Posted on

Recanto secreto para relaxar em Santa Teresa

Um retiro das tensões cotidianas espera os clientes no recanto de Santa Teresa que abriga o 38 by Castelinho, restaurante do hotel de mesmo nome. Ao lado da piscina, a varanda de pedras portuguesas tem mesas em cenário de jardim e Mata Atlântica, com vista para o Centro e a Baía de Guanabara ao fundo. São opções de entrada o vinagrete de polvo com chips de aipim (R$ 45,00) e os croquetes de costela com aioli de chimichurri (R$ 42,00, quatro unidades). O peixe do dia é opção leve de principal, com creme de grão-de-bico, tahine e legumes salteados (R$ 72,00), e o cremoso de maracujá com frutas frescas (R$ 34,00) é criação doce. O “day use” está disponível para relaxar na piscina de biquíni ou sunga e drinque na mão.

Rua Triunfo, 38, Santa Teresa. 12h/19h (fecha seg. e ter.).

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

L’Éclair Shop leva doçuras francesas a Botafogo

Depois de oferecer suas delicadas especialidades em recantos de galerias de Ipanema e do Largo do Machado, a primeira loja de rua da L’Éclair Shop abre as portas em Botafogo ganhando espaço interno e detalhes parisienses no salão. Tudo a ver com a marca da confeiteira Maria Fernanda Picavet, que estudou em templos franceses como Lenôtre e Pierre Hermé antes de apresentar aos cariocas as iguarias de massa choux amanteigada, fina e preparada todos os dias. Mais de oitenta sabores de éclair já foram criados, e lá estão amados clássicos como caramelo salgado, pistache e chocolate meio amargo (todos a R$ 22,00; ou R$ 12,00 na versão míni). Há também versões salgadas e quitutes a exemplo do gourgère de queijo gruyère (R$ 7,00), que pode ter recheios como queijo de cabra (R$ 18,00).

Rua Visconde de Ouro Preto, 5, Botafogo (14 lugares). 9h/18h (sáb. até 17h; fecha dom. e seg.).

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

João Padeiro está na Barra em casa de vários ambientes

De uma lojinha no estilo “pegou-levou” em Botafogo, o João Padeiro virou padaria com restaurante de grelhados na brasa e bar de drinques, em casa arejada e espaçosa, com três ambientes, ampla varanda e cozinha aberta na Barra. Há brunch o dia todo trazendo itens como o beneditino com pão levain, pasta de avocado, dois ovos pochés e molho hollandaise (R$ 42,00). Na ala de sanduíches, o jp burger (R$ 55,00) tem 200 gramas de blend semi–defumado, cheddar, molho billy jack, alface, tomate e cebola. A cargo do chefe de bar Fred Vian, o matutino (R$ 40,00) mistura rum infuso em manteiga de amendoim, vermute e xarope simples. Linha variada de pães e delícias de viennoiserie como o irresistível pão de goiabada (R$ 15,00) estão na vitrine, com cafés de excelência e uma carta de vinhos criteriosa.

Rua Rodolfo Amoedo, 167, Barra (104 lugares). 9h/21h (dom. até 17h; fecha seg.).

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

A chapa é quente no Ferreirinha

A expansão foi rápida na Zona Sul da cidade, desde a primeira loja do Leblon, em 2022, à chegada posterior ao Baixo Gávea, e a abertura em formato de “arena” e contêiner no Jardim Botânico. Pois o ataque agora é de carne dentro do pão: o Burger Ferreirinha é a nova aposta do chef Rafael Licks e do sócio, Leandro Seixas, tirando o foco da comida tradicional de bar. O clássico burger (R$ 40,95) tem pão brioche e blend de 150 gramas, com queijo prato, alface, tomate e aïoli de mostarda Dijon. O duplo smash (R$ 44,95), por sua vez, traz dois discos “amassadinhos” de 100 gramas, queijo cheddar e aïoli de limão-siciliano. A batata chips (R$ 12,00, 150 gramas) acompanha, e o milk-shake de doce de leite uruguaio (R$ 29,90, 400 mililitros) faz a festa ficar completa.

Rua Dias Ferreira, 482, Leblon (9 lugares). 18h/0h30 (sáb. e dom. até 3h; fecha seg.).

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

Diversão italiana no Donna de Botafogo

Tem pop, jazz e blues no comando de DJs, exposições de arte nas paredes e terraço aberto para entradas compartilháveis, além de focaccias recheadas e pinsas, que fazem parte da tradição italiana, retangulares, de massa macia e bordas crocantes: a donna toscana (R$ 39,00) é de molho de tomate, mussarela, ragu de linguiça toscana, picles de cebola, catupiry e azeite. O Donna Gastrobar chegou há pouco em Botafogo com repertório italiano “de rua” no cardápio, para acompanhar drinques e vinhos. A tábua donna (R$ 69,00) traz variedade de charcutaria da Serra Fluminense, de produtores artesanais como o Porco Alado, e pode ser escoltada pelo espumante nacional Megiolaro Brut Rosé (R$ 120,00, 750 mililitros).

Rua Dezenove de Fevereiro, 165, Botafogo (70 lugares). 17h/0h (sex. e sáb até 1h; fecha seg.).

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

O mar está para peixe com capricho no tempero

Com sua estrela azul no centro, a bandeira do Pará está fincada no Leblon, a mesma que tremula há cinco anos no Riachuelo, ao som do carimbó, que por lá se dança no domingo. O Pescados na Brasa chegou à Zona Sul pelas mãos do casal formado por Adriana Veloso e José Maria, o Júnior. A casa vai das mesas na calçada espaçosa, passando pela sombra de uma amendoeira, ao mezanino para refeições mais recatadas, e há novidades como o bolinho pororoca, feito de piracuí, espécie de farinha de peixes com batata, aviú e maionese de jambu (R$ 42,90, três unidades). A costela já queres também chegou às novas bandas, de tambaqui marinada no tucupi, com legumes grelhados e farofa de maracujá com castanha-do-pará (R$ 109,90). Rua João Lira, 97, Leblon (85 lugares). 11h/23h (fecha seg.).

Escama
Escama: renovação animadora no cardápioTomás Rangel/Divulgação

O mar permanece a alma e inspiração da casa branca de varanda charmosa e salão arejado, mas a temporada é de renovação no repertório do Escama, com inspiração no litoral do Oceano Pacífico, fruto de recente viagem do chef Horário Vaccihi ao Peru. O crudo cítrico de peixe com ervas frescas (R$ 58,00) é opção de abertura, assim como o linguado com vieiras e picles de abóbora, quinoa, leite de tigre e ervas (R$ 94,00). O arroz meloso peruano vem de principal trazendo mexilhão, lula, camarão e polvo (R$ 80,00 e R$ 148,00, para dois). Rua Visconde de Carandaí, 5, Jardim Botânico (60 lugares). 12h/23h (sex. e sáb. até 0h; dom. até 17h30).

Camarão Del Mar
Camarão Del Mar: rodízio de camarões chega na Barra./Divulgação

O mais amado crustáceo nas mesas cariocas ganhou um rodízio próprio perto da Praia da Barra. O Camarão Del Mar chega em casa de dois andares com detalhes em bambu e palha, bar ao centro e a fórmula que inclui receitas como o camarão crocante com coco e gergelim, além de nhoque, bobó, moqueca (foto) e outras atrações, todas com o crustáceo, além de sobremesas incluídas. O esquema sai por R$ 79,90 (terça e quinta no jantar, até 20h, e depois a R$ 89,90); R$ 109,90 (jantar de sexta, e durante todos os dias no sábado e no domingo). Avenida Olegário Maciel, 539, Barra (280 lugares). 11h/23h (fecha seg.).

Continua após a publicidade

Sardinha Taberna Portuguesa
Sardinha Taberna Portuguesa: casa tem coleção de bacalhausTomás Vèlez/Divulgação

A elegância dos salões revestidos de madeira recebe um belo painel de azulejos no ambiente espaçoso da nova filial da Sardinha Taberna Portuguesa. A clássica sardinha assada à portuguesa (R$ 44,90, três unidades) é sugestão para abrir os trabalhos, ao lado das empadas de bacalhau (R$ 14,90 a unidade). A posta à azeiteiro (R$ 139,00) traz 300 gramas do peixe, batatas ao murro, azeite, alho dourado e cebolinha. Para adoçar, é boa aposta o bolo de laranja do Algarve, com calda de vinho do Porto (R$ 35,90). Shopping Tijuca. Avenida Maracanã, 987, piso L3, loja 3020 (130 lugares). 12h/22h.

Sult
Sult: vieiras curadas e leite de tigre de romã./Divulgação
Continua após a publicidade

A renovação no cardápio do Sult, italiano de cozinha totalmente aberta onde a chef Julia Lottus tem feito um trabalho de excelência, levou sabores litorâneos ao salão rodeado de garrafas de vinho. É o caso do misto de frutos do mar em leve empanado com maioneses de katsuobushi e de tinta de lula (R$ 59,00). Ou do crudo de vieiras com leite de tigre de romã, vieira curada ralada e romã fresca (R$ 75,00; foto). Aberturas de categoria para receitas como a massa cavatelli com siri, picles de pimenta-de-cheiro e salicórnia (R$ 77,00).

Rua Fernandes Guimarães, 77, Botafogo (52 lugares). 12h/23h (sex. até 0h; sáb 12h/17h e 19h/0h; dom. 12h/17h; fecha seg.).

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

Amana de casa nova em Niterói

O restaurante de marcada veia autoral que encantou clientes no pé da Serra da Tiririca, em Itaipu, na região oceânica de Niterói, realizou mudança providencial para Icaraí. Sob o comando do chef Léo Guida, o novo Amana mantém a essência artesanal em cozinha aberta, salão com tijolos e grafite e menu encorpado. Há opções como a pizzeta de alho assado, alici e salsa verde (R$ 34,00); e a cotoletta de porco duroc com stracciatella, rúcula, tomates confit, toranja e azeitonas da Liguria (R$ 89,00). O cremoux de iogurte com chocolate branco, mostarda de uva e merengue de alecrim (R$ 34,00) é sobremesa original, e nas taças há vinhos naturais, chopes da niteroiense Brew Lab e coquetelaria autoral.

Rua Nóbrega, 191, Icaraí, Niterói (18 lugares). 19h/0h (fecha dom. e seg.).

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

Misturas São o Grande Atrativo da Californiana Vinícola Linne Calodo

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

O vinicultor californiano Matt Trevisan adora trabalhar com as mãos e realiza tarefas que muitos outros proprietários de vinícolas deixam para outras pessoas. “Conserto tudo, até tratores, caminhões, bombas, empilhadeiras, fermentações e portões”, diz Trevisan, cuja vinícola Linne Calodo, em Paso Robles, cidade na Califórnia, é conhecida pelas suas misturas de Rhone — uma referência ao Vale do Rhône, na França, com o blend das uvas Grenache, Syrah e Mourvèdre — e a zinfandel, variedade tinta muito popular nos Estados Unidos, especialmente nesta região.

Trevisan e sua esposa Maureen fundaram a vinícola em 1998 e, além da sua habilidade manual, ele diz que sua formação em engenharia aeronáutica e bioquímica tem sido muito útil na viticultura. Ele ingressou na California Polytechnic State University (Cal Poly), uma universidade pública em San Luis Obispo, no estado, para estudar engenharia aeronáutica e obteve um certificado de piloto antes de se formar em bioquímica.

“Durante o meu tempo na Cal Poly, trabalhei nos estoques de química”, recorda Trevisan. “Minha supervisora havia atuado na indústria do vinho, e seu marido trabalhava nas relações com os produtores para a Robert Mondavi Winery. Foi ela quem sugeriu que eu olhasse para a indústria do vinho.”

Para Trevisan, sua mente de engenheiro e químico o ajudou a projetar estradas na vinícola, planejar a infraestrutura e construir edifícios. “A capacidade de visualizar e depois construir é extremamente útil”, afirma. “Tenho a capacidade de olhar para um problema, analisar a engenharia e avaliar o método adequado para resolver a questão. Muitas vezes, isso começa com o uso de chaves inglesas.”

Mas os apreciadores de vinhos estão de olho mesmo na qualidade das misturas da Linne Calodo — não sobre sua infraestrutura. “Estávamos observando as semelhanças com o clima e os solos mediterrâneos e a histórica mistura de grenache, syrah e mourvèdre”, diz ele. “Esses vinhos foram inspiradores, e a tela estava em branco. Parecia o caminho natural e nativo para onde deveríamos ir, junto com misturas à base de zinfandel, que têm uma história comprovada aqui em Paso Robles.” As misturas de Rhone são vendidas por US$ 95 (R$ 540 na cotação atual) no site da vinícola.

Divulgação

Vinho estocado da Linne Calodo

A Linne Calodo acabou de lançar o seu 2021 Level Headed, composto por 85% de grenache, 8% de syrah e 7% de mourvèdre, envelhecido por 29 meses em um foudre de carvalho francês. Foram produzidas 480 caixas. A safra 2021 marca o segundo lançamento do Level Headed, após a inaugural de 2019.

As uvas colhidas para o 2021 Level Headed vieram predominantemente do Gabbi’s Block, uma parcela íngreme de terra voltada para o nordeste, na vinícola Stonethrower da Linne Calodo, localizada a 16 quilômetros do Oceano Pacífico, a uma altitude de 411 metros.

As misturas da Linne Calodo se diferem de outras de Napa Valley, uma das regiões mais famosas no norte da Califórnia e prestigiadas do mundo, com 400 vinícolas. “Minhas misturas são menos convencionais e talvez mais energéticas em estilo”, diz Trevisan.

“Nunca busquei ser uma mistura de topo. Estou fazendo isso para alcançar perfeição, equilíbrio químico e para proporcionar um vinho fácil de beber ou com uma composição de taninos definida que permita envelhecimento.”

Produção longe do fogo

Para ele, os incêndios florestais na região são sempre uma preocupação, por isso a Linne Calodo toma medidas preventivas. Quase 30 vinícolas foram danificadas ou destruídas nos incêndios de 2017 nos condados de Napa, Sonoma e Mendocino, de acordo com o San Bernardino Sun. A Linne Calodo está no condado de San Luis Obispo, a algumas centenas de quilômetros ao sul dessas vinícolas.

“Os incêndios florestais têm ficado distantes até agora, mas a base aérea da Cal Fire está a apenas 16 km no Aeroporto de Paso Robles”, diz Trevisan. “Fazemos muita mitigação de incêndios florestais todos os anos em nossas propriedades, o que inclui o pastoreio de ovelhas e manter o chão da nossa floresta de carvalho limpo. Isso nos obriga a percorrer a floresta todo ano após a colheita e fazer pilhas de queima com toda a madeira caída que é pequena demais para ser usada como lenha”.

Segundo o produtor, a queima ocorre entre dezembro e março. “Gostamos de dizer que, ou queimamos de forma controlada, ou ele vai queimar de forma descontrolada durante o verão.”

Outro de suas preocupações são as prisões feitas pelo governo federal de imigrantes ilegais que trabalham na indústria do vinho da Califórnia. “Acho que eles colocaram medo em uma força de trabalho que está apenas tentando ter uma vida melhor”, diz Trevisan. “O barulho das espadas e o direcionamento étnico são regressivos. Continuarei esperando o dia em que um bando de gringos trabalhe tão arduamente no campo quanto os imigrantes que alimentam nosso país.”

Sobre a produção, Trevisan diz que seus planos futuros de viticultura são replicar o que ele tem feito. “Gosto de produzir pequenos lotes de vinho que contem uma história verdadeira”, diz ele. “Tenho muito cuidado para manter a vinicultura divertida. Gostaria de ver meus filhos assumindo as rédeas e seus filhos encontrando alegria no que criamos aqui em Paso Robles. A vinicultura multigeracional é o meu sonho.”

* Gary Stoller é jornalista e colaborador da Forbes EUA, onde escreve sobre viagens, estilo de vida e vinhos.

O post Misturas São o Grande Atrativo da Californiana Vinícola Linne Calodo apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Fonte:

Notícias e Conteúdos sobre vinhos na Forbes Brasil
Posted on

Os drinks que fizeram sucesso nas praias do Rio no verão

O verão chegou ao fim esta semana e a estação mais quente levou muitos cariocas e turistas a lotarem a orla da cidade para curtir os dias de calor. Nas folgas muita gente aproveitou para aproveitar a praia e ainda tomar um drink com os amigos.

Uma ação do Grupo Bacardí levou drinks exclusivos para 65 bares e quiosques na orla carioca feitos com quatro rótulos: Bombay Sapphire, Grey Goose, Bacardí e Dewar’s. E um levantamento da empresa apontou quais foram os preferidos dos consumidores.

A Grey Goose Caipiroska representou 50% das vendas na cidade, reafirmando que um drink com a cara do Brasil continua fazendo sucesso, ainda mais em dias de calor. Drinks refrescantes acabam sempre sendo os mais pedidos, tanto que Bombay & Tonic aparece na segunda colocação com 33%.

Mas o público também está de olho nas novidades. Lançado pela primeira vez na cidade, o Bombay Fitzgerald teve 12% nas vendas totais de drinks nas oito casas de maior consumo, mostrando seu potencial de se tornar um queridinho na cidade.

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO
Posted on

Uma conta amarga no cafezinho de cada dia

Um dos inúmeros vídeos de humor nas redes em torno do salgado preço do café mostra um mecânico terminando um reparo e, na hora de negociar o preço, ele se sai com o clássico: “Deixa só o do café”. Com expressão inconsolável, o cliente coloca no capô todo o dinheiro da carteira, o relógio e uma corrente de ouro, numa referência bem-humorada às cifras infladas da bebida que só perde em frequência para a água no copo do brasileiro. O café atingiu em fevereiro o maior preço das últimas três décadas, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP. A combinação da queda nas safras, prejudicadas pela elevação das temperaturas globais e outras intempéries climáticas, com a escalada da demanda internacional pelos grãos do Brasil, maior fornecedor global, já é sentida em cafeterias e restaurantes cariocas, onde a xícara de um bom expresso ou filtrado anda uns 15% mais cara. “Os adeptos do café especial não vão deixar de tomar, mas pensar melhor no desperdício e valorizar o momento em que degustam a bebida”, aposta Leonardo Gonçalves, dono do Café ao Léu, em Copacabana, especializado nos grãos de pequenas produções.

Geladinho: o cold brew é aposta do Cirandaia
Geladinho: o cold brew é aposta do Cirandaia./Divulgação

A alta dos preços no supermercado, que atingiu 50% desde dezembro, já impacta as vendas do café tradicional e cria o ambiente para o advento dos “cafakes”, de embalagem semelhante, mas com o pó à base de cascas, folhas, galhos torrados — e nada da semente, que está na origem da tão popular bebida. “Para manter a qualidade e não perder clientes, a saída é inventar formas de apresentar o produto e trabalhar o cardápio para as pessoas verem nele maior valor”, acredita Giovanna Molinaro, dona do Gato Café. Além das xícaras de capuccino e mocaccino de espuminha decorada com a temática felina da casa, a cafeteria reforçou a oferta de versões geladas, em alta nestes dias de termômetros turbinados pelo calor. A aguardada filial do Café ao Léu no Leblon também irá enveredar por opções refrescantes, tendência que movimenta ainda os pedidos no Cirandaia, em Botafogo. Por lá, o cold brew, um método de extração do café a frio, é servido na forma simples ou com xarope caseiro de tangerina e suco de limão. “As vendas não reduziram, mas os novos clientes, que não conhecem o café especial, acabam ficando mais chocados com os valores”, conta a sócia do Cirandaia, Karine Milhoranse.

Compartilhe essa matéria via:

Chocolate e café no bolo: carro-chefe no DarkCoffee
Chocolate e café no bolo: carro-chefe no DarkCoffee./Divulgação
Continua após a publicidade

Os estabelecimentos em que o café tem protagonismo pagaram cerca de 40% mais para suprir seu estoque nos últimos três meses, o que impacta no preço das guloseimas preparadas com o grão surgido no Oriente Médio e que empresta seus aromas à confeitaria desde o século XVIII. No DarkCoffee, no Centro, que utiliza o café em mais de trinta itens do menu, além das bebidas, o carro-chefe é um bolo de chocolate com o grão na massa, no recheio de brigadeiro e na ganache da cobertura. Como o chocolate também encareceu, a iguaria subiu 20%. “Comprar direto de produtores é uma alternativa, mas continua complicado. Estima-se que a dose dos expressos, que hoje vendemos a 9 reais, chegue a no mínimo 12 reais no comércio até o fim do ano”, projeta Rodrigo Pereira, sócio da casa. Mas calma lá: endereços que se notabilizam pelo ótimo tiramisu, como a Massa Trattoria, o Gero e o Satyricon, garantem que, ao menos por ora, nada muda. Vinda ao mundo em Treviso, na região italiana do Vêneto, a sobremesa chegou à forma atual nos anos 1950, sob a aura de ser afrodisíaca e revigorante por sua mescla de café, cacau e mascarpone — e pegou no Brasil. Está aí um doce contraponto ao sabor amargo deixado pela inflação.

Publicidade

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO