uvas que não são de Vistalba, e Autóctono é o termo usado quando a equipe compra uvas de produtores parceiros para fazer o que Carlos Pulenta chama de “vinho de um lugar”. É o caso do Autóctono Malbec Gualtallary, de grande potência e frescor.

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Vinho – VEJA
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Celele – o melhor restaurante de Cartagena, na Colômbia

Se tem planos de ir à Colômbia, você precisa conhecer o Celele, restaurante que oferece uma proposta de cozinha caribenha contemporânea, inspirada na rica cultura gastronômica e biodiversidade do Caribe Colombiano. Estive lá recentemente e, de fato, a experiência é fora de série. Reconhecido como um dos melhores restaurantes de Cartagena, é liderado pelo chef Jaime Rodriguez, e ocupa o 16º lugar na lista dos 50 melhores da América Latina.

renata araujo e jaime rodriguez
Renata Araújo e o chef Jaime Rodriguez, do CeleleRenata Araújo/Divulgação

O Celele destaca-se pela culinária que incorpora diversas influências culturais, como a árabe, espanhola, holandesa, africana e indígena. O objetivo é valorizar a cultura local e utilizar ao máximo os ingredientes da região. Além de sua excelência na gastronomia, o ambiente do melhor restaurante em Cartagena é alegre e descontraído, e ele também abre para o almoço. Se você aprecia uma boa refeição, não deixe de conhecer este incrível restaurante em Cartagena das Índias, famosa por suas praias deslumbrantes, arquitetura colonial preservada, rica história e excelente gastronomia.

celele cartagena
Pátio agradável no Celele, em CartagenaRenata Araújo/Divulgação
pratos celele cartagena
Os pratos do Celele refletem a diversidade gastronômica e cultural do paísDivulgação/Divulgação

Jaime Rodriguez, de 37 anos, é reconhecido como um dos melhores chefs da Colômbia, tendo alcançado a 75ª posição na lista dos 100 melhores chefs do “The Best Chef Awards” em 2023. Ao longo de seis anos, ele se dedicou a estudar e promover a importância da culinária e dos ingredientes da região caribenha da Colômbia. Trabalhando em colaboração com pequenos produtores, pescadores e artesãos, Jaime também desenvolve sua pesquisa em parceria com o Jardim Botânico de Cartagena, biólogos e instituições educacionais.

Chef Jaime Rodriguez
Chef Jaime RodriguezDivulgação/Divulgação

Há mais de dois anos o Celele não oferece menu degustação, os pratos são à la carte. No entanto, se o cliente desejar, é possível solicitar um “menu improvisado” com as receitas mais populares da casa. Segundo Jaime, “a proposta do restaurante de alta gastronomia em Cartagena é ser mais acessível e destacar a cozinha de pesquisa, utilizando ingredientes da biodiversidade. Por isso, meus pratos são preparados com técnica e ingredientes frescos. Você pode escolher várias opções ou experimentar apenas uma.”

prato celele
Muitas folhas, frutas e sabores colombianosDivulgação/Divulgação

No cardápio à la carte do Celele, há opções de carne, peixe e pratos vegetarianos. Entre as opções, você encontrará uma salada de flores caribenhas com castanhas de caju em conserva e vinagrete de flor de cana. Também é possível saborear lula e mexilhões em um escabeche costeiro, a especialidade “Celele de cerdo”, que é uma terrine de porco confitado acompanhada de banana amassada, feijão caribenho, repolho e caldo de porco, ou milho recheado com salpicón de peixe, camarões e pimentões doces.

renata araujo no celele em cartagena
Delicadeza na apresentação dos pratos no CeleleRenata Araújo/Divulgação

Para a sobremesa, experimente o prato de chocolate, que vem com gel de tamarindo e pimenta doce, ou o bolo leve de folha de mandioca e mambe, servido com goiaba azeda e flor de acácia. Todas as receitas são extremamente criativas, repletas de sabor e com apresentações coloridas e impecáveis! Não é à toa que o Celele é considerado o melhor restaurante de Cartagena.

sobremesas celele
Algumas das sobremesas do CeleleDivulgação/Divulgação

O Celele também valoriza a coquetelaria, e reúne drinques elaborados para harmonizar com os pratos do menu. As bebidas autorais são inspiradas na Colômbia e em ingredientes da biodiversidade. Entre as opções, destacam-se o Vereda Tropical, que combina rum, vinho rosé e xarope de folha de ameixa, e o Mama Africa, feito com gin, ácido cítrico, aromatizado com flores cítricas e ervas. Todos muito saborosos e refrescantes!

renata drinques celele
Drinques autorais no CeleleRenata Araújo/Divulgação

Os projetos sociais

Como jornalista, fui convidada pelo próprio chef Jaime Rodriguez para ir até Cartagena conhecer seu restaurante. Porém, esta não foi uma simples viagem. Como um anfitrião excepcional e orgulhoso de sua terra, Jaime organizou um itinerário inteiramente voltado para a gastronomia. Ao lado de alguns dos melhores chefs da Colômbia, tivemos a oportunidade de explorar excelentes hotéis, restaurantes, mercados e bares em Cartagena, conhecendo a cidade de uma perspectiva diferente. Afinal, além da Cidade Amuralhada, a culinária é um dos grandes destaques da região.

cartagena das indias
A charmosa CartagenaRenata Araújo/Divulgação
renata no mercado bazurto
No Mercado de Bazurto, em CartagenaRenata Araújo/Divulgação

Durante a visita, também pudemos conhecer de perto os projetos sociais que Jaime apoia, assim como as áreas de cultivo dos ingredientes que utiliza no Celele. Fiquei admirada ao ver as famílias que se dedicam à agricultura orgânica nos arredores de Cartagena, especialmente na região de Monte de María, que sofreu muito com a violência no passado. Visitamos lares de famílias que recebem suporte para cultivar em seus quintais, aprendendo sobre biopreparos e agroecologia. Esse apoio lhes permite levar seus produtos aos mercados e praticar uma agricultura sustentável com boas técnicas agropecuárias. Em resumo, foram exemplos inspiradores de associações comprometidas com a população mais vulnerável, mostrando como a agricultura pode oferecer novas oportunidades.

cartagena agricultura
Famílias agrícolas nos arredores de CartagenaRenata Araújo/Divulgação
renata araujo e o chef jaime rodriguez
Renata e o chef Jaime nos arredores de CartagenaRenata Araújo/Divulgação

Sobre o Chef

Jaime é o criador do Projeto Caribe Lab e, ao longo de mais de 14 anos, tem explorado o território colombiano para estudar sua cultura gastronômica e biodiversidade, com o intuito de destacar a relevância da culinária local para o mundo. Essa pesquisa serve de inspiração para o desenvolvimento de seus pratos na cozinha contemporânea. Ele foi incluído na edição de 2021 do livro da Phaidon, “Today’s Special: 20 Leading Chefs Choose 100 Emerging Chefs”, selecionado pelo renomado Chef Virgilio Martínez.

chef jaime rodriguez
Chef Jaime RodriguezDivulgação/Divulgação

Jaime Rodriguez representou a Colômbia em eventos importantes, como o Madrid Fusión, na Espanha, em 2016 e 2020; foi capitão da equipe no Bocuse d’Or no México em 2011 e também participou do campeonato mundial de jovens chefs da Chaîne des Rôtisseurs na Turquia no mesmo ano.

Renata Araújo é jornalista, editora do site de turismo e gastronomia You Must Go! e da página do instagram @youmustgoblog

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Radar gastronômico: novos menus, fado na Quinta e brindes com jerez

Chefs no Refettorio

Neste mês de novembro, o Refettorio Gastromotiva comemora um ano de operação com serviço de almoço aberto ao público, em grande estilo. O espaço contará com a presença de chefs renomados do Brasil e do exterior, incluindo estrelas do 50 Best, como Marsia Taha Mohamed, especialista em culinária boliviana, e a dupla Alex Herrera e Garcia Navarro, do Restaurante El Xolo, de El Salvador. Em apenas um ano, mais de 13 mil menus foram vendidos, resultando em mais de 20 mil refeições para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Quase 2 mil voluntários se envolveram nas ações dos jantares solidários, e mais de 80 chefs convidados prepararam pratos que abrilhantaram o primeiro ano de funcionamento ao público.
Os almoços são servidos de segunda a sexta-feira por R$ 45,00, incluindo um menu completo com entrada, prato principal, sobremesa e bebida, todos elaborados por um chef renomado. Todo o valor arrecadado é integralmente destinado aos jantares para pessoas em situação de vulnerabilidade, que podem comer gratuitamente. Assim, ao almoçar no Refettorio Gastromotiva, os clientes ajudam a combater a fome. Mais informações no site do Refettorio.

Rua da Lapa, 108, Lapa. @refettoriogastromotiva

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Refettorio: almoço completo a R$ 45,00, revertido a necessitados no jantar./Divulgação

+ VEJA RIO COMER & BEBER 2024: confira os restaurantes finalistas do prêmio

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Jerez no Emiliano

Os hotéis Emiliano São Paulo e Emiliano Rio se unem ao ‘Sherry Week’, maior festival do mundo dedicado aos vinhos de Jerez, para celebrar a edição de 2024, que acontece entre os dias 4 a 10 de novembro. Nesta semana especial, amantes de coquetéis e vinhos terão a oportunidade de explorar a rica história e a complexidade dos vinhos espanhóis de Jerez. Haverá uma oferta de belos vinhos do gênero servidos em taça: Fino Perdido, de Sanchez Romate (R$ 50,00); Amontillado Monteagudo, de Delgado Zuleta (R$ 68,00); Oloroso, de Barbadillo (R$ 40,00); e Pedro Ximenez Duquesa, de Sanchez Romate (R$ 72,00). Coquetéis também marcarão presença, em receitas clássicas como o Sherry Cobbler (R$ 74,00), um dos coquetéis mais antigos da história. Surgirá em releitura moderna com Jerez Amontillado, xarope de açúcar demerara e abacaxi.

Av. Atlântica, 3.804, Copacabana, tel.: (21) 99255-9920 (WhatsApp). @hotelemiliano

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Primavera na Casa 201

O menu degustação de primavera da Casa 201, no Jardim Botânico, é um dos melhores já feitos pelo chef João Paulo Frankenfeld. Um percurso que reafirma a essência do restaurante com a produção artesanal, ingredientes frescos, o toque autoral e o apuro técnico do chef. Elementos que criam uma experiência única envolvendo a culinária francesa. Em cinco etapas que envolvem diversos aperitivos, entradas e principal (R$ 590,00), traz sabores como a tartelette de azeite, cordeiro, iogurte, pistache, damasco e sumak; o cremeux de foie gras, frutas vermelhas fermentadas e vinagre balsâmico; o raviolo de frutos do mar, molho de espumante com caviar e marmelada de limão siciliano; e o dry aged de peito de pato, texturas de batata, aipim fermentado, alho negro e molho de vinho do Porto com acerola. Além dos queijos artesanais da casa, há doçuras como o entremet de chocolate, caramelo salgado, castanha de caju e maracujá.

Rua Lopes Quintas, 201, Jardim Botânico, tel.: (21) 96707-0201. @201.casa

Tomás Rangel
Quinta da Henriqueta: bacalhau à Brás fadoTomás Rangel/Divulgação

Fado no Quinta da Henriqueta

Em comemoração ao aniversário de um ano, o restaurante Quinta da Henriqueta, no Jardim Botânico, fará um jantar harmonizado com fado nesta quinta (7), às 19h30. O gênero musical português será apresentado pela fadista Ananda Botelho Mendes. Para começar tem pão da casa, pão de enchido, torrada, azeitonas, tremoços, pasta de atum, manteiga de azeitona, manteiga de chouriço, torresminho, chouricinho do Alentejo, queijo fresco da casa e massa malagueta dos Açores.

Para a entrada, carpaccio de anchova negra (lâminas de peixe defumado, servidas com azeite, limão siciliano, pimenta dedo de moça e flor de sal), arancini de bacalhau (bolinho de arroz de bacalhau cremoso, acompanhado de molho aioli de limão) e croquete de leitão (leitão Bairrada recheado com bechamel e segredos do chef).De principal, bacalhau à Brás (lascas de bacalhau, ovos, salsa, alho picado, telha de batata palha e azeitonas portuguesas) e ravioli de alcatra dos Açores (massa recheada, molho de cogumelos selvagens e pangrattato de massa sovada). De sobremesa, pudim molotof com creme de ovos, ou toucinho do céu.

O menu sem harmonização custa R$ 320,00, e com harmonização sai por R$ 420,00.

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Rua Lopes Quintas, 165, Jardim Botânico, tel.: (21) 2137-7493. @quintadahenriqueta

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Novidades de aniversário na Dianna Bakery

Em novembro, a Dianna Bakery, comandada pela chef de confeitaria Dianna Macedo, comemora quatro anos de sucesso e traz diversas novidades para marcar a data. O destaque fica por conta do lançamento do puff brownie (R$ 24,00), uma sobremesa especial de aniversário que envolve o clássico brownie da casa em uma massa folhada leve e crocante, acompanhada de coulis de morango. A novidade estará disponível durante todo o mês. Outra delícia preparada para novembro é a cheesecake de frutas amarelas (R$ 22,00 a fatia), que traz a tradicional receita ao estilo novaiorquino com uma refrescante calda de manga, maracujá e laranja. Além disso, mais uma surpresa para os fãs da confeitaria: as Bags de Aniversário (R$ 168,00) são bonitas bolsas produzidas a partir do reaproveitamento dos primeiros aventais da marca.

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Rua Dona Delfina, 14, Tijuca, tel.: (21) 3129-7006. @diannabakery

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Dianna Bakery: o puff brownie é novidade durante novembro./Divulgação

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Comer & Beber – VEJA RIO
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VEJA RIO COMER & BEBER 2024: confira os restaurantes finalistas do prêmio

O guia mais gostoso da cidade chega à 28ª edição com resenhas de mais de 450 estabelecimento entre restaurantes, comidinhas e bares, e apresenta os aguardados indicados na área dos restaurantes. Os concorrentes ao prêmio VEJA RIO COMER & BEBER 2024/25 representam uma temporada vibrante de inaugurações e evolução nos cardápios.

+ Vamos brindar! Os bares finalistas de Veja Rio Comer & Beber 2024

+ Veja Rio Comer & Beber: saiba quais são as comidinhas finalistas do prêmio

No cenário nobre dos restaurantes, são 18 as categorias contempladas, a exemplo do chef do ano, do chef revelação e do restaurateur do ano. Entre as novidades estão as categorias que elegem o melhor omakase, o requintado menu degustação japonês, e o retorno dos prêmios ao melhor almoço executivo e às melhores sobremesas do Rio.

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A festa está completa com os prêmio de sustentabilidade e causa social, além de um caderno especial com 30 opções no interior do estado, com destaques para os três melhores restaurantes, respectivamente, das regiões de praia, serra, e Niterói.

Teremos as seguintes categorias e indicados, na ordem alfabética:

Asiático
Elena
Mr. Lam
Si-chou

Brasileiro
Rudä
Sofia
Sud, O Pássaro Verde

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Carne
Giuseppe Grill
Malta
Rufino

Cozinha de autor
Lasai
Mesa do Lado
Oro

Cozinha de hotel
Cipriani
Gero
Shiso

Francês
Casa 201
Chez Claude
Signatures

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Italiano
Babbo
Grado
Padella

Omakase
San Omakase
Sushi Vaz
Umai

Peixes e frutos do mar
Escama
Ocyá
Satyricon

Pizzaria
Capricciosa
Ferro e Farinha
Officina Local

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Português
Gajos d’Ouro
Quinta da Henriqueta
Rancho Português

Sobremesas
Koral
Marine
Rancho Português

Menu executivo
Clan
D’Heaven
Tiara

Vale a Viagem:

Niterói
Amana
Gruta de Sto Antônio
Pitanga

Serra
Angá
…Lá,
Sítio Gastronômico

Litoral
74
Bar do Zé
Rocka

Comer & Beber Rio 2024 é promovido pela VEJA Rio com patrocínio de Baden Baden, BTG, JBS, Nespresso, Prefeitura do Rio e Tramontina, apoio do Governo do Rio e parceria do Hotel Fairmont.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Confira a programação da Sherry Week, evento que celebra os vinhos de Jerez, na Espanha

Embora ainda pouco conhecidos pelo público Brasil, os vinhos de Jerez, na Espanha, estão entre os mais fascinantes do mundo. Também conhecidos como xerez, por aqui, ou sherry, nos EUA, são produzidos na região de Andaluzia e passam por um processo longo de maturação e, na maior parte das vezes, de oxidação, que confere características únicas. Há uma ampla variedade de estilos, de secos a extremamente doces, o que os torna extremamente versáteis nas harmonizações. Para ajudar a popularizar esses rótulos, todos os anos acontecem a Sherry Week, uma semana de eventos relacionados ao Jerez.

O evento começou em 2014, de maneira pequena, e foi ganhando o mundo. Dados do ano passado já apontavam a realização de mais de 18 mil degustações em mais de 40 países – incluindo o Brasil. Neste ano, a segunda feira do Jerez nacional será ampliada e contará ainda com uma programação que inclui aulas, workshops, jantares harmonizados e mais.

Confira a programação completa:

No dia 5 de novembro, o tour gastronômico “Jerez de Bar em Bar” leva o público a um roteiro pelos bares de São Paulo, com curadoria de Gabrielle Frizon, a Louca do Jerez, e vinhos da bodega Sanchez Romate. Começando às 18h, no Pirineus Bar, onde Manzanilla e embutidos abrem a noite. Às 19h, o tour segue de van para o Barkatu, com tapas asiáticas de inspiração espanhola, e para no Eximia Bar, conhecido pela alta alta coquetelaria do premiado bartender Márcio Silva e menu assinado pela chef Manu Buffara. Aqui, os convidados terão a oportunidade de experimentar coquetéis à base de Sanchez Romate, antes do jantar especial no Imma, onde uma seleção de Jereces acompanhará o menu do chef Marcelo Giachinni. R$ 350. Inscrições aqui.

No dia 6 de novembro, às 19h30, a experiência Jerez & Tapas reúne cinco estilos de Jerez harmonizados com tapas irresistíveis do cardápio do Elevado Bar. Paulo Brammer, formador homologado del Vino de Jerez e especialista no estilo, conduzirá o evento. No menu, focaccia com tomate e alici, tostada de mexilhão e espetinho glaceado de polvo. R$ 160. Inscrições aqui.

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No dia 7 de novembro, às 19h30, o especialista Jorge Lucki comanda um bate-papo no Huevos de Oro, casa conhecida pela carta de Jerez. A proposta é explorar harmonizações entre tapas e vinhos Jerez de três grandes bodegas: Gonzalez Byass (Tio Pepe Fino em Rama e Solera 1847 Jerez Cream), Sanchez Romate (Oloroso Don José 18 anos e Palo Cortado) e Delgado Zuleta (Manzanilla Goya X e Amontillado). R$ 160. Inscrições aqui.

No dia 8 de novembro, das 18h30 às 22h, uma experiência imersiva no universo dos vinhos de Jerez com a especialista Gabi Frizon, a Louca do Jerez, na escola de vinhos Eno Cultura. Os participantes poderão aprender sobre a História de Jerez, fundamentos técnicos; detalhes da viticultura e vinificação, o mistério da Flor e estilos de Jerez. R$ 450. Inscrições aqui.

No dia 9 de novembro, a segunda edição da Feira do Jerez reunirá 250 participantes no jardim da Oka Caburé entre 15h e 10h para uma imersão no universo dos vinhos de Jerez, com degustações de diversos estilos dos vinhos e as principais bodegas, incluindo Gonzalez Byass, Sanchez Romate, Delgado Zuleta, Barbadillo, Fernando de Castilla, Lustau, Hidalgo e Grupo Estevez. R$ 50. Ingressos no Sympla.

No dia 10 de novembro, a Sherry Week chega ao final com um evento inédito no Brasil. O Cine Jerez exibe o filme Jerez y el Misterio del Palo Cortado na Vinícola Urbana, a partir das 18h. R$ 50 (com direito a taça de Fino Perdido Sanchez Romate e pipoca). Inscrições aqui.

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Vinho – VEJA
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O Inesquecível Vinho Jerez

A região vitivinícola do Jerez tem histórico de produção de vinhos muito antes de Cristo, foram os fenícios que introduziram a Vitis por essas terras do sul da Espanha. Uma região que predomina uma mistura de culturas, o sentimento de alegria e a beleza das paisagens ensolaradas. Esta área espanhola é o berço da dança flamengo, da criação e competição eqüestres que fazem parte da identidade deste povo e nestas terras, a joia vínica que brilha é o inigualável vinho Jerez.

Resumo das características da Região Jerez

Jerez é um nome de um vinho, de uma cidade e de uma região. A área regulamentada da região para a produção deste vinho, compreende uma espécie de triangulo que envolve três cidades espanholas que são, Jerez de la Fronteira, Sanlúcar de Barrameda e El Puerto de Santa Maria. O clima predominate é o mediterrâneo com presença de brisas do oceano, no verão o calor pode ultrapassar os 40°C com frequência, se tornando um dos grandes desafios para qualquer cultura. O solo predominante é o albariza, que significa “pedra branca” e que possui uma particularidade de reter e preservar a umidade formando uma espécie de camada protetora. As castas produzidas na região são a Palomino (maior quantidade), Pedro Ximénez e a Moscatel.

Crédito de imagem: Dayane Casal, Bodegas Tradição – Jerez de la Fronteira – setembro 2021

Para os iniciantes pode parecer difícil entender o longo processo de vinificação pelo sistema de soleira e os processos de estágio biológico ou oxidativo e também todos os estilos de vinhos Jerez, mas a seguir deixo um resumo simples das principais características dos estilos e também algumas sugestões para harmonizações com esses vinhos especiais que carregam uma rica história cultural.

Crédito de imagem: Dayane Casal, Bodegas Tradicíon – Jerez de la Fronteira – Setembro 2021

Estilos de Jerez

Fino e Manzanilla

O vinho Jerez Fino é um estilo mais delicado, cor amarelo pálido, fortificado e envelhecido sob o véu de flor e deve ser envelhecido em barrica por um período mínimo de dois anos. Já o Manzanilla é elaborado semelhante ao Fino, com a única diferença é que só pode ser envelhecido na cidade de Sanlúcar de Barrameda. Ambos são produzidos com a casta Palomino. Esses vinhos podem ser harmonizados com caldos, saladas, presunto cru, frutos secos, queijos curados, mariscos, ostras, pescados assados e até com simples azeitonas.

Crédito de imagem: Dayane Casal, Vinho Manzanilla – Sanlúcar de Barrameda – Setembro 2021

Oloroso

Este estilo passa por um longo processo de envelhecimento sem véu de flor, exposto ao oxigênio, diferente do Fino. O processo de oxidação que passa o vinho confere cor intensa, riqueza aromática e corpo, podendo atingir 20% de grau alcoólico. Este estilo pode harmonizar com carnes assadas, chocolate amargo e queijo azul.

Amontillado

Vinho que passa pelo envelhecimento biológico e pelo oxidativo, resultando em características mistas. De cor âmbar e com aromas e sabores que combinam a intensidade de um Fino e a suavidade de um oloroso. Apresenta notas oxidativas e de leveduras. O nome é uma referência aos vinhos fortificados com a flor, produzidos na cidade de Montilla.

Palo Cortado

O início do processo se da com a flor, mas após 6 meses o bodegueiro decide que o vinho é especial e o fortifica a 17% matando a flor, passando o restante do tempo em oxidação.

Crédito de imagem: Dayane Casal, Bodegas Sandeman – Jerez de la Fronteira – Setembro 2021

Pedro Ximénez

Produzido 100% com a casta Pedro Ximénez conhecida por “PX” , neste estilo de vinho as uvas são submetidas ao processo de desidratação por “asoleo” que é a técnica realizada após vindimar os cachos, eles são colocados sobre esteiras ao sol, onde ocorre a perda de água e a concentração de açúcares. Os vinhos PX possuem elevados teores de açúcar residual chegando a 400g/L, alguns provadores o associam com um xarope, tal a concentração de açúcar desse estilo. O PX harmoniza com queijo azul, queijo curado, sobremesas com doce de leite, chocolate e café.

Enoturismo em Jerez

A região é fascinante pelos seus vinhos e com imensas possibilidades de enoturismo, diversos estilos de Bodegas estão bem preparadas para receber aos visitantes e proporcionar os mais variados tipos de experiências. Vale a pena conferir nas suas plataformas digitais qual a que mais se adequa ao seu interesse. Fica a seguir algumas imagens de diversas Bodegas visitadas por mim.

Sandeman

Bodegas Tradicíon

Bodegas Gonzalez Byass ( Tio Pepe )

O processo de vinificação deste especial vinho sem dúvida é uma arte onde a mão do homem, a ação das leveduras e o tempo compõem uma linda sinfonia, resultando num vinho de caráter inesquecível a quem o degusta. O intuito deste artigo é convidar aos amantes desta bebida milenar a se aventurarem a degustarem os mais variados estilos de vinho Jerez, e após os entenderem e o perceberem verificarem qual lhes agrada mais.
Desejo boas novas descobertas e saúde !

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Fonte:

Mundo dos Vinhos por Dayane Casal
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A Califórnia brasileira quer agora ser também o Napa Valley nacional

Em dias mais frescos como os que fizeram esta semana aqui na capital paulista, Ribeirão Preto, situada no nordeste do estado, a 314 km de São Paulo, costuma ter temperaturas máximas que ficaram entre 27 e 31 graus e a mínima de 21. Houve verões com mais de 40 graus e, nos últimos anos, nos meses mais quentes, a sensação térmica costumava ser de fritar ovo no asfalto, obrigando os equipamentos de ar-condicionado a trabalhar no modo máximo, de forma a garantir a sobrevivência.

A partir da década de 80, o desenvolvimento econômico e a renda acima da média nacional fez Ribeirão Preto ser conhecida como a “Califórnia brasileira”.  No campo da gastronomia, a comparação não fazia muito sentido, é verdade. Enquanto a Califórnia original ficou famosa pela região de produção de vinhos de alta qualidade nO Napa Valley, Ribeirão sempre foi a terra da cerveja. Desde 1937, na cidade de terra roxa, solo fértil e seleiro da força do agronegócio nacional, reina a Choperia Pinguim. Segundo reza a lenda, ela serve o líquido que sai da torneira a 1,5 grau, com colarinho que leva dois minutos para evaporar e chega à mesa ainda com 4 graus. Um refresco e tanto para as temperaturas escaldantes.

A tradição do chope continua forte por lá, mas chegou o momento em que a “Califórnia brasileira” tem a pretensão de se tornar também o “Napa Valley nacional”. O esforço para tentar produzir vinhos de alta qualidade num cenário e em condições climáticas improváveis é comandado pela vinícola Terras Altas, que iniciou a produção em 2017.

Tudo começou com o suporte da dupla poda, técnica criada pelo agrônomo mineiro Murillo Regina que inverte o ciclo da vinha e faz com que a colheita seja no inverno – processo que está transformando a história da viticultura do Brasil. Graças a essa técnica, 200 vinícolas estão em funcionamento entre São Paulo e Bahia —  mais outras tantas devem se juntar às pioneiras dentro de poucos anos.

Responsáveis pela Terras Altas, os novos viniviticultores ribeirão-pretenses José Renato Magdalena e Fernando Horta já eram sócios em empreendimentos na construção civil, haras e gado de corte. Neste último, tinham a colaboração do agrônomo Ricardo Baldo, que se uniu à dupla, formando o trio que é proprietário da vinícola no interior de São Paulo.

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As primeiras vinhas da cepa de origem francesa Syrah, compradas do pai da técnica, foram plantadas em um terreno que fica a 250 metros de altitude do centro de Ribeirão — o centro da cidade, por sua vez, está a cerca de 500 metros de altitude do nível do mar. Por lá, segundo Baldo, as temperaturas mínimas podem chegar a 3,5 graus (durante dois dias do ano) e 7 a 12 graus, em uma semana de inverno. Ele diz que a amplitude térmica (diferença entre as máximas e mínimas), graças ao vento, é na média de 20 graus, o que é excelente para maturação das uvas, de maneira a se preservar cor, aromas que dependem desse amadurecimento mais lento.

Nos 10 hectares do terreno foi implantado a vinícola que conta com maquinário de recepção de uvas francesas, da marca Bucher Vaslin, e bombas de vinho italianas Evoneta, reconhecidas por serem uma das mais delicadas hoje no mercado Europeu. As barricas de carvalho são das melhores casas de tonelaria francesas, como François Frères e Taransaud. Para se ter uma ideia, uma única peça custa por volta de 1 000 euros. A sala de barricas da Terras Altas tem 40 unidades. O valor do investimento na indústria do estabelecimento, segundo Baldo, ficou na casa dos 20 milhões de reais.

Para a produção da primeira safra foi escalado o enólogo chileno Cristian Sepúlveda, responsável pelas medalhas internacionais da vinícola Guaspari, de Espírito Santo do Pinhal. E batata! Ou melhor, uva! A primeira safra da Terras Altas já trouxe a primeira medalha da Decanter, um dos principais e mais sérios concursos de vinhos realizado anualmente em Londres.

VINHO HARMONIZADO COM AR-CONDICIONADO

Hoje, a casa produz quatro rótulos, todos da uva Syrah. Um rosé Cava do Bosque 2023 (R$ 120), muito frutado e fresco, que tem no rótulo um desenho de uma das netas de 12 anos de um dos sócios. Entre os tintos estão o Entre Rios (R$ 180), sem passagem por madeira, o Equilíbrio (R$ 220), que no meu paladar mostrou bastante fruta vermelha e de fato equilíbrio no uso de madeira e o Evolução (R$ 310), potente demais para o meu paladar, pelo menos foi a minha impressão num almoço de uma quinta-feira quente em São Paulo.

Reprodução
Um dos rótulos da Terras Altas: primeira safra recebeu medalha da DecanterReprodução/VEJA

Segundo Fernando Horta Jr., filho de um dos proprietários, essa potência não costuma assustar o público da quente cidade. “A turma costuma fechar a casa e aumentar o ar-condicionado para tomar os bons Cabernet Sauvignon”, disse ele, referindo-se aos vinhos encorpados preferidos de seu pai. Durante essa mesma apresentação, Baldo fez questão de dizer que fazem vinhos com “mínima intervenção”, um ativo cada vez mais precioso atualmente. A “mínima intervenção” da Terras Altas, no entanto, como o próprio Ricardo Boldo reconheceu, não abre mão do uso durante o processo de Dormex (um agrodenfesivo usado para quebrar a dormência da planta na ausência do frio, e fazer com que todo vinhedo brote ao mesmo tempo), além das borrifações de fungicidas e de leveduras selecionadas, o que significa “fermentos industriais” para a fermentação.

Independentemente do uso adequado ou não do rótulo de “mínima intervenção”, é fato que os vinhos feitos na Terras Altas são convencionais, com ótimo potencial e qualidade. Além disso, a vinícola já possui estrutura de enoturismo que tem amealhado o público região. Um “wine tour” que mostra o caminho da uva e termina com uma degustação do vinho, acompanhado de queijos da região e azeites brasileiros custa R$ 120, por pessoa. Há também a concorrida festa da colheita, que termina com um almoço harmonizado pelo chef do restaurante da vinícola, por R$ 700, valor do ingresso único. Ou há ainda um brunch, estilo pique-nique harmonizado, montado no gramado com vista para as vinhas por R$ R$ 350, por pessoa. Atualmente a produção da Terras Altas está na casa das 20 mil garrafas por ano e com elas, eles já começam a figurar em cartas de elegantes restaurantes paulistanos como Tre Bicchieri, Figueira Rubayiat e NB Steak. “Como temos o foco em qualidade, vamos até o teto de 100 mil garrafas por ano”, disse Baldo à coluna AL VINO.

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O início da história da Terras Altas mostra que o negócio é promissor e já fez de Ribeirão Preto uma interessante parada gastronômica para se tomar uma boa taça de vinho, além do chope gelado e com o colarinho tradicional da Pinguim – mas só o futuro dirá se a “Califórnia brasileira” poderá ser conhecida um dia também como o “Napa Valley nacional”.

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Vinho – VEJA
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Vamos brindar! Os bares finalistas de Veja Rio Comer & Beber 2024

São brindes em profusão, ao momento vibrantes dos balcões, petiscos e drinques que movimentam as noites cariocas. Está chegando a hora de conhecer os melhores da cidade, e apresentamos o timaço de indicados na seção de bares do prêmio VEJA RIO COMER & BEBER 2024/25.

+ Veja Rio Comer & Beber: saiba quais são as comidinhas finalistas do prêmio

A 28ª edição do guia mais gostoso da cidade vem aí, apresentando mais de 450 estabelecimentos entre restaurantes, comidinhas e bares. A premiação ocorrerá no dia 13 de novembro, em cerimônia no hotel Fairmont Rio.

Para chegar aos finalistas, VEJA RIO compilou os votos de 30 jurados, entre jornalistas da publicação e profissionais de diferentes áreas, que escolheram, em ordem decrescente, os três melhores em cada uma das 38 categorias

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No disputado cenário dos bares, a categoria dono de bar surge como novidade da edição, que vai premiar também o melhor braseiro e o melhor lugar para encontros românticos. Feijoada? Temos. E roda de samba também.

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Confira as categorias e indicados, na ordem alfabética:

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Braseiro
Braseiro da Gávea
Braseiro Labuta
Galeto Sat’s

Carta de cerveja
Brewteco
Delirium
Rio Tap Beer House

Carta de drinque
Elena
Nosso
Suru Bar

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Feijoada
Academia da Cachaça
Armazém Cardosão
Bar do Momo

Para ir a dois
Celeste
Eleninha
Quartinho

Petiscos
Bar da Frente
Botica
Chanchada

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Quiosque
Ginga
QuiQui
Sel d’Ipanema

Roda de samba
Armazém Senado
Bar do Omar
Beco do Rato

Comer&Beber Rio 2024 é promovido pela VEJA Rio com patrocínio de Baden Baden, BTG, JBS, Nespresso, Prefeitura do Rio e Tramontina, apoio do Governo do Rio e parceria do Hotel Fairmont.

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Comer & Beber – VEJA RIO