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Sucesso! Tudo o que rolou na estreia do Comer & Beber Experience Rio

Era o último fim de semana do inverno, os cariocas subiram a serra levando na bagagem sol e muito calor para Petrópolis. Entre os dias 19 e 21 de setembro, o Centro Histórico da Cidade Imperial foi palco da primeira edição do Comer & Beber Experience Rio, em parceria com o Festival Bossa & Sabores.

Com entrada gratuita, mais de 100 000 pessoas puderam experimentar delícias criadas por dez chefs e estabelecimentos premiados em edições anteriores de VEJA RIO COMER & BEBER. “Provamos que a mistura entre sons e sabores dá certo. No ano que vem, serão dois fins de semana de festa”, comemorou o maestro Leonardo Randolfo, diretor artístico do festival, já adiantando novidades.

“Com o incentivo à gastronomia, o turismo e o entretenimento florescem”, analisou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, presente na abertura, que contou com um elegante show da cantora Leila Pinheiro acompanhada da Orquestra Sinfônica Brasileira. “COMER & BEBER está presente na vida dos nossos leitores há quase três décadas e agora ela se aproxima ainda mais do público”, destacou Mauricio Lima, CEO da Editora Abril.

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Ao longo de três dias, o festejo gerou 1 200 empregos e mais de 20 000 pratos foram comercializados. Só Lydia Gonzalez, do Angá Ateliê Culinário, em Petrópolis, vendeu mais de 1 000 unidades da mandioca douradinha com beurre blanc de tucupi e folhas tostadas, uma saborosa entrada vegetariana.

“O restaurante é pequeno e, a nossa comida, conceitual. O petropolitano veio em peso conhecer e tivemos de triplicar a quantidade de mandioca prevista”, orgulhou-se a chef. “Estou acostumada a participar de grandes eventos, mas digo com tranquilidade que foi o melhor em termos de venda. Tive que trazer mais porquinho de quimono do Rio”, celebrou Mariana Rezende, do Bar da Frente, ressaltando o sucesso do petisco campeão que consiste em massa de harumaki recheada de carne de porco com cream cheese e ervas. Foram 1 800 arrematados.

+ “Aprendi a ter urgência para a vida”, conta Denise Fraga

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Também participaram Rafa Costa e Silva, do Lasai, detentor de duas estrelas Michelin, e do Bonaccia Osteria, recém-aberto na região; Pedro Coronha, do contemporâneo Koral; Eric Ueda, do japonês Casa Ueda; Toninho Laffargue, do Bar do Momo; Paula Prandini, do Empório Jardim; e Kátia Barbosa, do Sofia.

Completaram a lista as maravilhas lusitanas do Rancho Português — que vendeu mais de 3500 bolinhos de bacalhau — e as pizzas da Capricciosa, sempre com fila no estande.

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Grandes nomes da MPB subiram ao palco para embalar o público, que lotou o espaço de 2 000 metros quadrados em frente à Catedral São Pedro de Alcântara nos três dias. Na tarde de sábado (20), Roberto Menescal, 87 anos, e Analu Sampaio, 17, comprovaram o vigor da bossa nova num emocionante encontro de gerações.

+ Cores e sabores da primavera chegam aos pratos

Mais tarde, Wanda Sá desfilou hits do gênero e Toquinho fechou a noite entoando seus clássicos e esbanjou simpatia ao rememorar histórias por trás das canções. “A bossa nova, essencialmente brasileira, é a união do som do morro com o violão de João Gilberto.

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O ritmo rompeu fronteiras e é uma grande referência para todos os músicos”, avaliou o paulistano após o show, que teve a participação de Camilla Faustino. Atração do domingo (21), Theo Bial concorda com o veterano.

“É fundamental relembrar o passado para construir um futuro mais justo. Digo isso não só como artista, mas como ser humano”, afirmou o cantor e compositor de 27 anos. Danilo Caymmi, Bossacucanova, os DJs Marcelinho da Lua e Yasmin Lisboa, além da roda de samba do Cacique de Ramos, animaram cariocas e turistas no último dia de fervo. Entre garfadas, brindes e melodias, o evento entrou para a história e, em breve, se repetirá.

Comer & Beber Experience Petrópolis em parceria com o Festival Bossa & Sabores é uma realização de VEJA Rio com patrocínio do Governo do Estrado do Rio de Janeiro e da secretaria estadual de Turismo.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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A Nova Geração de Enólogos – EP 128 | Transcrição BacoCast

Neste novo episódio Dayane Casal fundadora e hostess do BacoCast, recebe quatro convidados especiais. São 4 jovens enólogos que fazem parte da nova geração de Bacos da era moderna. São 4 profissionais da enologia, que fazem parte da geração Milenium, e portanto possuem um enorme papel de conexões de gerações em fazer perpetuar o saber em produzir bons vinhos a próxima geração que está a seguir, e assim efetuarem de forma bem mais ativa a transmissão desta cultura milenar. 

Neste episódio foi abordado diversos assuntos pertinentes do mundo dos vinhos em pleno século XXI. Assista até o final pois esta partilha está muito rica e elucidativa sobre os ângulos das visões e analises destes jovens Bacos da era moderna. 

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A CIÊNCIA ENVOLTA DA INOVAÇÃO NO SETOR DOS VINHOS – Isabel Fernandes, PhD – EP 127 | Transcrição BacoCast

O trabalho de dedicados cientistas em estudarem e desenvolverem soluções para auxiliar nas melhorias e inovações dentro do setor dos vinhos é o tema deste novo episódio 127. Dayane Casal, fundadora e hostess do BacoCast recebe a cientista Isabel Fernades, PhD. Ela possui uma vasta experiência já de 20 anos dedicados a pesquisa e desenvolvimento e partilha ricas informações sobre um dos produtos mais disruptivos para o setor dos vinhos. Conheça tudo sobre isto assistindo a este episódio através dos links abaixo.

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Pai e Filho (Jorge Alves e Pedro Alves) – EP 126 | Transcrição BacoCast

Uma das atividades mais profundas e importantes em transmissão de cultura vínica é a passagem do saber em produzir grandes vinhos. Neste novo episódio 126 do @bacocast Dayane Casal fundadora e hostess recebe pai e filho, ambos enólogos e convidados especiais. Jorge Alves e Pedro Alves, expõe de forma descontraída como é o perfil de ambos, partilham ricas informações dentro desta profissão de enólogos e sobre aspectos atuais ao qual o setor vitivinícola está ultrapassando. Assista agora mesmo através do link abaixo.

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O Universo dos Espumantes de Qualidade Superior – Simpósio Entre Bacos – EP 125 | Transcrição BacoCast

Quer conhecer TUDO o que está por trás da produção dos espumantes de qualidade SUPERIOR ? 
Dayane Casal fundadora e hostess do BacoCast reune três dos mais prestigiosos enólogos portugueses quanto ao assunto espumantes. Este Episódio 125 é um presente aos amantes de grandes espumantes, com as presenças ilustres de três grandes BACOS do mundo moderno.

Eng.ª Marta Lourenço:
 @murganheiraoficial@raposeiraoficial@martasofialourenco

Eng. Celso Pereira:
 @celsopereiradouro@dourovertice@quantaterradourowines

Eng. Osvaldo Amado:
 @osvaldoamadowinemaker@casadosamados.oficial@cavesprimavera@portoreccuavinhos

Assista agora mesmo e cresça em cultura vínica com alto nível de informações através do link abaixo. 

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Presidente da ViniPortugal – Eng. Frederico Falcão – EP 124 | Transcrição BacoCast

Este episódio é um presente especial ao público que acompanha o BacoCast e a quem se interessa pelo tema vinhos a nível profissional. A fundadora e hostess do BacoCast, Dayane Casal conversa com o Eng. Frederico Falcão, o Presidente da ViniPortugal . 
Na conversa descontraída eles transitam nos temas como a inspiradora trajetória profissional do convidado, inúmeros e curiosos assuntos sobre a ViniPortugal e sobre o cenário vitivinícola mundial. Para assistir é só clicar em um link abaixo.

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Proantocianidinas – Moléculas Mágicas do Vinho – EP 123 | Transcrição BacoCast

Novas descobertas pela ciência de ações das moléculas mágicas chamadas PROANTOCIANIDINAS contidas no néctar milenar, o vinho, tem trazido bons ânimos ao setor. Visando o seu papel como alimento nutracêutico. Conheça detalhes sobre este tema assistindo ao novo episódio do BacoCast, onde a fundadora e hostess Dayane Casal conversa com os cientistas Márcio Carocho, PhD e Custódio Lopo Roriz, PhD , pesquisadores do Centro de Investigação de Montanha, localizado em Bragança em Portugal.

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5 Tendências do Enoturismo em 2025

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Com as vendas de vinho em estabilidade no mercado global, também houve queda no número de visitantes em diversas regiões e países. No entanto, algumas vinícolas e regiões contrariam essa tendência e registram aumento nas vendas e receitas ao vender diretamente ao consumidor (DTC) que visita o local e continua comprando online. O que essas vinícolas estão fazendo de diferente?

Para compreender melhor esse movimento, especialistas em DTC (vendas diretas ao consumidor) e enoturismo e proprietários de vinícolas em diferentes regiões foram consultados. As respostas apontam para cinco tendências que parecem gerar benefícios em 2025.

1. Enoturismo itinerante

Em vez de esperar que turistas visitem suas instalações, algumas vinícolas levam o vinho até o público. Esse movimento, chamado de “enoturismo itinerante”, envolve montar estandes em shows, feiras gastronômicas e festivais. Quando permitido, oferecem amostras gratuitas para degustação.

Um exemplo é a Wölffer Estate, em Nova York, que leva um estande móvel a eventos na costa leste dos EUA. A vinícola também possui um caminhão de chopeiras de vinho que circula por feiras de produtores locais.

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Amigos apreciando vinho em um festival gastronômico

Outra prática é realizar degustações em residências, restaurantes e lojas. Algumas vinícolas também abrem salas de degustação urbanas em cidades, permitindo horário estendido e oferta de atrações como música ao vivo, stand-up comedy ou oficinas de pintura.

2. Interação com proprietários

Com a crescente mediação da tecnologia na comunicação, muitos turistas buscam contato humano direto, sobretudo com o proprietário ou enólogo. Esse pode ser um dos motivos pelos quais vinícolas pequenas, que recebem visitantes de forma informal e acolhedora, mostram desempenho acima da média.

Um proprietário do Russian River relatou que, apesar da queda de visitação em outras vinícolas, sua agenda esteve cheia durante o verão, com crescimento de vendas e lucratividade de dois dígitos nos últimos dois anos.

Ele e a esposa recebem pessoalmente os visitantes, percorrem os vinhedos com eles e tratam os membros do clube de vinhos como amigos.

3. Eventos e experiências diferenciadas

A simples degustação de vinhos conduzida por um atendente vem sendo substituída por experiências originais.

Na Ravine’s Wine Cellars, em Nova York, visitantes interagem com miniaturas de burros. No Brandeberry Winery, em Ohio, é possível participar de aulas de ioga com cabras anãs antes da degustação. Outras vinícolas, como a Eola Hills, em Oregon, oferecem aulas de ioga regulares.

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Ioga com cabras em miniatura antes da degustação de vinhos

Passeios sustentáveis ou orgânicos também têm atraído público, com visitas em tratores pelos vinhedos e observação de animais como galinhas, vacas e ovelhas.

Experiências práticas, como seminários de corte de vinhos, colheita de uvas e criação de rótulos, também ganharam espaço. Em Napa, a Belle Glos oferece uma oficina de vedação de garrafas em cera, atividade que viralizou em redes sociais como Instagram, TikTok e YouTube.

4. Degustações espontâneas e taxas mais acessíveis

Em regiões como Napa Valley, antes era difícil conseguir uma reserva para degustação. Hoje, cresce a oferta de visitas sem agendamento. Placas ao longo da Highway 29 já indicam “Drop-ins welcome”.

Algumas vinícolas também reduziram os valores cobrados. A Bella Union, em Napa, oferece degustação casual por US$ 45 (R$ 270), incluindo três vinhos e petiscos. A média da região, segundo o relatório de 2025 do SVB, é de US$ 75 (R$ 450) para degustação padrão e US$ 138 (R$ 828) para a reserva.

DeLoach

DeLoach Vineyards no Condado de Sonoma, CA agora oferece um voo de degustação de vinhos de cortesia

No Condado de Sonoma, a Kendall-Jackson e a DeLoach passaram a oferecer uma rodada de boas-vindas gratuita neste verão, além de permitir visitas sem agendamento.

5. Clubes de assinatura

Seguindo o modelo de assinaturas comuns em alimentos, café, roupas e cosméticos, algumas vinícolas passaram a adotar clubes de assinatura de vinhos. Eles diferem dos clubes tradicionais por serem mais flexíveis e de menor custo.

No clube de assinatura, o cliente define a frequência das entregas e pode personalizar os envios. Geralmente não há benefícios adicionais, como convites para eventos ou degustações gratuitas.

O tempo médio de permanência em um clube de vinhos tradicional é de 30 meses.mJá nos clubes de assinatura, a permanência costuma ser menor, mas eles funcionam como porta de entrada para novos consumidores.

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Hora do Vinho na Vinha com Amigos e Natureza

Desconexão tecnológica e reaproximação com pessoas e natureza

As vinícolas que conseguem aproveitar essas tendências estão atendendo às novas demandas do público. Em um cotidiano cada vez mais fragmentado e digital, as pessoas buscam momentos de desconexão, contato com a natureza, aprendizado sobre agricultura e vinificação, além de experiências sociais em ambientes informais.

E, para quem não tem tempo ou recursos para viajar até as regiões vinícolas, o enoturismo itinerante e os clubes de assinatura oferecem alternativas de aproximação com esse universo.

Conclusões de especialistas em DTC/Enoturismo

“Há espaço para crescimento — é preciso apenas trabalhar mais e de forma mais inteligente do que nunca. O maior risco é não assumir nenhum risco”, afirmou John Keleher, fundador da Community Benchmark.

A Community Benchmark analisa anualmente dados de visitação e vendas de mais de 550 vinícolas em regiões produtoras dos Estados Unidos. Embora a taxa de visitação tenha caído no último ano, “37% das vinícolas registraram crescimento positivo em vendas diretas ao consumidor”, relatou John.

“Hoje o DTC é facilmente o canal de vendas mais lucrativo e a única solução para a maioria das vinícolas familiares de pequeno porte”, declarou Rob McMillan, vice-presidente executivo e fundador da Divisão de Vinhos do Silicon Valley Bank, além de autor do Relatório 2025 de Vendas Diretas ao Consumidor.

O relatório acompanha o desempenho de mais de 600 vinícolas nos EUA. Segundo McMillan, aquelas que se concentraram apenas em corte de custos não tiveram crescimento, ao contrário das que também investiram em estratégias externas.

Essas estratégias incluíram experiências mais atrativas, eventos diferenciados e maior interação com clientes. Os resultados se alinham com as tendências listadas a seguir e também com pesquisas de longa duração, como a Wine Business Monthly Annual Tasting Room/DTC Survey, realizada há mais de 15 anos.

Embora a pesquisa aponte queda geral na visitação a salas de degustação, vinícolas que produzem menos de mil caixas registraram crescimento pelo terceiro ano consecutivo. “Em 2024, essas vinícolas receberam em média 9.600 visitantes em salas de degustação, 48% a mais que em 2023. Também relataram aumento de 34% no volume total de vendas diretas ao consumidor em relação ao ano anterior”, informou Andrew Adams, autor de artigo sobre os resultados.

O post 5 Tendências do Enoturismo em 2025 apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Fonte:

Notícias e Conteúdos sobre vinhos na Forbes Brasil
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Viticultura australiana remonta ao final do século XVII; conheça a história estilos e mercado

A história da viticultura australiana remonta ao final do século XVIII. Em 1788, com a chegada da Primeira Frota britânica a Sydney, o governador Arthur Phillip trouxe mudas de videiras da Cidade do Cabo (África do Sul) e da Europa para o recém-estabelecido assentamento em New South Wales. As primeiras tentativas de cultivo não tiveram sucesso devido ao clima úmido da região, mas logo viticultores perseverantes, como James Busby – considerado o “pai da viticultura australiana” – introduziram em 1831 uma coleção de mudas francesas e espanholas, que foram fundamentais para o desenvolvimento dos vinhedos no país. O contexto histórico era o da expansão colonial britânica, onde a produção de vinho visava tanto abastecer a população local como integrar a Austrália à cultura e economia europeias.

A Austrália consolidou-se como um dos maiores exportadores de vinho do mundo, principalmente a partir da década de 1990, quando o estilo frutado, acessível e de excelente relação qualidade-preço conquistou mercados como Reino Unido, Estados
Unidos e China. Marcas como Penfolds, Jacob’s Creek e Yellow Tail tornaram-se ícones globais.

A Austrália é hoje um dos maiores produtores de vinho do Novo Mundo, com regiões vitivinícolas espalhadas em diversos  estados, cada uma com clima e terroir muito particulares. Neste diapasão, o país busca equilibrar a produção em larga escala com vinhos de alta gama, voltados à expressão do terroir e à sofisticação enológica. A diversidade climática e a inovação tecnológica fazem com que a Austrália seja vista como uma potência tanto em vinhos de consumo rápido quanto em rótulos de prestígio internacional.

Uma das regiões mais tradicionais, famosa pela Shiraz intensa, encorpada, com notas de fruta madura, especiarias e taninos poderosos é Barossa Valley (South Australia). O clima quente favorece vinhos robustos, de grande longevidade. McLaren Vale (South Australia) é reconhecida também pela Shiraz, além de Grenache e Cabernet Sauvignon. O solo  diversificado e a influência marítima proporcionam vinhos equilibrados, com frescor e intensidade aromática. Já Hunter Valley (New South Wales) é uma região histórica, onde se destacam os vinhos brancos de Semillon, com grande capacidade de envelhecimento, que evoluem de frescos e cítricos para complexos e melosos com o tempo.

Por seu turno, Yarra Valley (Victoria) é uma região de clima mais fresco, referência na produção de Pinot Noir elegante, com taninos finos e aromas de frutas vermelhas, além de Chardonnay refinados. Margaret River (Western Australia) é uma das áreas mais prestigiadas, com solos ricos e clima temperado oceânico. É famosa por seus Cabernet Sauvignon de classe mundial,
além de excelentes Chardonnay e Sauvignon Blanc.

Finalmente, Coonawarra (South Australia) é a região reconhecida pelos solos de “terra rossa” sobre calcário, ideais para  Cabernet Sauvignon estruturados, complexos e longevos. Os vinhos tintos de lá tem estilos que vão dos mais potentes (Barossa) até os mais elegantes e frescos (Yarra e Canberra). Já os brancos, especialmente da casta Semillon (Hunter Valley), Chardonnay (Margaret River, Yarra Valley) e Sauvignon Blanc estão entre os mais renomados, variando entre estilos frescos, minerais e versões com passagem por barrica, mais estruturadas.

Curioso destacar que os produtores australianos são os que mais lançam mão das Screwcaps (tampas de rosca) em seus vinhos; o que, de forma alguma, interfere na qualidade dos mesmos. Também merece destaque o fato de um dos vinhos mais icônicos e procurados do mundo vir de lá, o Penfolds Grange, cuja garrafa chega a custar mais de 2.000 Euros no mercado internacional (este vinho é fechado com rolha de cortiça). A história do Penfolds Grange, segundo o site da vinícola, começou com uma viagem a Bordeaux em 1950, onde um vinho “capaz de permanecer vivo por no mínimo vinte anos” surgiu pela primeira vez na mente de Max Schubert. Ele criou seu primeiro Grange Hermitage experimental em 1951 – batizado em homenagem a “Grange
Cottage”, a primeira casa australiana dos fundadores, Dr. Christopher e Mary Penfold. Este vinho deu início a uma nova maneira de pensar que eventualmente levaria a um estilo de vinho exclusivo, mas não antes de Grange ser desacreditado pelo conselho da Penfolds, forçando Max Schubert a continuar produzindo o vinho em segredo. Foi somente em 1960 que o conselho reconheceu o valor dos vinhos tintos envelhecidos de qualidade, com Grange triunfantemente reintegrado.

As perspectivas para os vinhos australianos são positivas. O consumo mundial de vinhos premium cresce, e a Austrália tem ampliado seu portfólio com vinhos de terroir que competem em qualidade com rótulos da Europa. Ao mesmo tempo, enfrenta  desafios como mudanças climáticas, custos de produção e barreiras comerciais em alguns mercados (como as tarifas impostas pela China nos últimos anos).

Mesmo assim, a reputação dos vinhos australianos segue em alta: eles são modernos, versáteis, com grande aceitação internacional e devem manter participação relevante no cenário mundial, equilibrando vinhos acessíveis e rótulos de prestígio que expressam a riqueza de seus terroirs.

Por aqui é fácil encontrar vinhos australianos e sugiro que os busquem, destacando, dentre eles, os tintos Château Tanunda Matthews Road Shiraz, Max s Penfolds Cabernet Sauvignon e o The Accomplice Second Heist – Shiraz, todos acessíveis e bem
gastronômicos; de brancos sugiro Windy Peak Sauvignon Blanc, Vasse Felix Classic Dry White e o Angove Long Row Chardonnay, minerais e que devem ser bebidos bem refrescados. Salut!

Fonte:

vinho – Jovem Pan
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Inovações e Evoluções na Cadeia do Vinho

São inúmeras as mudanças que estão ocorrendo dentro do tradicional setor dos vinhos, cheias de inovações e evoluções do século XXI. Estas já estão ditando para onde está caminhando esta cadeia de produção milenar. A seguir abordo de forma segmentada ou seja, por área dentro deste macro mercado econômico, mostrando informações históricas e para onde está caminhando essas áreas em plena atualidade.

1. Na Vitivinicultura

Em meu livro Vinho Viagem Cultural abordo todas as informações que conhecemos até a atualidade sobre a presença da Vitis no planeta muito antes dos humanos, esses estudos evidenciam cerca de 200 mil anos de história e a domesticação da Vitis pelo homem data cerca de 11 mil anos. As evidências científicas registram uma dupla domesticação simultânea, uma na região do Cáucaso e a outra na região do Levante. Locais onde ocorreram as primeiras seleções destas plantas. Muitas civilizações como os fenícios, os gregos e os romanos contribuíram para a expansão da produção de Vitis e para vitivinicultura por toda a bacia do Mediterrâneo, onde adaptaram castas em diferentes solos e climas.

Na era medieval os monges Cistercienses e Beneditinos foram pilares fundamentais para criar sistemas de estudos de castas e terroirs, como nas regiões francesas da Borgonha, de Champagne e na Alemanha no vale do Mosel. No século XX doenças e pragas como a filoxera, míldio e oídio obrigaram a reestruturação da viticultura conhecida até então. Os porta enxertos americanos foram implantados nas novas vinhas plantadas após os vinhedos terem sido dizimados pelas pragas, e a partir de então passam a ter outra perspetiva, onde os técnicos e produtores passaram a selecionar as castas mais resistentes e produtivas a determinadas regiões, substituindo o encepamento antigo com muitas castas autóctones a outras uvas. Ainda no século XX a mecanização na viticultura iniciou-se com a utilização de tratores e implementos agrícolas, também a irrigação, fertilizantes e clones passaram a serem utilizados.

Em pleno século XXI a realidade na viticultura é completamente diferente, a viticultura agora “high-tech” ou seja, de precisão. Utiliza analises de marcadores moleculares e/ou DNA das plantas, drones, satélites, sensores de solo e a inteligência artificial. Todas essas ferramentas modernas já estão sendo empregadas com o objetivo de melhorar as tomadas de decisões e a eficiência na produção das Vitis. A busca de uma sinergia entre a utilização da tecnologia nas vinhas e o intelecto e a mão-de-obra humana são fundamentais para que este setor continue sendo rentável de forma econômica e sobretudo preservado o peso do seu papel sócio-cultural nas região vitivinícolas dos países vinhateiros.

2. Na Vinificação

Na antiguidade os qvevris, os karas, as ânforas e os lagares em pedra são exemplos de utensílios utilizados nos processos de fermentações com as leveduras selvagens. Já na Idade Média surgem as caves subterrâneas e o mais amplo uso das barricas de madeira para conservação e transporte. Entre os séculos XVII e XVIII ocorre a invenção da garrafa de vidro pelos ingleses e inicia-se a utilização da rolha de cortiça como vedante das garrafas. Durante o século XIX Lavoisier, Gay-Lussac e Louis Pasteur tiveram papeis importantes na história e explicaram através dos seus estudos as ações das leveduras no processo de fermentação e que ditaram muito do que se sabe sobre este tema na vinificação. Também a partir de então ocorreu um maior controle microbiológico no processo. No século XX o aço inoxidável é introduzido nas adegas, ocorre o controle de temperatura nos processos, inicia-se a inoculação das leveduras selecionadas ao mostro e as barricas de carvalho começam a ser padronizadas.

Na atualidade são incontáveis as mudanças que ocorreram na produção dos vinhos, muitas destas ocasionadas pelo emprego de tecnologias, pela inovação dos tempos e sobretudo por muitos novos estudos que se tem na atualidade sobre cada etapa do processo de vinificar. Seleção das melhores estirpes de leveduras, modernos produtos enológicos, equipamentos com detalhes que incrementam qualidade como controle de temperaturas e pH, robôs que pisam a uva, prensas com alta tecnologia, uso de gases inertes, inúmeros tipos de recipientes que hoje vemos nas adegas a estagiarem os vinhos e também utilizados para a fermentação, controle do que está acontecendo nos tanques a distância com o uso de software modernos e a inteligência artificial. Além das análises organolépticas cada vez mais profissionais, as análises laboratoriais para acompanhar cada estágio do vinho tem sido alguns dos belos recursos da modernidade utilizados pelos Bacos em pleno século XXI.

3. Nas Áreas de Venda e Comércio

As rotas comerciais antigas que cruzavam o Cáucaso e as rotas dos fenícios e romanos ajudaram a difundir o vinho como uma mercadoria de luxo na antiguidade. Na Idade Média as feiras medievais, as rotas Hanseáticas “Hansa Germânica” e os privilégios e status dos vinhos de Bordeaux com os ingleses contribuíram para o comércio neste período. Na época das grandes navegações seguidos dos séculos XVII e XVIII ocorreu a consolidação comercial das casas de exportações dos vinhos do Porto, Madeira, Jerez e os de Bordeaux. No século XIX ocorreu a classificação de Bordeaux (1855), e marcas icônicas ganharam prestígio mundial, valorizando os seus produtos no mercado global. Já no século XX surgem as denominações de origem, grandes superfícies como supermercados passaram a se interessar e a comercializar de forma mais volumosa os vinhos, também se inicia a distribuição em massa.

No comércio e no setor das vendas dos vinhos na atualidade, ocorrem diversos aspectos de mudanças que envolvem a inovação e a evolução do setor, do mundo e sobretudo do consumidor que é o ponto mais importante. O uso de tecnologias de novos canais de vendas digitais, novas embalagens e rótulos apelativos ao novo consumidor, o acesso ao vinho de forma mais facilitada, aberturas de novas frentes de mercados ainda poucos explorados são alguns exemplos simples que podem até parecer óbvios, mas que o setor dos vinhos precisa se atentar para as mudanças. 

O mundo digital passou por grandes evoluções em curto tempo, antes quando era referido a venda no digital só se pensava em e-commerces, mas na atualidade há incontáveis formas de comercialização de produtos como o vinho através dos meios de digitais que ultrapassam as tradicionais lojas dentro da internet. Ferramentas como opções de links partilhados nas redes sociais seja nos stories ou na bio das redes sociais dos produtores ou das empresas que comercializam vinhos, o uso WhatsApp Business, a Tik-TOK loja, a venda através de marketing de afiliados com os influencers são alguns exemplos disto.

As opções de embalagens com vinhos qualitativos em diferentes formatos para atender consumidores nos mais diferentes momentos da vida. Escolhas por embalagens fáceis de manusear e abrir como latas, tetrapack, bag-in-boxes, as Pets “Polyethylene Terephthalate” de variados tamanhos e formatos, as brick, as pouchas, as taças já com vinhos na dose certa são opções para transversalizar o consumo não só as novas gerações, mas sobretudo em condições onde a garrafa de vidro seja algo que dificulte ou até impossibilite o consumo do vinho, como por exemplo em festivais e grandes aglomerações de pessoas. Rótulos e nomes fáceis de serem entendidos também devem fazer parte da comunicação para comercializar os vinhos na atualidade. 

Novos mercados consumidores também devem ser importante foco de concentração dos agentes do setor, pois dentro dos mercados maduros o consumo pode está mais saturado e portanto criar outros “fronts de ações” devem ser tracejados com um bom planejamento, sobretudo conhecendo o propenso consumidor local. Um exemplo disto é o que o McDonald’s e a Burger King fazem nos mercados que estão adentrando, adaptam parte dos seus menus de acordo com os hábitos culturais locais.

4. No Setor do Marketing

Os fenícios eram conhecidos por comercializarem os mais prestigiosos produtos em sua época e o vinho fenício não era diferente, um dos mais valorizados. Eles não só produziam de fato bons vinhos como também sabiam propaga-lo usando as táticas da época antiga do que hoje conhecemos como marketing. Desde o século XVIII Château Lafite, Romanée-Conti, Dom Pérignnon mantem-se como fortes símbolos de status e marcas de vinhos fortes e a nível global. No século XX surgem a publicidade moderna com revistas Wine Spectator e Decanter, guias e críticos de vinhos como Robert Parker. Na viragem do XX para século XXI surgem os primeiros usos de técnicas de storytelling ligado ao terroir, a propagação do enoturismo e a construção de “brand experience”.

Em pleno século XXI estamos vendo a completa digitalização da área de marketing. O advento da internet, os blogs como este que você está lendo, as redes sociais, os influenciadores, os podcasts como o BacoCast, as experiências imersivas e as também com realidade aumentada, o marketing de luxo com o apelo do lifestyle e a personalização de agentes virtuais para expandir a mensagem, são alguns exemplos de onde está caminhando esta área dentro do setor. Rótulos minimalistas, narrativas que envolvam cultura são algumas tendências atuais. Profissionais do marketing que estão vislumbrando atingir os consumidores neste período atual tem que se atentar cada vez mais no próprio comportamento do consumidor, pois este na atualidade sobretudo as novas gerações estão consumindo produtos que se comuniquem com eles e com a sua forma de pensar. Há também um forte movimento buscando autenticidade, cuidados com a saúde e com o meio ambiente, e vale lembrar que também se preocupe com o lado social.

5. Com a Globalização

Portugal e Espanha foram em termos históricos muito importantes como elos de ligações entre continentes como as Américas, a África e a Ásia com as grandes navegações. Antes deles os fenícios faziam toda a bacia do Mediterrâneo. No século XIX e XX houve a consolidação do Novo Mundo, países como Chile, Argentina, Brasil, EUA, Austrália, África do Sul e Nova Zelândia passaram a produzir e a comercializar seus vinhos de forma mais global. Na década de 80 ocorreu um “boom global”, muitos intercâmbios internacionais de técnicos como enólogos ocorreram e continuam a ocorrer, passando a ter a produção de muitos vinhos pelo mundo todo com castas com boa produção e adaptação como por exemplo a Cabernet Sauvignon e a Chardonnay.

Na atualidade e com a modernidade ocorreu a expansão para os mercados asiáticos como China, Japão, Coreia do Sul, Índia, Vietnã. Também ocorreu a possibilidade de produção de vinhos qualitativos em novas latitudes como por exemplo no sul da Inglaterra e hoje seus sparklings wines ganharam o mundo. Devido a globalização, vinhos com qualidades fantásticas estão sendo degustados em outros lados do mundo das suas produções como os georgianos, os armênios, os da Macedônia do Norte, os gregos, os americanos, os brasileiros, os da África do Sul e os da Austrália como por exemplo. Isso graças a globalização dos comércios.

Palavras Finais

Em resumo, as grandes evoluções e inovações no setor vitivinícola global vem ocorrendo no curso da história de forma pragmática. Desde a domesticação da Vitis e a sua expansão de cultura com a ajuda de diversas civilizações; o entendimento e o controle da vinificação chegando as práticas modernas da produção de vinho com muito mais higiene; o comércio que foi do mar Mediterrâneo a outros continentes e na atualidade até aos grandes leilões de vinhos que acontecem de forma virtual em alguns casos; do marketing antigo a nova percepção do olhar do consumidor; e a globalização comercial cada vez mais forte e necessária são evidências de como a evolução ocorreu e está ocorrendo.

Caro leitor, te convido a fazer uma reflexão, como você pode contribuir para que o vinho continue vivo, presente nas mesas como alimento e desempenhando seu papel histórico, social, cultural, econômico e sobretudo contribuindo com a saúde humana quando consumido de forma moderada e frequente ?

Desejo boas provas e muita saúde!
Saudações báquicas!

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Fonte:

Mundo de Baco por Dayane Casal