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A invasão estrangeira

Nós, cariocas, costumamos tratar os negócios locais como se fossem uma extensão de nossa casa. Opinamos sobre horários de restaurantes, somos reativos a regras, queremos mudar acompanhamentos dos pratos, aumentamos ou diminuímos o número de pessoas sem prévio aviso, chegamos atrasados e ainda queremos um tratamento especial.

Chega o Carnaval e vem o espanto: “Por que diabos tem um francês na ‘minha’ mesa?”

Costumávamos entender os dias, horas e humores de cada casa, mas o crescimento impressionante do turismo estrangeiro no último ano, vem surpreendendo os distraídos. De acordo com vários donos de restaurantes, o número de turistas internacionais aumentou entre 15% e 25%. Naturalmente, a coisa fica ainda maior no Carnaval, especialmente nas Zonas Centro e Sul da cidade, onde se concentra a folia.

Lara Atamian, do italiano Grado, comemora “o momento mais aquecido da cidade, desde que abriram, em 2017”. Sua casa tem recebido muitos americanos, franceses e italianos, atrás dessa cozinha que é sempre “uma casa fora de casa”.

Aliás, estar num país diferente, com uma língua tão complicada como o português, e com uma gastronomia tão desconhecida no exterior, faz com que clientes voltem várias vezes a um dado restaurante na mesma viagem, quando se apaixonam pela comida.

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É o que acontece com Roberta Sudbrack, em seu Sud O Pássaro Verde, que conta que é comum voltarem na mesma semana, especialmente porque, segundo a chef, “reconhecem a excelência no uso dos ingredientes, no conhecimento das técnicas e na escolha por produtos artesanais locais”. É fato.

Segundo Bruno Tolpiakow, do Satyricon, é quase impossível alguém vir do exterior sem reservar. Como seu restaurante é muito grande e os clientes habituais já conhecem os intervalos com alguma capacidade ociosa, não percebem que o jogo mudou e acham que basta aparecer. Surpresa! Dão com uma fila na porta. “Estamos muito lotados, mesmo antes do Carnaval e muito acima dos anos anteriores. Quem não reserva, se sujeita a longas esperas.”, diz Bruno, que também tem notado um crescimento do público asiático que vem sempre em grandes grupos, buscando peixes vivos, cabeças de lagosta e que tais.

Já em restaurantes pequenos, com menu degustação focado em produtos de excelência, como é o caso do Trégua, em Laranjeiras, ou o Lasai, de Rafa Costa e Silva, no Largo dos Leões, já faz tempo que o público entendeu que é preciso planejar a fome com muita antecedência, para concorrer com os turistas.

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Na Rua Arnaldo Quintela, em Botafogo, há dias em que parece ser necessário reservar um espaço, até para andar na calçada. O “hype” está impossível, especialmente depois da rua ter sido eleita uma das mais “cool” do Mundo pela revista Time Out, no ano passado. Ontem, era um mundo de alemães, franceses e americanos. Ouvia-se tudo, menos português. Conversando com Gabriela Teixeira, sócia do Belisco, casa de bons vinhos naturais, orgânicos e biô e ótimas comidinhas, na mesma rua, a grande dificuldade é achar funcionários bilíngues. Hoje, tem apenas uma funcionária que fala inglês, mas sente que precisa reforçar o time.

Por conta da localização, há quem esteja mais preparado. É o caso do Lúcio Vieira e dos seus Lilia, Braseiro Labuta e Celeste, no Centro histórico do Rio. Suas casas são cheias da identidade carioca buscada pelo turista: carnes e embutidos feitos na brasa, vinhos brasileiros, drinks, peixes da nossa costa, legumes e frutas da época e ostras em todas as preparações. Além do produto atraente, o serviço conta com uma turma de peso: um chefe de fila, Honey Macedo e 3 garçons bilíngues, sendo Victor Nery também estudante de História, que adora trocar informações com clientes estrangeiros, sempre muito interessados na cultura local, e Bruna Reis, garçonete e dublê de mestranda em relações internacionais pela PUC, que fala inglês, espanhol, francês e está aprendendo mandarim. À noite, Luiz Henrique, ganhador do prêmio “Melhor Garçom pelo Gastronomia Preta 2023”, também se vira bem no inglês, além de ser sommelier. Timaço.

Pois é… O mundo descobriu nossa cidade. Os guias e rankings colocaram nossas mesas no radar mundial e, para a sorte dos turistas estrangeiros, o câmbio nas alturas fez das casas de excelência do Rio de Janeiro, um programa muito barato.

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Empresários de gastronomia já estão mudando suas estratégias, reforçando parcerias com hotéis e oferecendo mais produtos e bebidas locais. Garçons de casas que acolhem bem o turista confessaram já estar cheios de dólares e euros, em gorjetas para trocar (aliás, bem mais gordas do que as nossas).

É bom ficar ligado, senão… quem foi ao ar, perdeu o lugar.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Qual o valor mínimo para se comprar um vinho de qualidade em Portugal?

Há um brasileiro que está fazendo história em terras portuguesas, o que no mundo dos vinhos pode soar como uma inversão. Aos 37 anos, Diego Ventura, tornou-se o diretor responsável pela Wine School, na cidade do Porto. A escola faz parte do complexo WOW (World of Wine, o quarteirão cultural dedicado ao universo do vinho) e é a responsável por uma das mais importantes certificações mundiais de educação em vinho, a WSET (Wine & Spirit Education Trust), sediada em Londres.

Mais: o belenense que ensinava gastronomia na Universidade da Amazônia, em Belém, também acaba de criar o Portugueses Wine Specialist, uma especificação em vinhos portugueses para profissionais e amadores de toda diversidade de uvas e estilos de vinho produzidos além mar. Uma de suas primeiras turmas foi um grupo privado que estudava para o Master of Wine, a certificação inglesa que referenda grandes profissionais ( hoje existem apenas 421 deles pelo mundo). “Portugal é sem dúvida alguma merecedor de ser mais estudado internacionalmente, tanto quanto a França é hoje com o French Wine Scholar, por exemplo. A geolocalização do país, faz com que se produza vinhos de norte a sul com facilidade, sem falar na diversidade de estilos dos mais encorpados aos mais leves e refrescantes, e uma infinidade de uvas únicas”, diz Diego.

Ele chegou ao Porto depois de passagens por Bourdeaux e Rovira, em decorrência de um mestrado em enoturismo. Entrou na School of Wine como estagiário e foi ali que pode colocar em prática sua tese baseada no “edutainment”, uma didática que mescla a educação com entretenimento. Na escola, ele permitia que os turistas fizessem sem marcação prévia a degustação vinhos de diferentes estilos ou regiões portuguesas, tudo com palavras simples e leveza. O resultado é que a maioria das pessoas voltavam para fazer outras degustações, confirmado a tese de Diego de que, ao facilitar a comunicação do vinho, a recompra do produto após a degustação aumentava de 30% a 40%. “O vinho não é simples, mas falar de vinho não precisa ser complicado. Eu sempre começo as minhas aulas com uma provocação: peço que eles prometam que não se tornarão enochatos”, conta o especialista.

Para quem quer conhecer mais sobre vinhos portugueses, aqui vão algumas dicas que fogem do óbvio do mestre brasileiro que sabe tudo de vinho português:

Quer um branco leve? “A região de Lafões, região central do país, tem brancos tão especiais quanto os da Sicília, na Itália. Agora se preferes os mais encorpados, precisa conhecer a uva Encruzado, que faz os branco de guarda, no Dão. Uma uva que gosto muito é a Sercial, amplamente plantada em Portugal.

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Tintos encorpados? “Vá de Douro, não há dúvida, mas o Alentejo, famoso por vinhos mais encorpados, tem produzido tintos fresco, com acidez especial e até menos alcóolicos”

Uma região em alta? “Os vinhos dos Açores, que são um arquipélago de origem vulcânica são muito especiais. Minha sugestão é que Portugal tem preciosidades que ainda não foram descobertas, por exemplo: a Bairrada, famosa pelos espumante, faz tintos tranquilos excepcionais. Inclusive, o vinho Principal, feito pela Quinta Colinas de São Lourenço, naquela região, pode lhe dar uma prévia do que virão a ser os vinhos de Bordeaux nos próximos anos. Diante das mudanças climáticas, a uva de origem portuguesa Touriga Nacional foi aprovada no tradicional corte bordalês, em 2022. Exatamente o blend do Principal, que traz Cabernet Sauvignon, Touriga Nacional e Merlot.

Estrelas portuguesas “Atualmente Antonio Maçanita, nos Açores, e Luis Pato, da Bairrada, são atualmente nossas celebridades do vinho. A meu ver, as pequenas vinícolas e os produtores familiares continuam a ser nossas maiores estrelas. As grandes vinícolas são ótimas, mas há experiências de enoturismo mais rurais e, portanto, mais autênticas e inesquecíveis.

Valores O produtor português conseguiu um equilíbrio entre inovação e tradição, que não vejo na França. Em muitos lugares ainda vindima-se (nota da redação: o ato de colher as uvas) a mão, o que evita erros cruciais e diminui 50% dos riscos de uma vinhos com taninos que nunca amadurecerão, por exemplo. Fora que já vi nas pesas seletoras aparelhos Nokia tijolão, tesouras e até roupas de baixo, imagine que tudo isso nas colheitas mecânicas vai para a fermentação e faz parte do seu vinho. Mas, claro, esse processo mais manual tem um custo. Hoje, aqui em Portugal muito raro tomarmos um vinho de qualidade por menos de 15 euros. Já provei ótimos por 8 euros de pequenos produtores, mas o corte não abaixa mais do que isso. Portanto, quando vemos turistas chegarem aqui e irem ao mercado mostrando vinhos de 1 ou 2 euros, é preciso atenção ao que se quer tomar.

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Vinho – VEJA
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Sangria e Clericó – a cara do Carnaval e do verão

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Pêssegos, morangos, limas, limões, amoras, abacaxis, laranjas, cerejas. O Brasil é um país que abunda em diversidade e opções de frutas. O verão brasileiro é conhecido por seus biquínis, suas praias, sua alegria. O crescente mercado brasileiro de vinhos, tanto nacionais quanto importados, ajuda a formar o cenário ideal para a degustação de uma boa sangria ou clericó. Assim como as frutas, receitas e locais para degustá-las não faltam no país. Em um país tropical como o Brasil, não se podem desprezar drinques e coquetéis leves e refrescantes.

A sangria é um dos drinques clássicos mais associados à Espanha e também a Portugal. O clericó, de origem francesa (clericot), carrega o mesmo conceito, mas se difundiu principalmente na América Latina, em países como Uruguai e Argentina e é feito preferencialmente com vinhos brancos. Nestes países, cada família tem sua receita, todas apreciadas, das mais tradicionais às mais vanguardistas. A tradição é reflexo da cultura e dieta mediterrâneas. As frutas sempre foram importantes nessa gastronomia, consumidas in natura, como doces, conservas ou em forma de bebidas.

Na Antiguidade, o vinho raramente era bebido puro, por ser considerado forte e pesado, sendo quase sempre diluído e misturado. O ato de adicionar água ao vinho era chamado de sangria. A referência a “sangre” (sangue em espanhol), implícita em seu nome, não é gratuita, deve-se à cor do vinho tinto e ao fato de a bebida ser “aliviada”, enfraquecida, pela água, da mesma forma que o tratamento de saúde homônimo supostamente alivia a pressão sanguínea do paciente. O tradicional ponche nasceu nas casas humildes espanholas antes de chegar aos grandes salões e transformar-se em um dos drinques mais populares do planeta.

As dicas para uma boa sangria são: preparar a mistura horas antes, para que os ingredientes se tornem homogêneos, porém as frutas só devem ser adicionadas pouco antes do consumo, sob pena de oxidarem e escurecerem. Portanto, deve-se usar sempre ao menos uma fruta cítrica (limão, laranja, abacaxi fresco), pois mantém a boa acidez da fórmula, que deve se contrapor ao açúcar adicionado e ajuda a manter o frescor e a cor das demais frutas.

Além dos cítricos, pêssego, morango, cereja, maçã, pera, kiwi, manga, cereja e uva são igualmente bem-vindos. As frutas mais amargas, como banana, figo, ameixa e melão são dispensáveis. Economize no açúcar para não tornar a mistura enjoativa. O principal é manter o espírito popular e informal da bebida, improvisando a própria receita. Esta pode, por exemplo, levar especiarias, como cravo e canela, ser adoçada com mel ou licores como Cointreau e Amaretto, temperada com algo picante, como Tabasco, e até decorada com hortelã fresca. Fica a critério de quem vai pilotar a poncheira. O ingrediente principal, o vinho, deve ser escolhido com sabedoria. Não se deve usar um exemplar que seja caro, pois seria um crime diluí-lo. Por outro lado, utilizar uma bebida intragável seria o mesmo que destruir a receita. A recomendação aqui é a de que sejam usados vinhos jovens e de boa acidez. Evite os vinhos tânicos ou com paladar marcante de carvalho, pois estes tendem ao amargor. Não se limite aos tintos. Brancos e espumantes podem gerar excelentes resultados. Descarte os Chardonnays barricados e dê preferência a vinhos mais ácidos, como os Sauvignon Blanc, Riesling, Trebbiano, Pinot Grigio, Tocai Friuliano, Frascatti. Os espumantes levam vantagem por sua grande acidez.

Uma mistura de espumante com pêssegos, morangos ou cerejas, uma gota de mel e bastante gelo seria uma boa companhia para um canapé de frutos do mar com lulas ou camarões fritos.

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No Brasil, o sol não tem estação. Nem a sangria. Apesar de ser considerada um alívio para o verão, pode ser tomada o ano todo, como coquetel em festas, ao recepcionar amigos. Vale lembrar, porém, que nem sangria nem clericó são drinques sérios. As receitas não devem ser rígidas, mas adaptáveis ao que estiver disponível no momento e ao humor dos que bebem. Acima de tudo, são coquetéis que se adaptam perfeitamente ao nosso clima quente, nossa variedade de frutas e notável capacidade de improvisação.

Listo a seguir algumas receitas para que você adote esta ideia neste verão.

Água de Valência

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Ingredientes

300 ml de espumante cava gelado

1 xícara de suco de laranja gelado

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40 ml de Cointreau

1 colher de sopa de açúcar

5 unidades de gelo

Rendimento: 1 porção (510 ml)

Preparo

1. Resfrie o suco de laranja e a cava

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2. Coloque o suco de laranja em uma jarra

3. Acrescente o Cointreau e o açúcar misturando bem

4. Adicione a cava e mexa vagarosamente

5. Adicione os cubos de gelo ao final

 

Sangria Berta

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Ingredientes

100 g de lichia

100 g de morango

2/4 de limão-siciliano

300 ml de suco de cranberry

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500 ml de espumante

100 ml de vodca

12 cubos de gelo

4 unidades de botões de rosas para decoração

Preparo

Em uma jarra, colocar todas as frutas e adicionar suco de cranberry , vodca, gelo e, por fim, o espumante . Não há necessidade de acrescentar açúcar. Decorar com os botões de rosas. Rende um litro.

 

Sangria El Patio

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Ingredientes

1 garrafa de vinho tinto Tempranillo de 750 ml

Frutas picadas: abacaxi, maçã, laranja, morango

250 ml de Sprite ou água com gás

50 ml de Cointreau

Açúcar a gosto

Gelo em cubo

Preparo

Coloque numa jarra o gelo, as frutas e a Sprite.

Por cima coloque o vinho previamente resfriado, misture com uma bailarina. Por último, acrescente a dose de Cointreau e o açúcar. Misture novamente e está pronto para servir.

 

Receita de família

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Ingredientes

1 garrafa de vinho tinto de boa qualidade

1/2 litro de refrigerante de limão

3 pêssegos amarelos em pedaços

1 laranja em pedaços

Raspas de noz moscada (1/4 de uma bolinha)

Raminho pequeno de hortelã

Açúcar e gelo a gosto

Preparo

Colocar o refrigerante, os pêssegos e a laranja em uma jarra.

Acrescentar o vinho, o açúcar o gelo e mexer. Por último, incluir a hortelã e as raspas de noz moscada. Servir.

 

Taça de sangria de cava

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Ingredientes

3 morangos

¼ de maçã verde

5 uvas Thompsom

1/2 ameixa ou pêssego

1 cava sufuciente

20 ml de Cointrea

Preparo

Cortar todas as frutas em forma de lâmina, colocar numa taça de vinho tinto com o Cointreau, gelo e a cava.

 

 Sangria Fresas

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Ingredientes

20 g de açúcar

500 ml de Conde Foucauld Rosado

40 ml de brandy Domecq

4 pedras de gelo

80 g de laranja

16 g de morango

¾ de uma lata de refrigerante de limão

Preparo

Descasque a laranja e reserve; corte as frutas na metade e depois em meia-lua. Coloque o vinho tinto resfriado na jarra;

Adicione o Domecq e o refrigerante de limão.

Acrescente o açúcar e mexa bem; acrescente as frutas e misture;

reserve por até meia hora na geladeira antes de servir.

 

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Entre um bloco e outro, a lista de lugares para um bom brunch no Carnaval

Empório Jardim

As unidades de Ipanema e Jardim Botânico do Empório Jardim abrem as portas em todos os dias do Carnaval, das 8h às 19h, para os foliões recuperarem as energias. Às mesas chegam destaques como o pão de queijo gruyère (R$ 17,90, 3 unidades), por exemplo. O iogurte do Jardim (R$ 8,90) com a granola especial da casa com nibs de cacau (R$ 5,40), e o creme de abacate (R$ 12,90). O croque monsieur leva creme bechamel, gruyère e presunto royale (R$ 30,50), e na parte de bebidas o Suco Detox (R$ 16,90) é perfeito para quem exagerou. O drinque JarGin (R$ 31,00) leva gim artesanal, chá do Jardim com hibisco, maçã e canela, tangerina e tônica.

Rua Visconde da Graça, 51, Jardim Botânico, tel.: ​(21) 2535-9862. Rua Maria Quitéria, 62, Ipanema, tel.: ​(21) 2513-5151.

+ A intensa programação dos bares do Rio durante o Carnaval

Yan Eloy
So_Lo: ovos rancheiros estão entre as delícias da casaYan Eloy/Divulgação

SO_lo

Com três endereços na cidade, o SO_lo funcionará em horário normal durante todos os dias de carnaval, abrindo às 8h e fechando às 21h no sábado, segunda e terça, e às 18h no domingo. A casa aproveitou a temporada de folia para trazer novidades para o cardápio. Entre os lançamentos está a tigela de açaí servido com pasta de amendoim, granola e pedaços de fruta, que pode ser banana ou morango (R$ 39,00). Para quem quer apostar em clássicos, vale provar os ovos rancheiros: pão folha artesanal da padaria própria, guacamole, molho de tomate, ovos e ricota (R$ 42,00), com a possibilidade de acrescentar linguiça artesanal (R$ 14,00). Para acompanhar, a cafés especiais, smoothies, cerveja e vinho. 

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Loja de Ipanema na Rua Garcia d’Avila, 147-B, WhatsApp: (21) 99380-8621. 

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Slow Bakery: o irresistível New York Croissant./Divulgação

The Slow Bakery

A The Slow Bakery oferece um brunch exclusivo aos sábados e domingos, em Botafogo. E para quem quiser começar o sábado de Carnaval com uma refeição especial, no dia 1º de março, a unidade estará aberta até às 12h. Além do variado cardápio, três pratos foram pensados para oferecer diferentes maneiras de saborear os ovos orgânicos da casa. Os Mexidos Slow (R$ 34,00) acompanham bacon artesanal grelhado, cogumelos frescos, tomates assados e verdinhos orgânicos tostados na chapa. Outra opção é o Ovo Beneditino (R$ 36,00), servido pochê com molho béarnaise da casa e bacon artesanal grelhado, tudo no brioche. Um outro clássico de brunchs é o New York Croissant (R$ 29,00), servido  com ovo, sour cream e verdes orgânicos tostados na chapa.

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Rua General Polidoro, 25, Botafogo.

Tomás Rangel
Fasano: bufê à vontade e delícias preparadas na casa de IpanemaTomás Rangel/Divulgação

Fasano Caffè

Em Ipanema, para um brunch em ambiente luxuoso após os blocos da praia, o Fasano Caffè tem bufê completo com diferentes tipos de pães, doces e bolos feito na casa. Destacam-se criações do chef como o ‘cruffin’, uma mistura de croissant com muffin, além de novidades como o bostok, uma espécie de rabanada de brioche com amêndoas, e o bombolone, receita clássica italiana semelhante a um sonho, recheado com creme confeiteiro, raspas de limão siciliano e baunilha, Há também granola e iogurte feitos na casa, frutas frescas da estação, diferentes tipos de leite (incluindo veganos e sem lactose), geleias, compotas, requeijões, frios e queijos selecionados, itens para compor saladas frescas, frutas secas como damasco, grãos como linhaça e gergelim, além de bacon, salsicha, tomate grelhado e outros itens. E também sucos de fruta, suco verde, água de coco, café, chá, espumante e água. O bufê completo, à vontade, com uma opção de prato à la carte, sai a R$ 180,00 por pessoa.

Avenida Vieira Souto, 80, Ipanema, tel.: (21) 3202-4000.

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Zazá Café: casa tem iogurte de ovelha com uvas./Divulgação

Zazá Café

O Zazá Bistrô Café da Livraria da Travessa de Ipanema vai abrir domingo, segunda e na quarta-feira de cinzas, oferecendo destaques de seu cardápio de levezas saborosas como o iogurte de ovelha com uvas verdes e vermelhas, granola Zazá e mel (R$ 25,00), o mingau de chia com leite vegetal A tal da Castanha, leite de coco, manga, banana e chips de coco (R$ 24,00), e a torradona de berinjela, tomate, sementes de abóbora e girassol, azeite, sal, limão e coentro (R$ 30,00, com ovo orgânico mais R$ 10,00).

Rua Visconde de Pirajá, 572, sobreloja, Ipanema.

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Farinha Pura: bufê de café da manhã servido no peso./Divulgação
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Farinha Pura

O Empório Farinha Pura, localizado dentro da Cobal do Humaitá, em Botafogo, está em área de muitos blocos e oferece uma variedade de opções para café da manhã, brunch, almoço e jantar, e estará aberto das 7h às 22h no sábado (1º), segunda (3) e quarta-feira de cinzas (5). No domingo (2) e na terça-feira (4), o horário é das 7h às 21h. O bufê de café da manhã estará disponível de sábado a terça-feira pelo valor de R$ 99,90 o quilo. Há opções do café da manhã como pães artesanais, porções de frios, bolos e croissants, frutas frescas e iogurtes, cafés especiais e sucos naturais. Para encerrar os dias de folia em grande estilo, o cardápio também inclui opções de aperitivos, pizzas, sanduíches e sobremesas.

Rua Voluntários da Pátria, 446, loja 1, Cobal do Humaitá, tel.: (21) 3239-8000.

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Horto: ambiente de natureza única e quitutes variados na Barra./Divulgação

Gastronomia do Horto

Para quem quer descansar da folia em ambiente relaxante, a Gastronomia do Horto é boa pedida. Localizado no Camorim, na região da Barra Olímpica, dentro do Horto das Acácias, o restaurante vai abrir todos os dias e oferece café da manhã, brunch e almoço. O café da manhã tem destaques como o doce de leite e a granola preparados no local, os pães de fermentação natural e os bolos caseiros, que variam os sabores a cada dia. O café Orfeu (R$ 14,00) acompanha, assim como a salada de frutas com granola (R$ 18,00). Outro sucesso é o croque monsieur, sanduíche de queijo e presunto com molho bechamel gratinado (R$ 45,00). O Combo do Horto (R$ 130,00) vem com uma cesta de pães com manteiga, acompanhada de queijo minas com peito de peru ou queijo prato e presunto, uma porção de ovos mexidos, dois doces (bolo do dia e iogurte com granola) e duas bebidas, que podem ser escolhidas entre expresso, drip coffee, suco de laranja ou mate.

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 Estrada de Camorim, 378, Barra Olímpica, tel.: (21) 99011-8880.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Principal guia de vinhos da América do Sul será lançado no Brasil com eventos em SP e RJ

Publicado desde 1999, o Descorchados, projeto do jornalista chileno Patricio Tapia, é hoje o principal guia de vinhos da América do Sul. Todos os anos, Tapia e um grupo de avaliadores provam milhares de rótulos. Na edição de 2025, foram mais de 4 mil avaliações de 210 vinícolas argentinas, 186 chilenas, 44 uruguaias, 47 brasileiras, 20 peruanas e 5 bolivianas.

O lançamento oficial do guia no Brasil já tem data para acontecer. Serão dois dias de evento: 1º de abril em São Paulo e 3 de abril no Rio de Janeiro. Em cada um, produtores de vários países e representantes de importadoras vão expor alguns rótulos para degustação. É uma oportunidade interessante para conhecer alguns dos rostos por trás dos vinhos.

Os ingressos custam R$ 350 para cada dia. Em São Paulo, o evento acontecerá no Villagio JK (R. Funchal, 500, Vila Olímpia), em dois horários: 10h às 13h30 e 15h30 às 19h. No Rio, será no VillageMall, na Barra da Tijuca, em horário único, das 18h às 22h30. Há um desconto de 50% para quem trabalha no trade, ou seja, para profissionais que trabalham em restaurantes, importadoras, hoteis ou lojas de vinhos.

O Descorchados é vendido em um box com três volumes, um dedicado à Argentina, outro ao Chile e o terceiro a Brasil, Uruguai, Peru e Bolívia. Ele será vendido nos dias de evento por R$ 395. Apesar do preço alto, é uma referência importante para quem se interesse pelo vinho sul-americano e serve como material de consulta na hora de planejar uma viagem ou fazer compras.

Descorchados
Capa da nova edição do guia DescorchadosDescorchados/Divulgação

No ano passado, pela primeira vez, o Descorchados deu 100 pontos, a nota máxima, para dois vinhos, ambos argentinos. Neste ano,  feito se repete. Novamente, dois vinhos argentinos receberam o reconhecimento máximo: Adrianna Vineyard Mundus Bacillus Terrae 2022, produzido pela Catena Zapata, e o Altazor 2021, da Viña Undurraga. Em 2024, foi o mesmo rótulo da Catena Zapata, assinado pelo enólogo Alejandro Vigil, que obteve 100 pontos. A novidade fica por conta do Altazor. 

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Vinho – VEJA
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O hotel e os restaurantes cariocas recém-chegados ao 50Best Discovery

Há novidades cariocas na lista do 50 Best Discovery, e o Rio conta agora com 22 estabelecimentos nomeados, entre restaurantes, bares e hotéis. Na relação, que funciona como uma extensão do prestigiado ranking anual do The World’s 50 Best Restaurants, aproveitando os votos dos mesmos especialistas que elegem os melhores restaurantes do mundo, acabam de entrar o japonês Haru, do restaurateur Menandro Rodrigues; o descontraído Toto e o contemporâneo Oseille, ambos do chef Thomas Troisgros; e o Lilia, restaurante de estilo único no Centro que tem o chef Rafael Scatolin à frente da cozinha. O luxuoso hotel Emiliano Rio, de frente para o mar de Copacabana, é outra novidade no grupo.

+ Adeus aos enochatos nos novos bares de vinho

Foram anunciadas 500 novas entradas na lista de descobertas gastronômicas, na quarta (26), formando um total de 240 restaurantes, 100 bares e 170 hotéis em 260 cidades do mundo.

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A grupo dos estabelecimentos do Rio conta com Alloro Al Miramar, Aprazível, Chez Claude, Clan BBQ, Copacabana Palace A Belmond Hotel, Emiliano Rio, Grado, Haru Sushi Bar, Lasai, Lilia, Liz Cocktail & Co, Mee Restaurant, Naga Rio, Oro, Nosso, Oseille, Oteque, Ristorante Hotel Cipriani, Sud O Pássaro Verde, Sult, Toto, e Vizinho Gastrobar.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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A intensa programação dos bares do Rio durante o Carnaval

Academia da Cachaça
A Academia da Cachaça comemora 40 anos e serve durante o Carnaval, mas cada de Leblon e Barra, a feijoada da casa (R$ 179,90, para duas pessoas). O prato será servido na panela com carnes nobres como charque, costelinha, lombo, paio e linguiça fina, acompanhado de arroz, couve, bacon, farofa, laranja e uma dose de ‘melzinho’. No bar, a carta de caipirinhas inclui opções como a Acadêmica (limão galego, mel e cachaça Salinas – R$ 31,90), a Aroeira (abacaxi, pimenta aroeira, cachaça Tellura – R$ 28,90), e a Carioca (limão, maracujá, açúcar demerara, mate da casa, cachaça Fazenda Soledade Original – R$ 31,90).
Academia da Cachaça Leblon na Rua Conde de Bernadotte, 26-L, tel.: (21) 2529-2680.

Rodrigo Azevedo
Academia: famosa feijoada e coleção de batidasRodrigo Azevedo/Divulgação

+ Atenção, megablocos passando: onde e quando eles vão desfilar no Rio

Beco do Rato
No Beco do Rato, na Lapa, a folia é intensa: o Bloco do Beco homenageia os 10 anos de Encontros Casuais no sábado (1º), e o Bloco dos Batuqueiros faz homenagem ao Mestre Belôba na quarta-feira de cinzas. A programação completa tem Baile do Encontros Casuais (dia 27); Bloco Samba que Elas Querem (dia 28), com abertura de Joana Nascimento; Bloco do Beco do Rato (dia 1º); Baile do Moyseis Marques  (dia 1º); Baile do Arruda (dia 2), com abertura do Grupo Cultural Exaltação ao Samba Enredo; Baile do Arlindinho (dia 3); Bloco Caymmo no Pife (dia 4), com entrada gratuita; e Bloco dos Batuqueiros (dia 5).
Rua Joaquim Silva, 11, Lapa, tel.: (21) 2508-5600.

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Beco do Rato: Bloco dos Batuqueiros ataca na quarta-feira./Divulgação
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Al Farabi
A programação de Carnaval do Al Farabi começa na quinta (27) com a folia latina do grupo La Santa Clave, e no sábado (1) tem o Baile do André Diniz em homenagem a Luiz Carlos da Vila, com a participação especial de Marcos Sacramento. Na quarta-feira de cinzas, a apuração das escolas de samba terá a presença do historiador Luiz Antônio Simas comentando, com feijoada nos pratos (R$ 58,00, individual), servida com carne seca, lombo, rabo, paio e linguiça, acompanhada de arroz branco, couve com crispy de bacon e laranja.
Rua do Mercado, 34, Centro, tel.: (21) 3553-1518.

Áriz
O Áriz entra no clima do Carnaval com o lançamento do drinque Folia (R$ 38), uma criação que combina vodka, suco de limão, mel com gengibre, ginger ale e cachaça de açaí com guaraná, finalizada com espuma de gengibre e um toque de glitter. A novidade estará disponível no bar de 25 de fevereiro a 15 de março.
Rua Dias Ferreira, 50, Leblon, tel.: (21) 96458-0593.

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Malandro Botequim
No Malandro Botequim vai ter roda de samba no sábado de Carnaval, das 14h às 18h, com couvert de R$ 10,00. A cada semana, um grupo diferente toma conta do espaço. O cardápio tem petiscos como o bolinho de feijoada com geleia de laranja (R$ 47,90, seis unidades), e a feijoada completa é para compartilhar com carnes selecionadas, arroz, farofa de alho tostado, couve salteada e laranja (R$ 111,90, para até três pessoas).
Rua Nelson Mandela, 100, loja 113, Botafogo, tel.: (21) 99930-7773.

Ardo Foxx
Dida Bar: bolinho de feijoada no estilo da casaArdo Foxx/Divulgação

Dida Bar
O bar que é referência em culinária afro-brasileira na Praça da Bandeira celebra o Carnaval com uma programação especial que une gastronomia e cultura. A tradicional Feijoada de Carnes Nobres ganha destaque, servida individualmente por R$ 52,00, ou em porção para duas pessoas por R$ 98,00. O prato é feito com feijão preto, carne de porco, linguiça, farofa, torresmo, couve e laranja. Outra boa opção é o Bolinho de Feijoada Aberto (R$ 22,00), uma versão sofisticada do clássico, recheado e finalizado com couve crocante e molho chutney de laranja. Para os amantes de carne, o Fuzuê de Costela Suína (R$ 69,00) é uma combinação de costela suína ao molho de goiabada, com batatas rústicas. Nos drinks autorais, opções como o Onilê (R$ 35,00), que leva cachaça ouro, manjericão, limão-siciliano, calda de açúcar, espuma cítrica e mel.
Rua Barão de Iguatemi, 379, Praça da Bandeira.

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Rio Tap Beer
A Rio Tap Beer House, reduto de cervejeiros, prepara uma programação animada e regada a boas cervejas e boas comidas para aqueles que não curtem a onda dos blocos durante o Carnaval na cidade. Entre os dias 1 e 4 de março, a casa vai receber o DJ Rocco, embalando as tardes e noites do bar com seu repertório dançante, que mescla rock a outros estilos musicais. Ao longo do período de Carnarock, a casa vai abrir excepcionalmente ao meio dia e terá um cardápio especial de almoço com petiscos e pratos variados para acompanhar os mais de 200 rótulos de cervejas, com desconto e dose dupla de chopes e drinques.
Travessa dos Tamoios, 32-C, Flamengo, tel.: (21) 3258-4168.

Julya Oliveira
Rio Tap Beer: cervejas artesanais, DJs e promoçõesJulya Oliveira/Divulgação

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Bukowski
Outra opção alternativa, mas com atrações ligadas ao Carnaval, está no bar Bukowski, que vai proporcionar três noites carregadas de música e animação, com bandas, promoções e ações especiais. No sábado (1º), o Baile de Carnaval do Buko vai rolar a partir de 16h, com o Tributo ao Queen de Thiago Millores e banda, além de duas pistas de dança rolando rock’n roll. Para animar os rockeiros foliões, a casa vai premiar com “vale porre” de R$ 300,00, R$ 500,00 e R$ 700,00 as três melhores fantasias do dia. No dia 2 de março, a Festa de Carnaval Mundo Lingo terá transmissão do Oscar. A casa abre às 16h e terá entrada gratuita, e a partir das 19 h vai acontecer a tradicional entrega das bandeirinhas para quem quer identificar os idiomas com os quais quer interagir e distribuição de glitter. A festa conta com a presença de DJs Mundo Lingo em uma das pistas de dança, além de uma super Fanfarra agitando a galera e o famoso Karaokê da casa. Dia 3 de março o bar recebe um tributo ao rock no carnaval com Pedro Erthal (Mais do Mesmo), Marcelo Moraes (Bad Medicine), Chris Dortas (Perdidos na Selva) e Thiago Millores (tributo ao Freedie Mercury), além de duas pistas alternativas.
Rua Álvaro Ramos, 270, Botafogo,(21) 97727-5715.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Amarone: Conheça o Vinho Feito de Uvas Secas

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

 

Amarone della Valpolicella – doravante referido simplesmente como Amarone – é um dos vinhos tintos mais potentes da Itália e do mundo, em grande parte graças ao seu método de produção conhecido como appassimento, no qual as uvas colhidas são basicamente desidratadas ao ar. Tradicionalmente, esse processo ocorria no sótão de uma estrutura especial conhecida como fruttaio; hoje, alguns produtores secam suas uvas em grandes armazéns, onde ventiladores gigantes auxiliam no processo de secagem.

Esse método faz com que uma grande porcentagem da água presente nas uvas seja perdida, resultando em bagos desidratados que encolhem, muitas vezes ao tamanho de passas. Essas uvas são então fermentadas como em outros vinhos tintos, e os vinhos finalizados apresentam sempre pelo menos 15,5% de álcool, sendo que a maioria das versões tem 16% ou 16,5%, e algumas até 17%.

Assim, o Amarone é um vinho tinto robusto e de grande longevidade; nas melhores safras, aquelas em que os vinhos possuem boa acidez natural, os melhores exemplares de Amarone podem envelhecer por 40 a 50 anos. Esse potencial de envelhecimento tornou o Amarone um vinho icônico, mas não sem ressalvas.

Nos anos 1980 e 1990, consumidores de muitos países eram fãs devotos do Amarone, pois a fortaleza desse vinho permitia que ele harmonizasse com alguns dos pratos mais intensos, especialmente caça selvagem e qualquer tipo de carne bovina. Ainda hoje existem poucos vinhos tintos que combinam tão bem com esses pratos (ou com queijos jovens), mas atualmente, consumidores ao redor do mundo tendem a optar por comidas mais leves com maior frequência. Claramente, o Amarone pode sobrecarregar pratos mais delicados, então os apreciadores de vinho acabam preferindo brancos ou tintos menos intensos, como Chianti Classico, Vino Nobile di Montepulciano, Etna Rosso ou Pinot Noir, para citar alguns.

Divulgação

Vinhedos em Marano, no bairro Valpolicella Classico

Então, os produtores de Amarone estão ouvindo os consumidores e elaborando vinhos menos intensos e mais elegantes? Alguns sim, outros não. Mas, segundo Andrea Lonardi, vice-presidente do consórcio, Master of Wine e enólogo (ele foi enólogo na Bertani, um dos principais produtores de Amarone, por vários anos), o estilo do Amarone está se inclinando nessa direção.

Algumas semanas atrás, em Verona, Lonardi falou a jornalistas sobre como o pêndulo oscilou nos últimos 30 ou 40 anos, com o uso do carvalho (barris grandes, depois pequenas barricas, e agora de volta aos barris grandes); os vinhos passando de um final ligeiramente adocicado para um estilo mais seco atualmente e, talvez mais importante, o processo de appassimento sendo reduzido de 90 para 60-70 dias, o que resulta em um vinho mais limpo e harmonioso.

Lonardi basicamente pediu aos produtores que continuem nesse caminho em direção à elegância, se quiserem que o Amarone mantenha uma forte presença no mercado. Concordo plenamente, e embora tenha provado recentemente alguns exemplares de Amarone que lembram o passado, há um grupo seleto de produtores que realmente se dedicaram a dar um passo atrás e elaborar versões de Amarone que podem verdadeiramente ser chamadas de elegantes.

Aqui estão notas sobre quatro vinícolas onde o Amarone prioriza a sutileza em vez do poder. Os vinhos são todos da recém-lançada safra 2020, um ano que, em geral, caracterizou-se por vinhos menos intensos e menos longevos do que safras recentes como 2016 e 2019; ainda assim, os melhores Amarones de 2019 terão uma vida útil de 15 a 18 anos.

I Vigneti di Ettore

Literalmente “os vinhedos de Ettore”, essa vinícola localizada em Negrar foi fundada no início da década de 1930 por Ettore Righetti; hoje, seu filho Giampaolo e seu neto Gabriele estão à frente. O estilo aqui é tradicional, com os vinhos maturados em grandes tonéis, permitindo que o caráter varietal das uvas Corvina, Corvinone e Rondinella brilhe. Nota: seu Valpolicella Classico, um tinto de corpo médio feito com essas mesmas uvas, é altamente recomendado para consumidores que não podem pagar por uma garrafa ou taça de Amarone.

Amarone della Valpolicella Classico 2020 – Aromas de cereja morello madura e ameixa vermelha, com notas atraentes de papoula vermelha. Médio encorpado, com ótima acidez, uso moderado de carvalho e taninos médios a encorpados. Um belo exemplo de como um Amarone jovem pode ser encantador. Apogeu em 12-18 anos. (92 pontos)

Ca’ Rugate

Sob a liderança de Michele Tessari, Ca’ Rugate é um dos melhores produtores de Soave, o vinho branco clássico da região de Verona. Alguns anos atrás, Tessari começou a produzir vinhos tintos; seus vinhedos estão em Montecchia di Crosara, no setor leste da zona de produção de Valpolicella, mas fora da zona Classico. O Punta 470 Amarone é seu rótulo clássico, maturado em grandes tonéis por 25-30 meses antes do engarrafamento. Um excelente exemplo de Amarone que oferece fruta madura e um final elegante desde o lançamento.

Amarone della Valpolicella “Punta 470” 2020 – Aromas de cereja morello fresca, papoula vermelha e chá doce. Médio encorpado, com ótima concentração e acidez refrescante. Taninos de peso médio, bem arredondados, e persistência notável. Embora já acessível, evoluirá bem nos próximos anos, atingindo seu auge em 12-18 anos. (94 pontos)

Ca’ La Bionda

Alessandro Castellani e seu pai administram esta vinícola artesanal em Marano di Valpolicella, no coração da zona Classico. Fundada em 1902, a propriedade trabalha com viticultura orgânica e seus vinhos apresentam excelente estrutura e tipicidade. O Ravazzol Amarone, do vinhedo homônimo, é seu vinho mais famoso, mas o Valpolicella dessa propriedade também é notável por sua longevidade.

Amarone della Valpolicella Classico Ravazzol 2020 – Um exemplo maravilhoso de um Amarone clássico, bem estruturado e equilibrado. Amadurecido por 42 meses em barris de 3000 litros, apresenta aromas de cereja morello, cereja marasquino, ameixa vermelha e orquídea negra. Complexidade excelente, boa acidez e persistência notável. Precisa de tempo; auge em 12-18 anos. (93 pontos)

Secondo Marco

Há alguns anos, Marco Speri deixou a vinícola familiar (Speri) para fundar sua própria em Fumane, na zona Classico de Valpolicella. Desde sua primeira safra de Amarone, em 2010, o vinho impressiona pela harmonia, e Speri enfatiza que prefere vinhos que harmonizem bem com comida.

Amarone della Valpolicella Classico 2020 – Aromas delicados de morango silvestre, cereja vermelha e crisântemo. Médio encorpado, com maturação ideal, excelente acidez, notas sutis de madeira e persistência impressionante. Um dos Amarones jovens mais harmoniosos que se pode encontrar. Auge em 12-18 anos. (94 pontos)

* Tom Hyland  é colaborador da Forbes EUA. É escritor, educador e fotógrafo de vinhos baseado em Chicago, com 44 anos de experiência no setor. Foi nomeado Wine Photographer of the Year em 2020 na categoria “Lugares” no concurso Pink Lady Food Photographer of the Year.

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Notícias e Conteúdos sobre vinhos na Forbes Brasil
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Almoço no estrelado Mountain, em Londres, do chef gaúcho Josean Balotin

O chef gaúcho Josean Balotin é o talento por trás do renomado restaurante Mountain, localizado no animado bairro de Soho, em Londres. Em apenas um ano, o Mountain conquistou uma estrela Michelin e entrou para a lista dos 50 Melhores Restaurantes do Mundo, ocupando a 94ª posição. Balotin, conhecido por sua abordagem inovadora na culinária, combina técnicas tradicionais com toques contemporâneos, inspirados no mar e nas montanhas das Ilhas Baleares, na Espanha.

mountain restaurante londres
Mountain, no Soho, em LondresDivulgação/Divulgação

Com um ambiente acolhedor e um serviço eficiente, o restaurante já se tornou um destino gastronômico de destaque na cidade de Londres. No Mountain, situado em um charmoso edifício de tijolos na Beak Street, construído em 1911, as amplas janelas emolduram o elegante balcão. No centro do restaurante, mesas de jantar e uma cozinha aberta permitem que os clientes acompanhem o trabalho do chef e de toda a equipe.

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Ambiente do Mountain, restaurante estrelado em LondresRenata Araújo/Divulgação
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Renata Araújo no MountainRenata Araújo/Divulgação
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A dedicação do chef brasileiro aos ingredientes frescos, sazonais e de alta qualidade se reflete em um menu que celebra os pequenos produtores e fazendeiros locais, explorando os sabores autênticos da região. A cada garfada, é possível sentir que se está experimentando algo verdadeiramente especial – e não é difícil entender o porque de o restaurante ter conquistado tantos elogios em tão pouco tempo.

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O Chef Josean Balotin em ação no MountainRenata Araújo/Divulgação
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Renata Araújo no estrelado MountainRenata Araújo/Divulgação
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O menu, que muda constantemente, é uma celebração de sabores autênticos, com pratos feitos com ingredientes frescos e sazonais, ideais para dividir. A sugestão é pedir várias opções para experimentar um pouco de cada. Entre elas estão deliciosas entradinhas como a vieira no estilo provençal com tamboril curado e a caldereta de lagosta, que serve até cinco pessoas.

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Alguns dos pratos do MountainRenata Araújo/Divulgação

O chef gaúcho Josean Balotin

O restaurante estrelado em Londres reflete a paixão de Josean e proporciona momentos memoráveis à cada um dos seus clientes. Nascido nas regiões montanhosas e vinícolas do sul do Brasil com herança italiana, Josean cresceu trabalhando com sua mãe na padaria dela, aprendendo receitas e técnicas geracionais especiais para sua família. Estudou matemática, estatística, e trabalhou como analista de dados antes de se mudar para Londres há 12 anos para seguir carreira na culinária. Começou lavando louça em alguns dos melhores restaurantes da capital inglesa, e há sete anos trabalha com o chef e restaurateur Tomas Parry, fundador e co-proprietário do Mountain, também à frente do BRAT, com uma estrela Michelin, em Shoreditch.

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Chef Josean Balotin, à frente do MountainDivulgação/Divulgação

Conclusão

Encerrar minha passagem por Londres com um almoço no Mountain foi uma daquelas experiências que ficam gravadas na memória. O restaurante, estrelado e aclamado, reflete a visão criativa do chef gaúcho Josean Balotin, que consegue transformar ingredientes simples em pratos de altíssimo nível. Cada sabor, cada textura e cada detalhe do menu mostravam um domínio absoluto da técnica e um respeito profundo pelos produtos. A atmosfera do Mountain combina perfeitamente sofisticação e aconchego, fazendo com que cada momento ali seja especial.

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Um restaurante estrelado imperdível em LondresRenata Araújo/Divulgação
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Sair de um restaurante assim não é apenas deixar uma mesa – é levar consigo uma lembrança sensorial única, uma viagem gastronômica que transcende fronteiras. Foi emocionante ver um chef brasileiro brilhando no cenário internacional com tanta autenticidade e talento. Mal posso esperar para voltar!

renata araujo e o chef josean balotin
Renata Araújo e o chef Josean BalotinRenata Araújo/Divulgação

Renata Araújo é jornalista, editora do site You Must Go! e da página no Instagram @youmustgoblog

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Casa Mohamed

Um forno a lenha para pães e delícias de inspiração síria é um dos trunfos do espaço de dois andares inaugurado neste ano em Ipanema. Entre as receitas tradicionais da família de Iahia Mohamed, há esfihas de carne, ricota temperada, berinjela e verdura (R$ 9,00 cada uma), além do quibe cru montado (R$ 45,00), um sucesso local, entremeado por coalhada e tabule e coberto por cebola frita. Todos os dias, no almoço, é possível apostar no bufê (100 gramas por R$ 11,49, de terça a sexta; R$ 12,99, aos fins de semana). À noite, o esquema à la carte traz pratos como o chacrie, um estrogonofe de filé-mignon na coalhada com arroz de aletria (R$ 69,00), ou a paleta de cordeiro desfiada com cuscuz marroquino (R$ 94,00). As caftas de carne (R$ 25,00) e cordeiro (R$ 29,00) são alguns dos itens que saem da brasa.

Preços checados em outubro de 2024.

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO