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O chef Alex Atala derruba a última fronteira contra os vinhos brasileiros

Experimente perguntar ao Chatgpt o que a Inteligência Artificial anda dizendo sobre o vinho brasileiro. Uma das respostas é a de que o vinho brasileiro é como promessa de político: começa com aroma de esperança, mas termina com gosto de arrependimento. Trata-se de um exemplo de como mesmo os modernos robôs ainda propagam por aí antigos preconceitos. Felizmente, esse tipo de coisa vai aos poucos se tornando tão antiquada quanto uma antiga piada machista de salão.

Se ainda havia alguma barreira ou dúvida sobre a evolução da produção brasileira, ela caiu por terra com o menu que comemora os 25 anos do D.O.M., do chef Alex Atala. Pela primeira vez na história do endereço, o cardápio é totalmente harmonizado com amostras de pequenos produtores de diferentes terroirs do país. O restaurante é um dos seis brasileiros com duas estrelas no conceituado e internacional Guia Michelin (conquistadas e mantidas desde 1999). Foi também o primeiro estabelecimento brasileiro a entrar no ranking dos 50 melhores restaurantes do mundo, organizado pela revista britânica Restaurant e, em 2012, esteve na quarta posição da lista, a mais alta já ocupada por algum chef do Brasil.

Atala apresentou ingredientes amazônicos para o mundo, inclusive para muitos de nós brasileiros. De forma a comemorar essa brilhante trajetória, escolheu como tema para comemorar os 25 anos da casa o sertão e a obra do paraibano Ariano Suassuna. Elas serviram de inspiração para o menu de doze etapas que celebra as bodas de prata do restaurante. Os vinhos foram escolhidos pelo sommelier Luciano Freitas, o cearense que deixou a pequena Acopiara para ganhar a vida nas brigadas de restaurantes em São Paulo e desde 2014 faz parte da equipe de vinho de Atala. Os rótulos nacionais selecionados são uma mostra de produtores especiais, com grande qualidade.

Na seleção de vinhos escolhida por Luciano, esta colunista pode apreciar um fresquíssimo Teroldego Rosé, da vinícola gaúcha Era dos Ventos, que acompanhou os snacks do menu especial, entre eles, uma “galinha de comboeiro”. Detalhe: Luciano ficou com os olhos cheios de lágrimas quando veio à mesa apresentar essa iguaria, pois se lembrou naquela hora de sua infância pobre no Ceará e, em especial, do dia em que a mãe lhe preparou galinha com farinha de mandioca para o filho encarar a viagem para tentar a vida na cidade grande.  Ao lado de Atala, hoje é Luciano que se encarrega de fazer as honras da casa do D.O.M aos clientes brasileiros e estrangeiros. Os turistas que vêm de fora, aliás, continuam a representar metade do público que lota as noites do restaurante.

A coluna teve o prazer de conhecer o menu acompanhada pelo engenheiro agrônomo Arnaldo Argenta e sua filha Naina, da vinícola Valparaíso, produtores do Vitale Pinot Noir. É um primor de vinho, que usa leveduras selvagens (cultivadas na própria vinícola, não são industriais), feito com mínima intervenção, de uma delicadeza brutal. A produção das uvas sem veneno e a vinificação sem adição de químicos é parte da história da família do Trento, na Itália, que tem como filosofia o respeito à natureza. Além de Pinot Noir, eles têm um Nebbiolo, um laranja de Garganega, um Pinot Grigio e um Sangiovese. No D.O.M. o escolhido da Valparaíso acompanhou o beiju com feijão andu e mocotó — e brilhou. A acidez dele em contraste com a gordurinha do mocotó deixou um sabor de quero mais.

Para fechar o menu de 25 anos, claro, não podia falta ela, a formiga que é marca registrada do chef, colocada sobre um pequeno bolo Souza Leão acompanhada de outra ótima provocação aos enochatos de plantão: um vinho doce da uva Niágara, produzido em São Roque. Acreditem, não poderia estar melhor! Toda a experiência com os 12 passos, precisa ser reservada no site do restaurante e custa R$ 850, por pessoa. Confira aqui o vídeo:

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Antes do D.O.M., outros estabelecimentos em São Paulo já haviam aberto suas cartas e vinhos aos nacionais, a exemplo do Esther Rooftop, comandado pelo francês Benoit Mathurin, que têm sido considerado o embaixador honorário das vinícolas brasileiras, e do Terraço Jardins, restaurante Hotel Renaissance. O local lançou recentemente uma carta só com nacionais para harmonizar com seu cardápio que privilegia ingredientes bazucas e pequenos produtores. No caso do endereço de Alex Atala, a produção nacional entrou no D.O.M. pelos espumantes, nossa excelência, logo nos primeiros anos do restaurante e, aos poucos, foi ganhando espaço.

Há ainda preconceito relacionado ao negócio, por uma mistura de falta de informação e de um certo esnobismo. “Os estrangeiros ficam muito encantados, mas, entre os clientes brasileiros, eventualmente, há sempre alguém que me diz que o menu é ótimo, mas o vinho podia ser um… E fala uma grande marca internacional”, conta Atala. Durante certo jantar, ele nunca esquece de um cliente que trouxe a tiracolo um Biondi Santi (vinícola italiana pioneira em Barolos) para lá de suspeito. E as suspeitas acabaram se confirmando. “Era tão falso que na impressora de casa eu poderia per feito um rótulo melhor. Também já abri grande rótulos de vinhos condenados (em mau estado ou degradados), mas a pessoa achava que aquilo era uma ‘maravilha’”, lembra o chef.

Todos os vinhos apresentados no menu estavam especiais. Eles são um bom retrato da diversidade que se pode produzir por aqui e merecem ser conhecidos. Abaixo deixo a lista completa do que degustei. A maioria deles pode ser comprado nos sites das vinícolas, que entregam em todo o Brasil. Em São Paulo, há boas lojas com ótimas seleções brasileiras — em breve, farei aqui na Al Vino um serviço completo a respeito desses locais.

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A seguir, os vinhos escolhidos pelo chef Alex Atala e o sommelier Liciano Freitas para comemorar os 25 anos do D.O.M.:

– Teroldego Rosé – Era dos Ventos, Rio grande do Sul

– Trebbiano – Montaneus, Farroupilha (RS)

– Gran Cata Alvarinho – Cata Terroirs, Santa Catarina

– Pinot Noir NV 2023 – Valparaiso, Rio Grande do Sul

– Chardonnau 2022 – Vinhas do Tempo, Serra Gaúcha

– Uvva – Chapada Diamantina, Bahia

– Tropical Moscatel – Terranova, Vale do São Francisco (PE)

– Soleira Niágara 10 anos – Bellaquinta, São Roque (SP)

 

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Vinho – VEJA
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Atum bluefin: o peixe venerado encanta para além das cozinhas japonesas

A cena é um espetáculo proporcionado pela natureza: o peixe de mais de 300 quilos emerge do oceano, saltando dois metros acima da superfície para abocanhar presas menores. Parece um torpedo azul e prata que espelha a luz do sol. E esse é apenas o primeiro ato de um show que termina na mesa, diante de comensais em êxtase. Estrela planetária da gastronomia, um exemplar do atum bluefin (Thunnus thynnus) pode alcançar 3 milhões de dólares (sim, isso aconteceu em um leilão no Japão). E acredite, não faltam cariocas dispostos a pagar 70 reais em apenas uma lâmina de sashimi extraído da barriga do pescado, a parte mais saborosa, uma joia comestível. A importação dos exemplares capturados na costa da Espanha começou em 2021, numa força-tarefa de restaurantes japoneses sofisticados. Agora, o ingrediente brilha também em cozinhas variadas. “A clientela fica louca e entende que o custo está ligado à qualidade. É uma experiência que vale a pena”, diz o chef à frente do Koral, Pedro Coronha, que cria pratos sazonais com o peixe cru.

+ A carne é forte nas parrillas dos melhores restaurantes especializados 

Oteque: bluefin de leve defumação e caviar
Oteque: bluefin de leve defumação e caviarRodrigo Azeveo/Divulgação

O modo de preparo dessa pérola gastronômica é uma unanimidade. Ela deve repousar no prato como veio ao mundo, sem passar pelo fogo. O Padella e o Cipriani, italianos nos quais a alta categoria das matérias-primas é inegociável, estão entre os compradores do bluefin. Na casa de Botafogo, Nello Garaventa prepara um tartare elegante, combinando o peixe, azeite, sal e toque de raspas de limão siciliano por 85 reais. “O bluefin é uma espécie de padrão superior, o teor de gordura é maior e a carne derrete na boca, amplificando a degustação”, define o chef do Padella. Do alto de suas duas estrelas no Guia Michelin, Alberto Landgraf proporciona mordidas inesquecíveis no menu degustação do Oteque, unindo as três partes mais cobiçadas do peixe, levemente defumadas na brasa, com maionese de peixe e caviar. Os termos em japonês, aliás, integram o vocabulário privilegiado: akami é o lombo, mais vermelho; chutoro é a parte intermediária; e otoro – cujo quilo sai em torno de 500 reais para os restaurantes – consiste na barriga rosada e gordurosa. 

Mediterrâneo: gigantes vêm da Espanha trazidos pela Frescatto para quinze restaurantes do Rio
Mediterrâneo: gigantes vêm da Espanha trazidos pela Frescatto para quinze restaurantes do RioFrescatto/Facebook
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Mesmo com o preço nas alturas, o Rio recebe 300 quilos do gigante prateado a cada semana, e os cortes são adquiridos por cerca de quinze restaurantes, dos balcões nipônicos sofisticados, como San Omakase e Umai, a espaços mais descontraídos, a exemplo de Gurumê e Kitchin. “É um objeto de desejo. Mesmo um bluefin magro é bem mais saboroso que as outras espécies de atum”, atesta Homero Cassiano, dono do Mitsubá, no Leblon, um dos responsáveis pela primeira importação, viabilizada pela Frescatto. A captura no Mediterrâneo é feita pela fazenda espanhola Balfegó e ocorre entre maio e junho, quando os cardumes descem do Mar do Norte para desovar. De lá, eles são levados para piscinas marinhas onde permanecem por quatro meses, engordando com alimentação natural. O processo é vigiado pela Comissão Internacional para Conservação dos Tunídeos do Atlântico (ICCAT). “Três dias após o abate, o famoso atum desembarca no Galeão fresco e refrigerado, mantido a menos de 4 graus”, conta Rafael Barata, diretor de comércio exterior da Frescatto.

Koral: restaurante faz pratos sazonais com o venerado atum
Koral: restaurante faz pratos sazonais com o venerado atumYasmim Alves/Divulgação
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O processo da pesca de atum em labirintos de redes na Europa é milenar, e ganhou um interessante retrato na série Onívoros, do chef dinamarquês René Redzepi, disponível na Apple TV. De águas profundas ou fazendas do outro lado do mundo vêm iguarias que entraram no dicionário recente da alta gastronomia. Um exemplo é o adocicado camarão carabineiro, pescado com tecnologia de ponta na costa brasileira. O quilo da belezura rubra custa em torno de 700 reais. Há, também, o caranguejo centolla, conhecido como king crab, oriundo do gélido mar do sul do Chile e da Patagônia. Nas grelhas, destaca-se o wagyu A5, carne bovina importada do Japão que alcança classificação máxima de marmoreio, vendida por cerca de 1 500 reais o quilo para quem pretende servi-lo. São produtos que prometem – e entregam – garfadas que permanecem na lembrança de poucos sortudos. O luxo à mesa hoje em dia vai muito além do foie gras e do caviar.

Onívoros série de René Redzepi mostra pescadores na Espanha e seus labirintos de redes
Onívoros: série de René Redzepi mostra pescadores na Espanha e seus labirintos de redesRene Meritxell/AppleTV/Divulgação
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Bar Urca renova a tradição no ‘maior balcão do mundo’

Dono do “maior balcão do mundo” – a mureta de pedra que serve de apoio para cervejas, drinques e tira-gostos –, o Bar Urca passou por uma reforma para atender a clientela com mais conforto. Além da cozinha turbinada, o endereço conta com novas mesas e cadeiras, e um ar condicionado mais potente para quem prefere provar as especialidades da casa em ambiente interno.

Para acompanhar pedidas como a Bar Urca Hocus Pocus (R$ 22,00, 355 mililitros), feita pela famosa cervejaria carioca, eis aqui três petiscos: 

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1- Criado para os 80 anos da casa, o bolinho da terrinha (R$ 15,00), recheado com queijo e pedaços de linguiça, fez tanto sucesso que ganhou lugar cativo no menu. 

Canoa de bobó: o prato famoso em versão para a mureta
Canoa de bobó: o prato famoso em versão para a mureta./Divulgação
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2 – A canoa de bobozinho de camarão (R$ 47,00) aproveita a receita de um dos carros-chefes, leva castanhas de caju e é servida com arroz e farofa de dendê. 

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Pastel: o recheio é receita antiga da família Gomes
Pastel: o recheio é receita antiga da família Gomes./Divulgação
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3 – Crocante e de recheio farto, o pastel de camarão (R$ 13,00) é considerado um dos melhores do Rio, receita de família.

Rua Cândido Gaffrée, 206-E, Urca (70 lugares). @barurca. 8h/23h

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Samba e petiscos de pé na areia no Coisas de Bamba

Logo na entrada, as estátuas dos mestres Moacyr Luz e Martinho da Vila dão as boas-vindas para quem chega ao recém-inaugurado Coisas de Bamba. Pertinho do Posto 4, em Copacabana, o quiosque ainda conta com painel em homenagem a outros nomes famosos do samba, como Dona Ivone Lara, Cartola e Monarco, e tem música ao vivo todos os dias ao entardecer.

+ Ferreirinha do Baixo Gávea aposta nas carnes feitas na brasa 

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Clima perfeito para se deliciar com o espetinho de coração (R$ 29,00), servido com farofa e vinagrete; ou uma suculenta barriga de porco com molho barbecue (R$ 48,00). A picanha pode vir com três acompanhamentos (R$ 240,00, para até três pessoas), refrescada pela caldereta de chope Brahma (R$ 13,00) ou o clássico Aperol spritz (R$ 34,00). A pista é livre para quem quiser se levantar e dizer a que veio no pé.

Avenida Atlântica, s/nº, Copacabana (em frente à Rua Constante Ramos), 98101-6537 (240 lugares). @coisasdebamba. Aberto 24h. 

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Elas merecem: um roteiro de novidades para curtir no Dia das Mães

Le Dépanneur abriu sua maior unidade no BarraShopping (Avenida das Américas, 4666), em um espaço que mistura padaria, bistrô e empório. Vale experimentar o mini empadão de camarão (R$ 22,90) e a tartelete de morango (R$ 19,40).

 

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Refúgio Veg: comidas da hamburgueria não levam nenhum produto animalOcaso Estúdio/Divulgação

Após uma pausa, o Refúgio Veg (Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 1313), hamburgueria livre de produtos de origem animal, reabre em novo endereço com lanches como o x-salada (R$ 38,90), o sweet cheese (R$ 41,90) e os palitos de queijo (R$ 45,00).

 

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Balcão: restaurante especializado em comida oriental serve diversos tipos de bowls./Divulgação

Prêmio de melhor kebab pelo VEJA RIO Comer & Beber, o Balcão (Rua Vinicius de Moraes, 98-B), especializado em comida de rua do Oriente Médio, abre nova loja em Ipanema e traz opções como o bowl de frango com coração de galinha (R$ 32,90).

 

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Chora Café: restaurante aposta em menus enxutos, drinques e comidinhas./Divulgação
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Com menu enxuto e um charmoso balcão curvo, o Chora Café (Rua Oliveira Fausto, 28, Botafogo) aposta em grãos especiais, drinques criativos e comidinhas caprichadas, como as toasts de cogumelos com ovo (R$ 42,00) e avocado e tomates marinados (R$ 33,00). 

 

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Pé de Sorvete: sorveteria traz 26 sabores artesanaisDiana Cabral/Divulgação

Recém-aberta em Copacabana, a Pé de Sorvete (Rua Barata Ribeiro, 111) conta com 26 sabores artesanais, incluindo chocolate branco com maracujá e ninho trufado. Todos são vendidos por quilo (R$ 109,00), em potes de 700ml (R$ 75,00) e de um litro (R$ 99,00).

 

Eclaire Paris Rio
Maison Fernand: apresenta doces franceses clássicosEclaire Paris Rio/Divulgação
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A Maison Fernand (Rua Garcia D’Ávila, 173, Ipanema) apresenta clássicos da pâtisserie francesa com ingredientes naturais. Criado por Anna Perrin e Sacha Lecoanet, o cardápio tem pedidas como a eclair com creme praliné de castanha-do-pará e avelãs (R$ 24,00).

 

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Zenha Burger: hamburgueria fabrica os próprios ingredientes./Divulgação

O Zenha Burger (Rua da Lapa, 120) inaugurou uma loja com ingredientes de fabricação própria que abastecem opções como o gorgonzenha (R$ 44,90), com creme de gorgonzola, geleia de bacon e cebola crispy.

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Tomás Vélez
Coé! Café: os grãos da cafeteria são recolhidos em Minas GeraisTomás Vélez/Divulgação

Novidade em Copacabana, a Coé! Café (Rua Figueiredo de Magalhães, 28) tem grãos especiais trazidos de Manhumirim, em Minas Gerais. Na lista de comidinhas, o latte gelado (R$ 21,00) e o cookie com gelato (R$ 20,00) caem bem em dias quentes.

Além do café da manhã o dia todo, o recém-inaugurado Empório 1839 tem uma série de comidinhas, entre saladas, bowls e artigos de boulangerie
Empório 1839: casa aberta recentemente tem saladas, bowls e boulangerieNubra Fasari/Divulgação

Além do café da manhã o dia todo, o recém-inaugurado Empório 1839 (Rua Pacheco Leão, 724), anexo à Casa Horto, celebra sabores afetivos em receitas como o budah bowl (R$ 52,00), a salada niçoise (R$ 56,00) e o pan au tomate (R$ 32,00) com ovo confit (R$ 38,00). 

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A volta do chef: a cozinha de Ricardo Lapeyre no Noa

O chef Ricardo Lapeyre voltou de uma longa temporada em São Paulo para a cozinha do Noa, onde promoveu uma pequena revolução em direção aos ingredientes do mar de produtores selecionados de diversas partes do Brasil. 

+ Bar Urca renova a tradição no ‘maior balcão do mundo’ 

A casa conta com uma agradável varanda de clima mediterrâneo, onde é possível experimentar pedidas como o trio de ostras, em versões com limão-galego; pochê com molho de champanhe e farofa de brioche; e na brasa com vieira e molho ponzu (R$ 85,00). O crudo de atum (R$ 47,00) ganha a companhia de stracciatella, páprica defumada e melaço de romã.

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Entre as massas, o clássico carbonara é reeditado com queijos grana padano e pecorino, gema de ovo, pimenta do reino e lula na brasa, e finalizado na mesa com a bottarga de Búzios (R$ 98,00). 

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Rua Garcia D’Ávila, 135, Ipanema (86 lugares). 12h/16h e 18h/23h (sex. a dom. 12h/23h). 

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Quintal do Zico se muda com cardápio e exposição de memórias para Botafogo

Quem viu o ídolo do Flamengo em campo não esquece, e todas as torcidas vão poder prestar sua reverência em um bar com futebol na tela e ambientação inspirada no subúrbio da cidade. O Quintal do Zico deixou a Barra e chegou em Botafogo oferecendo delícias como as empadas abertas de frango (R$ 13,00) ou camarão (R$ 17,00), ambas fartas em Catupiry.

+ Samba e petiscos de pé na areia no Coisas de Bamba 

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Opção mais substanciosa, a fraldinha à piemontese vem com arroz e batatas portuguesas (R$ 69,00). Para acompanhar, há cervejas como a Spaten (R$ 18,00, 600 mililitros). O endereço promove uma viagem no tempo ao exibir nas paredes reportagens do extinto Jornal dos Sports, fotos importantes do acervo do ex-jogador, taças e camisas históricas em quadros e manequins.

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Rua Muniz Barreto, 805, Botafogo (200 lugares). @quintal_do_zico. 12h/0h (fecha seg.).

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Ferreirinha do Baixo Gávea aposta nas carnes feitas na brasa

A brasa vem se espalhando pelas cozinhas de bares e restaurantes da cidade – uma ótima notícia, já que as carnes ganham aquele sabor único de leve defumação. O preparo é a nova aposta na unidade do grupo Ferreirinha no Baixo Gávea, que conta com menu assinado pelo chef e sócio Rafael Licks.

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Para começar os trabalhos, a sugestão é a linguiça da casa (R$ 10,00, a unidade), servida com molho chimichurri e farofa crocante. Destaques no cardápio, pedidas como o french rack de cordeiro (R$ 167,00) e o bife ancho (R$ 105,00) podem vir acompanhadas pelo saboroso arroz ferreirinha (R$ 32,00), feito com cebola e banana assada na brasa, amêndoas laminadas e limão siciliano. A rabanada com sorvete de canela (R$ 35,00) adoça ao final do percurso.

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Rua dos Oitis, 9, Gávea (74 lugares). ferreirinha.rio. 12h/1h20 (fecha seg.). 

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A carne é forte nas parrillas dos melhores restaurantes especializados

Hexacampeão do VEJA RIO Comer & Beber, o Malta Beef Club (Rua Saturnino de Brito, 84, Jardim Botânico) trocou a churrasqueira à gás pelo braseiro e traz novidades como as carnes de boi curraleiro e de vacas velhas, raças cultuadas mundo afora. Podem ser servidas em tartar com batatas fritas (R$ 78,00) ou na churrasqueira com a técnica dry aged, com 30 dias de maturação (R$ 49,00, cada 100 gramas). 

+ A volta do chef: a cozinha de Ricardo Lapeyre no Noa 

Corrientes 348: presença do 'guardián' e carnes como o ancho
Corrientes 348: presença do ‘guardián’ e carnes como o anchoPedro Shuter/Divulgação

A postos para tirar qualquer dúvida dos clientes, com pequenas aulas sobre carne para ampliar a experiência, o “guardián” é tipo um sommelier de carnes. A função importada da Argentina é novidade no Corrientes 348 (Marina da Glória), que apresenta pedidas como o bife ancho no corte exclusivo da casa (R$ 226,00) e o contrafilé de wagyu A5 (R$ 578,00), servido com calda de tâmara. 

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Rufino: Agustin Brañas e a entraña na parrilla./Divulgação

Também conhecido como skirt steak nos estados unidos, a entraña é a nova aposta do argentino Agustin Brañas no Rufino (Rua Tubira, 43, Leblon). O corte, muito apreciado nas parrillas argentinas, é retirado da parte interna do diafragma do boi, tem sabor marcante e textura macia. Para acompanhar as porções de 500 gramas (R$ 220,00) ou 250 gramas (R$ 119,00), o creme de milho da casa é imbatível.

Daniela Berzuini
MGallery: churrasco no lindo jardim ocorre aos fins de semanaDaniela Berzuini/Divulgação
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Retirado da paleta bovina e com muita personalidade de sabor, o flat iron (R$ 152,00) é um corte especial do churrasco que toma conta do jardim do Hotel Santa Teresa MGallery (Rua Almirante Alexandrino, 660, Santa Teresa) aos sábados e domingos, das 12h às 16h. Batatinhas na brasa com tomilho (R$ 25,00) são boa aposta para acompanhar. além de opções veganas, frutas como melancia e abacaxi (R$ 35,00) também vão à brasa.

Iago Fundaro
Cortés: corte mariposa no Shopping LeblonIago Fundaro/Divulgação

Na parrilla incandescente do Cortés Asador (Shopping Leblon), o cardápio da chef Daniela França Pinto ilumina cortes tradicionais e sazonais, destacando assinaturas como o ojo de bife mariposa de gado Hereford (R$ 236,00, para compartilhar). O macio filé é aberto ao meio, em estilo portenho, criando diferentes texturas. as carnes acompanham chimichurri ou vinagrete.

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Olivo: t-bone steak para compartilhar com guarnições frescas./Divulgação

Tem cortes novos aterrissando no Olivo Italian Grill (Shopping Tijuca), que prepara as carnes no forno Josper, movido a carvão, e as serve em pratos caprichados como o t-bone, cortado na mesa e acompanhado de purê de inhame e mix de folhas (R$ 195,00, para compartilhar), ou a maminha de angus com purê de baroa, farofa de ervas e molho roti (R$ 80,00).

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Onde se esconde o peixe fresco?

O peixe sabe que a menor distância entre mar e prato é todo o tempero que precisa. Ali, eram só vinte passos.

Era pequeno o tal bazuga, de sabor muito presente, gordo. Esqueci a salada, queria o peixe. Esqueci a batata, queria o peixe. Não coloquei azeite, nada. Foi assado, tinha o ponto certo de sal e era isso.

bazuga, o melhor peixe da vida, comido em Malta
bazuga, em MarsaxlokkCristiana Beltrão/Arquivo pessoal

O melhor peixe da minha vida aconteceu em Malta, naquele país de língua difícil que mistura italiano e berbere, numa pequena cidade pesqueira chamada Marsaxlokk.

Sempre que resgato lembranças de viagens, tenho raiva de algum “melhor” que acontece em outro país, orgulhosa do Brasil que sou. Vivo de escrever e de investir no que é daqui, mas precisamos falar de pesca industrial.

Não é fácil trabalhar com peixe fresco. Há que se ter abastecimento regular e muitos pescadores na manga para não haver rupturas na entrega. É claro, isso e espaço de bancada, geladeira dedicada, habilidade e paciência para descamar, lavar, cortar o abdômen da ventresca à cabeça, remover órgãos, limpar cavidades, filetar…

Além do mais, peixe fresco “não é tudo igual”. Vem o que foi pescado, nem sempre o que o cliente quer. O mesmo peixe pode render uma quantidade diferente de filés (ora três, ora cinco) fazendo fios brancos brotarem nas cabeças dos gerentes. Como calcular se rendeu menos por conta de um aproveitamento mal-feito? Como evitar as perdas de porções mal calculadas ou filetadas?

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Assim tudo começa… e a pesca industrial vai comendo os restaurantes pelas beiradas.

É muito difícil achar restaurantes que trabalhem com pescados de linha e tratem bem os peixes, mesmo em cidades pesqueiras como Búzios. E foi então que, depois de muita frustração, especialmente nos restaurantes mais badalados da cidade, o jornalista catalão Xavier Agulló me lembrou do Fixi, em Arraial do Cabo, lugar também sugerido pela Lydia Gonzalez, do Angá. Uma casa longe do Rio, mas relativamente perto de Búzios.

Pegamos a estrada no meio de um feriadão engarrafado, por absoluta saudade de peixe fresco. Foi uma hora e meia de viagem, de um caminho que não é particularmente bonito e culmina no portal da cidade de Arraial, de gosto duvidoso. Vencida a ladeira até o restaurante, em que meu carro quase pediu arrego, chegamos.

A construção do restaurante é simples, com jeito de estrutura que foi (e ainda está) crescendo, mas de todas as mesas se avista a paisagem de tirar o fôlego, do alto daquele costão rochoso que se despeja no mar.

o costão de Arraial do Cabo
o costão de Arraial do CaboCristiana Beltrão/Arquivo pessoal
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Ian Medeiros não é o dono de restaurante típico.

Agradece todos os dias pela infância em Arraial do Cabo, quando as pais alugavam a casa no Verão e a família acampava um mês inteiro na Ilha do Farol ou na Praia do Forno e o almoço e o jantar vinham da pesca submarina feita pelo pai.

Aos 8 anos, já tinha seu próprio arpão. Enquanto o domingo dos outros era “dia de futebol”, para Ian e os irmãos, a farra era a pesca.

Foi bolsista em tempo integral, na PUC, cursando Design de Produto, e achou uma luta sobreviver no Rio, sendo tão simples. Apesar de se sentir – com trocadilho – um peixe fora d’água, convivendo com gente de mais dinheiro, hoje agradece a oportunidade de “fazer um círculo de amizades impensável para um ‘cabista’”.

Servir, pescar e falar de peixes sempre foi sua paixão, daí montar um restaurante com cozinha aberta, só para poder explicar a pesca artesanal, e dali.

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Cristiana Beltrão
o deck do FixiCristiana Beltrão/Arquivo pessoal

Como pescador, Ian confessa que sempre achou tudo estranho. Cansou de ver chefs indo para o Japão para aprender técnicas, coisa e tal, que de nada adiantam se o sujeito que pesca para eles não tem conhecimento e trata mal o bicho. Por isso, não fazia sentido sair de Arraial, uma reserva extrativista marinha que só permite pesca a quem é credenciado. Mesmo sabendo que grande parte dos clientes dali só quer ir ao deck tirar uma foto com um drink, sabia que era o único jeito de estar perto e garantir a qualidade do peixe.

De início, só servia o que ele, o irmão e amigos próximos pescavam. Hoje, são 12 pescadores parceiros, a quem ensinou sobre sangramento, lama de gelo e a técnica do ikejime, aplicada a peixes selecionados. Muito vem da pesca submarina e a alegria é estar junto deles, sempre que pode.

Naquele cantinho paradisíaco, além das espécies costeiras, também aparecem alguns pelágicos (de mar aberto), o que não é comum em outros cantos. O pescador que consegue ir mais longe traz cavala ou dourado, mas os mais constantes, com seus barquinhos menores, trazem peixes costeiros como sargo, robalo, xaréu, tainha, pescada e corvina e, com o mar mais agitado no costão, muitos pampos.

Para Ian, trabalhar com sazonalidade não é questão só de respeito; é sobretudo qualidade. Quem for agora ainda pega o fim da estação das lulas e já vibra com o início da época de tainhas, que aproveita pela carne e suas ovas, preparadas em bottarga ou karasumi.

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Ali, no topo do mundo, tudo me parecia meio louco. Em meio à gente de Arraial, feita de famílias e casais, tinha um neozelandês de um projeto ambiental espiando o mar com binóculos, e sendo atendido pela equipe extremamente simpática e bilíngue (coisa difícil de achar).

Cristiana Beltrão
quibe de cavala com maionese de limão e crudo, também de cavala, com wasabi, ponzu e óleo de gergelimCristiana Beltrão/Arquivo pessoal

Comecei com um quibe de cavala, bem denso, com maionese de limão.

Em seguida um crudo de cavala com sal de wasabi, sobre ponzu e óleo de gergelim picante.

filé de garoupa com dry rub de páprica e pimenta
filé de garoupa com dry rub de páprica e pimentaCristiana Beltrão/Arquivo pessoal
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Seguimos com um filé de garoupa com dry rub de páprica e pimenta, na brasa, temperado à base de algas e PANCs do quintal, com brócolis plantado ali salteado na brasa e purê de batatas com parmesão, que estava uma delícia.

Seus dry aged são maturados de 7 dias a um mês, dependendo do peixe. O que comi, era de graçainha e vinha com furikake, kimchi, omelete e garum de garoupa.

Cristiana Beltrão
dry aged de graçainhaCristiana Beltrão/Arquivo pessoal

Seus acompanhamentos são parrudos, nem sempre sutis, não há grandes opções de bebidas, tampouco há sobremesas. O negócio ali é o peixe, e isso me basta.

Paguei, fui até a cozinha e me apresentei.

Encontrei um chef ocupado e constrangido com minha câmera, que não fala mal de ninguém, mas também lamenta o crescimento da pesca industrial, que prejudica a cultura pesqueira. Ian sabe que sua bandeira é difícil de hastear, mas fica feliz com ele mesmo, aplicando as técnicas certas e tirando o melhor de cada peixe, diante do paraíso.

Viva o Fixi.

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Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO